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5. TENDÊNCIAS HISTORIOGRÁFICAS
As correntes mais inovadoras da historiografia europeia, substituíram o individual pelo coletivo e o
estudo dos acontecimentos políticos pelos fenómenos económicos, sociais e mentais. (exemplo: Crise
1383 - 85)
Em Portugal, o ambiente político e ideológico em geral, e o universitário em particular, não foram muito
favoráveis à divulgação de algumas correntes historiográficas que se desenvolviam na Europa. Foram
sobretudo os historiadores estrangeiros que escolheram como temas de investigação a realidade
portuguesa, historiadores portugueses que fizeram parte das suas carreiras no estrangeiro e historiadores
não universitários os principais responsáveis pela sintonia da historiografia portuguesa com a
europeia.
5.1. HISTÓRIA ECONÓMICA
Até à década de 70, destacam-se na historiografia europeia (em particular na francesa) estudos sobre
movimentos económicos utilizando como principais indicadores os preços, salários, rendas, etc.
Pretendiam dar uma resposta ao problema do crescimento nas sociedades pré - industriais manifestando
interesse pelo estudo das crises económicas.
Em Portugal, a história económica só entra de uma forma massiva na agenda historiográfica nos anos
setenta do século XX. Condicionalismos de natureza ideológica explicam que os principais trabalhos
nesta área (relativos à realidade nacional) tenham sido elaborados por historiadores portugueses em
universidades estrangeiras ( ver nomes página 64)
5.2. DEMOGRAFIA HISTÓRICA
Uma das áreas mais cultivadas na primeira metade do século XX, em particular na Inglaterra.
Com base numa metodologia de recolha e tratamento de dados colhidos nos registos paroquiais e em
listas normativas quantificaram-se efetivos populacionais, estudaram-se comportamentos demográficos,
(...)
Em Portugal, começou a ser objeto de análise em teses de licenciatura - que constituíam um espaço de
inovação no contexto universitário português. Assim, foi possível experimentar novas metodologias e
novos campos temáticos - (página 66).
5.3. A HISTÓRIA SOCIAL
A complexidade do campo da história exige especializações no sentido de melhor captar e entender a
sociedade. A história social desenvolveu-se em estreita articulação com a história económica, mas foi
abordada igualmente numa perspetiva mais especializada. Neste sentido, foram identificados grupos
sociais e categorias socioprofissionais, mediram níveis de fortuna, (...)