Trabalho Metodologia de Ensino
Trabalho Metodologia de Ensino
Trabalho Metodologia de Ensino
1.3. Metodologia.........................................................................................................................4
3. Conclusão................................................................................................................................8
4. Referencias Bibliográficas......................................................................................................9
1. Introdução
1.3. Metodologia
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2. A construção da Ciência Histórica
Proença (1989), afirma que o discurso historiográfico, tal como hoje em dia se manifesta,
constituiu-se ao longo de séculos, como produto de diversas condicionantes políticas,
religiosas, culturais ou científicas.
A História como conhecimento humano surgiu na antiga Grécia em que cingia-se na
valorização dos feitos extraordinários do homem, o que catapultou o advento da história como
disciplina escolar, de modo a preservar a memória dos grandes eventos e dos heróis nacionais.
Posteriormente a História ganha outro ímpeto, é apropriada pelos estados Nacionais na
promoção do Patriotismo e do nacionalismo e, é transmitida a gerações novas com intuito de
manter a hegemonia das elites políticas no poder. Marrou, citado por Proença (1989), diz que
o contributo cristão e árabe transmitiu uma filosofia da história, ao considerar o papel da
providência como motor da evolução.
Paulatinamente a História eminentemente política sofre desvalorização em detrimento duma
história baseada nas produções culturais de relevância e nas acções humanas do seu dia-a-dia,
tornando-se neste caso como objecto de estudo da história, as experiencias sociais diárias,
conhecido como o período de renascimento e movimento iluminista.
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2.3. O Marxismo e a História Estruturalista e Evolucionista
A História a partir do século XX, foi marcada por mudanças patentes no conhecimento
histórico. A Escola Metódica, dita positivista, que valorizava o documento estático, na qual o
papel do historiador assemelhava-se a de um mero cronista dos fatos passa a ser amplamente
questionada, em detrimento da valorização da interdisciplinaridade, da pluralidade das fontes
e documentação e principalmente as relações político-sociais os sujeitos, nas suas
complexidades, nuances e sobretudo na produção de mentalidades.
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Com o aparecimento da Escola dos Annales a construção histórica torna-se dinâmica,
hermenêutico, as fontes e os documentos históricos são analisadas de forma crítica pelo
historiador. Esta concepção histórica relaciona intrinsecamente o sujeito e objecto histórico.
A História torna-se uma ciência social, baseando-se na análise do presente e no
questionamento selectivo do passado. “O historiador é necessariamente um seleccionador.”
(Carr, 1987,in Oliveira, S/A:46).
Os historiadores da Escola dos Annales rompem com o tradicionalismo estruturalista, o tempo
evolutivo linear, trabalhando uma perspectiva dialógica entre o tempo sincrónico e o tempo
diacrónico, a História é composta por permanências e rupturas e não mediante uma evolução
linear.
Os processos históricos são tangenciados pelo fazer humano que não se constitui como uma
linearidade evolutiva, mas sim como um fazer plural, norteado por questões económicas,
sociais, políticas culturais.
O conhecimento histórico se torna interdisciplinar através diálogo com diversas ciências
sociais como a antropologia, a sociologia, a psicologia a economia entre outras. A História
ganha uma conotação cultural e social enquanto disciplina, sendo que a partir desse novo
olhar acerca do conhecimento histórico, o termo cultura passa a ser utilizado para referenciar
a produção humana, no que tange as mentalidades, patentes ou latentes em cada civilização.
A história enquanto disciplina escolar ganha uma dimensão social, no tocante ao
entendimento do homem em sua humanidade construída através do tempo, pois “o
conhecimento histórico tem uma legitimidade intelectual: interessa ao homo sapiens, que quer
se conhecer e se reconhecer, e quer conhecer por conhecer o que o rodeia e a ele mesmo.”
(Reis, 2004,in Oliveira, S/A).
A história enquanto disciplina distancia-se do conhecimento do passado estático, da ideia de
progresso civilizacional, para organizar o passado em função do presente.
Proença (1989), acrescenta que no séc. XX, Lucien Fevbre e Marc Bloch, empreenderam uma
forte renovação no conhecimento histórico, conhecido como a História Nova, onde
introduziu-se a noção da história total, a história problema, alargamento do campo do
documento, a interdisciplinaridade e tantos outros aspectos, relevantes até ao presente
momento, que ela é estudada como disciplina escolar.
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3. Conclusão
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4. Referencias Bibliográficas
Marconi, M. de. A.; Lakatos, E. M. (1992). Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Oliveira, T. (S/A). A historiografia francesa dos séculos XVIII e XIX: as visões iluministas e
romântica da Idade Média. Acta Scientiarum.