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EFEITOS DA FISIOTERAPIA NA FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA EM UNIDADE

DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO DE LITERATURA

AUTORES

Emily Nunes TEIXEIRA


Maria Julia LORENCETI
Thayane Cristina Viçôzo de AMORIM
Discentes do curso de Fisioterapia UNILAGO

Lucas Lima FERREIRA


Docente do curso de Fisioterapia UNILAGO

RESUMO

Introdução: A FAUTI é uma fraqueza muscular que ocorre após um período na UTI, afetando os
membros e músculos respiratórios. Os sobreviventes podem ter qualidade de vida comprometida, maior
necessidade de ventilação mecânica e risco de infecções. O diagnóstico é feito com base no escore
MRC abaixo de 48 por fisioterapeutas. A imobilidade na UTI pode levar à rápida perda de massa
muscular. Objetivo: Avaliar os efeitos da fisioterapia na fraqueza muscular adquirida na unidade de
terapia intensiva (FAUTI). Métodos: Neste estudo, foi realizada uma revisão narrativa de literatura
utilizando bases de dados como Scielo, Lilacs, Pubmed e PEDro. Foram buscados artigos publicados
entre janeiro de 2013 a janeiro de 2023. Os critérios de inclusão foram estudos observacionais, ensaios
clínicos randomizados ou não, com seres humanos adultos entre 18 a 60 anos. Os critérios de exclusão
foram artigos de revisão, estudos com idosos e crianças, e relatos de caso. Resultados: A mobilização
precoce, despertar diário, controle da glicemia, atenção à sedação e eletroestimulação muscular
mostraram-se eficazes na prevenção da FAUTI e na preservação do condicionamento físico,
funcionalidade e massa muscular, resultando em uma melhor reabilitação. A eletroestimulação é
especialmente vantajosa por não depender da colaboração do paciente. Conclusão: A fisioterapia
convencional, o uso de cicloergômetro passivo e a eletroestimulação neuromuscular, quando iniciados
precocemente por um período mínimo de 7 a 14 dias, são eficazes na prevenção e recuperação da
FAUTI.

PALAVRAS - CHAVE

Fisioterapia (Physiotherapy); UTI (ICU); Fraqueza Muscular (Muscle Weakness).


.
1. INTRODUÇÃO

A fraqueza muscular adquirida em unidade de terapia intensiva (FAUTI) trata se de uma condição que foi
descoberta clinicamente que tem como característica fraqueza difusa, assimétrica envolvendo a musculatura de
membros inferiores e superiores, assim como músculos respiratórios. Os pacientes estão suscetíveis a enfrentar a
síndrome a partir de 72 horas de admissão na UTI (DAMACENO, SACON, RODRIGUES, 2021; CHIANG et al.,
2006).
Os sobreviventes à internação em UTI geralmente desenvolvem a fraqueza muscular, estando esta,
relacionada à admissão na UTI. Está associada a deficiências significativas na estrutura e na função do corpo,
trazendo restrições de participação e limitações de atividade, podendo ter um impacto duradouro que persiste por
meses ou anos, onde resulta no declínio da qualidade de vida (ANEKWWE et al., 2019).
As musculaturas que são enfraquecidas, como consequência da FAUTI, envolvem tanto os músculos
periféricos quanto os respiratórios, assim, acaba influenciando significantemente no processo de desmame e
extubação, fazendo com que o uso da ventilação mecânica seja por períodos prolongados, favorecendo a
ocorrência de infecção e o acometimento maior da musculatura (ROQUE et al., 2017).
O diagnóstico pode ser feito através de um profissional fisioterapeuta, capacitado na utilização de
instrumentos, que avaliam a força muscular, destes destaca- se o escore do Medical Research Council (MRC). Tal
método é usado para avaliar força muscular de pacientes em UTI. Basicamente consiste na atuação de um teste,
sendo ele manual e bilateral em 12 grupamentos musculares por meio de 6 movimentos osteocinemáticos,
atribuindo pontuações que variam de 0 (paralisia total) e 5 (força muscular normal). A pontuação final será a soma
de cada grupo muscular, de 0 até 60, sendo uma pontuação abaixo de 48 é indicativa de FAUTI (LATRONICO,
GOSSELINK, 2017).
Devido a imobilidade, a massa muscular pode ser reduzida pela metade em até duas semanas, e
associado a sepse, declinar em 1,5kg por dia. Estudos demonstraram que pessoas saudáveis podem perder de
4% a 5% da força muscular por semana. Nos casos em que a conexão neural para o músculo é destruída, a
atrofia muscular ocorrerá mais rapidamente. A ligação entre hiperglicemia e fraqueza pode estar relacionada aos
efeitos tóxicos da mesma contrariada pelo efeito neuroprotetor e anti-inflamatório da insulina (SILVA, MAYNARD,
CRUZ, 2019).
A FAUTI promove prejuízos que são provocados através da resposta inflamatória sistêmica (SIRS),
afetando assim a morfologia e fisiologia dos músculos esqueléticos e seu sistema de condução. Em mérito das
modificações microvasculares, ocorre a despolarização axonal, resultando em hipoperfusão dos menores
capilares do nervo e minimização da oferta de oxigênio (DO 2). Originando aglomeração de metabólicos ácidos,
como: agentes pró-inflamatórios, que são liberados no momento da sepse e endotoxinas (GODOY et al., 2015).
A taxa de sobrevida de pacientes críticos aumentou de modo expressivo nos últimos anos, tanto no Brasil
quanto no mundo. Em derivações dos avanços tecnológicos em cuidados intensivistas. No Brasil, 55.6% dos
pacientes internados em UTI fazem uso de ventilação mecânica invasiva (VMI). Já nos Estados Unidos da
América (EUA), mais de um milhão de pacientes que são internados, a cada ano, necessitam de VMI (MESQUITA
e GARDEGHI, 2016).
A mobilização precoce tem mostrado redução no tempo para desmame da ventilação e é a base para a
recuperação funcional. A atividade física precoce como uma intervenção segura e viável em pacientes com
estabilidade cardiorrespiratória inclui atividades terapêuticas progressivas, tais como exercícios motores na cama,
sedestação a beira do leito, ortostatismo, transferência para a cadeira e deambulação. Os exercícios têm como
objetivo diminuir o risco de tromboembolismo, manter a movimentação da articulação, comprimento do tecido
muscular, da força e da função muscular (GOSSELINK et al., 2008; NEEDHAM et al., 2019).
Sendo assim, o trabalho terá como finalidade abordar todas as adversidades causadas pela internação na
UTI, e através deste, identificar métodos, através da fisioterapia, que possam minimizar este fato, a fim de que os
pacientes não sofram tanto com as consequências prejudiciais causadas pela FAUTI. Evidenciando assim, o
quanto a fisioterapia é essencial durante o período de internação, visando melhora na qualidade de vida e da
recuperação do paciente.
O estudo consiste em abordar as adversidades e as metodologias, para evidenciar os métodos e
benefícios da fisioterapia visando a recuperação do paciente e na melhora da qualidade de vida após internação.
A Fisioterapia contribui e minimiza as consequências prejudiciais causadas pela FAUTI.

2. OBJETIVO

Avaliar os efeitos da fisioterapia em pacientes com fraqueza adquirida na unidade de terapia intensiva
(FAUTI).

3. MÉTODOS

O estudo consistiu em uma revisão narrativa de literatura.


O estudo foi desenvolvido por meio de buscas nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online
(Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), National Library Of Medicine and
National Institute Of Health (Pubmed) e Physiotherapy Evidence Detabase (PEDro).
Neste estudo foram realizadas buscas de artigos publicados entre janeiro de 2013 a janeiro de 2023. O
trabalho aconteceu entre fevereiro a novembro de 2023. As palavras-chave utilizadas para identificação dos
artigos de interesse desta revisão foram retiradas da base de dados Descritores em Ciências da Saúde (DeCS),
sendo elas: fisioterapia (physiotherapy), UTI (ICU) e fraqueza muscular (muscle weakness).
Os critérios de inclusão desta revisão foram estudos observacionais, ensaios clínicos randomizados ou
não, estudos com seres humanos adultos, com idade entre 18 a 60 anos. Os critérios de exclusão deste trabalho
foram artigos de revisão, estudos com idosos e crianças e relatos de caso.
A análise estatística foi qualitativa e a apresentação dos dados realizada em tabelas, contendo: descrição
das variáveis autor/ano, objetivo do estudo, características da amostra e principais resultados.

4. RESULTADOS

As buscas nas bases de dados resultaram em 1.899 artigos, dos quais foram incluídos apenas quatro
estudos que preencheram os critérios de inclusão (Figura 1).
As características dos estudos incluídos nesta revisão estão descritas na Tabela 1.
Figura 1: Fluxograma dos estudos identificados da revisão.

Tabela 1: Características dos estudos incluídos na revisão narrativa.

Característica da
Autor / Ano Objetivo Resultados Conclusão
amostra
22 (12%) apresentaram O achado mais
MRC inicial com 0
FAUTI, dos quais 3 importante do estudo
em 42,10% e o
Determinar o efeito de faleceram durante a é o efeito positivo da
maior de 34 em
uma estratégia de internação (13,6%). A reabilitação precoce
10,5%, e após a
Cruz et al 2022 reabilitação em média de idade foi de 36 nos pacientes,
reabilitação, MRC >
pacientes com FAUTI anos, 13 (61,4%) eram alcançando
46 pontos em 78,5%
no noroeste do país. do sexo masculino e 6 pontuação > 46
de dos pacientes (p
(31,6%) do sexo pontos na escala
= 0,001)
feminino. MRC na alta da UTI.
NMES aplicado
diariamente por 14
Após 14 dias, o GC dias consecutivos
Avaliar o tempo
Ensaio clínico apresentou redução reduziu a atrofia
necessário e os efeitos
randomizado em significativa na EM muscular, a
de um protocolo NMES
pacientes com TCE da tibial anterior e incidência de NED e
na arquitetura
criticamente doentes. 60 reto femoral, média fraqueza muscular
muscular, NED e força
Silva et al 2019 participantes foram de - 0,33 mm (- em pacientes com
muscular e, avaliar os
randomizados e 20 14%) e - 0,49 mm (- TCE gravemente
efeitos na inflamação
completaram o ensaio 21%), p < 0,0001, doentes. Foram
sistêmica plasmática,
de cada grupo (GC e respectivamente, necessários pelo
respostas catabólicas
GNMES). enquanto a EM foi menos 7 dias de
e resultados clínicos.
preservado. NMES para obter os
primeiros resultados
significativos.
A EMQ permaneceu
A aplicação precoce
inalterada em
24 pacientes (51±18,11 do exercício passivo,
ambos os grupos
anos, 16 do sexo com cicloergômetro,
após a
Avaliar os efeitos do masculino), com 24 a 48 associado à
implementação do
exercício passivo horas de VM, fisioterapia
protocolo. Não
precoce em aleatoriamente divididos convencional, não
houve diferenças
cicloergômetro na em dois grupos: GC promoveu alterações
significativas na
Carvalho et al EMQ de pacientes (n=12), fisioterapia na EMQ. Os
EMQ esquerda e
2017 críticos admitidos em convencional; e GI resultados sinalizam
direita. Na
uma UTI de um (n=12), exercício que a fisioterapia
comparação entre
hospital universitário passivo em convencional
os grupos, não
terciário. cicloergômetro, 1 vez/dia preservou a EM de
houve alterações
ao dia, durante 7 dias + pacientes críticos na
significativas em
FC. 1° semana de
relação à EMQ
permanência na UTI.
esquerda.

Avaliar os efeitos da
Ensaio clínico Houve aumento
realização de
randomizado com 38 significativo da força
exercícios passivos
pacientes (idade > 18 muscular periférica Os resultados
com um
anos) em VM. GC (n = (basal vs. final) tanto sugerem que a
cicloergômetro,
16), fisioterapia no GC (40,81 ± 7,68 realização de
associada à
convencional, e GI (n = vs. 45,00 ± 6,89; p < mobilização passiva
fisioterapia
22) fisioterapia 0,001) quanto no GI contínua de forma
convencional, na força
convencional + (38,73 ± 11,11 vs. cíclica auxilia na
muscular periférica, no
exercícios passivos em 47,18 ± 8,75; p < recuperação da força
tempo de VM e no
Machado et al cicloergômetro 5 0,001). O aumento muscular periférica
tempo de internação
2016 vezes/semana. Média de da força foi maior no de pacientes
hospitalar em
idade 46,42 ± 16,25 GI que GC (8,45 ± internados em UTI.
pacientes críticos
anos, e 23 eram 5,20 vs. 4,18 ± 2,63;
internados em UTI de
homens. p = 0,005).
um hospital
universitário terciário.
Legenda: MRC – Medical Research Council, NMES – Eletroestimulação Neuromuscular, NED – Eletrofisiológica
Neuromuscular, TCE – Traumatismo Cranioencefálico, EM – Espessura Muscular, EMQ – Espessura muscular do
quadríceps femoral, VM – Ventilação Mecânica, FC – Fisioterapia Convencional, GI – Grupo Intervenção e GC –
Grupo Controle.

5. DISCUSSÃO

Os resultados do presente estudo apontaram que a mobilização precoce diminui a possibilidade de


desenvolver FAUTI, assim como o despertar diário, controle estreito da glicemia, atenção especial com a sedação
e manutenção da escala RASS (-1 a +1) e eletroestimulação muscular. Tais resultados, como exemplo da
eletroestimulação são eficazes por conta do fato de poder ser utilizada independente da colaboração do paciente,
originando respostas musculares competentes e eficazes, a fim de preservar o condicionamento físico,
funcionalidade e massa muscular, possibilitando uma melhor reabilitação.
No resultado do estudo de Cruz et al. (2022), foi constatado uma perca de força associada a uma média
de doze dias de internação, sendo cinco dias de sedação profunda e o aumento do número de dias em ventilação
mecânica, tornando-se onze dias. Constatou-se que os dias de sedação e a manutenção de um RASS -5 são
fatores de risco para o desenvolvimento de FAUTI, pois neste estudo observou-se que os pacientes com sedação
mais que cinco dias obtiveram a menor pontuação na escala de MRC inicial de zero, além disso, em 20% dos
pacientes que tiveram alta não foi possível retirar o ventilador mecânico, e esses mesmos pacientes obtiveram
26,6%, com os quais a meta final do MRC > 46 pontos não foi atingida.
Já no estudo de Silva et al. (2019), verificou-se redução da atrofia muscular, ao aplicar diariamente
estimulação elétrica neuromuscular (NMES) por catorze dias consecutivos nos músculos dos membros inferiores,
e também redução de incidência de distúrbio eletrofisiológico neuromuscular (NED) e FAUTI em pacientes com
traumatismo cranioencefálico (TCE). Foram necessários pelo menos sete dias de NMES para obter os primeiros
resultados significativos. A eletroestimulação muscular é crucial na prevenção, pois pode ser aplicada
independentemente da colaboração do paciente, resultando em respostas musculares eficazes. Isso ajuda a
preservar o condicionamento físico, funcionalidade e massa muscular.
No estudo de Carvalho et al. (2019) verificou-se que a aplicação precoce de exercícios passivos, através
do cicloergômetro utilizado em membros inferiores, com o paciente em decúbito dorsal e elevação de cabeceira a
30º, por vinte minutos, cadência fixa de 20 ciclos/min, uma vez ao dia, durante sete dias de internação na UTI,
associado à fisioterapia convencional, não promoveu alterações na espessura muscular do quadríceps. Os
autores sinalizaram que o protocolo de fisioterapia convencional, administrada por fisioterapeutas da própria UTI,
incluiu se necessário, exercícios de vibrocompressão, hiperinsuflação do ventilador mecânico e aspiração
traqueal, além de exercícios motores passivos e ativo-assistidos de membros superiores e inferiores de acordo
com a evolução clínica do paciente, sendo realizadas duas sessões diárias com duração aproximada de 30
minutos, ao longo dos sete dias da semana, e, que este protocolo, preservou a espessura muscular de pacientes
críticos na primeira semana de permanência na UTI. Uma possibilidade para explicar tal achado é que, neste
estudo, todos os pacientes receberam fisioterapia precocemente, durante a primeira semana de permanência na
UTI, especificamente iniciada nas primeiras 48 horas de internação. Além desse fator, infere-se que,
provavelmente, ocorreu uma atenuação do estresse oxidativo, a manutenção das propriedades intrínsecas de
contratilidade do músculo e a ativação de citocinas anti-inflamatórias inibidoras dos mecanismos responsáveis
pela deterioração muscular periférica.
Já no estudo de Machado et al. (2016), foi utilizado no grupo de intervenção a mobilização passiva, uma
estratégia que o fisioterapeuta possui para evitar o declínio funcional do paciente crítico continua de forma cíclica,
através do cicloergômetro de forma passiva, com duração de 20 min, cadência fixa de 20 ciclos/min, cinco vezes
por semana, durante 38 dias de internação. Já no grupo controle foi realizado somente a fisioterapia convencional
com duração de 46 dias de internação. Os resultados sugerem que a realização de mobilização passiva contínua
de forma cíclica auxilia na recuperação da força muscular periférica dos pacientes internados na UTI.
O estudo de Machado et al. (2016) mostra que o grupo de intervenção apresentou maior aumento quando
comprado ao grupo controle, pois demostrou alcançar independência funcional mais cedo e também teve uma
redução de 2,4 dias no tempo de suporte ventilatório e um aumento na força muscular periférica, conforme
avaliado pela escala MRC, esse resultado pode ser explicado, pois o cicloergômetro ajuda a reduzir os efeitos
prejudiciais da imobilidade, preservando a estrutura e as propriedades naturais de contração do músculo.
Enquanto no estudo de Carvalho et al. (2017) houve predomínio do sexo masculino, considerando que homens
apresentam força muscular maior em relação às mulheres. O exercício passivo e o cicloergômetro associados tem
como resultado a ativação de citocinas anti-inflamatórias que inibem os processos responsáveis pela degradação
dos músculos periféricos. O estudo de Cruz et al. (2022) e Silva et al. (2019) corrobora para que o tratamento seja
precoce, e que o tempo necessário para evitar a fraqueza e prevenção de distúrbios na estrutura muscular seja de
pelo menos de 7 à 14 dias.
O presente estudo possui algumas limitações, dentre elas está o fato de que não se chegou a um
consenso sobre o uso de corticoides e agentes bloqueadores neuromusculares, e como eles podem afetar o
tempo de internação na UTI, bem como, a espessura e força muscular periférica, outra limitação se refere ao
reduzido número de estudos incluídos nos resultados, devido aos critérios de exclusão, por tudo isso, sugerem-se
mais estudos sobre esta temática.

6. CONCLUSÃO

A fisioterapia convencional, o uso de cicloergômetro passivo e a eletroestimulação neuromuscular,


iniciados precocemente, por pelo menos 7 a 14 dias de tratamento, são eficazes na prevenção e/ou recuperação
da FAUTI.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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