Artigo Inic. Cient. II - Medicalização e ESF
Artigo Inic. Cient. II - Medicalização e ESF
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TÍTULO EM INGLÊS
RESUMO
ABSTRACT
Keywords:
1 INTRODUÇÃO
1
Pós-doutorado em Cognição e Linguagem (UENF); Mestrado e Doutorado em Letras – Língua Portuguesa
(UERJ). Professor Adjunto (UNIG).
2
Especialista em Ortodontia (UniAvan); Bacharel em Odontologia (UNIG); Graduanda em Medicina (UNIG).
3
Doutorado em Educação (UCP); Mestrado Acadêmico em Educação (UCP); Bacharel em Enfermagem e
Licenciado em Filosofia; Graduando em Medicina (UNIG).
4
Bacharel em Enfermagem (FASAP); Graduanda em Medicina (UNIG).
2
Para Lopes (2020), uma das questões mais preocupantes consiste na falta de
conhecimento sobre os efeitos que várias dessas drogas têm sobre o sistema
nervoso central em desenvolvimento das crianças e adolescentes, entretanto,
estima-se que podem ocasionar efeitos negativos significativos, com
comprometimentos importantes, pois a maioria desses fármacos não é licenciada
para uso em populações de crianças e adolescentes. Essa tendência à prescrição
de psicofármacos tem sido atribuída ao costume aceito de tratar crianças que
exibem padrões comportamentais considerados inadequados com drogas
estimulantes, apesar do desconhecimento dos seus efeitos.
Segundo Conrad (2007), os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos
podem reduzir a gravidade dos sintomas de distúrbios emocionais e
comportamentais em crianças e melhorar seu funcionamento geral na vida, mas o
tratamento farmacológico é imediatista, levando a uma supervalorização desse
tratamento. Assim, como resultado direto da medicalização do desenvolvimento
humano, traços comportamentais que sempre foram característicos de crianças e
adolescentes, agora são geralmente aceitos como indicadores de um transtorno
mental e esses diagnósticos e terapia farmacológica têm sido aceitos por pais e
educadores.
Estudo de Simoni (2017) também constatou que os professores são a favor
do uso de medicamentos para os transtornos mentais, tendo percebido que mais
tempo de experiência e maior qualificação indicaram maior convicção das atitudes
quanto à medicalização, entendendo que os comportamentos inadequados em sala
de aula impactam a normalidade acadêmica. Assim, a intervenção farmacológica
seria uma necessidade, para que crianças com dificuldades poderiam atingir a
normalidade acadêmica e comportamental.
Diante do que foi abordado, é possível conceber que há uma clara tendência
de diagnosticar crianças e adolescentes que fogem ao padrão do que se considera
normalidade. Nesses casos, o diagnóstico e a medicalização, muitas vezes por
conta das exigências postas aos educadores, são considerados um sucesso se
melhorarem a capacidade desses estudantes de manter padrões de comportamento,
realizar testes e alcançar o rendimento desejado o suficiente para que não destoem
ou sejam uma distração para a turma.
Os avanços da medicina são, sem dúvida, uma das conquistas mais
importantes da humanidade. A maioria da população possui uma alta expectativa e
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4 OS PERCURSOS METODOLÓGICOS
A análise dos dados obtidos a partir das entrevistas será tratada de forma
qualitativa, de modo a permitir que as informações pudessem ser analisadas caso a
caso, estabelecendo as possíveis relações entre as variáveis do problema, a fim de
atender os objetivos propostos pela pesquisa.
A análise dos dados foi realizada por meio da aplicação da técnica de análise
de conteúdo, que objetiva analisar o que foi dito nas entrevistas, escrito nos
instrumentos de pesquisa ou observado pelo pesquisador, com o intuito de produzir
inferências de um texto para seu contexto social. Para tanto, utiliza procedimentos
sistemáticos e objetivos de descrição dos conteúdos para compreender criticamente
o sentido das comunicações, seu conteúdo manifesto ou latente, as significações
explícitas ou ocultas. Pressupõe as etapas de pré-análise, exploração do material e
tratamento dos resultados, inferência e interpretação (BARDIN, 2011).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Em construção.
I – Identificação
01. Gênero:
02. Idade:
3. Escolaridade:
II – Medicalização infantil
6. Durante a sua formação acadêmica você teve contato com algum estudo
envolvendo dificuldades ou transtornos de aprendizagem?
10. Já foi abordado o tema da medicalização infantil nesta ESF? Em caso afirmativo,
onde e como?
11. Já foi utilizado algum método de ensino alternativo (orientação) para alunos que
não se adequaram ao ensino tradicional para que buscasse realmente confirmar
algum diagnóstico de doença comportamental? Se sim, quais?
I – Identificação
01. Gênero:
02. Idade:
3. Escolaridade:
II – Medicalização infantil
6. Durante a sua formação acadêmica você teve contato com algum estudo
envolvendo dificuldades ou transtornos de aprendizagem?
10. Algum aluno desta escola já foi diagnosticado com alguma “patologia” em que foi
necessária a introdução de medicamentos psicoativos (como a ritalina)?
12. Já foi utilizado algum método de ensino alternativo para alunos que não se
adequaram ao ensino tradicional para que se buscasse realmente confirmar algum
diagnóstico de doença comportamental? Se sim, quais?
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(Assinatura do participante da pesquisa e RG)