GONCALVES, Karenn E. R.
GONCALVES, Karenn E. R.
GONCALVES, Karenn E. R.
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Florianópolis, 2022.
Karenn Eliza Renaud Gonçalves
Florianópolis, 2022.
1
2
Karenn Eliza Renaud Gonçalves
Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de
“Engenheiro Civil” e aprovado em sua forma final pelo Departamento de Engenharia Civil
da Universidade Federal de Santa Catarina.
_________________________________ _________________________________
Profa. Liseane Padilha Thives, Dra. Prof. Sergio Murilo Petri, Dr.
Orientadora Coorientador
Universidade Federal de Santa Catarina Universidade Federal de Santa Catarina
3
RESUMO
A criação de programas sociais pelo Governo Federal Brasileiro possibilitou que pessoas de
baixa renda adquirissem a casa própria. Um dos programas instituídos foi o “Casa Verde e
Amarela”, no qual construtoras interessadas em construir moradias com o padrão construtivo
do programa devem atender as exigências de qualidade da certificação do Programa
Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). O PBQP-H define requisitos
de qualidade, controle e melhoria contínua para as empresas participantes, de forma que os
requisitos são implantados nos processos da empresa. Os requisitos são estabelecidos por
meio de um regimento e devem ser atendidos por meio de metodologias próprias das
empresas. Por outro lado, é necessária uma verificação periódica, por meio de um organismo
de certificação, para garantir que os requisitos estão sendo atendidos e que o objetivo de
qualidade e produtividade do programa estão sendo alcançados de forma evolutiva. Este
trabalho tem como objetivo avaliar o cumprimento de requisitos do programa PBQP-H por
uma empresa certificada e analisar os benefícios de atender o programa. Para aplicação da
metodologia proposta foi realizado um estudo de caso em uma obra. Foram avaliadas as não
conformidades dos serviços realizados por meio de verificação de documentos e registros e
inspeções in loco. Com base na interpretação da norma base (ISO 9001) e no regimento do
Sistema de Avaliação da Conformidade (SiAC), detectou-se um processo passível de
mudança e, por meio do levantamento de informações e uma ferramenta de intervenção
“Análise de Multicritério de Apoio à Decisão”, foi definido um projeto de atualização de
documentos para inspeção de serviços executivos de acabamento para construção civil como
forma de atendimento ao requisito de melhoria contínua do regimento.
4
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11
1.1 Objetivos ........................................................................................................... 12
3 MÉTODO ........................................................................................................ 32
3.1 Estrutura organizacional da empresa em estudo ............................................... 32
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................. 42
4.1 Acompanhamento da obra e aplicação da metodologia de verificação de não
conformidades ..................................................................................................................... 42
5
5 CONCLUSÕES ............................................................................................... 73
5.1 Limitações do trabalho ..................................................................................... 74
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 76
6
LISTA DE FIGURAS
7
Figura 30. Acabamento de pintura texturizado. .................................................................. 64
Figura 31. Fase de recomendações da ferramenta MCDA. ................................................. 87
8
LISTA DE TABELAS
9
LISTA DE QUADROS
10
1 INTRODUÇÃO
11
e controle necessário para entregar um produto de qualidade e no prazo correto estejam
certificadas (SANTOS, 2014).
O PBQP-H gerou o “Sistema de Avaliação da Conformidade - SiAC”, o qual é um
sistema de gestão da qualidade voltado exclusivamente para construtoras e possui um
regimento baseado na norma ISO 9001 (ABNT, 2015) e no cumprimento da norma de
desempenho NBR 15575 (ABNT, 2021). O impacto deste selo na gestão das empresas
resulta em melhorias, uma vez que a implantação de requisitos de qualidade favorece os
meios de planejamento, controle e melhorias nas empresas, tornando-as mais competitivas
(BRASIL, 2021).
Por outro lado, a metodologia para atender aos requisitos do SiAC é uma escolha
particular de cada empresa. Desta forma, a implantação de procedimentos, registros,
controles e busca por melhoria contínua é obtida por meio da análise dos próprios líderes de
cada setor, que avaliam as atividades desenvolvidas na empresa, seus cumprimentos e,
juntamente com o setor de qualidade da empresa propõem as melhores formas de ações e
mudanças.
Neste trabalho, foi avaliado o cumprimento de requisitos do PBQP-H por uma
empresa certificada e analisar os benefícios de atender o programa. Foi realizada a
verificação das opções de melhoria da empresa, cujo enfoque principal foi voltado ao setor
de execução de obras. As análises e propostas de melhorias foram realizadas com base em
ferramentas de qualidade, a partir do acompanhamento de uma obra inserida no PCVA. Foi
utilizada a Metodologia Multicritério de Apoio à Decisão Construtivista (MCDA-C) para
auxiliar na tomada de decisão e gerar uma forma de controle quantitativo em relação aos
fornecedores de serviços.
1.1 Objetivos
12
1.1.2 Objetivos específicos
Para atingir o objetivo geral, foram propostos os seguintes objetivos específicos:
I. Por meio dos requisitos de certificação de qualidade do PBQP-H; identificar não
conformidades em um estudo de caso em uma obra de uma empresa;
II. Identificar o sistema de gestão da qualidade de uma empresa nível B e
aperfeiçoá-lo em relação ao sistema de qualidade do PBQP-H;
III. Identificar os problemas na gestão e registro dos procedimentos que impactam
na qualidade dos processos e na qualidade do produto final;
IV. Definição de métodos de planejamento e controle de processos para atender ao
objetivo de melhoria contínua.
13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
14
2.1.1 Direito à moradia
15
2.1.2 Programa Minha Casa Minha Vida
A partir da criação do SNHIS e FNHIS, por meio da Lei nº 11.977 (BRASIL, 2009),
o governo federal lançou o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), com o objetivo
de incentivar a produção e aquisição de unidades para moradia social. Neste programa, o
governo limitou a participação de compra para famílias com renda mensal de até R$
4.650,00.
Dentre os mecanismos fornecidos aos beneficiários para a obtenção da casa própria,
estavam a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e, dependendo do
perfil de renda no momento do financiamento, a possibilidade de receber um subsídio do
governo. No subsídio concedido, o valor era uma concessão (em dinheiro) feita para manter
os preços acessíveis e diminuir o montante do financiamento para a pessoa física. No caso
do recebimento do subsídio, eram analisados também, a renda familiar, idade, custo e região
do imóvel e outros fatores que caracterizassem a necessidade de receber o benefício (MELO,
2021).
O PMCMV esteve em vigor por 11 anos e, de acordo com dados do governo federal,
foram entregues mais de cinco milhões de unidades habitacionais, e empregados recursos da
ordem de R$ 129,8 bilhões em subsídios financeiros e tributários e outros R$ 98 bilhões em
subsídios do FGTS (Ministério da Economia, 2020).
Em 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) gerou um relatório de avaliação
do PMCMV e determinou ao Ministério das Cidades, à Caixa Econômica Federal e ao Banco
do Brasil S.A. a necessidade de criação de um plano de ação para corrigir e melhorar as
falhas na execução do programa. O relatório que estabeleceu o plano de ação, foi resultado
de uma auditoria que avaliou a política adotada e qualidade das obras de habitação social
finalizadas e entregues à população. Na auditoria, dentre outros quesitos, quanto à qualidade
das construções, foram identificados “vícios” construtivos sistêmicos nas moradias. No
relatório constaram exemplos como falha na pintura externa, problemas em instalações
hidrossanitárias, caimento inadequado dos pisos, problemas de estanqueidade de esquadrias
e outras não conformidades que podem ser evitadas com o correto procedimento construtivo
e produtos de qualidade (SeinfraUrb, 2016).
A partir dos problemas identificados, as construtoras responsáveis deveriam sanar
os mesmos e realizar as melhorias. No entanto, não foram encontrados documentos
16
disponíveis ou acessíveis que possam comprovar a realização efetiva das correções
apontadas. Em 2019, tomou posse no Brasil um novo governo federal, que substituiu o
PMCMV.
17
Quadro 1. Comparativo entre o PMCMV e PCVA.
Programas
Minha Casa Minha Vida (PMCMV) Casa Verde e Amarela (PCVA)
Diretrizes
(a) Atender à demanda por habitações no
país adaptando as peculiaridades
municipais; regionais;
Objetivos
• Ampliar o estoque de moradias,
sobretudo o de baixa renda;
• Promover a melhora do estoque de
moradias existentes, melhorando
• Reduzir o déficit habitacional;
as inadequações habitacionais em
• Promover o desenvolvimento
geral;
econômico.
• Estimular a modernização do setor
de Construção civil e promover o
desenvolvimento institucional dos
agentes responsáveis pelo PCVA.
Fonte: Adaptado de MELO (2021).
18
De acordo com o comparativo mostrado no Quadro 1, dentre as principais
mudanças, destacam-se o enfoque sustentável que as habitações devem atender e a melhora
de inadequações habitacionais que incluem a qualidade das edificações construídas.
Durante a transição do programa, o Ministério de Desenvolvimento Regional
realizou um levantamento de todas as unidades paralisadas no país, cujo número foi de 150
mil empreendimentos inativos (SANTOS, 2020). Foram caracterizados como
empreendimentos inativos aqueles em que as construções foram iniciadas por construtoras
aprovadas pelo programa, mas que por alguma razão não concluíram as obras ou o tempo
para entrega foi mais elevado em relação ao cronograma estabelecido.
19
devem estar enquadrados no Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Sistemas Inovadores
e Convencionais (SiNAT), além de leis, decretos e portarias associadas a estes programas.
20
internacionalmente reconhecidas para a garantia de uma gestão de qualidade do produto
condizente com o esperado.
A partir da ISO 9001 as empresas são orientadas e dispõem de um direcionamento
de como estabelecer os processos para organização da empresa. Isso ocorre devido a geração
de documentação e registro dos processos internos, com acompanhamento de todos os
procedimentos e conhecimentos internos, para assim poder avançar na qualidade de seus
procedimentos. A eficácia é obtida a partir da implementação de detalhamento dos
processos, controle de qualidade por meio de indicadores, análise e registro das informações
geradas, treinamento de equipe e da melhoria contínua do processo (MAEKAWA et al.,
2013).
Leite (2005) estruturou o método para implantação do sistema de gestão da
qualidade com base na ISO 9001, o qual constou a consolidação das normas da série ISO
9000 e, listou os seguintes oito princípios de qualidade: foco no cliente, liderança,
envolvimento de pessoas, abordagem de processo, abordagem sistêmica para a gestão,
melhoria contínua, tomada de decisão baseada em fatos e benefícios mútuos das relações
com os fornecedores.
Naturalmente, a necessidade de obter um sistema de gestão da qualidade também
se direciona a indústria da construção civil. Segundo Picchi (1993), apesar das diferenças de
processos entre setores industriais e a construção civil, os conceitos de qualidade podem ser
adaptados ao setor e implementados no sistema em prol da obtenção do desempenho
esperado.
Pereira (2017) conclui também que a ausência de informação ou detalhamento de
projetos gera as falhas construtivas e os retrabalhos na construção civil. Desta forma, é
necessário que haja uma clareza no produto contratado, descrição da hierarquia de processos
e da interdependência entre as áreas. Em conjunto, a coordenação do projeto deve ter seu
devido responsável em cada área a ser acompanhada, para garantir o cumprimento dos
controles de etapas e dos prazos previstos, de forma que os coordenadores tenham
competência para trabalhar com os profissionais e sejam agentes na tomada de decisão.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional (BRASIL, 2022), o
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) é uma ferramenta
que busca garantir, quanto à habitação de interesse social, a qualidade, com obras marcadas
21
pela segurança e durabilidade; e a produtividade do setor da construção a partir da sua
modernização. O PBQP-H será abordado em detalhes na seção 2.3.
Neste contexto, como método de adaptação e direcionamento à qualidade na
construção civil, Vieira e Neto (2019) explicitaram como o PBQP-H foi gerado a partir da
normatização ISO 9001. Os autores ressaltaram que a qualidade neste setor não se trata
apenas do levantamento estatístico para melhorias ou controle da sistematização do
processo, mas também como as exigências do cliente são um fator determinante para a
evolução das empresas deste ramo e como a qualidade afeta a competitividade entre elas no
mercado.
Ainda, constataram que a qualidade impacta a produtividade, assim como a
produtividade implica na competitividade, de modo que a competitividade faz com que as
empresas evoluam e se destaquem. Na construção civil, o enfoque da qualidade pode ser
entendido como o aproveitamento, da melhor maneira possível, os recursos de materiais,
equipamentos, água, energia e mão de obra. Estas ações resultam em benefícios, de forma
que não haja desperdício e retrabalho, minorando assim os investimentos e majorando o
retorno produtivo para que, no final da produção, seja alcançada a satisfação do cliente
(VIEIRA; NETO, 2019).
No estudo desenvolvido por Novais (2006), foi constatado que as empresas que
implantaram um sistema de gestão da qualidade e buscaram a manutenção da certificação,
obtiveram uma imensa contribuição de sua competitividade. Numa análise comparativa entre
empresas foi possível notar que as que não possuíam o objetivo de manter um sistema efetivo
eram aquelas cuja gestão não tinha interesse em relação à posição da empresa no mercado,
mas apenas obtenção de redução de custos por meio do sistema e deixando de lado os outros
objetivos da normatização.
Paralelamente à certificação ISO, em 2008 a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) vislumbrou a necessidade da criação de uma norma específica que
resultou na norma de desempenho NBR 15575 (ABNT, 2015). Santos e Hippert (2016)
consideraram que esta norma brasileira permitiu uma inovação no setor da construção civil
por meio de requisitos aplicados ao desempenho mínimo dos elementos construtivos ao
longo de sua vida útil. Assim, foram agrupados requisitos de qualidade e durabilidade dos
sistemas da construção civil e conexão com os agentes envolvidos no processo, sendo eles o
22
incorporador, o construtor, o fornecedor de insumo, fornecedor do material, do componente,
o projetista e o usuário do produto.
Considerando o exposto, por meio da norma ISO 9001 e da Norma de Desempenho,
foi possível gerar a normatização necessária para o estabelecimento do PBQP-H, o qual tem
seu embasamento em ambas as normas além de induzir a necessidade de regularização com
demais normas no âmbito técnico e legal.
23
não conformes e redução de retrabalho. Quanto à empresa sem certificação, apesar da
consideração da importância de investimentos na qualidade em uma obra, o resultado
mostrou que o custo teve maior relevância nas decisões. A partir deste enfoque, observou-
se, por parte que dos gestores, que ocorria uma resistência às mudanças durante a
implantação de sistemas de gestão da qualidade.
O Ministério do Desenvolvimento Regional (2022) considera que para atingir as
metas do PBQP-H, são necessárias ações que contribuam para o desenvolvimento e evolução
de todos os elos da cadeia produtiva. Assim, há três sistemas de adesão voluntária:
• Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da
Construção Civil (SiAC) de certificação de sistemas de gestão da qualidade de
construtoras;
• Sistema de Qualificação de Empresas de Materiais, Componentes e Sistemas
Construtivos (SiMaC) para monitoramento da conformidade na fabricação,
importação e distribuição de materiais, componentes e sistemas construtivos
utilizados na construção civil;
• Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Produtos Inovadores e Sistemas
Convencionais (SiNAT) de Avaliação de tecnologias inovadoras e de sistemas
convencionais na construção civil.
No contexto deste trabalho, enfoque será dado ao Sistema de Avaliação da
Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil (SiAC).
25
Figura 1. Estrutura do regimento do SiAC – Parte I.
26
Figura 2. Estrutura do regimento do SiAC – Parte II.
27
informações, a definição das partes interessadas bem como os requisitos e compromissos
com estas, a definição do escopo da empresa em que se especificam os limites e
aplicabilidade, o método de cumprimento dos requisitos da norma, aplicáveis ao escopo e a
informação documentada sobre todos os processos que envolvem esses cumprimentos. Além
disso, a definição dos processos da empresa também é auditada e verifica-se a existência de
um documento constituído com as entradas e saídas esperadas, com os critérios e métodos
para controle, com a especificação das autoridades e responsabilidades, com a análise dos
riscos e oportunidades do processo e promovendo a melhoria contínua dos processos e do
SGQ.
O requisito de liderança (Figura 1) refere-se aos questionamentos feitos a cada
responsável pelos setores da empresa verificando se os mesmos estão cientes de suas
responsabilidades, conscientizados da política e dos objetivos de qualidade da empresa. No
requisito avalia-se a forma que os responsáveis, ao desempenharem suas funções, verificam
e desempenham o processo conforme descrito nos documentos. O processo inclui controles
com informação documentada dos resultados nos documentos de registro e comunicação à
equipe sobre a importância da gestão da qualidade. Neste requisito também é verificado se
os profissionais compreendem a importância da satisfação do cliente, comunicação entre as
partes e entrega do produto condizente com a qualidade da empresa e alinhado às
expectativas dos clientes.
No requisito de planejamento (Figura 1), o sistema de gestão da qualidade requer a
abordagem dos riscos e das oportunidades da empresa, por meio de uma análise das funções
desempenhadas e identificação dos obstáculos encontrados na cadeia produtiva. Desta
forma, a análise dos setores em relação a organização, controles, indicadores, metas,
ocorrências e avaliação de clientes permite a geração de um planejamento estratégico.
Também são definidos os objetivos da qualidade para o planejamento adotado, com
verificação da coerência com a política de qualidade, satisfação do cliente e, ainda, se os
objetivos vêm sendo monitorados, comunicados e atualizados. Por fim, é realizado um
planejamento de mudanças, necessário para garantir que na empresa não sejam perdidos
conhecimento ou informações importantes. Ainda que existam modificações na empresa,
sejam elas a disponibilidade de recursos e alocação ou realocação de pessoas, a mesma deve
ter controle das consequências das mudanças e métodos para garantir a integridade do
sistema de gestão de qualidade.
28
O requisito de apoio (Figura 1) refere-se à forma como a empresa se organiza para
garantir os recursos necessários para obter e manter sistema de gestão da qualidade,
considerando as capacidades e restrições da organização. Neste caso, é considerado como a
empresa determina e garante a manutenção do sistema (considerando a necessidade de
atualização dos documentos, análise dos resultados e a busca por melhoria contínua), os
recursos necessárias para o setor (recursos humanos, recursos materiais, ambiente de
trabalho adequado com organização, limpeza e identificação e recursos para monitoramento
e segurança), o conhecimento organizacional retido na documentação da empresa
(documentos legais e técnicos e a documentação de cada processo com suas respectivas
descrições para o correto treinamento em caso de substituição de pessoal).
Quanto ao requisito de execução de obra (Figura 2), o mesmo diz respeito
especificamente ao setor de operação da empresa e a forma organizacional para obter o
produto final. Inicialmente audita-se o planejamento da produção, onde para cada
empreendimento da construtora consta um documento nomeado como “Plano de Qualidade
da Obra – PQO”. No PQO integram-se os dados da obra, a equipe de gestão (da obra) com
suas respectivas funções no canteiro, a infraestrutura de acordo com o layout de canteiro
(com área de vivência, almoxarifados, banheiros e todas as demais áreas referentes a
segurança e permanência no local). Ainda, os fornecedores de materiais e serviços previstos,
os projetos recebidos da equipe de planos e projetos do escritório, o planejamento e
cronograma de obra, especificação de materiais que serão utilizados e que estarão alinhados
com o memorial descritivo entregue ao cliente no momento da compra, relação de
equipamentos de medição, controles efetuados pela equipe de gestão e definições atreladas
a sustentabilidade da obra. Diante disso, ressalta-se que este requisito não se resume a um
setor apenas, mas representa a união de atividades desenvolvidas entre os setores de
execução de obra, aquisições e recursos humanos. Assim, cada setor cumprirá o seu processo
referente à obtenção dos recursos necessários, descrição do produto ou serviço, controle
tecnológico em prol do desempenho adequado, fornecimento de ambiente adequado e, por
fim, o controle de saídas não conformes, o qual permitirá analisar a causa, a prevenção e
correção das ocorrências.
Os outros dois requisitos, avaliação do desempenho e melhorias (Figura 2) são
relativos às informações obtidas de acordo com o cumprimento dos processos anteriormente
29
descritos, onde os controles e registros fornecidos por cada setor, gerarão dados para análise
e propostas de melhoria da organização.
De acordo com Silva (2019), a criação e atualização do regimento do SiAC
representa um marco no setor da construção civil, tendo em vista que por meio desta
certificação é possível evidenciar o quanto das normas de qualidade e desempenho estão
sendo cumpridas pelas construtoras, além de auxiliar nesse cumprimento por meio de
instrução de documentação e modelo organizacional.
Battistela (2014) acrescentou que entender o regimento do PBQP-H e sua
importância para o desenvolvimento da empresa são razões que contribuem para alcançar os
resultados desejados, tendo em conta a burocratização do processo e a necessidade de criação
de tantos documentos, exigindo o controle e organização para alcançar a eficácia do sistema.
Além disso, o autor sugeriu a criação de alguns exemplos de fichas de inspeção, sendo a
inspeção de serviços uma delas.
No que diz respeito ao processo de certificação inicial, divide-se em duas fases. A
fase 1 tem o objetivo de avaliar o SGQ da empresa de acordo com a norma base (ISO 9001),
avaliar o nível de enquadramento da organização e estabelecer um programa efetivo para a
auditoria de fase 2. A fase 2 tem o objetivo de avaliar as conformidades em relação aos
processos e produtos e verificar se o funcionamento da empresa está adequado ao descrito
nos documentos do SGQ. Em relação aos níveis de certificação, o regimento do SiAC de
2021 apresenta o nível A e nível B, em que ambos são suficientes para entregar os imóveis
por meio dos programas de habitação social. O que diferencia os níveis é a quantidade e
detalhamento de requisitos auditados, além de menor exigência em relação aos documentos
de serviços controlados na execução de obras. Contanto, mesmo que o nível B permita a
participação nos programas, é uma expectativa dos auditores e organismos de certificação
que a empresa busque evoluir para o nível A, tendo em vista que é benéfico para todas as
partes interessadas o cumprimento de todos os requisitos do regimento. No caso do nível A,
é necessário que a empresa cumpra em sua totalidade os requisitos do regimento, efetue o
controle de todos os materiais e serviços executivos. Já no nível B, a empresa precisa atender
ao menos 70% dos requisitos do regimento, documentar o controle de 40% dos serviços
executivos e apresentar evidências de controle de ao menos 50% dos materiais utilizados na
execução dos serviços (Ministério do Desenvolvimento Regional, 2022).
30
31
3 MÉTODO
32
Figura 3. Estrutura organizacional da Construtora Moinho.
Fonte: https://construtoramoinho.com.br/sobrenos/.
Este trabalho conta com um estudo de caso de uma das obras executadas pela
construtora, localizada no bairro Vendaval na cidade de Biguaçu - SC, com o padrão de
execução e acabamento da empresa. O empreendimento é constituído por quatro blocos, com
seis andares cada um e oito apartamentos por andar. O método de aquisição do imóvel
poderia utilizar o financiamento do programa social ou a compra direta com a construtora.
34
Para o desenvolvimento deste trabalho, foram consideradas as normas de execução
vigentes para as execuções de atividade que serão consideradas para a criação e atualização
das fichas de inspeção de serviço. O Quadro 2 apresenta as relações das normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) necessárias à certificação.
Para os serviços que não possuem norma específica da ABNT para execução e
inspeção, serão consideradas livros técnicos e as experiências em campo.
35
Figura 5. Fluxograma das principais etapas da metodologia.
36
Quadro 3. Serviços controlados segundo o regimento do SiAC.
Ordem Serviços controlados
1 Compactação de aterros
2 Locação de obra
3 Execução de fundação
4 Execução de fôrma
5 Montagem de armadura
6 Concretagem de peça estrutural
7 Execução de alvenaria estrutural
8 Execução de alvenaria não estrutural e de divisória leve
Execução de revestimento interno de área seca, incluindo produção de argamassa em
9
obra, quando aplicável
10 Execução de revestimento interno de área úmida
11 Execução de revestimento externo
12 Execução de contrapiso
13 Execução de revestimento de piso interno de área seca
14 Execução de revestimento de piso externo de área úmida
15 Execução de piso externo
16 Execução de forro
17 Execução de impermeabilização
18 Execução de cobertura de telhado
19 Colocação de batente e porta
20 Colocação de janela
21 Colocação de guarda-corpo
22 Execução de pintura interna
23 Execução de pintura externa
24 Execução de instalação elétrica
25 Execução de instalação hidrossanitária
26 Execução de instalação de gás
27 Colocação de bancada, louça e metal sanitário
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Regional (2022).
37
Quadro 4. Listagem de serviços a serem avaliados no estudo.
Ordem Serviços da etapa de acabamento
1 Revestimento Interno
2 Revestimento Externo
3 Pintura interna
4 Pintura externa
5 Execução da cerâmica e rejunte
6 Instalação das esquadrias de alumínio
Instalação de portas e rodapés de
7
madeira
8 Rodatetos
Fonte: Autoria própria (2022).
38
seja, verificar que a qualidade e a conformidade estavam de acordo com as necessidades e
expectativas do cliente.
Verificou-se também se as atividades executadas na obra por meio dos fornecedores
de serviços (terceirizados) estavam sendo realizadas conforme o cronograma estabelecido
ou em um tempo superior. Após as verificações, os problemas observados foram registrados.
Diante destas recorrentes não conformidades, a atualização de ficha técnica,
proposta neste estudo, tem objetivo de direcionar o foco da inspeção para estas questões,
além do padrão de vistoria usualmente já analisado diante das necessidades funcionais de
cada produto.
Para tanto, foi utilizada uma ferramenta de intervenção para analisar inúmeros
fatores que podem conflitar em relação ao número de critérios, denominada de Metodologia
Multicritério de Apoio à Decisão Construtivista (MCDA-C). Esta ferramenta metodológica
a qual estrutura o contexto da forma que que o gestor optar, em que não possui um
procedimento padrão, tendo em vista que é modelada a cada caso. Neste trabalho será
efetuada uma adaptação do MCDA-C estruturando uma planilha com base no número de
serviços de acabamento, o número de requisitos que espera-se atender de acordo com as
normas técnicas brasileiras de execução de serviço e norma de desempenho. A planilha
utiliza interpolação linear e o modelo de agregação de aditivo com o intuito de gerar o
modelo matemático para obter uma análise quantitativa que possa ser considerada em
critérios contratuais.
Por meio da ferramenta MCDA-C é possível gerar um modelo para documentar o
conhecimento e fomentar a tomada de decisões, resultando em ações de melhoria e
aprimoramento do contexto avaliado, oferecendo aos gestores ações para alcançar um
melhor nível de desempenho (MATOS et al., 2018). A Figura 6 apresenta as fases da
metodologia MCDA-C.
39
Figura 6. Fases da metodologia MCDA-C.
41
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
43
Figura 7. Acabamento do revestimento interno áspero e irregular.
44
Figura 9. Revestimento externo deve possuir o caimento para água.
45
Figura 10. Revestimento interno sem correções de falhas de acabamento e pintura interna não conforme.
46
Figura 11. Necessidade de restauração da parede após a finalização da pintura interna.
Subsequentemente, como o serviço não conforme (Figura 13) não foi sanado e com
as cerâmicas não niveladas, outro problema foi observado na etapa de instalação dos rodapés
(Figura 14). Por falta de nivelamento pelo excesso de argamassa, correu um abaulamento no
centro da parede e como resultado, observa-se um espaço (vão) entre o rodapé e o piso.
Figura 14. Desnível entre o piso cerâmico e o rodapé.
49
Figura 17. Esquadrias desalinhadas.
Outra não conformidade registrada foi quanto ao travamento das esquadrias (Figura
18) por falta de qualidade durante a instalação, sendo necessário efetuar a regulagem das
folhas da janela.
Figura 18. Peça de travamento da esquadria não fecha completamente.
51
Constatou-se que a utilização de produtos de acabamento com mesmo tom e de um
mesmo fornecedor influenciam a qualidade final do serviço. Muitas vezes, as tonalidades
dos produtos destoam no material e comprometem a finalização do serviço. A Figura 21
ilustra esta situação, onde foram utilizadas massas de acabamento em tons diferentes, o que
prejudicou a estética do material e a qualidade do imóvel.
Figura 21. Tons de massa de acabamento para madeira diferentes num mesmo imóvel.
Outra situação está mostrada na Figura 22. Neste caso, as dimensões de partes dos
rodapés são diferentes, proporcionalmente ao local de instalação. O procedimento correto
seria executar o corte na dimensão exata para encontro (encaixe) das duas peças. Observa-
se ainda, na Figura 22, que a aplicação de massa para madeira (parte superior dos rodapés
entre estes e a parede) não está de acordo com o padrão de acabamento necessário.
52
Figura 22. Peça recortada com dimensão inferior ao comprimento necessário.
53
Figura 24. Contraste entre tons de rodateto.
54
Quadro 7. Listagem de fichas de serviços da construtora.
57
Figura 25. Ilustração do taqueamento.
Quanto ao contramarco, este consiste numa moldura constituída por quatro perfis
metálicos, os quais são entregues montados na construção e apenas precisam ser fixados e
nivelados no vão que receberá a esquadria de alumínio. A Figura 26 ilustra os componentes
que fazem parte do serviço.
58
Quadro 9. Etapas de inspeção do serviço de revestimento interno.
Ordem Execução Inspeção
Tanto a estrutura quanto a desempenadeira precisam
estar úmidas para não absorver a água e comprometer
1 Umedecer o local
o desempenho do chapisco
59
Figura 27. Ilustração do acabamento do revestimento interno.
60
Quadro 11. Etapas de inspeção do serviço de revestimento externo.
Ordem Execução Inspeção
Verificar se estão com a mesma espessura e retas.
Efetuar juntas de dilatação entre
6 Profundidade máxima de 10mm.
panos.
A argamassa de revestimento deve ser mantida úmida
pelas 24h seguintes. Verificar se não houve o
7 Manter o revestimento úmido. surgimento de fissuras, deficiência de aderência,
eflorescências, manchas, falta de
nível/prumo/planicidade.
61
Figura 29. Imagem da fachada do prédio com indicações de pano e junta de dilatação.
62
No serviço de pintura interna é necessário realizar uma inspeção visual, tendo em
vista que não há outros métodos utilizado pela construtora para verificar a qualidade da
pintura. Mas, visualmente, é possível verificar o suficiente, tendo em vista que a inspeção se
direciona ao acabamento em textura lisa da parede e a ausência de manchas.
63
Nos acabamentos da pintura, a construtora opta por efetuar dois tipos de
acabamento, o liso e o texturizado, em que o acabamento em textura é efetuado nos tetos e
fachadas, o qual cobre melhor as imperfeições, e o acabamento liso para paredes internas. A
Figura 30 apresenta o acabamento em textura média.
Figura 30. Acabamento de pintura texturizado.
Efetuar a limpeza do local com espátula para Verificar se não há massa seca no contramarco
1
obstruções e pincel para poeira. na parte interna.
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A verificação das esquadrias é realizada através de um teste de desempenho durante
a utilização, além de verificar o acabamento nas vistas e vidros de forma visual.
As madeiras das vistas precisam estar Verificar se as vistas não estão ásperas ou sem verniz
6
em qualidade adequada. ou lascadas.
Fonte: Autoria própria.
67
Quadro 22. Etapas de instalação de instalação de rodapé de madeira.
Ordem Execução Inspeção
Verificar se não há obstáculos ou desníveis no
Avaliar o local que será efetuado o
1 contrapiso que prejudiquem o nivelamento da peça.
serviço.
Retirar poeira e quaisquer outra impureza da
2 Efetuar a limpeza do ambiente. superfície.
Posteriormente, é utilizado pino com Verificar se todas as peças estão fixadas e não apenas
4 pistola para fixar na parede. posicionadas.
Nas emendas, lixar e passar massa para Verificar se estão utilizando apenas um tom de massa,
5
fazer o acabamento. o mais próximo do tom da madeira.
Fonte: Autoria própria.
Com base nos critérios formalizados nos Quadros (7 a 19), foi possível utilizar a
ferramenta de apoio MCDA para a definição dos impactos gerados com base no
68
conhecimento do conferente, no registro de conformidades por inspeção e com um
levantamento de custos arbitrário a cada vistoria.
A Tabela 1, no Apêndice A apresenta o modelo matemático referente a fase de
estruturação, com os respectivos critérios, pesos e custos de cada serviço para auxílio na
tomada de decisão.
A organização da coluna de fator crítico (Tabela 1) é feita com base na separação
dos serviços, em que cada serviço possui uma quantidade de critério mínima aceita para ser
vistoriado e uma quantidade de critérios para serem vistoriados de forma que o serviço seja
considerado conforme. Depois verifica-se a quantidade mínima aceita de critérios
conformes, dentro dos que foram vistoriados, e uma quantidade de critérios que são
considerados como serviço conforme, dentro do esperado, mas ainda suscetível a reparo e
revistoria; e a também, a quantidade de custo máxima que espera-se desembolsar nestes
reparos e a quantidade considerada mínima aceitável de custo com a revistoria. Esse
parâmetro de mínimo aceitável possui o objetivo de auxiliar os coordenadores das obras a
estarem alerta quando deve ser gerado alguma penalidade, tendo em vista que pudesse
acarretar em prejuízo para a construtora em relação a custos, prazos e qualidade do serviço.
A coluna “Status Quo” (Tabela 1) retrata o que é encontrado atualmente na
construtora, em que nem sempre são analisados todos os critérios desde a primeira vistoria.
Isto ocorre devido à ausência de documentação e treinamento adequado aos conferentes, e
dentro destes critérios, a quantidade de critérios conformes costuma ser baixa. A coluna de
1ª vistoria (Tabela 1) mostra a quantidade de critérios que ainda não são sanados mesmo
após a indicação da primeira vistoria.
Como forma de instrução para o agente da tomada de decisão, o método conta com
a atribuição de pesos por critérios, a qual está na coluna “taxas”. Nesta situação, considerou-
se todos os tópicos com o mesmo peso, tendo em vista que todos os serviços são igualmente
importantes e necessários para a execução de obras.
Em relação aos pontos atrelados aos critérios, estes consistem na conversão das
conformidades dos serviços para obter uma pontuação igualitária entre eles e gerar uma
escala de comparação.
Na fase de avaliação, considerou-se a pontuação levantada para cada caso, a qual
está apresentada no modelo matemático do apêndice B (Tabela 2). A partir da Tabela 2, foi
69
possível verificar a situação global do sistema, em que ficou evidente a quantidade de não
conformidades na primeira vistoria e a inconclusão dos problemas na primeira revistoria.
Por fim, na fase de recomendação, foi possível gerar um gráfico, ilustrado na Figura
31 (Apêndice C), no qual verifica-se que quase não há serviço na área de excelência, todos
enquadram-se melhor na área negativa da figura 31 (Apêndice C), validando a necessidade
de atualização dos processos.
Sendo assim, essa ferramenta também pode ser utilizada como um controle durante
o as vistorias de obra, podendo ser registrada em documentos para formalizar o método de
acompanhamento da equipe.
70
relatório de não conformidade para congelamento do pagamento. Os resultados da
ferramenta MCDA podem ser descritos em contrato para validação com as partes
interessadas e futuras cobranças.
71
problema seja solucionado, bem como no aumento da qualidade final do produto entregue.
Destaca-se que nos registros fotográficos, são documentados com data, horário e nome do
avaliador.
72
5 CONCLUSÕES
73
O trabalho restringiu-se ao foco de etapas de acabamento de uma obra num
empreendimento residencial multifamiliar diante do tempo de acompanhamento. A
limitação foi definida com base no número de vistorias que eram efetuadas nessa etapa da
obra e que necessitava de um controle mais rigoroso devido a contratação de equipes
terceirizadas para a efetuação dos processos. Além disso, a etapa de acabamento é a que mais
demanda equipe de mão de obra, materiais e tempo para reparos para a vistoria com o cliente,
tendo em vista que são os serviços que o cliente consegue visualmente analisar e opinar antes
da entrega de chaves.
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84
APÊNDICE A
Tabela 1. Fase de estruturação da ferramenta MCDA.
85
APÊNDICE B
Tabela 2. Fase de avaliação da ferramenta MCDA.
86
APÊNDICE C
87
ANEXO A
88