Monografia Ed Especial

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IES – INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

JÉSSICA STOR ASSUNÇÃO

O CAMINHO FILOSÓFICO E AS INFLUÊNCIAS GEOGRÁFICAS DA


EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA NA ESCOLA

VOTUPORANGA-SP
2022
LUCAS AUGUSTO DE OLIVEIRA HERBSTES

O CAMINHO FILOSÓFICO E AS INFLUÊNCIAS GEOGRÁFICAS DA


EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA NA ESCOLA

Monografia apresentada à Instituição de ensino superior


como requisito parcial para obtenção título de Licenciado
em Geografia Segunda Licenciatura .

VOTUPORANGA-SP
2022
STORT, Jéssica

O caminho histórico da educação especial inclusiva na escola. /


Lucas Augusto de Oliveira Herbstes. – Votuporanga - SP, 2019.

44 p.; 30 cm

Monografia – Instituição de Ensino Superior, Curso de


Pós Graduação em Filosofia e Sociologia.

1. Educação 2. Inclusão. 3. Escola.


FOLHA DE APROVAÇÃO

JÉSSICA STORT ASSUNÇÃO

O CAMINHO FILOSÓFICO E A INFLUÊNCIA GEOGRÁFICA DA EDUCAÇÃO


ESPECIAL INCLUSIVA NA ESCOLA

Monografia apresentada à Instituição de ensino superior


como requisito parcial para obtenção título Licenciatura
em Geografia

Aprovada em: / /2022

Examinadores:

Prof. Coordenador

Prof. Orientador

Prof. Co-Orientador
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a toda a minha família que


sempre esteve me incentivando no decorrer de
minha vida.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por sempre estar


presente guiando os meus caminhos.
EPÍGRAFE

“O importante da educação não é apenas formar um


mercado de trabalho, mas formar uma nação, com
gente capaz de pensar. "

José Arthur Giannotti


RESUMO

O desenvolvimento deste trabalho tem o intuito de realizar uma análise sobre a questão
da educação especial dentro do ambiente escolar, destacando como acaba sendo o
seu desenvolvimento dentro do ensino regular, propondo assim uma reflexão sobre
quais são os pontos que ainda precisam ser mudados para que possa então realizar
uma educação para todos, proporcionando assim uma qualidade de ensino
aprendizagem, sempre levando em consideração as limitações do aluno e adequando
as práticas pedagógicas para que possam então ser desenvolvidas as habilidades que
contribuirão para o seu desenvolvimento. É interessante destacar que o conceito de
inclusão abrange em atender a todos os alunos portadores de necessidades especiais,
proporcionando um acesso ao ensino regular, lhe fornecendo professores capacitados
que possam lhe fornecer um suporte dentro desse processo de ensino aprendizagem e
integrando o aluno com os demais alunos da sala. Nota-se que muita coisa já foi
conquistada em relação a aquisição de direitos para os portadores de necessidades
especiais, mais ainda não é o bastante, muita coisa ainda precisa ser revisto.Nota-se
que foi realizado uma pesquisa bibliográfica pertinente sobre o assunto, para dar inicio
ao desenvolvimento da parte escrita desse trabalho.

Palavras Chave - Inclusão; Educação; Escola.


ABSTRACT

The development of this work aims to perform an analysis on the issue of special
education within the school environment, highlighting how ends up being its
development within the regular school, thus proposing a reflection on what are the
points that need to be changed so that can then perform an education for all, thus
providing a quality teaching and learning, taking into account the limitations of the
student and adapting teaching practices so that they can then be developed skills that
will contribute to its development. It is interesting to note that the concept of inclusion
covers to cater to all students with special needs, providing access to regular education,
providing you qualified teachers who can provide you with a support within this learning
process of teaching and integrating the student with others room of students. Note that
a lot has been achieved regarding the acquisition of rights for the disabled, but it's still
not enough, a lot still needs to revisto.Nota that was held a relevant literature on the
subject, to initiate the development of the written part of this work.

Keywords - Inclusion; Education; School.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................11

CAPÍTULO I – CAMINHO FILOSÓFICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA


................................................................................................................................. 14

CAPÍTULO II - O DESAFIO DA INCLUSÃO...........................................................17

CAPÍTULO III – A EDUCAÇÃO INCLUSIVA............................................................22

CONCLUSÃO............................................................................................................32

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 34

ANEXO I - O CAMINHO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA


INCLUSÃO: ALGUNS MARCOS.............................................................................38

ANEXO II - DECLARAÇÃO DE SALAMANCA.......................................................41


11

INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos muito tem sido realizado no intuito de conseguir
garantir que todos tenham uma educação ideal e que possa então desenvolver a
inclusão de todas as crianças dentro do sistema de ensino regular.
Entretanto para que isso possa ocorrer a necessidade de que se tenha
uma reformulação dento das instituições que possam se adequar e se preparar para
que possa assim fornecer um espaço adequado para esse aluno, e que os
professores e demais funcionários esteja aptos a desenvolver um trabalho que vise
o melhor desenvolvimento deste aluno.
O desenvolvimento de uma educação inclusiva dentro do ambiente
escolar, acaba necessitando de um espaço adequado para que isso possa então
acontecer, afinal a escola deve estar preparada tanto estruturalmente, possibilitando
o acesso do aluno em todos os aspectos, que ele possa então ter o seu
desenvolvimento , levando em considerações as suas limitações.
A Constituição Federal estabelece o direito das pessoas com
necessidades especiais receberem educação, preferencialmente na rede regular de
ensino (art. 208, III). A diretriz atual é a da plena integração dessas pessoas em
todas as áreas da sociedade. Trata-se, portanto, de dois direcionamentos principais:
o direito à educação, comum a todas as pessoas, e o direito de receber essa
educação, sempre que possível, junto às demais pessoas, nas escolas «regulares».
Entretanto muitas escolas por possuir as suas construções com estrutura
antigas, acabam então sendo grandes problemas, pois algumas não foram
pensadas na inclusão, ou seja muitas tem dois andares que além disso possuem
somente escadas, outras os banheiros não dão adequados, portas pequenas, então
para cadeirantes por exemplo não teria como utilizar o mesmo.
Diante de tudo isso a necessidade então de que antes desenvolver a
inclusão a necessidade de que as escolas estejam adequadas para esse aluno, não
basta somente inserir eles dentro do sistema de ensino regular, a necessidade de
proporcionar um ambiente adequado para que ele possa além de socializar-se
possa então desenvolver dentro do processo de ensino aprendizagem sempre
levando em consideração suas limitações.
12

A história da Educação Especial no Brasil tem como marcos fundamentais


a criação do “Instituto dos Meninos Cegos” (hoje “Instituto Benjamin Constant”) em
1854, e do “Instituto dos Surdos-Mudos” (hoje, “Instituto Nacional de Educação de
Surdos – INES”) em 1857, ambos na cidade do Rio de Janeiro, por iniciativa do
governo Imperial (BUENO, 1993; MAZZOTTA, 1996).
A partir do desenvolvimento dessas duas instituições, acabou então sendo
considerado como grandes conquistas para o atendimento aos deficiências, pois
facilitou assim o atendimento e dando a abertura para um espaço no intuito de
conscientizar sobre a educação especial.
Conforme consta na Cartilha da Inclusão dos Direitos das Pessoas com
deficiência, para se ter realmente uma escola democrática, é preciso criar uma nova
ordem social, pela qual todos seja incluídos no universo dos direitos e deveres.
(GODOY, 2000)
Dentro do âmbito educacional a educação especial, acaba sendo um dos
assuntos mais discutidos, afinal para muitos professores tanto a instituição de ensino
quanto os professores não estariam preparados para atender a esse aluno, e
proporcionar o seu desenvolvimento de todas as habilidades e poder fazer com que
ele possa desenvolver-se.
Contudo a necessidade então de uma adequação para que possa suprir
essas dificuldades, promover um desenvolvimento de uma capacitação de
professores e demais funcionários poderia ser uma alternativa que seria
interessante, afinal todos devem ter a capacitação necessária para poder
desenvolver um trabalho com o aluno.
É notório perceber a presença de preconceito dentro de nossa sociedade,
inúmeros casos como cor de pele, classe social, entre outros e agora encontra-se
presente o preconceito com as pessoas que possuem algum tipo de deficiência,
pode-se perceber que acaba não sendo comum você encontrar nos trabalhos,
empresas que possuem algum funcionário com necessidade especial, claro que
atendendo as suas limitações, cadeirantes, então acaba sendo uma exclusão, afinal
não possibilita com que essas pessoas tenham acesso a um emprego, escola entre
outras coisas.
Diante disso se encadeou inúmeras manifestações em prol de uma
regulamentação de leis que assegurassem os direitos para essas pessoas, e no
13

decorrer dos tempos novas leis foram criadas em prol de melhorar ainda mais a vida
dessas pessoas.
A convenção da Guatemala (2001) proíbe qualquer tipo de diferenciação
e exclusão ou restrição baseada na deficiência das pessoas e, assim, mantê-las
fora do ensino regular é considerado exclusão, ou seja, crime.
Entretanto diante de tudo o que mudou e que foi conquistado, ainda falta
muito, a visão da sociedade ainda precisa mudar sobre esse assunto.
14

CAPÍTULO I

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

Para que ocorra uma melhor compreensão sobre a educação especial e


educação inclusiva, necessita-se de uma reflexão sobre toda a história que integra
esse contexto dentro dessa história.
Na Antiguidade, a pessoa com limitações funcionais e necessidades
diferenciadas era simplesmente desprezada, abandonada, seja pelo medo de
doença, ou que se pensava que a deficiência fosse uma maldição dos deuses.
Pode-se citar como exemplo a seleção biológica dos espartanos, os quais
eliminavam aqueles que nasciam com malformações e/ou deficiências (FONSECA,
1995).
Com o passar dos tempos a história que compõe a educação especial
presenciou inúmeras mudanças, isso porque no decorrer da história a atenção que
se tinha com os portadores de necessidades especiais acabou também sofrendo
mudanças, afinal antes a sociedade em si não tinha uma visão adequada para essas
pessoas, a sociedade por tempos julgou e os marginalizou, sendo rejeitados e
discriminados, mas com o passar dos anos a visão que a sociedade tinha acabou
sofrendo alterações, juntamente com a luta pelos seus direitos.
Na Idade Média, com o surgimento da Igreja Católica, o deficiente era
entendido como um ser digno de pena, dependendo da boa vontade e caridade
humana. Inclusive, por volta do século XII, começaram a surgir as primeiras
instituições para abrigar os deficientes mentais. A partir da Inquisição, a concepção
de deficiência passou a ser metafísica, religiosa, e a pessoa deficiente era
considerada demoníaca, ou a escolhida para 17 purgação dos pecados dos seus
semelhantes, tanto para o catolicismo, quanto para o protestantismo. Já nos séculos
XVI e XVII, com o surgimento da Medicina, a tese da organicidade foi fortalecida. Em
outras palavras, passou-se a acreditar que a deficiência não era conseqüência de
fatores espirituais, mas sim, naturais, biológicos (ARANHA, 2005).
15

No começo por volta dos séculos XVI e XVII, qualquer tipo de pessoa que
tivesse algum tipo de deficiência eram internados em orfanatos, internatos e
manicômios entre outros, mais com o passar do tempo as coisas foram mudando.
Já no final de XVIII e inicio do século XIX, acaba-se então surgindo então
um período no qual começa então a surgir a educação especial, o desenvolvimento
de uma conscientização coletiva no intuito de lutar pelos direitos dos mesmo, a
necessidade então de desenvolver uma assistência para que o deficiente possa
então ter o contato com a sociedade e possa ter o seus direitos garantidos.
No decorrer dos anos muita conquistas foram conseguidas pelos
portadores de necessidades especiais, o reconhecimento em muitos aspectos foram
conquistados além de direitos reconhecidos, e tudo vem no intuito de melhorar ainda
mais a vida dessas pessoas, proporcionando assim uma melhora na socialização
dessas pessoas dentro da sociedade.
O artigo 205 da Constituição Federal, de 1988 enuncia: “A educação,
direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, mas o
texto constitucional não foi plenamente cumprido.
Antes o ensino aos alunos que possuíam algum tipo de necessidade
especial, acabava, tendo que estudar em locais apropriados, onde possuíam alunos
com a mesma necessidade, isso além de privar eles a ter o contato exclusivo com
pessoas com a mesma necessidade, acaba privando eles do acesso aos demais
alunos, muitos estudavam em APAES.
Nota-se que por um grande período esses alunos eram excluídos do
contexto social diante das necessidades que eles possuíam e eram vistos como
pessoas incapazes de desenvolver qualquer tipo de atividade.
Com o passar dos anos, e conseqüentemente com as grandes lutas,
ganham o direito de freqüentarem uma escola regular e ter direito a ingressar no
mercado de trabalho, tendo vagas exclusivas para eles, isso vem então para romper
com a visão de que eles seriam incapazes e não teriam condições para exercer tal
função.
16

A educação inclusiva consiste em desenvolver uma ampliação da


participação de todos os estudantes independentemente de suas necessidades,
para que possam ter o acesso aos mesmos direitos e deveres.
A educação especial consiste em atender a toda e qualquer criança que
possua alguma deficiência ou transtorno global dentro do seu desenvolvimento,
garantindo assim um atendimento especializado e que possa ter um
desenvolvimento.
Esse atendimento acaba sendo direcionado para desenvolver
exclusivamente um atendimento para suprir as necessidades que esse aluno possui
Qualquer trabalho educativo deve visar à descoberta da pessoa, sua
liberdade de opção, de livre arbítrio, não cabendo ao educador ensinar qualquer
verdade: a verdade é a de cada um no uso de sua liberdade (PAIVA, 1984).
Segundo Miranda (2003), na década de 1970, e opunha-se aos
modelos de segregação e defendia a idéia de possibilitar,
às pessoas que apresentavam deficiência, condições de vida o mais normal
possível, assemelhando se com a de todas as pessoas
consideradas normais. Assim as propostas de definição das políticas públicas da
década de 1980 foram norteadas pelos princípios da normalização e da integração.
17

CAPÍTULO II

O DESAFIO DA INCLUSÃO

Quando paramos para pensar sobre a inclusão, acaba realmente sendo


um desafio, afinal engloba muitas mudanças, além do mais na visão que a
sociedade tem sobre esse assunto, ainda falta-se informação para muitos no intuito
de compreender o que necessariamente é a inclusão .
Entretanto diante dos impasses que a inclusão vem sofrendo existem
muitos movimentos que defendem e buscam os seus direitos e a necessidade de
uma educação inclusiva no intuito de fornecer para esses alunos que eles possam
ter o contato e se socializar com os demais colegas.
Segundo Mazzotta (1996), o atendimento as necessidades educacionais
especiais na classe e ou a utilização de todo conhecimento acumulado pela área de
educação especial, proporcionara a melhoria da qualidade de ensino segundo as
características de cada aluno, visando a um atendimento individualizado, organiza
os currículos, visando diversificar a metodologia e as estratégias de ensino entre
tantas modificações e com certeza benéfica para todos os educandos.
Ao garantir a educação para todos, nossa Constituição Federal está se
referindo a todos mesmo, em um mesmo ambiente, e este pode e deve ser o mais
diversificado possível,como forma de atingir o pleno desenvolvimento humano e o
preparo para a cidadania (art. 205,CF).
Segundo Oliveira (2001), quando o direito à educação é violado, as
alternativas para exigir o cumprimento da lei são: Mandato de Segurança coletivo,
mandato de injunção e ação Civil Pública. Os canais para estas ações são: o
Conselho Tutelar, O Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil.
A partir do momento da busca então dessa inserção de uma educação
inclusiva, que busca então essa concepção de igualdade a todos .
De acordo com Baptista (2003), a inclusão escolar seria a transformação
da escola para receber o aluno, ou seja, a escola deve se adaptar as necessidades
do aluno e não o contrário. O autor fala que esta transformação deve ser profunda e
envolver toda a organização do ensino, desde o projeto pedagógico até a formação
18

continuada de técnicos e professores que atuem nas escolas, deixando claro que
esta transformação refere-se de fato a uma educação de qualidade.
Em relação a esse assunto destaca-se o que Mendes (2006) destaca
sobre o assunto:

“A segregação”, era baseada na crença de que eles [crianças e


jovens com deficiência] seriam mais bem atendidos em suas
necessidades educacionais se ensinados em ambientes separados.
(2006, p. 387-388).

Segundo Prieto (2002), O planejamento de ações para atender às


necessidades educacionais da população deve partir do levantamento de dados
sobre a estrutura e as condições de funcionamento da rede escolar. O número, o
tamanho e a localização das escolas públicas, seus contornos e seus diferentes,
entornos e conhecer suas condições físicas e materiais, o número e a composição
das turmas. É preciso mapear os recursos educacionais especiais existentes na
localidade, identificando e caracterizando a natureza de seu atendimento e
procedendo a avaliação dos mesmos.
Se desejarmos compreender e ajudar uma criança perturbada ou
deficiente, devemos, por um lado, perceber que somos parte do ambiente no qual
esta criança tem de viver e crescer e por outro lado, tentar ver seu comportamento,
desempenho, habilidades e incapacidades em relação ao que é sempre perfeito
nela, a vivência de sua própria personalidade. (SCHWARTZMAN, 1995).
A sociedade brasileira acaba sendo marcada por uma grande diversidade
social e isso acaba fazendo com que esse convívio acabe então dificultando o
desenvolvimento, e isso só será possível de ser atingido quando ocorrer uma
educação comprometida com a formação de uma sociedade que tenha os princípios
e valores direcionados a uma sociedade democrática e que a exclusão não esteja
presente dentro dessa sociedade.
Na LDB, lei nº 9394/96 acaba destacando muito bem sobre a questão da
educação especial, ressalta parâmetros que são inseridos para que possam servir
de embasamento para o desenvolvimento da integração dos alunos que possuem
19

necessidades especiais na rede regular de ensino, isso acaba então com a exclusão
desses alunos das escolas de ensino regular.
A Lei de Diretrizes e Bases de 1996 (Lei nº 9394/96) reitera o direito ao
atendimento especializado aos portadores de deficiência, em seu Artigo 4º, e em
seus Artigos 58º e 59º define Educação Especial, seu locus, e os direitos
assegurados no sistema de ensino, os quais são:
• currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades;
• terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível
exigido para a conclusão do Ensino Fundamental, em virtude de suas deficiências, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os
superdotados;
• professores com especialização adequada, em nível médio ou superior,
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
• educação especial para o trabalho, visando sua efetiva integração na
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os
órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade
superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora. (BRASIL, 1996)
O direito a acesso ao ensino regular, está previsto na constituição,
garantindo assim que sejam inseridos esses alunos, para que eles possam ter além
da socialização com os demais alunos quanto o acesso ao mesmo ensino.
Independentemente de possuir ou não alguma deficiência ou necessidade
especial, ou até mesmo dificuldades de aprendizagem, ele é um ser humano igual
aos outros e possuem mesmos direitos e deveres e por isso a necessidade de
serem respeitados.
Entretanto por isso que a inclusão tem que ser desenvolvida como um
todo, integral, não basta incluir somente os alunos no ensino regular de ensino e
deixá-los .
A escola para todos tem que proporcionar uma educação para todos, os
alunos não podem ser tratados de forma excludente, isso acaba então realizando
uma inclusão falsa, afinal o principio que a escola inclusiva possui é que os alunos
20

possam ser inseridos dentro do ensino regular e aprender juntos sempre visando um
melhor ensino.
Quando se fala em educação inclusiva, não constitui-se somente em
inseri-los dentro do ensino regular, a constituição determina que tenha um
atendimento na escola de ensino regular, para os alunos que possuem algum tipo de
deficiência e déficits , garantindo assim com que essa criança tenha a educação que
é prevista dentro da constituição.
A perspectiva então de desenvolver uma educação inclusiva vai além de
incluir os alunos, mas fazer com que a escola possa então possibilitar com que esse
aluno que possui algum tipo de deficiência possa então estar em contato com os
outros alunos, a necessidade de transformar a escola para que possa então atender
a todas as necessidades que esses alunos requerem e que assim possa então ser
desenvolvido os princípios do novo paradigma educacional.
Então para que a escola possa então atingir a inclusão, necessita-se que
a escola possa desenvolver situações diferentes para que possa então fazer com
que esses alunos possam se desenvolver.
O acesso a educação acaba sendo um desenvolvimento social, no qual
qualquer aluno possuindo ou não necessidades especiais ou distúrbios tenha
acesso a um ensino de qualidade e que possa então ter a integração com os
colegas de sala e a comunidade.
Muitas leis foram integradas para que esses direitos fossem assegurados,
mais ainda existem algumas leis que não são tão claras e isso acaba então
prejudicando o seu desenvolvimento.
Com o passar dos anos, vem aumentando a presença dos alunos que
possuem necessidades especiais dentro do cotidiano das escolas, professores que
já possuem alunos outros que ainda vão receber, então acaba sendo uma nova
realidade.
É preciso destacar o despreparo dos professores do ensino regular para
receber em suas salas de aula, geralmente repletas de alunos com problemas de
disciplina e aprendizagem, os alunos com necessidades especiais. Se
considerarmos que o ensino regular tem excluído, sistematicamente, larga parcela
da população escolar por apresentar problemas pessoais das mais diversas origens,
então será possível ter uma boa ideia de como a inclusão é desafiadora. (BUENO,
1999)
21

Entretanto o professor tem que estar preparado para que possa adequar-
se as suas metodologias e práticas pedagógicas a fim de proporcionar a esse aluno
um acesso a um ensino de qualidade, e que possa então ser respeitado as suas
limitações e cabe ao professor buscar estratégias para poder então desenvolver as
atividades com esses alunos levando em consideração suas limitações.
22

CAPÍTULO III

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Quando se tenta compreender o que seria propriamente dito a educação


especial, compreende-se como uma modalidade dentro da educação que assegura
a disposição de recursos necessários para que possa ser desenvolvido um trabalho
especializado dentro da educação, e a partir disso procura-se garantir que a
educação escolar possa desenvolver as potencialidades do aluno que possui
alguma necessidade especial em qualquer que seja o seu nível, isso está assegura
por lei, entretanto destaca-se também que a educação especial contempla também
os alunos que possui altas habilidades e superdotação.
Gonzalez (2007) define Educação Especial ou inclusiva como “o conjunto
de recursos pessoais e materiais colocados à disposição do sistema educacional
para que este possa responder adequadamente às necessidades que, de forma
transitória ou permanente, alguns dos alunos possam apresentar”.
Segundo Sá (2004), a inclusão escolar desloca a centralidade do
processo para a escola, tendo por princípio o direito incondicional à escolarização de
todos os alunos nos mesmos espaços educativos, que produz uma inversão de
perspectivas no sentido de transformar a escola para receber todos os educandos
com suas diferenças e características individuais.
A Resolução CNE/CEB nº2 (2001), por sua vez, entende que Educação
Especial é:

uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços


educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,
complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os
serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação
escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos
educandos que apresentam necessidades educacionais especiais,
em todas as etapas e modalidades da educação básica. (BRASIL,
2001, p. 69)
23

Entretanto quando paramos para pensar na educação inclusiva,


podemos encontrar atualmente inúmeros artigos, autores que relatam sobre o
assunto, e muitos acabam considerando que a educação inclusiva se justifica
somente pelo fato de inserir esses alunos com necessidade especiais dentro do
sistema de ensino regular, outros já se coloram com a visão contraria, que a
inclusão vai além de inserir somente esse aluno, a necessidade de proporcionar
formas adequadas para que esse aluno possa desenvolver as suas potencialidades
dentro da educação, e assim poder desenvolver-se dentro do processo de ensino
aprendizagem, levando sempre em consideração as suas limitações e a
necessidade de inserção de métodos adequados para atender as suas
necessidades, isso sim é realmente considerado como sendo uma educação
inclusiva, possibilitar com que esse aluno possa ter o acesso a educação,
desenvolva as suas potencialidades, possa ter contato com os outros colegas
desenvolvendo assim a socialização.
Ainda encontra-se muitas dúvidas no que diz a educação inclusiva, ainda
mais no que se trata dos professores, muitos que possuem uma formação a um
tempo acabam não sabendo como se portar diante da inserção de alunos com
necessidades especiais, e diante disso a necessidade que se tenha uma formação
continuada para que eles possam então procurar se especializar nesta área para
que possa saber atuar em caso de necessidade, além do mais se o professor não
teve ainda o contato com esse aluno, com o passar do tempo certamente ele terá,
então para que ele possa estar preparado a formação continuada acaba sendo
fundamental.
A estrutura que o professor adquiri dentro dos processos de formação
acaba sendo uma base para que ele possa então compreender quais estratégias,
metodologias, saber identificar quais são as possibilidades que ele pode ter diante
daquele aluno, então acaba sendo importante esse contato com a formação
continuada, além de fazer com que o professor esteja em constante formação,
acesso a conteúdos que são fundamentais para o professor atual necessita e a
realidade espera esse professor preparado.
Acaba sendo comum deparar com professores que acabam não
possuindo uma formação adequada no que diz respeito em ter uma bagagem de
conhecimento, que lhe torne apto para desenvolver um trabalho adequado com
aquele aluno que possui alguma necessidade especial.
24

Carvalho (2003, p. 61) aponta:

Em síntese, há que examinar todas as variáveis do processo


educativo escolar, envolvendo as pessoas da escola (educadores,
gestores, alunos, apoio administrativo); o ambiente físico (em termos
de acessibilidade), os recursos financeiros e materiais (origens,
quantidades, periodicidade de recebimento, manutenção de
equipamentos e instalações), os graus de participação da família e
da comunidade (parcerias), a filosofia de educação adotada (se
tradicional ou não), o projeto político pedagógico construído pela
comunidade escolar (natureza do documento, autores, destinação), a
prática pedagógica (se mais centrada no ensino ou na
aprendizagem), os procedimentos de avaliação (formativa, somativa,
formal, informal), dentre outros aspectos.

Isso acaba ocorrendo diante de que muitos professores no decorrer de


sua formação não tiveram o acesso a esse conhecimento, não era agregado dentro
de sua grade curricular com tanta ênfase, e isso acaba então proporcionando essa
lacuna dentro da formação do docente que fará com que ele se sinta despreparado
para atuar nesta situação.
Quando isso ocorre a necessidade de procurar a especialização, a busca
por atualizar os seus aprendizados, procurar se especializar sobre o assunto, pois
como podemos ver no gráfico a seguir, vem aumento a cada ano o aumento dos
alunos que estão inserindo no sistema regular de ensino.
25

Quando o professor escolhe este tipo de profissão deve estar preparado


para a atualidade, afinal se encontra-se cada vez mais freqüente a entrada de
alunos que possui algum tipo de deficiência, a necessidade então de buscar uma
melhor formação no intuito de estar preparado para poder exercer seu papel de
mediador do conhecimento, e acaba sendo o profissional que desenvolve as
habilidades nos alunos que são fundamentais para o seu desenvolvimento.
O professor que não estiver preparado para encarar essa nova realidade,
deve assumir as suas fragilidades e ir em busca de desenvolver uma capacitação
para que possa então ter um conhecimento mais abrangente sobre a inclusão, sobre
quais são os tipo de deficiência e como líder diante do mesmo.
Essa capacitação fornece ao professor um conhecimento atualizado de
como se portar diante de tal situação, que para o professor acaba sendo nova, afinal
no decorrer de sua carreira os portadores de deficiência eram direcionados a uma
escola especializada que possuía uma equipe com capacidades para poder
desenvolver todas as habilidades dos alunos, a capacitação pode então orientá-lo da
melhor maneira, fazendo com que ele possa conseguir os conhecimentos
necessários para disponibilizar a esse aluno um ensino, levando em consideração
as suas limitações e adequando as suas práticas pedagógicas.

A educação dos alunos com necessidades especiais deve ser


integrada nos programas de investigação e desenvolvimento dos
institutos de pesquisa e dos centros de desenvolvimento curricular,
prestando especial atenção, nesta área, à investigação-ação e
focando estratégias inovadoras de ensino aprendizagem. (UNESCO,
1994, p. 24).

Quando o professor recebe então uma criança que possui algum tipo de
deficiência, a postura muitas vezes do professor primeiramente acaba sendo um
receio em como lidar com a nova situação, o despreparo ou até mesmo a falta de
uma qualificação melhor nesse aspecto para poder então saber se portar diante
desse tipo de situação.
26

O trabalho docente com portadores de necessidades educativas


especiais na contemporaneidade deve combinar estes dois
aspectos, o profissional e o intelectual, e para isso se impõe o
desenvolvimento da capacidade de reelaborar conhecimentos. Desta
maneira, durante a formação inicial, outras competências precisam
ser trabalhadas como a elaboração, a definição, a reinterpretação de
currículos e programas que propiciam a profissionalização,
valorização e identificação do docente. (PIMENTA, 2002, p. 131-132)

Cabe então ao professor quando recebe esse aluno deve procurar então
conversar com outros profissionais de outras áreas que lidam diretamente com
crianças que possuem necessidades especiais para que possam então ajudá-lo a
desenvolver estratégias que possam facilitar o desenvolvimento com esse aluno,
fazer com que o professor possa então saber desenvolver metodologias que possam
atender as necessidades que esse aluno possui.
Martins (2011, p. 21) orienta, que para atuar com educandos que
apresentam deficiência ou outras necessidades especiais, “o professor deve ter
como base da sua formação, tanto inicial, como continuada, conhecimentos gerais
para o exercício da docência e conhecimentos específicos”. Apesar da orientação,
apenas um dos docentes que responderam os questionários, participou de formação
para o AEE ou sala de aula regular. Foram analisados, ainda, alguns relatórios
emitidos por instituições nas quais o educando fez ou fazia algum tipo de
acompanhamento.
Quando o professor recebe um aluno que possui algum tipo de
necessidade, acaba-se tendo a atenção especial em relação a conhecer melhor
esse aluno para que ele possa então saber como se portar diante do mesmo,saber
quais são as metodologias e estratégias que ele deve utilizar, se precisa dispor de
algum recurso, para que esse aluno possa então desenvolver as suas habilidades.
A educação deve ser vivida e enfrentada por todos e a educação
especial vem no intuito de garantir com que os portadores de alguma deficiência
possam ter acesso ao ensino regular e que ele possa então ter a disposição tudo o
que for necessário para que seja desenvolvido suas habilidades.
A educação especial, faz parte de uma educação para todos, e fazer com
que o aluno que possui algum tipo de deficiência possa então ter um
desenvolvimento educacional satisfatório.
27

Para que a mudança ocorra à necessidade de realizar uma


conscientização sobre o assunto, só será possível a partir do momento em que os
responsáveis como os educadores, pedagogos, psicólogos e as pessoas
responsáveis pela legislação possam então estimular programas no intuito de fazer
uma conscientização para que tanto possa ser realizado um trabalho com a escola,
família e comunidade no intuito de poder realizar esse processo de transformação .

A escola brasileira é marcada pelo fracasso e pela evasão de uma


parte significativa de seus alunos, que são marginalizados pelo
insucesso, por privações constantes e pela baixa autoestima
resultante da exclusão escolar e da social – alunos que são vítimas
de seus pais, de seus professores e, sobretudo, das condições de
pobreza em que vivem, em todos os seus sentidos. (MANTOAN,
2005, p. 27).

É interessante destacar que o conceito de inclusão abrange em atender a


todos os alunos portadores de necessidades especiais, proporcionando um acesso
ao ensino regular, lhe fornecendo professores capacitados que possam lhe fornecer
um suporte dentro desse processo de ensino aprendizagem e integrando o aluno
com os demais alunos da sala.
De acordo com Baptista (2003, p. 53):

Os conhecimentos dos profissionais especializados não substituem


nem orientam o conhecimento do professor, “não se trata, portanto,
de conhecer profundamente ‘a deficiência’, como imaginam alguns
educadores, mas de potencializar a ação técnica de referência para
aquele que ensina”.
O ato de ensinar depende exclusivamente da ação do professor e o
ato de aprender da ação do aluno, para tanto, o professor dispõe de
alguns recursos e instrumentos, tais como o diálogo, a observação, a
negociação e a avaliação, que retroalimenta seu agir. O
conhecimento especializado pode servir como um complemento
valioso, entretanto, o conhecimento do professor é elementar para
sua ação.

Mantoan (2003) vem discutir este tema colocando em pauta que a maioria
dos alunos que fracassam são os que não vieram do ensino especial, mas aqueles
que acabarão indo para ele. Por exemplo, um aluno dito “normal”, que enfrenta
dificuldades em uma matéria específica pode passar a ser considerado “especial”,
28

tendo atendimento diferenciado, mas em uma análise mais detalhada, percebe se


que este aluno é de fato “normal”, e que sua dificuldade é normal, como muitas que
os estudantes enfrentam ao longo de sua vida acadêmica.
González (2007) afirma que se houver preparação e competência do
profissional para lidar de forma eficaz na preparação do projeto educativo, de
realizar adaptações curriculares e de adequar nova metodologia, o processo de
ensino e aprendizagem chegará a todos os alunos com NEE, sem dificuldades de
assimilação e aplicabilidade do mesmo.
Os profissionais da educação devem procurar se especializar e se
capacitar para que possam então desenvolver da melhor maneira possível o seu
papel dentro da educação, além do mais quando o educador acolhe um aluno que
possui algum tipo de necessidade, deve procurar então se informar e conhecer a
fundo sobre a legislação que garante o acesso a essa educação para as pessoas
com deficiência, formação e informação necessárias para que a legislação seja
cumprida, pesquisas sempre estratégias que deram sucesso e que podem ser
inseridas dentro de sua realidade.
Tendo a visão de que ainda necessita-se de muitas mudanças para que
possam superar as barreiras e eliminar todos os preconceitos que existem em
relação a tudo o que é novo, possibilitar o desenvolvimento de novas possibilidades
de ensino e acesso a uma educação de qualidade, no intuito de fazer com que todos
os alunos possam ter o seu direito assegurado, o acesso a uma educação de
qualidade.
O movimento de educação em prol de uma educação inclusiva, acaba
sendo uma ação política , cultural, social e pedagógica no intuito de defender os
direitos dos alunos independentemente de possuir ou não alguma necessidade
especial, defendendo assim os direitos humanos, a igualdade.
O sistema de ensino em nosso pais defende a educação para todos,
independentemente de suas diferenças, o que importa é que tenhamos o
desenvolvimento de uma educação de qualidade que possa então contribuir para a
formação de um cidadão consciente e que possa então viver dentro dessa
sociedade e que possa então lutar pelos seus direitos.
O professor quando se depara com um aluno que possui alguma
necessidade especial, deve primeiramente respeitar as suas limitações para que ele
29

possa então desenvolver o processo de inclusão desse aluno dentro da rede de


ensino.
Então o professor que já encontra-se nessa realidade acabou tendo a
necessidade de procurar se especializar, ir em busca de ajuda para saber se portar
diante dessa situação, e para aqueles que ainda não tiveram o aluno a probabilidade
de ter é muito grande com o passar dos anos, então cabe a ele também já se
especializar para que quando acontecer já esteja preparado para desenvolver seu
papel dentro da educação.
Segundo Prieto (2002), O planejamento de ações para atender às
necessidades educacionais da população deve partir do levantamento de dados
sobre a estrutura e as condições de funcionamento da rede escolar. O número, o
tamanho e a localização das escolas públicas, seus contornos e seus diferentes,
entornos e conhecer suas condições físicas e materiais, o número e a composição
das turmas. É preciso mapear os recursos educacionais especiais existentes na
localidade, identificando e caracterizando a natureza de seu atendimento e
procedendo a avaliação dos mesmos.
São estratégias que o professor deve estar preparado para a nova
realidade que acaba exigindo essa capacitação, pesquisas sempre que necessários
as dúvidas e procurar sempre auxilio dos profissionais, coordenadores, direção,e
apoio da família, quando isso ocorre acaba tendo um avanço e isso acaba sendo
benéfico para o aluno, e além do mais ele se sente melhor vendo que a escola e a
família está integrado todos em busca de um só objetivo, desenvolver uma
educação de qualidade para o aluno e desenvolver a socialização e formação de um
cidadão .
Todas as escolas deveriam acomodar todas as
crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais, lingüísticas ou outras. Devem incluir crianças deficientes ou
superdotadas, crianças de rua e que trabalham crianças de origem remota ou de
população nômade, crianças pertencentes a minorias lingüísticas, étnicas ou
culturais e crianças de outros grupos em desvantagem ou
marginalizadas. (BRASIL, 1996).
Nota-se que o sistema de ensino desenvolvido dentro das instituições de
ensino, necessitam estabelecer práticas pedagógicas que possam desenvolver em
todos os alunos a capacidade de fazer com que eles tenham a visão da importância
30

valorização da diversidade e que todos possuímos os mesmos direitos


independentemente da pessoa possuir ou não algum tipo de necessidade.
Segundo Paula (2004):

Na formação de professores de educação especial, essa


ambiguidade manifesta-se, por exemplo, na forma como as políticas
públicas consideram essa questão. Também fica evidente, na
construção do saber e, do saber fazer, desses futuros docentes, pois
os currículos de sua formação inicial privilegiam,
predominantemente, a especificidade do trabalho com determinados
alunos “especiais” por que apresentam incapacidades físicas, e/ou
mentais, e/ou sensoriais, e/ou adaptativas”.

As ações dos sistemas públicos de ensino deverão pautar-se em


conhecimento sobre a situação funcional dos seus profissionais; sua formação em
educação especial, as concepções de ensino/aprendizagem que adotam, as
representações sociais que têm sobre ser base para a organização de propostas de
intervenção que devem prever a formação continuada. Para todos profissionais
ligados direta ou indiretamente a atividades de ensino, que garantam a construção
de conhecimentos sobre características do desenvolvimento e aprendizagem de
alunos com necessidades educacionais especiais, métodos e a adaptações
curriculares possíveis ou necessárias, bem como a utilização de materiais e
equipamentos específicos, dentre outros (PRIETO, 2002).
Para que possamos então desenvolver a inclusão, a necessidade então
de desenvolver na sociedade uma compreensão do que significa realmente incluir,
vai além de inserir somente a pessoa, tem que promover a interação, o
compartilhamento, fazer com que a pessoa se sinta incluída e que a sua
necessidade não seja vista como um problema, mas sim promover a diversidade,
socialização de todos independentemente de possuir ou não qualquer tipo de
necessidade, todos temos o direito de ser respeitado pelo outro.
Segundo Mendes (2001), de um lado, encontram-se os que defendem a
proposta de inclusão advogando que a melhor colocação seria na classe regular,
mas admitindo a possibilidade de serviços de apoio ao atendimento na classe
comum e os recursos educacionais especiais paralelos ao ensino regular. De outro
lado, a proposta de inclusão total prevê a colocação de todos os estudantes,
31

independentemente do grau e tipo de incapacidade., na classe comum da escola


próxima à sua residência e a eliminação total do atual modelo de prestação
baseado em um continuum de serviços de apoio de ensino especial.
32

CONCLUSÃO

Nota-se que com o passar dos anos muitas coisas foram adquiridas pelos
portadores de deficiência, seu direito a acesso ao sistema de ensino regular, o
direito a inserção dentro do mercado de trabalho entre outras conquistas, mais ainda
necessita-se mudar muitas coisa.
Dentro do ambiente escolar por exemplo as instituições de ensino mesmo
já fornecendo o acesso a educação inclusiva, ainda precisa mudar, a estrutura dos
seus prédios ainda precisam de melhorias para adequar-se as necessidades desses
alunos, entretanto o desenvolvimento de uma capacitação dos professores para que
eles possam ter a capacidade de poder desenvolver seus trabalhos levando em
consideração que precisam adequar-se as suas metodologias e estratégias para
atender a esses alunos e por isso a preparação e capacitação acaba sendo
necessário.
Além de poder fornecer o conhecimento necessário para o professor,
acaba fazendo com que ele sane todas as suas duvidas, que possa então estar
preparado e poder exercer o seu papel da melhor maneira possível, desenvolvendo
o processo de ensino aprendizagem com esses alunos, levado sempre em conta as
suas limitações e adequando sempre os conteúdos a necessidade do aluno.
Com o desenvolvimento deste trabalho acaba proporcionando uma
analise da atual situação que se encontra o sistema de ensino, e quais são ainda as
melhorias necessárias que devem ser realizadas para que possa então exercer uma
educação inclusiva, levando sempre em conta o desenvolvimento do aluno de forma
integral.
A educação é fundamental pois proporciona as bases para o
desenvolvimento do aluno, acaba sendo considerada como sendo o alicerce e diante
disso a necessidade de desenvolver esse momento de forma adequada para que a
base seja bem formulada para que o aluno não tenha problemas no decorrer de seu
desenvolvimento.
Ainda a muito o que se mudar em relação a educação inclusiva, afinal
para que possa então desenvolver a inclusão de forma integral a necessidade então
de que possa atender o aluno de forma integral, ou seja que ele possa então ter seu
33

acesso garantido, que ele possa ter acesso a educação de qualidade e que essa
possa então levar em consideração suas limitações e em cima disso propor
estratégias para que possa então ser desenvolvida atividades complementares que
atuem de forma integral dentro de seu desenvolvimento.
O desenvolvimento de uma educação para todos, acaba passando por
ciclos, etapas que precisam ser desenvolvidas, para que possam então atender a
todas as necessidades desse aluno e para isso a necessidade de uma preparação
tanto estrutural quanto profissional para estar apto a receber esse aluno e poder
desenvolver o ensino aprendizagem de forma integral.
34

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37

UNESCO. 1997. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades


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38

ANEXO I

O caminho da Educação Especial na perspectiva da inclusão:


alguns marcos
(*) Marta Gil e (**) Liliane Garcez

Podemos considerar 1854 como o início da Educação Especial no Brasil,


com a inauguração do Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atual Instituto Benjamin
Constant), pelo Imperador D. Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro. Era um internato
e recebia meninos de todo o Brasil e também de países da América do Sul. Foi o
primeiro educandário para cegos na América Latina.

"O Instituto tem por fim educar meninos cegos e prepará-los


segundo sua capacidade individual, para exercício de uma arte, de
um ofício, de uma profissão liberal. É, pois uma casa de educação e
não um asilo, e muito menos um hospício; uma tríplice
especialidade, música, trabalhos, ciência, eis o que constitui sua
organização especial".

 1857 – Fundação do Imperial Instituto de Surdos Mudos, na cidade do


Rio de Janeiro, que hoje é o INES – Instituto Nacional de Educação de Surdos. Na
época, o Instituto era um internato, que só aceitava surdos do sexo masculino. Eles
vinham de todos os pontos do país e muitos eram abandonados pelas famílias;

 1948 – Brasil assina a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que
garante o direito de todos à Educação;
 1954 – É fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais (APAE). Surge o ensino especial como opção à escola regular comum;
 1961 – A Lei de Diretrizes e Bases garante o direito da criança com
deficiência à Educação, de preferência na rede regular de ensino;
 1971 – A Lei 5.692 traz um retrocesso jurídico, pois reforça as escolas
especiais;
 1988 – Promulgada a atual Constituição, que garante a matrícula de
crianças e jovens preferencialmente na rede regular de ensino, porque a Educação é
39

direito de todos e deve garantir a “igualdade de condições de acesso e permanência


na escola” (artigo 206);
 1990 – Brasil assina a Declaração Mundial de Educação para Todos
(Declaração de Jomtien);
 1994 – Brasil assina a Declaração de Salamanca, que traz a concepção
de Educação inclusiva. Ela defende a necessidade e o direito de inclusão dos alunos
no sistema regular de ensino, tendo por princípio uma “Educação para Todos”;
 1999 – O Decreto nº 3.298 dispõe sobre a Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, regulamenta a Lei nº 7.853/89 e
define a educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e
modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial
ao ensino regular;
 2001 – Resolução CNE/CEB no 2 estabelece que é crime recusar a
matrícula de crianças com deficiência no ensino regular. Ela é considerada um ponto
de inflexão no processo de inclusão;
 2002 – Resolução CNE/CP no 1 define que a Universidade deve formar
professores da Educação Básica preparando-os para, entre outros objetivos, “o
acolhimento e o trato da diversidade”
 2002 - Lei n.o 10.436/02 – reconhece LIBRAS (língua brasileira de sinais)
como meio legal de comunicação e expressão 2002 - A Portaria 2.678/08 aprova
normas para uso, ensino, produção e difusão do alfabeto braile em todas as
modalidades de Educação
 2003 – O Ministério da Educação cria o “Programa Educação Inclusiva:
Direito à Diversidade”, que forma professores para atuar na disseminação da
Educação Inclusiva;
 2004 – O Ministério Público Federal reafirma o direito à escolarização de
alunos com e sem deficiência no ensino regular através do documento “O Acesso de
Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular”;
 2006 – A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o Ministério da
Educação, o Ministério da Justiça e a UNESCO lançam o Plano Nacional de
Educação em Direitos Humanos que objetiva fomentar, no currículo da educação
básica, temáticas relativas às pessoas com deficiência e desenvolver ações
afirmativas que possibilitem inclusão, acesso e permanência na educação superior;
40

 2007 – No contexto do Plano de Aceleração do Crescimento - PAC é


lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, reafirmado pela Agenda
Social de Inclusão das Pessoas com Deficiência, tendo como eixos a acessibilidade
arquitetônica dos prédios escolares, a implantação de salas de recursos e a
formação docente para o atendimento educacional especializado;
 2008 – O documento “A Política Nacional de Educação Especial na
perspectiva da Educação Inclusiva” elaborado pela SEESP – Secretaria de
Educação Especial do MEC – Ministério da Educação define que todos devem
estudar na escola comum. Nesse mesmo ano, pela primeira vez o número de
crianças com deficiência matriculadas em escolas regulares (54%) ultrapassa o das
que estão na escola especial (46%);
 2008 – Decreto Legislativo 186/2008 - ratifica a Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência com status de emenda constitucional;
 2008 – Decreto 6571/2008, que dispõe sobre o Atendimento Educacional
Especializado Esses dois decretos estabelecem que devam ser assegurados
sistemas educacionais inclusivos em todos os níveis de ensino;
 2009 – Decreto Executivo 6.949/2009, que ratifica a Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência, agora diretamente pelo Poder Executivo;
 2009 – Resolução CNE/CEB no 4 estabelece as Diretrizes Operacionais
para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica.

REFERÊNCIA

Disponível em :
<http://www.planetaeducacao.com.br/portal/imagens/artigos/diario/Artigo-revisao-
Marta-e%20Liliane.pdf>
41

ANEXO II

Declaração de Salamanca

Essa declaração ocorreu na Espanha entre o dia 7 e 10 de junho de 1994,


com a finalidade de reafirmar o compromisso pré – estabelecido com o projeto
Educação para Todos.
Garantindo assim a oportunidade para crianças e jovens com deficiências
se tornem parte integrante do sistema educacional regular.
Buscando melhoria ao acesso a educação para a maioria daqueles cujas
necessidades especiais ainda se encontram desprovidas.
Mostrando que o envolvimento e participação ativa dos governos,
comunidades, sociedades, pais e organizações não-governamentais é
extremamente importante para que ocorra uma educação inclusiva, suprindo toda a
necessidade dessas pessoas seja fora ou dentro da escola.
Esse documento tem como ponto fundamental mostrar e declarar o direito
de toda criança a ter uma educação de qualidade, dando assim a oportunidade de
atingir o manter o nível adequado de aprendizagem.
42

Todos que tem necessidades educacionais especiais devem ter acesso á


escola regular.
A pedagogia deve ser centrada na criança sendo assim capaz de
satisfazer e suprir suas necessidades.
As escolas regulares que são inclusivas que tem possuem orientação e
meios adequados para combater atitudes discriminatórias criando comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para
todos, promovendo uma educação efetiva á maioria das crianças e aprimoram a
eficiência.

PAPEL DO GOVERNO

Outro ponto importante é a importância do governo que tem por obrigação


de se preocupar e investir nas escolas dando suporte financeiro e material para que
a escolas possa desempenhar seu papel e que estejam aptas para incluírem
crianças, independentemente de suas diferenças ou dificuldades individuais.
O governo deve adotar em forma de lei que todas as crianças com
necessidades especiais devem ser matriculadas em escolas regulares, a menos que
existam fortes razões para agir de outra forma.
Diz também que o governo deve investir em projetos de intercambio em
países que possuem educação inclusiva.
Promova treinamento para professores, tanto em serviço como durante a
formação, incluam a provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas.

PAPEL DA ESCOLA

Antes de tudo, o desenvolvimento das escolas que são inclusivas, que


oferecem serviços a uma variedade de alunos de ambas as áreas rurais e urbanas
requer maior apoio de uma política mais objetiva e forte de inclusão.Juntamente com
provisão adequada pois essa eficácia e esforço terá condições de combater o
preconceito e criar atitudes.
43

Desde já, e importante os seguintes aspectos a serem abordados para a


contribuição inclusivas e bem sucedidas na escola como por exemplo: currículo,
prédios, organização escolar, pedagogia, avaliação e a Filosofia da escola para o
aluno em tais condições especificas.
Tendo em vista que, muitas das vezes á inclusão de crianças com
necessidades educacionais, podemos citar que são aspectos de ampla e exclusiva
não, somente a atender as necessidades mais também servir com espécie de
aprimoramento da qualidade.
A declaração mundial pela qual, afirma que, o seu objetivo é garantir a
educação para todos com intuito de negativar a exclusão ,através de sistema que
se adaptam a necessidade de cada um.
É de grande relevância o professor ter cursos extracurriculares para
aprimorar seus conhecimentos e adaptá-lo de acordo com a necessidade de cada
aluno. Com bons equipamentos eletrônicos e com isso irá ter um bom desempenho
que servirá como fator chave para o bom progresso e incluí-lo as práticas
pedagógicas através de adaptações.
Na educação inclusiva é necessário o apoio externo de psicólogos
escolares, professores-consultor, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
Para ocorrer o sucesso de escolas inclusivas deveria se iniciar desde a
educação infantil até os outros níveis de escolaridade.
Promover a participação da comunidade, parceiras com o pais, auxiliando
os pais de crianças com necessidades especiais, dando suporte, informações
necessária em linguagem clara e simples.
Essa parceria cooperativa e de apoio entre administradores escolares,
professores e pais deveria ser desenvolvida e pais deveriam ser considerados
enquanto parceiros ativos nos processos de tomadas de decisão.
Encorajando-os a participar de atividades educacionais em casa e na
escola, assim eles podem observar técnicas efetivas e aprender como organizar
atividades extra-curriculares, para apoio da aprendizagem de suas crianças.
A declaração de salamanca é extremamente eficaz para uma país,
governo, sociedade, comunidade, sistema educacional que deseja colocar em
pratica a educação para todos, realizando assim a inclusão de crianças e jovens
com necessidades especiais, seja deficiência física ou problemas de aprendizagem.
44

É um documento muito rico que nos mostra de que forma devemos


trabalhar para alcançar tal objetivo.
Tem deveres explícitos e caminhos sólidos para que todos alcancem êxito,
seja governantes, professores, participantes de comunidade a sociedade em geral.
Mas se não houver interesse por parte dos governantes que administram
nosso país, dos professores que tem o papel de formar cidadãos e desfazer
preconceito e da sociedade de aceitar essa criança, nunca vamos ter uma educação
inclusiva de fato.
O que temos hoje nas escolas é uma educação “inclusiva” exclusiva, pois
as escolas tem se tornando uma deposito de crianças com necessidades especiais.
Não é exercido na pratica a educação inclusiva, professores são
despreparados, a sociedade vêem essas crianças como “futuros coitados”, sendo
incapaz de realizar tarefas, exercer uma profissão.
Para alcançar uma educação inclusiva é necessário querer seguir a risca
o que esta proposta pela declaração de salamanca e trabalhar não só para estarem
no índice mais alto nas pesquisas de uma educação de qualidade e sim para
transforma vidas, famílias, sociedades.

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