Medicalização Na Aprendizagem
Medicalização Na Aprendizagem
Medicalização Na Aprendizagem
Capítulo 1
Medicalização na Escola:
uma revisão integrativa
do contexto brasileiro
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96146.1
SUMÁRIO
Resumo:
O medicalizar consiste em interpretar assuntos de natureza pessoal, política,
econômica e social do ponto de vista médico, patologizando a vida cotidiana.
Nosso objetivo foi analisar a literatura publicada no formato de artigos cientí-
ficos publicados entre 2017-2021 sobre medicalização na escola no contexto
brasileiro. O estudo consiste em uma revisão integrativa, que analisou 25 arti-
gos coletados no Portal Periódicos CAPES e na Biblioteca Virtual de Saúde. Os
dados foram analisados a partir de um protocolo de revisão e posteriormente
pelo procedimento de Análise de Conteúdo. Os dados extraídos dos artigos
possibilitaram a construção de cinco categorias: 1) Medicalização no âmbito
escolar; 2) Caráter individual dos problemas escolares; 3) Medicalização como
salvação; 4) Fracasso escolar e o não-aprender; 5) Educação reducionista,
que discutiram que a escola usa da medicalização para justificar o fracas-
so escolar, sem se responsabilizar pela produção deste fenômeno, além de
que a medicalização parece assumir um papel salvacionista nos contextos
escolares. Concluímos que o ambiente escolar se encontra atravessado pelo
conhecimento científico da área da saúde e que busca no campo da medicina
a solução para os problemas de aprendizagem e comportamento, por fim, pro-
pomos a utilização do Desenho Universal para a Aprendizagem para romper
com práticas medicalizantes na escola.
23
INTRODUÇÃO
24
consumismo e da indústria impacta também na velocidade com que
os sentimentos circulam entre as pessoas, não tendo o tempo neces-
sário para a consolidação e entendimento das emoções, produzindo
sofrimentos que precisam ser rapidamente superados, pois não é per-
mitido adoecer em um sistema que necessita de produção em cadeia,
com isso, o indivíduo pode buscar o alívio imediato dos sintomas atra-
vés de intervenções medicamentosas (ROCHA et al., 2019).
25
de aprender se manifesta como um desafio para professores e alunos,
já que o sistema atuante procura em outras áreas do conhecimento (fora
das escolas), a solução da desarmonia dessa relação.
26
em 2013-2014, com o objetivo de relatar a prevalência de transtornos
mentais comuns em estudantes, identificou uma prevalência de 30%
entre os jovens do estudo com algum tipo de transtorno mental co-
mum, além de uma forte prevalência no sexo feminino.
METODOLOGIA
27
2. O segundo passo corresponde a coleta dos dados. Dessa for-
ma, os passos da coleta neste estudo iniciaram-se na definição
dos descritores de busca, sendo “medicalização” e “escola”,
validados nos Descritores da Biblioteca Virtual de Saúde (Dec’s
BVS). Os portais utilizados para coleta foi o Portal Periódicos
CAPES e a Biblioteca Virtual de Saúde – BVS, escolhidos porque
integram diversas bases de dados e proporcionam acesso pú-
blico aos artigos científicos, além do mais os portais apresentam
estudos interdisciplinares, considerando que o tema da revisão
pode ser estudado do ponto de vista da saúde e das ciências
humanas/sociais. A coleta foi realizada entre os dias 2 e 3 de
SUMÁRIO junho de 2022. Os critérios de inclusão adotados foram: Artigos
publicados em revistas indexadas sobre o tema da pesquisa
em contexto brasileiro, publicados em língua portuguesa, entre
janeiro de 2017 a dezembro de 2021. Como critérios de exclu-
são, removemos outras formas de publicação (artigos de jornal,
artigos de anais de eventos, artigos de jornais e outros veículos
midiáticos não científicos, livros, dissertações, tese, editoriais,
resenhas e afins). O total de resultados coletados foi de 355. No
Portal Periódicos CAPES foram coletados 338 resultados e na
Biblioteca Virtual de Saúde, foram obtidos 17 resultados. Todos
os resultados foram coletados.
28
e resumos para o terceiro recorte e exclusão daqueles que não
apontavam para o objetivo deste trabalho. Nessa etapa, 290 ar-
tigos foram excluídos.
29
sendo divididos assim em: 5 ensaios, 4 revisões integrativas, 2 revisões
narrativas, 3 estudos de caso e 2 revisões documentais. As principais
áreas dos periódicos escolhidos se encontram na área da Educação e
da Psicologia, com destaque para a Psicologia Educacional, além da
área da Saúde e Sociológica
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Artigo Revista/Ano/País Método Autores
Reificação, inteligência
Vivian Heringer
e medicalização: formas Psicologia Escolar e Revisão
Pizzinga; Henrique
históricas e atuais de Educacional/2018/Brasil Narrativa
Romero Vasquez
classificação na escola
Amanda da Silva
Efeitos da medicalização Revista de Psicologia/ Estudo
Moreira; Luciana
na travessia adolescente 2018/Brasil de caso
Gageiro Coutinho
Revista Espaço Acadê-
Escola, medicaliza- Ademir Henri-
mico/ Ensaio
ção e educação que Manfré
2018/Brasil
Discursivização so-
bre “doenças do não
Revista Ibero-Ameri-
aprender” no contexto Claudia Regina
SUMÁRIO educacional inclusivo: o
cana de Estudos em Qualitativo
Mosca Giroto et al;
Educação/2019/Brasil
que dizem os professores
de Educação Infantil?
Medicalização na George Saliba Manske;
Reflexão e Ação/2018/
escola e a produção Qualitativo Daniela Cristina
Brasil
de sujeitos infantis Rático de Quadros
Problemas escolares,
medicalização e singula-
ridades dos adolescentes: Educação Temática Estudo Luciana Renata
Contribuições para a Digital/2021/Brasil de Caso Moreira Fonseca et al
pesquisa/intervenção de
orientação psicanalítica
Moralização e medi-
Alonso Bezerra de
calização na escola: Laplage em Revista/
Ensaio Carvalho; Fabio-
reflexões para a educa- 2017/Brasil
la Colombani
ção contemporânea
Medicalização da aprendiza- Revista Ibero-Ameri-
Regina Lemes
gem e resiliência: significa- cana de Estudos em Qualitativo
Santos et al
ções produzidas na escola Educação/2018/ Brasil
A medicalização e sua Fabiola Colombani;
Revista Ibero-Ameri-
história: normalização Flavia Cristina Castilho
cana de Estudos em Ensaio
e disciplinamento por Carácio; Daniela Maria
Educação/2019/Brasil
meio da escola Maia Veríssimo
31
Artigo Revista/Ano/País Método Autores
A medicalização da Rita de Cassia
educação: implicações Educação e Pesqui- Fernandes Signor;
Qualitativo
para a constituição do sa/2017/Brasil Ana Paula Berberian;
sujeito/aprendiz Ana Paula Santana
Entre o remédio e o
Política & Sociedade/
corpo inquieto: de qual Qualitativo Cristiana Carneiro
2021/Brasil
infantil falamos?
Cartografia da implantação
Daiane Kutszepa
e execução do Programa Educação em
Rambilla; KLEBA, Maria
Saúde na Escola (PSE): Revista/2020/ Qualitativo
Elisabeth Kleba; Márcia
implicações para o proces- Brasil
Luíza Pit Dal Magro
so de desmedicalização
Estudantes e o doping inte- Psicologia Escolar Emilia Suitberta de
SUMÁRIO lectual: vale tudo na busca e Educacional/ Qualitativo Oliveira Trigueiro; Maria
do sucesso no vestibular? 2020/Brasil Isabel da Silva Leme
Suzi Maria Nunes
Revista Ibero-Ameri- Cordeiro; Solange
Representações sociais so-
cana de Estudos em Qualitativo Franci Raimundo
bre TDAH e medicalização
Educação/2018/Brasil Yaegashi; Lucilia
Vernaschi de Oliveira
A influência do “modelo
centrado na doença”
Política & Sociedade/ Fabíola Stolf
no uso de medicamen- Ensaio
2020/Brasil Brzozowski
tos para problemas de
aprendizagem na escola
Da relação com o saber
Katálysis/2020/ Lara Beatriz Fuck;
medicalizante às práticas Ensaio
Brasil Fábio Machado Pinto
escolares em Florianópolis
Research, Society Tânia Marisa Lopes
Um olhar sobre a Revisão
and Development/ Chaves; Cristina
infância medicalizada Integrativa
2019/Brasil Saling Kruel
32
Material: que consiste nas operações de codificação em função das
regras que já foram previamente formuladas (após a leitura no protoco-
lo, criou-se as categorias). III) Tratamento dos resultados: É a fase de
análise propriamente dita, onde os resultados brutos serão tratados de
maneira a serem significativos. Apresentaremos a seguir, as categorias
de análise da revisão.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
SUMÁRIO Medicalização no âmbito escolar
33
O higienismo aqui surge com o intuito de reestruturar a família a partir
das normas disciplinares advindas do saber médico para formar cida-
dãos normatizados para o ambiente capitalista, assim estabelecendo
um controle sobre a vida (COLOMBANI; CARÁCIO; VERÍSSIMO, 2019).
34
Caráter individual dos problemas escolares
35
De igual forma, a escola não consegue considerar a subjetividade do
indivíduo e de que ele não apresenta um tempo comum a todos para
aprendizagem. Nem sempre o comportamento inquieto indica um trans-
torno, contudo, a visão individualizante torna o sujeito um objeto com
falhas e desconsiderado de sua história, seu contexto social e familiar.
36
ou comportamental, garantindo que o ambiente continue norma-
lizado. Por conseguinte, nem sempre os professores e as famílias
conseguem visualizar o controle social atribuído aos estudantes pela
medicalização (MANSKE; QUADROS, 2018).
37
Essa busca no saber médico reduz a angústia dos professores frente
às dificuldades encontradas no campo pedagógico e gera a normali-
zação da medicalização que desresponsabiliza a escola e os professo-
res da tarefa de buscar soluções além da via clínica (MANFRÉ, 2018).
38
a medicalização assuma a responsabilidade de melhorar o desempe-
nho e as condutas. Podemos observar que o fracasso escolar assume
características patologizantes a partir do momento em que se desta-
ca mais as disfunções biológicas do indivíduo sem procurar investigar
outros fatores que possam estar envolvidos (BENEDETTI et al., 2018;
GERTEL, TENOR, 2018; SILVA, RODRIGUES, MELLO, 2018).
39
Educação reducionista
40
acolhimento dos alunos com dificuldades, falta de investimento para
formação dos professores. Tudo isso fortalece a naturalização da medi-
calização no campo educacional, levando os docentes a interpretarem
os problemas de aprendizagem como patologias (LIMA et al., 2021).
DISCUSSÃO
41
escolares e em ações de caráter psicométricos (OLIVEIRA; DIAS,
2016). O objetivo era buscar respostas que justificassem o fracasso
escolar e através desses diagnósticos atribuídos aos estudantes selar
a eles um destino escolar pautado pela incapacidade (SOUZA, 2020).
42
forma de exercer poder disciplinar sobre os corpos. Nesse sentido,
a revisão apontou para a tentativa de explicar os processos compor-
tamentais e de aprendizagem escolar via saber médico, de modo
a desconsiderar diversos outros fatores sociais que influenciam na
aprendizagem e desenvolvimento humano. Dessa forma, de acordo
com Bourdieu (1992), a escolarização amplia e legitima as desigual-
dades sociais por meio de mecanismos de eliminação que agem
durante todo o processo escolar, culminando no fracasso de alguns
alunos. Mas quais alunos seriam esses?
43
encontra marcada pelo processo tradicional de ensino. De acordo com
Carraher (1991), o modelo educacional presente nas sociedades capi-
talistas (modelo tradicional de educação) trata o conhecimento como
conteúdo, coisas e fatos a serem transmitidos ao aluno e este, vai à es-
cola para “receber” educação. Dizer que ele aprenderá significa dizer
que ele saberá dizer ou mostrar aquilo que lhe foi ensinado. O conhe-
cimento é “consumido” pelo aluno, isto é, ele recebe o conhecimen-
to já pronto e organizado e seu único trabalho é “engolí-lo”. Algumas
características desse modelo: O professor tem um papel dominante,
é ele quem dirige a aprendizagem ao aluno; Há a ênfase apenas na
resposta correta; Noção de que o conhecimento consiste no acúmulo
SUMÁRIO de fatos e informações isoladas; utilização de problemas que não in-
centivam o aluno a pensar; Culpa ao aluno pelo fracasso escolar.
CONCLUSÃO
44
e destacados nos resultados foram: a presença da medicina no âmbi-
to escolar oriunda da forte influência que já exerce na sociedade fora
das escolas; o caráter individual dos problemas escolares favorecidos
pelo aspecto biologizante que faz parte do processo medicalizante; a
medicalização vista como salvação pelos professores, pelos pais até
pelos alunos e influenciados pelo alto poder da indústria farmacêuti-
ca, por uma divulgação na mídia dos benefícios dos medicamentos e
pela naturalização do consumo de comprimidos; o fracasso escolar e
o não-aprender associados a doença; a educação reducionista que
não contribui para a produção do conhecimento crítico e que não leva
em consideração os diversos estímulos que estudantes recebem fora
SUMÁRIO da escola, tornando o processo educativo comum desestimulante.
Para romper com esse processo, Gesser (et al, 2019) discute o
chamado Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), que orienta
a remoção de barreiras para a aprendizagem e antecipa possíveis ne-
cessidades educacionais de um maior número de estudantes. O DUA
revela um compromisso por justiça no contexto educacional, onde
busca-se possibilitar a todos os estudantes equidade de oportunida-
des para aprender a partir da oferta de recursos, estratégias e me-
todologias diversificadas, incluindo a antecipação das necessidades
apresentadas pelos estudantes a partir das diferenças nos modos de
aprender, sendo um conjunto de princípios para o desenvolvimento de
currículos que fornece a todos os indivíduos igualdade de oportunida-
des para aprender, de modo que se elimine barreiras desnecessárias
sem eliminar os desafios necessários ao desenvolvimento e aprendiza-
gem. Assim, o DUA mostra-se como uma possibilidade para se romper
com práticas medicalizantes na escola, de modo a propor diversas
possibilidades e contextos de aprendizagem.
45
e desdobramentos envolvidos. Como limitações do estudo, apresenta-
mos o fato de que não analisamos o impacto da medicalização escolar
nos corpos de alunos com deficiência, por entender que essa experiên-
cia requer estudos específicos, devido à complexidade do assunto.
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