Nayara Cristiana
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For underground mining to be carried out, it is necessary to develop ramps and galleries so
that the deep ore bodies can be accessed. Development using the drill and blast method occurs
cyclically and allows for flexibility in operations as it is divided into 6 main stages: drilling,
loading with explosives, detonation, material cleaning, scaling and containment. In this
context, the present work aimed to conceptualize the underground development cycle and its
operations, in addition to presenting a case study carried out at the Vazante Unit. The study
presented mine characteristics such as geology and mining method, but focused on cycle
development and operations, bringing information such as fleets and control indicators.
LISTA DE TABELAS
O método drill and blast, usado para o desenvolvimento de rampas e galerias subterrâneas, é
composto por um ciclo de operações contento etapas de perfuração, carregamento com
explosivos, desmonte, saneamento e contenção (Paiva, 2016). Cada uma dessas etapas possui
objetivos e particularidades distintas, fazendo-se necessário um bom entendimento dessas
características para melhor compreensão do ciclo como um todo.
1.1.Objetivo geral
• Estudar as etapas e o funcionamento do ciclo de desenvolvimento subterrâneo do
método drill and blast.
1.2. Objetivos específicos
• Revisar a bibliografia existente sobre o tema;
• avaliar o desempenho do ciclo e suas etapas das operações do método drill and
blast;
• identificar fatores de impacto no ciclo por análise de indicadores.
1.3.Problemática do estudo
Diante das complexidades inerentes ao método 'drill and blast' para o desenvolvimento de
rampas e galerias subterrâneas, como pode ser alcançada uma integração eficaz das etapas de
perfuração, carregamento com explosivos, desmonte, saneamento e contenção considerando
não apenas os objetivos individuais de cada fase, mas também a maximização da eficiência
global, minimização dos impactos ambientais e garantia da segurança dos trabalhadores
envolvidos?
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1.4.Justificativa
1.5.Relevância do estudo
1.6.Relevância académica
A preocupação com o meio ambiente é uma preocupação crescente. Contribuir para práticas
mais sustentáveis na indústria pode ser uma fonte de satisfação pessoal e um compromisso
com a responsabilidade ambiental
A compreensão aprofundada das práticas de segurança relacionadas ao "drill and blast" pode
ter um impacto direto na segurança pessoal dos envolvidos em operações subterrâneas,
reduzindo os riscos de acidentes.
O projeto em questão foi organizado em seis (6) capítulos. O primeiro capítulo inclui a seção
introdutória, enquanto o segundo capítulo descreve a metodologia utilizada na elaboração do
projeto. O terceiro capítulo aborda a apresentação do quadro teórico (revisão bibliográfica),
o quarto capítulo inclui a apresentação do cronograma para a realização da pesquisa. O quinto
capítulo se dedica à apresentação das conclusões, e o sexto capítulo apresenta as referências
bibliográficas consultadas ao longo da elaboração do projeto.
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II. CAPÍTULO: METODOLOGIA EMPREGUE NA PESQUISA
Para dar o seguimento da pesquisa alguns métodos serão necessários para auxiliar nas
investigações para alcance dos objectivos do estudo.
2.2.Quanto a natureza
Segundo Neis, Abreu & Rodrigues (2009), a pesquisa aplicada “objetiva gerar
conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência, sem aplicação prática prevista,
envolvendo verdades e interesses universais” (p.35). No entanto, com base nos objetivos da
pesquisa, sua natureza será aplicada, uma vez que se espera que os resultados obtidos possam
ser implementados para aprimorar os estudos relevantes ao método de mineração subterrânea.
2.4.Quanto objectivo
Quanto aos objetivos, a pesquisa adotará a abordagem de pesquisa bibliográfica, que consiste
na seleção e análise de materiais acessíveis capazes de fornecer dados atuais e relevantes sobre
o tema da pesquisa (Vergara, 2010; Marconi; Lakatos, 2003).
2.6.Universo amostral
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III. CAPÍTULO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1.Desenvolvimento
Como bem nos assegura Tuck (2011), pode-se dizer que o desenvolvimento horizontal é a
etapa que proporciona a infraestrutura necessária para o processo de lavra. O mais relevante,
contudo, é constatar que além do acesso ao depósito mineral, outros objetivos dessa etapa são
a obtenção de dados geológicos precisos e informações geotécnicas e hidrogeológicas. Não é
exagero afirmar que as atividades de desenvolvimento horizontal são importantes tanto para
o nível operacional da mina quanto para o planejamento de médio e longo prazo.
3.2.Ciclo de desenvolvimento
O avanço das frentes de desenvolvimento pelo método drill and blast é feito através de rodadas,
nas quais uma determinada seção do túnel é aberta por vez, e cada rodada é definida por um
ciclo de operações: o ciclo de desenvolvimento. Esse ciclo é composto por cinco operações
fundamentais: perfuração, desmonte, limpeza, saneamento e contenções, sendo que cada
operação possui suas particularidades, podendo variar de acordo com o método de lavra,
litologia e necessidades da mina.
O método drill and blast pode ser aplicado para diferentes tipos de rocha. A versatilidade e o
baixo custo dos equipamentos são vantagens ao se comparar com métodos mecânicos, porém o
ciclo de desenvolvimento exige um rigoroso controle para que o avanço das frentes se mantenha
estável. (Heiniö et al, 1999). Por causa disso, se faz necessário conhecer bem as etapas do ciclo
e suas incertezas, o que possibilita ciclos mais dinâmicos e otimizados.
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3.3.Etapas do ciclo
3.3.1. Perfuração
Devido a isso, diferentes tipos de galerias podem ter seções de perfuração distintas.
A Figura 3 apresenta os tipos de furo em uma seção. O pilão é o conjunto de furos na parte
central da galeria, cuja função é gerar um espaço vazio para que o material fragmentado possa
se expandir durante o desmonte. Os furos de carregamento recebem a carga de explosivos e os
furos de contorno criam uma região de alívio que define a seção da galeria.
O equipamento normalmente utilizado nessa etapa é o Jumbo, composto por um chassi movido
a diesel que contém uma ou mais perfuratrizes rotopercussivas elétricas acopladas em braços
hidráulicos (Paiva, 2016). O tamanho do bit e da haste de perfuração definem a largura e a
profundidade do furo, respectivamente.
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Figura 4 – Visão lateral do Jumbo e seus componentes.
O carregamento da frente perfurada é feito através da injeção de explosivos nos devidos furos.
Essa operação pode ser feita com uso de unidades de carregamento móveis que transportam e
bombeiam os explosivos para dentro dos furos (Heiniö et al, 1999).
De acordo com Nieble (2017), explosivos do tipo ANFO e emulsões são mais usados atualmente.
O ANFO, sigla para ammonium nitrate/fuel oil, é uma mistura de nitrato de amônio com óleo
diesel, sendo uma opção de baixo custo, mas não recomendada para casos de ocorrência de água.
Já as emulsões são explosivas gelatinosos constituídos por nitrato de amônio, pó de alumínio,
nitroglicol e outros compostos. Esse tipo de explosivo pode ser encartuchado ou bombeado
diretamente no furo, possuindo maior resistência à água.
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Além da carga de explosivos, é feito uso de um sistema de iniciação e ligação entre furos com
finalidade de garantir que a detonação ocorra com o sequenciamento correto. (Nieble, 2017).
De acordo com Lusk e Worsey (2011), são três tipos básicos de sistemas de iniciação:
✓ Elétrico: Sistema versátil acionado através de baixas correntes elétricas que possui elemento
de retardo dentro do furo. Porém, Nieble (2017) afirma que sistemas elétricos estão em
desuso e sendo substituídos por sistemas mais seguros.
✓ Não elétricos: São os sistemas mais comuns, como o cordel detonante e a escorva. O
primeiro é um explosivo de alta velocidade de detonação envolto por um tubo ao longo do
furo, o segundo é a junção da espoleta com o estopim colocado no fundo do furo.
✓ Eletrônico: Sistema moderno e de alta precisão, faz uso de microchips para acrescentar
retardos nas detonações.
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Antes da próxima etapa do ciclo é necessário que os gases e poeira liberados pela detonação
sejam dispersados pelo sistema de ventilação. O método de ventilação mais comum é a injeção
de ar limpo nos túneis através de dutos, que dilui e remove os gases próximos à face (Heiniö et
al, 1999). A Tabela 1 apresenta os valores tolerados de gases tóxicos.
De acordo com Nieble (2017), a concentração desses gases deve ser monitorada através de
instrumentos de medição. A ventilação e o controle de gases poluentes contribuem para a
segurança da operação.
Segundo Darling et al (2011), elas possuem uma concha frontal cuja capacidade varia de 3 a
10 m³, de acordo com as dimensões das galerias e produtividade planejada. O autor também
afirma que as LHDs podem ser elétricas ou movidas à diesel, sendo que a segunda opção
oferece maior versatilidade e facilidade de locomoção, comparado a modelos elétricos. Esse
equipamento também possui uma cabine para operação, protegendo o operador contra queda
de blocos em áreas instáveis.
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Figura 6 – LHD movida à diesel
Segundo McCarthy (2011), deve existir uma compatibilidade entre caminhão e carregadeira,
para que o caminhão tenha sua caçamba completamente cheia com 3 a 5 passes da carregadeira.
3.3.4. Saneamento
A etapa de saneamento serve para remover os “chocos” da frente avançada após a limpeza de
material, a fim de neutralizar o risco de queda de fragmentos de rochas no local. De acordo com
Cline (2011), o saneamento pode ser realizado manualmente, com uso de uma alavanca
apropriada, ou de forma mecânica com equipamentos conhecidos como Scalers. O autor
também afirma que o saneamento manual é uma tarefa difícil e demorada, enquanto a operação
mecânica é mais rápida e segura.
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A alavanca utilizada no abatimento de “choco” manual é uma haste metálica de variado
comprimento com ponteira de aço na extremidade (FARIA, 2008). Alguns modelos também
contam com um cinzel de determinado ângulo na outra extremidade.
3.3.5. Contenções
Curi (2017) cita como métodos mais comuns de sustentação a ancoragem com tirantes, concreto
projetado e suporte com estruturas metálicas. O primeiro é descrito pelo autor como a
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introdução de parafusos de aço no teto da galeria avançada, com objetivo de aumentar a
resistência à tração do maciço e torná-lo autossustentado.
A ancoragem com tirantes pode ser mecânica, onde diferentes tipos de tirantes podem ser
utilizados, ou pode ser química, que faz uso de cimento ou resina (Silva, 2019). Segundo
Bawden (2011), o método de atirantamento com resina utiliza cartuchos de resina de secagem
rápida (inseridos no fundo do furo) e cartuchos de secagem lenta, onde o tirante então é inserido
no furo e rotacionado, misturando a resina e gerando torque. Tal método cria uma forte
ancoragem e previne a corrosão dos tirantes.
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Figura 9 – Boltec S, equipamento do tipo Rock Bolter.
A projeção de concreto pode ser usada em conjunto com o atirantamento para estabilização
de galerias onde o maciço rochoso se encontra mais fraturado. Hadjigeorgiou e Potvin (2011)
descrevem esse tipo de suporte como a aspersão de concreto em alta pressão no teto, nas
laterais e na face da galeria com objetivo de suportar pequenos fragmentos de rocha nesses
locais. O autor também afirma que geralmente é aplicada uma camada de 50 a 75 mm de
concreto, que também pode conter aditivos para maior durabilidade e fibras de aço na mistura
para evitar rachaduras e aumentar a resistência à tração do material.
Hoek, Kaiser e Bawden (1995) complementam que para maior aderência do concreto à
superfície, essa deve ser lavada previamente com jato de ar e água.
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IV. CRONOGRAMA DAS ACTIVIDADES
Plano de Meses
Actividades
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro
Pesquisa do
Tema
Pesquisa
Bibliográfica
Colecta de
dados
Avaliação e
apresentação
de dados
Discussão de
dados
Elaboração e
entrega do
Trabalho
V. CAPÍTULO: CONCLUSÃO
Basf. (2014). Concreto Projetado para Suporte em Escavações Subterrâneas (13ª ed.).
Mannheim: BASF Construction Chemicals Europe Ltd.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (4ª ed.). São Paulo: Atlas. Lakatos, E.
M., Marconi, M. A. (1992). Métodos trabalhos científicos (4ª.ed.). São Paulo
Hadjigeorgiou, J., & Potvin, Y. (2011). Controle de Rocha Dura com Malha de Aço e Projeção
de Concreto. Em P. Darling (Ed.), Manual de Engenharia de Minas da SME, 3ª Ed. (Cap. 8.6).
Hoek, E., Kaiser, P. K., & Bawden, W. F. (1995). Suporte de Escavações Subterrâneas em
Rocha Dura. Brookfield: Aa Balkema Publishers. Brasil: ATLAS S.A.
Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (2003). Fundamentos de metodologia científica (5ª ed.).
São Paulo: Atlas.
Lusk, B., & Worsey, P. (2011). Explosivos e Detonações. Em P. Darling (Ed.), Manual de
Engenharia de Minas da SME, 3ª Ed. (Cap. 7.3).
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Neis, I. A., Abreu, S. P. & Rodrigues, R. S. (2009). Métodos de Pesquisa. Brasil: UFRGS.