As Atribuições Do Educador Na Educação Inclusiva

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UNISEPE EDUCACIONAL – União das Instituições de Serviços, Ensino e

Pesquisa LTDA

Curso de Pós Graduação em Docência do Ensino Superior

MARCOS DE SOUZA E SILVA

AS ATRIBUIÇÕES DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Registro – SP
2020
MARCOS DE SOUZA E SILVA
RA: 0382182

AS ATRIBUIÇÕES DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Trabalho de conclusão de curso apresentado á


UNISEPE, como requisito para o recebimento do
Curso de Pós Graduação em Docência do Ensino
Superior.

Registro – SP
2020
SUMÁRIO
1. RESUMO................................................................................................................4
2. ABSTRACT............................................................................................................4
3. INTRODUÇÃO.......................................................................................................5
4. METODOLOGIA.....................................................................................................6
5. O QUE É EDUCAÇÃO INCLUSIVA?....................................................................6
6. A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA..........................................................8
7. AS LEIS QUE GARANTEM O DIREITO DA EDUCAÇÃO A TODOS................11
8. AS ATRIBUIÇÕES DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA..................15
9. CONCLUSÃO.......................................................................................................19
10. BIBLIOGRAFIA................................................................................................20
1. RESUMO
Pretendo neste artigo refletir sobre as atribuições do educador na educação
inclusiva, destacando algumas leis que garantem o direito dos alunos portadores de
necessidades educacionais especiais. A Declaração de Salamanca e a Lei de
diretrizes e Bases da Educação nacional de 1986 tiveram avanços extremamente
importantes na legislação da educação inclusiva. Apresenta uma resumida idéia de
inclusão social, integração e das suas necessidades educacionais. O
aperfeiçoamento e a capacitação do professor são de fundamental importância para
que haja uma educação inclusiva, visando sempre um ensino que respeite as
diferenças de cada pessoa. A metodologia usada neste artigo são fontes
bibliográficas, que nos chamam a atenção para a importância desse tema tão
importante relevante a educação inclusiva e as atribuições do educador para os
alunos portadores de necessidades especiais e educacionais, as leis que certificam
a sua participação legitima no ensino comum, fazendo com que as escolas procurem
novos modelos e revejam a ampliação de seu Currículo e de seu Projeto Político
Pedagógico, apoiando e ajudando na capacitação dos professores no processo de
ensino-aprendizagem, valorizando um ensino que leve em conta as diferenças de
cada pessoa.

Palavras-chave: Educação inclusiva. Necessidades educacionais


especiais. Atribuição do educador.

2. ABSTRACT
In this article, I intend to reflect on how to include educational education,
highlighting some laws that guarantee the right of students with special educational
needs. The Salamanca Declaration and National Education Guidelines and Bases
Act in 1986 made extremely important advances in including education legislation. It
presents a summary of the idea of social inclusion, integration and its educational
needs. The improvement and training of teachers is of fundamental importance for an
including education, always teaching that respects each person's differences. The
methodology used in this article is from bibliographic sources, which call attention to
the importance of this theme so important for including education and for the role of
the educator for students with special educational needs and for those who
guarantee their effective participation in regular education, that schools seek new
models and obtain an expansion of their Curriculum and their Political Pedagogical
Project, supporting and helping in the training of teachers in the teaching-learning
process, valuing teaching that takes into account the variables of each person.

Keywords: Inclusive education. Special educational needs. Educator


assignment.

3. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo de concluir um debate sobre a
educação inclusiva para conciliar um processo de ensino aprendizagem na
educação regular.

Atualmente, há um enorme número de matrículas de crianças com


necessidades educacionais especiais ingressadas nos ensinos, obtendo assim, uma
discussão sobre o processo de inclusão.

Para obter o respectivo objetivo desejado nessa discussão, uma pesquisa


bibliográfica foi feita, que aqui neste trabalho se constitui.

Pensar na qualidade de uma boa educação, requer uma compreensão de


diversos fatores que manifestam respeito às funções necessárias que consistem na
organização dos estabelecimentos de ensino em graus diferentes, provendo valores
culturais e sociais de grupos diferentes.

Os fatores ideológicos e políticos são as qualidades que um ensino exige,


pelos sentidos que se concedem á educação em um momento e em uma sociedade
determinada, pelas concepções desiguais sobre o desenvolvimento humano e o
estudo e os valores principais em uma cultura. Uma educação de qualidade varia em
períodos diferentes, de uma sociedade para a outra e de indivíduos para outros ou
alguns grupos. (UNESCO, 2007,2008, p.29)

Muitos estudantes com deficiência ainda batalham para introduzir em


programas eficazes. Infelizmente há ideias errôneas há um bom tempo sobre as
capacidades das crianças com deficiência mental, sensorial, intelectual, física ou de
aprendizagem em que alguns educadores evitam os alunos com deficiência do que
os sem.
4. METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e em sites de educação como o
MEC e a UNESCO sobre o tema abordado, para se alcançar ênfase na discussão
atual em meio á realidade que vivemos, tendo o objetivo preliminarmente pensado
para o referente artigo.

Nesta abordagem podemos observar com mais exatidão a dinâmica de


um ensino e suas características referentes à educação inclusiva. Esta pesquisa tem
como objetivo refletir a função das políticas educacionais inclusivas em um ensino
do Brasil e do mundo.

5. O QUE É EDUCAÇÃO INCLUSIVA?


A educação inclusiva é um ensino contemporâneo, tem como objetivo
incluir o direito de educação para todos, oferecendo a igualdade de oportunidades
ás diversidades culturais, sociais, étnicas, físicas. Intelectuais, de gênero e
sensoriais dos seres humanos. Resulta a política vigente, cultura e nos sistemas de
ensino, assegurando a participação e o acesso na aprendizagem de todos, sem
exceção.

Encontram-se desigualdades nas condições de acesso á educação e nos


resultados educacionais das crianças, jovens e adultos brasileiros. Há uma
assimetria racial e étnica presentes em nossa sociedade, em especial nos
quilombolas, população rural, afrodescendente, tribos indígenas, e na população
carcerária, e assim, facilitando a exclusão educacional de um grande número de
jovens e adultos.

É preciso garantir que todos os estudantes tenham uma educação de


qualidade para que mantenham as necessidades básicas de enriquecimento cultural
e aprendizagem de crianças, jovens e adultos, e assim, o direito á educação para
todos venha se tornar realidade.

“O ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos – independente de


seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou origem cultural – em escolas e
salas de aula provedoras, onde todas as necessidades dos alunos são satisfeitas”
(KARAGIANIS; STAINBACK; STAINBACK, 1999, p. 21)
Sobre a definição de educação inclusiva, é refletida diversas respostas
sobre o conceito, por isso, iniciar-se o princípio que a educação é um direito de
todos é fundamental, que está assegurado na Constituição Brasileira.

Entende-se que a educação inclusiva, não apresenta definições fechadas,


ela simplesmente acontece de forma coletiva, colaborativa e gradual adquirindo o
atendimento aos alunos, beneficiando-os da aprendizagem. Entende-se que o termo
inclusão em muitos casos tem sido abrangido de forma errônea, visto do ponto de
vista social em apenas envolver, excluindo pessoas com deficiências sem igualar o
ensino ou colocar junto com outros alunos. A inclusão é um processo de se
autoanalisar, de buscar no outro o que tem a nos proporcionar, a forma como vê a
vida, as coisas e as pessoas. “Portanto, é um processo que privilegiou para a
construção de uma nova sociedade por meio de transformações, grande ou
pequena, nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, portanto
também do próprio portador de necessidades especiais” (SASSAKI, 1998, p. 42).

Segundo Sassaki (1998), é preciso oferecer uma educação inclusa a


todos os estudantes portadores especiais ou não, para que eles tenham uma vida
eficaz em meio à sociedade.

“O ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos – independente de


seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou origem cultural – em escolas e
salas de aula provedoras, onde todas as necessidades dos alunos são satisfeitas”
(KARAGIANIS; STAINBACK; STAINBACK, 1999, p. 21).

Figura 1 - Educação Inclusiva

Fonte:Instituto Itard (2017)

Claramente quando se fala de educação inclusiva, não é apenas nas


escolas a inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais e sim no
dia a dia de todo o sistema, com recursos humanos e materiais para um conveniente
atendimento.

De acordo com a UNESCO Educação para Todos no mundo (UNESCO,


2005), alegou-se que uma educação de qualidade poderia abranger em três
dimensões fundamentais: o respeito aos direitos humanos, equidade e pertinência. A
essas dimensões haveria que acrescentar a relevância, assim como duas de caráter
operativo: eficácia e eficiência.

A Educação é um bem publico e um direito humano fundamental, pois nos


transformamos como espécies e pessoas e apoiamos para o desenvolvimento da
sociedade (Educação Para Todos; UNESCO; 2005).

Fernando Savater (2006) diz que, o ser humano necessita da educação


para se manifestar em sua plenitude, a finalidade da educação é praticar a
humanidade. A educação tem um valor e não é somente um mecanismo para o
crescimento econômico ou social, ainda que também o seja, como era possível
perceber-se a partir de visões mais utilitaristas.

6. A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA


De acordo com Michel Foucault (Foucault, 2002), nos séculos XIV até
XVIII, no começo da história da Educação Inclusiva havia muita discriminação com
pessoas deficientes. Sociedade, família e escolas menosprezavam qualquer pessoa
que não eram padrão na sociedade.

Na antiguidade, as pessoas com deficiência mental eram internadas em


manicômios ou orfanatos e torturados, pessoas com deficiência física e também
sensorial eram tratadas como aleijadas. A história da educação especial sofreu
várias transformações no decorrer do tempo.

Foucalt (2002) assegura-se que desde o século XIV até o século XVII, a
exclusão de pessoas é uma prática constante porque valores morais, éticos e
modelo médico estão vigorosamente enraizados. Era um elemento muito comum
naquela época a prática de retirá-los do convívio social, os enviando para
embarcações marinhas, presos em selas e calabouços, hospitais e asilos.
De acordo com alguns autores, os deficientes visuais não sofreram muito
comparados á outros tipos de deficientes intelectuais e físicos em relação á
discriminação social. Na citação a seguir, Telford fala sobre os deficientes visuais
naquela época:

“Em muitos aspectos, os cegos têm sido sempre um grupo favorecido, em


comparação com as outras categorias de deficientes. Historicamente,
foram-lhes por vezes atribuídos papéis úteis, como os de servir como guias
na escuridão e como memorizadores e transmissores verbais de tradições
tribais e religiosas. Presumiu- se, frequentemente, que eles tivessem o
poder de uma “segunda visão”, como compensação pela visão perdida, e
foram reverenciados como profetas e adivinhos” (Telford, C.W. & Sawrey,
J.M, 1988, p. 467).

No trajeto histórico da deficiência visual em que foi considerada como


uma dádiva, não deixava de ser um castigo aos familiares.

De acordo com Amaral (1995 e 1997), na Antiguidade Clássica a


discriminação e o abandono das pessoas com deficiências eram legalizados, em
Roma, havia uma lei em que dava direito ao pai em abolir bebês após o parto; na
Grécia as pessoas eram mortas, abandonadas e ridicularizadas em meio ao público.
A filosofia dos gregos-romanos legalizava a marginalização dos cidadãos com
deficiências, o Estado tinha total direito em não aceitar que essas pessoas
circulassem em meio á sociedade, eram chamados de “disformes ou monstruosos”,
o Estado mandava nos pais dessas pessoas com deficiências e os obrigavam a
matar o filho que nascesse nessas condições (Amaral, 1995, p43).

A visão cristã na Idade Média estabelecia a deficiência á culpa e ao


pecado, fazendo-se que essas pessoas não poderiam entrar em contato com a
divindade.

Paracelso e Cardano eram médicos alquimistas que defendiam o


tratamento da pessoa com deficiência mental que deveriam ser tratados com um
médico e não com o clero. Foi no século XVI que eles iniciaram a primeira tentativa
científica de estudo das pessoas com deficiências e defender a decisão sobre o
destino e a vida dessas pessoas.
Pinel, Itard, Esquirol, Seguim, Morei, Down, Dugdale, Froebel,
Guggenbuehl, e outros, foram os pioneiros para a consolidação da concepção
científica sobre a deficiência no século XIX, publicaram cientificamente a etiologia de
cada deficiência, em cada clínica.

Mesmo com vários filósofos e médicos defendendo o tratamento de


deficientes em clínicas especializadas, abolindo o preconceito e contribuindo
cientificamente na sociedade, na metade do século XX, o Nazismo foi implantado e
obtendo uma crueldade em eliminar pessoas com deficiência.

No Brasil, a história da educação inclusiva iniciou-se no século XIX por


alguns brasileiros influenciados pela educação na Europa e América do Norte. De
acordo com Mazzotta (1996), a história da educação especial no Brasil se dividiu em
três períodos:

•1854 á 1956: Período marcado por iniciativas de caráter privado

•1957 á 1993: ações oficiais de âmbito nacional

•1993: marcado pelos movimentos em favor da inclusão escolar.

Hoje em dia, ainda surgem atitudes sociais de marginalização das


pessoas com deficiência, comparado a Antiguidade Clássica. Os estudos de
Mazzotta indicam três atitudes sociais que estabelecem a história da Educação
Inclusiva:

• Marginalização: atitude de descrença na possibilidade de mudança das


pessoas com deficiência, o que leva a uma completa omissão da sociedade em
relação à organização de serviços para essa população.

• Assistencialismo: atitude marcada por um sentido filantrópico,


paternalista e humanitário, porque permanece a descrença na capacidade de
mudança do indivíduo, acompanhada pelo princípio cristão de solidariedade
humana, que busca apenas dar proteção às pessoas com deficiência.

• Educação/Reabilitação: atitude de crença na possibilidade de mudança


das pessoas com deficiência e as ações resultantes dessa atitude são voltadas para
a organização de serviços educacionais.
E em 1970, iniciou-se um trajeto em que as escolas passaram a aceitar
alunos especiais, desde que eles conseguissem se adaptar ao plano de ensino nas
escolas. De acordo com o Ministério da Educação Brasileira (MEC), na época do
Império a aceitação ás pessoas com deficiência iniciou-se. Duas instituições foram
criadas nesse mesmo período: Imperial Instituto dos Meninos Cegos (1854), que
hoje em dia chama-se Instituto Benjamin Constant (IBC) no Rio de Janeiro e o
Instituto dos Surdos Mudos (1857), atual Instituto Nacional da Educação dos Surdos
(INES) também no Rio de Janeiro.

Instituto Pestalozzi é fundado no início do século XX em 1926,


especializada em atendimento ás pessoas com deficiência mental; Associações de
Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) é fundada em 1954; e, Sociedade
Pestallozzi é fundada em 1945, o primeiro atendimento educacional ás pessoas com
superdotação.

No fim do século XX, houve um debate nos movimentos educacionais,


políticos e sociais, para que a necessidade de mudança seja refletida nas práticas
excludentes e também sobre as práticas educacionais realizadas pelos profissionais
na área da educação.

Em 1994 em uma Conferencia Mundial sobre Necessidades Educacionais


Especiais, nos dias 7 e 10 de junho, na cidade espanhola de Salamanca, surge a
Declaração de Salamanca a fim de tratar princípios, práticas e políticas na área das
necessidades educacionais especiais, incluindo crianças, jovens e adultos, assinado
por 92 Países, constituindo-se como um dos textos mais compreensivo em relação é
inclusão.

7. AS LEIS QUE GARANTEM O DIREITO DA EDUCAÇÃO A TODOS


A educação infantil é um direito por lei de todas as crianças que vivem no
Brasil

A Declaração de Salamanca aborda os direitos humanos e a Declaração


Mundial sobre a educação para todos, obtendo seu princípio a educação especial e
a pedagogia centrada nas crianças. A Conferência Mundial sobre Necessidades
Educacionais Especiais foi estimulada pelo governo espanhol junto com a UNESCO,
obtendo orientações para ações em nível nacional e em níveis regionais e
internacionais. A Declaração de Salamanca tem uma forma significativa e foi
englobada nas políticas educacionais brasileiras:

•toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a


oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,

• toda criança possui características, habilidades, interesses e


necessidades de aprendizagem que são únicas,

• sistemas educacionais deveriam ser designados e programas


educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta
diversidade de tais características e necessidades,

• aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à


escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na
criança, capaz de satisfazer a tais necessidades,

• escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os


meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para
todos; além disso, tais escolas proveem uma educação efetiva à maioria das
crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo
o sistema educacional.

A Declaração de Salamanca também exige que os governos:

•atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao aprimoramento de


seus sistemas educacionais no sentido de se tornarem aptos a incluírem todas as
crianças, independentemente de suas diferenças ou dificuldades individuais.

• adotem o princípio de educação inclusiva em forma de lei ou de política,


matriculando todas as crianças em escolas regulares, a menos que existam fortes
razões para agir de outra forma.

• desenvolvam projetos de demonstração e encorajem intercâmbios em


países que possuam experiências de escolarização inclusiva.
• estabeleçam mecanismos participatórios e descentralizados para
planejamento, revisão e avaliação de provisão educacional para crianças e adultos
com necessidades educacionais especiais.

• encorajem e facilitem a participação de pais, comunidades e


organizações de pessoas portadoras de deficiências nos processos de planejamento
e tomada de decisão concernentes à provisão de serviços para necessidades
educacionais especiais.

• invistam maiores esforços em estratégias de identificação e intervenção


precoces, bem como nos aspectos vocacionais da educação inclusiva.

• garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica, programas de


treinamento de professores, tanto em serviço como durante a formação, incluam a
provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas.

A Declaração orienta e sugeri para ações em nível nacional que:

 A. Política e Organização.

 B. Fatores Relativos à Escola.

 C. Recrutamento e Treinamento de Educadores.

 D. Serviços Externos de Apoio

 E. Áreas Prioritárias

 F. Perspectivas Comunitárias

 G. Requerimentos Relativos a Recursos.

A Declaração de Salamanca é considerada atual porque, conforme diz


seu próprio texto, ela “proporcionou uma oportunidade única de colocação da
educação especial dentro da estrutura de “educação para todos” firmada em 1990
(…) possibilitou o princípio e a discussão da prática da inclusão das crianças com
necessidades educacionais especiais nestas iniciativas e a tomada de seus lugares
de direito numa sociedade de aprendizagem”, acrescentou o conceito de
necessidades educacionais especiais, englobando todas as crianças que não
estejam adquirindo o direito de se beneficiar na escola. Com a declaração, passou
uma visão de incluir, além das crianças portadoras de deficiências, as que estão
com dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que estão repetindo
constantemente os anos escolares, as que sejam obrigadas a trabalhar, as que
vivem nas ruas, as que moram distantes de qualquer escola, as que vivem em
condições de extrema pobreza, as que sejam vítimas de conflitos, as que sofrem
todo tipo de abusos físicos, emocionais ou sexuais, ou as que simplesmente estão
fora da escola, por qualquer motivo que seja.

“O princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças


deveriam aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou
diferenças que possam ter. As escolas inclusivas devem reconhecer e
responder às diversas necessidades de seus alunos, acomodando tanto
estilos como ritmos diferentes de aprendizagem e assegurando uma
educação de qualidade a todos através de currículo apropriado,
modificações organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e
parceiras com a comunidade (…) Dentro das escolas inclusivas, as crianças
com necessidades educacionais especiais deveriam receber qualquer apoio
extra que possam precisar, para que se lhes assegure uma educação
efetiva (…)”.
(MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete
Declaração de Salamanca. Dicionário Interativo da Educação
Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. )

Figura 2 - Declaração

Fonte: EFDeportes (2015)


Em 1988 surgiu a Constituição Cidadã, garantindo a sociedade
marginalizada, como por exemplo, as pessoas com deficiência. É no artigo 205 que
exige a educação para todos, que abona o desenvolvimento, a qualificação ao
trabalho e exercício da cidadania, garantindo o dever do Estado e proporcionando o
atendimento educacional especializado (AEE).

 A emenda nº 59/2009 modificou os parágrafos I e VII do artigo 208 da


Constituição, concluindo a obrigação da educação básica dos 4 aos 17 anos. A
matrícula tornou-se obrigatória a partir da pré-escola, portanto, todas as creches tem
o direito de matricular as crianças de 0 a 3 anos.

Muitos alunos que têm dificuldade de locomoção deixam de frequentar a


escola por não terem acesso ao transporte escolar. Muitos pegam longos trechos
para chegar à escola, essa é a realidade de milhares de alunos da rede pública que
vivem nas áreas rurais. Outros precisam utilizar barcos para terem seu direito à
educação. Para contribuir na facilidade do acesso e a permanência dos alunos na
escola, o Programa Nacional de Transporte Escolar (PNTE), foi criado em 1994; e a
Medida Provisória° 173, publicada em 17 de março, o Programa Nacional de Apoio
ao Transporte do Escolar (PNATE) em 2004.

De acordo com a Resolução CNE/CEB n° 2 de 11 de setembro de 2001,


em seu art. 12, "os sistemas de ensino nos termos da Lei 10.098/2000eda Lei
10.172/2001 e do Decreto 5296/2004, que regulamenta as Leis10.048/2000 e
10.172/2000, devem assegurar acessibilidade aos alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais, mediante a eliminação de barreiras
arquitetônicas urbanísticas, na edificação...e nos transportes escolares"

8. AS ATRIBUIÇÕES DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA


É importante dizer que, os educadores necessitam da disposição de uma
mudança e incessantemente precisam revisar seus conceitos, valores e ideologias
para serem o principal no processo de conscientização em uma sociedade.

O papel do educador na educação inclusiva contém o desenvolvimento


das habilidades sociais e intelectuais do aluno, tendo base um plano de aula que
envolve todos os alunos, sem distinção. Faz-se necessário que os profissionais e
professores sejam capacitados para exercer essa função, considerando que,
possam atender a necessidade de cada aluno. Além disso, é indispensável que o
educador encoraje o aluno e celebre suas pequenas conquistas.

“O ideal é que na experiência educativa, educandos, educadoras e educadores,


juntos ‘convivam’ de tal maneira com os saberes que eles vão virando sabedoria.
Algo que não é estranho a educadores e educadoras”. (FREIRE, 2005, p. 58)

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/1996, artigo 62, situa:
“A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior,
em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos
superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do
magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental,
a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.” (BRASIL, 2006).

De acordo com Fernandes (2006, pg.30) evidencia-se que:

• Alunos surdos, que, por suas necessidades linguísticas diferenciadas,


precisam conhecer a língua de sinais e exigem profissionais intérpretes;

• Alunos com deficiência visual, que necessitam de recursos técnicos,


tecnológicos e materiais especializados;

• Alunos com deficiência física neuromotora, que exigem a remoção de


barreiras arquitetônicas, além de recursos e materiais adaptados à sua locomoção e
comunicação;

• Alunos com deficiência intelectual, que demandam adaptações


significativas no currículo escolar, respeitando-se seu ritmo e estilo de
aprendizagem;

• Alunos com condutas típicas de síndromes e quadros neurológicos,


psiquiátricos e psicológicos que demandam apoios intensos e contínuos, além de
atendimentos terapêuticos complementares à educação;

• Alunos com altas habilidades/superdotação, que, devido às motivações


e aos talentos específicos, requerem enriquecimento, aprofundamento curricular
e/ou aceleração de estudos. (FERNANDES, 2006, p. 30)
O professor precisa organizar-se com antecedência, planejar com detalhes
as atividades e registrar o que deu certo e depois rever de que modo as
coisas poderiam ter sido melhores. É preciso olhar para o resultado
alcançado e perceber o quanto “todos” os alunos estão se beneficiando das
ações educativas. (MINETTO, 2008, p. 101)

De acordo com a citação acima, os educadores devem estar atentos ás


dificuldades de seus alunos, exercendo seu papel de professor justo e solidário,
anulando toda e qualquer discriminação, obtendo inteligência e intuito para
conscientizar todo cidadão para conviver com as diferenças.

Há inúmeros desafios para os educadores, que devem ser superados e


buscando novas estratégias para que o aluno possa aprender junto com outros
alunos e superar seus limites, por isso, a atuação pedagógica é um processo de
investigação, muito estudo e de solução de problemas.

A educação inclusiva é um desafio para os educadores porque faz com


que eles desenvolvam uma maneira de ensinar, obtendo uma estratégia
pedagógica. De acordo com Mittler (2003, pg. 35):
[...] a inclusão implica que todos os professores têm o direito de esperar e de
receber preparação apropriada na formação inicial em educação e desenvolvimento
profissional contínuo durante sua vida profissional (MITTLER, 2003, p. 35).

Bueno (2001) diz que um ensino de qualidade para crianças com


necessidades educacionais especiais na educação inclusiva, envolve dois tipos de
formação profissional: professores “generalistas” do ensino regular, com um mínimo
de conhecimento e prática do aluno diversificado; e professores “especialistas” nas
diferentes necessidades educacionais especiais, tanto para o apoio desses
indivíduos quanto para o apoio do trabalho a ser realizado.

Um educador deve ensinar aos alunos que não importa a etnia, situação
econômica ou demais diferenças, mostrando que todos somos iguais. Esses
métodos levam o educador a buscar igualdade, fraternidade e liberdade em sala de
aula, valorizando a diversidade como um elemento enriquecedor.

Além do professor, a família dos alunos com necessidades especiais deve


participar do processo de ensino-aprendizagem desses alunos, pois através dessa
participação familiar, o professor tem a oportunidade em conhecer melhor o seu
aluno, e assim, obtendo informações para que o aprendizado seja bem articulado e
todos juntos possam obter um excelente resultado.

Figura 3 - Aprendizagem

Fonte: Diversa

O trabalho docente com portadores de necessidades educativas especiais


na contemporaneidade deve combinar estes dois aspectos, o profissional e
o intelectual, e para isso se impõe o desenvolvimento da capacidade de
reelaborar conhecimentos. Desta maneira, durante a formação inicial, outras
competências precisam ser trabalhadas como elaboração, a definição, a
reinterpretação de currículos e programas que propiciem a
profissionalização, valorização e identificação docente (PIMENTA, 2002, p.
131-132).
9. CONCLUSÃO
Através deste estudo, entendo o quão é importante o processo de
inclusão em um ambiente escolar, e espero que um dia todos possam ter esse
direito, mas para que essa realidade aconteça, precisamos que todos os envolvidos
façam suas respectivas funções: educadores, políticos, sociedade e profissionais
envolvidos na área da educação inclusiva, e que esses envolvidos possam ter
empatia e compreendam as necessidades específicas.

Considero que, é fundamental falarmos sobre a educação inclusiva para


todos, começando nas salas de aula e eliminando qualquer preconceito entre os
alunos, pois através deles, poderemos ter uma igualdade melhor e amor ao próximo
na sociedade.

A pedagogia deve se preocupar com o ambiente educativo,


proporcionando a esses alunos cultura e história do nosso povo.

Nós educadores precisamos despertar em nossos jovens a solidariedade,


a esperança, desejo em aprender e a ter empatia para um mundo melhor, porém,
muitos educadores precisam de estudos para lidar com o processo na educação
inclusiva com competências técnicas, valores socialistas e humanistas, pois as
dificuldades são grandes, mas com a sabedoria e perseverança, conseguimos
mudar a sociedade e fazer com o preconceito seja abolido.

É favorável que todos os educadores tenham conhecimento de que a


escola será receptiva com base em um processo educativo envolvido com a
inclusão, especialmente os portadores de necessidades educativas especiais,
transformando-se em uma gestão democrática.

10.BIBLIOGRAFIA
UNESCO. Disponivel em:
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/education/inclusive-education/>.

Portal Mec, 2006. Disponivel em:


<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deffisica.pdf>. Acesso em: 2020.

GARCEZ, L. Instituto Rodrigo Mendes. Diversa - Educação Inclusiva na Prática,


2016. Disponivel em: <https://diversa.org.br/artigos/um-historico-e-as-dimensoes-da-
educacao-inclusiva/?gclid=CjwKCAiA1rPyBRAREiwA1UIy8FbKUY4oge-
kmOnzqJgLiS-21I472qna5NzsBMWpBRNzux_UfL5iGRoCVX0QAvD_BwE>. Acesso
em: 2020.

GIL, M. Instituto Rodrigo Mendes. Diversa - Educação Inclusiva na Prática, 2017.


Disponivel em: <https://diversa.org.br/artigos/a-legislacao-federal-brasileira-e-a-
educacao-de-alunos-com-deficiencia/>. Acesso em: 20 fev. 2020.

MIRANDA, T. G.; FILHO, T. A. G. O professor e a educação inclusiva: formação,


práticas e lugares. Salvador: EDUFBA, 2012.

PORTAL Educação, 2013. Disponivel em:


<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/a-historia-da-
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PORTAL Mec. Ministério da Educação. Disponivel em:


<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>.

UNESCO. Unesco - Relatório: Educação para todos no Brasil, 2014. Disponivel


em: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000232699>. Acesso em: 2020.

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