Artigo - Aula de Campo Uma Possibilidade de Investigação
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Introdução
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Sobre a utilização de diversas linguagens para o ensino de História, há uma discussão bastante
interessante em BITTENCOURT, Circe (org.): "O Saber histórico na sala de aula". São Paulo:
Contexto, 1998.
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Não encontramos sistematização sobre um modelo de ensino de História com base no paradigma
da Nova História, de forma que utilizaremos esse conceito considerando o modelo de ensino de
História que utiliza linguagens diversificadas (chamadas de novas linguagens para o ensino de
História) na sala de aula – ou fora dela (Filmes, textos, gravuras, documentos históricos, música,
excursões variadas, uso da informática, etc.) –, se aproxima das demais ciências sociais, e que preza
o despertar da consciência crítica e da capacidade de problematização de seus educandos,
descartando o ensino de História como uma mera memorização de datas, fatos e personagens
históricos ditos “mais importantes” (os heróis).
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Esse novo paradigma historiográfico: a Nova História surgiu no século XX, por
volta da década de 1970. “Uma boa parte dessa nova história é o produto de um
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Idealizado pela historiografia francesa, dividia a História humana em quatro fases: Idade Antiga,
Idade Média, Idade Moderna e Idade contemporânea.
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LE GOFF, Jacques & NORA, Pierre possuem uma coleção composta por três volumes tratando de
novos problemas, novos métodos e novas abordagens na historiografia.
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pequeno grupo associado à revista Annales, criada em 1929” (Burke, 1997: p. 11),
que questionava as abordagens da historiografia tradicional. Nos anos contidos
entre 1946 e 1972, Braudel desenvolveu para os Annales um paradigma
reconhecido e maduro, bem como uma matriz disciplinar autônoma (cf. Reis, 1996).
Com o novo paradigma historiográfico, surge uma história mais ligada às
outras ciências sociais, de forma que se abrem novas fronteiras, novas perspectivas.
Buscam-se respostas de interesse do presente, diversificam-se as fontes históricas,
pluralizam-se os métodos de investigação. Adota-se a interdisciplinaridade. O tempo
histórico passa a ser tratado como de longa duração. Amplia-se a gama de objetos
de estudo e de horizontes temáticos, de forma que hoje o historiador tem bem mais
liberdade para trabalhar assuntos como sexualidade, infância, cotidiano, vida
privada, dentre outros. Vemos o surgimento de uma história multicultural, plural, que
se manifesta na sala de aula por meio de linguagens para o ensino da História como
a televisão, documentos, vídeos, músicas, visitas programadas a museus, teatros e
também por meio da informática (cf. Cunha, 2003).
Com o advento desse novo paradigma, surgiram na academia novas
indagações/reflexões sobre o Ensino de História. Apareceram várias sugestões de
renovação, de reinvenção, novas propostas curriculares. Ao analisar tais propostas,
surgidas a partir de 1985, Bittencourt afirma que um ponto de interseção a elas são
as “críticas comuns quanto ao que denominam de ensino tradicional de História”
(1998, p.16). Schmidt (1998) aponta a necessidade “de serem realizadas mudanças,
com o objetivo de se superar o ensino tradicional de História” (p. 54).
Emergiram então, a partir da década de 1980, diversas publicações da área,
em revistas especializadas, artigos e livros que tratam sobre o assunto, quando
surgiram várias propostas para a aplicação de novos métodos, novas técnicas e
estratégias de ensino, visando a utilização de novos recursos didáticos5.
Bittencourt (1998) aponta que “para a maioria das propostas curriculares, o
ensino de História visa contribuir para a formação de um ‘cidadão crítico’, para que o
aluno adquira uma postura crítica em relação à sociedade em que vive”. (p. 19) Tais
propostas apontam objetivos que não são novos: “formação de um pensamento
crítico” e “estudar o passado para compreender e transformar o presente”. Onde
estaria então a inovação? Na ênfase atual ao papel do ensino de História para a
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Conforme Nota 2.
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A) GERAL
B) ESPECÍFICOS
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Mídia Educacional Água Marinha.
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Conclusões
Referências Bibliográficas