Apostila QGE 1 2017
Apostila QGE 1 2017
Apostila QGE 1 2017
1o Semestre de 2017
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SUMÁRIO
Algarismos
11
significativos...................................................................................................
Anexo
46
1.............................................................................................................................
3
1. Introdução
Qualquer ciência tem os seus aspectos empíricos. Todo cientista precisa obter
números que concordem com as observações. É natural, portanto que a educação de
um aluno inclua alguns trabalhos experimentais. Na Química a realização de
experiências é fundamental: nenhum químico pode considerar-se adequadamente
treinado sem ter dedicado muitas horas ao trabalho de laboratório.
Em todos os ramos da química há técnicas específicas a aprender, princípios
gerais a serem demonstrados na prática, reagentes com os quais deve familiarizar-se, e
assim por diante. Qualquer que seja a especialização que você venha a seguir, você
terá que aprender um certo número de técnicas básicas e sendo assim esse primeiro
curso experimental tem o objetivo de introduzi-lo nestas práticas. Você terá a
oportunidade de aplicar conceitos teóricos previamente estudados e discutir resultados
experimentais.
Como esta é a primeira disciplina experimental do Departamento de Química
Fundamental (DQF) comentaremos a seguir alguns itens relevantes com respeito ao
laboratório e ao curso propriamente dito.
2. Segurança
Essas são algumas regras gerais que devemos seguir durante um trabalho
no Laboratório. Durante o curso, em cada experimento serão relacionadas outras
mais específicas, inclusive sobre os reagentes a serem manipulados.
3. Limpeza
O aluno só deverá se ausentar do laboratório após o professor ter se certificado
de que a sua bancada esteja em ordem, inclusive áreas comuns como balança, capela,
etc. Se necessário reserve 15 minutos finais para este fim.
4. Estrutura do curso
A carga horária semanal do curso é de 04 horas, estando a disciplina baseada
em atividades essencialmente práticas. Organiza-se da seguinte maneira:
a. Pré-relatórios
Uma apostila contendo todas as práticas a serem realizadas no semestre deverá
ser adquirida. Leia-a, cuidadosamente, quantas vezes forem necessárias, antes de vir
ao laboratório, certificando-se de que esteja entendendo perfeitamente o que será
realizado. Feito isso, você estará apto a preparar o pré-relatório, o qual consiste
basicamente de:
I. Fluxograma ou resumo das principais etapas do experimento;
II. Cálculos e/ou tabelas que porventura constem na experiência;
III. Respostas às perguntas (se existirem) inclusas no roteiro experimental.
IV.Relatar a periculosidade de cada reagente a ser administrado na prática.
O pré-relatório deve ser entregue antes do início da aula ao professor, do
contrário não será permitida a participação do aluno na prática do dia. Você só deve
começar a trabalhar quando tiver a noção exata do que fazer em todas as etapas da
experiência.
b. Caderno de laboratório
Como seria de se esperar, todas as observações realizadas em um laboratório
devem ser feitas de modo organizado e controlado. Além de se fazer medidas e
observações, é necessário que as mesmas sejam anotadas de modo claro, completo e
no instante que acontecem. Desse modo, seus resultados estarão disponíveis no futuro
e o tempo passado no laboratório será aproveitado ao máximo.
Você deve adquirir um caderno, que deverá ser trazido em todas as aulas
práticas e de uso exclusivo para a disciplina experimental. Nele deverão constar suas
observações, valores medidos, pesos de amostras, etc. As notas deverão ser feitas à
tinta, e caso ocorra algum erro, nunca risque, rasgue ou danifique o mesmo. A medida
correta é passar um traço sobre o erro (de modo que ainda fique legível), colocando
acima a versão corrigida. Um dos objetivos desse curso é ajudá-lo a desenvolver sua
habilidade em descrever adequadamente experiências analíticas.
Deixe algumas folhas no início do caderno, de modo que você possa construir
um sumário das experiências realizadas. Cada experiência nova deve começar em uma
página limpa, contendo data e título da mesma.
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c. Relatórios
O desenvolvimento correto da prática, a precisão dos dados empíricos e o
domínio teórico do assunto relacionado com a prática são alguns fatores essenciais para
um bom desenvolvimento das disciplinas experimentais. No entanto é necessário
apresentá-los em forma de texto organizado e lógico. Esse é o papel do relatório. Depois
de realizada cada prática você terá que prepará-lo, na forma digitada, e entregá-lo ao
instrutor na aula seguinte. O relatório deve apresentar uma folha de rosto (capa) com os
elementos de identificação (unidade de ensino, número do experimento, título, nome
completo do aluno, turma, nome do professor, local e data) e ser dividido em 04 seções
básicas, conforme mostramos nos exemplos 1 e 2, respectivamente:
Exemplo 1:
EXPERIMENTO NO1
TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE
ALUNO:
TURMA:
PROFESSOR:
Exemplo 2:
6
Título da prática
Resumo
Breve descrição do experimento executado com a citação dos principais
resultados.
1. Introdução
Deve situar o leitor no assunto a ser abordado. Faça uma breve descrição dos
aspectos teóricos ou princípios envolvidos, fazendo referência a fonte consultada
seguindo a norma NBR-6023/2002, da ABNT (anexo 1), preocupando-se em inserir
nessa seção os seguintes aspectos:
Princípios teóricos em que se baseia a prática;
Relevância da prática;
Objetivos da prática.
2. Experimental
2.1. Materiais e equipamentos
Especifique quais os reagentes utilizados no experimento, seu grau de pureza
(ex.:se houve necessidade de purificação) e como foram preparadas as soluções.
Especifique os materiais utilizados nas operações realizadas (tipo, marca,
modelo, etc..).
2.2. Procedimento
Descreva como o experimento foi feito incluindo, se for o caso, qualquer
modificação no procedimento apresentado no roteiro. Escreva nessa seção apenas o
que você executou “usando as mãos”. No relatório você deve apresentar o procedimento
realizado de modo bem mais sucinto e objetivo do que o apresentado no roteiro, mas
sem suprimir fatos ou atividades importantes.
3. Resultados e discussão
Trata-se da parte essencial do relatório. Descreva todas as observações feitas,
os dados coletados e os cálculos, se necessário. Deve-se também discuti-los,
baseando-se nos princípios teóricos envolvidos. Sempre que possível apresente as
equações químicas relacionadas, explicando-as a partir de suas observações.
Na medida do possível, tente agrupar seus dados em tabelas, facilitando dessa
maneira a compreensão e organização dos resultados. Nos cálculos devem ser
mostradas todas as equações envolvidas e aproximações se forem feitas.
Os gráficos devem seguir algumas normas :
Coloque o título no gráfico, p. ex., Temperatura x Pressão;
Explicite as unidades de medidas nos eixos cartesianos;
Use escala apropriada de modo que os dados fiquem adequadamente espaçados.
4. Conclusões
Aqui você deve, como o próprio nome sugere, concluir o relatório. Relacione
suas conclusões com o objetivo apresentado na introdução. Comente sobre os pontos
positivos e a eficiência da prática. Tente levantar possíveis erros e sugestões para
otimização do experimento.
5. Referências Bibliográficas
As referências bibliográficas devem seguir a norma NBR-6023/2002 da ABNT.
6. Questões
No final do relatório devem ser respondidas as perguntas existentes no final do
roteiro experimental.
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As seções devem ser construídas de modo que exista uma seqüência lógica unindo-as.
Não existe uma lógica padrão, você deve criar sua própria lógica para cada relatório,
não fugindo no entanto, do modelo proposto.
2. Caderno 10 1
3. Relatório: 10 8
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
1. INTRODUÇÃO
de uma solução é dada como 1,43 M há alguma dúvida quanto ao algarismo 3. Isto é,
poderia ser 1,44 M ou 1,42 M.
Como então devemos relatar resultados de cálculos com uma exatidão coerente
com aquela dos dados utilizados?
1,2471
810,4 +
811,6471 “pela calculadora”.
Uma vez que não conhecemos nada sobre a segunda casa decimal do número
810,4 não tem sentido tentarmos estabelecer uma quarta casa decimal na resposta.
Vamos examinar a propagação de erros. Considere os resultados abaixo:
onde se pode notar que a incerteza se propaga para o terceiro algarismo significativo da
resposta. Observe que a incerteza no quinto algarismo significativo de 1,2471 não afeta
a terceira casa e não precisa ser considerada.
Portanto a resposta de 1,2471 1,04 coerente com a precisão dos fatores é 1,30 (com
incerteza no último algarismo). Assim:
2. TIPOS DE ERRO
Para medir o grau de precisão dos seus resultados, usamos o cálculo do desvio
padrão, que é expresso pela fórmula:
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO1
A pipeta previamente limpa é enchida, por aspiração, com água destilada até
acima do menisco; limpa-se a parte externa da extremidade livre com papel absorvente,
controlando-se a vazão com o dedo indicador; acerta-se o menisco com cuidado e verte-
se a água contida na pipeta no recipiente desejado.
- Coloque um pequeno béquer (5 mL) ou vidro de relógio numa balança analítica e tare-
a. Com a pipeta de Pasteur, coloque cerca de vinte gotas de água destilada neste
recipiente (béquer ou vidro de relógio) e meça sua massa.
Repita o procedimento mais 3 vezes.
A partir da massa e do número de gotas será calculado o volume de cada gota para
cada uma das medidas. Calcular o desvio padrão.
Para aferir a exatidão destes equipamentos, a pipeta volumétrica será tomada como
padrão. Isto é, os 25 mL de água destilada medidos pela pipeta volumétrica devem ser
exatos. Por isso, devem ser aferidos antes do experimento medindo-se a massa de
água da pipeta volumétrica de 25 mL na balança analítica.
Sendo assim,
- Com uma pipeta de Pasteur adicione ou retire o volume de água necessário para o
instrumento marcar exatamente 25 mL. Conte o número de gotas de água adicionadas
ou retiradas. A partir deste número de gotas, será calculado o volume de água
adicionado ou retirado, possibilitando então a aferição destes instrumentos.
- Para cada equipamento, repita o procedimento mais 3 vezes. Calcule o desvio padrão
das medidas em volume (soma das gotas = volume).
A partir do número de gotas adicionado ou retirado (volume ± desvio padrão) será
calculado o erro relativo para determinação da exatidão de cada instrumento.
pipeta de Pasteur. Da mesma maneira calcule o volume médio de uma gota de água
destilada vinda da pipeta graduada (± desvio padrão da medida). Compare-o com o
valor médio da gota d’água obtido através da pipeta de Pasteur (± desvio padrão).
A partir deste volume calculado estime a exatidão dos instrumentos volumétricos
(± erro relativo da medida). Observe as regras para retenção de algarismos
significativos. Compare a exatidão da balança semi-analítica tomando a balança
analítica como padrão (utilize a massa total das rolhas para efetuar o cálculo).
Calcule para cada uma dessas balanças suas precisões levando-se em conta as cinco
medidas realizadas com a mesma rolha.
Compare a massa das cinco rolhas pesadas separadamente e juntas, e comente sobre
a linearidade da balança semi-analítica construindo um gráfico que relacione o erro
relativo, encontrado no seu experimento, com a massa de cada uma das rolhas.
1.3.4 - CONCLUSÃO
1.3.5 – QUESTÕES
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 2
2.1 - INTRODUÇÃO
O que é o método científico? Não estranhe se cada cientista lhe der uma resposta
diferente. Muitos até dirão que é simplesmente o que eles aplicam para realizar as
pesquisas deles, não importa o que façam. Perguntar a um filósofo também não resolverá
a questão. É verdade desde o século XVII, pelo menos, diversos filósofos se ocuparam
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Vejamos agora como podemos testar separadamente cada uma das hipóteses
acima.
T1: Faça o líquido entrar em contato com a rolha, mas sem agitá-lo. Deixe-o
repousar um pouco e depois agite-o sem deixá-lo tocar na rolha. Observe o que acontece
em cada caso, e tire sua conclusão a respeito de H1.
T2: Gire o líquido, cuidadosamente e sem agitação, de modo que a superfície de
contato com o recipiente aumente. Como fica a hipótese H2?
T3: Esfregue um pouco a parede do erlenmeyer com sua mão para aquecê-la um
pouco, mas sem agitar o líquido. Observe o que acontece sobre a viabilidade de H3.
T4: Na superfície o líquido está permanentemente em contato com o gás
possivelmente existente no frasco. Observe atentamente a superfície do líquido e veja se
descobre algum indício de cor azul.
Se tudo ocorreu bem, só H4 deve ter sobrevivido aos testes. Acontece que há
uma alternativa:
H4’ Pode ser que o frasco contenha dois líquidos imiscíveis. Um incolor, presente
em maior quantidade, e o outro azul, menos denso, que forma a camada azulada da
superfície. Com a agitação, os dois se misturam e a cor se dispersa por todo o volume,
assim permanecendo enquanto durar a mistura. Se esta hipótese é válida, então o
descoramento deve produzir-se de baixo para cima, à medida que o suposto líquido azul
voltar à superfície. Agite o frasco e veja o que acontece.
Sua conclusão deve ter sido que H4' não se sustenta, e que H4 ainda é a melhor
explicação: a cor azul deve ser causada por algum gás existente no frasco. Que gás será
esse? Se abrirmos o frasco para tentar descobrir, o gás pode ir embora, e jamais
saberemos o resultado. No entanto, como a ciência também é uma aventura, vamos
correr esse risco.
Tire a rolha, transfira o líquido para um erlenmeyer vazio, e tampe este novo
frasco (guarde este erlenmeyer + o resíduo da solução para o final do experimento). Ora,
o erlenmeyer vazio estava, como diz a canção, cheio de ar. Isto significa que o espaço
acima do líquido está agora ocupado pelo ar. Agite o conteúdo e anote o ocorrido.
Agora você está sabendo que o ar produz o aparecimento (e subsequente
desaparecimento) da cor azul. Isto aumenta nossa confiança em H4, e sugere que o gás
no frasco original era o próprio ar, ou um de seus componentes. Agora, será a cor azul
devida a simples mistura do gás com o líquido, ou será causada por uma reação química
entre eles?
Se for uma simples mistura, junto com o descoramento devemos poder observar o
aparecimento de bolhas formadas pelo gás que retorna à superfície. Agite mais uma vez
e verifique se isso acontece.
Por outro lado, se acontece uma reação, a pressão no interior do erlenmeyer
tampado deve ir caindo, à medida que o gás for sendo consumido. Para testar esta
hipótese, destampe o frasco, umedeça a rolha e tampe-o de novo. Realize umas vinte
vezes a operação aparecimento/desaparecimento da cor, e no final retire vagarosamente
a rolha. A queda de pressão no interior deverá fazer com que a entrada de ar arraste
para dentro do frasco a camada de água nas paredes da rolha.
O ar é composto essencialmente de nitrogênio (78% em volume) e o oxigênio
(20% em volume). Qual deles será o responsável pelo novo fenômeno? Serão os dois?
Para descobrir basta borbulhar cada um deles separadamente no interior do líquido.
Borbulhe primeiramente o nitrogênio, observe e anote. Em seguida borbulhe o
oxigênio e veja o que acontece. Anote.
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2.3 - QUESTÕES
2. Um sujeito chato teima com você que inicialmente não havia ar no frasco e sim
um misterioso gás X, que produz o mesmo efeito. Como essa questão poderia ser
resolvida?
4. Algumas vezes observa-se uma confusão a respeito dos significados exatos das
palavras: hipótese, teoria e lei. Como você diferencia?
Referências Bibliográficas
1- Cook, A. G.; Tolliver, R. M. and Williams, J. E., J. Chem. Educ., 1994, 71, 160.
2- Morris, H.; Arena, S.; “Fundamentos de Química Geral” 9ª ed. Editota LTC, cap. 1,
1998.
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EXPERIMENTO NO 3
CROMATOGRAFIA
3.1 - INTRODUÇÃO
Cromatografia é um método para separar dois (ou mais) componentes de uma
solução, distribuindo-os entre duas fases imiscíveis: uma móvel e outra estacionária. A
fase móvel é geralmente um solvente ou uma mistura de solventes, enquanto a fase
estacionária é o suporte sólido, em geral sílica gel ou alumina. Existem hoje em dia
muitos métodos de cromatografia, alguns muito sofisticados. A fase móvel pode ser
líquida ou gasosa e a fase estacionária pode ser também um líquido absorvido num
sólido. A cromatografia é um método extremamente útil e comum para separar
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3.2 - PREPARAÇÃO
Antes de vir ao laboratório você deve se familiarizar com os conceitos envolvidos
na técnica de cromatografia, como também com a química dos íons que serem
investigados. Não esqueça de trazer uma tesoura, fita crepe e uma régua para
realização do experimento.
Acetona/HCl
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Você observará que no momento em que o papel entra no líquido, este vai subir
pelo papel por ação capilar. É importante assegurar que o papel de filtro revestindo a
parede esteja realmente saturado com a solução contida no béquer. Isto é importante
para manter uma atmosfera saturada dentro do béquer. Caso contrário, o líquido corre o
perigo de subir irregularmente pelo papel devido à sua evaporação numa atmosfera
totalmente saturada [1].
Quando à frente do líquido tenha atravessado o papel, os íons metálicos terão
sido transportados também. Agora precisamos saber por qual distância. Para isto,
teremos que revelar os íons.
Um tipo de íon já é visível a olho nu. Para visualizar os outros dois, vamos
prosseguir da seguinte maneira:
1) Pegue o papel e segure-o em cima de uma placa de Petri contendo uma solução de
amônia, porém não molhando o papel. A amônia formará um complexo visível com um
dos íons.
3.4 - QUESTÕES
2) A amônia revela qual íon? Qual é a coloração observada neste teste, e qual tipo de
complexo é formado pela reação de amônia com o íon metálico?
Referências Bibliográficas
1- Silva, R. R., Bocchi, N. e Rocha Filho, R. C., Introdução à Química Experimental, São
Paulo, Mc Graw-Hill. 1990
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EXPERIMENTO NO 4
PERTURBANDO O EQUILÍBRIO
4.1 - INTRODUÇÃO
Todos os processos químicos em sistemas fechados tendem a um estado de
equilíbrio. Em termos macroscópicos, é possível perceber mudanças no sistema até que
um equilíbrio seja atingido, quando então parece que as coisas param de acontecer. Na
verdade elas continuam acontecendo, só que no equilíbrio para cada reação ocorrendo
existe a reação inversa ocorrendo à mesma velocidade. É isso que dá uma aparência
estática ao sistema.
Convém lembrar que há sistemas fora do equilíbrio nos quais nada parece estar
ocorrendo. Uma mistura de hidrogênio e oxigênio, por exemplo, permanece
indefinidamente com a mesma aparência. Basta uma faísca, no entanto, e ocorrerá uma
explosão. É que a mistura não estava no equilíbrio: simplesmente tendia para ele muito
lentamente. A faísca apenas acelera o processo, isto é, altera a cinética da reação. O que
levaria séculos, passa a ocorrer numa fração de segundo. Num verdadeiro equilíbrio, isto
não aconteceria: um estado de equilíbrio é uma espécie de fundo de poço, reagindo a
qualquer perturbação no sentido de manter a situação original. Essa, aliás, é a
essência do Princípio de Le Chatelier: "Quando perturbado, um sistema em
equilíbrio reage no sentido de contrabalançar a perturbação".
Nesta prática, faremos uma investigação qualitativa de alguns estados de
equilíbrio, dando ênfase ao efeito de perturbações externas. Uma certa familiaridade com
esses fenômenos é indispensável à formação de qualquer químico. Muitos equilíbrios,
especialmente os de solubilidade, são à base da Química Analítica clássica; conhecendo
as características de um estado de equilíbrio poderemos influenciar a composição de um
sistema (numa indústria, por exemplo) de acordo com os nossos interesses.
PREPARAÇÃO
Antes de vir ao laboratório você deve recordar quais são as características de um
estado de equilíbrio e qual o efeito de perturbações externas sobre ele. É importante
também rever a teoria dos equilíbrios de solubilidade, inclusive os seus aspectos
quantitativos (Mahan, caps. 5 e 6 ou Atkins, cap. 9).
1. EQUILÍBRIO DE SOLUBILIDADE
2. O PRINCÍPIO DE LE CHATELIER
Acabamos de ver como a solubilidade de um sal pode ser afetada por variações
de temperatura. Nesta seção examinaremos mais algumas perturbações em estado de
equilíbrio. Você deve anotar o que ocorre em cada caso, isto é, como o sistema reage à
perturbação, e em seguida tentar explicar o ocorrido em termos do Princípio de Le
Chatelier.
4.3 - QUESTÕES
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 5
5.1 - INTRODUÇÃO
A necessidade de separação de componentes de uma mistura surge
freqüentemente no trabalho do químico. Seja na preparação de amostras para análise, no
isolamento de um produto natural, ou no isolamento de uma substância obtida
sinteticamente que deve ser separada dos produtos secundários e reagentes de partida
não transformados. A técnica de separação utilizada dependerá da natureza da mistura e
das substâncias presentes, e das quantidades relativas dos componentes. Nem sempre é
possível, ou prático, separar algumas substâncias na sua forma original e é preciso então
fazer uma derivatização, ou transformação da substância, para uma forma que possa ser
separada. Este processo normalmente só é desejável se a forma derivada puder ser
reconvertida com facilidade à substância original.
As técnicas de separação mais comumente utilizadas em laboratórios de análise e
pesquisa são a filtração, a extração, a destilação, a sublimação, a cristalização, a
precipitação e a cromatografia.
Na prática de hoje, vamos usar uma combinação de vários desses métodos para
separar uma mistura de areia, ácido benzóico, óleo mineral e acetato de etila.
O primeiro componente da mistura a ser separado é o componente sólido, por
filtração. Em seguida vamos derivatizar e extrair o ácido benzóico e finalmente separar os
dois últimos componentes através de uma destilação simples. Três dos quatro
componentes são desta forma isolados na sua forma original e pura. O ácido benzóico,
no entanto, se encontra na forma de um derivado em solução aquosa; ele deverá ser
levado novamente à sua forma original através de uma reação de neutralização,
separado por precipitação, e em seguida purificado por uma recristalização.
Inverta o funil e agite-o vigorosamente por cerca de 10 vezes. Mantendo o funil invertido
e numa posição tal que a saída não esteja dirigida para você ou outra pessoa (observe a
demonstração do instrutor), abra a torneira para a liberação do vapor gerado e feche-a
em seguida. Repita esta operação mais 2 vezes.
Apóie novamente o funil no suporte e espere a separação das fases. Coloque
então um béquer embaixo do funil e recolha a fase inferior regulando o fluxo quando
estiver perto do limite das fases para evitar que a fase superior passe também para o
béquer (observe a demonstração do instrutor).
Repita esta operação utilizando mais duas porções de 30 mL da solução de NaOH
e recolhendo a fase aquosa no mesmo béquer utilizado anteriormente. Transfira a fase
que ficou no funil de separação para um balão de fundo redondo previamente pesado e
reserve-a.
Adicione 82 mL da solução de HCl, preparada previamente pelo instrutor (22 mL
de HCl concentrado diluído em 60 mL de água) ao extrato aquoso contido no béquer.
Transfira a mistura (sólido/líquido) para o funil de vidro contendo um filtro de papel e ao
final utilize a água mãe para arrastar todo o sólido do béquer. Deixe o filtrado em banho
de gelo e filtre novamente o sólido formado.
Transfira o sólido para um béquer e dissolva-o em 45 mL de água destilada,
aquecendo numa chapa elétrica. Quando a dissolução estiver completa filtre a solução e
deixe o béquer esfriar em repouso sobre a bancada. Quando a solução atingir a
temperatura ambiente coloque-a no refrigerador ou banho de gelo por 10 a 20 minutos.
Filtre os cristais formados, lave-os e seque-os. O procedimento para a execução destas
três etapas, filtração, lavagem e secagem deverá ser determinado por você antes de vir
ao laboratório. Pese os cristais secos e determine o seu ponto de fusão.
- Por que é necessário derivatizar o ácido benzóico para separá-lo da mistura?
Represente por equações químicas os processos de derivatização e separação.
- Por que é necessário agitar bem o funil de separação no processo de extração
do ácido benzóico, e por que a torneira deve ser aberta após cada agitação?
5.3 – QUESTÕES
Referências Bibliográficas
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EXPERIMENTO NO 6
TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE
6.1 - INTRODUÇÃO
No exercício de sua profissão, um químico analítico enfrenta sempre o mesmo
problema: 1) determinar o que há em uma amostra; 2) em seguida, determinar quanto há
de cada componente na amostra. Na química analítica clássica, busca-se responder a
estas duas questões - a qualitativa e a quantitativa - utilizando-se de reações químicas.
Assim, para saber o que há na amostra é preciso usar reações características, isto é,
reações que só ocorrem com determinado(s) componentes(s).
Tendo-se identificado os componentes, pode-se usar a estequiometria de uma
reação característica para determinar quanto está presente de cada componente. Se, por
exemplo, sabemos de antemão que x mols do componente A, presente na mistura,
reagem estequiometricamente com y mols do reagente B e se, adicionando aos poucos o
reagente B, verificamos que exatamente y - e apenas y - mols de B reagiram com a
amostra, somos levados a concluir que havia x - e apenas x - mols do componente A
presentes na amostra.
Nesta experiência, o componente A será um ácido e o reagente B será uma base.
Usaremos a neutralização de A por B para determinar a acidez de uma amostra de
vinagre. Já sabemos o que há na amostra: vinagre comercial é essencialmente uma
solução aquosa de ácido acético, obtida a partir da fermentação de carboidratos. Sua
composição é regulamentada pelo governo federal, devendo haver pelo menos
4 gramas de ácido acético por 100 mL de vinagre. Para saber se a nossa amostra
está de acordo com a lei - isto é, para saber quanto ácido ela contém - vamos fazê-la
reagir com hidróxido de sódio, até neutralizar todo o ácido. Na verdade, pequenas
quantidades de outros ácidos também estão presentes e serão neutralizadas, de modo
que estaremos de fato determinando a acidez total. Vamos, no entanto expressá-la em
termos de ácido acético, o que corresponde a supor que a única neutralização é
Vemos que cada mol de ácido acético reage com exatamente um mol de hidróxido
de sódio. Quando a neutralização chegar ao fim, portanto, o número de mols de NaOH
adicionados será igual ao número de mols de CH 3COOH originalmente presentes na
amostra. Dividindo esse número pelo volume inicial da amostra obteremos a sua
concentração, e teremos realizado a titulação da acidez do vinagre.
O ponto em que a base adicionada é suficiente para neutralizar completamente o
ácido é chamado de ponto de equivalência. Uma gota a mais de hidróxido de sódio
tornará a solução consideravelmente básica, e isso nos permitirá saber quando parar a
titulação. Acrescentaremos à amostra, antes de titulá-la, um indicador chamado
fenolftaleína, que é uma substância incolor em meio ácido, porém vermelha em meio
básico. Enquanto ainda houver ácido não neutralizado, a solução permanecerá incolor.
Uma gota de base em excesso, no entanto, e aparecerá a cor característica da
fenolftaleína em meio básico. Essa mudança de cor chama-se viragem e indica que é
hora de parar de adicionar base: chegamos ao ponto final da titulação. Você encontrará
mais informações sobre indicadores, e sobre o próprio processo de titulação, nos livros
de química geral do Pimentel, do Spratley e do Mahan.
O primeiro requisito para a titulação é conhecer exatamente a concentração da
solução que será adicionada à amostra. A maneira óbvia de proceder é pesar
cuidadosamente uma certa massa do soluto (NaOH, nesta titulação) e dissolvê-la até um
volume exatamente determinado. Infelizmente no nosso caso isto é difícil, porque o
hidróxido de sódio tende a absorver água da atmosfera, tornando inexata qualquer
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pesagem, por mais cuidadosa que seja. Temos então um outro problema: precisaremos
primeiro determinar a concentração da solução de hidróxido de sódio, para depois poder
titular o vinagre. O que fazer?
Uma titulação é claro! Existem substâncias bem comportadas, chamadas de
padrões primários, com as quais é possível preparar uma solução confiável pelo método
direto de pesagem e dissolução. Um exemplo é o biftalato de potássio, KHP, que
usaremos nesta experiência. Em solução aquosa o KHP libera o íon biftalato, HP -, que,
sendo um ácido monoprótico, pode ser utilizado para titular o hidróxido de sódio, através
da neutralização
por mais de 0,005 M. Se esse não for o caso, consulte seu instrutor e, se ele autorizar,
tome a média dos dois valores mais próximos como a concentração da sua solução de
hidróxido de sódio.
B - Titulação do Vinagre
Coloque cerca de 10ml de vinagre em um béquer limpo e seco. Lave uma pipeta
volumétrica de 2 mL com um pouco de vinagre, desprezando-o em seguida.
Meça 2 mL de vinagre com a pipeta volumétrica e transfira-a para um erlenmeyer
de 250 mL, acrescentando aproximadamente 50 mL de água destilada, medidos em uma
proveta ou em um béquer. Adicione duas gotas de fenolftaleína e titule com a solução de
NaOH, procedendo da mesma forma que na seção anterior. A diferença é que agora a
concentração desconhecida é a do vinagre, e não mais a do hidróxido de sódio. Como a
estequiometria também é de um para um, a concentração de ácido no vinagre será n B/2
mL, sendo nB o número de mols de NaOH empregados na titulação. Finalmente, realize
mais duas titulações e tome como resultado final à média das duas concentrações de
ácido mais próximas. Passe para o instrutor os resultados das titulações que você
realizou.
Afinal, sua amostra de vinagre está dentro da lei ou não?
6.3 - QUESTÕES
1) O NaOH não pode ser usado como padrão primário porque absorve água da
atmosfera. Esse fenômeno tende a resultar em soluções mais diluídas ou mais
concentradas do que o esperado? Por quê?
5) Em algum ponto da introdução dissemos que “uma gota a mais de hidróxido de sódio
tornará a solução consideravelmente básica". Que peculiaridades têm as curvas de
titulação (veja o capítulo 5 do livro do Pimentel e Spratley) para tornar verdadeira essa
afirmação?
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 7
ELETROQUÍMICA
7.1 - INTRODUÇÃO
A eletroquímica trata essencialmente da conversão de energia elétrica em energia
química, nas celas eletrolíticas, e da conversão de energia química em energia elétrica
nas celas galvânicas ou eletroquímicas. Ela pode ser dividida de várias maneiras
dependendo dos aspectos que se deseja enfatizar. Numa dessas divisões se separa a
eletroquímica em termodinâmica e cinética. No primeiro caso, a eletroquímica trata de
sistemas em equilíbrio e muitos parâmetros termodinâmicos, tais como energia livre e
entropia, podem ser obtidos por seus métodos. A eletroquímica cinética preocupa-se com
sistemas onde uma ou mais reações estão ocorrendo fora do equilíbrio, como é o caso
em baterias e celas eletrolíticas.
Os processos eletroquímicos desempenham papel importante na química
industrial, na química analítica e no desenvolvimento de pesquisa em diversas áreas do
conhecimento. A produção industrial de sódio metálico e cloro, por exemplo, é feita por
eletrólise do cloreto de sódio fundido. O alumínio é obtido eletroliticamente pelo processo
Hall. Na química analítica um dos métodos para análise de íons de metais, consiste na
sua redução e deposição numa cela eletrolítica; e o método mais usado para
determinação de pH utiliza um sensor, o eletrodo combinado de vidro, que nada mais é
do que uma cela eletroquímica onde um dos eletrodos é sensível à concentração de íons
hidrogênio presentes no meio. Pesquisas de ponta em ciências biomédicas, como por
exemplo, o estudo de reações químicas no interior de células vivas são feitas com o
auxílio de pequenas sondas eletroquímicas. E na área de polímeros condutores a síntese
eletroquímica tem tido papel fundamental.
Celas galvânicas de vários tipos são utilizadas como fonte de energia em diversas
aplicações. As pilhas secas, por exemplo, faz funcionar as nossas lanternas, rádios,
relógio e marca passos cardíacos; as baterias ou acumuladores de chumbo encontram
grande aplicação na indústria automobilística; pilhas e combustível, que permitem que a
energia elétrica liberada pela transformação dos combustíveis seja diretamente
convertida em energia elétrica, têm encontrado muitas aplicações, particularmente em
naves espaciais.
Nesta prática estudaremos algumas reações simples de oxi-redução,
construiremos uma cela galvânica e utilizaremos a equação de Nernst para avaliar a
variação do potencial da célula em função da composição e concentração das soluções
eletrolíticas.
Ou seja, o Cu(s) se dissolve para fornecer Cu+2 + 2e- e o Ag(s) precipita da solução.
Os elétrons perdidos na semi-reação de oxidação devem ser ganhos na semi-reação de
redução. Por outro lado, se uma solução de Cu+2(aq) entra em contato com Ag(s), nenhuma
reação se observa. Isto significa que nesta situação, as seguintes semi-reações não
ocorrem:
Cu+2(aq) + 2e- Cu(s)
2Ag(s) +
2Ag (aq) + 2e-
1,100 V
voltímetro
ponte salina
eletrodo eletrodo
de zinco de cobre
solução de solução de
ZnSO4 CuSO4
Efeito do hidróxido
Adicione 20 mL de uma solução de NaOH 1,75 M ao béquer contendo a solução
de CuSO4 0,1 M. Leia o potencial da pilha e anote as suas observações.
7.3 - QUESTÕES
1) Consulte uma tabela de potenciais e calcule o () para cada equação química da
parte I. Baseado nos valores destes potenciais qual é o metal com maior caráter
redutor?
38
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 8
TITULAÇÃO REDOX
8.1 - INTRODUÇÃO
Em aula prática passada, você utilizou a técnica de titulação para determinar a
acidez do vinagre. As reações envolvidas eram reações de neutralização ácido-base. Na
aula prática de hoje, vamos determinar a concentração de peróxido de hidrogênio em
uma amostra comercial de água oxigenada. Utilizaremos também a titulometria, e as
reações envolvidas neste caso pertencem a outro importante grupo de reações químicas,
que são as reações de oxi-redução(ou redox). O procedimento será análogo ao
empregado na titulação ácido-base: primeiro, a padronização de uma solução com um
padrão primário, e em seguida, a titulação da amostra com a solução padrão.
Para a titulação da amostra, usaremos o permanganato de potássio, KMnO 4, um
agente oxidante muito forte. A solução de permanganato será padronizada por titulação
com uma solução padrão de oxalato de sódio, Na 2C2O4. As oxidações quantitativas com
permanganato são normalmente realizadas em soluções ácidas, nas quais o íon MnO4-,
de cor púrpura, é reduzido a Mn2+, que é praticamente incolor.
Por causa da intensa cor púrpura do íon permanganato, é possível detectá-lo
visualmente mesmo em concentrações ínfimas, e isto serve como base para a detecção
do ponto de equivalência destas titulações. O indicador do ponto final é o próprio íon
permanganato, pois um pequeno excesso deste íon, após oxidação completa da
substância que está sendo titulada, provocará o aparecimento de uma coloração rosa na
solução.
8.2 - PREPARAÇÃO
Antes de vir ao laboratório, reveja os conceitos de oxidação e de redução,
inclusive os métodos para balancear equações redox, e certifique-se de que sabe fazer
todos os cálculos estequiométricos necessários numa titulação. Releia também o roteiro
da prática Titulação Ácido-Base para recordar os cuidados que se deve ter em uma
titulação. Finalmente, resolva os problemas abaixo, incluindo suas respostas no "pré-
relatório".
3)Calcule a massa de Na2C2O4 necessária para preparar 100mL de uma solução 0.05M.
4) Calcule quantos ml de uma solução 0,02 M de KMnO 4 devem ser gastos na titulação
de 25 mL de uma solução 0,05 M de Na2C2O4.
A - Padronização do permanganato
Usando a balança semianalítica, pese em um vidro de relógio aproximadamente a
massa de KMnO4 calculada no problema 2. Transfira-a para um béquer de 250 mL e
acrescente cerca de 150 mL de água destilada, usando parte dela para arrastar para a
solução todo cristal de permanganato que tenha permanecido no vidro de relógio.
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8.4 - QUESTÕES
1) Nesta experiência o H2O2 atuou como agente redutor, perdendo elétrons, mas
normalmente, o seu desempenho é como agente oxidante. Nesse caso, qual seria a
variação do número de oxidação do oxigênio?
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 9
9.1 - INTRODUÇÃO
Por meio de reações químicas é possível efetuar a transformação de um material
de sucata em novos e interessantes compostos. Estes compostos, além de poderem ter
uma aparência completamente diferente do material de partida, podem ter aplicações
totalmente diversas.
O alumínio, por exemplo, vem sendo largamente empregado na confecção de
materiais descartáveis como latas de bebida, o que causa problemas de acúmulo de
sucata, uma vez que é um metal difícil de destruir - uma lata de alumínio tem vida média
de 100 anos. Além disso, apesar do alumínio ser o metal mais abundante da crosta
terrestre, o consumo de eletricidade para sua fabricação é alto. A combinação destes
fatores concorre para que se procurem maneiras de reciclar o alumínio, de forma a
diminuir a quantidade de lixo, abaixar os custos de extração e preservar suas reservas
naturais.
Nesta experiência, apresentamos uma maneira de se aproveitar a sucata de
alumínio para sintetizar o alúmen de potássio, KAl(SO4)2.12H2O, substância muito
utilizada na tintura de tecidos, tratamento d'água, clarificação do açúcar e na indústria de
papel.
Alúmens são sais duplos de sulfatos hidratados contendo cátions mono e
trivalentes: M+M3+(SO4)2.12H2O. Íons monopositivos como Na+ ou NH4+ podem
substituir o K+ e íons tripositivos como Cr3+, Fe3+ e Co3+ podem substituir o Al3+,
formando uma série de alúmens diferentes, que se cristalizam com o mesmo retículo,
formando cristais octaédricos ou cúbicos que em condições apropriadas podem atingir
um tamanho considerável. Os compostos em que o cátion trivalente é o alumínio são sais
duplos típicos, daí a razão do nome alúmen para essas substâncias. Das doze moléculas
de água de hidratação ou cristalização, seis estão associadas ao cátion monovalente e
as demais ao cátion trivalente.
O alumínio se dissolve rapidamente em solução aquosa aquecida de hidróxido de
potássio. A solução resultante, ao ser acidificada com ácido sulfúrico, forma um
precipitado de hidróxido de alumínio, que se dissolve ao ser aquecido. A formação lenta
de cristais de alúmen ocorre quando esta solução é resfriada.
Antes de vir ao laboratório realizar esta experiência, reveja os conceitos de
algarismo significativo, peso-fórmula, estequiometria e rendimento percentual.
9.3 - QUESTÕES
1) Em uma reação química o reagente que é consumido totalmente é chamado de
reagente limitante. Qual o reagente limitante na síntese que você realizou?
3) Quantos mols de ácido sulfúrico são necessários para produzir 4,74 gramas de alúmen
de potássio, supondo o rendimento que você obteve em sua síntese?
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 10
10.1 - INTRODUÇÃO
Todas as reações químicas ocorrem a velocidades que dependem principalmente
da natureza dos reagentes, de sua concentração, temperatura, e da presença ou não de
catalisadores. Muitas reações, tais como, explosões de misturas de hidrogênio e oxigênio
ocorrem tão rapidamente que a determinação acurada de suas velocidades se torna
difícil. Já outras reações, tal como o enferrujamento de algumas ligas, ocorre tão
lentamente que, novamente, é muito difícil de se medir a velocidade de reação. Por outro
lado, existem muitas reações que ocorrem a velocidades intermediárias, fáceis de se
medir. Um desses casos será investigado nessa prática.
Levando em consideração a estrutura submicroscópica da matéria, uma reação
química pode ocorrer somente quando os átomos, íons, ou moléculas dos reagentes
estão em contato. Assim, a velocidade de uma dada reação depende da freqüência com
que as partículas reagentes colidem. Nem todas as colisões levam a uma reação
química, pois muitas vezes elas não satisfazem os requisitos energéticos para que a
reação ocorra. Em alguns casos, as moléculas colidem com energia suficiente, mas em
orientações inapropriadas para que a reação se complete. Os principais fatores que
afetam a velocidade de uma reação são aqueles que afetam as colisões entre as
partículas. Assim, um aumento na concentração de reagentes, aumenta a velocidade da
reação porque as colisões se tornam mais freqüentes. Um aumento de temperatura
aumenta a energia cinética das partículas e conseqüentemente a energia das colisões
também será maior. O aumento da superfície exposta também aumenta a velocidade da
reação, pois um maior número de partículas poderá sofrer colisões. Nesta prática
estudaremos a reação da acetona com iodo a fim de determinar seus parâmetros
cinéticos. A reação a ser estudada é:
V= k[acetona]a[H+]b[I2]c eq. 1
a= ln(V2/V1)/ln2 eq.3
k= Ae-Ea/RT eq.4
ensaios com temperatura maior que a ambiente serão realizados em banho-maria sendo
fundamental também o estabelecimento do equilíbrio térmico.
TUBO A TUBO B
Ensaio Sol. Acetona Sol. HCl Água dest. Sol. de Iodo Temperatura Tempo
(mL) (mL) (mL) (mL)
1 2,00 2,00 4,00 2,00 ambiente
2 4,00 2,00 2,00 2,00 ambiente
3 6,00 2,00 -x- 2,00 ambiente
4 2,00 4.00 2,00 2,00 ambiente
5 2,00 6,00 -x- 2,00 ambiente
6 2,00 2,00 2,00 4,00 ambiente
7 2,00 2.00 -x- 6,00 ambiente
8 2,00 2,00 4,00 2,00 10oC abaixo
da ambiente
9 2,00 2,00 4,00 2,00 10oC acima
da ambiente
10 2.00 2,00 4,00 2,00 20oC acima
da ambiente
10.4 - QUESTÕES
1) O que é velocidade de reação?
Referências Bibliográficas
1- B. M. Mahan e R. J. Myers - Química - Um Curso Universitário
2- J. B. Russel - Química Geral
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EXPERIMENTO SUBSTITUTIVO
TITULAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO
11.1 - INTRODUÇÃO
Ag+ + Cl- AgCl KpsAgCl = [Ag+] [Cl-] = 1,56 x 10-10 mol2 L-2
No ponto estequiométrico
[Ag+] [Cl-] = = 1,1 x 10-5
O pH da solução deve estar no intervalo entre 6,5 a 10,5 para garantir a presença
do íon CrO4- em solução (em meio ácido o cromato se transforma em ácido crômico e o
produto de solubilidade do cromato não é mais atingido e, o indicador não mais funciona).
11.3 – QUESTÕES
Referências Bibliográficas
1- Harris, Daniel C.; Analise Química Quantitativa, LTC, 6aed., 2005.
2- Baccan, N., Andade, J. C., Godinho, O. E. S. e Barone, J. S.; Química Analítica
Quantitativa Elementar, Ed. Edgard Blücher LTDA, 3ª ed., 2004.
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ANEXO 1
ENTRADA EXEMPLOS
Um autor CASTRO, Cláudio de Moura.
Dois autores CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino.
Três autores ENRICONE, Délcia; GRILLO, Marlene; CALVO
HERNANDEZ, Ivone.
Mais de três autores RIBEIRO, Ângela Lage et al.
Organizador, compilador, etc. D'ANTOLA, Arlette (Org.).
Entidade coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade
de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação.
ou
3. PARTES DE DOCUMENTOS
SOBRENOME, Prenome. Título (do capítulo) In: _____. Título (do livro
no todo) Local: Editora, ano. Cap nº (se houver), página inicial e final.
b) autoria igual à autoria da obra no todo
Legislação publicada em Diário Oficial JURISDIÇÃO. Lei nº ....., data completa. Ementa. Nome da publicação,
local, volume, fascículo e data da publicação. Nome do caderno, página
inicial e final.
Ex.: