O Efeito Imediato Da Técnica de Inibição Dos Músculos
O Efeito Imediato Da Técnica de Inibição Dos Músculos
O Efeito Imediato Da Técnica de Inibição Dos Músculos
Braslia
2011
Resumo
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Introduo: O encurtamento muscular uma das maiores causas de
disfuno do movimento, interferindo na funcionalidade dos indivduos. O objetivo do
estudo avaliar o efeito imediato da tcnica de inibio dos msculos Suboccipitais
em indivduos que apresentam encurtamento de Isquiotibiais e comparar o ngulo
poplteo, flexo de quadril e a flexo de tronco antes e depois da tcnica de inibio.
Materiais e Mtodos: O estudo apresenta-se como analtico descritivo de carter
transversal, parcialmente cego, cuja amostra foi selecionada por convenincia.
Foram selecionados 43 voluntrios do sexo masculino, entre 18 e 30 anos divididos
em: grupo de estudo (30) e grupo controle (13). Concluso: A proposta do estudo
em verificar o efeito imediato da tcnica de inibio dos suboccipitais, sugere que
houve melhora no encurtamento, visto que ocorreu um aumento nas medidas
coletadas.
Palavras-chave: Inibio Subocciptal, Amplitude de Movimento, Fscia.
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Introduo
Dentre os diversos recursos empregados pelos fisioterapeutas e terapeutas
manuais destaca-se o alongamento muscular, que est relacionado com a
flexibilidade, hipomobilidade e contratura.
O alongamento uma manobra utilizada para melhorar a amplitude de
movimento (ADM) e aumentar a mobilidade dos tecidos moles atravs do aumento
do comprimento de estruturas que esto encurtadas e hipomveis. Consiste tambm
na mudana da estruturao de componentes contrteis e no-contrteis das
unidades musculotendneas (KISNER; COLBY, 2005).
A efetividade do alongamento est relacionada s mudanas na tolerncia do
indivduo ao alongamento. Desta forma, a integridade articular, a extensibilidade dos
tecidos moles periarticulares e o comprimento dos msculos so fatores
determinantes para o alongamento e, consequentemente para a flexibilidade de um
indivduo (KISNER; COLBY, 2005).
A flexibilidade a capacidade de mover uma nica articulao ou vrias
articulaes de maneira harmnica atravs da ADM, sem proporcionar dor ao
indivduo (KISNER; COLBY, 2005). essencial para atividades da vida diria
(AVDs) e inerente ao alongamento muscular, proporcionando maior amplitude de
movimento, diminuindo o risco de leso e melhorando o gesto esportivo (SAFRAN
et. al., 1989).
O encurtamento muscular uma das maiores causas de disfuno do
movimento, interferindo na funcionalidade dos indivduos. Mesmo sabendo que os
efeitos do treinamento para aumentar o comprimento do msculo, de modo geral,
so transitrios, a flexibilidade muscular pode ser alterada por meio de tcnicas de
alongamentos, j que a hipomobilidade pode ocorrer por diversos tipos de patologia
(LIMA et. al., 2001).
Existem grupos musculares unidos por um nico conjunto de fscias
denominada cadeias musculares, que vo dos dedos dos ps at a poro
occipital, podendo ser a causa de disfunes em vrias reas distintas do corpo
(BRICOT, 2004; BARLOW et. al., 2004; SHOUCHARD, 1985).
Existe no sistema corporal o conceito de fscia, que um tipo de tecido
conjuntivo fibroso de proteo organizado para estruturas como ligamentos,
aponeuroses e tendes que proporciona aos rgos a ideia de continuidade
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(TANAKA; FARAH, 1997). A liberao da fscia muscular envolvida na tenso do
msculo, reduz o tnus podendo ter um maior alongamento dos msculos flexores
do joelho (SCHLEIP, 1996).
A cadeia muscular posterior constitui-se de feixes de msculos e fscias com
um poder de encurtamento e uma tendncia para a retrao no sistema muscular do
corpo. Com o aumento do tnus a aponeurose fica em estado de tenso de um ou
vrios msculos e todos em conjunto elevam seu tnus. Desta forma surge no corpo
um conjunto de tenso miofascial, em toda a cadeia muscular. (CAMPIGNION,
2003).
O ngulo poplteo o mtodo mais utilizado para a avaliao da retrao dos
msculos isquiotibiais (FORLIN et. al., 1994). Atravs da mensurao do ngulo
poplteo possvel medir o grau de encurtamento desses msculos (MALHEIROS
et. al., 1995). Patologias como a disfuno fmuro-patelar, pubalgia, lombalgia,
tendinite e desvios posturais globais, podem ser causadas por uma alterao de sua
flexibilidade e/ou alteraes biomecnicas, por isto a importncia de estudar os
msculos isquiotibiais e a mensurar seu comprimento (BARLOW et. al., 2004).
Alguns autores consideram que se diminuir o tnus na musculatura
suboccipital ocorrer um aumento no comprimento dos tendes dos msculos
isquiotibiais e a amplitude de flexo de quadril e flexo de tronco, sob a hiptese de
que a relao entre suboccipitais e isquiotibiais de estarem relacionados ao
controle postural, com a dura-mter ou com as cadeias miofasciais (APARICIO et.
al., 2009).
A terapia manual utiliza a manipulao de tcnicas com objetivos teraputicos
para tratar o paciente. Algumas tcnicas de terapia manual favorecero um ganho
de flexibilidade do tecido muscular (LENDERMAN, 2001). A tcnica de inibio dos
msculos Suboccipitais baseia-se na tentativa de inibir a tenso dos mesmos. Os
msculos Suboccipitais e Isquiotibiais pertencem mesma cadeia miofascial
posterior. Essa tcnica amplamente usada na terapia manual acreditando que
essa inibio tensional acarretaria um aumento no comprimento de outros msculos,
como por exemplo, os Isquiotibiais (APARICIO et. al., 2009).
Toda conduta fisioteraputica manual tem influncia em um determinado
mecanismo fisiolgico que pode ser atravs da organizao do tecido local, da
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organizao
neurolgica
ou
da
organizao
psicofisiolgica.
(LENDERMAN, 2001).
Por ser uma tcnica de fcil aplicao e de efeito imediato, importante
estudarmos seus efeitos no tratamento com o objetivo de melhorar as disfunes
presentes, proporcionando ao indivduo maior qualidade na prtica de suas
atividades funcionais e contribuindo para que ele tenha qualidade de vida.
Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar o efeito imediato da tcnica de
inibio dos msculos Suboccipitais em indivduos que apresentam encurtamento de
Isquiotibiais e assim comparar o ngulo poplteo, flexo de quadril e a flexo de
tronco antes e depois da tcnica de inibio.
Materiais e Mtodos
O estudo apresenta-se como analtico descritivo de carter transversal,
parcialmente cego, cuja amostra foi selecionada por convenincia (pr e psinterveno)
uma
abordagem
predominantemente
quantitativa.
Foram
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possveis alteraes nos joelhos ou alguma patologia msculo-esqueltica
relacionada, deformidade, queixa de dor nas articulaes dos membros inferiores,
fratura de membro inferior, dor aguda nas costas, hrnia de disco, indivduos com
prtese de joelho e uso de medicamentos que possam interferir na musculatura,
como por exemplo, relaxante muscular.
A pesquisa foi coletada nos laboratrios do Labocien, localizado no Centro
Universitrio de Braslia (UNICEUB), bloco 9 da Faculdade de Cincias da Educao
e Sade - FACES, segundo subsolo.
Uma anamnese para obteno de dados pessoais sobre o paciente foi
realizada e a coleta de dados relacionada ADM da extenso do joelho, flexo do
quadril e flexo de tronco (anexo 3). Na avaliao fsica do ngulo poplteo foram
utilizados, como parmetro dentro da normalidade, os valores de coorte entre 161 a
180. Indivduos com mensurao do ngulo poplteo maior que 160 foram
excludos da pesquisa (KEYSER et. al., 2007).
Os indivduos foram distribudos em dois grupos. No grupo controle foi
realizada a tcnica de forma falsa, com efeito, placebo. J no grupo de estudo foi
realizada a aplicao da tcnica da forma correta, caracterizando a inibio dos
msculos suboccipitais.
Foram utilizados comandos verbais e manobras previamente padronizadas,
maca comum para posicionamento do participante e um gonimetro de plstico
CARCI para medio do ngulo poplteo e do ngulo de flexo de quadril, foi
utilizado tambm o Banco de Wells Sanny para mensurar a flexo de tronco.
Os participantes da pesquisa estavam trajando roupas leves (de ginstica)
para que no houvesse qualquer resistncia no momento da medio dos ngulos.
A avaliao do ngulo poplteo foi realizada com o participante em Decbito
Dorsal, com quadril do membro testado fletido a 90, o membro inferior contralateral
em extenso completa sobre a mesa de exame, no sendo permitida a flexo do
quadril ou joelho do mesmo. O eixo do gonimetro posicionado na face lateral do
joelho, com uma das hastes seguindo a linha lateral da coxa e a outra fixada parte
lateral da perna, partindo ento com o gonimetro a 90 (KEYSER et. al., 2007).
A avaliao da flexo do quadril foi feita com o participante permanecendo em
decbito dorsal e pernas estendidas na maca. O gonimetro posicionado com o seu
eixo central sobre o ponto trocantrico, com uma das hastes fixada na parte lateral
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do tronco, sobre o prolongamento da linha axilar, e a outra, na face externa da coxa,
em sua linha mediana, em seguida, realizando passivamente a flexo da articulao
do quadril at o limiar de dor ou da prpria estrutura ou quando percebida uma
u
compensao com o membro contralateral ao testado e/ou da cintura plvica.
(KEYSER et. al., 2007).
A avaliao de flexo de tronco foi realizada com auxlio do Banco de Wells
com o participante sentado, as pernas totalmente estendidas os ps descalos e
ligeiramente afastados, apoiados contra o banco, em seguida o participante realizou
trs tentativas de flexo do tronco mantendo os joelhos, cotovelos e punhos em
extenso mxima. Sendo que no se atingiu a flexo de tronco mxima para no
forar o participante
cipante a realizar o alongamento. (KEYSER et.. al., 2007).
2007
ngulo Poplteo
Flexo de Quadril
Flexo de Tronco
12
Tcnica de Inibio
Tcnica placebo
Resultados
O grupo estudo foi composto por 30 pessoas, idade mdia de 23,8 anos (
2,9), altura mdia 1,76m ( 0,04), peso mdio 75,47Kg ( 9,2), IMC com mdia de
24,0 ( 2,2), dominncia: 28 destros (93,4%) e 2 canhotos (6,6%), sendo todos do
sexo masculino. O grupo controle foi composto de 13 participantes, idade mdia de
24,4 anos ( 2,7), altura mdia 1,78m ( 0,07), peso mdio 83kg ( 12,2), IMC com
mdia de 26, 2 ( 3,4), dominncia: 12 destros (92,3%), 01 canhoto (7,7%), sendo
todos do sexo masculino.
Na verificao da normalidade dos dados recorreu-se ao teste de Kolmogorov.Sminov (K.S) com significncia =0,05. O mesmo demonstrou
normalidade para todos os dados coletados.
De acordo com a tabela 1 pode-se observar os resultados obtidos com o
grupo estudo antes e aps interveno. Com o intuito de averiguar a eficcia da
tcnica de inibio dos msculos subocciptais utilizou-se o teste T amostra
independente. O teste evidenciou uma diferena significativa entre o grupo pr e
ps-interveno, onde (p 0.05). Houve aumento evidente na mensurao do
ngulo poplteo direito (3,2) e esquerdo (4,1). Enquanto que na flexo de quadril
direito e esquerdo houve um menor aumento, sendo 2,0 e 2,6 respectivamente.
13
Tabela 1. Resultado dos valores do pr-interveno e ps-interveno em graus
(Grupo estudo).
Pr
Interveno
Ps
Interveno
Mdia DP
Mdia DP
45,7 6,8
Absoluto
47,7 7,0
2,0
0.0001*
44,1 6,3
46,7 6,7
2,6
0.0015*
118,2 3,8
121,4 3,9
3,2
0.0001*
123,6 4,2
4,1
0.0001*
Ps
Interveno
Mdia DP
Mdia DP
47,4 6,5
Absoluto
48,3 6,6
0,9
0.2073*
49,2 5,4
49,3 5,2
0,1
0.8333*
121,6 2,9
122,4 2,3
0,8
0.1378*
123,6 3,6
124,5 3,8
0,8
0.1316*
14
Ps
Interveno
Mdia DP
Mdia DP
Flexo de Tronco
(Estudo)
18,0 6,2
Flexo de Tronco
(Placebo)
22,9 11,6
Absoluto
Absoluto
20,4 6,5
2,5
0.0001*
23,3 12,2
0,5
0.4543*
* (p0,05).
4,5
4
3,5
Graus
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
Quadril DQuadril
Quadril EPoplteo
E
DPoplteo E
Grupo Controle
Discusso
Neste estudo, observa-se
observa se um alto nvel de significncia das variveis
analisadas, mostrando assim a diferena de forma crescente e quantitativa dos
15
ngulos dos membros inferiores e da amplitude de movimento para flexo de tronco
que esto envolvidos na extensibilidade e flexibilidade dos msculos isquiotibiais.
O conceito de globalidade do corpo um fator importante quando se fala de
cadeia muscular e da ao em conjunto dos msculos. Por isso observa-se a
integrao de toda a rede muscular onde no existir individualizao dos msculos
e
sim
uma
continuidade
funcional,
de
forma
que
todo
sistema
16
Alm disso, a tcnica se faz de extrema importncia por trabalhar com a
inibio dos msculos em conjunto proporcionando um alongamento, j que existe
uma relao importante de globalidade, j falada anteriormente, entre os msculos
da regio cervical com os msculos da cadeia posterior do corpo.
De acordo com os autores citados acima pode-se constatar que o corpo um
conjunto global, que realiza funes em conjunto e que responde a estmulos
externos e internos de forma integrada com todo o corpo. A partir dessa constatao
entende-se o motivo do alongamento nos msculos isquiotibiais ao se aplicar a
tcnica de inibio dos suboccipitais.
De acordo com a neurofisiologia da tcnica entende-se que existe uma alta
densidade de feixes neuromusculares nos msculos suboccipitais. Desta forma ao
aplicar a tcnica ocorre uma liberao em sequncia da fscia muscular dos
msculos do joelho, atravs de um alongamento, diminuindo o tnus dessa
musculatura. Isso possvel devido relao existente entre os msculos
suboccipitais e os msculos da cadeia posterior (SCHLEIP R. 1996).
De acordo com a tabela 1 pode-se observar que houve um aumento
importante dos ngulos poplteos e de quadril no grupo estudo, ou seja, o grupo que
recebeu a tcnica proposta pela pesquisa.
Em relao ao aumento do ngulo poplteo direito (3,2) e esquerdo
(4,1)
o presente estudo foi semelhante aos dados de Aparicio et. al. (2009), que
encontrou (4,1) no joelho direto e (5,2) no joelh o esquerdo aps aplicao da
tcnica de inibio dos msculos suboccipitais. No estudo de Brasileiro et. al.,
(2006) analisou-se os efeitos do resfriamento e do aquecimento sobre a flexibilidade
dos msculos isquiotibiais. Para extenso de joelho foi observado os efeitos agudos
e crnicos no mtodo utilizado. Nos resultados obtiveram-se os seguintes valores
para extenso de joelho aps a interveno: alongamento (2,6), alongamento mais
gelo (4,3) e alongamento mais aquecimento (2,4), resultado positivo para o ganho
na ADM.
Na mensurao da flexo de quadril os resultados encontrados foram (2,0)
para o lado direito e (2,6) para o lado esquerdo (tabela 1). No estudo de Hopper
et. al., (2004) verificou-se o efeito do alongamento e da mobilizao dos tecidos
moles (massagem clssica) em indivduos com encurtamento de isquiotibiais,
atravs da avaliao da flexo de quadril. A pesquisa foi composta por 45 homens,
17
divididos em 3 grupos, sendo que 15 indivduos no grupo controle, 15 no grupo que
recebeu a massagem clssica e 15 no que recebeu a massagem clssica mais
alongamento. No resultado do estudo observou-se um ganho de 1,3 para
massagem clssica e 4,7 para alongamento com a mas sagem clssica de acordo
com o ngulo de flexo de quadril.
Pollard e Ward (1997) avaliaram o efeito do PNF nos msculos suboccipitais
e o PNF nos msculos isquiotibiais mensurando a flexo de quadril para medir a
flexibilidade de isquiotibiais. Na amplitude de movimento observou-se um ganho
para os dois grupos pesquisados, sendo que, o grupo que recebeu o PNF na regio
suboccipital obteve resultado superior ao presente estudo.
Neste presente estudo, no grupo interveno, os sujeitos foram avaliados com
o auxlio do Banco de Wells, para mensurao da flexo de tronco. Aps a tcnica
de inibio observou-se um ganho na amplitude de movimento (2,5 cm).
Comparando com o estudo de Aparicio et. al. (2009), que utilizou a caixa
antropomtrica para medir a distncia da falange mdia distal at o cho, sendo que
os indivduos da pesquisa foram posicionados em p e tentaram alcanar o cho, o
valor obtido na mensurao foi de (4,4 cm) aps a tcnica de inibio de
Suboccipitais.
Segundo o estudo de Barlow et. al. (2002) observou-se atravs da avaliao
da flexo de tronco, teste sentar e alcanar, que aps a aplicao da massagem nos
isquiotibiais obteve-se ganhos na flexibilidade, mas no foram estatisticamente
significativos, aps interveno.
Observando o estudo de Pollard e Ward (1997) e Aparacio et. al. 2009,
parece indicar que a terapia manual na regio dos suboccipitais pode contribuir
positivamente no tratamento de disfunes musculoesquelticas de membros
inferiores.
Porm, alguns autores divergem sobre aceitao da tcnica de inibio da
musculatura suboccipital. No artigo de Taylor et. al. (2003) foi investigado o efeito
da aplicao da tcnica de contrair e relaxar para verificar a extensibilidade dos
msculos isquiotibiais e examinar a durao deste tratamento. Foram selecionados
pacientes assintomticos e divididos em dois grupos, um de estudo e um controle.
Foi mensurada a extenso do joelho (ngulo poplteo) antes e aps a aplicao da
tcnica. Na anlise dos dados e de acordo com os resultados conclui-se que no
18
houve diferena significativa para a extensibilidade dos isquiotibiais aps a
execuo da tcnica.
As relaes funcionais entre a fscia, as foras e as presses que so
geradas atravs de contraes musculares no so muito bem compreendidas
atualmente, pois existe necessidade de que pesquisas sejam realizadas com o
intuito de estudar os efeitos biomecnicos da fscia sobre o msculo que observem
o efeito que a remoo da fscia tem sobre o msculo e o compartimento osseofascial (ALTER, 1999).
Portanto, o que fica evidente em relao ao estudo apresentado e levando
em conta as colocaes dos autores citados, que parece existir uma relao
importante entre os msculos do corpo, sua inervao, sua estrutura e sua
biomecnica. Assim o presente estudo se torna vlido ao tentar compreender a
interao corporal, j que a aplicao da interveno aconteceu em ponto distante
das articulaes avaliadas, sendo assim possvel observar o comportamento da
cadeia muscular posterior.
As limitaes encontradas no estudo, como por exemplo, a goniometria
realizada, o nmero de participantes no grupo estudo e no grupo controle, o
posicionamento dos membros, so fatores relevantes para minimizar os possveis
erros que podem acontecer na pesquisa. Alm disso, pode-se citar o nmero
pequeno de artigos encontrados para a realizao da pesquisa, fazendo que o
estudo seja baseado apenas em artigos que esto relacionados com o assunto e
no artigos que falem diretamente sobre a pesquisa.
Concluso
A proposta do estudo em verificar o efeito imediato da tcnica de inibio dos
suboccipitais, afirma que houve melhora no encurtamento, visto que ocorreu um
aumento nas medidas de flexo de quadril, ngulo poplteo e flexo de tronco. J no
grupo controle, no foi encontrado nenhum resultado relevante nas medidas de
flexo de quadril, flexo de tronco e ngulo poplteo. Desta forma, aps a
comparao entre as medidas encontradas o estudo parece indicar que a tcnica
eficiente para o alongamento dos isquiotibiais.
19
Referncias
APARICIO, E.Q. QUIRANTE,L.B. Blanco, C.R. Sendn, F.A. Immediate Effects of the
Suboccipital Muscle Inhibition Technique in Subjects With Short Hamstring
Syndrome. Journal of manipulative and Physiological therapeutics, 2009, vol.32., n.
4, p. 262-69.
KISNER, C; COLBY, LA. Exerccios Teraputicos. Barueri, SP: Manole, 2005. Pg.
171-172.
20
SAFRAN, M.R. SEABER, A.V. GARRET, W.E. Warm-up and muscular injury
prevention: an update. Clin J Sport Med, 1989, vol. 8, p. 239-49.
SCHLEIP, R.; Roltlng and the neuro-myofascial net.Boulder: Rolf lines; 1996.
21
Anexos
(Anexo 1)
22
(Anexo 2)
23
Os dados coletados dos participantes da pesquisa ficaro sob a guarda do
pesquisador Gabriel Silva Figueiredo durante o perodo de cinco anos aps o
trmino da pesquisa com a garantia de sigilo e confidencialidade.
Eu,
_____________________________________________
RG
______________________________________________________
Participante, telefone:
______________________________________________________
Orientador: Hugo Alves de Sousa (61) 84072519
______________________________________________________
Pesquisador: Gabriel Silva Figueiredo (61) 99695969
______________________________________________________
Pesquisador: Luiza Koebe de Oliveira (61) 78147325
24
Apndices
Ficha de Anamnese
Nome: _________________________________________________________
Idade: ___________________
Altura:___________________
Peso:____________________
Pr-Interveno
Flexo de Quadril
Direita
Esquerda
ngulo Poplteo
Direita
Esquerda
Flexo de Tronco
Ps-Interveno
Flexo de Quadril
Direita
Esquerda
ngulo Poplteo
Direita
Flexo de Tronco
Esquerda
25
( )ALTERAO DE JOELHO
( )PATOLOGIA MUSCULO ESQUELETICA
( )DEFORMIDADES
( )FRATURA DE MMII
( )DOR AGUDA NAS COSTAS
( )HERNIA DE DISCCO
( )PROTESE DE JOELHO
( )MEDICAMENTO (RELAXANTE MUSCULAR)