1 - para Sempre Happy
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1 - para Sempre Happy
Cade Creek 1
Happy O'Brian passou a maior parte da sua vida isolado do resto do mundo.
Foi-lhe dito que ele era mau e que a sua alma iria para o inferno. Ele era fisicamente
espancado em uma base diária. Ele morava com os seus avós ultra religiosos e
conservadores acreditando que eles estavam certos ao seu respeito até o dia em que
a sua mãe foi atacada. Buscar ajuda mudou a vida de Happy de uma maneira que ele
nunca poderia imaginar e mostrou-lhe um mundo que ele não sabia que existia.
Atendendo a uma chamada de distúrbio, o delegado Marc Walker conhece
um homem que lhe choca com a sua gentileza. Quando ele descobre a verdadeira
natureza de Happy, Marc quer saber tudo sobre o homem. Ele quer mostrar-lhe o
mundo.
Quando o passado eleva a sua cabeça, e as suas vidas são colocadas em
perigo, Happy tenta fazer a coisa certa e se distanciar do seu policial bonito. Mas Marc
tem outros planos para o seu gigante gentil e ele não vai deixar que uma coisa
pequena como levar um tiro ou ter prisioneiros escapando interfira com esses planos.
Happy terá o seu feliz para sempre.
Nota: Algumas descrições gráficas de extrema violência contra o herói, quando
menor de idade.
Capítulo Um
Capítulo Três
Happy olhou para cima a partir da madeira que ele estava cortando
quando ouviu um veículo chegando a unidade. Era uma ocorrência tão
incomum que ele só podia ficar lá e olhar quando o grande veículo branco da
polícia parou em frente a casa.
Ele balançou o seu machado e enfiou-o no topo da sua tábua de
bater, em seguida puxou as luvas de trabalho fora e colocou-as no bolso de
trás. Happy não conseguia pensar em uma única razão que as autoridades
estariam vindo para a sua casa a menos que houvesse um problema.
Quando o delegado, que ele encontrou um par de dias atrás saiu do
veículo, Happy quase desejou que o xerife tivesse vindo no seu lugar. O lindo
delegado o fez se sentir engraçado, como se borboletas estivessem voando ao
redor do seu estômago. Ele fez outras partes do corpo de Happy reagir
também, mas Happy não queria pensar nisso.
― Ei, Happy.
Happy relaxou quando o aceno do homem estava acompanhado de
um sorriso amigável.
― Delegado Marc. ― Happy acenou de volta. ― Há algo errado?
― Não, não. ― O delegado Marc se esticou dentro do seu caminhão.
Happy mordeu o lábio inferior, enquanto observava o jeans desbotado do
homem esticar sobre a sua bunda quando ele esticou para pegar alguma coisa.
― Eu fiz um pouco de sopa de frango de macarrão para a sua mãe.
― Oh. ― Happy não se lembrava de ninguém nunca trazer-lhes
qualquer coisa exceto talvez o Blaecleahs. Eles tinham sido muito legais para
ele e a sua mãe depois que o seu avô foi afastado por ser mau. ― Por quê?
― Por quê? ― o delegado Marc perguntou quando ele se aproximou
com um pote vermelho entre as suas mãos.
― Por que você fez pra minha mãe sopa de frango? ― Happy tinha
certeza de que o delegado xerife nunca conheceu a sua mãe. Em sua
experiência, muito poucos estranhos faziam algo para outros estranhos sem
uma razão.
― Bem, eu me lembro de você me dizendo que a sua mãe estava
um pouco indisposta e eu pensei que ela poderia desfrutar de alguma sopa de
frango caseiro. É suposto ser bom para você quando você está se sentindo
mal.
― Oh. ― Happy arranhou a lateral da sua cabeça enquanto olhava
para o pote vermelho. O que ele deveria fazer com ele?
― Por que não vamos para dentro e colocar um prato para a sua
mãe e ver se ela quer algum? ― Perguntou o delegado Marc. ― Eu tenho
certeza que eu gostaria de conhecê-la.
― Ok. ― Isso parecia razoável o suficiente. Happy ainda se
perguntava sobre os motivos do delegado quando ele conduziu o homem para
a casa. Ele deu um olhar superficial no interior, certificando-se de que tudo
estava limpo como um alfinete. ― Nós não temos muitos visitantes aqui.
― Não, eu não imaginava ― delegado Marc respondeu. ― Você deve
trazer a sua mãe para a cidade para o mercado do agricultor no fim de
semana. É muito divertido.
A fronte de Happy enrugou em pensamentos. ― Por que eu faria
isso?
Happy engoliu em seco e moveu seus pés, quando o delegado Marc
só olhava para ele. Ele estava acostumado as pessoas o olhando, mas isso não
significava que ele gostava.
― E se eu vir buscá-lo no próximo fim de semana e levá-lo para o
mercado. Vamos passear e olhar as barracas, almoçar. Você vai ver o que
quero dizer sobre ser divertido.
Happy pensou sobre isso por um momento e depois assentiu. ―
Mama também?
― Claro. ― O delegado Marc sorriu. ― Sua mãe é sempre bem-
vinda.
Talvez isso não fosse muito ruim, e seria bom para a Mama sair um
pouco. Ela passou tempo demais confinada na casa.
Happy levou o delegado para a cozinha. ― Isso precisa ser
reaquecido? ― O fogo no fogão estava apagado, mas as brasas ainda estavam
quentes. Não seria preciso mais do que alguns minutos para acender
novamente.
― Onde está a tomada? ― Perguntou o delegado. ― Esta é uma
panela elétrica. Eu só posso ligá-lo.
― Uma panela elétrica? ― Happy olhou para o pote vermelho.
O delegado Marc parou por um momento, olhando. ― Aqui, deixe-me
mostrar a você. ― Ele olhou ao redor. ― Você tem uma tomada elétrica?
― Oh, sim. ― Happy levou o homem até a ficha branca na parede
acima do balcão perto do frigorífico. ― Alguns homens chegaram um par de
anos atrás, e os colocou e agora temos isso.
― Agradável. ― O delegado colocou o pote vermelho em cima do
balcão e plugou na tomada. ― Isso é uma panela elétrica. ― O delegado Marc
descansou a mão em cima da tampa. ― Você o liga e ele mantém as coisas
quentes ou cozinha-os, dependendo da programação. ― Ele apontou para um
botão na parte da frente do pote. ― Ele tem quatro programações. Alto, baixo,
quente e desligado.
― E ele mantém a comida quente?
O homem acenou com a cabeça.
― Oh, eu tenho, então temos de ter um desses. Seria ótimo para
fazer um grande pote de algo no início da manhã e tê-lo quente durante todo o
dia no caso de Mama estar com fome.
― Eu vou te dizer o que ― disse o delegado. ― Você pode pedir a
minha sempre que você quiser.
― Eu posso?
― Claro. ― O delegado sorriu. ― Mas você tem que me convidar
para jantar na próxima vez que você fizer alguma coisa.
― Eu posso fazer isso. ― Happy começou passando por diferentes
receitas que ele poderia fazer no pote vermelho, perguntando qual o bonito
delegado gostaria mais.
― Bom, então está resolvido. ― O delegado olhou para a porta do
armário. ― Você quer me apresentar à sua mãe primeiro ou obter-lhe um
prato de sopa?
Happy mordeu a unha do polegar por um momento, enquanto olhava
em direção ao corredor. ― Mama poderia estar dormindo. Talvez devêssemos
ver se ela está acordada primeiro.
― Boa ideia.
Borboletas vibraram no estômago de Happy quando o Delegado
sorriu. Ninguém nunca tinha parecido tão bom quando eles sorriram? Bem,
além de Mama, mas o Delegado Marc não o fez se sentir feliz do mesmo modo
que ele fez quando a sua mãe sorria para ele.
Happy não sabia por que isso.
Ele caminhou pelo corredor até o quarto da sua mãe, tocando
calmamente na porta antes de girar a manivela e empurrando a porta aberta
apenas o suficiente para olhar para dentro. Olhos verde-pálido olharam para
ele da pilha de cobertores na cama.
― Ei, mamãe. ― Happy correu, inclinando-se para roçar um beijo
sobre o rosto da sua mãe. ― Delegado Marc veio me visitar.
― O delegado? ― O rosto de Anna empalideceu.
― Bom dia, senhora ― o delegado disse quando ele entrou no
quarto, puxando o chapéu da cabeça. ― Eu vi Happy na cidade um par de dias
atrás e ele disse que você estava um pouco indisposta. Eu só queria ter
certeza de que estava tudo bem.
― Meu Happy cuida bem de mim. ― Anna acariciou a mão de Happy.
― Eu tenho certeza que ele faz. Ele parece ser um bom filho. ― O
delegado sorriu. ― Mas eu tenho certeza que é devido à sua mãe.
Happy estava um pouco confuso com o quão bom o delegado estava
sendo com a sua mãe. O Xerife Riley era bom, e os Blaecleahs eram bons, mas
o delegado Marc estava sendo... como... extra agradável.
― Ele trouxe um pouco de sopa de frango caseira, Mama. Você sente
vontade de comer alguma coisa? Eu fiz um par de pães esta manhã. Eu
poderia te dar um prato de sopa e pão.
― Você fez pão caseiro? ― Perguntou o delegado.
Happy assentiu.
Um sorriso se espalhou sobre os lábios do homem. ― Eu adoraria
tentar um pedaço. Tem sido anos desde que eu comi pão caseiro.
― Tudo bem. ― Happy daria ao delegado tantos pedaços como ele
queria apenas se ele continuasse sorrindo assim.
― Vou querer algum também, Happy, mas só um pouco.
― Sim, mamãe.
Happy estava animado que a sua mãe queria algo para comer. Ela
estava comendo como um pássaro no último par de semanas. O médico disse
que ela só tinha um resfriado e repouso era a melhor coisa para ela, mas
Happy ainda estava preocupado. Ele não sabia o que ele iria fazer neste
mundo sem ela.
Ele correu de volta para a cozinha e pegou três pratos. Quando ele
levantou a tampa sobre a panela elétrica, suas entranhas rosnaram com a
fome no aroma. ― Isso cheira muito bem.
― Obrigado ― Delegado Marc respondeu. ― Minha mãe me ensinou
a receita.
― Sim? ― Happy sorriu para o delegado enquanto ele pôs a sopa em
cada tigela. ― Minha mãe me ensinou a fazer pão caseiro.
O delegado olhou diretamente para casa quando ele cruzou os braços
e encostou-se ao balcão. ― Eu não posso esperar para experimentar uma
fatia. Eu amo pão caseiro, especialmente quando está quente, e com um pouco
de manteiga.
― Oh yeah ― Gemeu Happy. ― É muito bom quente.
O estômago de Happy vibrou novamente quando o delegado piscou
para ele. Ele rapidamente virou-se, com medo de que o homem veria a súbita
tenda na parte da frente do seu jeans. Cada palavrão que os seus avós
vomitaram sobre pecado flutuavam no seu cérebro, lembrando-o de que a
luxúria e desejo eram maus. O que ele estava sentindo era errado.
Só que ele não conseguia parar de sentir isso.
Basta olhar para o delegado bonito tinha Happy... bem... feliz. Ele
queria olhar mais. Ele queria tocar. Havia todos os tipos de lugares que ele
queria tocar. Ele só não achou que nenhum deles eram autorizados.
Talvez Mama soubesse.
Happy abriu uma gaveta e pegou três colheres e uma faca de
manteiga. O pão não estava quente, mas ainda seria gostoso com um pouco
de manteiga sobre ele. Ele puxou o pão do forno e cortou várias fatias,
colocando-as em um prato. Ele, então, colocou a sopa, o pão, e uma manteiga
em uma bandeja para levar para o quarto da sua mãe.
― Você quer algo para beber, delegado Marc?
― Eu estou bem, mas eu ficaria ótimo se você me chamasse de
Marc. Ser um delegado é o que eu faço, não quem eu sou.
― Sério? ― Happy não podia deixar de olhar para o homem. ―
Estaria tudo bem se eu o chamasse de Marc?
― Eu preferia que você fizesse.
― Tudo bem. ― Happy começou a sorrir. ― Marc.
― Obrigado, Happy.
Happy apenas mal manteve o sorriso do seu rosto quando ele
respirou controlado. O sorriso de Marc era devastador. ― De nada.
Happy pegou a bandeja de comida e começou a sair da cozinha. Foi
um pouco estranho ter alguém lá além de Mama. Com exceção de quando o
Xerife Riley tinha chegado e levado o seu avô, e quando os Blaecleahs tinham
vindo para ajudar, Happy não conseguia se lembrar de ter mais ninguém na
casa além dele, Mama, e os seus avós.
― Você pode dizer a Mama sobre o mercado do fazendeiro? ― Happy
perguntou enquanto ele empurrou a porta do quarto aberta com o ombro. Ele
precisava obter a sua mente fora do delegado bonito e em praticamente
qualquer outra coisa.
Além disso, ele não tinha certeza do que era um mercado de
agricultores.
― Eu adoraria ― Marc disse quando ele pegou uma cadeira na
parede ao lado da porta e puxou-a para o lado da cama.
Happy colocou a bandeja sobre o pequeno stand ao lado da cama e,
em seguida, pegou uma das tigelas e estendeu-a para o delegado. Mama
sempre disse que ele devia cuidar dos convidados primeiro.
Uma vez que Marc tinha pegado uma tigela, Happy estendeu a mão e
colocou alguns travesseiros empilhados nas costas da sua mãe, apoiando-a.
Ele pegou uma bandeja de café da manhã a partir do lado da cama e a colocou
sobre o seu colo e, em seguida, colocou a tigela sobre a bandeja de madeira.
Happy sentou-se na ponta da cama e começou a passar manteiga no
pão enquanto ouvia Marc explicar sobre o Mercado do agricultor de Cade
Creek. Ele sorriu quando Marc mencionou os tomates de Billy Blaecleah. Ele
teve alguns. Eles eram muito bons.
Ele sorriu para a sua mãe quando ele entregou-lhe um pedaço de pão
com manteiga. Ele pegou outro pedaço e começou a passar manteiga para
Marc. ― Gostaria de ir no próximo fim de semana, se você estiver se sentindo
melhor? Marc disse que iria nos levar.
― É algo que você gostaria de fazer, Happy? ― Perguntou Anna.
Happy deu de ombros, porque ele realmente não tinha certeza de
como responder a isso. ― Eu nunca estive em um mercado do agricultor antes.
Pode ser divertido.
Anna deu um tapinha no braço de Happy. ― Então nós vamos. ―
Seus olhos foram para Marc. ― Se o delegado não se importar em nos levar?
― Eu acho que é uma ideia maravilhosa ― Marc respondeu. ― Eu
adoraria levá-los.
Happy entregou o pão para Marc e, em seguida, pegou a sua sopa,
tomando um gole. Ele gemeu quando o sabor caseiro explodiu sobre a sua
língua. ― Eu vou te dizer o que é maravilhoso, esta sopa. ― Uma risada
quente encheu o quarto. A respiração de Happy travou quando ele olhou para
cima para encontrar Marc observando-o com uma estranha luz nos seus olhos
azuis. ― É muito boa.
― Estou feliz que você pense assim.
Happy sentiu as borboletas e as bolhas que flutuavam em torno do
seu estômago quando ele se sentou lá e comeu seu almoço com Marc e Mama.
Ele não conseguia se lembrar de quando ele teve um bom tempo. Marc era
engraçado, fazendo Happy rir várias vezes. Ele ainda fez Mama rir.
No momento em que as pálpebras de Mama começaram a se agitar e
fechar, Happy estava tonto. Ele sabia que tinha um grande sorriso no rosto
que só não iria embora, mas ele não poderia evitar. Ele gostava de estar perto
de Marc. O homem estava atento, ouvindo Happy mesmo quando ele levou um
momento para colocar os seus pensamentos em conjunto. Marc não ficou
bravo. Ele apenas ficou lá e esperou.
Happy empilhou tudo de volta na bandeja que tinha trazido e levou
de volta para a cozinha. Ele começou a lavar os pratos, olhando para cima
quando Marc se juntou a ele. ― Deixo a panela conectada ou coloco-a na
geladeira?
― A panela deve ser desligada quando não estiver usando e eu não
iria deixá-la ligada durante a noite, mas olhe. ― Marc se aproximou e levantou
uma parte da penela fora da casca exterior vermelha. ― Esta parte, uma vez
que esfria, pode ser colocada na geladeira até o dia seguinte quando você
pode aquecê-la de novo.
― Isso é incrível. ― Happy nunca tinha visto nada parecido.
― A tecnologia moderna tem percorrido um longo caminho, Happy.
Happy franziu a testa quando ouviu o tom distinto de tristeza na voz
de Marc. Ele fez uma pausa em lavar as tigelas sujas e virou-se para olhar
para o delegado. ― Tem alguma coisa errada, Marc?
― Xerife John me contou um pouco sobre a sua situação com os
seus avós.
― Oh. ― A cabeça de Happy caiu, assim como o seu coração. Ele
não sabia exatamente como se sentia sobre Marc conhecer algumas das coisas
que ele passou ao longo dos anos, mas ele tinha certeza de que ele não
gostou. Ele preferia apenas colocar essa parte do seu passado para trás e
seguir em frente com a sua vida.
― Hey. ― A mão de Marc pousou no seu braço. ― Eu não te disse
que eu sabia que o que aconteceu para incomodá-lo. Eu apenas queria que
você soubesse que eu entendo por que algumas coisas são novas para você.
Se você tiver alguma dúvida sobre qualquer coisa, eu ficaria feliz em explicar
isso para você.
A cabeça de Happy se inclinou para o lado. ― Por que você faria isso?
Os lábios de Marc se curvaram para cima. ― Porque eu gosto de
você.
A respiração de Happy engatou. ― Sério?
― Sim. ― Marc assentiu. ― Eu acho que nós poderíamos ser
grandes amigos.
― Eu-eu nunca tive um amigo antes.
― Bem, você tem agora.
― Obrigado. ― Happy nunca tinha tido um amigo, antes, bem, além
da sua mãe, e ele não achava que era o mesmo. ― O que os amigos fazem?
Marc piscou por um momento como se ele não esperasse essa
pergunta. ― Uh, bem, nós planejamos ir para o mercado do agricultor juntos
no próximo fim de semana. Podemos começar com isso. E eu vou ter que te
ensinar sobre futebol. Não há nada melhor do que se sentar em torno em uma
tarde de domingo depois da igreja assistindo a um jogo de futebol com alguns
amigos.
O sorriso de Happy crescia a cada palavra. Ele sabia um pouco sobre
futebol de assistir a televisão, na lanchonete e na loja de sementes nas suas
pausas para o almoço. Mas vê-lo com um grupo de amigos soou muito melhor.
Havia apenas um problema. ― Eu nunca fui para a igreja ― admitiu.
Por mais que a Bíblia tivesse sido empurrada em cima dele, deixar a casa não
tinha sido permitido. ― Depois que o avô foi embora, os Blaecleahs nos
convidaram para ir, mas Mama e eu... ― Happy balançou a cabeça. ― Eu não
tenho certeza de como me sinto sobre todas essas coisas.
― E isso é compreensível, dadas as circunstâncias ― Marc
respondeu. ― Mas eu posso dizer por experiência própria que a Igreja de Cade
Creek não é nada como o material que os seus avós acreditavam. Brody não
permitiria isso.
― Brody?
― Benjamin Brody, ele é o ministro lá. Você pode também estar
interessado em saber que ele também é casado com Neason Blaecleah, e ele
realizou a cerimônia de casamento para um número dos irmãos Blaecleah.
Happy franziu a testa. Ele lembrou-se nitidamente um momento em
que o seu avô começou o seu discurso retórico e delirante sobre dois homens
se casando na igreja local. Ele não tinha percebido que eram os Blaecleahs.
― Isso é um problema para você?
Happy olhou para Marc. ― O que é um problema para mim?
― Dois homens se casar?
Happy pensou sobre isso por um momento, tentando dar a questão
uma resposta honesta. Era um problema para ele dois homens se casar?
― Mama diz que as pessoas que se amam devem se casar, e que a
Bíblia diz a mesma coisa, mas os meus avós foram casados por mais de
quarenta anos e eles foram infelizes juntos. Eu nunca os ouvi dizer uma
palavra um para outro. ― Happy balançou a cabeça. ― Se isso é o que o
casamento é, eu não quero nenhuma parte dele.
― Eu realmente acredito que o casamento dos seus avós era uma
anomalia. Eu acho que a maioria das pessoas que começam uma vida feliz
devem ser casados. ― Marc riu, o que surpreendeu Happy. A discussão parecia
bastante séria. ― Você precisa passar algum tempo com os Blaecleahs. Cada
um deles é muito feliz.
Happy dobrou seus lábios, olhando em volta rapidamente antes de se
inclinar para sussurrar, ― Você não deve jurar. É ruim.
As sobrancelhas de Marc subiram antes dele rir. ― Oh, Alani
Blaecleah vai te ama.
Happy assentiu enquanto ele sorriu mais uma vez. ― Ela é muito
boa.
― Você já conheceu?
― Mama ficou com eles, enquanto eu estava no hospital. Eu não
queria que ela estivesse aqui sozinha.
― Você é um bom filho.
Happy esperava que sim. Sua mãe era a melhor, e ela merecia
apenas o melhor. ― Eu tento ser.
― Então. ― Os olhos de Marc caíram para o relógio no seu pulso, em
seguida, desviou para a porta da frente. ― Eu tenho que ir.
Os ombros de Happy caíram. ― Eu entendo. ― Ele não podia esperar
que Marc gastasse todo o seu tempo com ele. O homem era um delegado
depois de tudo, um delegado muito bonito. Ele provavelmente tinha coisas
muito melhores para fazer.
― Eu tenho o turno da noite hoje, então eu preciso de ir para casa e
dormir um pouco antes do trabalho.
― Oh. ― Isso era um pouco diferente, mas só um pouco. Happy
tentou não parecer muito triste que o delegado estava saindo quando ele
caminhou até a porta da frente. ― Eu acho que eu vou vê-lo na próxima
semana, então?
― Próximo fim de semana é muito tempo, Happy. ― Uma expressão
de satisfação se mostrou nos olhos de Marc. ― Eu estava esperando que eu
pudesse vir antes disso.
O coração de Happy cantou com prazer. ― Sim ― disse ele. ― A
qualquer hora.
― Bom.
Happy seguiu Marc fora de casa. Ele estava na varanda e ele
observou Marc subir no seu caminhão, acenou, e saiu com o carro. Happy
observou até o caminhão desaparecer de vista antes de se virar e caminhar de
volta para dentro.
Talvez ter um amigo não seria tão ruim, afinal.
Capítulo Quatro
Happy espreitou por entre as cortinas novamente antes de olhar para
o relógio na parede. Já passava dez minutos depois das dez. Marc estava
atrasado. Ele começou a morder o polegar enquanto andava.
Talvez o homem tivesse decidido não vir.
Happy conseguia pensar em um milhão de razões para Marc não
aparecer. Ou seja, ele. Ele não era o bulbo mais inteligente na caixa graças à
lesão na cabeça que ele sofreu quando tinha dez anos de idade. Combine isso
com a sua falta de conhecimento sobre o mundo real, e ele provavelmente
parecia um caipira completo.
Conseguia pensar em muito poucas razões para fazer o homem na
verdade aparecer. Ser um amigo só foi tão longe. Marc provavelmente tinha
uma vida que estava muito ocupada também. Desde o primeiro dia, Marc já
tinha vindo visitar mais duas vezes. Isso foi muito. Happy tinha certeza de que
ele tinha coisas melhores para fazer.
Happy olhou para o relógio novamente. Mais cinco minutos tinham se
passado. Ele saiu para a varanda e sentou-se no balanço da varanda que ele
tinha feito para sua mãe no verão passado. Ele empurrou com os pés, o
balanço se movimentando suavemente para trás e para frente.
― Você está bem, filho?
Happy olhou para cima para ver a sua mãe em pé na porta da tela. ―
Eu estou bem.
― Ele disse que viria. Ele virá.
Sua mãe o conhecia demasiado bem. ― Eu acho.
― Delegado Marc não parece ser o tipo de homem que não aparece
em algum lugar quando ele diz que ele vai estar lá. Basta dar-lhe algum
tempo.
Happy sabia que a sua mãe estava certa. ― Eu nunca tive um amigo
antes. ― Ele não tinha certeza de como exatamente ele deveria agir ou o que
ele deveria fazer.
― Você gosta dele, não é?
O rosto de Happy corou. Ele rapidamente baixou os olhos para o seu
colo. ― Ele é bom.
Happy se moveu quando a sua mãe se espremeu no local ao lado
dele. Ele tinha feito o balanço extra grande para que pudessem sentar sobre
ele junco com ela, mas ela gostava de se sentar perto. Ele gostava também.
― Você sabe, não há problema em gostar de Marc.
― Sim? ― Isso não era o que tinha sido dito a ele a maioria da sua
vida. E mesmo que a sua mãe dissesse que os seus avós mentiram, às vezes
era difícil de lembrar que ele não era a semente de Satanás.
Anna concordou.
― E se... ― Happy engoliu em seco quando ele admitiu o seu
segredo mais profundo. ― Ele faz minha barriga ficar engraçada.
― Como se você tivesse uma barriga cheia de borboletas.
― Sim ― Happy respirou, feliz que a sua mãe compreendia. Ela
sempre fazia. ― Meu estômago fica todo engraçado quando ele está por perto.
Anna acariciou a sua mão. ― Não há nada de errado em gostar de
Marc, mas é preciso lembrar que ele quer ser seu amigo. Isso pode ser tudo o
que ele quer ser.
O coração de Happy apertou com tanta força que as lágrimas
brotaram nos seus olhos. ― Você quer dizer que ele pode não ter borboletas?
― Ele sussurrou, não querendo falar as palavras mais alto do que isso.
― Sim, meu menino, eu faço. ― Anna suspirou, seus dedos
acariciando a mão de Happy. Não havia tristeza na sua voz quando ela falou.
― Às vezes, gostamos de pessoas que só querem ser amigos. Isso não
significa que eles não gostam de nós, só que eles podem não gostar de nós
exatamente da mesma maneira.
― Mas eu quero que ele goste de mim.
― Eu sei, Happy, mas nem sempre conseguimos o que queremos.
Happy não queria ouvir isso. Isso fez as borboletas no seu estômago
começar a bater e queimar. ― Como eu sei se ele quer ser apenas meu amigo?
― Eu acho que talvez você só deva esperar para conhecê-lo melhor.
― Anna sorriu. ― Quem sabe? Você pode achar que depois que você o
conhecer melhor que você realmente não gosta dele depois de tudo.
― Não é provável. ― Riu Happy. ― Ele é lindo.
― Bem, acho que eu não posso discutir com isso. ― Anna acariciou a
mão de Happy novamente. ― Basta ter cuidado, filho. Marc parece muito bom,
mas as pessoas podem esconder a sua verdadeira natureza até que eles
consigam o que querem.
Happy inalou lentamente. ― Eu sei, mãe.
― Ok, eu vou entrar e acabar de ficar pronta. Chame-me quando
Marc chegar aqui.
― Obrigado, mamãe. ― Happy inclinou-se e deu um beijo na
bochecha da sua mãe. ― Eu te amo.
― Eu também te amo, meu menino.
Depois que a porta se fechou atrás da sua mãe, Happy voltou a ver a
estrada em busca de sinais de Marc. Talvez o homem realmente tivesse
decidido não vir. Oh, espere, ele já tinha tido esse pensamento. Happy
suspirou quando ele olhou para as suas mãos.
Ele realmente precisava desistir.
Marc não viria - a cabeça de Happy se levantou ao som de um veículo
chegando a casa. Ele se levantou e caminhou até a beira da varanda,
prendendo a respiração até que o caminhão branco de Marc veio à tona.
Ele havia chegado.
Happy tentou não parecer muito ansioso quanto ele pulou para baixo
os degraus e caminhou em direção a caminhonete de Marc. Mas cada
pensamento que ele teve sobre ficar tranquilo voou pela janela quando Marc
saiu do caminhão e viu o homem feliz.
O delegado Marc Walker era bastante bonito no seu uniforme e
chapéu, coldre de arma e distintivo incluído. Mas o simples Marc Walker, civil,
de calça jeans desbotada e uma camisa de flanela vermelha sobre uma simples
camiseta de algodão branco era algo do que as fantasias eram feitas. Happy
não podia fazer nada além de ficar lá e olhar.
― Desculpe o atraso ― disse Marc enquanto caminhava em direção a
Happy. ― Eu tive um pneu furado.
― Está tudo bem. ― Era sua imaginação ou Marc estava dando um
longo olhar em Happy? Ele estava quase levantando. Pelo menos, ele parou e
ficou lá com as mãos nos bolsos, como se estivesse posando, ou deixando
Happy obter uma boa olhada.
E Deus, ele poderia olhar para sempre.
― A sua mãe pronta para ir?
― Sim. ― Happy franziu a testa quando ele foi forçado a olhar por
cima do ombro em direção à casa. ― Pelo menos, eu acho que ela está. Eu
provavelmente deveria verificar.
― Ou podemos apenas esperar aqui por ela.
A cabeça de Happy balançou, sua respiração presa na sua garganta.
O sorriso que Marc estava dando a ele era tão aquecido que Happy sentia
como se os dedos dos pés estivessem indo derreter. Ele sempre quis que Marc
olhasse para ele assim.
Mesmo que ele não conseguisse respirar.
― Você está animado em ir para o mercado do fazendeiro?
― Eu estou. ― Happy Sorriu, sentindo-se animado e feliz. Se Marc
continuasse a sorrir para ele assim, Happy tinha certeza de que ele poderia
flutuar direito do chão. ― Senhor Gus deixou-me trabalhar um turno extra. ―
Happy enfiou a mão no bolso e tirou os cinquenta dólares que ele tinha
ganhado. ― Mamãe disse que eu podia gastá-lo hoje.
― Haverá uma grande quantidade de barracas lá por isso não gaste
tudo isso em um só lugar.
A cabeça de Happy se inclinou para um lado. ― barracas?
― Eles têm barracas lá, Happy, cheias de tudo, desde frutas e
legumes até joias e cones de neve. Billy Blaecleah vende colchas costuradas à
mão com as senhoras na sua colcha de abelha. E Alani vende os seus tomates.
Mesmo um dos amigos de Yancy vem para a cidade nos fins de semana e
vende algum tipo de bom-para-você tremer.
Happy tentou envolver a cabeça em torno do que constituía um bom-
para-você tremer. Ele simplesmente não conseguia. ― O que exatamente é
isso?
― Um bom-para-você tremer?
Happy assentiu.
Marc riu antes de responder. ― É um shake, mas é feito com coisas
como soro de leite e leite de soja em vez de sorvete.
― Isso é bom?
― Eu não faço ideia. Eu nunca tive um, mas Yancy jura por eles.
Huh. ― Talvez eu tente um. ― Ou não. Happy não tinha certeza se
queria tentar qualquer coisa chamada de soro de leite, sem saber o que era.
Mas ele tinha certeza de que gostaria de tentar um shake.
Ele gostava de chocolate.
― Você gosta de chocolate?
― Morango ― Marc respondeu. ― Eu sei que a maioria das pessoas,
gostam chocolate ou baunilha, mas eu sempre fui um homem de morango por
mim mesmo.
― Eu nunca tive um milkshake de morango.
O sorriso de Marc cresceu. ― Nós podemos parar no café e obter um
para compartilhar.
― Sim? ― Happy ia saltar para a lua. Ele só sabia disso. Marc queria
compartilhar um milkshake com ele.
Happy se virou quando ouviu a porta de tela abrir. Mama estava
apenas saindo. Happy acenou quando o fez, vendo quando ela entrou e, em
seguida, saiu um minuto depois com a sua bolsa e um suéter sobre seu braço.
― Bom dia, Marc.
Marc assentiu respeitosamente. ― Bom dia, Anna.
Happy gostou do fato de que Marc e a sua mãe pareciam se dar tão
bem. Sua mãe era a pessoa mais importante na sua vida. Marc estava se
movendo rapidamente para manter esse ponto com ela.
― Estamos prontos?
Happy assentiu como a sua mãe. Marc virou e liderou o caminho de
volta para o seu caminhão. Happy deu a volta para o lado do passageiro com
Anna. Ele abriu a porta e puxou o banco para que Anna pudesse subir para o
banco traseiro.
― Oh, este é um bom caminhão ― disse ele, quando ele subiu e
fechou a porta. Não era como se ele tivesse estado em muitos veículos, mas
parecia muito bom. Limpo e bem cuidado.
― Obrigado. ― Marc agradeceu e, em seguida, começou a descer a
calçada. ― Eu tenho apenas sorte que o Xerife Riley me deixe manter o meu
veículo pessoal durante o trabalho. Eu odeio dirigir o carro dos outros, mesmo
os da polícia.
― Você se acostumar a dirigir o mesmo carro. Você sabe como ele
funciona e o que ele pode fazer.
― Sim. ― Marc franziu a testa quando ele olhou. ― Como você sabe
disso?
― É a mesma coisa com a minha bicicleta. Logo depois que eu
consegui, os pneus foram cortados. Xerife John me emprestou outra por um
par de dias até que eu pudesse obter pneus novos. ― Happy ficado tão
chateado. Ele ainda ficava chateado só de pensar nisso. Ele não entendia por
que alguém iria ser tão mau para cortar os pneus. ― Isso só não foi o mesmo
que andar com a minha bicicleta.
As sobrancelhas de Happy dispararam quando as mãos de Marc se
apertaram em torno do volante até que estalava sob eles.
― Você sabe quem cortou os seus pneus, Happy?
― Não. ― E Happy meio que queria mantê-lo assim. Ele não gostava
de pensar que ele podia conhecer alguém assim. ― Xerife John disse que iria
lidar com isso.
― Ok. ― Marc assentiu, seus lábios apertados.
Happy sabia com apenas um olhar o que homem estava pensando.
― Por favor, deixe-o lidar com isso, Marc. ― Algo dentro de Happy
se rebelou com o pensamento de Marc ser exposto a esse tipo de maldade. Ele
sabia que Marc lidava muitas vezes com pessoas más, devido ao seu trabalho,
mas Happy não queria que fosse por causa dele.
― É isso que você quer? ― Perguntou Marc.
― Por Favor.
Marc prendeu a respiração. Happy não sabia por quanto tempo o
homem segurou-a antes de soprar, mas pareceu uma eternidade. ― Tudo
bem, Happy. Eu vou deixá-lo ir desta vez. Mas se acontecer de novo...
Happy sabia que ele tinha acabado com o seu único passe livre. Se
alguém cortasse o seu pneu novo, Marc não estava indo parar de investigar
até encontrar o culpado. Happy teria apenas que garantir que os seus pneus
não fossem cortados novamente.
Talvez fosse a hora de começar a andar para a cidade de novo.
― Aqui estamos nós.
Happy olhou para cima. Apreensão começou a passar através dele
quando ele percebeu que tinha atingido os limites da cidade. Ele não tinha ido
a cidade nos fins de semana para que ele não soubesse até agora como era
ocupado. As pessoas estavam em todos os lugares, nos carros, nas calçadas,
movendo-se dentro e fora das lojas.
― Marc, isso é sempre ocupado?
― Somente durante o fim de semana, quando o mercado do
agricultor está aberto ou há algum tipo de festival acontecendo.
Happy se sentou lá no seu assento quando Marc puxou o caminhão
em um local próximo à calçada. Ele não tinha certeza se ele realmente queria
sair do caminhão. ― Há tantas pessoas ― disse ele quase para si mesmo.
― Hey.
Happy afastou-se da janela do passageiro e olhou na direção de Marc
quando sentiu o homem agarra a sua mão e dar-lhe um aperto.
― Eu não vou deixar nada acontecer com você ou a sua mãe. ― Um
canto da boca de Marc curvou-se quando ele apertou a mão de Happy
novamente. ― Você está seguro comigo, Happy. Eu vou ter certeza disso.
A promessa nos olhos de Marc colocou o pulso de Happy em espiral.
― Ok.
O sorriso de Marc cresceu. ― Bom homem.
Happy sabia que precisava se juntar ao mundo real em algum ponto.
Ele não podia ficar enfiado no seu cantinho para sempre, mesmo que fosse
apenas para que ele pudesse trazer a sua mãe para a cidade para o almoço.
Mas ainda era assustador. Havia tantas pessoas fora e na
proximidade. Mesmo fazendo biscates em torno da cidade, Happy não
encontrava com um monte de gente. Ele apenas fazia o seu trabalho e, em
seguida, ia para casa.
Isso era... Happy respirou fundo. Isso era assustador, mas ele
poderia fazê-lo. Ele não podia fazer nada por Mama, mesmo enfrentar as
multidões que se reuniram no mercado do fazendeiro.
Ele tinha acabado de cola-se a Marc.
― Pronto?
Não realmente. Happy colocou um sorriso no rosto de qualquer
maneira. ― Claro.
Happy abriu a porta e saiu, se virando para puxar o banco para
frente, para que a sua mama pudesse sair. Ele segurou a mão dela enquanto
ela saiu para a calçada depois recuou e fechou a porta. Seu coração bateu um
pouco mais rápido até que Marc caminhou ao redor da frente do caminhão e se
juntou a eles.
Marc fez um gesto com a cabeça. ― Vamos lá, o mercado do
agricultor fica para baixo no parque.
― No parque? ― Perguntou Happy quando ele pegou a mão da sua
mãe e, em seguida, seguiu ao lado Marc. ― Não é ruim para a grama?
― Eu acho que tecnicamente é a rua ao lado do parque. Eles fecham
a um quarteirão da Main Street em frente ao parque, em ambos os sentidos.
― Ele sorriu quando ele se inclinou em direção Happy. ― A grama está segura.
Happy gostava disso. Lembrou-se de sentar na grama enquanto
comia o seu almoço quando ele estava na cidade. O parque era um lugar
bonito. Um grande gazebo branco estava no centro do parque com passagens
provenientes de todos os quatro lados. Além do parque eram edifícios de dois
e três andares de altura, mas nunca maior do que isso. Eles tinham grandes
janelas e tijolos e tapume de madeira desbotada.
Happy gostava de se sentar e assistir as pessoas enquanto elas iam e
vinham, cuidando dos seus negócios. O Cade Creek Café na Main Street
parecia ser bastante popular. Happy não se atreveu a ir lá, ainda não. Ele não
estava pronto para comer em um lugar tão movimentado.
A biblioteca, tinha quase um lado inteiro de frente para o parque, era
um lugar que Happy estava bastante familiarizado, um lugar que ele gostava
de ir. A bibliotecária estava lhe ensinando a ler melhor. Ele foi lá por uma hora
todos os dias depois do trabalho. Ele também fez retirada de livros e os levou
para casa para Mama ler para ele.
― Podemos parar na biblioteca antes de ir para casa? ― Perguntou
Happy quando viu o grande edifício de arenito a frente. ― Srta. Betty disse
que ela tinha alguns livros novos para mim.
― Claro ― respondeu sem hesitação Marc, fazendo Happy sorrir.
Marc parecia que estava interessado. ― O que você gosta de ler?
― Mamãe e eu temos lido através de contos de fadas dos Grimm.
Happy não entendeu o olhar que Marc atirou para a sua mãe, mas ele
se esqueceu de se preocupar com isso quando virou a esquina e o parque veio
à tona.
― Oh. ― Happy derrapou até parar quando o seu coração pulou para
a garganta. ― Há tantas pessoas.
― Happy, está tudo bem. ― A visão de Happy foi subitamente
bloqueada por Marc. ― Olhe para mim.
Happy hesitou, dilacerado por emoções conflitantes. Ele queria olhar
para Marc. Ele gostava de olhar para Marc. Ele também queria virar e voltar
para o caminhão, talvez até todo o caminho de volta para a fazenda.
Ele não gostava de multidões.
― Happy, está tudo bem ― disse Marc. ― Eu prometi mantê-lo
seguro, lembra?
― Mas há tantas pessoas, Marc. ― Isso fez nó no estômago de
Happy.
― Há um monte de gente, Happy. ― Happy olhou nos olhos de Marc
quando o homem acariciou a sua bochecha. ― E você sabe o quê? A maioria
deles são amigos e familiares.
― Sim?
Marc virou-se e apontou para um estande colorido com prateleiras de
colchas penduradas atrás de um balcão, onde um homem de cabelos escuros
estava costurando alguma coisa. ― Lembre-me de lhe contar sobre Billy e os
seus quilts?
― Esse é Billy?
― Sim.
Happy não tinha certeza do que o homem estava fazendo além de
costura, mas se as belas colchas penduradas nas prateleiras ao redor dele
eram qualquer indicação, Happy queria aprender como fazê-las. Ele sabia
como costurar o básico. ― Você acha que ele iria me ensinar a fazer isso?
Marc piscou. ― Uh, provavelmente. Por que não vamos perguntar a
ele?
― Oh, não. ― Happy agarrou a mão de Marc, puxando-o a parar. ―
Ele parece ocupado. Eu não quero ser um incômodo.
Happy se afundou no braço Marc envolvido em torno do seu ombro,
mesmo que fosse apenas por um momento quando o homem deu-lhe um
pequeno abraço. Exceto pelos abraços da sua mãe, ele nunca tinha sentido
nada tão maravilhoso.
― Você nunca poderia ser um incômodo, Happy.
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Marc sabia que essas foram as palavras erradas para proferir, tão
logo elas deixaram os seus lábios. O rosto de Happy ficou sem cor e o homem
se afastou, um soluço suave vindo dele quando ele se virou e saiu correndo da
cozinha.
Marc pulou do balcão e correu atrás dele. Ele sabia que não deveria
ter beijado Happy, mas ele simplesmente não tinha sido capaz de resistir. O
homem estava tão sexy que fez os dentes de Marc doerem. Bastava olhar
Happy para dar a Marc material de masturbação sério, e não importa se o cara
estava nu ou não.
Mas talvez ele devesse ter tomado as coisas um pouco mais lento.
O coração de Marc revirou em algum lugar na região da boca do
estômago quando ele correu para a sala de jantar e encontrou o homem que
ele havia acabado de beijar enrolado em uma bola debaixo da grande mesa de
jantar de madeira. Ele com as suas mãos apertadas em volta das pernas e ele
estava balançando para frente e para trás, murmurando para si mesmo.
Não foi até que ele se ajoelhou no chão e começou a ir para debaixo
da mesa que Marc percebeu exatamente o que Happy estava dizendo, e, em
seguida, o seu coração se partiu.
— Bebê, você não é ruim. — Marc ia estrangular Herne O'Brian,
quando ele colocasse as mãos sobre o homem. — Happy, querido, você não é
ruim.
Marc teve que abaixar a cabeça para sentar-se debaixo da mesa. Ele
não podia imaginar o que estava passando pela cabeça Happy. O homem
estava praticamente em posição de pretzel, pernas puxadas para o seu peito,
o rosto enterrado nos seus joelhos.
— Happy, olhe para mim.
Nada.
Marc estendeu a mão e agarrou o queixo de Happy com os dedos,
levantando-o até que o rosto manchado de lágrimas de Happy veio à tona. —
Oh, Happy.
— Eu não tive a intenção de ser ruim, — Happy admitiu em um
sussurro quebrado.
— Bebê, você não foi ruim. — A raiva de Marc foi crescendo aos
trancos e barrancos. Era quase impossível empurrá-la de volta, mas ele sabia
que tinha que fazer. Happy estava confuso o suficiente. Ele não tinha
necessidade de enfrentar a ira de Marc, mesmo que Marc não estivesse
zangado com ele.
— Mas... mas...— os olhos de Happy estavam cheios com lágrimas.
— avó disse
Marc poderia simplesmente imaginar o que a avó de Happy disse. —
Happy, nada que apenas aconteceu entre nós foi ruim. — Marc apertou a mão
ao peito, bem em cima do seu coração. — Eu juro para você.
Os olhos azuis cheios de lágrimas se estreitaram e começaram a
endurecer. — Ela mentiu para mim?
Marc sabia que isso poderia ir de duas maneiras. Happy poderia odiá-
lo por apontar o quão mentirosa a sua avó era, ou poderia ter Happy
emocionado.
— O que exatamente ela te disse, Happy? — Talvez ele precisasse
saber dos fatos antes de começar a fazer suposições e ir dizendo a Happy que
o próprio fundamento da sua vida foi construído sobre mentiras.
— Toda vez que se torna duro assim, é o diabo tentando sair.
A mandíbula de Mark caiu quando choque rolou através dele, seguido
rapidamente por raiva. Isso tinha dirigido mais do seu ódio para Herne O'Brian,
para o abuso físico que ele tinha empilhado sobre Happy e Anna. Ele realmente
não tinha dado muita atenção ao que Amelia O'Brian poderia estar fazendo
para eles, mas talvez ele deveria.
— Eu não tenho que me tocar lá, a menos que eu esteja tomando
banho e, em seguida, apenas por um momento — continuou Happy como se
não tivesse abalado o mundo de Marc. — Se ficar duro, eu tenho que aperta-lo
com os meus dedos até que ele vai embora.
— Apertá-lo? — Marc resmungou entre os dentes cerrados. — Ela
disse-lhe para apertar-se se você ficar duro?
Happy assentiu. — Isso dói.
— Eu não tenho nenhuma dúvida.— Marc soltou uma respiração
profunda para tentar se acalmar. Happy poderia ser um pouco mais fodido do
que se pensava inicialmente.
— Ouch! — Marc estendeu a mão e esfregou o topo da sua cabeça
depois de batê-la na parte de baixo da mesa de madeira. Isso doía. — Vamos
sair daqui debaixo, Happy.
— Ok.
Marc pensou que ele detectou uma pitada de riso nos olhos de Happy
quando ele se virou para rastejar por debaixo da mesa, mas, pelo menos, o
homem havia parado de chorar.
Embora, ele tinha muito para chorar.
Marc levantou-se e, em seguida, apoiou Happy tanto quanto podia.
Happy fez uma careta e olhou para as suas calças manchadas de sêmen. — Eu
preciso ir me limpar antes da Mama ver isso.
Os olhos de Marc se estreitaram. — Você acha que a sua mãe vai
ficar com raiva de você? — Ele realmente não queria ter que lutar com Anna
sobre isso também, especialmente com o quanto Happy amava sua mãe.
— Não, mas minha avó disse que esta era a minha vergonha e eu
não poderia dizer a Mama ou Mama iria ficar realmente chateada, e a única
vez que eu tentei falar com ela sobre, ela chorou. — Os lábios de Happy
tremeram quando eles se voltaram para dentro a carranca mais triste que
Marc já tinha visto. — Eu não gosto quando Mama chora.
— Ok, podemos limpa-lo antes da sua mãe ver. — O comportamento
de Marc estava calmo quando ele respondeu, com a voz firme. Ele não
mostrou a ira ardente e profunda que sentia. — Eu tenho alguns pijamas, você
pode usar uma vez que você se limpar, e depois podemos sentar no meu
quarto e conversar.
— Ok. — O sorriso que atravessou o rosto de Happy drenou um
pouco da ira de Marc, dando-lhe outra coisa para se concentrar, a felicidade de
Happy.
Marc agarrou a mão de Happy e levou-o pelo corredor até o seu
quarto. Sua pequena casa de três quartos não era muito grande, mas era sua.
Ele tinha guardado o seu dinheiro quando ele estava no serviço desde
praticamente tudo que recebeu e, em seguida, usou as suas economias para
um pagamento no lugar quando ele achou a casa. Ajudou que ele comprou a
casa dos seus avós. Deram-lhe um bom negócio.
Marc abriu a porta do quarto e chamou Happy dentro com ele,
fechando a porta firmemente atrás deles. Ele apontou para o banheiro. — Por
que você não vai lá e fica limpo? Eu vou tirar um pijama para você vestir.
No momento em que a porta do banheiro se fechou atrás de Happy,
Marc encostou-se à parede, olhando para o teto. Ele estava tão incrivelmente
fodido.
Quando Marc ouviu o som da água vindo do banheiro, ele se
apressou em todo o quarto e abriu a gaveta do meio na sua cômoda. Ele
retirou dois pijamas, um para ele e outro para Happy. Marc lançou um olhar
rápido para o banheiro para se certificar de que a porta ainda estava fechada,
em seguida, tirou as suas roupas. Ele estava apenas passando a calça do
pijama por cima da sua bunda quando a porta do banheiro abriu.
— Um, Marc?
— Sim, Happy?
— Terminei.
Marc sorriu enquanto ele carregava o pijama até Happy. O homem
tinha uma toalha branca em torno dos seus quadris, mas escondeu a maioria
do seu corpo atrás da porta do banheiro. Happy agarrou a calça dobrada e
correu de volta para o banheiro, fechando a porta.
Marc deu a volta na casa e verificou todas as fechaduras. Ele sabia
que havia um veículo da polícia sem identificação estacionado do outro lado da
estrada, mas isso não significava que ele estava indo deixar a sua casa
desbloqueada. Ele tinha duas almas muito preciosas para proteger.
No caminho de volta para o quarto, Marc andou até a cozinha e
pegou duas garrafas de água. Happy estava sentado na beira da cama, quando
ele voltou, segurando a toalha que ele tinha usado para secar as mãos. No
momento em que Marc entrou no quarto, Happy saltou para seus pés.
— Eu não sei onde você foi.
Marc sorriu enquanto ele segurava a água na frente de Happy,
balançando pra frente e para trás na sua mão. — Eu só estava trancando e
pegando-nos algo para beber.
— Obrigado.
Marc acenou com a mão em direção à cama, um prazer que era um
colchão king-size, algo grande o suficiente para acomodar ele e Happy ao
mesmo tempo. — Fique à vontade.
Happy pulou na cama e sentou-se, sentado com as pernas cruzadas.
Ele manteve uma mão em volta do seu lado, o outra repousava sobre a toalha
no seu colo.
Não passou despercebido a Marc que Happy ainda usava a sua
camisa. — Happy, não te incomoda que eu não tenho uma camisa? — Ele não
queria fazer o homem ficar desconfortável.
— N-não. — O tom vacilante e da maneira que Happy evitou olhar
abaixo do seu pescoço disse o contrário.
— Happy.
O rosto de Happy corou quando ele levantou a toalha. Marc engoliu
em seco quando viu o problema de Happy, e maldição, isso era um problema
muito impressionante.
— Você se sentiria mais confortável se eu colocasse uma camisa?
— Provavelmente, mas... — os lábios de Happy pressionados juntos
por um momento, enquanto os seus olhos finalmente vagavam pelo peito nu
de Marc. Marc começou a suar quando Happy lambeu os lábios. Tinha isso já
sido tão erótico? — Você tem?
— Uhh...— Marc piscou os olhos, com a sensação de tontura. — Não,
eu não acho.
Happy tinha uma ereção, o que era bom o suficiente para Marc. Ele
subiu na cama e voltou a inclinar-se contra a cabeceira da cama, apoiando
alguns travesseiros atrás das costas.
— Então, sobre isso... — Marc acenou na direção da tenda, no
pijama de Happy. — Sua avó estava errada, Happy. Além do fato de que é
perfeitamente natural o seu corpo reagir fisicamente a certos estímulos, sua
avó mentiu sobre praticamente tudo o que saiu da sua boca.
— Ela mentiu?
Eles já haviam passado por isso antes e eles provavelmente estavam
indo para passar por isso novamente até Happy entender que os seus avós
mentiram para ele sobre muitas coisas.
— Sim —, respondeu Marc.
— Então o que é verdade?
Caramba.
— Quando você está atraído por alguém, seu corpo reage. Certa
estimulação física como beijar ou fricção também pode fazer com que o seu
corpo reaja assim. É muito normal.
Oh Deus, ele estava explicando os pássaros e as abelhas a um
homem adulto, que ele estava interessado. Ele, provavelmente, vai para o
inferno por isso. Talvez ele devesse encontrar alguém para explicar isso a
Happy? Mas quem?
— Por que ela iria me dizer que era o diabo tentando sair?
Então havia a questão multimilionária, que eles nunca poderiam
encontrar a resposta desde que a mulher estava morta.
— Eu suspeito que ela não queria que você soubesse sobre sexo. E
se eu tivesse que adivinhar, diria que é por causa do que aconteceu entre a
sua mãe e o xerife Miller. Sua mãe era tão jovem quando ela o teve, mais
jovem do que ela deveria ter sido. O que o delegado fez a ela estava errado.
As sobrancelhas de Happy franziram. — Porque ela era tão jovem ou
por causa do sexo?
— Ambos na verdade.— Porra, isso foi uma boa pergunta com uma
resposta muito complicada. — Existem leis que dizem que as pessoas não
estão autorizadas a ter relações sexuais até que tenham idade suficiente para
entender as consequências dessas ações. Qualquer um que tenta arranjar
alguém mais jovem do que o que nas leis, não está só quebrando essa lei, mas
abusando de uma criança.
— O xerife infringiu a lei?
— Sim, Happy, ele fez. — E Marc desejou que ele pudesse fazer o
homem pagar pelo que ele tinha feito para Anna, e, por extensão, Happy.
Talvez morrer pela mão de um dos seus filhos foi a melhor coisa que poderia
ter acontecido com o bastardo.
— Eu sou velho o suficiente, Marc?
O corpo de Marc ficou tenso. — Quantos anos você tem?
— Vinte, — Happy respondeu. — Eu vou fazer vinte e um anos em
janeiro.
— Sim, você tem idade suficiente. Normalmente, o limite de idade é
de 18 anos de idade. — Marc sorriu para o rosto em expectativa de Harry. — E
eu não teria te beijado se você fosse muito jovem.
— Porque você não quer quebrar a lei?
— Porque eu nunca iria machucá-lo assim. — Marc correu sobre as
palavras que ele havia dito quando Happy empalideceu. — O que, Happy?
— Dói? — Ele engasgou.
— O que d... — Marc espalmou o seu rosto antes de deixar cair a
mão no seu colo. Isso estava sendo mais difícil do que ele pensava. — Não,
Happy. Não dói, não como você quer dizer. Se for feito errado, então sim, ele
pode machucar. Mas se você se preocupa com alguém, você faz tudo em seu
poder para se certificar de que não dói.
A cabeça de Happy se inclinou, uma ânsia brilhante nos seus olhos. —
Você se importa comigo?
— Eu faço, Happy. — Marc não tinha problema em admitir isso para
o homem. — Eu me preocupo muito com você.
O suspiro de Happy o fez sorrir. — Eu me preocupo com você,
também.
Agora foi a vez de Marc suspirar. — Estou feliz, Happy. Eu gostaria
que você se importasse comigo.
— Eu gostaria que você me beijasse de novo.
Marc era tudo para isso. Ele sentou-se e cruzou as pernas, indo pra
frente até que os joelhos roçaram contra os de Happy. Gostava que ele tivesse
que se esticar para roçar os seus lábios contra os de Happy. O homem tinha
uns bons seis centímetros sobre ele, e mais de cem quilos. Ele era construído
como um caminhão, e Marc adorava cada centímetro dele.
Um tremor de consciência passou por Marc quando ele cobriu a boca
de Happy avidamente. O toque dos lábios de Happy nos seus era uma
sensação deliciosa. Marc moveu a sua boca sobre a de Happy que devorava a
sua com suavidade.
As mãos de Marc escorregaram pelos braços de Happy, trazendo o
homem mais perto. A respiração correu para fora do seu peito quando Happy
apertou o seu corpo e puxou-o para mais perto. Happy levantou-o,
estabelecendo Marc no seu colo. Sua respiração era quente e úmida contra o
rosto de Marc.
— Marc —, ele murmurou com tal necessidade que Marc estremeceu
em seus braços.
— Eu tenho você, bebê — Marc sussurrou contra o pescoço de
Happy. — Deixe-me cuidar de você.
O rosto de Happy corou quando ele engoliu em seco, balançando a
cabeça. — Eu confio em você.
As palavras de Happy ressoaram dentro de Marc. Ele fechou os olhos
por um momento, saboreando a confiança que o homem mais bonito do
mundo estava colocando nele. Quando abriu os olhos, Marc jurou naquele
momento, que ele nunca faria nada para machucar Happy. Isso ia ser o seu
objetivo na vida se certificar de que Happy estava feliz.
— Eu quero que você faça algo para mim, Happy, mas só se você
estiver confortável.
— Qualquer coisa.
Marc sorriu. — Se alguma coisa fizer você se sentir desconfortável,
você precisa me dizer. E se você tiver alguma dúvida, não importa o quanto
pode ser constrangedor, eu quero que você me diga. — Marc acariciou o lado
do rosto de Happy, olhando profundamente nos olhos azuis do homem. —
Você pode fazer isso por mim?
Happy estava nervoso, mas deu crédito para a sua coragem, quando
ele balançou a cabeça. — Eu posso fazer isso.
— Ok, então eu quero que você tire o seu pijama e depois deite-se
na cama.
— P-Posso deixar a minha camisa?
Essa pergunta doeu em Marc porque ele sabia que Happy não estava
pedindo porque ele era tímido. Ele tinha pego apenas um pequeno vislumbre
da pele de Happy quando ele correu de volta para o banheiro após o banho, e
ele sabia que o homem tinha cicatrizes cruzando as suas costas. Isso não era
algo por que lutar agora. Daria tempo necessário a Happy.
— Você pode fazer o que quiser fazer, Happy. Mas eu quero que
você saiba que você não tem motivos para se envergonhar das cicatrizes nas
suas costas. Elas são um testemunho da sua bravura e coragem.
O rosto de Happy corou como ele baixou os olhos. — Eu não quero
que você pense que eu sou feio.
— Isso nunca vai acontecer, Happy. — Marc levantou o queixo de
Happy até que o homem olhou para ele. — Eu acho que você é o homem mais
bonito que eu já vi, com cicatrizes e tudo.
— Sim?
Marc sorriu e agarrou a mão de Happy, pressionando-a contra a sua
ereção dolorida. — Sim. Veja o que você faz comigo?
A respiração de Happy engatou. Seus olhos se arregalando da forma
mais incrível quando eles caíram para baixo, onde a palma da mão estava
pressionada sobre a ereção de Marc.
— Lembra quando eu te disse que as pessoas podem ficar excitadas
quando estão em torno de alguém que acha atraente?
— Sim.
— Eu me sinto atraído por você.
— Eu faço borboletas vibrarem dentro do seu estômago?
Marc amava o jeito que Happy descreveu os sentimentos que o
homem invocou nele. — Sim, Happy, você faz borboletas vibrar no meu
estômago.
Happy lambeu os lábios. Seus olhos corriam até Marc depois de volta
para baixo. Ele lambeu os lábios novamente, como se eles continuasse a secar.
— Posso... posso ver?
Marc tentou negar o nó pulsante que se formou no seu estômago, ao
pedido de Happy, mas ele não podia. Happy O'Brian tropeçou em cada gatilho
que ele tinha, e o homem não tinha a menor ideia.
Ele se inclinou sobre os joelhos e, em seguida, empurrou o cós do
pijama até as suas coxas. Quando ele se acomodou para baixo, um arrepio
rolou por ele quando a sua pele se uniu a de Happy.
— Oh. Oh, — suspirou Happy. — Isso é bom.
O toque de Happy era estranhamente macio e carinhoso enquanto as
suas mãos se moviam sobre os quadris de Marc e à beira das suas nádegas.
Um homem tão grande e tão gentil.
— Você pode me tocar, Happy — disse Marc quando notou o toque
hesitante de Happy. Marc mordeu o lábio para abafar o seu grito de alegria
quando as mãos de Happy cresceram mais seguras. Marc inalou o cheiro
almiscarado de Happy quando ele se inclinou mais perto. — Você pode tocar
em qualquer parte que você quiser.
— Você pode me tocar, também.
Oh, essas palavras doces.
Marc se inclinou e capturou os lábios de Happy novamente. Seu
coração batia no seu peito quando Happy facilmente abriu para ele, sua língua
saindo em confusão com Marc.
Marc segurou uma das mãos de Happy e trouxe-a para baixo para o
seu pênis dolorido. O toque de Happy foi mais uma vez hesitante, mas suave
com os seus dedos ao redor do comprimento grosso de Marc.
Uma dor quente cresceu dentro dele. Ele precisava de um toque de
Happy tanto quanto Happy estava tocando. — Tire o seu pijama, Happy, e se
estenda.
Marc caiu para baixo no colchão e chutou as pernas livres de pijama.
Ele sorriu, enquanto observava a rapidez com que Happy estava ao lado da
cama e, em seguida, empurrou a calça do pijama fora dos seus pés. Ele
começou a subir de volta para a cama, mas fez uma pausa. Quando ele olhou
fixamente, Marc encontrou o seu olhar, deixando Happy ver o desejo ardente
nos seus olhos.
Happy deve ter chegado a algum tipo de decisão. Ele balançou a
cabeça e puxou a camisa sobre a cabeça, jogando-a no chão com a calça do
pijama. Ele subiu para o lado da cama e, em seguida, se estendeu ao lado de
Marc. Seu peito subia e descia como se ele estivesse com dificuldade para
respirar.
Marc pegou a sua mão e levou à boca, dando um beijo contra a
palma da sua mão. — Podemos aproveitar isto tão lento como você precisa,
Happy. Sem pressão.
— Hum, eu... Eu gosto de tocar em você e você me tocar, mas eu
não tenho certeza sobre... você sabe. — O rosto de Happy preencheu com o
rubor mais adorável. — A outra coisa.
Marc sabia, e ele estava bem com os limites de Happy foi colocando
nas suas atividades. Eles só se conheciam por um par de semanas. Embora um
pouco de alívio físico entre os dois iria ajudá-los a conhecer melhor um ao
outro, eles provavelmente não estavam prontos para as coisas maiores. Marc
queria mais do que um caso de uma noite. Ele queria construir um futuro com
Happy, e isso significava levar as coisas devagar.
— Então que tal uma punheta?
Capítulo Oito
Marc ainda estava lá quando ele abriu os olhos. Algo lhe tinha
acordado, mas ele não sabia o que era. Ele não estava acostumado a ter
homens dormindo na sua cama, mas ele não achava que acordar com Happy
pressionado ao lado dele era o que o incomodava. Era outra coisa, algo que fez
os cabelos na parte de trás do seu pescoço se levantar.
Ele sacudiu o braço de Happy até que os cílios do homem começaram
a se agitar. Marc rapidamente pressionou um dedo sobre os lábios de Happy.
Os olhos do homem se abriram e depois ficaram arredondados.
Marc colocou seu outro dedo contra seus próprios lábios. — Sshhh.
Happy assentiu.
Marc rolou para o lado da cama e escorregou para o chão e pegou o
pijama que ele tinha descartado anteriormente, colocando-o até as pernas. Ele
abriu a gaveta do criado mudo e tirou a sua pistola de serviço, verificando a
munição e depois calmamente empurrando-a de volta no lugar. Ele fez uma
careta quando ele puxou o cão para trás, rezando para não fazer muito
barulho.
Marc se inclinou sobre a borda do colchão e pressionou a sua boca
contra o ouvido de Happy.
— Se vista e, em seguida, se tranque no banheiro. Eu estou indo
atrás da sua mãe.
Happy balançou a cabeça e rolou para o outro lado da cama. Marc
observou enquanto Happy deslizou para fora do colchão e se abaixou para
pegar as suas roupas e ir na ponta dos pés até o banheiro. Ele esperou até que
a porta se fechasse atrás Happy antes de se mover em direção a porta do seu
quarto.
Ele poderia estar preocupado por nada, mas ele sempre confiou nos
seus instintos, e os seus instintos gritavam que as duas pessoas que ele jurou
proteger estavam em perigo.
Marc deslizou para fora do seu quarto e pelo corredor até o quarto de
hóspedes. Havia uma luz em cima do fogão, mas só lançou uma luz fraca para
o corredor. Foi algo que Marc utilizou para que ele pudesse ver melhor quando
ele andou com cautela pelo corredor.
Ele desejou que ele pudesse bater e anunciar-se antes de entrar no
quarto de Anna, mas ele sabia que não podia. Se havia alguém na casa, ele
não queria alertá-los de que ele estava chegando, ou onde ele estava.
Marc virou a maçaneta e empurrou a porta aberta, entrando
rapidamente dentro e fechando a porta. Uma rápida olhada ao redor do quarto
enviou o coração de Marc a sua garganta.
— Anna. — Ele sussurrou. Ele não podia vê-la em qualquer lugar. Ele
sabia que a protuberância no meio da cama, não era uma pessoa, mas sim
uma pilha de travesseiros. Ele havia feito a mesma coisa muitas vezes quando
era um adolescente para que ele pudesse fugir e se divertir um pouco. Ele
sabia o que isso parecia.
Marc se se aproximou e levantou a coberta, verificando em baixo da
cama. A única coisa que havia lá era um par de meias e alguns viciosos
coelhinhos de poeira.
— Anna? — Marc sussurrou de novo, um pouco mais alto desta vez.
Happy ficaria devastado, se alguma coisa acontecesse com a sua mãe. Marc
ficaria também. Happy e Anna estavam dependendo dele para mantê-los
protegidos.
Droga!
Onde ela estava?
Os olhos de Marc caíram na porta do armário. Ele começou a se
mover nessa direção quando um pequeno gemido do gabinete de TV chegou
aos seus ouvidos. Marc inclinou a cabeça e escutou. Quando o som voltou,
Marc se moveu em direção ao armário de madeira.
— Anna? É Marc. — Disse ele, antes de abrir a porta. Marc tinha
esperança de que Anna estivesse no gabinete quando ele ouviu um gemido,
mas realmente vendo o rosto manchado de lágrimas assustado o surpreendeu.
Ele realmente não esperava isso.
Marc segurou o dedo aos lábios e, em seguida, estendeu a mão para
ela. Quando Anna agarrou a sua mão, Marc ajudou-a a sair do armário. Ele
estava um pouco surpreso que ela tinha cabido dentro considerando que ela
ainda não tinha removido os DVDs de dentro.
Uma vez que Anna estava de pé, Marc colocou o seu dedo na boca de
novo. Quando Anna balançou a cabeça e apertou os lábios, Marc a levou para a
porta do quarto. Ele abriu-a apenas o suficiente para ver o lado de fora.
Quando ele não viu ninguém, ele saiu. Anna o seguiu, e ficou ao seu lado.
Marc voltou correndo pelo corredor até o seu quarto, abrindo a porta.
Ele fez uma verificação rápida do seu quarto, em seguida, puxou Anna para
dentro, fechando a porta atrás dela.
Caminhando até a porta do banheiro, ele bateu suavemente. —
Happy, é Marc. — Quando a porta se abriu e apareceu à cara de Happy, sua
expressão era tão assustada quanto a de Anna. — Eu tenho a sua mãe aqui
comigo.
Happy se iluminou quando ele olhou para além de Marc. — Mama. —
Ele sussurrou enquanto ele estendeu os braços. Anna rapidamente foi para
eles, abraçando o seu filho.
— Eu preciso que você fique aqui, enquanto eu vou verificar o resto
da casa. — Marc falou. —Não saia, por qualquer motivo, não até que eu volte
para você. Entendeu?
Happy assentiu.
Marc se debateu se deixava Happy com uma arma ou não, mas ele
realmente não tinha tido a chance de descobrir se Happy sabia como lidar com
uma e ele não queria correr nenhum risco. Em vez disso, ele caminhou até o
seu armário e tirou o seu taco de beisebol, levando-o para Happy.
— Se você entrar em apuros, use isto.
Happy olhou para o bastão como se fosse uma cobra. — Eu não
quero machucar ninguém, Marc.
— Happy, você está defendendo você e a sua mãe contra alguém
que quer prejudicá-lo. — Happy era uma alma gentil e provavelmente não faria
mal a um percevejo, mas Marc estava apostando nele para proteger a sua
mãe. — Não vá atrás de qualquer um, mas se vierem atrás de você ou sua
mãe, se defenda.
Os ombros de Happy caíram. — Eu acho que sim.
— Eu estarei de volta em breve, bebe. — Marc deu um beijo contra
os lábios de Happy e recuou, apontando para a porta. — Tranque a porta
depois que eu sair e não saia até que eu volte para você.
Marc esperou até que a porta se fechou novamente e ele ouviu o
bloqueio se mover antes de virar e sair do quarto. Ele estava indo para caçar
quem tinha invadido a segurança da sua casa e colocou aquele olhar assustado
na cara de Happy. E ele não iria descansar até que Happy e Anna estivessem a
salvo novamente.
Marc se moveu pela casa silenciosamente, colocando um pé na frente
do outro quando ele lentamente olhou em cada quarto. Até o momento que ele
chegou à cozinha, ele estava começando a pensar que talvez ele tivesse
imaginado tudo.
E então ele ouviu um barulho na porta dos fundos. Havia um arco
fora da cozinha, que levou para a lavanderia. Na outra ponta da lavanderia
tinha uma porta que dava para a pequena passagem entre a casa e a
garagem.
Marc passou por cima e pressionou-se contra a parede perto da
entrada da lavanderia. Ele levantou a arma, segurando-a com as duas mãos,
em seguida, virou a esquina para a lavanderia.
Droga.
Estava vazia.
Marc moveu-se para a porta que conduzia para fora. A lua ainda
estava bastante alta no céu à noite, lançando luz suficiente na terra para que
Marc pudesse ver a passagem entre os edifícios e o quintal. Mas havia um
monte de sombras, mais do que suficiente para alguém se esconder.
Marc caminhou até a porta de trás e olhou para fora através dos
painéis de vidro na metade superior da porta. Ele observou a escuridão por
vários momentos antes de cautelosamente destrancar a porta e, em seguida,
abri-la e sair para o ar frio da noite.
Marc caminhou em direção à frente da garagem. Seu caminhão
estava estacionado na garagem, e ele queria ter certeza de que ninguém havia
mexido com ele. Vandalismo era bastante inexistente em Cade Creek, mas
acontecia de vez em quando, geralmente apenas adolescentes jogando
conversa fora.
Mas ainda era o seu caminhão de trabalho e ele precisava estar em
boas condições de funcionamento, se ele planejava começar a trabalhar na
parte da manhã. Apesar de ter pegado um par de dias de folga para passar
com Happy ele precisava voltar a trabalhar.
Marc ainda estava sofrendo com o que tinha acontecido entre ele e
Happy um par de horas atrás. Tinha sido um dos momentos mais mágicos da
sua vida. Happy era o homem mais incrível que ele já havia conhecido. Mesmo
confuso e incerto, Happy tentou agradá-lo. Esse tipo de cuidado não poderia
ser ensinado. Isso veio da alma, da bondade nascida em alguém. E Happy, um
homem construído como ele poderia enfrentar o mundo sozinho, tinha a alma
de um gigante gentil. A vida de Marc não tinha sido horrível. Ele tinha grandes
pais, um irmão mais velho maravilhoso, uma carreira que amava, e amigos
que ele sabia que o defenderia em todos os momentos. Mas quanto mais
tempo passou com Happy, mais ele estava começando a perceber que tudo
isso não significava nada sem alguém na sua vida que ele amava acima de
tudo.
Marc queria alguém como Happy O'Brian.
Andando ao redor do caminhão, verificou o interior e as fechaduras.
Nada parecia estar fora do lugar. A porta ainda estava trancada e tudo estava
onde deveria estar.
A garagem também estava certa. A porta ainda estava trancada e
nada dentro parecia ter sido perturbado.
Marc abaixou a arma e olhou ao redor do quintal. Nada parecia fora
do lugar. Talvez ele estivesse imaginando tudo isso? Talvez a sensação
perturbadora que tinha vindo por ter alguém na cama com ele?
Mas, considerando o quanto ele queria Happy na sua cama, Marc
duvidou seriamente.
Não sabendo mais o que fazer, Marc começou a voltar para a casa.
Ele não se esqueceu de trancar a casa, ele iria pegar Anna e colocar de volta
no seu quarto, e, em seguida, voltar para a cama e cuidar do seu gigante
gentil.
Assim quando ele começou a alcançar a maçaneta da porta para
voltar para dentro, um grande estrondo rasgou o ar da noite e algo bateu no
braço de Marc, girando em torno dele. Ele bateu na parede, piscando
rapidamente quando ele olhou para o sangue escorrendo pelo seu braço.
O estômago de Marc enrolou quando ele deslizou para baixo da
parede da garagem. — Droga. Isso vai deixar uma marca.
Capítulo Dez
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quinze
― Acorde, Happy.
Happy bateu nas mãos trêmulas dele. Ele não queria acordar. Ele
estava quente no seu pequeno casulo suave.
― Happy, bebê, acorde ― uma voz sussurrou. ― Eu quero lhe
mostrar uma coisa.
Happy piscou e tentou abrir os olhos. Seus cílios vibraram enquanto
ele rolava de costas. Marc estava sentado na cama ao lado dele. ― O que
você... ― As sobrancelhas de Happy dispararam quando ele teve um vislumbre
da escuridão além da janela do quarto. ― Que horas são?
― Cerca de cinco e meia.
― Da manhã? ― Ele estava louco?
Marc riu.
O belo bastardo.
― Levante-se amor. Eu quero lhe mostrar uma coisa.
Happy resmungou baixinho quando virou as cobertas e se sentou. Ele
esfregou as mãos sobre o rosto, tentando enxugar o sono dos seus olhos.
No mês passado, ele tinha descoberto que o amor da sua vida tinha
algumas ideias malucas em surtos momentâneos, e ele gostava de
surpreender Happy. Ele mandou entregar flores em casa, deixou uma coleção
de Os mistérios Hardy Boys na mesa de café, e levou Happy a cada festival e
mercado do fazendeiro que acontecia em Cade Creek.
Tinha sido um mês agitado.
― Aqui ― Marc disse enquanto segurava uma pilha de roupas. ―
Você vai precisar dessas.
― Estou indo a algum lugar?
― Estamos indo para algum lugar.
Happy inalou uma golfada de ar, em seguida, soprou-a em um
suspiro pesado. ― É melhor haver café envolvido.
― Doces e tortas.
Ok, ele estava interessado.
― Que tipo de doces? ― Ele perguntou enquanto puxava a calça
jeans até as pernas e a abotoava.
Marc sorriu quando se inclinou e deu um beijo nos lábios de Happy.
― O tipo gostoso.
Happy franziu o cenho para o homem. ― Não há algum tipo de lei
contra ser tão ativo no início da manhã?
― Não.
Happy rosnou quando puxou a camisa sobre a cabeça. Aquele homem
era muito feliz com isso. ― Bem, deveria ter.
― Apresse-se, querido ― disse Marc quando ele praticamente
dançou na frente da porta do quarto. ― Temos de ir para não perdê-la.
― Perder o quê?
― É uma surpresa.
Happy ira estrangular Marc no seu sono.
Talvez.
Depois do sexo.
Um monte de sexo.
Ele gostava de sexo.
― Em vez disso você não gostaria de ficar aqui e fazer sexo? ― Ele
sabia que ele queria. Seu pênis estava se recuperando enquanto ele falava.
― Não.
A mandíbula de Happy caiu quando ele parou de amarrar os sapatos
e olhou para o homem. ― Não?
― Happy ― Marc lamentou.
― Tudo bem. ― Happy levantou-se e puxou a leve camada que Marc
tinha colocado em cima da cama. ― Onde está este café que você estava
falando? ― Happy tinha aprendido que ele amava café. Marc poderia conseguir
o que quisesse quando ele subornava Happy com a deliciosa ambrosia.
― Venha comigo. ― Marc agarrou a mão de Happy e levou-o para
fora do quarto e no corredor.
A curiosidade de Happy começou a guerrear com a sua necessidade
de mais sono quando Marc levou-o para a porta da frente. ― Estamos indo
embora?
― Nós temos. ― Marc tinha um sorriso no seu rosto quando ele
olhou por cima do ombro. ― Minha surpresa está a cerca de 16 quilometros a
partir daqui.
Os olhos de Happy estreitaram. ― É melhor esse café não ser a 16
quilômetros daqui. ― Ele normalmente não se importava de acordar de manhã
tão cedo, mas alguém o tinha mantido até altas horas da madrugada batendo
no colchão.
― Eu tenho toda uma garrafa térmica de café no caminhão.
Happy andou mais rápido.
No momento em que o caminhão chegou na estrada, Happy tinha
uma xícara cheia de café e um gemido satisfeito na sua garganta. ― Eu amo
café.
Marc riu. ― Eu sei querido.
― Então, onde estamos indo? ― Perguntou Happy, esperando por
algum tipo de explicação sobre para onde estavam indo, e por quê.
― Eu disse a você, é uma surpresa.
Happy revirou os olhos. Era um gesto que tinha aprendido com o seu
meio-irmão Billy, que ele gostava de usar em Marc porque o deixava louco,
assim como Rourke Blaecleah ficava louco quando Billy fazia isso.
― Eu tenho uma coisa ― disse Marc enquanto entregava uma sacola
para Happy.
― O que é isso?
― Por que você não abri, e vê?
Happy sorriu quando ele abriu a bolsa e tirou uma pilha de livros.
Seus olhos arredondaram quando ele passou livro após livro, para descobrir
cada um, um pouco mais ousado.
― Um... ― Sua boca trabalhou para dizer alguma coisa, enquanto
olhava para a capa superior novamente. Ele nunca tinha visto um livro
parecido antes na sua vida. A capa tinha dois rapazes sem camisa segurando
um ao outro. A imagem criando todos os tipos de ideias, suadas e quentes na
cabeça de Happy.
O rosto de Marc estava um pouco corado, mas ele estava rindo tão
feliz que Happy percebeu que não era tão ruim. ― Seu tutor me disse que
você já conquistou o seu nível de leitura, mas você ainda precisa praticar.
Achei que poderíamos ler esses juntos.
Happy sentiu o seu interior morno e distorcido, muitas vezes ele se
sentia assim em torno de Marc. O homem parecia que sairia do seu caminho
não só para se certificar que Happy estava seguro, mas também feliz. Era
como se fosse o seu objetivo na vida ou algo assim.
Happy não estava reclamando.
Muito.
Cinco e meia da manhã merecia reclamação. Ele cresceu em uma
fazenda, é verdade, mas ele desistiu de se levantar ao romper da madrugada,
quando o seu avô foi embora. Preferia dormir, especialmente desde que ele
começou a dormir na mesma cama que Marc. Não havia nada melhor do que
um abraço de manhã cedo com um homem que o deixava em chamas com o
simples toque da sua mão.
― Eu não queria falar com você sobre isso ontem à noite, porque
você estava tão excitado sobre esse encontro da sua mãe, mas o xerife
chamou e me disse que eles têm fechado oficialmente o caso do seu avô.
Happy engoliu em seco, o seu bom-dia, teve uma queda livre. ― Ele
disse o que eles iam fazer com o corpo do avô? ― Happy não queria isso.
― Sim, ele está, na verdade, organizando para Herne ser enterrado
ao lado da sua avó.
Isso, na verdade,... Fez Happy se sentir melhor. Herne tinha
enlouquecido com a perda da sua esposa. Parecia ser apenas certo que fossem
enterrados juntos.
― Ele também me disse que os testes de balística provaram que a
arma que Herne tinha corresponde á bala que me atingiu.
― Então, meu avô atirou em você?
― Parece que sim, Happy. Nós provavelmente nunca vamos saber
com certeza, mas parece que Herne me viu pegar você e a sua mãe de sua
fazenda e levá-los para a minha casa. Achamos que ele nos seguiu.
― Sinto muito.
Marc estendeu a mão e agarrou sua mão, dando-lhe um aperto. ―
Você não atirou, Happy, então nada disso foi culpa sua.
― Sim, mais...
― Sem mais, Happy.
Happy sorriu enquanto olhava para o seu amante, amigo, e razão
para a respiração. ― Agora, isso seria muito bom delegado.
Marc franziu a testa. ― O que?
― Sem pontas.
Marc começou a rir, a alegria dançando nos seus olhos azuis. ― Sim,
Happy, sem pontas seria muito bom.
Happy sorriu quando ele sentou-se no banco e terminou de beber o
café. Eles haviam deixado Cade Creek a algumas milhas a trás e estavam indo
para fora da cidade para o campo, onde eram localizados os sítios e fazendas
da região.
― Estamos indo para a fazenda da sua família? ― Perguntou Happy
quando ele começou a reconhecer alguns dos edifícios que passavam. Ele
gostava da fazenda onde Marc cresceu. Ele ainda estava nervoso em torno dos
pais de Marc, especialmente seu pai. O homem era bom o suficiente, mas
Happy ainda se sentia como se ele não fosse bom o suficiente para Marc. Ele
provavelmente, sempre se sentiria assim. Marc era perfeito, e ele estava feliz.
― Em uma maneira de falar.
Happy teve que admitir que ficou um pouco animado, especialmente
agora que a cafeína estava chutando e ele se sentiu como uma pessoa normal,
em vez de lodo sonolento.
Happy começou realmente a se perguntar o que Marc tinha planejado
até que ele se virou para a entrada que levava para casa dos seus pais, só que
ele não parou em frente ao casarão. Ele dirigiu direito passando a casa, e o
celeiro.
O caminhão diminuiu enquanto descia a estrada de terra que passou
ao lado do campo, mas não foi o suficiente para manter Happy de saltar em
torno de dentro da cabine. Até o momento que o caminhão parou antes de
uma linha de árvores, Happy sentiu como se tivesse sido colocado através de
um liquidificador.
Happy olhou ao redor quando Marc desligou o caminhão e saiu. Ele
ainda não estava vendo tudo o que Marc queria mostrar-lhe. Nada parecia fora
do comum, e certamente não se parecia com nada que valesse a pena sair da
cama tão cedo de manhã.
Happy saltou quando a porta se abriu. Ele estava tão ocupado
olhando ao redor, que tinha perdido totalmente Marc sair do caminhão e vir
para o seu lado.
― Você está pronto, bebe?
― Eu ficaria muito mais disposto a dizer sim, se eu soubesse o que
você estará me mostrando.
Marc sorriu. ― Feche os olhos.
― O quê?
― Feche os olhos.
― Você é louco.
A mão de Marc pressionou contra o lado do rosto de Happy. ―
Happy, você confia em mim?
― É claro que eu confio em você. ― Que tipo de pergunta era essa?
― Agora, feche os olhos ― disse Marc. ― Por favor?
Happy fechou os olhos, porque ele não tinha outra escolha. Ele
confiava em Marc e o homem estava pedindo muito bem. Ele sentiu os dedos
de Marc fechar em torno da sua mão e puxá-lo com cuidado para fora do
caminhão e, em seguida, a porta se fechou atrás dele.
― Mantenha os olhos fechados, Happy, e dê pequenos passos.
Pequenos passos. Certo. Como se ele fosse sair correndo pela floresta
com os olhos fechados. O campo, talvez, mas não a floresta. Existiam muitas
árvores.
― Continue, bebe. Estamos quase lá.
Happy estava tentado a abrir os olhos, mas também queria a
surpresa de Marc.
― Ok pare.
Happy parou.
― Eu quero que você se sente bem onde você está. Eu vou ajudá-lo.
Happy prendeu a respiração enquanto abaixava para o chão, só que
ele não estava sentado no chão. Ele tocou o tecido embaixo dele, percebendo
que estava sentado em um cobertor.
Ok.
― Posso abrir os olhos agora?
― Quase, bebe.
Happy abriu as pernas e os braços quando sentiu Marc cutucá-lo. Um
momento depois, Marc se sentou entre as suas pernas. Era uma posição que
eles usavam muitas vezes, geralmente abraçados no sofá ou a cama na noite
de cinema, ou quando eles estavam sentados na varanda, deitados no quintal.
E às vezes, quando eles apenas se sentavam na grama e olhavam para as
estrelas.
Happy gostava porque ele poderia sentir tanto do corpo de Marc
pressionado contra ele, e ele poderia envolver os seus braços em torno do
homem bonito, que tinha vindo a significar tanto para ele.
Marc se inclinou para trás, de modo que a sua cabeça estivesse
descansando no ombro de Happy. ― Ok, bebe, você pode abrir seus olhos
agora.
Happy abriu os olhos e suspirou. O prado na frente dele era quase
etéreo. O sol tinha subido apenas o suficiente para iluminar as trevas, e uma
névoa lenta tinha rolado em cima da grama verde alta. Era como olhar para
uma imagem estática.
Tudo estava silencioso.
― Olha. ― Marc apontou para um bosque de árvores. Happy assistiu
a um pequeno sopro da brisa através das folhas vibrando pelo chão enquanto
eram arrastadas pelo vento.
Um pássaro solitário decolou das árvores, espalhando as suas asas e
voando baixo sobre o campo. Ele veio para chão, caçando seu café da manhã.
― Você me disse que gostava de se sentar e assistir o nascer do sol
no período da manhã quando fui pegar os ovos para a sua mãe, e que você
observava o movimento da névoa sobre os campos.
Happy assentiu, o nó na garganta grande demais para ele falar.
― Bebe, uma vez que você está vivendo comigo e a sua mãe está
morando no apartamento em cima da garagem, ela decidiu vender a fazenda
dos seus avós. ― Havia uma riqueza de preocupação nos olhos de Marc
quando ele inclinou a cabeça para trás e olhou para cima. ― Eu queria dar-lhe
algum outro lugar onde você pode ver sua névoa da manhã.
Happy inalou lentamente, recolhendo as lágrimas nos seus olhos
quase demais para ver. ― Obrigado, Marc ― Não havia nenhuma maneira que
essas palavras fossem adequadas para o que Marc tinha feito por ele. ― Você
me dá tanto.
Marc inclinou-se e deu um beijo na mandíbula de Happy. ― É apenas
justo. Você me deu o mundo.
Apesar do frio no ar da manhã, Happy sentiu o calor do seu rosto
quando ele corou. Happy pressionou a sua testa em Marc. Ele suspeitava que o
nó na garganta pudesse sempre estar lá. ― Eu simplesmente amei.
― Como eu disse, você me deu o mundo. ― Marc sorriu. ― Você me
deu um Feliz para sempre.
FIM