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Aula 03

CNU - Concurso Nacional Unificado -


Língua Portuguesa (Pré-Edital)

Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas

02 de Outubro de 2023

83777558583 - Felipe Santos Barbosa


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Índice
1) Noções iniciais de pronomes
..............................................................................................................................................................................................3

2) Pronomes
..............................................................................................................................................................................................4

3) Questões Comentadas - Pronomes - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
26

4) Lista de Questões - Pronomes - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
33

5) Colocação Pronominal
..............................................................................................................................................................................................
38

6) Questões Comentadas - Colocação pronominal - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
47

7) Lista de Questões - Colocação Pronominal - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
62

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NOÇÕES INICIAIS
Olá, pessoal!
Vamos estudar agora mais um pouco de Classes de Palavras. Nesta aula daremos enfoque aos Pronomes e à
Colocação dos pronomes átonos.
Normalmente, o que mais temos dificuldade é em relação à classificação dos Pronomes, em especial quando
nos deparamos com Pronomes Relativos, Indefinidos, Demonstrativos.... mas não se preocupe, traremos
questões que exemplificam seu uso.

Em se tratando de Colocação pronominal, tenha em mente que a maioria das Gramáticas traz como parte
do estudo da Sintaxe, mas, por uma questão didática, traremos nesta aula junto dos Pronomes.
Tenha em mente que Colocação Pronominal e refere-se diretamente à posição dos pronomes oblíquos na
oração. Para já aquecer, são pronomes pessoais oblíquos átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes

Nas provas de concurso, esses dois assuntos são bastante abordados pelas Bancas, por isso muito carinho e
atenção a esta aula!

Grande abraço e ótimos estudos!

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PRONOMES
Os pronomes são palavras que representam (substituem) ou acompanham (determinam) um termo
substantivo. Esses pronomes vão poder indicar pessoas, relações de posse, indefinição, quantidade,
familiaridade, localização no tempo, no espaço e no texto, entre outras.

Quando acompanham um substantivo, são classificados como “pronomes adjetivos” e quando substituem
um substantivo, são classificados como “pronomes substantivos”.

Ex: Estes livros são do Mario, aqueles são do Ricardo.

Verificamos que “estes” é um pronome adjetivo, pois modifica o substantivo “livros”.

Por outro lado, o pronome “aqueles” é classificado como pronome substantivo, pois não está ligado a um
substantivo, mas sim “na própria posição” do substantivo “livros”, que não aparece na oração, estando
apenas implícito, representado pelo pronome.

Vamos aos apontamentos principais sobre essa importante classe que lhe garantirá mais pontos em sua
prova.

Pronomes Interrogativos
Servem basicamente para fazer frases interrogativas diretas (com ponto de interrogação) ou indiretas (sem
ponto de interrogação, mas com “sentido/intenção de pergunta”).

São eles: “Que, Quem, Qual(is), Quantos”.


Ex: (O) que é aquilo? => nessa frase, “o” é expletivo e pode ser retirado
Quem é ele?
Qual a sua idade? / Quantos anos você tem?

Nas interrogativas indiretas, não temos o (?), mas a frase tem uma intenção interrogativa e normalmente
envolve verbos com sentido de dúvida “perguntar, indagar, desconhecer, ignorar”...
Ex: Perguntei o que era aquilo. Indaguei quem era ele.
Não sei qual sua idade. Desconheço quantos anos você tem.

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Observe a frase “O que é que ele fez”. Nesse caso apenas o primeiro “que” é pronome interrogativo. Os
termos sublinhados são expletivos, com finalidade de realce.

Pronomes Indefinidos
Os pronomes indefinidos são classes variáveis que se referem à 3ª pessoa do discurso e indicam quantidade,
sempre de maneira vaga.
São eles:

NINGUÉM - NENHUM - ALGUÉM - ALGUM - ALGO - TODO - OUTRO


TANTO - QUANTO - MUITO - BASTANTE - CERTO - CADA - VÁRIOS
QUALQUER - TUDO - QUAL - OUTREM - NADA - MENOS - QUE - QUEM
UM (QUANDO EM PAR COM "OUTRO")

Ex: Recebi mais propostas e tantos elogios.


Muita gente não chegou a tempo de fazer a prova.
O professor tem pouco dinheiro.
Vamos tentar mais dieta, menos doces.
Nada é por acaso, tudo estava escrito.

Há também expressões de valor indefinido, as locuções pronominais indefinidas:

QUALQUER UM - CADA UM/ QUAL - QUEM QUER QUE


SEJA QUEM/ QUAL FOR - TUDO O MAIS - TODO (O) MUNDO
UM OU OUTRO - NEM UM NEM OUTRO...

As palavras certo e bastante são pronomes indefinidos quando vêm antes do substantivo.
Quando vierem depois do substantivo, certo e bastante e serão adjetivos.
Veja a diferença
Ex: Quero certo modelo de carro x Quero o modelo certo de carro
(determinado) (adequado)
Tenho bastante dinheiro X Tenho dinheiro bastante
(muito) (suficiente)

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Atenção à palavra bastante, que pode ser confundida com um advérbio:

Cuidado com a ordem da expressão!

Tenho bastante talento.


Já temos bastantes aliados
(modifica substantivo => pronome indefinido. Tem sentido de "muito").

Já temos aliados bastantes


(modifica substantivo => adjetivo. Tem sentido de “suficientes”).

Sou bastante talentoso


(modifica adjetivo => advérbio)
Estudei bastante
(modifica verbo => advérbio)

(DPE-RS / 2022)
O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem do ser
humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam inevitáveis, todas as
inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e vistas com muito
cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também para não
restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a insubstituível
humanidade da justiça.

No último parágrafo do texto, o emprego dos vocábulos “muito” e “sempre” enfatizam a opinião expressa
pelo autor.
Comentários:
Em “muito cuidado”, “muito” é pronome indefinido, pois modifica substantivo, com ideia de quantidade
vaga, imprecisa.
Por definição, advérbio é palavra invariável que modifica verbo (trabalho muito), adjetivo (muito bonito) ou

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outro advérbio (muito bem); não pode modificar substantivo. Questão incorreta.

(CGM JOÃO PESSOA / 2018)


Os sentidos originais do texto seriam alterados caso, em “...hierarquias que colocam certas pessoas (negros,
pobres e mulheres) implacavelmente debaixo da lei.”, a palavra “certas” fosse deslocada para
imediatamente após “pessoas”.
Comentários:
Veja a mudança de sentido que ocorreria com a inversão:
Certas pessoas (Certas é pronome indefinido, indicando pessoas indefinidas, algumas pessoas, quaisquer
pessoas).
Pessoas certas (Certas é adjetivo, indicando pessoas específicas, exatas, corretas). Questão correta.

(SEDF / 2017)
Qualquer língua, escrita ou não, tem uma gramática que é complexa. Do ponto de vista naturalista, não faz
sentido afirmar que há gramáticas melhores e gramáticas piores.
A palavra “Qualquer” foi empregada no texto no sentido de toda.
Comentários:
Exato. O pronome indefinido “todo” antes de um substantivo, sem artigo, tem sentido geral, de “qualquer”.
Se inseríssemos um artigo, teríamos sentido de “completude”, “inteireza”: Toda a língua tem uma gramática
complexa. (a língua inteira, por completo, tem uma gramática complexa). Questão correta.

Pronomes Possessivos
Esses pronomes têm sentido de posse e geralmente aparecem em questões sobre ambiguidade ou
referência, pois podem se referir à:
Primeira pessoa do discurso: meu(s), minha(s), nosso(s) nossa(s);
Segunda pessoa do discurso: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s);
Terceira pessoa do discurso: seu(s), sua(s).

É importante salientar que o pronome pessoal oblíquo (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) também pode ter
“valor” possessivo, ou seja, sentido de posse:
Ex: Apertou-lhe a mão (= sua mão);
Beijou-me a testa (= minha testa);
Penteou-lhes os cabelos (= cabelos delas).

Observe que o pronome oblíquo está preso ao verbo pelo hífen, mas sua relação sintática é com o
substantivo objeto da posse ("mão", "testa", "cabelos"). Trata-se de um adjunto adnominal.

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É importante saber que pronomes possessivos:


- Concordam com em gênero e número com o substantivo que vem depois dele.
- Vêm junto ao substantivo, são acessórios e têm função de adjunto adnominal.

Eu respeito o Português por sua importância na prova.


(importância “do Português")

Observe que “sua” é adjunto adnominal, pois vem junto ao nome "importância" e concorda com
ele em gênero (feminino), apesar de seu referente ser “Português”, palavra no masculino.
==315152==

Perceba-se também sua função coesiva de retomar termos anteriores.

(TCE-RJ / 2022)
Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas ao
máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de uma velha corrente positivista do pensamento
político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a democracia talvez tenha tido
sua época, mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal estamos prestes a automatizar e
simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido — deliberadamente — incorporadas ao sistema
político.
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.

No segundo período do terceiro parágrafo, a forma pronominal “sua” tem como referente o termo “essa
corrente”.
Comentários:
Vejamos o trecho e seus elementos:
a democracia talvez tenha tido sua época. Note que "sua", pronome pessoal, refere-se a "democracia" e está
flexionado no feminino por causa do termo que o acompanha, "época". Questão incorreta.

(SEFAZ-RS / 2018)
Mesmo agora, quando já diviso a brumosa porta da casa dos setenta, um convite à viagem tem ainda o poder
de incendiar-me a fantasia.
Com relação ao trecho “incendiar-me a fantasia”, é correto interpretar a partícula “me” como o possuidor
de “fantasia”.
Comentários:

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Aqui, temos exemplo clássico de pronome pessoal com sentido possessivo:


Incendiar-me a fantasia equivale a “incendiar minha fantasia”. Questão correta.

(DPU / 2016 - Adaptada)


A partir de então, a chamada assistência judiciária praticamente evoluiu junto com o direito pátrio. Sua
importância atravessou os séculos, e ela passou a ser garantida nas cartas constitucionais.
O pronome “Sua” delimita o significado do substantivo “importância”, funcionando, na oração em que
ocorre, como um termo acessório.
Comentários:
O pronome sua de fato delimita o significado de “importância” pois equivale a “importância da assistência
judiciária”. Não é qualquer importância, é um importância específica, delimitada pelo pronome possessivo.
Esse pronome funciona como adjunto adnominal (está junto ao substantivo) que é termo acessório. Questão
correta.

Pronomes Demonstrativos
São pronomes demonstrativos:

ESTE(S) - ESTA(S) - ESSE(S) - ESSA(S) - AQUELE(S) - AQUELA(S)

AQUELOUTRO(S) - AQUELAOUTRA(S) - ISTO - ISSO - AQUILO - O - A -


OS- AS - MESMO(S) - MESMA(S) - PRÓPRIO(S) - PRÓPRIA(S) - TAL -
TAIS - SEMELHANTE(S)...

Pronomes demonstrativos apontam, demonstram a posição dos elementos a que se referem em relação às
pessoas do discurso (1ª pessoa: que fala; 2ª pessoa: para quem se fala / que ouve; 3ª pessoa: de quem se
fala), no tempo, no espaço e no texto.

Função Textual do Pronome: anáfora e catáfora


Como vimos, o pronome pode fazer referências dentro do texto.

Quando um pronome retoma algo que já foi mencionado antes, dizemos que tem função anafórica.

Quando anuncia ou se refere a algo que ainda está para ser dito, tem função catafórica.

Ex: Não gosto de estudar. Apesar disso, estudei muito.

Eu só pensava nisto: passar no concurso.

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Nos casos acima, a referência é feita dentro do texto; então, podemos dizer que o pronome tem função
endofórica. “Endo” significa “dentro”.

Na Aula sobre Coesão e Coerência trabalharemos com mais detalhes sobre esse assunto, ok?!

Função Exofórica (Dêitica):


Quando pronomes se referem a elementos fora do texto, como tempo e espaço (contexto externo ao texto
escrito em si), a gramática diz que eles têm função DÊITICA, ou exofórica (fora), nesse caso o valor semântico
vai depender da situação de produção do texto, de onde foi escrito, quando, por quem.

Ex: Neste país, neste momento, este autor que vos fala está deprimido.

A referência dos pronomes destacados dependerá de onde e quando a mensagem é lida. O pronome "este"
também remete a informação fora do texto, pois precisamos saber quem escreveu a frase. Então, tais
pronomes têm referência exofórica (“dêitica”).

Vejamos o uso dos demonstrativos indicando “tempo" e "espaço”:

Tempo:

✓ este(s), esta (s), isto: indicam tempo presente, período corrente


Ex: Este domingo vai ter jogo do Barcelona.
Ex: Neste verão viajarei para o Caribe.

✓ esse(s), essa (s), isso: indicam passado recente ou futuro próximo


Ex: Esse domingo haverá jogo do Barcelona.
Ex: Nesse verão sofri demais com o calor.

✓ aquele(s), aquela (s), aquilo: indicam passado ou futuro distante


Ex: Aquela década de 70 foi completamente perdida.
Ex: Aquele intercâmbio que faremos em 10 anos será caríssimo.

Espaço:

✓ este(s), esta (s), isto: apontam para referente perto do falante


Ex: Este violão aqui na minha mão é de madeira maçiça.
Ex: Estes meus cabelos estão uma verdadeira palha.

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✓ esse(s), essa (s), isso: apontam para perto do ouvinte


Ex: Esse violão aí na sua mão é de madeira maciça.
Ex: Isso é roupa que se vista num casamento? Troque-a já!

✓ aquele(s), aquela (s), aquilo: apontam para longe do falante/ouvinte


Ex: Aquela pintura lá em cima é um afresco.
Ex: Aquilo não é um pássaro, nem um avião; é só um balão caindo.

Quando apontam para o espaço, o referente está fora do texto, então dizemos que o pronome tem uso
“dêitico”.

Texto:

✓ este(s), esta (s), isto: apontam ao que será mencionado (anuncia)


Ex: Esta é sua nova senha: ynot.xp$%; memorize-a.
Ex: Isto era importante para ela: dinheiro, sucesso, prestígio.

✓ esse(s), essa (s), isso: apontam para o que já foi mencionado


Ex: João passou em primeiro lugar, esse cara é bom.
Ex: Dinheiro, sucesso, prestígio, isso tudo é sim importante (resumitivo).

✓ aquele(s), aquela (s), aquilo: apontam para o antecedente mais distante, enquanto este aponta para o
mais próximo:
Ex: João e Maria são concursados, esta do Bacen, aquele do TCU.
Ex: Aquilo não é um pássaro, nem um avião; é só um balão caindo.

Podemos usar “este” para referência ao elemento anterior mais próximo, o que faz a oposição ao “esse” não
ser tão rigorosa na prática:

Ex: Precisamos respeitar o professor, pois este é um grande formador moral.

A prescrição rigorosa é que se use “este” para se referir ao ser mais próximo, em oposição ao “aquele”,
usado para o mais distante, no caso específico em que tenhamos dois referentes já mencionados. Devemos
também evitar usar “esse” ou ”isso” para algo que ainda vai ser dito.

Outros pronomes demonstrativos:


As palavras o, a, os, as também podem ser pronomes demonstrativos, geralmente quando antecedem um

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pronome relativo ou a preposição “DE”. Veja:


Ex: Entre as cuecas, comprei a de algodão. (aquela)
Entre as cuecas, comprei as que eram de algodão. (aquelas)
Quero o que estiver em promoção. (aquilo)
Sabia que devia estudar, mas não o fiz. (isso - estudar)
Ela parece legal, mas não o é. (isso – não é legal)

Não confunda!! Essas palavras também podem ser artigos definidos (a menina caiu) ou pronomes pessoais
(encontrei-as na praia).

Retomando os exemplos:
Entre as cuecas, comprei a de algodão. (aquela)
Entre as cuecas, comprei as que eram de algodão. (aquelas)

Há uma corrente minoritária, encabeçada principalmente pelos gramáticos Bechara e Celso


Pedro Luft, que consideram que o “a” é na verdade um artigo diante de um substantivo
implícito:
Entre as cuecas, comprei a [cueca] de algodão.
Entre as cuecas, comprei as [cuecas] que eram de algodão.

Mesmo sendo um entendimento minoritário, é importante trazer.

Aproveito para ressaltar que os pronomes em geral têm essa função de retomada de elementos anteriores
(função coesiva). Então, os pronomes pessoais, os possessivos, demonstrativos, os indefinidos se referem a
outras partes do texto, substituindo informação apresentada.

Além desses, há outros pronomes demonstrativos. Vejamos:


Não diga tais/semelhantes besteiras. (essas besteiras)
Sei que está triste, mas não diga tal. (não diga isso)
Ele próprio se demitiu. (ele em pessoa, sozinho; valor reforçativo)
Eu mesma cozinho a comida/ Cozinho do mesmo modo que minha mãe. (próprio, em pessoa
/ exato, igual).

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(MPE-GO / 2022) - Adaptada


“Este livro é sobre uma das ideias mais importantes da humanidade – a ideia do alfabeto – e a sua forma
mais difundida: o sistema de letras que você está lendo neste momento.”

Analise a afirmação sobre o elemento sublinhado nesse pequeno fragmento do texto 1:


O demonstrativo “neste” indica o momento em que foi escrito o texto.
Comentários:
Note que o pronome demonstrativo “neste” indica o momento em que o leitor está lendo o texto, e não em
que foi escrito. Questão incorreta.

(STM / 2018)
Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras
variantes, estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e
Torrinhas, algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
Na linha 1, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de modo que sua substituição
por nesse resultaria em incorreção gramatical.
Comentários:
O autor fala em primeira pessoa, em referência ao próprio escritório em que está, o escritório próximo.
Então, a forma correta é “neste”. O pronome “nesse” faria referência a um escritório próximo de quem
ouve. Questão correta.

(MPU / 2018)
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se
aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de uma
teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
Na expressão “fazê-lo” (l.3), a forma pronominal “lo” retoma a ideia de agir para tentar evitar uma
calamidade.
Comentários:
Sim. Aqui, temos o “pronome demonstrativo neutro":
Fazê-lo = Fazer isso (o que foi mencionado: agir para tentar evitar uma calamidade). Questão correta.

(TCE-PB / 2018 - Adaptada)


No trecho “O que faz com que a memória se torne seletiva não é o mundo atual, informatizado, rápido e
denso em informações. Ela o é por definição, já que sua porta de entrada é um funil poderoso”, o termo “o”
— em “Ela o é por definição” — remete ao elemento “um funil poderoso”.
Comentários:
Aqui, temos o “o” como pronome demonstrativo, retomando o adjetivo “seletiva”:
Ela o é por definição => Ela é seletiva por definição. Questão incorreta.

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Pronomes Relativos
Os principais são: que, o qual, cujo, quem, onde.
Esses pronomes retomam substantivos antecedentes, coisa ou pessoa, e, por isso, têm função coesiva
(retomar ou anunciar informação) e se prestam a evitar repetição.
Podem ser variáveis, quando se flexionam (gênero, número), ou invariáveis, quando trazem forma única.
Vejamos:

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

MASCULINOS FEMININOS
o qual (os quais) a qual (as quais) quem
cujo (cujos) cuja (cujas) que
quanto (quantos) quanta (quantas) onde

Como disse, são ferramentas para evitar a repetição.


Vejamos um parágrafo escrito num mundo sem pronomes relativos:

O aluno foi aprovado. O aluno é primo de João. João tem mãe. A mãe de João é professora. A mãe
do João foi professora da menina. A menina roubava livros. Os livros eram caríssimos. Os livros foram
comprados numa loja distante. Havia muitos enfeites na loja. Perguntaram a várias pessoas a
localização da loja. As pessoas não souberam responder.

Vejam que tortura!! O texto não está articulado, não há elementos de coesão. A leitura fica truncada, sem
fluidez.

Agora vamos usar pronomes relativos para retomar os antecedentes e evitar toda essa repetição de termos:

O aluno que foi aprovado é primo de João, cuja mãe foi professora daquela menina que
roubava livros, os quais eram caríssimos e foram compradas numa loja onde havia muitos
enfeites. As pessoas a quem perguntaram a localização da loja não souberam responder.

Muito melhor, não acha?!

Vamos aos pontos mais importantes, que você deve saber para sua prova:
1- Os pronomes relativos introduzem orações subordinadas adjetivas, que levam esse nome por terem a
função de um adjetivo e, muitas vezes, podem ser substituídas diretamente por um adjetivo equivalente:
Ex: O menino estudioso passa = O menino que estuda muito passa.
Eu quero um carro potente = Eu quero um carro que seja potente.

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2- Como o “que” faz referência a um termo anterior, podemos dizer que tem função anafórica.

3- Os pronomes “que”, “o qual”, “os quais”, “a qual”, “as quais” são utilizados quando o antecedente for
coisa ou pessoa.

Destaco também que o pronome relativo “o qual” e suas variações muitas vezes é usado para desfazer
ambiguidades. Como ele varia, a concordância em gênero e número denuncia a que termo ele se refere.
Vejamos o exemplo:
Ex: A representante do partido, que é popular, foi elogiada.
Quem é popular? O “que” pode retomar representante ou partido. Fica a dúvida.

Agora, com a troca por um pronome relativo variável, a ambiguidade é desfeita:


Ex: A representante do partido, a qual é popular, foi elogiada.

Antes do relativo “que”, devemos usar preposição monossilábica (“a, com, de, em, por;
exceto sem e sob”).
Com preposições maiores (ou locuções prepositivas), usaremos os pronomes variáveis (o
qual, os quais, a qual, as quais).
Compare:
Este é o livro de que gostamos
x
Este é o livro sobre o qual falamos

Além disso, lembre-se: se há um nome ou verbo que peça preposição, esta deve vir obrigatoriamente antes
do pronome relativo.
A supressão dessa preposição causa erro:
Ex: Este é o livro que gostamos => Este é o livro de que gostamos
Este é o livro o qual falamos. => Este é o livro sobre o qual falamos.

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(PGE-AM / 2022)
Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho de sandice, que um médico supôs achar-
lhe? (2º parágrafo).
Os pronomes sublinhados referem-se, respectivamente, a
(A) um médico e grãozinho de sandice.
(B) Quincas Borba e Rubião.
(C) Quincas Borba e grãozinho de sandice.
(D) grãozinho de sandice e Rubião.
(E) grãozinho de sandice e Quincas Borba
Comentários:
O que o médico achou? Um grão de sandice. Em quem? No Quincas Borba. Então, podemos dizer que o
pronome relativo "que" tem como antecedente o "grãozinho de sandice" e o "lhe" retoma "Quincas Borba".
Gabarito letra E.

(MP-CE / 2020)
Nas Américas, estima-se que 77 milhões de pessoas sofram um episódio de doenças transmitidas por
alimentos a cada ano — metade delas são crianças com menos de 5 anos de idade. Os dados disponíveis
indicam que as doenças transmitidas por alimentos geram de US$ 700 mil a US$ 19 milhões em custos anuais
de saúde nos países do Caribe e mais de US$ 77 milhões nos Estados Unidos da América.
A substituição da expressão “metade delas” por cuja metade manteria a correção gramatical e a coesão do
texto.
Comentários:
Por regra, o pronome “cujo” deve vir entre substantivos, ligando possuidor e coisa possuída; então, não pode
ficar “solto” no texto, sem ligar esses dois elementos.
Em “cuja metade”, fica a dúvida: metade do quê? Metade de quem? Então, o pronome não está bem
utilizado. Poderia haver a leitura: metade do ano, metade dos alimentos, metade dos milhões...Questão
incorreta.

(POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO / 2018)


Em 2016, foram registrados 16 acidentes, com 303 vítimas fatais, e o último episódio, com um avião de
passageiros de maiores proporções: a queda do Avro RJ85, operado pela empresa LaMia, próximo de
Medellín, na Colômbia. O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou 71 pessoas,
em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
Com relação a aspectos linguísticos do texto, JULGUE O ITEM.
A substituição do termo “que” por o qual prejudicaria a correção gramatical do texto.
Comentários:
O pronome relativo invariável “que” pode ser substituído pelos seus equivalentes variáveis, como “o qual, a
qual, os quais, as quais”. No caso, usaríamos “o qual”, para concordar no masculino singular com “desastre”.
Questão incorreta.

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Aula 03

4- O pronome “quem” se refere a pessoa ou ente personificado (visto como pessoa) e é precedido por
preposição (monossilábica ou não).

Ex: A pessoa de quem falei chegou. (substituição possível: “de que falei”, “da qual
falei”).
A pessoa por quem intervim não mostrou gratidão.

Em sentenças interrogativas, “quem” é pronome interrogativo: Quem gosta de acordar cedo?

Segundo Bechara, os pronomes relativos quem e onde podem aparecer com emprego
absoluto, sem referência a antecedentes, ou seja, sem “retomar ninguém”:
“Quem tudo quer tudo perde."
"Dize-me com quem andas e eu te direi quem és."
"Quem com ferro fere com ferro será ferido.”
"Moro onde mais me agrada.”

5- O pronome “cujo” tem como principais características:

✓ Indicar posse e sempre vir entre dois substantivos, possuidor e possuído;


✓ Não poder ser seguido nem precedido de artigo, mas poder ser antecedido por preposição; (Para
lembrar: nada de cujo o, cuja a, cujo os, cuja as...)
✓ Não pode ser diretamente substituído por outro pronome relativo.
Para achar o referente, pergunte ao termo seguinte: “de quem?”.
Ex: Vi o filme cujo diretor ganhou o Oscar. (diretor de quem? Do filme!)
Vi o rapaz a cujas pernas você se referiu. (pernas de quem? Do rapaz!)

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Aula 03

(DPE-RO / 2022)
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil
participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da América no conflito,
liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Aliados —, o mundo foi tomado pelas
ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.
A correção gramatical e os sentidos do texto CG2A1-I seriam preservados com a substituição de “da qual”
por cuja.
Comentários:
O pronome “cujo” e suas variações não admitem substituição direta por nenhum outro. Além disso, não
admite artigo. Feita a substituição proposta pela banca, teríamos: “cuja o Brasil”, o que traz ainda erro de
concordância no gênero. Questão incorreta.

(TJ-PA / 2020 - Adaptado)


Observa-se que a solidez dos lugares ocupados por cada uma das pessoas, nos moldes da família nuclear,
não se adéqua à realidade social do momento, em que as relações são caracterizadas por sua dinamicidade
e pluralidade. De acordo com o médico e psicanalista Jurandir Freire Costa, “família nem é mais um modo de
transmissão do patrimônio material; nem de perpetuação de nomes de linhagens; nem da tradição moral ou
religiosa; tampouco é a instituição que garante a estabilidade do lugar em que são educadas as crianças”.
Seria mantida a correção gramatical do texto CG1A1-I se o segmento “em que”, nas linhas 2 e 5, fosse
substituído, respectivamente, por no qual e onde.
Comentários:
Retomando os trechos, temos que:
Observa-se que a solidez dos lugares ocupados por cada uma das pessoas, nos moldes da família nuclear,
não se adéqua à realidade social do momento, em que/no qual (retoma “momento”) as relações são
caracterizadas por sua dinamicidade e pluralidade.
tampouco e a instituição que garante a estabilidade do lugar em que/onde (retoma lugar físico) são educadas
as crianças.
Portanto, as substituições por "no qual" e "onde" são possíveis. Questão correta.

(CGE-CE / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2019)


Julgue a proposta de reescrita para o trecho “Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, são encontrados
administradores públicos cujas ações em muito se assemelham às de Nabucodonosor, rei do império
babilônico”.
Muitos rincões do nosso país, ainda hoje, têm administradores públicos cujas as ações muito assemelham-
se as ações do imperador babilônico Nabucodonosor.
Comentários:
Lembre-se que não há artigo após o pronome "cujo", ou seja, não é possível dizer cujas as ações. Por isso,
Questão incorreta.

6- O pronome relativo “onde” deve ser usado quando o antecedente indicar lugar físico (ainda que virtual,
figurativo), com sentido de “posicionamento em”. Como preposição “em” também indica uma referência
locativa, podemos substituir “onde” por “em que” e por “no qual” e variações.
Ex: A academia onde treino não tem aulas de MMA.
A academia na qual/em que treino não tem aulas de MMA.

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Aula 03

Veja que é inadequado usar "onde" para outra referência que não seja lugar físico.

 Ex: Essa é a hora onde o aluno se desespera.


✓ Ex: Essa é a hora em que/na qual o aluno se desespera.

O pronome relativo “aonde” é usado nos casos em que o verbo pede a preposição “a”, com sentido de “em
direção a”.
Ex: Gosto da cidade aonde irei.

O pronome relativo arcaico “donde”, que equivale a “de onde”, é usado nos casos em que o verbo pede a
preposição “de”, com sentido de “procedência”.
Ex: O lugar donde você voltou é distante.

7- O pronome relativo “como” é usado quando o antecedente for palavra como forma, modo, maneira, jeito,
ou outra, com sentido de “modo”.
Ex: Não aceito o jeito como você fala comigo.

8- O pronome relativo “quando” é usado nos casos em que antecedente tiver sentido de “tempo”.
Ex: Sinto saudade da época quando eu não tinha preocupações.

9- O pronome relativo “quanto” é usado nos casos em que antecedente tiver sentido de “quantidade”.
Ex: Consegui tudo/tanto quanto queria, exceto tempo para desfrutar.

Reforçando: temos que ter atenção à preposição que o verbo/nome vai pedir, pois ela não deve ser
suprimida e vai aparecer antes do pronome relativo.
Lembre-se: temos que enxergar sintaticamente o pronome relativo como se fosse o próprio termo a que se
refere:
Ex: O menino a que me referi morreu. (referi-me “a” que => ao menino)
O escritor de cujos poemas gosto morreu. (gosto “de” cujos => dos poemas)
Esqueci o valor com quanto concordei. (concordei “com” quanto => com o
valor).

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(SEFAZ-AL / 2020)
Tem meia dúzia de atendentes, conheço dois ou três pelo nome, e o dono do lugar é sempre simpático comigo.
Sabe que gosto do seu negócio, que, se me mudasse de novo para lá, seria seu freguês. Mas também sei que
me vê como um tipo que há vinte anos vive na capital, que a essa altura é mais metropolitano que interiorano,
um cara talvez meio esquisito, ou apenas ridículo, que se interessa por coisas de que não precisa, coisas das
quais não entende.
A substituição da expressão “das quais” (3º parágrafo) por que preservaria tanto o sentido quanto a correção
gramatical do período.
Comentário
Note que na reescritura, a preposição é suprimida e o pronome “as quais” é substituído por “que”:
Entender as coisas => as coisas que entende.
Gramaticalmente, é possível.
Contudo, ocorre mudança de sentido:
"entender de alguma coisa" é o mesmo que dominar um conhecimento, ser um especialista.
"entender alguma coisa" significa saber o que algo é, ser capaz de compreender o que é alguma coisa.
Perceba essa diferença. Por isso, a reescrita não é possível. Questão incorreta.
(TCE MG / Conhecimentos Gerais / 2018 - Adaptada)
A ciência nos alerta contra os perigos introduzidos por tecnologias que alteram o mundo, especialmente o
meio ambiente de que nossas vidas dependem....
Na linha 2, o termo “de que” poderia ser substituído, sem alteração da correção gramatical e dos sentidos
do texto, por "do qual".
Comentários:
O pronome invariável “que” tem como referente “meio ambiente”, então só poderíamos trocar por “do
qual”, masculino e singular, mantendo a correção. Questão correta.

Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento são formas de cortesia e reverência no trato com determinadas autoridades.
A cobrança normalmente se baseia no pronome adequado a cada autoridade ou aspectos de concordância
com as formas de tratamento.
Abaixo, registro os principais pronomes de tratamento, com suas abreviaturas. Normalmente o plural da
abreviatura é feito com acréscimo de um “s”.
Se quiser estudar esse tema a fundo e ler as dezenas de outros pronomes, recomendo consultar os Manuais
de Redação Oficial dos órgãos públicos, em especial da Presidência da República, do Senado Federal e do
Superior Tribunal de Justiça. Aqui, focaremos nos mais incidentes em prova:

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Vossa Senhoria (V. S.a ou V. S.as): usado para pessoas com um grau de prestígio maior. Usualmente,
os empregamos em textos escritos, como: correspondências, ofícios, requerimentos etc.

Vossa Excelência (V. Ex.a V. Ex.as): usado para autoridades de alto escalão:
Presidente da República, Senadores, Deputados, Embaixadores, Oficiais de Patente Superior à de
Coronel, Juízes de Direito, Ministros, Chefes de Poder.

Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.a Rev.ma V. Ex.as Rev.mas): usado para bispos e
arcebispos.

Vossa Eminência (V. Em.a V. Em.as): usado para cardeais.

Vossa Alteza (V. A. VV. AA.): usado para autoridades monárquicas em geral, príncipes, duques e
arquiduques. Para Imperador, Rei ou Rainha, usa-se Vossa Majestade (V. M. VV. MM.)

Vossa Santidade (V.S.): usado para o Papa.

Vossa Reverendíssima (V. Rev.ma V. Rev.mas ): usado para sacerdotes em geral.

Vossa Paternidade (V. P. VV. PP): usado para abades, superiores de conventos.

Vossa Magnificência (V. Mag.a V. Mag.as): usado para Reitores de universidades, acompanhado
pelo vocativo: Magnífico Reitor.

Aqui nos interessa principalmente saber sobre a concordância.


Embora os pronomes de tratamento se refiram à segunda pessoa gramatical (pessoa com quem se fala:
"vós"), a concordância é feita com a terceira pessoa, ou seja, com o núcleo sintático. Por essa razão, não
usamos pronome possessivo “vossa” com Vossa Excelência, usamos apenas o possessivo “seu” ou “sua”, por
exemplo.
Como assim?
O macete é pensar na concordância com o pronome “Você”.

Vejamos o exemplo do próprio Manual de Redação da Presidência:


Vossa senhoria nomeará seu substituto.
(E não Vosso ou Vossa. Concordância com senhoria, o núcleo da expressão.)

Os Adjetivos e Locuções de voz passiva concordam com o gênero (masculino/feminino) da pessoa a que se
refere, não com a o substantivo que compõe a locução (Excelência, Senhoria).
Ex: Maria, Vossa Excelência está muito cansada.

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Outro detalhe a ser lembrado:

Sua Excelência X Vossa Excelência


“Sua Excelência”:
- usamos para nos referirmos a uma terceira pessoa (de quem se fala);
- em regra, não há crase antes de pronome de tratamento: A Sua Excelência.
“Vossa Excelência”:
- usamos para nos referirmos diretamente à autoridade (com quem se fala).

Algumas formas de tratamento, como “Senhora”, “Dona”, “Senhorita”, “Madame”, “Doutora”, aceitam
artigo.

Pronomes Pessoais
Vamos às principais informações relevantes:

PESSOAS DO DISCURSO PRONOMES RETOS PRONOMES OBLÍQUOS

1ª pessoa do singular Eu me, mim, comigo


2ª pessoa do singular Tu te, ti, contigo
3ª pessoa do singular Ele/Ela se, si, o, a, lhe, consigo

1ª pessoa do plural Nós nos, conosco


2ª pessoa do plural Vós vos, convosco
3ª pessoa do plural Eles/Elas se, si, os, as, lhes, consigo

Pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) costumam substituir sujeito.
Ex: João é magro => Ele é magro.

Pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) substituem complementos verbais: o, a,
os, as substituem somente objetos diretos (complemento sem preposição); me, te, se, nos, vos podem ser
objetos diretos ou indiretos (complemento com preposição), a depender da regência do verbo. Já o pronome
–lhe (s) tem função somente de objeto indireto.
Ex: Já lhe disse tudo. (disse a ele)
Informei-o de tudo. (informei a pessoa)
Você me agradou, mas não me convenceu. (agradou a mim)

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Os pronomes oblíquos tônicos são pronunciados com força e precedidos de preposição. Costumam ter
função de complemento.
São eles:

1a pessoa: mim, comigo (singular); nós, conosco (plural).

2a pessoa: ti, contigo (singular); vós, convosco (plural).

3a pessoa: si, consigo (singular ou plural); ele(a/s) (singular ou plural).

Ex: Fiquei preocupado contigo porque você deu a ele todo seu dinheiro.

O pronome reto, em regra não deve ser usado na função de objeto direto (complemento verbal sem
preposição). Por isso são condenadas estruturas como “Mata ele! Chama nós!”.
Contudo, é possível usar pronome reto como complemento direto, quando o pronome reto for modificado
por “todos”, “só”, “apenas” ou “numeral”. Esse uso é abonado por gramáticos do calibre de Celso Cunha,
Bechara, Faraco & Moura e Sacconi.
Ex: Encontrei ele só na festa. / Ex: Encontrei todos eles.
Encontrei eles dois na festa. / Ex: Encontrei apenas elas na festa.
Esses exemplos acima devem ser vistos com cautela, pois não são a regra!

Após a preposição “entre” em estrutura de reciprocidade, devemos usar pronomes


oblíquos tônicos, não retos.
Ex: Entre mim e ela não há segredos.
É melhor que não pairem dúvidas entre ti e ele.

Se o pronome for sujeito, podemos usar pronome reto:


Ex: Entre eu sair e você ficar, prefiro sair.

Após preposições acidentais e palavras denotativas, podemos também usar pronome


reto:
Ex: Com raiva, minha mãe maltrata até eu.
(até: palavra denotativa de inclusão)
A aprovação não virá até mim de graça. (até: preposição essencial)

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Regras para a união de pronomes oblíquos


Como substituem substantivos, os pronomes oblíquos poderão ser usados como complementos. Ao unir o
pronome ao verbo por hífen, há alterações na grafia:

Quando os verbos são terminados em /r/, /s/, /z/ + o, os, a, as, teremos: lo, los, la, las.
Ex: Não pude dissuadir a menina = > dissuadi-la
Felicitamos as aprovadas. => Felicitamo-las
Fiz isso porque quis fazer isso => Fi-lo porque o quis.
Vamos pôr o menino de castigo => pô-lo de castigo

Quando os verbos são terminados em som nasal, como /m/, /ão/, /aos/, /õe/, /ões/ + o, os, a, as, teremos
simples acréscimo de /n/: no, nos, na, nas.
Ex: Viram a barata e mataram-na /
A mesa é cara, mas compraram-na na promoção.

Lembre-se: após verbos na primeira pessoa do plural (nós: amamos, bebemos, cantamos), seguidos do
pronome -nos, corta-se o /s/ final:
Ex: Alistamo-nos no quartel. Animemo-nos!

Em construções arcaicas, é possível fundir mais de um pronome, segundo a lógica a seguir:


Ex: Deu dinheiro a ela imediatamente => Deu-lho imediatamente
"Deu" algo (OD: o dinheiro => o) a alguém (OI: a ela => lhe)

Ofereceu a oportunidade a mim => Ofereceu-ma


"Ofereceu" algo (OD: a oportunidade => a) a alguém (OI: a mim => me)

Seguindo a mesma lógica, teremos contrações como: mo, ma, mos, mas, to, ta, tos, tas, lho, lha, lhos, lhas,
no-lo, no-los, no-la, nolas, vo-lo, vo-la, vo-los, vo-las.

Vejamos uma questão sobre isso.

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(IBAMA / 2022)
Assim como cidadania e cultura formam um par integrado de significações, cultura e territorialidade são, de
certo modo, sinônimos. A cultura, forma de comunicação do indivíduo e do grupo com o universo, é herança,
mas também um reaprendizado das relações profundas entre o ser humano e o seu meio, um resultado obtido
por intermédio do próprio processo de viver. Incluindo o processo produtivo e as práticas sociais, a cultura é
o que nos dá a consciência de pertencer a um grupo, do qual é o cimento. É por isso que as migrações agridem
o indivíduo, roubando-lhe parte do ser, obrigando-o a uma nova e dura adaptação em seu novo lugar.
Desterritorialização é frequentemente outra palavra para significar alienação, estranhamento, que são,
também, desculturização.

Em “roubando-lhe parte do ser”, a forma pronominal “lhe” transmite ideia de posse, indicando que as
migrações roubam parte do ser dos indivíduos.
Comentários:
Exatamente, o pronome oblíquo átono foi usado com valor/sentido possessivo: roubando parte dele/do
indivíduo. Questão correta.

(POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO / 2018)


O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização holandesa
Aviation Safety Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo linhas comerciais
regulares...
Com relação a aspectos linguísticos do texto, JULGUE O ITEM.
O vocábulo “deles” remete à expressão “dez acidentes”.
Comentários:
Os pronomes têm a propriedade de retomar e substituir termos anteriores. O pronome pessoal reto “eles”
se refere aos acidentes e foi contraído com a preposição “DE” (de + os acidentes => dez deles, dez entre os
acidentes que houve). Questão correta.

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Aula 03

QUESTÕES COMENTADAS - PRONOMES - MULTIBANCAS


1. (CRM-MS / ANALISTA ADMINISTRATIVO / 2021)
De acordo com a pesquisa, a nova variante do vírus tem aparecido com frequência acima dos
40% entre os infectados em território espanhol desde julho. Fora da Espanha, ele se manteve
em níveis mais baixos até 15 de julho.
Em “Fora da Espanha, ele se manteve em níveis mais baixos até 15 de julho” (linhas de 23 a
25), o emprego do pronome “ele”
A) refere‐se a “vírus” (linha 21), mas não concorda com essa palavra.
B) retoma “variante” (linha 21) e concorda em gênero e número com essa palavra.
C) demonstra bom uso de articuladores coesivos, para a referenciação de termos já
mencionados
D) causa problema de coerência; deveria estar flexionado no plural.
E) causa problema de coesão; deveria estar flexionado no feminino.
Comentários:
Para retomar o termo, devemos fazer a pergunta: QUEM se manteve em níveis mais baixos? A
resposta é “a nova variante”. Assim, o correto seria que o pronome estivesse flexionado no
feminino (“ela”).
Como há falha na retomada do elemento, estamos diante de um problema de coesão.
Portanto, gabarito letra E.

2. (PREF. MORRO AGUDO (SP) / AGENTE / 2020)

Assinale a alternativa que apresenta uma palavra que, no desenrolar do diálogo, estabelece o
sentido de posse.
A) de

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B) o
C) Seu
D) Quando
E) é.
Comentários:
Questão direta. Uma das classes que estabelecem sentido de posse é o pronome, mais
especificamente, o pronome possessivo. Em (C), “seu” é pronome possessivo e remete ao
“país do personagem”. Gabarito letra C.

3. (EBSERH / TÉCNICO / 2020)


Havia, portanto, na cidade uma animação e rebuliço desusados. Falara-se na vinda da
companhia, mas ninguém tinha absoluta certeza de que ela viesse, porque o empresário
receava não fazer para as despesas.
Agora, os cartazes, impressos em letras garrafais, confirmavam a auspiciosa notícia,
provocando um entusiasmo indizível. Muita gente saía de casa só para os ver, certificando-se,
pelos próprios olhos, de tão grata novidade.
A companhia anunciada era, efetivamente, a melhor, talvez, de quantas até então se
tinham aventurado às incertezas de uma temporada naquela cidade tranquila.
Quando a companhia chegou, foi uma verdadeira festa. Grande massa de povo
aguardava-a no cais de desembarque; houve música, foguetes e aclamações.
Nas passagens “Muita gente saía de casa só para os ver” (4° parágrafo) e “Grande massa de
povo aguardava-a no cais de desembarque” (último parágrafo), os pronomes destacados
referem-se, correta e respectivamente, às expressões:
A) animação e rebuliço; festa.
B) cartazes; companhia.
C) peloticas e cavalinhos; companhia.
D) enormes cartazes; festa.
E) empresário e cartazes; cidade tranquila.
Comentários:
Retomando os trechos, temos que:
“os cartazes, impressos em letras garrafais, confirmavam a auspiciosa notícia, provocando um
entusiasmo indizível. Muita gente saía de casa só para os ver,”
“Quando a companhia chegou (...)Grande massa de povo aguardava-a no cais”
Perceba que “os” está retomando “cartazes”: as pessoas saíam para ver os cartazes com a
novidade. E “a” refere-se à “companhia”, quando chega no cais. Portanto, gabarito letra B.

4. (TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


Observe as frases a seguir.

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Comprei calças de lã na Europa.


O preço das calças foi baixo.

A forma adequada de juntar essas duas frases numa só, de modo a evitar a repetição da
palavra calças, é
a) Comprei calças de lã na Europa, que o preço foi baixo;
b) Comprei calças de lã na Europa, onde o preço foi baixo;
c) Comprei calças de lã na Europa, cujo preço foi baixo;
d) Comprei calças de lã na Europa em que o preço foi baixo;
e) Comprei calças de lã na Europa em onde o preço foi baixo.
Comentários: ==315152==

Observem que há uma relação de posse entre "calças" e "preço", logo o pronome adequado
para unir esses dois termos é "cujo". Gabarito letra C.

5. (TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


Também pode evitar-se a repetição de palavras idênticas, substituindo a segunda ocorrência
do vocábulo por um pronome demonstrativo; a frase abaixo em que isso foi feito de forma
adequada é:
a) Amazonas e Sergipe são estados brasileiros; este tem enorme território e aquele, pequeno;
b) Meu carro é mais elegante que esse que você está comprando;
c) Teu jornal abordou o tema de forma interessante, mas aquele, em minhas mãos, é mais
justo;
d) Brasil e Rússia jogaram várias vezes, mas aqueles jogos nunca foram violentos;
e) O terremoto de Lisboa foi violentíssimo, mas aquele de agora matou mais gente.
Comentários:
a) Incorreto. O pronome "este" se refere ao termo mais próximo, logo não poderia se referir a
Sergipe que possui território pequeno. Assim como "aquele" se refere ao termo mais distante,
portanto deveria retomar "Amazonas".
b) Correto. O pronome "esse" é usado para se referir a algo que está próximo de quem ouve.
c) Incorreto. O pronome "aquele" é usado para se referir a algo distante de quem fala e ouve.
d) Incorreto. O pronome correto seria "esses", uma vez que possui a função anafórica de
retomar o que já foi mencionado anteriormente (os jogos).
e) Incorreto. O pronome "aquele" é usado para indicar tempo distante no passado, logo está
empregado de forma incorreta junto ao advérbio "agora". Gabarito letra B.

6. (TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)

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Uma outra estratégia para evitar-se a repetição de palavras consiste na substituição da


segunda ocorrência da palavra por um pronome pessoal.

A frase em que isso foi feito de forma adequada é:


a) Os meninos procederam mal, por isso lhes condenaram;
b) Comprei o livro ontem, mas vou revendê-lo;
c) Os chefes deram as ordens, por isso os obedeci;
d) João estava na festa, mas não no viram sair;
e) As meninas estavam no shopping, mas não encontrei-las.
Comentários:
a) Incorreto. Quem condena, condena alguém. Trata-se de um verbo transitivo direto, por isso
o pronome correto seria "os" e não "lhes".
b) Correto. O pronome "lo" substitui corretamente "o livro".
c) Incorreto. O pronome "os" está substituindo "Os chefes". Além disso, obedecer é transitivo
indireto (obedecer a alguém), por isso o pronome adequado seria "lhes".
d) Incorreto. João estava na festa, mas não O viram sair;
e) Incorreto. As meninas estavam no shopping, mas não AS encontrei. A palavra "não" atrai
próclise.
Gabarito letra B.

7. (EBSERH / TÉCNICO / 2020)


Pensamentos matinais, desgrenhados, são frágeis como cabelos finos demais que começam a
cair. Você passa a mão, e ele já não está ali – o fio. No travesseiro sempre restam alguns,
melhor não olhar para trás: vira-se estátua de cinza.
Na passagem “Você passa a mão, e ele já não está ali – o fio.”, o narrador explicita o referente
do pronome “ele” para que o leitor não o confunda com
A) dia.
B) lugar.
C) cabelo.
D) travesseiro.
E) pensamento.
Comentários:
“Ele” é um elemento anafórico que poderia retomar “pensamento”. Para desfazer a
ambiguidade, o autor repete o termo a que se está referindo (“fio”). Gabarito letra E.

8. (PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS -RJ / 2019)

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“Quanto menos tempo tenho para praticar as coisas, menos curiosidade sinto de
aprendê-las.”
Nessa frase, o pronome -las.
a) retoma o termo “coisas”.
b) enfatiza com redundância um termo anterior.
c) destaca o termo mais importante da frase.
d) antecipa um termo a ser citado.
e) refere-se ao vocábulo “curiosidade” para dar coesão.
Comentários:
O pronome "las" substitui o termo "coisas". "Menos curiosidade sinto de aprender as coisas".
Gabarito letra A.

9. (AL-RO/ ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


Indique a frase em que o pronome pessoal mostra valor possessivo.
a) “Se a dor de cabeça nos chegasse antes da embriaguez, guardar-nos-íamos de beber
demais.”
b) “O silêncio eterno desses espaços infinitos nos assusta.”
c) “Ter nascido nos estraga a saúde.”
d) “Tem ideia de quanto mal nos fazemos por essa maldita necessidade de falar?”
e) “São a paixão e a fantasia que nos deixam eloquentes.”
Comentários:
Observem que na letra C poderíamos substituir "nos" pelo pronome possessivo "nossa": "Ter
nascido estraga nossa saúde". Portanto, esse é nosso gabarito.

10. (DPE-RJ / TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO / 2019)


Texto 2
“Nós conhecemos você tanto quanto você nos conhece.
E não há nada melhor que isso: confiança.
O que nos move é você. Seu jeito de ser, o que valoriza.
Faz sentido pra você, faz sentido pra gente.
A gente veste a sua camisa”.
Esse texto está fixado na parede de uma loja de roupas masculinas e funciona como um texto
publicitário da loja.
Sobre a estruturação geral do texto 2, a afirmação INADEQUADA é:
(A) os pronomes “Nós” e “você” (linha 1) se referem, respectivamente, à loja e ao cliente
potencial;

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(B) na linha 2, o pronome “isso” deveria ser substituído por “isto”;


(C) o vocábulo “confiança” mostra a referência do pronome “isso”;
(D) a frase final do texto mostra ambiguidade intencional;
(E) a expressão “a gente” equivale perfeitamente ao pronome “nós”.
Comentários:
Vejamos:
A) Correto. “Nós”=loja; “você”=cliente hipotético.
B) Correto. Pela regra rígida da norma culta, “isto” deve ser utilizado para o que será dito
depois, e “isso” para o que já foi dito anteriormente no texto.
C) Correto. Logo após do “isso” vem sua referência. Ah, Felipe, mas o “isso” não é catafórico
(faz referência ao que já apareceu antes)?
Cuidado, ser anafórico ou não é algo do texto: se a referência é algo que já apareceu, a
palavra é um recurso coesivo anafórico, se a palavra remete a algo ainda a ser dito, é
catafórico, independentemente de ser “isso” ou “isto. Não é o pronome que faz ser anafórico
ou não, o pronome não muda a posição da referência; o que gramática orienta é usar “isso”
para o que já foi dito e “isto” para o que virá depois, então, primeiro você observa a referência
no texto, depois usa o pronome adequadamente, não é o pronome que define. Tanto é assim
que, nesse caso, o “isso” foi usado cataforicamente. De forma contrária à orientação da norma
culta? Sim, mas não foi isso que a questão perguntou nessa alternativa. Esse raciocínio se
confirma na letra B.
D) “Vestir a camisa” pode ser entendido de duas formas: a primeira leitura é literal (denotativa)
e remete à peça de roupa propriamente dita; a segunda é figurada (conotativa) e constitui uma
figura de linguagem no sentido de “abraçar suas ideias”, “seguir seus projetos”... Gabarito
letra E.

11. (LIQUIGÁS /Profissional Júnior/2018)


O uso do pronome relativo destacado está de acordo com a norma-padrão em:
A) Eram artistas de cujos trabalho todos gostavam.
B) A arquitetura, onde é uma arte, faz grandes mestres.
C) Visitamos obras que os livros faziam menção a elas.
D) Os artistas que todos elogiavam eram sempre os mesmos.
E) Os mestres dentre as quais faziam um bom trabalho eram elogiados.
Comentários
A) O referente do pronome "cujo" é sempre o termo seguinte "trabalho", ou seja, a
concordância deve ser feita com ele "DE CUJO [trabalho]" (singular). Incorreta.
B) O pronome relativo “onde” deve ser usado quando o antecedente indicar lugar físico (ainda
que virtual/figurativo), ou seja, não é o caso do trecho, pois o "conceito de arquitetura" não
representa um "lugar virtual". Incorreta.

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C) Aqui, seria necessário o uso do pronome "cujos", projetando uma ideia de posse, e
também a retirada do artigo definido "os", uma vez que o "cujo" não pode ser seguido nem
precedido de artigo. Incorreta.
D) O pronome relativo "que" traz consigo um caráter genérico e pode ser usado para retomar
tanto um termo no singular quanto no plural. Alternativa correta.
E) Por fim, o pronome relativo deve concordar com o seu antecedente no masculino, ou seja, a
forma adequada é "OS quais" e não "AS quais". Incorreta. Gabarito letra D.

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LISTA DE QUESTÕES - PRONOMES - MULTIBANCAS


1. (CRM-MS / ANALISTA ADMINISTRATIVO / 2021)
De acordo com a pesquisa, a nova variante do vírus tem aparecido com frequência acima dos
40% entre os infectados em território espanhol desde julho. Fora da Espanha, ele se manteve
em níveis mais baixos até 15 de julho.
Em “Fora da Espanha, ele se manteve em níveis mais baixos até 15 de julho” (linhas de 23 a
25), o emprego do pronome “ele”
A) refere‐se a “vírus” (linha 21), mas não concorda com essa palavra.
B) retoma “variante” (linha 21) e concorda em gênero e número com essa palavra.
C) demonstra bom uso de articuladores coesivos, para a referenciação de termos já
mencionados
D) causa problema de coerência; deveria estar flexionado no plural.
E) causa problema de coesão; deveria estar flexionado no feminino.

2. (PREF. MORRO AGUDO (SP) / AGENTE / 2020)

Assinale a alternativa que apresenta uma palavra que, no desenrolar do diálogo, estabelece o
sentido de posse.
A) de
B) o
C) Seu
D) Quando
E) é.

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3. (EBSERH / TÉCNICO / 2020)


Havia, portanto, na cidade uma animação e rebuliço desusados. Falara-se na vinda da
companhia, mas ninguém tinha absoluta certeza de que ela viesse, porque o empresário
receava não fazer para as despesas.
Agora, os cartazes, impressos em letras garrafais, confirmavam a auspiciosa notícia,
provocando um entusiasmo indizível. Muita gente saía de casa só para os ver, certificando-se,
pelos próprios olhos, de tão grata novidade.
A companhia anunciada era, efetivamente, a melhor, talvez, de quantas até então se
tinham aventurado às incertezas de uma temporada naquela cidade tranquila.
Quando a companhia chegou, foi uma verdadeira festa. Grande massa de povo
aguardava-a no cais de desembarque; houve música, foguetes e aclamações.
Nas passagens “Muita gente saía de casa só para os ver” (4° parágrafo) e “Grande massa de
povo aguardava-a no cais de desembarque” (último parágrafo), os pronomes destacados
==315152==

referem-se, correta e respectivamente, às expressões:


A) animação e rebuliço; festa.
B) cartazes; companhia.
C) peloticas e cavalinhos; companhia.
D) enormes cartazes; festa.
E) empresário e cartazes; cidade tranquila.

4. (TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


Observe as frases a seguir.

Comprei calças de lã na Europa.


O preço das calças foi baixo.

A forma adequada de juntar essas duas frases numa só, de modo a evitar a repetição da
palavra calças, é
a) Comprei calças de lã na Europa, que o preço foi baixo;
b) Comprei calças de lã na Europa, onde o preço foi baixo;
c) Comprei calças de lã na Europa, cujo preço foi baixo;
d) Comprei calças de lã na Europa em que o preço foi baixo;
e) Comprei calças de lã na Europa em onde o preço foi baixo.

5. (TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


Também pode evitar-se a repetição de palavras idênticas, substituindo a segunda ocorrência
do vocábulo por um pronome demonstrativo; a frase abaixo em que isso foi feito de forma
adequada é:

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a) Amazonas e Sergipe são estados brasileiros; este tem enorme território e aquele, pequeno;
b) Meu carro é mais elegante que esse que você está comprando;
c) Teu jornal abordou o tema de forma interessante, mas aquele, em minhas mãos, é mais
justo;
d) Brasil e Rússia jogaram várias vezes, mas aqueles jogos nunca foram violentos;
e) O terremoto de Lisboa foi violentíssimo, mas aquele de agora matou mais gente.

6. (TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


Uma outra estratégia para evitar-se a repetição de palavras consiste na substituição da
segunda ocorrência da palavra por um pronome pessoal.

A frase em que isso foi feito de forma adequada é:


a) Os meninos procederam mal, por isso lhes condenaram;
b) Comprei o livro ontem, mas vou revendê-lo;
c) Os chefes deram as ordens, por isso os obedeci;
d) João estava na festa, mas não no viram sair;
e) As meninas estavam no shopping, mas não encontrei-las.

7. (EBSERH / TÉCNICO / 2020)


Pensamentos matinais, desgrenhados, são frágeis como cabelos finos demais que começam a
cair. Você passa a mão, e ele já não está ali – o fio. No travesseiro sempre restam alguns,
melhor não olhar para trás: vira-se estátua de cinza.
Na passagem “Você passa a mão, e ele já não está ali – o fio.”, o narrador explicita o referente
do pronome “ele” para que o leitor não o confunda com
A) dia.
B) lugar.
C) cabelo.
D) travesseiro.
E) pensamento.

8. (PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS -RJ / 2019)


“Quanto menos tempo tenho para praticar as coisas, menos curiosidade sinto de
aprendê-las.”
Nessa frase, o pronome -las.
a) retoma o termo “coisas”.
b) enfatiza com redundância um termo anterior.

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c) destaca o termo mais importante da frase.


d) antecipa um termo a ser citado.
e) refere-se ao vocábulo “curiosidade” para dar coesão.

9. (AL-RO/ ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


Indique a frase em que o pronome pessoal mostra valor possessivo.
a) “Se a dor de cabeça nos chegasse antes da embriaguez, guardar-nos-íamos de beber
demais.”
b) “O silêncio eterno desses espaços infinitos nos assusta.”
c) “Ter nascido nos estraga a saúde.”
d) “Tem ideia de quanto mal nos fazemos por essa maldita necessidade de falar?”
e) “São a paixão e a fantasia que nos deixam eloquentes.”

10. (DPE-RJ / TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO / 2019)


Texto 2
“Nós conhecemos você tanto quanto você nos conhece.
E não há nada melhor que isso: confiança.
O que nos move é você. Seu jeito de ser, o que valoriza.
Faz sentido pra você, faz sentido pra gente.
A gente veste a sua camisa”.
Esse texto está fixado na parede de uma loja de roupas masculinas e funciona como um texto
publicitário da loja.
Sobre a estruturação geral do texto 2, a afirmação INADEQUADA é:
(A) os pronomes “Nós” e “você” (linha 1) se referem, respectivamente, à loja e ao cliente
potencial;
(B) na linha 2, o pronome “isso” deveria ser substituído por “isto”;
(C) o vocábulo “confiança” mostra a referência do pronome “isso”;
(D) a frase final do texto mostra ambiguidade intencional;
(E) a expressão “a gente” equivale perfeitamente ao pronome “nós”.

11. (LIQUIGÁS /Profissional Júnior/2018)


O uso do pronome relativo destacado está de acordo com a norma-padrão em:
A) Eram artistas de cujos trabalho todos gostavam.
B) A arquitetura, onde é uma arte, faz grandes mestres.
C) Visitamos obras que os livros faziam menção a elas.

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D) Os artistas que todos elogiavam eram sempre os mesmos.


E) Os mestres dentre as quais faziam um bom trabalho eram elogiados.

GABARITO
4. LETRA C 9. LETRA C
5. LETRA B 10
LETRA E
1. LETRA E 6. LETRA B .
2. LETRA C 7. LETRA E 11
LETRA D
3. LETRA B 8. LETRA A .

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COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Colocação pronominal é o tópico em que estudamos regras para posicionamento de pronomes


pessoais e também do pronome demonstrativo “o”.

Vamos finalmente aprender isso? Relembremos o básico:

As posições onde o pronome aparece recebem alguns nomes:


Pronome antes do verbo: Próclise (Hoje me escondi na mata)
Pronome depois do verbo: Ênclise (Escondi-me na mata)
Pronome no meio dos verbos: Mesóclise (Esconder-me-ia na mata)

Regra geral: palavra invariável (advérbios, conjunções subordinativas, alguns pronomes) antes do
verbo geralmente atrai pronome proclítico. Não vou listar aqui todas as palavras invariáveis da
galáxia. Basta lembrar que invariável significa que aquela palavra não se flexiona, não vai ao
feminino, nem ao plural...

Em suma, são palavras atrativas, exigindo pronome ANTES DO VERBO:

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Ex: Quando se precisa de ajuda, os amigos verdadeiros aparecem.


Ex: Embora me dedique à matéria, ainda tenho dificuldades.

Proibições gerais
● 1
iniciar período com pronome oblíquo átono ou
● 2
inserir pronome oblíquo átono após futuros (do presente e do pretérito) e particípio.
● além disso, recomenda-se não utilizar pronome átono para iniciar oração após vírgula ou
ponto e vírgula. (Ex. Ele não virá amanhã; me disse disse-me que estará ocupado.)

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O que não for proibido, será aceito, simples assim. Veja abaixo construções inadequadas e
adequadas:

🗶 Me dá um cigarro? ✔ Dá-me um cigarro.


🗶 Darei-te um presente. ✔ Dar-te-ei um presente.
🗶 Daria-te um presente ✔ Dar-te-ia um presente
🗶 Tinha emprestado-lhe um dinheiro. ✔ Tinha-lhe/lhe emprestado um dinheiro.

(PETROBRAS / 2022)
Estaria mantida a correção gramatical do trecho “Os sacerdotes indianos se recusavam a escrever
as histórias sagradas por medo de perder o controle sobre elas. Professores carismáticos (como
Sócrates) se recusaram a escrever”, caso a posição do pronome “se”, em suas duas ocorrências,
fosse alterada de proclítica — como está no texto — para enclítica.
Comentários:
Nas duas ocorrências, não há palavra atrativa, nem proibição à ênclise. Portanto, é livre a posição
do pronome. As duas formas, proclítica ou enclítica, são corretas:
Os sacerdotes indianos se recusavam/recusavam-se a escrever
Professores carismáticos (como Sócrates) se recusaram/recusaram-se a escrever
Questão correta.

(MP-CE / 2020)
No trecho “É verdade que não se poderia contar com ela para nada”, o uso da próclise
justifica-se pela presença da palavra negativa “não”.
Comentários:
Exatamente. As palavras negativas (não, nunca, jamais, nem…) obrigam a próclise, isto é, o
pronome oblíquo átono deve ficar antes do verbo. Questão correta.

(CGE-CE / 2019)
Julgue a proposta de reescrita para o trecho “Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, são
encontrados administradores públicos cujas as ações em muito se assemelham as de
Nabucodonosor, rei do império babilônico”.

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Comentários:
…cujas as ações… (não há artigo após cujas).
"Muito" é advérbio, portanto atrai o pronome átono (muito se assemelham).
Faltou acento indicativo de crase em "às (ações) de Nabucodonosor". Questão incorreta.

(PGE-PE / Analista Judiciário de Procuradoria / 2019)


Em razão disso, todos os países, lugares e pessoas passam a se comportar, isto é, a organizar sua
ação, como se tal “crise” fosse a mesma para todos e como se a receita para a afastar devesse
ser geralmente a mesma.
A correção gramatical do texto seria mantida caso, no trecho “passam a se comportar”, o
vocábulo “se” fosse deslocado para depois da forma verbal “comportar”, da seguinte maneira:
passam a comportar-se.
Comentários:
Sim. Não há palavra atrativa, então não há obrigação para próclise. Também não há verbo no
futuro nem no particípio, de modo que não há proibição para ênclise. Além disso, o verbo está
no infinitivo, de modo que a ênclise seria facultativa. Dessa forma, tanto faz a posição do
pronome antes ou depois do verbo:
“passam a se comportar”
“passam a comportar-se”. Questão correta.

(PGE-PE / 2019)
De acordo com Honneth, as demandas por direitos — como aqueles que se referem à igualdade
de gênero ou relacionados à orientação sexual —, advindas de um reconhecimento
anteriormente denegado, criam conflitos práticos indispensáveis para a mobilidade social.
Na linha 2, a correção gramatical do texto seria comprometida se o termo “se” fosse posicionado
após a forma verbal “referem”, da seguinte forma: referem-se.
Comentários:
Seria comprometida sim, pois o “que” é pronome relativo, uma palavra atrativa, então devemos
usar próclise, não ênclise.
como aqueles que se referem à igualdade de gênero. Questão correta.

(PC-SE / 2018)
Em “Mas não me deixe sentar”, a colocação do pronome “me” após a forma verbal “deixe” —
deixe-me — prejudicaria a correção gramatical do trecho.
Comentários:
“Não” é palavra negativa e atrai o pronome, então temos caso de próclise obrigatória. Questão
correta.

(TCM BA / 2018)

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Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto 1A1AAA caso se substituísse o


trecho
“Temendo-se” por Se temendo. (Temendo-se a naturalização da moral, moraliza-se a natureza...)
Comentários:
Não se pode iniciar oração com pronome oblíquo átono; em outras palavras, a próclise é
proibida em começo de oração. Questão incorreta.

(EMAP / 2018)
Sem prejuízo para a correção gramatical e para o sentido do texto, o trecho “que ele poderia
ter-me absolvido” poderia ser assim reescrito: que ele poderia ter absolvido-me.
Comentários:
Não se pode usar pronome após verbo no particípio; este é um caso de ênclise proibida.
Questão incorreta.

(POLÍCIA FEDERAL / 2018)


A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior problema que
enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na dificuldade de dar
conta de tanto serviço.
No trecho “baseia-se na dificuldade”, a partícula “se” poderia ser anteposta à forma verbal
“baseia” sem prejuízo da correção gramatical do texto.
Comentários:
Nessa frase, não há nenhuma palavra atrativa (Conjunção subordinativa, Negativa, Advérbio,
Pronome Relativo/Indefinido/Interrogativo); tampouco há qualquer proibição para a ênclise (não
há verbo no futuro ou no particípio). Então, não há qualquer fator de obrigatoriedade ou
proibição, a posição do pronome é livre antes ou depois do verbo, tanto faz: “baseia-se ou se
baseia”. Questão correta.

(IHBDF / 2018)
Em 1988, o SUS passou a fazer parte da Constituição Federal. Nós nos tornamos o único país
com mais de 100 milhões de habitantes que ousou oferecer saúde para todos.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse “nos tornamos” por
tornamo-nos.
Comentários:
Não temos início de oração nem temos verbo no futuro ou no particípio. Logo, não há restrição
para próclise nem para ênclise, tanto faz: “Nós nos tornamos” ou “Nós tornamo-nos”. Observe
que o “s” deve ser cortado quando o verbo termina em “mos” e vai ser seguido de “nos”.
Questão correta.

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Regras especiais
Por segurança, vamos ver aqui algumas “regrinhas” que fogem da lógica geral aplicável à maioria
das questões.
Embora a preferência da língua portuguesa seja a próclise, para verbo no infinitivo e verbos
separados por conjunções coordenativas, é livre a posição do pronome, antes ou depois.

Ex: Prefiro não te convidar/ convidar-te.


Ex: Cheguei ao local e me sentei e preparei-me para a prova.

Contudo, alguns conectivos aditivos e alternativos têm próclice recomendada:


Ex: Ora me expulsa, ora não me deixa ir embora.
==315152==

Ex: Ricardo não só me incentiva, como também me inspira.


Ex: João não respeitou o horário nem se desculpou.

Em frases optativas (que expressam desejo, apelo, sentimento), a próclise é obrigatória:


Ex: Deus lhe pague.
Ex: Bons ventos o levem.
Entre a preposição em e o verbo no gerúndio, usa-se próclise:
Ex: Em se plantando tudo dá.
Ex: Em se tratando de vinhos, ele é uma autoridade.

Trata-se de uma expressão já cristalizada na língua.

Por motivo de eufonia (boa pronúncia), usa-se próclise com formas verbais monossilábicas ou
proparoxítonas:
Ex: Eu a vi ontem.
Ex: Nós lhes obedecíamos por medo.
Tais colocações soam melhor que “*eu vi-a ontem” e “*obedecíamos-lhes...”
Obs: Nas orações subordinadas, se houver um sujeito entre a palavra atrativa e o pronome,
entende-se que pode haver “atração remota”, isto é, a força atrativa se mantém e deve haver
próclise:

Ex: Enquanto protestos violentos se espalham pelas ruas, eu sigo acreditando.

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Mesmo havendo um termo (protestos violentos) entre a conjunção temporal enquanto — palavra
atrativa — e o verbo, a atração se mantém e ocorre a próclise. A verdade é que, em orações
subordinadas, usa-se próclise.
Por outro lado, se houver pausa, uma intercalação, esse distanciamento torna possível também a
ênclise:
Ex: ...Jamais, segundo pensam os economistas, se fizeram tantas despesas desnecessárias.
(também caberia ênclise: fizeram-se.)
Ex: ...Ele que, ao ver o cachorro brincando, se emocionou muito... (também caberia
ênclise: emocionou-se.)

(CFO / 2020)
Quem usa aparelho ortodôntico deve se preocupar mais com a limpeza dos dentes e da gengiva
e o uso do flúor, pois o aparelho retém muito restos de alimentos.
Com relação à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos e
trechos destacados do texto, julgue o item.
“deve se preocupar” por deve preocupar‐se
Comentário:
Após verbo no infinitivo, a ênclise é permitida também, mesmo se houver palavra atrativa.
Questão correta.

(SEPLAG-RECIFE / 2019)
O emprego das formas pronominais e verbais se dá de modo plenamente adequado na frase:
Eles haviam resguardado-se de planejar, e os imprevistos da operação acabaram tragando-lhes.
Comentários:
Resguardado é verbo no particípio e não pode haver pronome oblíquo átono após particípio.
Questão incorreta.

(SEPLAG-RECIFE / 2019)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto
Se lhe proviessem como um pintor lírico, caso Deus assim lhe favorecesse, o poeta Mário
Quintana disporia-se a transfigurar o real.
Comentários:

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“Disporia” é verbo no futuro do pretérito e não cabe ênclise, o pronome não pode estar após o
verbo nesse caso. Questão incorreta.

Colocação pronominal na locução verbal


A locução verbal é formada de VERBO AUXILIAR + VERBO PRINCIPAL EM FORMA NOMINAL
(infinitivo, particípio, gerúndio). Só para relembrar:

Ex: Posso lhe dizer tudo. (locução com verbo no infinitivo – dizer)
Ex: Haviam-me enganado. (locução com verbo no particípio – enganado)
Ex: Ele estava testando-me sempre. (locução com verbo no gerúndio – testando)

Todas as regras e probições continuam válidas. Sem desrespeitar nenhuma das proibições
anteriores, o pronome pode vir antes, depois ou no meio1 da locução. Porém, se houver palavra
atrativa, o pronome não pode estar no meio com hífen, pois isso indicaria que estaria em ênclise
com o verbo auxiliar, quando, na verdade, ele só pode estar no meio por estar em próclise ao
verbo principal.

Não entendeu? Grave que nas locuções, se o pronome vier no meio, não pode ter hífen.

Vamos elucidar essa regra com alguns exemplos:


✔ Ex: Eu lhe estou emprestando dinheiro.
✔ Ex: Eu estou lhe emprestando dinheiro.
✔ Ex: Eu estou-lhe emprestando dinheiro.
✔ Ex: Eu estou emprestando-lhe dinheiro.
✔ Ex: Eu não lhe estou emprestando dinheiro. (o pronome está proclítico a “estou", verbo
auxiliar)
✔ Ex: Eu não estou lhe emprestando dinheiro. (o pronome está proclítico a “emprestando”,
verbo principal)
🗶 Ex: Eu não estou-lhe emprestando dinheiro. (Errado porque o pronome, com hífen, estaria
em ênclise com palavra atrativa obrigando próclise)

1-
A gramática tradicional mais rígida recomenda evitar o pronome no meio da locução.
Contudo,“ a próclise ao verbo principal tem abono recente nas gramáticas brasileiras”.
O renomado gramático Celso Cunha oferece exemplos de pronome no meio da locução, com
hífen, quando NÃO HÁ PALAVRA ATRATIVA.
Ex: “Vão-me buscar, sem mastros e sem velas...”
Ex: “Ia-me esquecendo dela”

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Ex: “A cidade ia-se perdendo à medida que o veleiro rumava para São Pedro.
Ex: “Tenho-o trazido sempre...”

Cegalla traz os seguintes exemplos:


Ex: “Os presos tinham-se revoltado”.
Ex: “Não devo calar-me, ou não me devo calar, ou não devo me calar.” (no meio, sem
hífen!)
Ex: “Vou-me arrastando, ou vou me arrastando, ou vou arrastando-me.” (no meio, sem
hífen!)

Portanto, é possível que algumas questões não considerem correta a colocação do pronome
antes do verbo principal. Procure a melhor resposta!

Por fim, saliento que há muitas regrinhas e divergências nesse tema, mas o que realmente é
fundamental para a prova é MEMORIZAR AS PROIBIÇÕES E PALAVRAS ATRATIVAS.

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QUESTÕES COMENTADAS - COLOCAÇÃO PRONOMINAL -


MULTIBANCAS
1. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
Assinale a alternativa em que o emprego e a colocação do pronome na frase estão de acordo
com a norma-padrão.
a) A proposta de reforma precisa passar por modificações para que parlamentares lhe aprovem.
b) Houve resistência à criação de um novo imposto. É necessário esclarecer as razões que
justifique-o.
c) A reforma beneficia principalmente as empresas. A nova proposta visa desonerar elas ao
pagarem salários.
d) Foi apresentado um novo imposto nos moldes da antiga CPMF. No entanto, parlamentares
não o aprovaram.
e) Não pode-se prever quando haverá uma reforma tributária consolidada. O ministro ainda
precisa fazer inúmeras articulações políticas.
Comentários:
A: errada. O verbo aprovar é transitivo direto, portanto, o pronome oblíquo utilizado não poderia
ser lhe, que exerce a função de objeto indireto. O correto seria “A proposta de reforma precisa
passar por modificações para que parlamentares a aprovem”.
B: errada. O pronome relativo que é atratora. Logo, o correto seria “Houve resistência à criação
de um novo imposto. É necessário esclarecer as razões que o justifique”
C: errada. O pronome pessoal reto elas foi usado no lugar de um pronome oblíquo. Em posição
de objeto, considerando que o verbo desonerar é transitivo direto, o correto seria “A nova
proposta visa desonerá-las ao pagarem salários”.
D: correta. O pronome oblíquo o está antes do verbo (ocorrendo a próclise) porque não é uma
palavra atratora. Além disso, esse pronome foi corretamente empregado por exercer a função de
objeto direto do verbo aprovaram. Lembrando que lhe/lhes é empregado quando ocupa a
função de objeto indireto.
E: errada. A palavra negativa não é atratora. Desse modo, o correto seria “Não se pode prever
quando haverá...”.
Gabarito: letra D.

2. (GESTOR DE SANEAMENTO ENGENHARIA CIVIL - SEMAE SÃO JOSÉ DO RIO


PRETO-SP / 2020)
Leia um trecho do romance “A Madona de Cedro”, de Antonio
Callado, para responder à questão.
No primeiro dia no Rio de Janeiro, Delfino Montiel quase se afogou. Ele tinha aprendido a nadar
menino ainda no rio das Velhas, na fazenda de seu tio Dilermando. Mas a corrente dos rios é
honesta e determinada, vai reta e sempre se disciplina pelas margens. O mar... Ora, quem vai

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entender o mar? Delfino largou-se para o mar no mesmo dia em que chegara ao Rio.
Atravessou a areia e foi entrando no mar numa espécie de exaltação. Queria chorar com
aquela frescura de água azul, queria abraçar e beijar o mar. A primeira onda que lhe veio ao
encontro, Delfino a recebeu de braços abertos. Ela o derrubou numa cascata de areia e
espuma. Ele bebeu água, muita, mas estava embriagado de mar.
Só quando já se achava sentado na areia, arquejante, entre uma súcia de curiosos, é que Delfino
compreendeu que quase tinha morrido afogado. Um dos que o havia salvo era um rapagão
simpático que lhe perguntou:
– Você donde é que veio, patrício, de Cabrobó¹ ou Caixa Prego² ?
– De Congonhas do Campo, respondeu Delfino ingenuamente.
Muita gente riu em torno dele.
– Pois, se você ainda quer rever Congonhas, trate o mar com mais desconfiança.
Enquanto o rapaz se afastava, Delfino notou principalmente o riso de uma menina de cabelos cor
de mel. Ele a notou porque a menina não queria exatamente rir, com pena dele que estava,
mas sua companheira ria tão à vontade que ela não podia deixar de acompanhá-la.
Com os olhos fitos nela, Delfino a foi acompanhando com a vista enquanto a menina entrava no
mar. Viu logo que era uma amiga íntima do mar. Viu-a furar uma primeira onda, ligeira e exata
como uma agulha mergulhando na dobra azul de um pano. Quando ela se levantou do
mergulho, o cabelo cor de mel estava preto e grudado ao pescoço, preto-esverdeado, como
se ela tivesse voltado mais marinha do fundo do mar.
(Record/Altaya. Adaptado)

¹Cabrobó é uma cidade pernambucana no sertão do São Francisco.


²Caixa Prego significa lugar muito distante, longínquo.

A colocação do pronome no trecho original do texto pode ser alterada, seguindo a


norma-padrão, como indicado na alternativa:
A) ... é honesta e determinada, vai reta e sempre disciplina-se pelas margens.
B) A primeira onda que veio-lhe ao encontro, Delfino recebeu-a de braços abertos.
C) Só quando já achava-se sentado na areia, arquejante...
D) Um dos que havia salvo-o era um rapagão simpático...
E) Com os olhos fitos nela, Delfino foi acompanhando-a com a vista...
Comentários:
A - Essa colocação está inadequada, pois o vocábulo "sempre" é um advérbio, e advérbio é
palavra atrativa. Deve-se, portanto, utilizar a próclise. O correto seria: "... é honesta e
determinada, vai reta e sempre se disciplina pelas margens.".
B - Essa colocação está inadequada, pois o vocábulo "que" é um pronome relativo e é, portanto,
uma palavra atrativa. Deve-se, então, utilizar a próclise. O correto seria: "A primeira onda que
lhe veio ao encontro, Delfino recebeu-a de braços abertos.".
C - Essa colocação está inadequada, pois o vocábulo "já" é um advérbio e é, portanto, uma
palavra atrativa. Deve-se, então, utilizar a próclise. O correto seria: "Só quando já se achava
sentado na areia, arquejante...".

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D - Essa colocação está inadequada, pois o verbo "salvo" está conjugado no particípio e não se
pode colocar pronomes átonos após verbo no particípio. Além disso, o pronome relativo
"que" é palavra atrativa de próclise.
E - Essa colocação está adequada, pois o verbo está no gerúndio e, portanto, a ênclise é
obrigatória.
Atenção: A ênclise é obrigatória com verbo no gerúndio, desde que não seja precedido da
preposição "em".
Gabarito: letra E.

3. (TÉCNICO EM GESTÃO ASSISTÊNCIA ADMINISTRATIVA (FITO SP) / 2020)


É só sair da estação Osasco da CPTM para chegar ao principal polo varejista de rua do Estado de
São Paulo – descontada a 25 de Março, claro.
Os quatro quarteirões fechados para carros que compõem o calçadão da rua Antônio Agú, em
Osasco, concentram 250 lojas e recebem 350 mil pessoas por dia.
Preços competitivos, fácil acesso e alternativa ao trânsito de São Paulo são chamarizes para
consumidores locais, de cidades vizinhas (Barueri, Itapevi e Cotia) e de bairros da zona oeste
paulistana (Butantã e Jaguaré).
A locutora Sonia De Piere, 53, é uma paulistana que prefere comprar em Osasco a enfrentar o
trânsito em direção ao centro de São Paulo. “O estacionamento é mais barato, os preços são
bons, e os supermercados distribuem sacolinha plástica”, resume.
De acordo com a Associação Comercial e Empresarial de Osasco, na época do Natal, o lugar
recebe 1,5 milhão de consumidores/dia. “A posição geográfica ajuda. Osasco era bairro de
São Paulo, e isso colaborou para que o comércio crescesse de maneira vertiginosa”, diz André
Menezes, presidente da entidade.
Ao longo do caminho, uma série de lojas lado a lado supre demandas que vão de flores a
eletrônicos. Há produtos naturais a granel, moda, bijuterias e utensílios para casa, entre outros
itens.
Mas o forte são os calçados. “A cidade é um dos berços da comunidade armênia, que domina
esse mercado”, explica Menezes.
(Amanda Nogueira. Calçadão de Osasco só perde para a 25 de Março em número de lojas. http://especial.folha.uol.com.br, 13.03.2016.
Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo entre parênteses substitui corretamente a expressão.


A) chegar ao principal polo varejista de rua (chegá-lo)
B) recebem 350 mil pessoas (recebem-as)
C) prefere comprar em Osasco (prefere comprar-lhe)
D) distribuem sacolinha plástica (distribuem-na)
E) supre demandas (supre-lhes)
Comentários:

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A - O pronome átono "o" não pode exercer a função de objeto indireto, apenas de objeto
direto. "ao principal polo varejista de rua" é objeto indireto. Portanto, a substituição seria
incorreta.
B - Após som nasal, deve-se acrescentar "n" antes do pronome átono (recebem-nas).
C - 'Comprar' é um verbo transitivo direto; 'lhe' exerce a função de objeto indireto. Além disso,
esse pronome oblíquo não pode substituir um adjunto adverbial ("em Osasco").
D - Substituição correta: Distribuem ISSO = distribuem-na.
E - "Demandas" é objeto direto; o correto seria "supre-as".
Gabarito: letra D.

4. (TÉCNICO EM GESTÃO ASSISTÊNCIA ADMINISTRATIVA (FITO SP) / 2020)


Encontra-se em conformidade com a norma-padrão da língua quanto à colocação dos pronomes
a seguinte frase:
A) … uma dádiva dos deuses que, infelizmente, não encontramos-a por aqui.
B) … o suco abundante escorre pelo queixo e o doce naturalmente mescla-se ao sal em sua
língua.
C) … manipulando suas características até que transformaram-nos nesse tímido vegetal…
D) Me dou conta de que há questões mais urgentes a serem tratadas em nosso país…
E) A vida é curta, meus caros, e não podemos medir esforços para a deixar mais doce…
Comentários:
A - 'Não' é palavra atrativa. O correto seria 'não a encontramos'.
B - O advérbio 'naturalmente' é palavra atrativa. O correto seria 'naturalmente se mescla'.
C - 'Que' é palavra atrativa. O correto seria 'que nos transformaram'.
D - Não se inicia período com pronome átono. O correto seria 'Dou-me conta'
E - Em 'para a deixar', o pronome 'a' pode vir antes ou após o verbo. Alternativa correta.
Gabarito: letra E.

5. (AGENTE ADMINISTRATIVO (VALIPREV SP) / 2020)


Assinale a alternativa que reescreve a passagem – Hoje, convém poupar primeiro para a
indenização que eles nos vão pedir. – de acordo com a norma-padrão de emprego dos verbos
e colocação pronominal.
A) Futuramente, até convinha-nos poupar primeiro para a indenização que eles irão nos pedir.
B) Antigamente, sempre nos conviera poupar primeiro para a indenização que eles nos irão pedir.
C) Antigamente, talvez nos conviesse poupar primeiro para a indenização que eles iam nos pedir.
D) Antigamente, por certo conveio-nos poupar primeiro para a indenização que eles irão nos
pedir.

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E) Futuramente, é possível que convirá-nos poupar primeiro para a indenização que eles iam
pedir-nos.
Comentários:
A - Diante do advérbio "até", é necessário utilizar próclise, e há uma incoerência de tempos
verbais, uma vez que o verbo "convir" está no passado e a oração faz referência ao futuro.
B - A conjugação do verbo "convir" está inadequada, uma vez que o tempo verbal adequado à
ocasião é o pretérito imperfeito, não o mais-que-perfeito, tendo em vista que o fato ocorrido
no passado dá ideia de continuidade, não de que ocorreu antes de outra ação.
C - A ação, que ocorre no passado e dá ideia de continuidade, é representada pelo pretérito
imperfeito. Como indica imprecisão, é utilizado o modo subjuntivo.
D - As expressões "antigamente" e "conveio" sugerem tempo passado, o que não admite o
verbo "ir" no futuro (irão).
E - O advérbio "futuramente" indica tempo futuro, ou seja, o verbo "iam" está inadequado
quanto ao tempo, uma vez que este está no pretérito imperfeito do indicativo. Outro
problema é que a colocação pronominal está inadequada, uma vez que, diante do pronome
"que", deve ocorrer próclise em vez de ênclise.
Gabarito: letra C.

6. (ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL - DIREITO (PREF SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP /


2020)
Encontra-se em conformidade com a norma-padrão da língua, quanto à colocação dos
pronomes, a seguinte frase:
A) … o educador que levaria-nos até aquele emaranhado de endereços desencontrados…
B) Se passou muito tempo, talvez quase uma hora de silêncios entre nós…
C) Mas ainda não olhava-me.
D) Frequentemente deparei-me com essa fome…
E) O menino leu-me muito antes de eu a ele…
Comentários:
A - Temos um caso de próclise obrigatória, visto que o pronome relativo "que" atrai o pronome
oblíquo "nos". Logo, deveria ser "... o educador que nos levaria até....".
B - Não se usa pronome oblíquo no início de frase, sempre se deve iniciar o período de forma
enclítica (verbo+pronome), nesses casos.
C - Este caso é de próclise obrigatória, por isso, o erro do item. O pronome "me" deveria
acompanhar o advérbio de Negação "não".
D - Estamos diante de um caso de próclise obrigatória, porque "advérbio atrai os pronomes
oblíquos". A palavra "frequentemente" é um advérbio e, quando temos a apresentação do
advérbio anterior ao verbo, o pronome que companha o verbo deve vir antes do verbo
(PRÓCLISE).

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E - Na frase, temos hipótese de colocação pronominal facultativa, logo, pode-se colocar o


pronome tanto proclítico (antes do verbo) como enclítico (frente ao verbo). Na alternativa, a
questão está correta, pois está enclítico.
Gabarito: letra E.

7. (CGE-CE–Conhec. Básicos – 2019)


E no meio daquele povo todo sempre se encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma
moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
O vocábulo “se”
a) poderia ser suprimido, sem alteração dos sentidos do texto.
b) encontra-se em próclise devido à presença do advérbio “sempre”.
c) indetermina o sujeito da forma verbal “encontrava”.
d) retoma a palavra “povo” (L.10).
e) indica reciprocidade.
Comentários:
Em “sempre se encontrava” temos o pronome antes do verbo sendo atraído pelo advérbio de
tempo “sempre”, temos caso de próclise obrigatória. A propósito da sintaxe, esse “SE” é
apassivador: sempre era encontrada uma alma boa. Gabarito letra B.

8. (UNIRIO/Assistente em Administração/2019)
Considere a frase: “Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos edifícios”.
A reescritura que obedece à norma-padrão quanto à colocação pronominal é a seguinte:
A) Atrás dos edifícios, com preguiça, o sol tinha escondido-se.
B) O sol se a esconder começou com preguiça atrás dos edifícios.
C) Começaria o sol se a esconder atrás dos edifícios com preguiça.
D) Se começava o sol, com preguiça, a esconder atrás dos edifícios.
E) Com preguiça, começava o sol a se esconder atrás dos edifícios.
Comentários:
A) É proibido o uso do pronome após verbos no particípio "escondido". A forma adequada é "o
sol tinha SE escondido" (próclise). Incorreta.
B) Basicamente, existem três possibilidades no que se refere à colocação pronominal, sendo elas:
próclise (pronome ANTES do verbo), mesóclise (pronome no MEIO do verbo) e ênclise (pronome
DEPOIS do verbo). Entretanto, aqui temos o pronome antes da preposição "a" e não se
relacionando diretamente com o verbo "esconder". Incorreta.
C) Exatamente o mesmo caso do item B, ou seja, não devemos colocar o pronome antes da
preposição "a". Incorreta.
D) É proibido iniciar a oração com pronome oblíquo átono . Incorreta.

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E) Com verbos no infinitivo "esconder", é livre a posição do pronome, antes ou depois do verbo
(a SE esconder ou a esconder-SE). Alternativa correta. Gabarito letra E.

9. (UNIRIO/Assistente em Administração/2019)
A frase em que a colocação do pronome oblíquo obedece aos ditames da norma-padrão é:
A) Abri o estojo, cheirando-o por um longo tempo.
B) Seria-lhe útil ter um notebook de última geração.
C) Me fascinou reviver o tempo de minha primeira infância.
D) O que lembrou-lhe o estojo escolar foi o novo notebook.
E) Conforme abria-o, sentia seu cheiro agradável cada vez mais forte.
Comentários:
A) Temos um caso no qual a colocação pronominal está perfeita, pois é proibido posicionar o
pronome oblíquo átono logo após a vírgula, ou seja, a ÊNCLISE foi usada corretamente
"cheirando-O". Alternativa correta.
B) É proibido o uso do pronome após verbos no futuro "seria" e também não podemos usar a
forma "LHE seria". A forma mais adequada é "seria útil A ELE(A) ter...". Incorreta.
C) É proibido iniciar oração com pronome oblíquo átono. A forma adequada é "fascinou-ME".
Incorreta.
D) O "que" é um pronome relativo cuja função é retomar o pronome demonstrativo "o" (O que
= AQUILO que), ou seja, o pronome relativo é uma clássica palavra atrativa e a forma adequada é
"o que LHE lembrou". Incorreta.
E) A conjunção "conforme" também é uma palavra atrativa, uma vez que as conjunções
subordinativas são palavras atrativas. A forma adequada é "conforme O abria". Incorreta.
Gabarito letra A.

10. (MÉDICO (PREF AUGUSTO PESTANA/RS) /2019)


Em relação à colocação do pronome oblíquo átono, marcar C para as sentenças Certas, E para as
Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) Me conta o que ouviste.
( ) Ninguém me visitou.
A) E - C.
B) C - C.
C) C - E.
D) E - E.
Comentários:
(E) Me conta o que ouviste.
ERRADO.

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Pessoal, na língua culta não se inicia oração com pronome oblíquo. O correto seria o pronome
estar enclítico, isto é, depois do verbo → Conta-me o que ouviste.
(C) Ninguém me visitou.
CERTA.
Nesse caso, a colocação pronominal está correta. O pronome indefinido "ninguém" é
uma palavra atrativa, portanto o pronome "me" é atraído para antes do verbo, ou seja,
fica proclítico.
Gabarito: letra A.

11. (AUDITOR DE CONTROLE INTERNO (PREF CHAPECÓ/SC) / 2019)


Em relação à colocação do pronome oblíquo átono, assinalar a alternativa INCORRETA:
A) Isso nos deixa confiantes.
B) Diga-me a verdade.
C) Não disseram-nos o assunto da reunião.
D) Nada me faz ir àquela festa.
Comentários:
Não disseram-nos o assunto da reunião.
A ênclise é incorreta neste caso, pois há a presença da partícula atrativa (a palavra "não" atrai o
pronome) que atrai o pronome. O correto seria: "Não nos disseram o assunto da reunião”.
Gabarito: letra C.

12. (FISCAL DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR - SSPC (PREF VALINHOS/SP) / 2019)


A colocação pronominal está de acordo com a norma-padrão em:
A) Não importa de onde o torcedor vem, é preciso que aproximemo-lo do seu clube do coração.
B) O torcedor, ao não aproximar-se do clube, é alijado do seu pleno direito de torcida.
C) Os preços impeditivos assustam os torcedores e geralmente mantêm-nos longe dos estádios.
D) Iniciativas de redução de preço das entradas são bem-vistas, e mais clubes estão copiando-as.
E) A entrada com preço reduzido parece ser uma tendência e quem usa-as mais é o torcedor
mais carente.
Comentários:
A - 'Que' é palavra atrativa. O correto seria 'é preciso que o aproximemos'.
B - 'Não' é palavra atrativa. A banca não considera a possibilidade de ênclise ao verbo no
infinitivo. Portanto, o correto seria 'ao não o aproximar'.
C - 'Geralmente' é palavra atrativa (advérbio). O correto seria 'geralmente nos mantêm'.
D - Não há nada que proíba próclise ou ênclise ('estão copiando-as'). Alternativa correta.
E - 'Quem' é palavra atrativa. O correto seria 'e quem as usa'.

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Gabarito: letra D.

13. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CERQUILHO (SP) / 2019)


Nos parênteses, encontra-se expressão equivalente ao trecho antecedente sem prejuízo da
norma-padrão quanto ao emprego e à colocação dos pronomes:
A) o dono, que comprava brioches (o dono, que comprava-lhes)
B) todos admiravam a beleza do animal (todos admiravam-a)
C) murmurou palavras ternas ao pobre bicho (murmurou-lhe palavras ternas)
D) é uma dádiva que não falem de política (é uma dádiva que não fale-se de política)
E) o homem ainda mantinha seus gestos (o homem ainda mantinha-os)
Comentários:
A - Aqui, há dois erros: trata-se de um caso de próclise por haver pronome relativo antes do
verbo e, além disso, o pronome LHE só é usado para verbos transitivos indiretos.
B - Aqui também é possível perceber dois erros: trata-se de um caso de próclise por haver
pronome indefinido antes do verbo e, mesmo que não houvesse a condição proclítica de atração,
o correto no caso de ênclise seria admiravam-NA pelo fato do verbo terminar em M.
C - Pronome oblíquo átono "lhe" foi usado corretamente como objeto indireto do verbo
"murmurou" (algo a alguém).
D - Trata de um caso de próclise por haver palavra negativa antes do verbo. O correto seria 'que
não se fale'.
E - Trata-se de um caso de próclise, pois há advérbio antes do verbo. O correto seria 'ainda os
mantinha'.
Gabarito: letra C.

14. (CÂMARA MUNICIPAL DE MAUÁ (SP) / 2019)


Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes atende à norma-padrão da língua
portuguesa.
A) Sempre nos iludiram com a ideia de felicidade absoluta.
B) As pessoas que limitam-se ao consumismo não são felizes.
C) Embora iludissem-me com aquelas promessas, não acreditei.
D) Nunca deve-se acreditar na ideia de felicidade constante.
E) Quem perde-se em ilusões a respeito de felicidade, sofre mais.
Comentários:
A - 'Sempre' é advérbio e, portanto, palavra atrativa. A próclise é obrigatória ("Sempre nos...").
Alternativa correta.
B - 'Que' é palavra atrativa. O correto seria 'que se limitam'.
C - 'Embora' é palavra atrativa. O correto seria 'embora me iludissem'.

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D - 'Nunca' é palavra atrativa. O correto seria 'Nunca se deve'.


E - 'Quem' é palavra atrativa. O correto seria 'Quem se perde'.
Gabarito: letra A.

15. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CERQUILHO (SP) / 2019)


Em conformidade com a norma-padrão da língua, o trecho equivalente ao destacado em – ... o
segundo macaco não conseguia alcançar a Lua. –, com a expressão a Lua substituída pelo
pronome correspondente, é:
A) conseguia alcançar-la
B) lhe conseguia alcançar
C) conseguia-na alcançar
D) conseguia-lhe alcançar
E) a conseguia alcançar
Comentários:
Observando a oração, notamos a presença da palavra negativa "não", que atrai próclise do
pronome átono. Note também que o verbo "alcançar", com o sentido de "chegar a", é um verbo
transitivo direto. Dessa forma, o pronome que substitui corretamente o complemento "a Lua" é
"a".
Gabarito: letra E.

16. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAÇATUBA (SP) / 2019)


Assinale a alternativa em que a colocação pronominal do enunciado atende à norma-padrão.
A) E dos 8,8 milhões que matricularam-se, 700 mil abandonaram a escola antes do final do ano
letivo.
B) De acordo com o estudo, gera-se um acréscimo salarial médio de R$ 35 mil ao longo da vida
com a conclusão do ensino médio.
C) As evidências mostram que trabalhadores mais qualificados realmente tornam-se mais
produtivos e atraem mais investimentos.
D) Se vê que há muito a fazer na educação, com planejamento, competência e coordenação em
várias frentes.
E) Com a evasão escolar, existe o custo individual que cada jovem que não forma-se
academicamente sofre.
Comentários:
A - Caso de próclise: 'que se matricularam'
B - Recomenda-se ênclise ao iniciar orações após vírgula ou ponto e vírgula: 'gera-se...'
C - Caso de próclise: 'realmente se tornam...'
D - Caso de ênclise: 'Vê-se...'

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E - Caso de próclise: 'cada jovem que não se forma...'


Gabarito: letra B.

17. (INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA (SP) / 2019)


Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes está de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa.
A) Já se sabe que o café é uma bebida muito apreciada.
B) Não convidaram-nos para tomar café ontem à tarde.
C) Mesmo que ofereçam-lhe, ela não aceitará tomar café sem os amigos.
D) Nos disseram que haveria muitos motivos para saborear um café.
E) Ele disse que nunca interessou-se em provar café sem açúcar.
Comentários:
A - Caso de próclise: 'Já se sabe...'
B - Caso de próclise: 'Não nos convidaram'
C - Caso de próclise: 'Mesmo que lhe ofereçam'.
D - Caso de ênclise: 'Disseram-nos que...'
E - Caso de ênclise: 'que nunca se interessou...'
Gabarito: letra A.

18. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE ALAGOAS / 2017)

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“Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa”; essa frase apresenta reescritura inadequada
em:
a) Fala-se muito, hoje, sobre intolerância religiosa;
b) Sobre intolerância religiosa, hoje fala-se muito;
c) Hoje muito é falado sobre intolerância religiosa;
d) Muito é falado, hoje, sobre intolerância religiosa;
e) Fala-se hoje muito sobre intolerância religiosa.
Comentários:
Nessa questão, a banca deu como gabarito a letra E, mas também poderia ser a letra B. Vejamos:
Há duas questões a serem notadas nesta questão:
● Sobre o emprego de advérbios, é necessário lembrar que se trata de uma categoria
responsável, principalmente, por alterar o sentido de outra palavra. Sendo assim, deve-se
encontrar o mais próximo possível da palavra que altera.
Isto não se observa na construção "Fala-se hoje muito sobre intolerância religiosa.", na qual o
verbo "fala-se" e o advérbio "muito" são separados pelo advérbio "hoje".
Partindo desta questão, a alternativa E se encontra errada.
● Sobre o emprego da próclise, é necessário relembrar:
Após advérbios ou locuções adverbiais, utiliza-se próclise.
Observe a frase: "Sobre intolerância religiosa, hoje fala-se muito"

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Podemos identificar a presença do advérbio "hoje", que obriga o uso da próclise. Note, porém,
que a frase faz uso da ênclise.
Sendo assim, é possível também indicar a alternativa B como errada.
Gabaritos: letra B e E.

19. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE ALAGOAS / 2017)


A frase abaixo que apresenta ERRO no uso de pronome é:
a) Em se tratando de eleições, aquela foi a mais difícil;
b) Amemo-nos uns aos outros;
c) Alguém deseja segui-lo;
d) Ele foi-se afastando devagar; ==315152==

e) Eu tinha examinado-o vagarosamente.


Comentários:
A - CORRETO. De acordo com a norma gramatical, quando o verbo na forma nominal gerúndio
for precedida da preposição EM, como ocorre nessa assertiva, o pronome deve ser
posicionado ANTES do verbo, em próclise.
B - CORRETO. Ênclise obrigatória, pois não se inicia frase com pronome oblíquo.
C - CORRETO. Em locuções verbais, mesmo com palavras atrativas, existe a possibilidade de
próclise ou ênclise ao infinitivo.
D - CORRETO. Na ausência de palavra atrativa, em locuções em que o verbo principal esteja no
gerúndio, pode-se usar próclise ou ênclise.
E - INCORRETO. O pronome encontra-se erroneamente em ênclise ao verbo principal (no
particípio) da locução verbal. Quando o verbo principal de uma locução está na forma
nominal do particípio a ÊNCLISE É PROIBIDA; portanto, o pronome oblíquo átono deve ser
empregado DEPOIS do verbo auxiliar ou ANTES da locução verbal.
→ Eu tinha-o examinado vagarosamente. (após o verbo auxiliar);
→ Eu o tinha examinado vagarosamente (antes da locução verbal).
Gabarito: letra E.

20. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / 2016)


Texto 1 – Preâmbulo
O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida cotidiana, os valores e as opções
estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele contribui para o desenho da paisagem dos
campos e das cidades. Às vezes, ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos
necessários à interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a
incompreensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou de Belém, deleitar-se
com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os quadros de Rembrandt, apreciar
verdadeiramente certas obras de Stendhal ou de Victor Hugo implica poder decifrar as

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referências cristãs que constituem a beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os
debates mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de
culturas também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da
sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao
mundo.
Foi nessa perspectiva que nos dirigimos a eminentes especialistas. Propusemos a eles que
pusessem seu saber à disposição dos leitores de um vasto público culto. Isso, sem o peso da
erudição, sem o emprego de um vocabulário excessivamente especializado, sem eventuais
alusões a um suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma existência real, e, claro,
sem intenção de proselitismo.
(História do Cristianismo, org. Alain Corbin. São Paulo: Martins Fontes. 2009. p.XIII).

Independentemente da posição no texto 1, se substituíssemos os complementos dos verbos


abaixo por pronomes pessoais oblíquos enclíticos, a única forma INADEQUADA seria:
a) impregna a vida cotidiana / impregna-a;
b) entender os debates / entendê-los;
c) ganha destaque / ganha-o;
d) supõe um conhecimento / supõe-lo;
e) marcaram sua história / marcaram-na.
Comentários:
Precisamos encontrar a alternativa INCORRETA.
Todas as substituições propostas, exceto aquela da alternativa "D", estão corretas; vejamos:
→ Supõe um conhecimento / supõe-lo;

Não podemos substituir pelo pronome na forma "lo", pois quando o verbo terminar em som
nasal, assumirá as formas "no, na, nos, nas", portanto a forma correta seria: Supõe-no.

Todas as outras encontram-se corretas:


• "a vida cotidiana" é objeto direto, assim substituímos por "a".
• o verbo "entender" termina em R e "debates" é seu objeto direto → debatê-los.
• "destaque" é objeto direto → ganha-o.
• "sua história" é objeto direto e "marcaram" tem final nasal → marcaram-na.

21. (PREFEITURA MUNICIPAL DE PAULÍNIA (SP) / 2016)


A frase “Me empresta o livro” mostra

A) uma colocação de pronome oblíquo que pode ser considerada correta já que, no Brasil, o
pronome inicial é tônico.
B) uma forma da linguagem coloquial e particularmente presente nas regiões Norte e Nordeste
do país.
C) uma maneira de empregar o pronome oblíquo que imita o uso de Portugal.
D) um regionalismo brasileiro, impossível de encontrar-se na fala portuguesa.
E) um erro quanto à norma culta da língua, já que pronomes oblíquos átonos não podem iniciar
frases.

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Comentários:
Observe que o uso da próclise em início de frase é uma tendência observada na linguagem
coloquial do português brasileiro, por isso a banca considerou como gabarito a letra A. No
entanto, o problema desta questão é que a alternativa E especifica: "um erro quanto à norma
culta". Sabemos que, segundo a norma culta, é regra geral que não se deve iniciar frase com
pronomes átonos. Portanto, a letra E também está correta.
Gabarito da banca: A
Gabarito nosso: E.

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LISTA DE QUESTÕES - COLOCAÇÃO PRONOMINAL - MULTIBANCAS


1. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
Assinale a alternativa em que o emprego e a colocação do pronome na frase estão de acordo
com a norma-padrão.
a) A proposta de reforma precisa passar por modificações para que parlamentares lhe aprovem.
b) Houve resistência à criação de um novo imposto. É necessário esclarecer as razões que
justifique-o.
c) A reforma beneficia principalmente as empresas. A nova proposta visa desonerar elas ao
pagarem salários.
d) Foi apresentado um novo imposto nos moldes da antiga CPMF. No entanto, parlamentares
não o aprovaram.
e) Não pode-se prever quando haverá uma reforma tributária consolidada. O ministro ainda
precisa fazer inúmeras articulações políticas.

2. (GESTOR DE SANEAMENTO ENGENHARIA CIVIL - SEMAE SÃO JOSÉ DO RIO


PRETO-SP / 2020)
Leia um trecho do romance “A Madona de Cedro”, de Antonio
Callado, para responder à questão.
No primeiro dia no Rio de Janeiro, Delfino Montiel quase se afogou. Ele tinha aprendido a nadar
menino ainda no rio das Velhas, na fazenda de seu tio Dilermando. Mas a corrente dos rios é
honesta e determinada, vai reta e sempre se disciplina pelas margens. O mar... Ora, quem vai
entender o mar? Delfino largou-se para o mar no mesmo dia em que chegara ao Rio.
Atravessou a areia e foi entrando no mar numa espécie de exaltação. Queria chorar com
aquela frescura de água azul, queria abraçar e beijar o mar. A primeira onda que lhe veio ao
encontro, Delfino a recebeu de braços abertos. Ela o derrubou numa cascata de areia e
espuma. Ele bebeu água, muita, mas estava embriagado de mar.
Só quando já se achava sentado na areia, arquejante, entre uma súcia de curiosos, é que Delfino
compreendeu que quase tinha morrido afogado. Um dos que o havia salvo era um rapagão
simpático que lhe perguntou:
– Você donde é que veio, patrício, de Cabrobó¹ ou Caixa Prego² ?
– De Congonhas do Campo, respondeu Delfino ingenuamente.
Muita gente riu em torno dele.
– Pois, se você ainda quer rever Congonhas, trate o mar com mais desconfiança.
Enquanto o rapaz se afastava, Delfino notou principalmente o riso de uma menina de cabelos cor
de mel. Ele a notou porque a menina não queria exatamente rir, com pena dele que estava,
mas sua companheira ria tão à vontade que ela não podia deixar de acompanhá-la.
Com os olhos fitos nela, Delfino a foi acompanhando com a vista enquanto a menina entrava no
mar. Viu logo que era uma amiga íntima do mar. Viu-a furar uma primeira onda, ligeira e exata
como uma agulha mergulhando na dobra azul de um pano. Quando ela se levantou do

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mergulho, o cabelo cor de mel estava preto e grudado ao pescoço, preto-esverdeado, como
se ela tivesse voltado mais marinha do fundo do mar.
(Record/Altaya. Adaptado)

¹Cabrobó é uma cidade pernambucana no sertão do São Francisco.


²Caixa Prego significa lugar muito distante, longínquo.

A colocação do pronome no trecho original do texto pode ser alterada, seguindo a


norma-padrão, como indicado na alternativa:
A) ... é honesta e determinada, vai reta e sempre disciplina-se pelas margens.
B) A primeira onda que veio-lhe ao encontro, Delfino recebeu-a de braços abertos.
C) Só quando já achava-se sentado na areia, arquejante...
D) Um dos que havia salvo-o era um rapagão simpático...
E) Com os olhos fitos nela, Delfino foi acompanhando-a com a vista…

3. (TÉCNICO EM GESTÃO ASSISTÊNCIA ADMINISTRATIVA (FITO SP) / 2020)


É só sair da estação Osasco da CPTM para chegar ao principal polo varejista de rua do Estado de
São Paulo – descontada a 25 de Março, claro.
Os quatro quarteirões fechados para carros que compõem o calçadão da rua Antônio Agú, em
Osasco, concentram 250 lojas e recebem 350 mil pessoas por dia.
Preços competitivos, fácil acesso e alternativa ao trânsito de São Paulo são chamarizes para
consumidores locais, de cidades vizinhas (Barueri, Itapevi e Cotia) e de bairros da zona oeste
paulistana (Butantã e Jaguaré).
A locutora Sonia De Piere, 53, é uma paulistana que prefere comprar em Osasco a enfrentar o
trânsito em direção ao centro de São Paulo. “O estacionamento é mais barato, os preços são
bons, e os supermercados distribuem sacolinha plástica”, resume.
De acordo com a Associação Comercial e Empresarial de Osasco, na época do Natal, o lugar
recebe 1,5 milhão de consumidores/dia. “A posição geográfica ajuda. Osasco era bairro de
São Paulo, e isso colaborou para que o comércio crescesse de maneira vertiginosa”, diz André
Menezes, presidente da entidade.
Ao longo do caminho, uma série de lojas lado a lado supre demandas que vão de flores a
eletrônicos. Há produtos naturais a granel, moda, bijuterias e utensílios para casa, entre outros
itens.
Mas o forte são os calçados. “A cidade é um dos berços da comunidade armênia, que domina
esse mercado”, explica Menezes.
(Amanda Nogueira. Calçadão de Osasco só perde para a 25 de Março em número de lojas. http://especial.folha.uol.com.br, 13.03.2016.
Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo entre parênteses substitui corretamente a expressão.


A) chegar ao principal polo varejista de rua (chegá-lo)
B) recebem 350 mil pessoas (recebem-as)
C) prefere comprar em Osasco (prefere comprar-lhe)

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D) distribuem sacolinha plástica (distribuem-na)


E) supre demandas (supre-lhes)

4. (TÉCNICO EM GESTÃO ASSISTÊNCIA ADMINISTRATIVA (FITO SP) / 2020)


Encontra-se em conformidade com a norma-padrão da língua quanto à colocação dos pronomes
a seguinte frase:
A) … uma dádiva dos deuses que, infelizmente, não encontramos-a por aqui.
B) … o suco abundante escorre pelo queixo e o doce naturalmente mescla-se ao sal em sua
língua.
C) … manipulando suas características até que transformaram-nos nesse tímido vegetal…
D) Me dou conta de que há questões mais urgentes a serem tratadas em nosso país…
E) A vida é curta, meus caros, e não podemos medir esforços para a deixar mais doce…

5. (AGENTE ADMINISTRATIVO (VALIPREV SP) / 2020)


Assinale a alternativa que reescreve a passagem – Hoje, convém poupar primeiro para a
indenização que eles nos vão pedir. – de acordo com a norma-padrão de emprego dos verbos
e colocação pronominal.
A) Futuramente, até convinha-nos poupar primeiro para a indenização que eles irão nos pedir.
B) Antigamente, sempre nos conviera poupar primeiro para a indenização que eles nos irão pedir.
C) Antigamente, talvez nos conviesse poupar primeiro para a indenização que eles iam nos pedir.
D) Antigamente, por certo conveio-nos poupar primeiro para a indenização que eles irão nos
pedir.
E) Futuramente, é possível que convirá-nos poupar primeiro para a indenização que eles iam
pedir-nos.

6. (ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL - DIREITO (PREF SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP /


2020)
Encontra-se em conformidade com a norma-padrão da língua, quanto à colocação dos
pronomes, a seguinte frase:
A) … o educador que levaria-nos até aquele emaranhado de endereços desencontrados…
B) Se passou muito tempo, talvez quase uma hora de silêncios entre nós…
C) Mas ainda não olhava-me.
D) Frequentemente deparei-me com essa fome…
E) O menino leu-me muito antes de eu a ele…

7. (CGE-CE–Conhec. Básicos – 2019)

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E no meio daquele povo todo sempre se encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma
moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
O vocábulo “se”
a) poderia ser suprimido, sem alteração dos sentidos do texto.
b) encontra-se em próclise devido à presença do advérbio “sempre”.
c) indetermina o sujeito da forma verbal “encontrava”.
d) retoma a palavra “povo” (L.10).
e) indica reciprocidade.

8. (UNIRIO/Assistente em Administração/2019)
Considere a frase: “Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos edifícios”.
==315152==

A reescritura que obedece à norma-padrão quanto à colocação pronominal é a seguinte:


A) Atrás dos edifícios, com preguiça, o sol tinha escondido-se.
B) O sol se a esconder começou com preguiça atrás dos edifícios.
C) Começaria o sol se a esconder atrás dos edifícios com preguiça.
D) Se começava o sol, com preguiça, a esconder atrás dos edifícios.
E) Com preguiça, começava o sol a se esconder atrás dos edifícios.

9. (UNIRIO/Assistente em Administração/2019)
A frase em que a colocação do pronome oblíquo obedece aos ditames da norma-padrão é:
A) Abri o estojo, cheirando-o por um longo tempo.
B) Seria-lhe útil ter um notebook de última geração.
C) Me fascinou reviver o tempo de minha primeira infância.
D) O que lembrou-lhe o estojo escolar foi o novo notebook.
E) Conforme abria-o, sentia seu cheiro agradável cada vez mais forte.

10. (MÉDICO (PREF AUGUSTO PESTANA/RS) /2019)


Em relação à colocação do pronome oblíquo átono, marcar C para as sentenças Certas, E para as
Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) Me conta o que ouviste.
( ) Ninguém me visitou.
A) E - C.
B) C - C.
C) C - E.
D) E - E.

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11. (AUDITOR DE CONTROLE INTERNO (PREF CHAPECÓ/SC) / 2019)


Em relação à colocação do pronome oblíquo átono, assinalar a alternativa INCORRETA:
A) Isso nos deixa confiantes.
B) Diga-me a verdade.
C) Não disseram-nos o assunto da reunião.
D) Nada me faz ir àquela festa.

12. (FISCAL DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR - SSPC (PREF VALINHOS/SP) / 2019)


A colocação pronominal está de acordo com a norma-padrão em:
A) Não importa de onde o torcedor vem, é preciso que aproximemo-lo do seu clube do coração.
B) O torcedor, ao não aproximar-se do clube, é alijado do seu pleno direito de torcida.
C) Os preços impeditivos assustam os torcedores e geralmente mantêm-nos longe dos estádios.
D) Iniciativas de redução de preço das entradas são bem-vistas, e mais clubes estão copiando-as.
E) A entrada com preço reduzido parece ser uma tendência e quem usa-as mais é o torcedor
mais carente.

13. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CERQUILHO (SP) / 2019)


Nos parênteses, encontra-se expressão equivalente ao trecho antecedente sem prejuízo da
norma-padrão quanto ao emprego e à colocação dos pronomes:
A) o dono, que comprava brioches (o dono, que comprava-lhes)
B) todos admiravam a beleza do animal (todos admiravam-a)
C) murmurou palavras ternas ao pobre bicho (murmurou-lhe palavras ternas)
D) é uma dádiva que não falem de política (é uma dádiva que não fale-se de política)
E) o homem ainda mantinha seus gestos (o homem ainda mantinha-os)

14. (CÂMARA MUNICIPAL DE MAUÁ (SP) / 2019)


Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes atende à norma-padrão da língua
portuguesa.
A) Sempre nos iludiram com a ideia de felicidade absoluta.
B) As pessoas que limitam-se ao consumismo não são felizes.
C) Embora iludissem-me com aquelas promessas, não acreditei.
D) Nunca deve-se acreditar na ideia de felicidade constante.
E) Quem perde-se em ilusões a respeito de felicidade, sofre mais.

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15. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CERQUILHO (SP) / 2019)


Em conformidade com a norma-padrão da língua, o trecho equivalente ao destacado em – ... o
segundo macaco não conseguia alcançar a Lua. –, com a expressão a Lua substituída pelo
pronome correspondente, é:
A) conseguia alcançar-la
B) lhe conseguia alcançar
C) conseguia-na alcançar
D) conseguia-lhe alcançar
E) a conseguia alcançar

16. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAÇATUBA (SP) / 2019)


Assinale a alternativa em que a colocação pronominal do enunciado atende à norma-padrão.
A) E dos 8,8 milhões que matricularam-se, 700 mil abandonaram a escola antes do final do ano
letivo.
B) De acordo com o estudo, gera-se um acréscimo salarial médio de R$ 35 mil ao longo da vida
com a conclusão do ensino médio.
C) As evidências mostram que trabalhadores mais qualificados realmente tornam-se mais
produtivos e atraem mais investimentos.
D) Se vê que há muito a fazer na educação, com planejamento, competência e coordenação em
várias frentes.
E) Com a evasão escolar, existe o custo individual que cada jovem que não forma-se
academicamente sofre.

17. (INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA (SP) / 2019)


Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes está de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa.
A) Já se sabe que o café é uma bebida muito apreciada.
B) Não convidaram-nos para tomar café ontem à tarde.
C) Mesmo que ofereçam-lhe, ela não aceitará tomar café sem os amigos.
D) Nos disseram que haveria muitos motivos para saborear um café.
E) Ele disse que nunca interessou-se em provar café sem açúcar.

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“Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa”; essa frase apresenta reescritura inadequada
em:
a) Fala-se muito, hoje, sobre intolerância religiosa;
b) Sobre intolerância religiosa, hoje fala-se muito;
c) Hoje muito é falado sobre intolerância religiosa;
d) Muito é falado, hoje, sobre intolerância religiosa;
e) Fala-se hoje muito sobre intolerância religiosa.

19. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE ALAGOAS / 2017)


A frase abaixo que apresenta ERRO no uso de pronome é:
a) Em se tratando de eleições, aquela foi a mais difícil;
b) Amemo-nos uns aos outros;
c) Alguém deseja segui-lo;
d) Ele foi-se afastando devagar;
e) Eu tinha examinado-o vagarosamente.

20. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / 2016)


Texto 1 – Preâmbulo

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O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida cotidiana, os valores e as opções
estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele contribui para o desenho da paisagem dos
campos e das cidades. Às vezes, ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos
necessários à interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a
incompreensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou de Belém, deleitar-se
com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os quadros de Rembrandt, apreciar
verdadeiramente certas obras de Stendhal ou de Victor Hugo implica poder decifrar as
referências cristãs que constituem a beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os
debates mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de
culturas também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da
sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao
mundo.
Foi nessa perspectiva que nos dirigimos a eminentes especialistas. Propusemos a eles que
pusessem seu saber à disposição dos leitores de um vasto público culto. Isso, sem o peso da
erudição, sem o emprego de um vocabulário excessivamente especializado, sem eventuais
alusões a um suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma existência real, e, claro,
sem intenção de proselitismo.
(História do Cristianismo, org. Alain Corbin. São Paulo: Martins Fontes. 2009. p.XIII).

Independentemente da posição no texto 1, se substituíssemos os complementos dos verbos


abaixo por pronomes pessoais oblíquos enclíticos, a única forma INADEQUADA seria:
a) impregna a vida cotidiana / impregna-a;
b) entender os debates / entendê-los;
c) ganha destaque / ganha-o;
d) supõe um conhecimento / supõe-lo;
e) marcaram sua história / marcaram-na.

21. (PREFEITURA MUNICIPAL DE PAULÍNIA (SP) / 2016)


A frase “Me empresta o livro” mostra

A) uma colocação de pronome oblíquo que pode ser considerada correta já que, no Brasil, o
pronome inicial é tônico.
B) uma forma da linguagem coloquial e particularmente presente nas regiões Norte e Nordeste
do país.
C) uma maneira de empregar o pronome oblíquo que imita o uso de Portugal.
D) um regionalismo brasileiro, impossível de encontrar-se na fala portuguesa.
E) um erro quanto à norma culta da língua, já que pronomes oblíquos átonos não podem iniciar
frases.

GABARITO

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7. LETRA B 14. LETRA A 20. LETRA D


1. LETRA D 8. LETRA E 15. LETRA E LETRAS A e
21.
2. LETRA E 9. LETRA A 16. LETRA B E
3. LETRA D 10. LETRA A 17. LETRA A
4. LETRA E 11. LETRA C LETRAS B e
18.
5. LETRA C 12. LETRA D E
6. LETRA E 13. LETRA C 19. LETRAS E

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