António Ebo
António Ebo
António Ebo
ANGOLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E ENGENHARIAS
CARLA MACAMBO
ENGRÁCIA SIMBO
LUANDA
2023
2
ARISTÓTELES DA SILVA
LUANDA
2023
3
Aprovado ao:_____/_______/_______
__________________________________________________________________________
Considerações
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4
AGRADECIMENTO
5
Primeiramente agradeço a Deus pai todo poderoso o magnifio por ter nos consedido
fôlego de vida e por ter nos dado saúde, forças para superar as dificuldades que surgiram ao
logo dessa caminhada.
EPÍGRAFE
6
Jonh Lennon
RESUMO
7
Esta proposição intelectual, apresenta o modelo de uma rede com retransmissor de múltiplos
usúarios (mRN), na literatura, para atender uma ampla quantidade de cenários práticos, como
por exemplo uma rede veicular (VANET). Para o modelo de sistema proposto, denominado de
modelo geral de uma mRN (g-mRN), três estráatégia de transmissão são definidas e
analisadas em tornode taxa efetiva, para diferentes quantidades de usuários na rede. Quando
assume-se que a relação sinal-ruído (SNR) média é conhecida pelos transmissores, a taxa
efetiva máxima é obtida através da escolha da taxa de mensagem óptima. No caso de
desconhecimento da SNR, é necessário fixar um valor de taxa de mensagem. Assim, a taxa
efetiva para diversos valores de taxa de mensagem também é obtida. Os resultados númericos
apontam que a estratégia de transmissão que obteve o melhor desempenho sob a taxa de
mensagem óptima foi aquela em que os usúarios transmitem simultaniamete durate a fase de
múltiplo acesso. Entretanto, para uma taxa de mensagem fixa, a estratégia de transmissão com
melhor desempenho depende do valor da SNR. Os resultados obtidos são importantes, pois
podem ser usados como diretrizes para selecionar a correta estratégia de transmissão para a
rede de comunicação, assim como as taxas de mensagem dependendo da situação.
ABSTRACT
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
9
LISTA DE TABELA
10
LISTA DE SIGLAS
11
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................................13
1.1CONCEITUAÇÃO DE TERMOS.....................................................................................18
1.2 DIFERENTES TIPOS DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES...................................18
1.2.1 Comunicação Sem Fio..................................................................................................19
1.2.2 Tipos De Comunicação Sem Fio....................................................................................20
1.3MOTIVAÇÃO E CONTRIBUIÇÃO.................................................................................23
1.4 MODULAÇÕES OFDM.................................................................................................. 26
1.5 PRINÍPIO BÁSIO DA MODULAÇÃO OFDM...............................................................29
CAPÍTULO II: DESENVOLVIMENTO DO TEMA.........................................................33
2.1 MODELO GERAL DE SISTEMA...................................................................................33
2.3 ESTRATEGIAS DE TRANSMISSÃO.............................................................................35
2.4 PAIRWISE-MRN..............................................................................................................35
2.6 MASSIVE-MRN...............................................................................................................38
2.7 PARTIAL-MRN................................................................................................................40
2.8 COMPARAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE TRANSMISSÃO........................................41
2.9 TAXA DE MENSAGEM.................................................................................................44
2.9.1 Taxa Efetiva................................................................................................................... 44
2.10 TAXA EFETIVA PARA AS ESTRATEGIAS DE TRANSMISSÃO PROPOSTAS........45
2.11 REGIAO DE CAPACIDADE.........................................................................................47
CAPÍTULO III: RESULTADOS.........................................................................................51
3.1 TAXA EFETIVA...............................................................................................................51
3.2 METODO PARA CALCULAR A TAXA EFETIVA.........................................................51
3.3 RESULTADOS PARA A TAXA EFETIVA MAXIMA.....................................................52
3.4 TAXA EFETIVA DADA UMA TAXA DE MENSAGEM FIXA......................................57
CONCLUSÃO.......................................................................................................................61
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFIA........................................................................................63
13
INTRODUÇÃO
JUSTIFICAÇÃO DO TEMA
DELIMITAÇÃO DO TEMA
PROBLEMA
Qual estratégia de transmissão de uma rede com múltiplos usúrios, que trocam suas
informações entre si por meio de um retransmissor e utilizam transmissão por portadora
única, fornece maior taxa efetiva?
HIPÓTESES
H1: Implemetar um sistema de rede com retransmissor que visa melhorar eventuais
problemas na transmissão de sinais com multiplos usúarios.
OBJECTIVOS
Objectivo geral
Objectivos específicos
Para realizar a comunicação entre dois ou mais pontos, as redes fazem uso de
sistemas de transmissão, que são basicamente combinações de meios e tecnologias de
transmissão.
termo comunicação sem fio foi utilizado como duas formas na história da comunicação com dois
significados diferentes. Inicialmente o termo foi utilizado para definir o sistema que depois passou a
ser chamado de rádio transmissor em meados de 1920. Em torno de 1980 o termo ressurgiu sendo
utilizado para qualquer tipo de tecnologia que fizessem comunicações sem utilizar fios. Nos dias de
hoje algumas das tecnologias mais comuns que fazem de comunicações sem fios são LTE, LTE-
Advanced, Wi-Fi, Bluetooth, entre outras. O mundo contemporâneo utiliza as comunicações sem fio
em uma grande diversidade de dispositivos e contextos. Entre esses usos podemos citar a rede sem fio,
o telemóvel (telefone celular), o assistente pessoal digital (PDA), o dispositivo GPS, o controle
automático de porta comum ou de porta de garagem, o mouse sem fio, o teclado sem fio,
o headset de computador, a televisão por satélite artificial e o telefone sem fio.
Comunicações telefónicas.
Infravermelho.
Bluetooth.
Comunicação via microondas.
Comunicação via satélite.
Wi-Fi.
21
Rádio Broadcast: á primeira comunicação sem fio criada foi a transmissão de ondas de
rádio abertas para qualquer um interceptar e escutar, tecnologia ainda utilizada hoje nas
estações de rádio. Rádio com multicanais permitem que cidades e pilotos ou marinheiros
possam se comunicar entre si quando necessário. Também é possível transmitir informações
digitais através do espectro de rádio frequência. Normalmente funciona através de ondas de
rádio transmitidas pelo ar partindo de uma torre de transmissão para todas as antenas
receptoras que estejam sintonizadas na mesma frequência que a torre de transmissão naquele
momento. Ondas de rádio são sinais eletromagnéticos que são transmitidos por uma torre ou
antena de transmissão. Essas ondas têm segmentos de frequência completamente diferentes e,
para que a comunicação tenha sucesso, as ondas serão enviadas e interpretadas apenas por
antenas que se encontrem na mesma frequência.
diferentes. Inicialmente o termo foi utilizado para definir o sistema que depois passou a ser
chamado de rádio transmissor em meados de 1920. Em torno de 1980 o termo ressurgiu sendo
utilizado para qualquer tipo de tecnologia que fizessem comunicações sem utilizar fios
Vantagens
Desvantagens
Em uma VANET os veículos costumam trocar diversos tipos de informação entre si,
seja para manter a ordem nas ruas e estradas, para garantir a segurança, ou até mesmo para
trazer informações de comodidades [Hartenstein e Laberteaux 2010, Emmelmann e Kellum
2010, Cheng, Shan e Zhuang 2011]. Outra característica de uma VANET é a dinámica com a
qual os usúarios se agrupam, trocam suas informações e depois se separam. Isso acontece
porque estão viajando para destinos distintos, mas nem por isso a informação que trocam
entre si é irrelevante. Essas características, além de diversas outras mais, permitem que uma
VANET use o conceito de mRN para trazer uma maior eficiência ao compartilhamento de
informações. As contribuições que estão sendo trazidas por esta tese não se restringem a
24
apenas uma VANET, como será exemplificado, sendo que diversas outras redes de
comunicação podem utilizar essas propostas.
A partir do g-mRN três novas estratégias de transmissão são definidas por esta tese.
Todas elas seguem o mesmo protocolo de fases MAC e BC, nas quais elas diferem
entre si apenas durante a fase MAC. Na fase BC, o retransmissor, após decodificar o sinal,
combina as mensagens de diferentes usúarios, em GF(2), aplicando a codificação de rede (NC
- do inglês, Network Coding) [Yeung, Li e Cai 2006], para transmitir a todos os usúarios. A
primeira estratégia de transmissão é chamada de pairwisemRN, porque os usúarios
transmitem em pares. Um usúario de cada subcluster é selecionado para transmitir em cada
TS, por exemplo os veículos A e C, da Figura 1, transmitem no primeiro TS, e os veículos B e
D no segundo TS. Assim, o retransmissor recebe uma sobreposição de apenas dois sinais, e os
demais usúarios recebem, neste TS, apenas o sinal do seu vizinho de subcluster. As estratégias
de transmissão propostas em [Islam, Durrani e Sadeghi 2015, Islam 2016, Borujeny, Noori e
Ardakani 2014,Borujeny, Noori e Ardakani 2017] não têm essa vantagem de os usúarios
receberem a informação de seus vizinhos diretamente deles, como é a proposta da pairwise-
26
seu período de transmissão aumentado para que seja maior que a duração dos distúrbios de
ruído, inclusive maior que o intervalo de dispersão do canal. A evolução da família de siglas
FDM marcou profundamente as telecomunicações, e teve um rápido desenvolvimento após a
segunda guerra mundial.
se proceder a filtragem das portadoras para sua separação, sendo utilizada em seu lugar uma
amostra do sinal recebido para aplicação da Transformada Direta de Fourier.
Onde m(t) pode ser uma seqüência binária que se deseja transmitir, e (cn = in + jqn ) é
o sinal complexo mapeado nos sinais (in) em fase e (qn) em quadratura. A seguir o conversor
série paralelo transforma o sinal em N feixes de símbolos complexos paralelos que modulam
as subportadoras complexas. Acontece então a modulação da função co-seno de freqüência
angular wn pela parte real e a função seno de wn sendo modulada pela parte imaginária. O
espaçamento entre as subportadoras é igual ao inverso do tempo do símbolo OFDM sendo
que o conjunto das N subportadoras adjacentes é ortogonal.
Considerando um canal ideal sem ruído, sem distorção tem-se uma detecção sem erros
porque como já mencionado anteriormente as subportadoras são ortogonais entre si, não
existindo interferências ICI entre as N subportadoras recebidas. Uma vez que todas as
subportadoras possuem o mesmo número inteiro de ciclos dentro do intervalo do símbolo em
'T' segundos, a detecção das componentes i'n pode ser representada por:
32
Isto se repete para todas as componentes do sinal r(t), uma vez que todas as
subportadoras tem um número inteiro de ciclos no intervalo de duração do símbolo. Para que
não ocorra a perda de ortogonalidade entre as portadoras o sincronismo entre a transmissão e
a recepção é essencial. Várias técnicas são empregadas para garantir o sincronismo entre os
osciladores de transmissão e os de recepção. Uma delas consiste em utilizar portadoras
'piloto' que carregam um sinal de referências para o receptor. Nas técnicas atuais as
portadoras piloto não transportam conteúdo do sinal a ser transmitido, mas ajudam o receptor
a sincronizar a fase e a freqüência dos osciladores. Uma estimação do canal também pode ser
realizada através das portadoras piloto. As portadoras, não carregando informação, isto é, não
sendo moduladas com informação, fornecem em suas amplitudes para o receptor, uma idéia
da atenuação oferecida pelo canal em suas respectivas freqüências. Fazendo-se uma
interpolação entre as amplitudes das portadoras piloto, estima-se a resposta em freqüência do
canal.
33
2.4 PAIRWISE-MRN
recuperar a informação transmitida pelos dois usúarios. Cada usúario recebe apenas o sinal
do seu vizinho de subcluster que está transmitindo.
Figura 2.4 – Exemplo da fase BC com seis usúarios no cluster igualmente divididos
em dois subclusters.
Na fase BC, conforme ilustra a Figura 2.4, o retransmissor produz três combinações
lineares binárias diferentes a partir das seis informações recebidas de cada usúario. Estas
serão transmitidas para todos os usúarios em três diferentes TS. As combinações lineares
binárias são formadas selecionando-se a informação oriunda de um usúario do subcluster C1
com a de outro do subcluster C2. O exemplo ilustrado na Figura 2.5 sugere as seguintes
combinações lineares: x1,1⊕x2,1, x1,2⊕x2,2 e x1,3 ⊕ x2,3. Cada usúario forma um
sistema com essas três equações lineares, pois cada um conhece pelo menos um dos dois
38
sinais de cada combinação linear transmitida. Assim, cada usúario é capaz de resolver o
sistema usando as técnicas de NC [Yeung, Li e Cai 2006]. Deve ficar claro que, em todas as
estratégias de transmissão consideradas nesta tese, ao final da fase MAC cada usúario terá
conhecimento da sua própria informação, assim como, da informação de seus vizinhos de
subcluster.
2.6 MASSIVE-MRN
O exemplo da fase MAC ilustrado na Figura 2.5 tem dois subclusters, C1 e C2, sendo
os usúarios U1,1, U1,2 e U1,3 pertencentes ao sucluster C1, e os usúarios U2,1, U2,2 e U2,3
ao sucluster C2. O usúario U1,1, por exemplo, transmite o sinal x1,1 para o retransmissor (R)
pelo canal com ganho h1,1, para o usúario U1,2 usando o canal com ganho h1,1,2, e para o
usúario U1,3 por meio do canal com ganho h1,1,3. Na Figura 2.6 o ganho de canal com dois
índices, denominado por hq,v, refere-se ao canal formado entre o usúario e o retransmissor
quando o usúario transmite o seu sinal. Já o ganho de canal com três índices, hq,v,v0 , está
relacionado ao canal entre o usúario transmissor e o receptor, ambos pertencentes ao mesmo
subcluster, em que v representa o usúario transmissor e v 0 o receptor. No exemplo da Figura
6, em um único TS da fase MAC, cada usúario irá formar três canais de transmissão, um com
o retransmissor e os demais com os outros dois usúarios do subcluster. Cada usúario terá dois
canais de recepção formados com os seus vizinhos de subcluster. Fica claro, quando
40
2.7 PARTIAL-MRN
Figura 2.6 – Exemplo da fase MAC da estratégia de transmissão partialmRN com seis
usúarios igualmente divididos em dois subclusters.
Considere que cada usúario tem o mesmo número de bits de informação, B, para
transmitir. Cada bloco de B bits é dividido em K pacotes de informação, cada um contendo k
= B/K bits. Cada pacote de informação é codificado, resultando em um pacote com n
símbolos complexos. Assim, a taxa de mensagem, r, é definida como :
em que E[·] representa o valor esperado e N é o número total de pacotes transmitidos até que
os B bits de informação sejam decodificados com sucesso por todos os receptores
pretendidos. E importante ressaltar que N depende da qualidade do estado do canal a cada
transmissão. Portanto, ela é uma variável aleatória. Da mesma forma que foi feito em [Castro
2016], se p é a probabilidade de sucesso dos pacotes transmitidos, então, E[N] = K/p.
45
em que C é a capacidade de canal instantânea [Tse e Viswanath 2005]. Para outros canais, tais
como os canais de múltiplo acesso, o evento de sucesso dado pela inequação r < C pode ser
substituído por uma série de inequações, chamada de região de capacidade. Em um sentido
ainda mais amplo, o evento de sucesso para as fases MAC e BC de uma estratégia de
transmissão é descrito como um conjunto de restrições, que será apresentado mais adiante na
Seção 4.4. Desta forma a taxa efetiva pode ser reescrita como:
R(r) = p(r) · r,
na qual a taxa efetiva é uma função da taxa de mensagem e sua correspondente probabilidade
de sucesso. Observe que a probabilidade de sucesso é uma função decrescente da taxa de
mensagem. Portanto, existe um valor ótimo da taxa de mensagem que maximiza a taxa
efetiva, que é chamado de taxa efetiva máxima e é definido como:
numéricos fornecem uma boa compreensão da proposta. Um canal de acesso múltiplo na fase
MAC para U usúarios transmitindo simultaneamente é aqui referido como MAC(U). Assim,
pode se denominar R∗ MAC(U) como a taxa efetiva máxima para MAC(U). A fase MAC de
uma estratégia de transmissão pode ter um ou diversos MAC(U)’s. Por sua vez, denomina-se
R∗ BC a taxa efetiva máxima na fase BC. Desta forma, a taxa efetiva máxima para a
estratégia de transmissão pairwise-mRN é:
e para a partial-mRN é
As equações (4.7), (4.8) e (4.9) põem em evidência o fato de a fase MAC controlar a
taxa efetiva máxima, tendo em vista que a fase BC é a mesma para todas as estratégias
propostas.
Para obter os valores de taxa efetiva que são apresentados neste capítulo, foi utilizada
a seguinte metodologia:
• Para cada enlace existente, entre usúario e retransmissor e com os usúarios entre si,
uma realização do canal é gerada.
• A partir da realização de cada canal, é definida a região de capacidade em cada
receptor, aplicando (4.12), (4.13) ou (4.14) durante a fase MAC e (4.15) na fase BC.
Como as fases MAC e BC são independentes, resultados diferentes são esperados para
cada uma.
• Para que seja contabilizado um sucesso em uma realização dos diversos canais
independentes, a equação (4.3) deve ser atendida para cada enlace existente na fase.
• Após diversas realizações de canal para cada enlace (repetindo os 3 primeiros passos),
é possível obter a probabilidade de sucesso, fazendo a razão do número de sucessos
pela quantidade de realizações feitas.
• A taxa efetiva máxima de cada fase é obtida aplicando-se a equação (4.5), e a taxa de
mensagem ótima através da equaão (4.6), para cada uma das duas fases, MAC e BC.
• Uma vez obtida a taxa efetiva máxima em cada uma das fases, basta aplicar uma das
equações (4.7), (4.8) ou (4.9), para cada uma das estratégias de transmissão, pairwise-
mRN, massive-mRN ou partial-mRN, respectivamente, a fim de obter a taxa efetiva
máxima da troca de informação entre todos os usúarios do cluster.
52
• No caso de a taxa de mensagem ser fixa, na equação (4.5) ao invés de usar a taxa de
mensagem ótima, aplica-se a taxa de mensagem fixa definida previamente, e calcula-
se a taxa efetiva por meio das equações (4.7), (4.8) ou (4.9).
Para obter os resultados de taxa efetiva máxima, considerou-se que no modelo de rede
g-mRN há apenas um cluster contendo M = 4, 6 ou 8 usúarios. Estes são igualmente divididos
em dois subclusters. Os modelos dos canais seguem uma distribuição Gaussiana complexa
conforme apresentado no Capítulo 2. A SNR varia na faixa de 0 a 50 dB, e para cada um
destes valores foram consideradas 10.000 realizações de canal para obter a probabilidade de
sucesso. Os resultados de taxa efetiva máxima, para cada uma das estratégias de transmissão,
com relação á variação da SNR, são apresentados nas Figuras 3.1, 3.2 e 3.2.
Figura 3.1 – Taxa efetiva máxima das estratégias de transmissão para M = 4 usúarios.
53
três figuras que representam a taxa efetiva máxima, está claro que a estratégia de transmissão
massive-mRN é a que apresenta o melhor desempenho de taxa efetiva máxima com a variação
da SNR. Isso se deve ao fato de que ela requer menos TS para completar a troca de
informações do que as outras duas estratégias de transmissão. Apesar de ser a estratégia com
maior complexidade para decodificar os sinais chegando aos circuitos receptores, devido á
grande quantidade de sinais sobrepostos (conforme foi apresentado na Tabela 2), o ganho de
diversidade temporal, dado pelo uso de uma menor quantidade de TS, estabelece o melhor
desempenho de taxa efetiva máxima a essa estratégia de transmissão. Ainda, as figuras
mostram que a estratégia partial-mRN tem um desempenho intermediário dentre as três,
conforme já era esperado.
A seguir são apresentados resultados com as taxas de mensagem ótimas que levaram
áqueles de taxa efetiva máxima. Como a taxa de mensagem ótima é diferente para cada
estratégia de transmissão durante a fase MAC, e ela é igual para todas as estratégias na fase
BC, então, nos resultados, apresentamos apenas uma curva mostrando a fase BC e uma para
cada estratégia de transmissão durante a fase MAC. Assim, as Figuras 3.4, 3.5 e 3.6
representam as taxas de mensagem ótimas para M = 4, 6 e 8 usúarios, respectivamente. Pode
ser visto que a estratégia massive-mRN opera com a menor taxa de mensagem ótima na fase
MAC. Apesar disso implicar em uma menor quantidade de informação por pacote
transmitido, o uso de uma menor quantidade de TS para completar o processo de
comunicação compensa essa perda. Também é importante observar que a fase BC é a que tem
o melhor desempenho de taxa de mensagem ótima, seguida, respectivamente, pelas estratégias
pairwise-mRN, partial-mRN e massive-mRN. Isto quer dizer que a transmissão do
retransmissor para os usúarios (fase BC) é a que pode conter uma maior quantidade de
informação com o aumento da SNR. Este desempenho superior da fase BC deve-se ao fato de
que todas as conexões entre o retransmissor e usúarios são ponto-a-ponto sem sobreposição de
sinais. Comparando com a estratégia pairwise-mRN, na qual apenas um usúario de cada um
dos dois subclusters transmite em cada TS, não há sobreposição de sinal chegando aos
usúarios vizinhos de subcluster daquele que transmitiu, entretanto, há sobreposição no
retransmissor. Por isso que o desempenho da estratégia pairwise-mRN é um pouco pior do
que o da fase BC.
55
Sob um outro olhar, a Figura 3.4 mostra a variação da taxa efetiva máxima dada a taxa
de mensagem ótima de cada estratégia, considerando M = 6 usúarios. Cada ponto registrado
nas curvas representa um valor de SNR, que cresce entre 0 e 50 dB com intervalo de 2 dB
entre cada ponto mostrado. Como a taxa de mensagem ótima é independente nas duas fases,
MAC e BC, o desempenho de taxa efetiva máxima foi dado para cada fase. Como a fase BC é
igual para todas as estratégias de transmissão, então elas foram distinguidas apenas na fase
MAC. Note que o desempenho de taxa efetiva máxima apresentado nessas figuras é diferente
daquele mostrado na Figura 3.7, porque seus resultados representam a taxa efetiva máxima
para que os usúarios completem a troca de informações entre si. Pela Figura 3.7 é possével
visualizar a diferen¸ca de desempenho das estratégias de transmissão, uma vez que todas
compartilham de uma mesma fase BC. A estratégia de transmissão pairwise-mRN alcanção a
maior taxa de mensagem ótima, enquanto a massive-mRN, a maior taxa efetiva máxima.
Durante a fase BC, a medida que a SNR aumenta, há uma melhora significativa tanto
no desempenho de taxa efetiva máxima, como na taxa de mensagem ótima. Na fase BC o
retransmissor transmite os sinais recebidos a todos os usúarios do cluster por meio de um
enlace ponto-a-ponto com cada um. Portanto, não há sobreposição de sinais transmitidos. Isto
leva a um desempenho de taxa efetiva máxima levemente superior ao obtido pela estratégia
pairwise-mRN durante a fase MAC para valores de SNR ≤ 30 dB. No caso de SNR > 30 dB,
57
Quando a SNR não estiver disponível para os transmissores, eles não poderão operar
na taxa de mensagem ótima. Neste caso, uma taxa de mensagem fixa deve ser adotada. Esta
não precisa ser a mesma para as fases MAC e BC, já que as fases são independentes entre si.
Tabela 3 – Valores de taxa de mensagem ótima (r ∗ ) e taxa efetiva máxima (R∗ ) para
determinados valores de SNR, considerando M = 6.
Entretanto, por conveniência nas simulações realizadas uma mesma taxa de mensagem
foi adotada em ambas as fases. A taxa efetiva será agora avaliada considerando as seguintes
taxas de mensagem fixa: r = 1, 2, 3 e 4 [bits de informação/símbolo complexo], iguais tanto
para a fase MAC como para a fase BC. O número de usúarios no cluster foi fixado em M = 6,
pois o interesse aqui é ilustrar o comportamento da taxa efetiva considerando diferentes taxas
de mensagem fixa. A taxa efetiva é dada por (4.4), pois a taxa de mensagem é independente
do canal devido ter sido previamente definida. Logo, as Figuras 3.7, 3.8 e 3.9 retratam a
variação da taxa efetiva com o aumento da SNR, considerando diversos valores de taxa de
mensagem. A taxa efetiva máxima é também representada nas figuras como a referência
teórica de limite superior.
58
O comportamento típico da taxa efetiva tem como valor zero para valores
baixos de SNR, até atingir um certo limiar. Então, a taxa efetiva come¸ca a aumentar á medida
que a SNR aumenta, atingindo um determinado ponto, no qual ela satura.
Figura 3.8 – Taxa efetiva da estratégia massive-mRN para distintas taxas de mensagem fixas.
Repare nas Figuras 3.7, 3.8 e 3.9 que algumas das taxas efetivas, resultantes de taxas
de mensagem fixas, alcan¸cam ou praticamente tocam a curva que representa a taxa efetiva
máxima, para alguns valores de SNR. Isto acontece quando a taxa de mensagem fixa, r, é
igual ou aproximadamente igual á taxa de mensagem ótima, r ∗ , naquele valor de SNR, tanto
na fase MAC como na BC. Quando isso não ocorre, significa que as taxas de mensagem pré-
fixadas não se igualam á taxa de mensagem ótima em pelo menos uma das fases, já que é
possível ter taxas de mensagem ótimas distintas nas fases MAC e BC.
60
CONCLUSÃO
A partir do estado da arte e da topologia apresentada na Figura 1.3, foi possível propor
um novo modelo geral de sistema para uma mRN, que foi chamado de g-mRN. Com ele, é
possível representar uma grande quantidade de topologias práticas, inclusive as já existentes
no estado da arte. Portanto, o g-mRN é uma das contribuições desta tese.
No g-mRN, os usúarios que desejam trocar suas informações entre si são agrupados
em clusters, sendo que aqueles próximos o suficiente para haver um enlace direto entre eles
fazem parte de um mesmo subcluster. Um retransmissor é responsável por receber as
informações dos usúarios e distribuí-las a todos os demais, por isso, é necessório que exista
um enlace entre o retransmissor e cada usúario.
Esta tese traz também como contribuição a proposta de três novas estratégias de
transmissão para uma mRN, denominadas: pairwise mRN, massive-mRN e partial-mRN.
Nestas estratégias de transmissão os usúarios transmitem para o retransmissor e, também, para
seus vizinhos de subcluster. O retransmissor, por sua vez, transmite para todos os usúarios os
sinais recebidos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFIA
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