Pavimentação Asfáltica
Pavimentação Asfáltica
Pavimentação Asfáltica
O sistema de pavimentação é formado por quatro camadas principais: revestimento de base asfáltica,
base, sub-base e reforço do subleito. Dependendo da intensidade e do tipo de tráfego, do solo existente e
da vida útil do projeto, o revestimento pode ser composto por uma camada de rolamento e camadas
intermediárias ou de ligação. Mas nos casos mais comuns, utiliza-se uma única camada de mistura
asfáltica como revestimento.
O asfalto pode ser fabricado em usina específica (misturas usinadas), fixa ou móvel, ou preparado na
própria pista (para tratamentos superficiais). Além da forma de produção, os revestimentos também
podem ser classificados quanto ao tipo de ligante utilizado: a quente com o uso de concreto asfáltico, o
chamado Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBQU) ou a frio com o uso de emulsão asfáltica
(EAP).
O Concreto Betuminoso Usinado a Quente é o mais empregado no Brasil. Trata-se do produto da mistura
de agregados de vários tamanhos e cimento asfáltico, ambos aquecidos em temperaturas previamente
escolhidas, em função da característica viscosidade-temperatura do ligante.
Mais econômicas, as misturas asfálticas usinadas a frio são indicadas para revestimento de ruas e
estradas de baixo volume de tráfego, ou ainda como camada intermediária (com concreto asfáltico
superposto) e em operações de conservação e manutenção. Neste caso, as soluções podem ser pré-
misturadas e devem receber tratamentos superficiais posteriores.
Tipos de revestimento
As misturas asfálticas a quente podem ser subdivididas pela graduação dos agregados e fíler (material de
enchimento). Segundo o manual "Pavimentação Asfáltica - Formação Básica para Engenheiros", editado
pela Petrobras e pela Abeda, os três tipos mais usuais nas misturas a quente são os listados a seguir.
Todos eles podem ser empregados como revestimento de pavimentos de qualquer volume de tráfego,
desde o muito baixo até o muito elevado.
■ Concreto asfáltico de graduação densa: possui curva granulométrica contínua e bem-graduada de
forma a proporcionar uma composição com poucos vazios. Os concretos asfálticos densos são as
misturas asfálticas usinadas a quente mais utilizadas como revestimentos asfálticos de pavimentos no
Brasil. Suas propriedades, no entanto, são muito sensíveis à variação do teor de ligante asfáltico. Em
excesso ou em falta, o ligante pode gerar problemas de deformação permanente e de perda de
resistência, levando à formação de trincas.
■ Mistura de graduação aberta: tem curva granulométrica uniforme com agregados quase que
exclusivamente de um mesmo tamanho. Diferentemente do concreto asfáltico, mantém uma grande
porcentagem de vazios com ar não preenchidos graças às pequenas quantidades de fíler, de agregado
miúdo e de ligante asfáltico. Isso faz com que esse revestimento seja drenante, possibilitando a
percolação de água no interior da mistura asfáltica. Enquadra-se nessa categoria a chamada mistura
asfáltica drenante, conhecida no Brasil por camada porosa de atrito (CPA) e comumente empregada
como camada de rolamento quando se quer aumentar a aderência pneu-pavimento sob a chuva.
■ Mistura de graduação descontínua: os revestimentos desse tipo têm maior quantidade de grãos de
grandes dimensões em relação aos grãos de dimensões intermediárias, completados por certa
quantidade de finos. O resultado é um material mais resistente à deformação permanente com o maior
número de contatos entre os agregados graúdos. Enquadra-se nessa categoria o Stone Matrix Asphalt
(SMA), geralmente aplicado em espessuras variando entre 1 cm, 5 cm e 7 cm e caracterizado pela
macrotextura superficialmente rugosa e pela eficiente drenagem superficial.