05 Verbo, Flexão Verbal e Nominal - PF

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1 Apresentação
Olá, futuro Policial Federal!!!

Hoje vamos dar continuidade as classes gramaticais, em especial, a mais importante


no meu ponto de vista o VERBO.

O material desta aula será baseado na teoria e nas questões apresentadas pela referida
banca. As provas são muito bem arquitetadas e vale lembrar que a AGILIDADE do
candidato faz a diferença na aprovação. Por isso nosso curso vai lhe dar toda a base
necessária para o bom aproveitamento. Observe pelo nosso cronograma que as aulas
são voltadas ao tipo de questão. Sempre haverá a teoria seguida de exercícios, que
são na realidade as questões de provas anteriores da Cebraspe. Por isso, não se
assuste com a quantidade de material, pois QUEM ESTÁ NA CHUVA É PARA SE
MOLHAR!!!

A respeito das complementações, frisamos que, este material pode conter


informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas, claro, com tudo que é
necessário para a sua aprovação, com a profundidade necessária – nem mais, nem
menos.

Estrutura do PDF FOCADO:

• Material Teórico Escrito;


• Questões de Sala (questões resolvidas durante as videoaulas);
• Mapa Mental

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2 Conteúdo Programático
1 Apresentação.......................................................................................................................2
3 O verbo ................................................................................................................................4
4 Desinências ..........................................................................................................................4
5 Desinência de Modo.............................................................................................................5
6 Desinência de Tempo ...........................................................................................................5
7 Desinência Verbal ................................................................................................................8
8 Desinência Verbal ................................................................................................................9
9 Questões de sala ................................................................................................................ 12
10 Mapa mental ..................................................................................................................... 12

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3 O verbo
O verbo é a classe de palavras que indica ação, estado e fenômenos da natureza.
No entanto, o que faz dele uma classe gramatical tão importante não é o fato de
indicar uma ação, estado ou fenômeno da natureza, mas sim o importante papel que
assume na estrutura das frases da língua portuguesa, integrando o processo SVC
(sujeito, verbo e complemento) – o principal sistema da língua portuguesa. O verbo
nos permite identificar quem é o sujeito e quem é o complemento dentro de qualquer
estrutura.

Mas é importante destacar que não basta a uma palavra denotar ação, estado ou
fenômeno da natureza para ser considerada um verbo, ela precisa ter uma
perspectiva temporal, indicar se determinada estrutura está no passado, presente ou
futuro.

Exemplo: na frase “a filmagem da aula ficou perfeita”, a palavra filmagem indica


uma ação, porém não indica a perspectiva temporal; logo, ela não é um verbo,
mas sim um substantivo abstrato. Ainda, na frase “os alunos são estudiosos”, a
palavra estudiosos indica um estado, mas nem por isso é um verbo. Inclusive, o
termo “ser” neste exemplo exerce função de adjetivo.

Agora que o conceito de verbo está claro, falaremos sobre a estrutura morfológica do
verbo e desinências verbais.

4 Desinências
Desinências são morfemas que permitem a flexão da palavra a que se juntam. No caso
das desinências verbais, elas indicam a flexão do verbo em número, pessoa, modo e
tempo. Vamos dividi-las em número-pessoal e modo-temporal.

A desinência número-pessoal indica a flexão do verbo em número (singular e plural)


e em pessoa do discurso (1ª, 2ª, 3ª pessoa gramatical, singular e plural). A desinência
modo-temporal indica a flexão do verbo em modo (indicativo, subjuntivo e
imperativo) e tempo (pretérito, presente e futuro). Vamos explorar melhor este último
grupo.

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5 Desinência de Modo
O modo verbal serve para indicar a atitude que é expressada na frase. Na língua
portuguesa existem três modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo. O
modo indicativo expressa uma atitude realista, pois serve para apresentar um fato,
uma certeza ou uma realidade. O subjuntivo indica uma possibilidade, uma hipótese
ou uma incerteza. O modo imperativo indica uma ordem ou um comando.

Exemplo:
Indicativo Atitude Realista
Pedro quebrou a cadeira.
Modo

Exemplo:
Subjuntivo Atitude hipotética
Pedro talvez soubesse as respostas do teste.
Exemplo:
Imperativo Ordem
Pedro, sai daqui agora!

Em seguida vamos falar um pouco sobre os tempos verbais pretérito, presente e


futuro marcados pela desinência temporal.

6 Desinência de Tempo
A desinência de tempo é utilizada para indicar a perspectiva temporal (pretérito,
presente e futuro). Esses tempos possuem algumas ramificações que podem ser
observadas no organograma a seguir:

Perfeito

Pretérito Imperfeito

Mais-que-perfeito
Tempo Presente

do Presente
Futuro
do Pretérito

Sem sombra de dúvidas, o tempo que mais aparece em provas de concurso é o


pretérito, por dois motivos: a) ele é o mais ramificado; b) a maioria dos candidatos

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não sabe a diferença entre pretérito perfeito, pretérito imperfeito e pretérito mais
perfeito. Assim, vamos explorar essas ramificações nos tópicos a seguir.

6.1 Pretérito Perfeito

O termo “perfeito” no contexto dos tempos verbais indica algo que está completo. O
pretérito perfeito é um passado completo, isto é, um passado completamente
realizado.

Exemplo: Ontem eu joguei bola na quadra (o verbo está no pretérito perfeito,


a ação foi completamente executada e não teve continuidade).

As bancas de concurso podem cobrar uma questão que envolve tempos verbais
com perguntas básicas sobre a classificação verbal. Nesse caso, a resposta será
precisamente o tempo verbal (no caso do exemplo acima, será “pretérito
perfeito”). No entanto, a banca pode optar por cobrar questões relacionadas à
semântica do verbo, nesse caso, a alternativa correta será aquela que afirmar a
existência de um tempo verbal no passado, extinto, terminado ou acabado. Uma
dica para saber se de fato a questão se trata de um passado completo, isto é, de
um pretérito perfeito é inserir a palavra “ontem” em qualquer lugar da frase. Se
isso for possível e fizer sentido, saiba que você está diante de um pretérito
perfeito.

✓ Ontem Pedro jogou bola na quadra.

✓ Pedro ontem jogou a bola na quadra.

✓ Pedro jogou ontem bola na quadra.


✓ Pedro jogou bola ontem na quadra.
✓ Pedro jogou bola na quadra ontem.

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6.2 Pretérito Imperfeito

A palavra “imperfeito” carrega um prefixo de negação (im) e, no contexto dos tempos


verbais, ela nega a completude, a perfeição do pretérito. Dessa forma, o pretérito
imperfeito indica uma ação que se iniciou no passado e teve continuidade.

Exemplo: Na frase “O que você fazia há vinte anos? Eu só jogava videogame”.


A expressão “jogava videogame” está no passado, mas não se trata de um
passado completamente realizado, ao contrário, é um passado que indica uma
rotina, um processo, um hábito, uma ação que frequentemente ocorria.

Em uma prova de concurso a questão relacionada ao pretérito imperfeito pode


simplesmente pedir a classificação do verbo ou a alternativa que melhor expressa a
semântica do verbo. Para esta última, a resposta correta falaria de um tempo verbal
no passado, que expressa um processo rotineiro, habitual ou contínuo.

A banca avaliadora pode chamar a estrutura do pretérito imperfeito de passado


inacabado. É A MESMA COISA. As gramáticas antigas costumavam se referir ao
pretérito perfeito como passado acabado e ao pretérito imperfeito como passado
inacabado.

• Pedro jogou bola na quadra. (pretérito perfeito/ passada acabado)


• Pedro jogava bola na quadra. (pretérito imperfeito/ passado inacabado)

6.3 Pretérito mais-que-perfeito

O pretérito mais-que-perfeito é mais do que completo, ele é o que chamamos de


passado do passado. É um tempo verbal no passado anterior a outro tempo também
no passado. Observe a frase:

Pedro tirava os sapatos que Joana usara na festa.

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Nessa linha narrativa, primeiramente Joana usava os sapatos e só depois Pedro os


tirava, ambas as ações ocorreriam no passado, mas uma era anterior a outra. Os verbos
presentes na frase são “tirava” e “usara”. O primeiro, “tirava”, é um verbo no pretérito
imperfeito, pois denota uma ação que ocorria rotineiramente no passado (Pedro
costumava tirar os sapatos de Joana). O segundo, “usara”, está no pretérito mais-que-
perfeito porque denota uma ação anterior a outra ação que corria no passado.

O uso do pretérito mais que perfeito pode influenciar em muito a forma como
interpretamos uma mensagem.

Exemplo: se eu digo: “ao chegar ao Rock in Rio, a banda tocou a minha música
preferida”, significa que na hora que cheguei ao Rock in Rio a banda tocou
minha música preferida e eu escutei a música porque a banda começou a tocar
exatamente no momento que cheguei. Em contrapartida, se eu digo: “ao chegar
ao Rock in Rio, a banda tocara a minha música preferida”, significa que passei
longe de escutar minha música preferida, pois quando cheguei ao evento, a
banda já tinha tocado a música (o pretérito mais-que-perfeito é um tempo
anterior ao passado).

Pretérito perfeito é um passado completamente realizado; pretérito imperfeito é


um passado que indica continuidade, hábito ou rotina; pretérito mais-que-
perfeito é o tempo verbal no passado anterior a outro tempo também no
passado.

7 Desinência Verbal
Como vimos anteriormente, as desinências são morfemas utilizados juntamente com
outras palavras para indicar flexão, o morfema é a menor unidade significativa de
uma palavra. Observe a morfologia da palavra cantávamos:

Cant á va mos

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Morfema Morfema Morfema Morfema


lexical gramatical Gramatical Gramatical
(radical) vogal Modo- Número-
base temática temporal pessoal
significativa

O primeiro morfema “cant” é um morfema lexical, ele tem relação com a semântica
(significado) da palavra, ele é o radical da palavra, a base da sua significação e
sustentação. Assim, mesmo que mudássemos qualquer um dos morfemas gramaticais
desse verbo, o lexical ainda estaria fazendo referência ao ato de cantar (cantaremos,
cantaríamos, cantareis).

A vogal temática (segundo morfema) possui duas funções: a) serve de elo para fazer
a ligação do radical com as demais desinências; e b) indica a conjugação do verbo.
Lembrando que existem três conjugações verbais na língua portuguesa, são elas:

• primeira conjugação: verbos terminados em ar;


• segunda conjugação: verbos terminados em er;
• terceira conjugação: verbos terminados em ur.

Na sequência deste material estudaremos as desinências modo temporal (DMT) e


número pessoal (DNP). É importante que você retome os conceitos trabalhados nesta
aula, observe-os no cotidiano e faça exercícios de gramática para consolidar seu
conhecimento.

8 Desinência Verbal
Desinências são elementos terminais que indicam as flexões das palavras e as
desinências verbais indicam o número, pessoa, modo e tempo dos verbos.
Anteriormente, vimos que o morfema lexical – a raiz do verbo – carrega o sentido da
palavra, enquanto a vogal temática, que vem imediatamente após o morfema lexical,
faz a ligação com as desinências modo-temporal (DMT) e número-pessoal (DNP), além
de indicar a conjugação do verbo.

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Cant á va mos

Morfema Morfema Morfema Morfema


lexical gramatical Gramatical Gramatical
(radical) vogal DMT DNP
base temática
significativa

DICA: para responder uma questão que aborde desinências verbais, é


importante analisar o contexto em que a palavra está inserida. Procure
sempre voltar ao texto para ver de qual contexto foi extraída, destaque o
trecho e somente então prossiga para a resolução da questão. Isso facilitará
a análise da palavra.

8.1 Desinência Modo-Temporal (DMT)

A desinência modo-temporal (DMT) marca a flexão do verbo indicando os modos


(indicativo, subjuntivo ou imperativo) e os tempos verbais (pretérito, presente, futuro).

Modos Verbais Tempos Verbais


INDICATIVO PRETÉRITO
Indica certezas, fatos. (perfeito, imperfeito e mais-que-
perfeito)
SUBJUNTIVO PRESENTE
Indica incertezas, hipóteses
IMPERATIVO FUTURO
Denota ordem (do presente e do passado)
Observação: O pretérito imperfeito do indicativo é uma das conjugações mais
recorrentes em questões de concurso.

Observe a frase:

Pedro, João e eu cantávamos no coral da igreja.

As desinências que marcam a flexão do verbo “cantávamos” indicam que ele está no
tempo pretérito imperfeito e no modo indicativo, revelando que a afirmação “Pedro,

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João e eu cantávamos no coral da igreja” é um fato que ocorria no passado com


determinada frequência.

Existem três tipos de verbos na língua portuguesa:

✓ Os de 1ª conjugação – verbos terminados em AR;


✓ Os de 2ª conjugação – verbos terminados em ER/OR;
✓ Os de 3ª conjugação – verbos terminados em IR.

A desinência modo-temporal “va”, em verbos de primeira conjugação (terminados


em AR), sempre indica pretérito imperfeito do indicativo.

CantAR (verbo de 1ª
è cantáVAmos
conjugação)
Pretérito imperfeito do
Infinitivo è
indicativo

8.2 Desinência Número-Pessoal (DNP)

A desinência número-pessoal (DNP) marca a flexão do verbo indicando número e


pessoa.

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CantávaMOS è 1ª pessoa do plural

9 Questões de sala

Questão 01) “Não me é necessário pensar. Outros assumirão a tarefa espinhosa por
mim.” A forma verbal “assumirão” (l.10) expressa uma ação futura, ainda não
concretizada, mas que se acredita que certamente se realizará, de acordo com os
sentidos do texto.

( )CERTO ( )ERRADO

Questão 02) No segundo parágrafo do texto, as formas verbais “caía”, “doía”, “curava”
e “pedia” designam ações frequentes ou contínuas no passado.

( )CERTO ( )ERRADO

Questão 03) Nas locuções “tinha botado” (l.15) e “tinha posto” (l.16), a substituição
da forma verbal “tinha” por havia não prejudicaria a correção gramatical e o sentido
original do texto.

( )CERTO ( )ERRADO

Gabarito: 01 – Certo, 02 – Certo, 03 - Certo

10 Mapa mental

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