Calheiros Carlos Brancildes Monte

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INFLUENCIA DE LAMINAS DE IRRIGA�AO E DE NIVEIS DE NITROGENIO

MINERAL SOBRE A PRODUÇAO DE CANA-DE-AÇúCAR(Saccharum officina

rum L)

CARLOS BRANCILDES MONTE CALHEIROS


Engenheiro Agrenomo

Orientador: Prof. Dr. ANTQNIO FERNANDO LORDELO OLITTA

Oisserta.�o apresentada à Escola


Superior de Agricultura "Luiz de
Queiroz", da Universidade de São
Paulo, para obten.lo do Titulo de
Mestre em I rriga.ão e Drenagem.

PIRACICABA

Estado de S�o Paulo - Brasil

Junho de 1990
Ficha catalografica preparada pela Se�lo de
Livros da Divis�o de Biblioteca e Documenta��º
- PCAP/USP.

Calheiros, Carlos Brancildes Monte


C152i Influ@ncia de l�minas de irriga��º e de ní-
veis de nitrogênio mineral $Obre a produ��o de
cana-de-a�úcar(Saccharum �). Piracicaba,
1990.
103p. ilus.

Diss.(Mestre) - ESALQ
Bibliografia.

1. Cana-de-a�ucar - Efeito do nitrogênio


2. Cana-de-a�úcar - Irriga��º por aspers�o
L�mina 3. Cana-de-a�úcar - Produ��o - Intera­
��º Nitrog@nici-Irriga.�o 4. Irriga��º por
aspers�o - L�mina 5. Nitrogênio em cana-de­
a�ucar I. Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz, Piracicaba.
coo 633.61
INFLUENCIA DE LAMINAS DE IRRIGA��□ E DE N!VEIS DE NITROGÊNIO

MINERAL SOBRE A PRODU��O DE CANA-DE-A�üCAR(Saccharum

officina RUM L)

CARLOS BRANCILDES MONTE CALHEIROS

Aprovada em: 29/06/1990

Comiss�o julgadora:

Prof. Dr. Antõnio Fernando Lordelo Olitta ESALQ/USP

Prof. Dr. Nilson Augusto Villa Nova ESALQ/USP


0 rof. Dr. José Antõnio Frizzone ESALQ/USP

Prof. Dr. Antônio -��-"""o Olitta


Orientador
ii

AOS MEUS PAIS E IRMAOS

AS MINHAS FILHAS

A MINHA ESPOSA

DEDICO
iii

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Ant8nio Fernando Lordelo Olitta, pela

orienta.�o discreta e paciente;

Ao Engo. Agro. Mauricio Bernardes Coelho, pelo

empenho, dedica.�o e desprendimento com que planejou e

outorgou-nos este trabalho;

Aos técnicos da Se.�o de Irriga.�o e Climatologia

da Coordenadoria Regional Nordeste do PLANALSUCAR,

especialmente ao técnico em Agrimensura e Desenhista Vicente

de Paula Mendon�a Lima;

Aos Engos. Agros. Geraldo Verissimo de Souza

Barbosa e Norberto Antõnio Lavorenti, pelas análises e

interpreta.ees estatísticas efetuadas;

Aos amigos do CPG em Irriga��º e Drenagem pelo

apoio e incentivo nos momentos mais dificeis1

Ao Quimice Auriberto da Silva Alves pelo empenho na

busca de recursos financeiros para a defesa deste trabalho;

Por fim, a todos aqueles que, de uma maneira ou de

outra, contribuíram para a concretiza��º deste trabalho.


iv

SUMARIO

Página

LISTA DE FIGURAS••••••••••••••. •••••. . •. ••••••. ••. . ••• vi

LISTA DE QUADROS E TABELAS••. •••••. ••••. . ••••••••••••• ix

RESUMO • • •••••••••••••.•••••••••••• •••••••••••.•••••••• xiii

SUMMARY ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• XV

1 • I NTRODU«;AO • ••••••••••••••••••• • •••••• •••••••••••••• 1

2. REVISA□ DE LITERATURA••. . •••••••. •. ••. ••. •. •••. ••.• 4

2. 1 . Cultivo irrigado de cana-de-a�úcar: necessida­

dade de água da planta, frequ@ncia de irriga-

•�º de água e da eficiência de uso da água. . . . 5

2. 2. Fundamentos para as análises estatísticas. . . . . 13

3. MATERIAL E METODOS. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

3. 1. Localiza��º e características da área experi-

mental. . . ••••••••••••••••• • ••••••••••••••••••• 19

3. 2. Variedade e práticas culturais. .. . . . . . . . . . . . . . 22

3. 3. Sistema de aplica.�o de água. . . . . . . . . . .. . . .. . . 28

3. 4. Controle da aplica��º de água. . . . . . . . . .. . .. . . . 31

3.5. Delineamento experimental e análises estatis-

ticas. . . . . . . . .. . . .. . .. .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 35

3.6. Quantifica��º das produ.ees de cana e de a�ú

e ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
V

4 • RESULTADOS E DISCUSSAO. • • • • . . • • • • • • • • • • • • . • • • • . • • • • 41

4. 1. Desempenho do sistema de aplicaç�o de água. . . . 41

4. 2. Manejo da irrigac;�o. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

4. 2. 1. Comportamento dos e lementos do clima. . . 45

4. 2. 2. Condic;�es de umidade do solo. . . . . . . . . . . 58

4. 2. 3. Estimativa da frequ@ncia de irriga��o. . 62

4. 3. Produç�o de cana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

4. 3. 1. Ciclo de cana-planta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

4. 3. 1. 1. Efeito das liminas de irriga-

c;�o.... .. . . . .. . .. ... . .. . . .. ... 65

4. 3. 1. 2. Efeito dos niveis de nitrogê-

n io.... ... . . . . . . ... . . ... . .... . 68

4. 3.2. Ciclo de cana-soca. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . 73

4. 3. 2. 1. Efeito das 13minas de irriga-

e; �o.... .. . . . . . .. .... . .. . ... ... 76

4. 3. 2. 2. Efeito dos níveis de nitrogê-

n io..... .. . . . . . . ... .. .. . . .. ... 79

4. 4. Produç�o de açucar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

4. 4. 1. Ciclo de cana-planta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

4. 4. 1. 1. Efeito das l&minas de irriga-

c;-�o. • .. • • • • • • • • . • • • • • • • . • • . • • • • 83

4. 4. 1. 2. Efeito dos níveis de nitrog@-

n io.... ... . . . . .. ... . .. .. . ..... 85

4. 4. 2. Ciclo de cana-soca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

4. 4. 2. 1. Efeito das liminas de irriga-

e. a-o. .......................... 91
vi

5. CONCLUSOES.................•..•................•... 95

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..•.•.••...•......•..•...... 96
vii

LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1 - Totais mensais de chuva e evapora.lo pa-

ra a área experimental. Média de 16 anos. 20

Figura 2 - Médias mensais de velocidade do vento, u­

midade relativa e temperatura do ar para

a área experimental. Série de 16 anos. . . . 21

Figura 3 - Curva de reten��o da água pelo solo; valo-

res médios de 0-60cm de profundidade. . . . . . 25

Figura 4 - Curva de matura.�o da variedade R870194. . . 27

Figura 5 - Produ.�es médias de a �úcar aparente por

hectare(TPH), obtidas em 47 colheitas de

ensaios conduzidos nos Estados da Paraíba

, Pernambuco, Alagoas e Bahia. . . . . . . . . . . . . 27

Figura 6 - Croqui do "lay-out" do sistema no campo e

indica.�o da estrutura de um bloco expe-

rimental. . ....... ..... . ... .... . . ...... ... . 30

Figura 7 - Distribui.lo esquemática dos tratamentos e

subtratamentos no campo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Figura 8 - Detalhe da parcela exp e rimental com locali

za��o de seus componentes. . . . . . . . . . .. . . . . . 37

Figura 9 - Modelo de distribui.�o de água devido à so


viii

breposi.�o dos jatos dos aspersores; ciclo

de cana-planta. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 42

Figura 10 - Modelo de distribui.�o de água devido à so

breposi.�o dos jatos dos aspersores; ciclo

de cana-soca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

Figura 11 - Intensidade média mensal do vento, a 4 me-

tros; ciclos de cana-planta e cana-soca. . . 47

Figura 1 2 - Médias mensais de temperatura e de umidade

relativa do ar; ciclos de cana-planta e de

cana-soca.. . . ... . .. . . . . . . . . . . . .. . .. . .. . .. . 48

Figura 13 - Evapora.�o média mensal do tanque classe A

para cana-planta e cana-soca. . . .. . . . . . .. . . 49

Figura 14 - Distribui.�o de chuvas(períodos de cinco

dias) e alturas de irriga.�o; ciclo de ca-

na-planta................................. 52

Figura 15 - Oistribui.�o de chuvas(periodos de cinco

dias) e alturas de irriga.�o; ciclo de ca-

na-soca. .. . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . . .. 53

Figura 16 - Curva d e resposta d a produ.�o de cana à à -

gua; ciclo d e cana-planta. . . . . . . .. . . . . . . . . 69

Figura 17 - Curva de resposta da produ.�o de cana ao

nitrogênio mineral; ciclo de cana-planta 72


ix

Figura 18 - Curva de resposta da produ��o de cana à á-

gua; ciclo de cana-soca................... 78

Figura 19 Curva de resposta da produç�o de açúcar à

água; ciclo de cana-planta................ 86

Figura 20 - Curva de resposta da produç�o de açúcar ao

nitrog@nio mineral; ciclo de cana-planta.. 88

Figura 2 1 - Curva de resposta d a produç�o d e açúcar à

água; ciclo de cana-soca.................. 93


)(

LISTA DE QUADROS E TABELAS

Página

Quadro 1 - Resultados·da análise granulométrica e cur

va de reten.�o da água pelo solo. . . .. . . . .. 23

Quadro 2 - Resultados da análise química do solo lo-

ea l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

Tabela 1 - Par�metros de funcionamento do aspersor u-

tilizado. . . . . . . . . .. . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . 29

Quadro 3 - Estrutura da análise d e variaftcia. . . . . . . . . 37

Quadro 4 - La�inas de água totais médias aplicadas em

em fun.�o das distancias a partir da li­

nha de aspersores; ciclos de cana-planta e

cana-soca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45:

Quadro 5 - Comparativo mensal e anual de chuva na áre

a experimental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . �4

Quadro 6 - Umidade do solo e l&mina de irriga.�o apli

cada; ciclo de cana-planta. . . . . . . . . . . . . . . . 60

Quadro 7 - Umidade do solo e lamina de irriga.�o apli

cada; ciclo de cana-soca. . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

Quadro 8 - Produ��o média de cana, TCH, em fun��o de

niveis de N mineral e !�minas totais de á-


xi

gua; ciclo de cana-planta.............. ... 64

Quadro 9 - Resultados da análise d e vari&ncia para a

produ��o de cana; Ciclo de cana-planta. . . 65

Quadro 10 - Análise de regress�o para o fator água ;

ciclo de cana-planta... ... ................ 66

Quadro 11 - Produc;ees observadas e estimadas pela equa

��o (1) para l&minas totais de água vs

produc;�o de cana; ciclo de cana-planta.... 68

Quadro 12 - Análise de regress�o para o fator Nitrog@-

nio; ciclo de cana-planta • • . • • • • • . • • �····· 70

Quadro 13 - Produ.ees observadas e estimadas pela equa

.�o (2) para niveis de N vs produ��o de ca

na; ciclo de cana-planta............. ... .. 71

Quadro 14 - Produ.�o média de cana, TCH, em func;�o de

niveis de N mineral e l�minas totais de á-

gua; ciclo de cana-soca.. .. ......... ... ... 74

Quadro 15 - Análise de vari�ncia para a produc;�o de ca

na; ciclo de cana-soca.................... 75

Quadro 16 - Análise de regress�o para o fator l�minas;

ciclo de cana-soca. . .. . . .. . . . . . . . . . . .. . . .. 76

Quadro 17 - Produc;ees observadas e estimadas pela equa

c;�o (3) para l�minas totais de água vs pro


xii

du.�o de cana; ciclo d e cana-soca. . . . . . . . . 77

Quadro 1 8 - Produ.�o .média de a.úcar, TPH, em fun.�o

de níveis de N mineral e de 13minas tota-

is de água; ciclo de cana-planta. . . . . . . . . . 81

Quadro 19 - Análise de variancia para a produç�o de a-

•úcar; Ciclo de cana-planta. . .. . . . . . . . . .. . 82

Quadro 20 - Análise de regress�o para o fator laminas

de água vs produç�o de açúcar; ciclo de ca

na-pla nta...... . . ................ ... . ..... 83

Quadro 21 - Produ�ees observadas e estimadas pela equa

c;�o (4) para 13mínas totais de água vs pro

du.�o de a.úcar; ciclo d e cana-planta.. . . . 84

Quadro 22 - Análise de regress�o para o fator nitrog@

nio mineral; ciclo de cana-planta. . . . . . . . . 87

Quadro 23 - Produ.ees observadas e estimadas pela equa

.�o (5) para níveis de N mineral vs produ-

.�o de a.úcar; ciclo d e cana-planta. . . . . . 89

Quadro 24 - Produç�o média de açúcar, TPH, em funç�o

de níveis de N mineral e laminas totais de

água; ciclo de cana-soca. . . . . . . . . . . . . . . . . . 90

Quadro 25 - Análises de vari�ncia para a produ.�o de a

c;úcar; ciclo de cana-soca. . . . . . . . . . . . . . . . . 91


xiii

Quadro 26 - Análise de regress�o para o fator água;

ciclo de cana-soca. . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 92

Quadro 27 - Produ��es observadas e estimadas pela equa

.�o (6) para 13minas totais de água vs pro

du.�o de açúcar; ciclo de cana-soca. . . . . . . 94


xív

INFLUENCIA DE LAMINAS DE IRRIGA�AO E DE NIVEIS DE NITROGENIG

MINERAL SOBRE A PRODU�AO DE CANA-DE-A�úCAR(Saccharum officina

!:.1-!!!! L)

Candidato : Engo. Agro. Carlos Brancildes Monte Calheiros

Orientador: Prof. Dr. Antônio Fernando Lordelo Olitta

RESUMO

Para verificar a influência de l�minas de irrigação

e de niveis de nitrogênio mineral sobre a cultura da cana-de-

a�úcar(Saccharum spp), variedade RB70194, foi conduzido um

experimento na regi�o de Rio Largo(AL), em Latossolo Vermelho

Amarelo distr6fico, no período de 10/09/1981 a 18/10/1983.

Para tanto. as parcelas experimentais foram

delineadas em blocos ao acaso com arranjo em faixas("strip"

ou "sp 1 it b 1 oc k" ) • com 5 lâminas de irriga��º dispostas em

faixas paralelas à linha de aspersores e 4 níveis de N

minera 1. dispostos em faixas perpendiculares a essas linhas.

Estes tratamentos foram repetidos 4 vezes, estando as faixas

com N mineral casualizadas dentro de cada repeti�ào.

O experimento foi irrigado por sistema de asoers�o

fixo permanente, disposto no campo de acordo com a


XV

metodologia definida por HANKS et alii(1976), denominada

"line-source sprinkler irrigation system crop production

studies".

As precipita��es pluviométricas ocorridas durante o

período experimental, principalmente no ciclo de cana-planta,

bem como as características genéticas e agronõmicas da

variedade, influíram nos resultados de cana e/ou açúcar

obtidos.

Em fun��o dos resultados obtidos a partir das

análises e interpretac;:�es realizadas, estimou-se uma

frequência de irrigac;:�o de 7 dias para a cana-planta e de 6

dias para a cana-soca. As efici@ncias de uso da água foram de

0,003 e 0,004 kg/ 1 de água para cana e ac;:úcar,

respectivamente, em cana-planta, e d e 0,002 kg/ 1 de água para

cana e /ou ac;:úcar em cana-soca.

As produc;:�es fisicamente máximas de cana e de

ac;:úca� foram de, respectivamente, 117 e 17,80 t/ha para a

cana-planta, e de 101 e 15,94 t/ha, para a cana-soca,

correspondendo a 18minas de irrigac;:�o respectivas de 450 e

970 mm.

As interac;:�es entre !�minas de irrigac;:�o e níveis

de nitrog@nio mineral n�o apresentaram efeitos significativos

para os tratamentos estudados.


)(Vi

INFLUENCY O F THE IRRIGATION DEPTH ANO OF THE MINERAL NITROGE�

LEVELS ON THE SUGAR CANE(Saccharum officinarum L) PRODUCTION

CANDIDATE: Engo. Agro. Carlos Brancildes Monte Calheiros

ADVISER: Prof. Dr. Antônio Fernando Lordelo Olitta

SUMMARY

To verify influency of the depth of irrigation and

levels of the nitrogen on the sugar-cane(Saccharum �)

variety RB70194, was conducted experiment in tne Rio Largo

region, Alagoas State, Brazil, in Latosol Yellow-Red

distrofic, during the períod of the september of 1981 to

october of 1983.

The experímentals plots was delíneates in

randomized block, with arrange splít b lock, with five depth

of írrigation disposed ín stríp parallels to line of the

aspersion, and four levels of the mineral N disposed in

strips perpendiculary that lines. These treatment was repeat

four times, been the strips with mineral N casualized ínto

each repetition.

The experiment was írrigated with aspersion system

constantly fixed. disposed in the field in accord with


><vii

methodology definided by HANKS et alii(1976), denominated

"line-source sprinkler irrigation system for crop production

studies".

The magnitude of the height of rain that happened

during experimental period, principally in plant-cane, and

the varietal genetics and agronomics caracteristics, had

influence in the significance of the results of production o f

cane and/or product of sugar obtained.

ln function of the data collected, analysis and

interpretations realized, was esteemed one frequence of the

irrigation of seven days in plant-cane and of six days in

ratoon-cane. The eficiency of the water use was of the 0, 003

and 0 , 004 kg/ 1 of the water for cane and sugar, respectively,

in plant-cane, and of the 0, 002 kg/ 1 the water of cane and/or

sugar in ratoon-cane.

The physical maximum productions of cane and of the

sugar was, respectively, 11 7 and 1 7, 80 t/ha to plant-cane,

and of 101 and 15, 94 t/ha to the ratoon-cane, corresponded to

depth of irrigation of the 450 and 970 mm.

It had not significance statistics of the

interations studied in no one variable.


1. INTRODU�O

A produ.�o econemica das culturas, independentemen-

te da parte ou órg�o colhido, é fun.�o de inúmeros fatores

inerentes aos sistemas solo, água e clima. Esta fun.�o é

bastante complexa principalmente pelo fato da planta somente

produzir economicame nte, em resposta a uma intera.�o adequada

entre estes três sistemas e ela própria, que, por sua vez,

constitui-se num outro sistema n�o menos complexo.

A regi�o canavieira do Estado de Alagoas se

apresenta com significativas diferencia.�es nos ecossistemas,

à medida que a percorremos de Norte a Sul e/ou do litoral

para o interior do Estado. Ocorrem, por isto, sensiveis

variabilidades, determinando as características do clima e do

solo, tais como o regime de chuvas(quantidade e distribui.�o

espacial e temporal) vegeta.�o e topografia. Certamente,

estas diferencia.�es, por acarretarem modifica.ees no clima e

no solo da regi�o, interferem decisivamente na produ��o de

cana-de-a�úcar, na medida em que estabelece varia.ees na

demanda evapotranspirometrica do ambiente e na fertilidade


2

natural dos solos.

Atualmente, após dez anos de pesquisas sistemáticas,

a regi�o canavieira do Estado de A lagoas encontra-se dividida

em sub-regi�es agroclimáticas, a s quais est�o definidas com

base nas diferencia.ees dos elementos do clima, vegeta�lo e

topografia.

Toda essa variabilidad e nos leva a crer que as

necessidades em umidade e nutri.�o mineral nos solos ,

prontamente disponíveis à cana-de-a.úcar, sejam diferentes

para cada uma dessas regiees, em virtude da magnitude dos

elementos do clima e fatores de forma.lo d?S solos induzirem

taxas evapotranspirométricas e de complementa.�o mineral

diferenciadas.

Já h á alguns anos , as atividades de implanta.�o de

cultives irrigados com cana-de-a.úcar faz parte do dia-a-dia

dos produtores de cana, a.úcar e álcool do Estado de Alagoas.

As justificativas que os técnicos das unidades prouutoras

fornecem s�o as mesmas: "necessitamos de maior quantidade de

matéria-prima para suprir as demandas dos mercados interno e

externo em a.úcar e/ou álcool ". Imediatamente após ,

entretanto, esses mesmos técnicos costumam fazer uma outra

afirmativa: "infelizmente, n�o dispomos mais de área para

expans�o da fronteira canavieira; temos, portanto, que elevar

a produtividade das áreas tradicionais. Para tanto, teremos ,

antes, que eliminar as incertezas de uma maior produ.�o


3

provocadas principalmente pela escassez de água no solo ( má

distribui;�o de chuvas ) , recorrendo � técnica de irriga��o•• .

Estas preocupa�ees s�o da maioria dos produtores de cana,

a.úcar e álcool de Alagoas. Saliente-se ainda que a técnica

de irriga.�o, por si só, n�o é suficiente; ela exige, por

exemplo, um programa de aduba.�o mineral condizente.

A viabilidade da irriga.�o, como técnica aprimorada

para elevar verticalmente a produ.�o das culturas agricolas,

requer, obviamente, a defini.�o de parametros tais como

níveis 6timos de água de irriga.�o e de aduba.�o mineral e da

frequ@ncia com que essas irriga.ees devem ser efetuadas, em

virtude daquelas diferencia.ees regionais referidas

anteriormente. Essas respostas devem ser dadas pela pesquisa

local.

O objetivo deste trabalho foi obter respostas sobre

os efeitos de lâminas de água de irriga�ao, niveis de

nitrogênio mineral e da intera.�o e ntre estes fatores sobre a

produ.�o de cana-de-a�úcar.
2, REVIS�O DE LITERATURA

Dentre os inúmeros fatores que interferem com a

produ.�o das culturas agrícolas, o grau de umidade do solo e

seu n i vel de nutri.�o mineral ocupam posi.ees bastante

relevantes

A água no solo atua como solvente de gases,

minerais e outros solutos, transportando-os para os tecidos

da planta, reagente ou substrato e m processos tais como a

fotossintese e hidrólise(transforma��o do amido em a.úcar, na

germina.�o de sementes) e como mantenedora do turgor celular,

essencial à expans�o e crescimento das células(KRAMER, 1�a3).

O crescimento da cana-de-a.úcar, num sentido amplo, inclui o

aumento da matéria seca, assim como o aumento de peso e

tamanho(D illewijn, citado por SILVA & CASAGRANDE, 1983).

Dentre os nutrientes minerais necessários ao

crescimento e produ.�o das culturas, o n itrog@nio é

classificado como elemento dos mais essenciais, pois, de

acordo com o critério de essencial idade, faz parte da planta


5

e participa de , pelo menos , uma rea.�o sem a qual a vida

desta torna-se impossivel(MALAVOLTA , 1 980).

Por outro lado , cada espécie vegetal e , até mesmo ,

cada variedade dentro de uma mesma espécie de planta

cultivada , e><ige que , tanto a água quanto o nitrog@nio no

solo se encontrem facilmente disponiveis , em quantidades

adequadas , durante todo o tempo que ela necessitar.

A cana-de-a�úcar , portanto , como todo organismo

vegetal em cultivo comercial , requer , além de outros

elementos , quantidades definidas de água e nitrogênio para

seu desenvolvimento normal , na medida em que necessita

aumentar em peso e volume para a lcan.ar uma matura.lo e

frutifica.�o economicamente produtivas.

2. 1. Cultivo irrigado de cana-de-a�úcar: necessidade de

água da planta , estimativa da frequ@ncia de

irriga.�o e da eficiência de uso da água.

De todas as subst�ncias absorvidas pelas plantas , a

água é, obviamente , a que elas necessitam em maiores

quantidades. E, também, o constituinte vegetal mais

abundante , algumas vezes correspondendo a 95% do peso total

deste(SUTCLIFFE , 1980). Quando o regime de chuvas ,

distribui.�o e/ou quantidade, n�o e suficiente para manter o


6

suprimento adequado de água no solo , essa disponibilidade

deve ser compensada pela técnica d e irriga.�o.

De acordo com HUMBERT(l976) , os rendimentos em cana


e a.úcar s�o mais elevados onde e quando se considera as

reais necessidades de água da planta. Afirma ainda que o

desenvolvimento da cana-de-a�úcar é estimulado por moderadas

quantidades de água no solo e retardado por quantidades

excessivas , isto é, a cana-de-a�úcar deve ser suprida nas

quantidades realmente requeridas por ela e a intervalos

adequados. Com isto, assegura-se uma produ.�o ótima ,

considerando-se , obviamente , que todos os outros fatores

encontram-se otimizados.

Por cita.�o do mesmo autor, estudos realizados no

Havai e confirmados por outros realizados no México , indicam

que o consumo diário de água pela cana-de-a.úcar varia de

7 , 62mm , nos meses quentes e secos do ver�o , a 2, 54mm nos

meses frios e nebulosos do inverno.

Dentro da mesma quest�o e na tentativa de

estabelecer uma ordem de magnitude para o consumo de água

pela planta de cana-de-a.úcar, FAUCONNIER & BASSEREAU(l975),


consideraram que na regi�o tropical esta é de ,
aproximadamente , 1500mm/ano , com quantidades que variam de

100 a 150mm/m@s. Por conseguinte , isto nos conduz a um

consumo de 3 , 3 a 5 , 0 mm/dia.
7

Utilizando um evapotranspirógrafo de nível freático

constante, na regi�o de Araras(S�o Paulo), BARBIERI(1981 )

concluiu que a variedade NA56-79 variou o consumo de água de

0, 5 mm/dia na emergência a 6, 03 mm/dia na fase de pico,

caindo para 2, 8 mm/dia no inicio da matura.�o. A efici@ncia

no consumo de água por esta variedade de cana-de-a.úcar foi

da ordem de 0, 012 kg de cana/litro de água, sendo este

consumo fundamentado na ETm.

SOUZA(s. d. ), discorrendo sobre metodologias para

experimenta��º com l8minas e frequ@ncia de irriga��o, afirma

que o momento d e irrigar a parce la é determinado de forma

mais exata tomando-se amostras do solo e obtendo-se os seus

graus de umidade. Com este procedimento, os tratamentos de

irriga.�o devem ser expressos em i. de umidade disponível

útil.

ROJAS et alii(1977), estudando frequências de

irriga.�o por sulcos e níveis de nitrogênio mineral com a

variedade B4362 na Venezuela, concluíram que houve um maior

número de colmos, ou seja, uma maior produtividade em cana,

com frequ@ncia de 7 dias e nível de N de 300kg/ha. O mesmo

estudo mostrou também que o N promoveu uma maior efici@ncia

no uso da água pela planta e a tend@ncia de que ao aumentar­

se a quantidade de N/ha, aumenta também essa eficiência • .

Com rela��º à qualidad e do caldo há um certo

ceticismo por parte dos pesquisadores com rela��º aos efeitos


8

do N sobre este produto direto e, consequentemente, sobre a

porcentagem de pol na cana. CANO(s.d. ) afirma que este efeito

existe e é negativo, porém em pequena propor.�o. Na realidade

ele é mais que compensado pelo acréscimo na produtividade em

ac;úcar. O mesmo autor divulga resultados de 45 experimentos

desenvolvidos durante um ano úmido(1387mm de chuva) e 38

outros experimentos acompanhados durante um ano seco(977mm de

chuva), com níveis de N iguais a O, 50 e lOOkg/ha. A resposta

da cana-de-ac;úcar ao N n�o diferiu do ano úmido para o seco e

a irrigac;�o artificial reduziu os efeitos depreciativos do N

sobre a sacarose.

CAMBUIM & LIMA(l978) submeteram a variedade CB45-3

a niveis de água no solo correspondentes a 1 00, 75 e 50% da

água disponível total e testemunha n�o irrigada, em

experimento conduzido num Latossolo Vermelho Amarelo

eutrófico, textura argilosa, de Carpina-PE, durante os ciclos

de cana-planta e cana-soca. No tratamento correspondente a

50% da água d�sponivel total, o mais indicado para irríga.�o

da cana na regi�o, houve acréscimos da ordem de 25, 3 e

5, 3t/ha de cana e a�úcar respectivamente, em cana-planta, e

de 26, 5 e 3, 3t/ha, respectivamente para cana e a�úcar, em

cana-soca. As laminas totais de irriga��º aplicadas nestes

ciclos foram de 536mm e 183mm, respectivamente. As

eficiências de uso da água foram

respectivamente de 0, 008 e 0, 023kg de cana/litro de água.


9

Em experimento conduzido num Vertissolo, na regi�o

de Juazeiro-BA, ARAGAO & PEREIRA(l979), submeteram a

variedade CB45-3 a diferentes evapora��es acumuladas do

tanque classe A ( L1=103, L2=184, L3=265 e L4=346mm ), e


diferentes niveis de N ( o, 70, 1 40 e 210 kg de N/ha ) . Os

autores concluiram que, sob aquelas condiç�es, a produç�o da

cultura manteve-se sempre ascendente, tanto em relaç�o à

irrigaç�o quanto ao N, n�o se conseguindo, portanto, níveis

ótimos dos dois fatores de produç�o. A estatistica F mostrou

signific3ncia, ao nivel de 5%, para a intera.�o LxN. Os dados

de produç�o mostraram acréscimos variando de 2,8 a 45,4t de

canalha, para o efeito da _irrigaç�o, e de 22,7 a 44,4t de

canalha, devidos ao N, com signific3ncias de 5 e 1 %,

respectivamente. As eficiências de uso da água foram de

0,009, 0,010, 0,009 e 0,009kg de cana/litro de água aplicada

para os tratamentos Ll a L4, respectivamente.

Em experimento realizado numa área pertencente ao

Prajeto Bebedouro, Petrolina-PE, utilizando o "line source

sprinkler irrigation system " na produç�o de milho, estudou-se

l�minas de irrigaç�o e niveis de N ( O, 100, 200 e 300kg/ha )

, num delineamento em blocos ao acaso com esquema em fatorial

incompleto. Durante a época que precedeu à esta.�o de

crescimento do milho, o cultiv o foi irrigado de maneira

uniforme com o intuito de assegurar que o N residual no solo

fosse reduzido a valores minimos. Provavelmente também por

este motivo, os niveis NO e Nl ( O e 100kg de N/ha,


10

respectivamente ) , mostraram-se insuficientes. Houve sintomas

de defici@ncia de N ao longo de toda a esta.�o de crescimento

do milho.

De acordo com ISOBE(1 96 8 ), a efici@ncia de uso da

água pela planta é a rela.�o entre a produ.�o da cultura e a

quantidade de água aplicada. Assim, relacionando resultados

experimentais de produ.�o vs água aplicada, verificou que

altas eficiências de uso da água n�o s�o desejáveis, pois se

encontram relacionadas com nivei s de produ.�o nos quais o

ganho econômico n�o é máximo.

Em vista disto, existe um grande interesse em

estudar os efeitos da fertiliza��o, principalmente com N,

sobre a rela��º água vs produ��o, em virtude de saber-se que

o fertilizante eleva a eficiência de uso da água, mesmo

considerando-se a água total aplicada ao invés da

evapotranspíra.�o.

FARIA et alii(19 83) estudou a influência de niveis

e fontes de N sobre o rendimento da variedade RB70 194, sob

irriga��o, na regi�o de Juaze iro-BA, em solo argiloso

pesado(Vertissolo). Os autores concluiram que n�o houve

efeito significativo das fontes de N estudadas sobre a

produtividade, quer com 100% de uma das fontes, quer com 50%

de uma e 50% da outra. Foi estimada uma dose econemica de

213kg de N/ha, n�o computando-se os pre.os do frete e da

aplica.�o.
11

ORLANDO Fo. et alii(1 980) estudaram a influ@ncia da

irrigaç�o sobre a adubaç�o NPK com a variedade CB41-76,

irrigada por aspers�o. Nos primeiros 4 meses, quando a

cultura se e ncontrava com o sistema radicular ainda em

formaçlo, procedeu-se as irriga.ees assim que 35% da água

disponível total tivesse sido consumida, utilizando-se para o

cálculo da 13mina de água a aplicar uma profundidade efetiva

das raíz es igual a 30cm e efici@ncia de aplicaç�o de água

entre 70 e 80%. A partir do 5o. m@s e até 60 dias antes do

corte, as irrigaçees foram efetuadas quando 60% da água

disponível total tivesse sido consumida(umidade de 25, 5%, com

base em peso seco) e conside rando-se uma profundidade

efetiva das raízes de 40cm.

Os autores concluíram que n�o houve resposta do N

no solo usado(LE) apesar da irrigaç�o, apresentando porém

menores teores em açúcares redutores, atrasando a maturaç�o

da variedade.

Com o propósito de estudar o efeito da limina de

irriga��o, conteúdo de água no solo, aduba��º nitrogenada e

da intera.�o desses fatores com a produ.�o de gr�os de milho,

irrigado com a técnica do "line source sprinkler irrigation

system", SILVA et alii(19 81) conduziram experimento na regi�o

de Petrolina-PE, num Oxisol unidade 37BB. Os autores chegaram

à conclus�o de que n�o houve significancia para a interaç�o

LxN, n�o apresentando justificativa para o fenõmeno.


12

De acordo com a FA0(1984) , o teor de água no solo

afeta a disponibilidade de todos os nutrientes. O N, por

exemplo, é a fetado de várias man eiras. Em periodos secos

ocorre pouca acumula.�o de N; quando retornam as chuvas, pode

haver um fluxo de mineraliza.�o bastante considerável,

provendo a planta de N e outros nutrientes essenciais ao

crescimento.

O uso da ir.riga.�o pode e vitar tais flutua��es na

atividade biológica do solo durante o crescimento da cultura,

aumentando o suprimento de N oriundo de fonte s org3nicas,

muito embora esse acréscimo raramente seja suficiente para

compensar a demanda adicional resultante do maior crescimento

e produ.�o da planta.

Portanto, há uma grande complexidade na rela��º

entre a água no so lo e a entrada e uso dos nutrientes pelo

vegetal. Isto se deve a que o estado da água no solo e as

mudan�as em suas condi�ees terem muita influência sobre a

disponibilidade e perda de nutrientes e sobre o meio e a

extens�o pelos quais as plantas os absorvem e os usam.

o estado e o manejo da água no solo pode

influenciar as perdas em nutrientes pelo sistema solo-planta.

A chuva ou irriga.�o excessiva, por exemplo, resultando na

passagem da água pelo perfil do solo, conduz nutrientes

solúveis, principalmente nitratos, sulfatos e boro para

camadas mais profundas, efetivamente inascessiveis às raizes.


13

( FAO, 1984) •

O uso eficiente do nutriente, após sua entrada na

planta, depende de uma satisfatória continuidade do

suprimento de água. Se n�o há água disponivel em quantidade

suficiente, o transporte deste para o interior da planta pode

ser restringido e seu uso para as atividades metabólicas e

produ��o de biomassa será também limitado.

2.2. Fundamentos para as análises estatísticas

A metodologia do "line-scurce sprinkler irrigation

system ", introduzida por HANKS et alii em 1 976, destina-se a

viabilizar a obten��o de dados quantitativos para fins de

aliada ou n�o a

outros fatores - fertilizantes e variedades , principalmente.

O fato da ado.�o desta metodologia incorrer em

limita.�o da análise estatistica para efeitos de tratamentos,

em virtude dos niveis de água n�o poderem ser devidamente

casualizados (as características do sistema de aplica.�o de

água impbem uma varia��º sequencial desses niveis) , n�o

impede a adequada interpreta.�o dos resultados. Os efeitos da

irriga��º sobre a produ��o normalmente garantem evidências

suficientes para impedir que as análises estatísticas se

tornem criticas. Além disto, qualquer outro fator de


14

produç;�o, disposto perpendicularmente ao sentido de

variaç;�o dos niveis de água de irrigaç;�o, bem como sua

intera.�o com estes, podem ser analizados dentro de todo

rigor estatistico (HA NKS et alii, 1980; SCALOPPI, 1983).

De uma forma caracteristica, o delineamento de

"variável " c:ontinua ("Continuous Variable Design "), descrito

por FOX ( 1973) e ampliado por H A NKS et alii ( 1976) para

estudos de resposta das c:ulturas à água, estabelece que os

niveis para ambos os fatores sejam dispostos em faixas,

perpendiculares entre si, e que o segundo fator se encontre

casualizado dentro de cada repetiç;�o. Estas condi�ees se

identificam claramente com o delineamento em blocos ao acaso

em que os tratamentos se encontram dispostos em faixas

("strip-block" ou "split-block "), HANKS et alii (1980).

Este tipo de metodologia, inerente à irrigaç;�o por

aspersilo, tem sido adotado por vários pesquisadores em

condiç;�es variadas: HANKS, 1974; BAUDER et alii, 1975; SILVA

et alii, 1978; MIL LER & HANG, 1 980; SILVA et alii, 1981 ;

FARIA, 1981; BRESLER et alii, 1982; ARAGON & DATA, 1982;

JOHNSON et alii, 1982; LAUER, 1983; AZEVEDO, 1984;

FRIZONE, 1986.

LOUSADA & COUTO ( 1983) afirmam que, em passado

recente, os pesquisadores, comumente, empregavam métodos de

análises estatísticas que nào consideravam o conceito de

curva de resposta, o que permitia apenas uma análise


15

qualitativa dos efeitos dos tratamentos sobre a variável

dependente. Este fato limitava bastante a interpreta.�o e

indica.�o técnica dos resultados experimentais.

De acordo com GOMES & CONAGIN ( 1987) , nos

experimentos agrícolas onde os niveis dos fatores estudados

s�o quantitativos, a interpreta��º dos resultados é melhor

expressa quando feita através de uma curva de resposta da

produ.�o (variável dependente) ao fator (variável

independente) considerado.

Estes mesmos autores afirmam também que, dentre as

fun.�es de resposta existentes, as mais comumente usadas para

aquele fim s�o as expressas por polinômios do tipo:

k
Y = a + a X + a X +• • • • • • •+ a X ,
o 1 2 k

tendo-se como o mais importante o d o segundo grau:

2
Y = a + a X + a X.
O 1 2

Os referidos autores justificam a importância deste

polinômio, afirmando o seguinte:

"A sele.�o do polinômio mais adequado comumente é


2 2
feita através do coeficiente de determina��º ( r ou R

conforme haja uma ou mais variável independente. A


16

prefer@ncia é dada à fun��o que apresentar o maior valor para

este coeficiente, embora esta regra seja falha. O mais

importante n�o é o coeficiente de determina.�o, mas sim as

propriedades matemáticas da fun.�o. Em vista disto, os

polinOmios do terceiro e quarto graus raramente s�o

selecionados ; suas propriedades matemáticas nilo s�o adequadas

para representar o comportamento dos dados de

agricola em resposta a niveis de água e/ou de nitrog@nio

mineral, por exemplo " .

BOX (1 954) aborda a questilo na qual o pesquisador

se encontra interessado em elucidar aspectos de uma fun. �o do

tipo

y = f(x , )( , • • • • • • • • • • • • , >< ) ,
1 k

relacionando uma resposta, Y, como a produ.�o por exemplo,

com os niveis x , x , • • • • x de um grupo de k fatores.


1 2 k

Uma fun��o deste tipo é conhecida como " superfic:ie

de resposta ", a qual, de acordo com LOUSADA & COUTO (1983), é

usada onde e quando um grande número de fatores influencia

uma caracteristic:a do sistema denominada resposta e

representada de forma continua e separada entre a variável

dependente e a independente.

Estes mesmos autores afirmam ainda que o estudo da

"superfí cie de resposta " tem se tornado de grande import&ncia


17

na área de Ciências Agrárias, em virtude de permitir análise

quantitativa dos fator es sobre a resposta.

Ainda de acordo com GOMES & CONAG IN (198 7), ao se

constatar a signific8ncia do Teste F para a interac. �o entre

os f atores estudados, as respostas de um fator em relac. �o ao

outro s�o dependentes e, o níve l ótimo de

um fator de pende do nível do outro e vice-versa.

Dentre as solu��es possiveis para esta quest�o,

afirmam os autores, está o ajuste de uma "superficie de

resposta" com duas variáveis independentes que estude

simultaneamente os dois fatores.

Há na literatura pertinente vários modelos de

equac. 2)es de " superficie de resposta". Contudo, em

experimentos agrícolas, a equac. �o mais adequada e usual é

aquela expressa pelo polinômio do segundo grau a duas

variáveis (CAMPOS, 1967; NETER & WASSERMAN, 1974; LOUSADA &

COUTO, ! 983; GOMES & CONAGIN, 1987 ):

2 2
Y = a + a X + a X + a X + a X + a a X X
o 1 1 2 2 11 1 22 2 1 2 1 2

No entanto, sabe-se da estatística experimental

que, quando a intera.�o entre os fatores for n�o-

significativa, isto implica que os fatores s�o independentes

( a varia . �o de um n�o influi no comportamento do outro ), e ,


18

neste caso, estabelece-se curvas de resposta para cada fator

isoladamente, ao invés de superf i cies de resposta.


3. MATERIAL E METODOS

3.1. Localiza.�o e carac terísticas da área experimental

o experimento foi conduzido na sede da

Coordenadoria Regional Nordeste do PLANALSUCAR, durante o

periodo de 10/09/1981 a 18/10/1 9 8 3. A área situa-se n o


o ' ' '
Munic:ipio de Rio Largo, Estad o de Alagoas, a 09 27 SO
o ' ,'
Sul, 3S 27 40 a Oeste de Greenwich e a 127m de

altitude.

As figuras 1 e 2 mostram a varia.�o anual dos

principais elementos do clima local, com totais e médias

mensais de uma série de 16 anos.

Em resumo apresentado por MELO ( 1984) sobre o clima

da área, este foi caracte rizado como quente, com

temperaturas elevadas e baixas a m plitudes térmicas médias

anuais; as amplitudes térmicas diárias, entretanto, SilO


o
expressivas, chegando a alcan. ar 20 C. Os meses mais frios

s�o julho e agosto, final do período chuvoso, e os mais

quentes dezembro, janeiro e fevereiro. Os totais anuais de

chuva s�o elevados, em média 1906mm, sendo mal distribuidos


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Figura 1 - 'Ibtais mensais de chuva e evaporação para a área experimental . Médias de 1 6 anos .
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Figura 2 - Médias mensais de velocidade do vento, umidade relativa e tanperatura do ar para a


N
área experimental . Médias de 1 6 aros .
....
22

ao longo do ano. Em m@dia ocorrem 2 1 3 dias com chuva , concen­

trados nos meses de maio, junho e julho, quando caem 477. do

total anual. Os meses mais secos s�o novembro, dezembro,

janeiro e fevereiro.

As caracteristicas fisicas e quimicas do solo local

encontram-se nos quadros 1 e 2. Este é classificado como

Latossolo Vermelho Amarelo, distrófico, textura franco

a r gilo arenosa ( BARRERA, 1 978 ) •

A distribui� �º das partíc ulas em classes de mesmo

tamanho foi feita utilizando-se o método da pipeta e a massa

especi fica a parente pela obten��o d a mass a seca , em estufa,

de uma amostra d e terra de volume conhecido. A figura 3

mostra a curva de reten��o de água pelo solo, cujos dados

foram obtidos utilizando-se a c3mara de press�o e

membrana de Richards, com amos tras deformadas.

3.2. Variedade e práticas culturais

Para dar suporte à pesquisa, selecionou-se a

variedade RB70 194 lan� ada pela Se� �o de Melhoramento e

Genética da COONE/PLANALSUCAR em 1977.

Em 47 ensaios realiz ados, esta v ariedade produziu,

em media, 13 , 8% mais a�úcar por hectare que a variedade

padr�o CB45-3, além de ter demonstr a do precocidade , ausência


23

de florescimento e PUI (Periodo útil de l ndustrializac;�o)

relatimente curto (SACCHARUM/STAB, 1980) . Os dados

comparativos encontram-se nas figuras 4 e 5 .

Quadro 1 - Resultados da análise g ranulométrica e curva de


1
reten� � o da água pelo solo.

Camada Areia Areia Silte Argila Massa Especifica


( cm } Grossa Fina Aparente
'l. -------------- (g. cm-3)

0-20 32 , 5 21 , 3 16 , B 29 , 4 1 ,35
20-40 31 , 5 18, 3 22 , 5 27 , 7 1 , 47
40-60 48 , 7 17 , 3 2,1 31 ,9 1 , 52

0-60 37 , 6 19 , 0 13 , 8 29 , 7 1 , 45

Graus de umidade(% base p . s . ) em t unc;�o do potenc:i

--------------------------------------------------
al matric:ial ( MPa)
-0, 01 -0, 03 -0 , 3 -0, 6 -1 , s

0-20 19 , 4 17 ,9 12, 8 11,7 11 , 5


20-40 22 , 3 21 , 1 14, 7 13, 2 14 , 8
40-60 22 , 1 20, 8 16, 8 16 , 3 16 , 0

0-60 21 , 3 19, 9 14,8 13 , 7 14 , 1

1 Laboratório de t isica do solo da COONE/PLANALSUCAR

A R B70194 teve sua ac eita� �º assegurada na regi�o

em virtude de seu n �o-t lorescimento, estando, já naquele ano,

a ocupar uma área estimada em 50 .000 hectares.

1
Se� � o de Irriga� �º e Climatologia.
24

Quadro 2 - Resultados d a análise qui mica d o solo.

Profundidade pH em K Al Ca+Mg
( cm) água ---- ppm ----- ----e.mg/1009 -----

30 s, oo 49, 0 4 ,25 0 , 80 1, 10

2 Laboratório de quimica do solo da COONE/ PLANALSUCAR

Os levantamentos de dados básicos foram iniciados 4

meses antes do plantio da área, com a coleta de amostras do

solo para caracteriza��º física e química, verificando a

necessidade ou n�o de corre��o.

As amostras para fins d e avalia.�o das necessidades

nutricionais e cálculos de aduba��o, foram realizadas cerca

de 20 dias antes do plantio. Todas essas amostragens,

recomenda��º para aduba��º e corre.�o, foram planej adas e

executadas com assessoria dos técnicos da Se��o de Solos e

aduba.�o da COONE/PLANALSUCAR .

O preparo do solo para sulcameto e plantio foi

feito da forma convencional, mais difundida na regi�o, ou

seja, duas ara�ees cruzadas para destruí��º e incorpora��º ao

solo dos restos vegetais, seguidas de duas gradagens pesadas

e duas leves, também cruz adas, para desterroamento e

Se��o de Solos e Aduba��o.


26

regulariza.�o do micro-relevo, alguns dias após as ara�ees. O

sulcamente foi realizado com espa.amento de 1, 40 m. As

"sementes " (partes vegetativas do caule) foram tratadas com

Benlate e Aldrin 4 00 PM, contra pragas do solo, e

distribuídas nos sulcos em "rebo les" de 3 a 4 gemas, de

maneira a se obter 15 a 20 gemas por metro linear.

Imediatamente após a semeadura, em 10/09/1981,

procedeu-se a aduba.�o do solo, de acordo com o estabelecido

pelos resultados da análise quí mica das amostras dele

retiradas e recomenda�bes quanto ao parcelamento e fontes de

nutrientes. Em fun.�o disto, aplicou-se em funda.�o, 50% de

N, 1 00'1/. de P, 50% de K, 1 00% de Cu e 1 00% de Zn; em

cobertura, 90 aias após, aplicou-se os percentuais restantes


3
de N e K.

Tr@s dias após o plantio, aplicou-se ao solo um

herbicida pré-emergente da invasora, Ametrim 8 0 PM, à base de

2, 8kg do PC por ha, como controle químico inicial. Esse

controle foi e f etivo durante os primeiros 90 dias,

havendo necessidade de se efetuar um controle

manual( "capina ") até o "fe chamento " da cana

( " sombreamento ") , para manter a matocompeti��o a níveis

baix os. O controle de pragas, doen�as e pequenos roedores da

Se� �o de So l os e Aduba��o .
27

...
1 7


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I Cl ,:; de Cio Cone ( miees )

Figura 4 - Curva de maturação da variedade RB701 94 .

, 5. 0 r

1'18 70194

1 4. 5 t-
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1
1•.o l

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ca 45.3
1 3. 0

+ 9.e •.- + 13,4 •.

Figura 5 ProduçÕes médias de acúcar aparente por hectare (TPH) ,


obtidas en 47 colheitas de ensaios conduzidos nos Es­
tados de Paraíba , Pernambuco , Alagoas e Bahia .
28

cultura, foi efetuado de acordo com as necessidades impostas


4
pelo cultivo.

Durante o segundo ciclo vegetativo da cultura (

ciclo de cana-soca ) , foram desenvolvidas as mesmas

atividades, tendo-se algumas varia.ees em fun.io das

particularidades relativas à cana-soca.

3 . 3. Sistema de aplica��º de água

Foi utilizado um sistema de aspers�o totalmente

fixo, com uma disposi.�o particular, em fun��o dos objetivos

da pesquisa. Esse sistema de irriga.ia é conhecido como

"line-source sprink.ler irrigation" e foi apresentado por

HANKS et alii ( 1976 ) , pela primeira vez; dispee no campo uma

única linha de aspersores, passando pelo centro da área

experimental e perpendicular ao gradiente de liminas de água

do j ato do aspersor. Estes, por sua vez, encontram-se

espa.ados de 1 0 a 20i. do diimetro molhado. O croqui com o

" lay-out " do sistema encontra-se na figura 6.

A fonte de água foi o a.úde da Coordenadoria

Regional Nordeste do PLANALSUCAR, onde foi feita uma

deriva��º na adutora do sistema de irriga.�o ali existente.

se.ees de Fisiologia e Matologia e de Entomologia .


29

Com a finalidade de minimizar as di f eren.as nas

presse:ies de servi�o entre os aspersores situados nas

extremidades da linha de aspers�o, projetou-se dois

di�metros � 152, 4 e 101, 6mm ( 6" e 4" ) rl!spectivamente. o


acoplamento dos aspersores à linha de irriga��º foi feito

através de derivac; ê,es em linha de 6 11 xl " e 4 " xl " e válvulas

automáticas de 1 ", as quais foram engatadas à s hastes dos

aspersores, também de l ". A ancorag em dos aspersores e haste

ao terreno foi feita por meio de tripés metálicos, que

possuíam ajuste em altura para possibilitar o acompanhamento

da variac;�o do plano que continha o topo da cultura, ao longo

de seu desenvolvimento. Com isto, os jatos dos aspersores

foram mantidos sempre um pouco acima deste plano.

Os aspersores utilizados na pesquisa funcionaram

dentro das especifica.ees apresentadas na tabela 1, retiradas

do catálogo técnico do e quipamento fornecido pelo fabricante.

Tabela 1 - Par3metros de funcionamento do aspersor utilizado.

MODELO* Di8metro do Press�o d e Diametro Vaz�o


bocal(mm) servi.o(MPa) molhado(mm ) ( m3 / h)

TOP-A l " 6, 5 x 7, 5 0, 4 38 6, 8

* Produzido pela KONI Indústri a e Comércio Ltda.

O ajuste da press�o de trabalho desses aspersores,

quando em funcionamento conjunto no experimento, foi feito


30

Asp ersor
• Cole tore, d• Óg uo
A PI uviômetro

Figura 6 - Croqui ã.o "lay-out 11 do sistema no campo e indicação


da estrutura de um bloco experimental .
31

foi feito manipulando-se o grau de abertura de um registro de

gaveta localizado no inicio da linha de irriga��o. Ao mesmo

tempo fazia-se uma verifica��º dessa press�o na saida do

aspersor ( bocal ), com o auxilio de tubos de Pitot.

3. 4. Controle da aplica. �o de água

Es te controle foi feito através do monitoramento do

grau de umidade diária do solo, utilizando-se o método

gravimétrico padr�o (ABNT, s. d. ). Para tanto, o solo era

amostrado diariamente a determinadas profundidades e

dist�ncia da linha de aspersores.

Essas amostras foram tomadas ao longo das

entrelinhas distantes 2, 8m da linha de aspersores, em duas

repeti�ees à profundidade de 30cm até quatro meses após o

plan tio e de 50cm a partir de ent�o, para cada irriga��o.

Essa faixa de amostragem correspondia ao tratamento L4, mesmo

critério adotado por SILVA et alii (1978 e 1981 ). Em cana-

soca, todas as amostras foram obtidas a 50 cm de

profundidade.

Para o cálculo da l�mina de água a ser reposta,

usou-se a seguinte fórmula :

L = 0, 1. ( ui.(cc)-u¼(pc ) J. Ms. H/Ei


32

onde,

L = limina de irriga.�o , mm ;

u'l.cc = grau de umidade , base em peso seco, à capa


cidade de campo ( quadro 1 );

u'l.pc = grau de umidade , base em peso seco, no pen


to de controle;

Ms = massa específica do solo, g/cm (quadro 1);

H = profundidade efeitiva das raízes, cm ;

Ei = efi ci@ncia de irriga.�o, decimal(= 0, 80).

O grau de umidade no ponto de controle, igual a

19, 5% e correspondendo à energia potencial da água no solo de

-0 , 05MPa , foi definido pela conside ra��º de que se permitiria

uma deple.�o de 50% na água disponível total do solo de

interesse.

A profundidade efetiva do sistema radicular da

cultura foi considerada como sendo de 60cm para ambos os

ciclos vegetativos.

Assim , toda vez que o teor de água no solo

alcan.ava 1 9, S 'l., base em peso seco , procedeu-se a irriga��º

do experimento. Estas, invariavelmente, foram feitas durante

a madrugada do dia seguinte à defini��º da irriga.�o, quando

a intensidade do vento se aproximava do minimo .

Antes de ini ciar-se as irriga.ees com o " line-


33

source sprinkler irrigation system " , efetuou-se uma irriga.�o

dias após o plantio e após o corte, com um sistema de

aspers�o convencional, a fim d e g aran t i r a adequada

germina.�o da cana-planta, bem como a brota.�o da c ana-

soca.

Para verificaç�o da quantidade(altura) de água

aplicada por irriga.�o, instalou-se um pluviômetro em

cada extr emidade da área experimental (figura 8 ), em posi.�es

alternadas relativamente à lin ha de aspersores e na

entrelinha correspondente ao tratamento controle (L 4) . Quando

a altura de água nos pluviemetros coincidia com a marca da

escala deste, correspondente ao valor da 1 3mina definida par.a

aquela irriga.�o, fechava-se o registro de passagem da ágwa

para a linha d e irriga.lo. Os pluvi8metros eram de material

transparente, possibilitando a perfeita visualiza.�o do nível

da água em seu interior.

Na figura 7 pode ser observado que foram instalados

em cada parcela experimental, dois coletores de água. Para

cada faixa de 1 3mina de irriga��º definida pela varia��º de

distribui.�o de água ao longo dos jatos dos aspersores,

portanto, dispunha-se de 18 coletores.

Após cada irriga.�o, transportaram-se os volumes de

água em cada coletor para uma proveta, graduada em ml,

calcularam-se a média aritmética entre os dois volumes

coletados, para cada parcela e também uma média aritmética



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, - Pl11v U1111.tro

Figura 7 - Distribuição esquanática dos tratamentos e subtratanentos no campo.


e.,
..
35

para cada faixa de lêmina de irrigac;: �o. Isto foi feito para

cada irrigac;: �o. Assim , no final da época de irrigac;:�o

computaram-se uma altura total de irriga.�o incorporada ao

solo em cada parcela e em cada faixa.

Os coletores de água eram latas de óleo combustível

para motores , de formato cilindrice , e dimens�es de 1 48mm em

a l tura e 98 , 5mm em di&metro. A área , portanto , corresponde


2 2
a 7. 620 , mm , ou 76 , 2 cm • Havia , e ntretanto , para

facilidade de interpreta��º dos dados obtidos , a necessidade

de transformar-se esses volumes de água coletados em alturas

de irrigac;:ilo , isto é , em mm de água , o que foi feito através

da fórmula

1 = lOh/Ac

onde ,

1 = lamina de irrigai;:�o aplicada , mm ;


= volume de água na proveta , cm

Ac = área do coletor , cm

3. 5. Delineamento experimental e análises estati sticas


36

Adotou-se o delineamento estatistico e m blocos ao

acaso, com tratamentos distribuídos em faixas ( "strip-plot "

ou " split-plot" ), repetidos quatro vezes.

Cada parcela experimental, portanto, era

constituída pela combina�ão dos dois fatores de produ.ão

estudados : l ) o fator água, com n í veis LO , Ll , L2 , L3 e

L4, definidos "a posteriori " , à medida que foram

computadas as l�minas totais médias aplicadas em cada f aixa ;

este fator foi considerado como faixa horizontal, paralela à

linha de aspersores; 2) e o fator nitrog@nio mineral , com

níveis NO, Nl , N2 e N3, correspondendo respectivamente a

o, 70, 140 e 210 kg de N por hectare , considerado como

fai"' a vertical ( perpendicu l ar à linha de aspersores). Os

níveis de N, como estabelece a metodologia adotada,

encontram-se casualizados dentro das repeti��es. A figura

7 mostra esta disposi.�o.

Cada uma das parcelas era composta por duas

fileiras de plantas,
com 12m de comprimento, e s pac; adas de
2
1, 4m , perfazendo uma área total d e 3 3, 6m . Considerou-se como
2
área útil da parcela 22 , 4m , correspondendo a 8, 0m centrais

de cada fileira de plantas. A figura 8 mostra em detalhe a

parcela experimental.

O esquema estatístico para a análise de variancia

dos dados do experimento, de acordo com GOMEZ & GOMEZ { 1984),


37

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Y 'f :t 't 't'. J i t l! J '{ '( :( '( t Y :t J '( 'f


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O Cot8'or

Figura 8 - Detalhe da parcela experimental can localização de seus


cacq;x:mentes .

Quadro 3 - Estrutura d a análise d e variânc ia .

Causa de var ia9io Grau d e l iberd ad e


B l ocos 3

---------�------------------------------ --------------------
Llminas( L )
Residuo( a ) 12

------------------------------------------------------------
N i trog&n i o ( N ) 3
Residuo( b ) e
Interacio( LxN ) 12
---------�-------------��---------�-------------------------
Res iduo( c ) 36

-----------------------------------------
TOTAL
-------------------
79
38

LeCLERG et alii(l962), GOMES(l985) e outros, se encontra no

quadro 3.

Tendo em vista que os niveis dos fatores e m estudo

s�o quantitativos, n�o aplicou-se nenhum método estatístico

de compara.ees múltiplas de médias. Ao invés disto,

estabeleceu-se curvas de resposta da produ.�o a esses

fatores, obviamente nos casos em que o teste F mostrou-se

s i g nificativo.

Assegurada a signific�ncia do teste F na análise de

vari�ncia, adotou-se o modelo de regress�o polinomial, como

fundamentado na revis�o bibliográfica, para se determinar as

fun�ees de resposta.

Todas estas análises foram feitas para cada uma das

variáveis envolvidas na pesquisa, isto é, TCH e TPH em cana-

p l anta e cana-soca.

3. 6. Quantifica.�o das produ.�es de cana e de a �úcar.

As quantidades de cana e de a.úcar produzidas por

unidade de área, por si só, integram a influ@ncia de todos os

fatores ambientais intervenientes, caracterizando, de uma

forma g l oba l , toda a demanda de recursos requerida pe l o

parque sucro-a l coo l eiro.


39

Para obten.�o dessas quantidades foram cortados e

pesados todos os colmos de cana existentes na área útil de

cada parcela experimental, fazendo-se, posteriormente , a

devida convers�o para toneladas de cana(ou de colmos) por

hectare(TCH) .

A quantifica��º da produ��o em a�úcar foi feita

tomando-se, inicialmente, amostras representativas de colmos

de cana para cada faixa de N dentro do bloco ( 1 5 colmos por

amostragem e por faixa de N). Essas amostras eram

imediatamente conduzidas ao l aboratório de análises

indus triais para determina.�o dos teores de po l 'l. cana ,

pureza% cana e fibra% cana. A produ.�o em a�úcar por hectare

(TPH) , foi obtida multiplicando-se a produ�1o de cana em cada

parcela pela correspondente porcentagem de pol na cana.

Durante o ciclo de cana-planta foram realizadas 6

amostragens , mensalmente a partir do oitavo m@s de idade; na

cana-soca foram feitas quatro, também a partir do oitavo m@s


5
de idade . Salienta-se que os resultados de TPH foram

obtidos com base nas análises industriais das amostras

coletadas no m@s da colhe ita do experimento.

As colheitas foram efetuadas em outubro de 1 982

para a cana-planta , quando completou 1 3 meses de idade , e em

Se��o Industrial da COONE / PLANALSUCAR.


40

outubro de 1983 para a cana-soca, com 12 meses de idade.

Ambas as colheitas foram definidas considerando-se as

respectivas curvas de matura.�o da variedade nos dois ciclos.


4. RESULTADOS E D I SCUSSAO

A proposi��o inicial foi c onduzir um experimento

com 6 l�minas de irriga.�o e 4 niveis de nitrogênio mineral ,

repetidos 4 vezes . Como a l&mina de irriga.�o L4 proporcionou

resultados inc ompativeis c om o universo dos dados c oletados,

tal 1 3mina n�o foi c onsiderada nas análises estatisticas.

4. 1. Desempe n ho do sistema de aplica.�o de água.

As figuras 9 e 10 expeem os modelos de

distribui.lo de água devidos à sobreposi��o dos j atos dos

aspersores utilizados no experimento. Estes modelos f oram

elaborados plotando-se as l&minas totais médias aplicadas em

c ada f aixa de irriga.�o versus a dist&nc ia a part i r do

aspersor.

As dist&n cias a partir do aspersor, correspondendo

às posi� ees dos c oletores de água, s�o valores múltiplos do


42

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Figura 9 - l-b:ielo de distribuição de água devido à sobreposição dos


jatos dos aspersores ; ciclo de cana-planta.
43

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C• 1
11,2 14.0 18,1

Figura 1 0 - l-tldelo de distribuição de água devido à sobreposição dos


jatos dos aspersores ; ciclo de cana-soca .
44

espa. amento entre fileiras de cana-de-a�úcar.

E evidente em ambos os modelos o formato triangular

de distribuic;�o de água pelo jato dos aspersores, formato

esse exigido como premissa básica para experimentac;�o com o

" line source sprinkler irrigation system ", de acordo com

HANKS et ali i( 1976 ) e WILLARDSON et alii(1987) . Veri fica-

se, entretanto , que houve um deslocamento de maiores

alturas de água para o lado Oeste do experimen to. Isto se

deveu à direc;�o predominante dos ventos na área, embora

com baixa intensidade, uma vez que, prevendo evitar e stas

discrep&ncias, planejaram-se e executaram-se as irrigac;ees

durante o período noturno.

Os efeitos do vento foram mais acentuados no modelo

correspondente ao ciclo de cana-soca(figura 1 0 ) , em virtude

de ter sido necessário aplicar-se maiores alturas de

água, imp l icando, consequentemente, num maior número de

irrigac;ees e obrigando que o funcionamento dos aspersores

fosse feito durante um maior periodo de tempo. Verifica­

se também que ocorreram desvios entre as l&minas

aplicadas, e que estes desvios s e acentuam a medida que a

faixa se aproxima da linha de aspersores.

Obtendo-se as médias das alturas de água

precipitadas em cada lado do experimento, considerando

faixas de irrigac;�o correspondentemente opostas duas a duas ,

foram obtidos os va l ores de l�minas totais médias de


45

irriga��º aplicadas, em fun��o das dist&ncias a partir da

linha de aspers�o, conforme quadro 4.

Quadro 4 Liminas de irrig••�º totais médias aplicadas em

fun.�o das distincias a partir da linha de

aspersores; ciclos de cana-planta e c ana-soca.

Dist&nc ia a partir L�mina de irriga��o ( mm )


da linha de aspers�o
(m) cana-plan.ta cana-soca

16, 8 (LO) 20, 3 1 7, 1


1 4, 0 (L1) 67, 9 1 1 1, 4
11, 2 (L2) 165, 2 338, 0
8, 4 (L3) 312, 3 662, 8
5, 6 (L4) * 525, 5 * 969 , 6 *
2, 8 (L S) 642, 2 1 - 2�8, 3

* Tratamento exlui do das anàlises estatí sticas .

A diferen�a nas pressbes de opera� �º entre os

aspersores dos extremos da linha variou de 0, 38 a 0, 42 MPa,

de uma irriga.�o para outra . Este desvio corresponde a +

5, 267., relativamente à press�o de opera��º do asper�or, que

foi de 0, 4 MPa .

4. 2. Manejo da irr iga��o.

4. 2. 1. Comportamento dos e lementos do clima.

As figuras 11, 12 e 13 mostram o desempenho de

alguns elementos do clima do local onde se desenvolveu o


46

experimento. Os dados foram obtidos do posto

agrometeorológico da COONE/PLANALSUCAR, distando cerca de

500m da área experimental.

A intensidade do vento (figura 11) a presenta a

tendência natural de se manter e l evada durante o período de

chuvas escassas meses de setembro a fevereiro

restringindo a possibilidade de mane j o racional dos sistemas

de irriga��º por aspers�o. Nos meses de abril a agosto

ocorreram intensidades reduzidas , coincidindo com a esta��º

de chuvas frequentes, de bai xas intensidades e altas

dura��es, período em que n�o se faz irriga��o.

Com rela��º ao período da pesquisa < setembro de

1981 a outubro de 1983 ) , houve um acréscimo geral na

intensidade dos ventos predominantes, apresentando uma maior

irregularidade durante o ciclo de c ana-soca.

Na figura 12, contendo os dados de temperatura e

umidade relativa do ar, ob2erva-se claramente uma conson�ncia

desses dois elementos ao longo do tempo considerado. Nos

períodos de baixas temperaturas a umidade do ar torna-se

elevada, em virtude de haver possibilidade de uma maior

quantidade de vapor de água na baixa atmosfera. Com isto, o

período de altas temperaturas alia-se, correspondentemente,

ao de baixas umidades relativas do ar, provocando um efeito

cumulativo no sentido de elevar a demanda atmosférica em

umidade .
10


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Figura 1 1 - Intensidade média mensal do vento, a 4 metros ; ciclos de cana-planta e cana-soca .


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Figura 1 2 - Médias mensais de tanperatura e de umidade relativa do ar ; ciclos de cana-planta


e de cana-soca . ...a»
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Figura 1 3 - Evaporação média lllE'!nsal do tanque classe "A" para a cana-planta e a cana-soca .

(1)
..
50

O suprimento desta demanda é feito, principalmente,

pela transpirac;:�o das p lantas, pela ascenc;:�o da água a part i r

do solo onde s e encontra armazenada. Essa elevada demanda

atmosférica em umidade coincide com a estac;:�o de chuvas

escassas, minimizando o volume d e água no solo disponivel

para as p l antas e tornando a irrigac;:�o muito necessária.

Um dos efeitos diretos e imediatos da a��o conjunta

da temperatura e da umidade relativ a do ar , está expresso na

figura 13 ( índices d e e vaporac;:�o a partir do tanque classe

A) • Pode-se depreender que os desvios nas alturas de

irrigac;: �o entre faixas correspondentemente opostas(figuras 09

e 10 ) , se dev eu ao comportamento irregular da intensidade do

vento ( figura 11), principalmente durante o ciclo de cana-

soca. Isto comprova que a regi�o, caracteristicamente

dominada por ventos relativamente intensos regi�o de

"tabuleiros " costeiros ) , dificulta a irrigac;: ilo por aspers�o,

na medida em que provoca má distribuic;: i!o de água pelos

aspersores. Este fato se torna ainda mais significativo ao se

considerar que as irriga.ees foram executadas durante o

periodo noturno e com aspersores de tamanho médio.

Portanto, a utilizac;: il o de aspersores gigantes,

como acontece, de uma forma exclusiva, nos cultivas com cana-

de-a- ucar na regi�o canavieira de A lagoas, se torna bastante

prejudicial . Salienta-se ainda que, invariavelmente, estes

aspersores funcionam durante o peri do diurno, acentuando

ainda mais a má distribuic;: �o de água. Como consequ@ncia,


51

advém as aberrantes diferencia�ees d e produtividade dentro de

um mesmo ambiente, determinando sensíveis diminui�ees na

rela.�o benefi cio/custo dos projetos.

Nas figuras 1 4 e 15 constam as alturas de chuva e

de irriga.�o para cana-planta e cana-soca, respectivamente.

As chuvas f oram computadas como totais dos últimos 5 dias e

as irriga�ôes como valores moment�neos.

Comparando-se as duas figuras, numa vis�o ger al

nota-se claramente a acentuada diferen.a entre os regimes de

chuvas ocorrentes nos dois ciclos da cultura. Esta

diferencia.�o de ano para ano é comum na regi�o, tanto no

aspecto de caracteriza��º do clima regional, quanto no que se

refere ao elemento chuva, por si só, (MELO, 1 984).

No quadro 5 apresenta-se uma compara��º de chuvas

mensais e anuais entre a normal para a regi�o e os

totais ocorridos nos ciclos d e cana-pl�nta e cana-soca.

!ntenta-se com isto mostrar a magnitude das diferen�as

entre os val ores mensais e anuais, uma vez que,

certamente, tiveram grande influência nos resultados da

pesquisa , principalmente com rela.�o ao fator nitrog@nio

mineral e à intera��º LxN.

Essas magnitudes de chuva devem ter provocado uma

max i miz a.�o da velocidade do fluxo vertical da água no solo .

Este fluxo deve ter tido propor.ees suficientes para lixiviar


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Figura 1 4 - Distribuição de chuvas (periodos de 5 dias) e alturas de irrigação ; ciclo de


cana-planta . u,
N
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Figura 1 5 - Distribu.i'çio de chuvas (períodos de cinoo dias) e alturas de irrigação ; ciclo de


cana-soca .
u,
l,.J
54

gran de parte do nitrog@n io aplicado , sen � o todo o nitrog@nio

aplicado . Isto prejudicou sensivelmente a produtividade da

cultura de uma forma geral, como também deve ter interferido

negativamente n os efeitos da intera.� o LxN sobre essa

produtividade. Estes efeitos foram mais evidenciados pelos

resultados obtidos para a cana-planta , quando se verificaram

chuvas intensas de alturas bastant e elevadas(figura 14 ) .

No in i cio do desenvolvimento da cana-planta,

primeiros 3 meses do ciclo, n�o houve n ecessidade de

irrigac; �o , o que foi previsto. Durante este p eríodo, os "re-

Quadro 5 Comparativo mensal e anual de chuva na á rea

e x perimental .

M@s Média para Periodo experimental


a regiilo
1981 1 9 82 1983

JAN 62, 8 58, 1 20, 7


FEV 100 , 4 226 , 3 71 ,5
MAR 170, 9 67, 4 335, 0
ABR 252 , 1 750, 8 97, 8
MA I O 308, 7 391 , 2 149, 8
JUN 290, 6 218 , 6 157, 5
JUL 267, 1 195 , 7 168, 3
AGO 1 58, 6 15 1 , 8 108, 5
SET 122 , 1 49 , 1 199 , 6 23, 1
OUT 77, 3 15, 3 9, 7 69, 1
NOV 42, 5 36 , 8 4, 7
DE Z 53, 2 176 , 9 33, 9

-------------------------------------
TOTAL 1 . 906 , 3 1. 312 , 7
-----------------------
2 . 307, 8 1.219, l
55

bolos " (partes vegetativas do caule utilizadas como órg�os

multiplicadores), iniciam a emiss� o das radicelas, as quais

d�o origem às raíz es definitivas. Todo o suprimento nutritivo

e em umidade para esse desenvolvimento inicial s�o fornecidos

pelas reservas desses "reboles ". Esses primórdios radiculares

n�o s ã o aptos a transportar a solu��o do solo para o interior

do vegetal suprindo suas necessidades, mesmo porque, na

realidade, ele ainda inexiste como indivi duo superior

plenamente ativo. Consequentemente, não há necessidade de que

o solo armazene água a altos potenciais, preterindo-se ,

portanto, a aplica�âo de água de irriga�âo nesse periodo .

A quase totalidade da água que passa do " continuum "

solo-planta para a atmosfera , a partir do campo cultivado, se

efetua pela transpira.� o das plantas. Este processo somente

ocorre significativamente quando existe massa foliar

suficiente, possibilitando a intercep.�o e o aproveitamento

da luz solar pelo vegetal e , com isto, a ativa�� º de todo o

seu m etabolismo. Os 3 primeiros meses de desenvolvimento da

cana-planta n�o se constitui em tempo suficiente para que

esta apresente uma superfície foliar tal que venha a

contribuir com demanda e vapotranspirométrica tâo

signif i cativa, que a irriga�âo passe a ser necessária.

Do 4o . ao 80. m@s do ciclo, apesar de ter ocorrido

al gumas chuvas consider áveis , houve grande necessidade de


56

irrigac; il o . Nesse período a planta já se encontrava em pleno

desenvolvimento vegetativo, com o sistema radicular

amplamente difundido no solo, requerendo assi m significativas

quantidades de água prontamente disponi veis(a elevados

potenciais) no perfil do solo . Por outro lado, e contribuindo

para elevar ainda mais a necessidade d e água no solo a altos

potenciais, a taxa de demanda de umidade da atmosfera no

perí odo ai nda se encontrava elevada , o que pode ser

confirmado pelos dados expostos nas figuras 1 1 , 12 e 13 .

A planta, para mante r seu ritmo normal de

desenvolvimento, necessita compensar a demanda atmosférica em

umidade . Esta umidade somente pode ser buscada no perfil do

solo, onde pode ser armazenada e s e encontrar com energia

potencial suficiente para passar, através da planta, para a

atmosfera. Como a quantidade de água retida pelas partículas

do solo nil o foi suficiente para s uprir àquela demanda ( en

centrava-se a baixa energia potencial ) , as irrigai. ê:les se

fizeram necessárias com uma certa frequ@ncia.

Nos meses de dezembro a fevereiro, principalmente

neste último, ocorreram considerá veis alturas de chuva.

Entretanto, como o solo local é de textura média a

leve ( quadro 1) , estas alturas tiveram importancia muito

relativ a, pois, como se sabe, este tipo de solo possui

baixa capacidade de retenc;�o de água e , por isto, requer

chuvas frequentes e de baixas intensidades. As perdas por


57

percola��o profunda s�o elevadas neste tipo de solo.

Desta forma, as caracteristicas das chuvas nesses meses

contribuíram t�o somente para reduzir as alturas das

irriga.ees ministradas, como pode ser verificado na

figura 1 4 ( cana-planta ) , e para promover uma lixivia��o do

nitrogênio aplicado poucos dias antes ( 90 dias após o

p l antio ) , prejudicando o desenvolvimento da cultura no

aspecto nutriciona l .

Com as chuvas que ocorreram de 20/04 a 15/05/1 982 ,

num total aproximado de 943mm, quando a cultura se encontrava

no 9o. m@s de desenvolvimento, acreditamos que todo o

nitrogênio tenha sido extrai do do perfil para profundidades

que n�o poderiam ser alcan.adas pelas raízes das plantas(FAO,

1984). Fundamentando-se nos últimos 16 anos de

informa.ees(figura 1 ), essa concentra.�o de chuvas intensas

n�o é normal para essa regi�o.

A partir desse período, as chuvas passaram a ser

normais, com maior frequência e menor intensidade,

caracterizando a esta.�o chuvosa. De maio a setembro, a

irriga� �º se tornou praticamente desnecessária.

Nos últimos dois meses do ciclo, mesmo com chuvas

escassas, as irriga.�es foram suspensas, obj etivando

for�ar uma maior concentra.�o de a�úcar nos colmos das

plantas. Esta técnica possibilita alcan.ar uma maior

produtividade em a.úcar contribuindo para elevar a rela.�o


58

Benefi cio/custo dos proj etos.

Durante o ciclo de cana-soca, entretanto, o regime

de chuvas se apresentou mais próximo do normal para a regi�o,

embora a magnitude da altura anual de chuva tenha ficado

consideravelmente abaixo do valor norma l (média dos últimos 1 6

anos) .

O período efetivo de i rriga��o, de novembro / 1 982 a

meados de mar�o/1983, quando as chuvas foram bastante

escassas, coincidiu com a fase inicial de desenvolvimento da

socaria, de menor necessidade de água para a planta(menor

transpira.�o), apesar da elevada demanda em umidade por parte

da atmosfera.

4. 2 . 2. Condi��es de umidade do solo.

Os quadros 6 e 7 mostram os dados de umidade do

solo(energia potencial total da água) e l&minas de irriga��º

correspondentes, para os ciclos de cana-planta e de cana-

soca, respectivamente.

As amostras do solo para determina��º do grau de

umidade foram coletadas, quase invariavelmente, entre 07 : 30 e

08 : 00 horas. O s resultados eram o btidos na madrugada do dia

seguinte, de maneira a possibilitar às amostras um tempo

mínimo de perman@ncia na estufa de 18 horas a uma


59

o
temperatura entre 1 0 5 e 110 e.

No momento da obtenç�o do peso seco e cálculo do

grau de umidade das amostras , ap6s o tempo minimo de 18

horas , e tendo-se conhecimento prévio do g rau de umidade no

ponto de controle(1 9 , Si. , base peso seco , correspondente a

-0 , 0 S MPa ) , o irrigante , imediatamente , verificava a

necessidade ou n�o de irrigar o experimento naquele dia.

Constatada a necessidade de irrigai; ilo do

experimento , isto é, quando o valor do g rau de umidade da

amostra era igual ou inferior ao g rau de umidade no ponto de

controle , procedia-se o cálculo da limina a ser aplic�da

naque le dia , fazendo uso da fórmula abaixo:

L = 0 , 1. ( ui.(cc)-u'l.(pc)J . H. Ms/Ei

L = 0 , 1. [ 21 , 8-ui.(pc) ). 60. 1 , 45/0 , 8

L = 1 0 , 875. ( 21 , 8-ui.(pc) ]

Teoricamente , portanto, a l&mina de irriga.�o a ser

aplicada seria sempre igual a 25 , 0 mm em qualquer

oportunidade para a irrigai;�o , variando apenas a frequência

com que seria aplicada. Isto aconteceria em virtude de se ter

estab e l ecido um grau de umidade constante para o ponto de

controle . Os outros componentes da fórmula s�o normalmente

constantes para uma determinada con d i.�o ambiental .


60

Quadro 6 - Umidade do solo e ! �mina de irrigac;�o aplicada; ci

-elo d e cana-planta.

No. de Data Umidade L�mina de irri-


ordem ( 'l. base p. s . ) gac;i&o(mm )

01 1 0 / 10/ 8 1 18, 6 35 , 0 *
02 01 / 12 19 , 1 29 , 0
03 06/ 12 19 , 4 26 , 0
04 10/12 18 , 8 33 , 0
05 1 4 / 12 19 , 1 29 , 0
06 29/ 1 2 18 , 5 36 , 0
07 0 4 / 01 / 82 19 , 1 29 , 0
08 13/01 19 , 5 25 , 0
09 1 8/ 0 1 19 , 7 22 ,5
10 25 / 01 15 , 3 71 ,-0
11 31 /01 19, 0 30, 0
12 1 0/02 19 , 4 26 , 0
13 2 4 / 02 19, 5 25 , 0
14 02 / 03 19 , 5 25 , 0
15 08/03 19 , 1 29 , 0
16 1 4 / 03 17, 4 48 , 0
17 2 0 / 03 18,5 36 , 0
18 25 / 03 18,9 3 1 ,5
19 09/ 04 18, 4 37, 0
20 19/04 19 , 5 25 , 0
21 3 1 / 05 19 , 2 28 , 0
22 1 3 / 07 18,5 36, 0
23 19/ 07 18 , 4 37 , 0

Lâmina tota l aplicada 749, 0

Média 18 , 8 32 , 6

Desvio padr�o 0 ,9 9 , 98

* Lamina de irriga��º aplicada para elevar o solo à u'l.(cc )


e auxiliar a germina� ilo dos "re bolas".
61

Quadro 7 - Umidade do solo e lamina d e i r riga��º aplicada ; ci

-elo de cana-soca .

No. de.o Data Umidade Ljmina de i r ri-


ordem ( i. base p. s. ) ga��o(mm)

01 22/ 10 / 82 18 , 6 35, 0 *
02 08/ 1 1 19 , 5 25, 0
03 14 / 1 1 19 , 2 28, 0
04 18 / 1 1 19 , 2 28, 0
05 22 / 1 1 18 , 1 40 , 0
06 03/ 12 18 , 5 36 , 0
07 08/ 12 19 , 4 26 , 0
08 1 3 / 12 18, 3 38 , 0
09 18 / 12 18 , 6 35, 0
10 1 6 / 12 17 , 1 51, 0
11 0 2 / 0 1 / 83 18 , 5 36 , 0
12 06 / 0 1 17 , 8 43, 5
13 10/ 0 1 19 , 1 29 , 0
14 16/01 18 , 4 37, 0
15 20 / 0 1 18 , 7 34 , 0
16 24/01 19 , 2 28, 0
17 03/ 02 19 , 0 30, 0
18 10 / 02 17,7 45, 0
19 15 / 02 19, 3 27 , 0
20 22 / 02 19 , 2 28, 0
21 2 6 / 02 18 , 6 35, 0
22 02 / 03 19 , 5 25, 0
23 07 / 03 19 , 2 28 , 0
24 14 / 03 19 , 0 30 , 0
25 29/ 03 18, 7 34, 0
26 06 / 04 19 , 4 26, 0
27 22/04 18 , 4 37, 0
28 30 / 05 19 , 3 27 , 0
29 1 9/06 19 , 3 27, 0

L�mina total aplicada 948 , 5

Média 18, 8 33 , 0

Desvio padr�o 0,6 6 , 41

* L�mina de irriga��º aplicada par a elevar o solo à u1/. ( cc) e


auxiliar a brota��º d a "soqueira " .
62

um grau de umidade constante para o ponto de controle. Os

outros componentes da fórmula s�o normalmente constantes par a

uma determinada condi.�o ambiental .

Porém, para que isto pudesse acontecer,

necessitar-se- i a de uma e l evada pre cis�o na determina��º do

grau de umi dade das amostras diariamente, " pr ecisi:l o esta que

n�o se encontra na natureza das coisas " (Bazin, citado por

NEVES, 1 97 9 ) • A consequência disto é uma varia��º na

l�mina de irriga� �º aplicada, em rela.�o à quela l�mina

teórica de 25, 0mm(figuras 1 4, 15 e quadros 6 e 7).

Em fun��o disto, registrou-se uma amplitude de

varia��º do grau de umidade no ponto de controle, da ordem d e

_O , 9 1 'l. , para a cana-planta, e de _O, 60%, para a cana-soca.

Saliente-se que as amostragens foram fe i tas diariamente

durante todo o per íodo de experimenta��º ' exceto nos d i as

seguintes às irriga��es, dias com chuvas consideráveis e pe­

riodos de desnecessidade da irriga�i:lo.

4. 2. 3. Estimativa da Frequência de irriga��º

As figuras 14 e 15 , mostram graficamente a

periodicidade da aplica��º de água para ambos os ciclos da

cultura.

Para efeito de estimativa da frequência de irriga�i:10,


63

tanto em cana-planta quanto em cana-soca, conside raram-se os

pe riodos de maior concentra.�o das i r riga.�es, isto é, foram

excluídas as ir riga.ees e correspondentes periodos de

abrang@ncia ocor r idas no inicio e final dos ciclos de

desenvolvimento da cultur a. Isto foi feito por entende r-se

que essas ir riga.ees n�o se mostraram rep resentativas,

podendo mascarar os resultados caso fossem computadas.

Assim , durante o ciclo de cana-planta, o período de

concentra.�o das ir riga.ees foi de 02/12/1981 a 20/04/1982,

perfazendo um total de 1 39 dias, quando se executaram 19

irriga.ees(figura 1 4) . A frequ@ncia de irriga��o, portanto,

foi de, aproximadamente, 7, 0 dias.

Durante o ciclo de cana-soca, o período de

concentra.�o das irriga.ees foi de 0 8/11 /1982 a 22/04 / 1 983 ,

totalizando 164 dias , sendo executadas 26 irriga.�es(figura

1 5) . Com isto, a frequência de irriga.�o foi de ,

aproximadamente, 6, 0 dias.

Salienta-se, entretanto, que esta análise e

estimativa da t requ@ncia de ir riga��º s�o válidas apenas para

a época de plantio da variedade expe r imental, nas condi.ees

de clima e solo da á r ea do experimento.

4 . 3. Produ� �o de cana ( TCH)


64

4 . 3. 1 . Ciclo de cana-planta

A colheita da cana-planta foi efetuada durante os

dias 1 8 e 19/10/1982, quando a cultura completou 1 3 meses de

desenvolvimento. A defini��º de colher o experimento foi

tomada fundamentando-se na curva de matura��º da variedade

(figura 4) .

A produ��o média de cana, TCH , é apresentada no

quadro 8, em fun.�o, simultaneamente, de níveis de nitrogênio

mineral e !�minas totais de água aplicada.

Quadro 8 - Produ.�o média de cana, TCH, em fun.�o de niveis

de N mineral e l�minas totais de água; ciclo de

cana-planta.

L�minas tota N i veis de N mine ral(k g/ha)


is de água Média
(mm) 70 1 40 21 0

2 . 547, 2 1 1 2, 4 1 09,2 122, 9 1 1 8, l 115, 7

2 . 594, 8 1 1 8, S 118, 0 1 28, 0 130,1 123, 6

2.692, 1 1 19,5 1 24, 4 131, 7 1 27, 1 1 25, 7

2.834, 2 1 23 , 7 1 21, 3 1 2 7, 6 133, 9 126, 6

---------------------------------
3.169, 1 1 1 6, 1 1 24, 1
----------------------------
1 37, 1 132, 7 1 27, 5

------------------------------------------------------------
Média 1 1 8 .0 1 19. 4 1 29. 5 1 28. 4 1 23, 8
-

O quadro 9 mostra os resultados da análise de

vari8ncia, de acordo com o delineamento adotado.


65

Quadro 9 - Resultados da análise de vari�ncia para a

produc;�o d e cana ; ciclo de cana-planta.

Causa de variac;�o G. L. S. Q. Q. M. F

Blocos 3 882 , 49

L;ãminas(L) 35 1 4 6 1 , 36 36 5 , 34 7 , 36 * *

Resi duo ( a ) 12 595 , 66 49 , 64

Nitrog@nio(N) 3 2 1 1 0 , 49 703 , 50 3 , 47 +

Re s i duo(b ) 9 1 82 5 , 38 202 , 82

l nterac;�o LxN 12 527 , 01 4 3 , 92 1 , 09n s

Residuo(c) 36 1 452,86 40, 36

Total 79 8855, 25

Média Geral = 1 23 , 82 t/ha

CV para 13minas = 5, 6 7 %

CV para nitrogênio = 1 1 , 50%

+ Significativo a 10% de erro experimental.

4 .3 . 1 . 1 . Efeito das liminas de irrigac;�o

O teste F mostrou resultado significativo a l 'l. de

probabilidade, determinando que houve diferenc;a entre l�minas

totais de irrigac; ilo, como normalmente acontece em

e xperimentos onde o fator água é variável experimental.

Os resultados da análise de regressilo para este

fator encontram-se no quadro 1 0 .


66

Quadro 10 - Análise de regress�o para o fator água; ciclo de

cana-planta.

Causa de varia.�o G.L. S.Q . Q. M. F

Regress�o linear 1 721, 92 721, 92 1 4, 54 * *

Regress� o quadrática 1 416, 99 416, 99 8, 40*

Desvio da regress�o 2 322, 45 1 6 1 , 22 3, 25ns

-------------------------------------------------------------
Residuo 12 59 5, 66 49, 64

O polinômio que relaciona l�mina de irriga.�o, em

mm, com a produtividade, em t/ha, considerando-se as

caracteristicas matemáticas da fun��o(GOMES & CONAGIN, 1 987) ,

teve a seguinte express�o:

2
Y = 1 1 7 , 33 + 0, 0537L 0, 00005163L ( 1)
2
R = 0, 78

Esta equa��o, como todas as outras do mesmo g@nero

e relacionando LxY, foram determinadas considerando-se

13minas de irriga��º e n�o l&minas totais de água aplicadas.

As diferen�as entre alturas de chuva e de irriga.�o, durante

os ciclos, foram elevadas. Em cana-planta, por exemplo,

choveu 2. 527, 6mm, enquanto que a l3mina média máxima de

irriga��º aplicada foi de 6 4 1 , Smm(faixa mais próxima da linha

de aspers�o ) .
67

A medida que se elevou a quantidade de água

disponivel no perfil do solo para as plantas, a produ� �o

destas aumentou, obedecendo a um modelo quadrático. Com isto,

partiu de um m í nimo em torno de 117, 0t/ha, correspondendo a

uma quantidade de água(chuva+irriga��o) de 2.527, 9mm(quadro

4) a um máximo de 129, 0t/ha, correspondendo a 2.978, 4mm.

Um aspecto bastante relevante expresso pela equa��o

de regress�o, refere-se ao fato de que apenas com o total de

chuva que caiu durante a cana-planta, conduziu a uma produ��o

de 117 , 0 t/ha. O acréscimo devido à irriga��º foi, ent�o, de

12 t/ha, correspondendo a uma limina de irriga��º de 450, 5mm.

Considerando-se que todo esse acréscimo em água no

solo pela irriga�� º foi aproveitado pela cultura, tem-se uma

efici @ncia de uso da água da ordem de 0, 003 kg de cana/ 1 de

água. Comparando-se este resultado com aquele obtido por

CAMBU I M & L IMA (1978), constata-se que esté va l or é muito

baixo, contribuindo para diminuir a rela.�o benefificio/custo

da técnica adotada e inviabilizar economicamente os projetos

de irriga��º naquela reg i �o canavieira.

As estimativas das produ� ees, em t/ha, em fun��o de

l�minas de irriga��o, em mm, pela equa��o ( 1 ) , encontram-se

no quadro 11 a seguir.

A figura 16 mostra a curva de resposta da produ��o

de cana à água.
68

Isto deveu-se, provavelmente, ao baixo potencial

genético da variedade para o cu l tivo irrigado ( n�o se

constitui numa variedade para irriga.�o ) , como também às

elevadas alturas de chuva que caíram durante o ciclo de cana-

planta(figura 1 4), promovendo uma lixívia��º do nitrog@nio e

reduzindo a taxa de crescimento.

Quadro 11 - Produ.bes observadas e estimadas pela equa.�o ( l )

para l�minas totais d e água vs produ.�o d e cana ;

ciclo de cana-planta .

Lâminas tota Produ.�o(t/ha)


is de água
(mm) Observada Estimada

2.547, 2 115, 6 7 118, 39

2. 594, 8 1 23, 65 1 20, 70

2. 692, 1 125, 69 124, 57

2. 834, 2 1 26 , 64 1 28, 28

3. 1 69 , 1 127, 50 1 27, 2 1

R = 0, 78

4. 3. 1 . 2. Efeito dos n i veis de nitrogênio

O resultado da análise de vari�ncia(quadro 9),

mostrou que n�o houve deferen�a entre os tratamentos com

ni veis de N, embora o quadro de medias(quadro 8) tenha

registrado acréscimos próximos de 1 0 t/ha do Nl para o N2 ou


MMM MODULO CRAFICO · SANEST / CIACRI MWM
LAMINA DE IRRICACAO US tCH · CANA-PLANTA
Y = 117.33+8,8537M-8,88885963XA2
x18
1.381 ,--t------+---+----J---....J.

' 1 ' • • • • • • . . .e . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . .
, O
1.263
o
• 1 t t I t f I t 1 , t I t I t f I t 1 / 1 1 1 1 1 f t I t 1 1 1 t 1 1 1 1 1
t
e 1.226
H '
'
• f f • • 1 • • 1 • 1 ' • 1 • ' t ' ' 1 • • • • • • 1 • ' . 1 • • • • • ' • ,, 1 1 ' ' 1 • 1 ' '
1, 188

1. 158 J � t 1 1 .. J 2
8,283 1,447 2 ,691 3 ,934 5 , 178 6,422x18
LAMINA DE IRIICACAO(MM)
Figura 1 6 - Curva de resposta da produção de cana à água; ciclo de cana-planta .
O\
\O
70

N3.

As chuvas intensas que c: airam durante os meses de

abril e maio de 1982(figura 14) , c ertamente, provocaram uma

lixívia��º do N aplicado, induzindo um equilibrio na

concentra«�º desse macronutriente no solo. Com isto, as

di ferem(iaS que normalmente dev e riam ocorrer entre um

tratamento e outro e sua influência sobre a produ.�o de cana,

foram anuladas. Entendemos ent�o que, no momento em que as

plantas necessitaram do N em seu metabolismo, esse nutriente

se encontrava igualmente disponíve l ou ni:lo, conforme tenha

sido parcial ou totalmente retirado do perfil do solo pelas

chuvas referidas.

Os resultados da análise de regress�o, quadro 12,

podem comprovar a ocorr@ncia do nivelamento da c:oncentra.�o

de nitrog@nio devido às chuvas intensas.

Quadro 12 Análise de regress�o para o fator nitrogênio;

ciclo de cana-planta.

Causa de varia��º G. L. S .Q . Q. M. F

Regressi:lo linear 1 169 0 , 65 1690, 6 5 8, 34 *

Regress�o quadrática 1 29, 88 29, 88 O, 15ns

Desvio da regress�o 1 389, 96 389, 96 1, 92ns

----------------------------------------------------
Residuo 1 1 82 5, 37 202, 8 2
---------
A equa��o de regress�o, explicando 80% dos casos,
71

foi a seguinte:

Y = 1 1 7 , 66 + 0 , 0587N (2)
2
R = o , eo

O quadro 13 faz um confronto entre as produc;ees

obtidas em campo e as estimadas pela equac;�o de regress�o,

equa<; âo ( 2 ) , em fun<; âo dos ni veis de N adotados na pesquisa.

Observa-se uma aproximac;âo bastante satisfatória entre as

duas produc; ê!es, o que foi comprovado pela n�o significância

do teste para o desvio da regress�o.

Quadro 13 - Produc; ê!es observadas e estimadas pela equac;�o ( 2 )

para níveis de N vs produc;�o de cana; ciclo de

cana-planta.

Niveis de N Produc;�o(t/ha)
(kg/ha)
Observada Estimada

o 1 18 , 0 1 17 , 7

70 1 19 , 4 121, 8

1 40 129 , 5 1 25 , 9

2 10 128 , 4 130, 0

R = 0 , 80

A figura 17 mostra a curva de resposta da produc;�o


1H MODULO GP.AFICO - SAtmT / CIACRI m
NIUIIS DE H NltDAL US TCH · CANA-PLANTA
Y : 117.66+8,8587X
2
x11
1 . 38& .,.___.,.____,.___...,___..,__.....,
o
f • • • • • • • • ' • • • • • • • • • • • • • • ' t . . . . . . . . . . .
1,272 .. .
'

'e • • 1 • • • • • • ' • • • • • • • • •
.
' • • • • ·, • • • , • • • • • 1 • ' • .. • • • • • • • • •

• '
1.231

1

1
f f I t t 1 . 1 1 f f 1 \ 1 1 1 1 f 1 1 1 ♦ \ 1 f 1 1 1 1 1 1 1 .. 1 t 1 1 t I f 1 1
1.284 � .
1.178 1 1 1 1 J 1 2
1,888 1.428 1,848 1,261 1,688 2,118xll
NJVEJS DE HITROCDIIO NltlRAL(kg/ha)

Figura 1 7 - Curva de resposta da produção de cana ao nitrogênio mineral ; ciclo de cana­


...J
planta .
N
73

de cana-de-a�úcar à varia��º da quantidade de nitrog@nio

mineral por hectare.

O normal e real, seria a ocorrência de um efeito

quadrático, uma vez que a cultura ressente-se, isto é, perde

tanto pelo excesso quanto pela e scassez de

nitrogênio na solu��o. O efeito linear pode ser explicado de

duas f ormas distintas: 1) em virtude, como já discutido, das

fortes chuvas que cai ram nos meses de abril e maio de 1982,

provocando um nivelamento da concentra.�o de N na solu��o do

solo; 2) por o cultivo ser irrigado, pode ter acontecido que

a dose de 210 kg de N/ha n�o tenha sido suficiente para

provocar to xicidade na planta e reduzir a produ��o, ou seja,

a amplitude total do intervalo de doses definidas n �o foi

ampla o suficiente para causar redu.�o da produ.�o pelo

excesso de nitrogênio.

Em face às caracteristica s da fun��o que relaciona

a produ.�o com os níveis de nitrogênio mineral, n�o foi

possíve l estabelecer u m nivel ótim o d e N para a produ��o de

colmos e m cana-planta.

4. 3. 2. Ciclo de cana-soca

A co lheita da cana-soca foi efetuada em 20 e

21/10/83, época em que a cultura completava 12 meses de

idade. Da mesma forma que na cana-planta, definiu-se pela


74

colheita do experimento com base na curva de matura.�o da

variedade.

Os resultados de produ.�o média de cana e das

análises estat i sticas efe tuadas, encontram-se nos quadros 14

e 15, respectivamente.

Quadro 14 - Produ��o média de cana, TCH, em fun��o de ni veis

de N mineral e !&minas totais d e á gua; ciclo de

cana-soca.

Laminas totais Niveis de N mineral(kg/ha)


de água Média
(mm) 70 140 210

1.21 9, 4 78, 9 79 , 4 85 , 2 80 , 6 81, 1

1 . 312, 7 86 , 4 88, 0 87, 9 87 , 4 87, S

1 . 534 , 3 85, 6 93, 3 100, 9 100, 0 94, S

1.864, 1 93, 3 95, 0 102, 3 98, 4 97, 2

-------------------------------------------------------------
2.499 , 6 95, 6 98, 0 104, 4 97 , 6 98, 9

-------------------------------------------------------------
Méd i a 88, 0 90, 7 96 , 2 92 , 4 91, 9

Observa-se que, relativamente à cana-planta, houve

uma redu��o geral na produ��o de cana neste ciclo. Enquanto

no primeiro ciclo a produ. �o média foi de 123, St/ha, no

segundo alcan�ou apenas 91, St/ha.

Esta redu��o é atribui da á capacidade de rebrota da


75

socaria, fenômeno intri nseco a cada variedade e que ocorre em

todos os cultives de cana-de-a�úcar em todo o mundo. Quando

se efetua o corte da cana-planta, os perfilhes ficam expostos

às injúrias por um certo período de tempo. Alguns desses n�o

conseguem rebrotar devido a essas injúrias ( ataque de

pragas, doen.as, animais roedores ou mesmo danos mec&nicos).

Quadro 15 - Análise de vari&ncia para a produ.�o de cana; ci­

clo de cana-soca.

Causa de varia.�o G. L. S. Q. Q. M. F

Blocos 3 396, 15

L8minas(L) 4 3565, 6 4 891, 41

Resi duo(a) 12 775, 80 64, 65

Nitrog@nio(N) 3 701, 8 1 235, 94 1, 63ns

Res i d uo(b) 9 1305, 3 5 1 45, 04

Interaç;ilo LxN 12 300, 52 25, 04 0 , 60ns

Residuo(c) 3ó 1490, 6 7 41, 41

Total 79 8541, 9 4

Média geral = 9 1, 83 t/ha

CV para L�minas = 8 , 7 6¼

CV para Nitrogênio = 1 3 , 1 11/.

A capacidade de rebrota da socaria é uma

caracterí stica agronômica muito importante na libera.�o e


76

consolida��º de uma variedade num determinado ambien te; é

basicamente determinada pelo potencial genético da variedade.

A RB70194, por exemplo, possui baixa capacidade de rebrota .

4. 3. 2.1. Efeito das ! �minas de irriga.ilo

Também em socaria, o e feito da água sobre a

produ. �o foi nítido, como mos tra o quadro 1 4. O t es t e F,

obviamente, mostrou-se significativo a 11/. de probabilidade

para 13minas.

O quadro 16 mostra os r esultados da análise de

regress�o para o fator ! &minas em socaria.

Quadro 16 - Análise de regress�o para o fator água; ciclo de

cana-soca .

Causa de varia.�o G.L. s.a. Q. M. F

RegreSSilO linear 1 2534, 84 2534, 84 39, 21* *

Regressilo quadrática 1 8 6 7 , 91 867, 91 13, 4 2 * *

Desvio da regress�o 2 1 62, 90 81, 45 1, 26ns

-------------------------------------------------------------
Resíduo 12 7 7 5, 80 64, 65

A express�o da equa��o de regress�o, explicando 951/.

dos casos, foi a seguinte:

2
Y = 82, 06 + 0 , 038 5L - 0, 00001984L (3)
77

R = 0, 95

Com base nesta equa��o elaborou-se o quadro 17,

onde se fez um comparativo entre as produc;ees obtidas em

campo com as estimadas pela equa.�o (3) , em fun.�o de 13minas

de água.

Quadro 17 - Produ�ees observadas e estimadas pela e qua��o ( 3 )

para l�minas totais de água vs produ��o de cana;

ciclo de cana-soca.

L�minas totais Produc;�o(tg/ha)


de água
(mm) Observada Estimada

1. 218, 4 8 1, 0 82, 7

1. 3 12, 7 87, 5 86, 1

1. 534, 3 94, 5 92, 8

1. 864, 1 97, 3 98, 9

2. 499, 6 98, 9 98, 6

R = 0 , 95

Como corroborado pelo valor do coeficiente de

determina.�o e pela n�o signific �ncia do teste F para os

desvios da regress�o, as estimati vas da produ��o estiveram

bastante próximas das correspondentes observadas.

A figura 18 mostra a curva de resposta da produ��o


111 NODULO GRAFICO - SANES! / CIACRI m
YNIIMS »E IRRIQl�O VS Tat - CAtM·SOCA
Y : 82.16+8.1385X-l.80001984XA2
2
xll
1.117 r---t---f----+---4------1-

1.963 . . . ' o. ' . . . . . . . . . . . . .........

T
e e. 989 • , • • • , 1 , •� ,
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• 1
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• • • • • • • • • • •
8.854

1
8 808 ' 1 1 1 1 1 3
1.817 8.273 1,531 1,786 1.842 1,298x18
UMIIMS li lRRl""CAOhud

Figura 1 8 - CUrva de resposta da produção de cana à água ; ciclo de cana-soca .

...:,
CD
79

à água para o c iclo de c ana-soca.

Como em c ana-planta, a resposta da produ��o ao

fator água obedeceu a uma lei quadrática, em que a produ.�o

(variável dependente) ' diminui da tanto pela escassez quanto

pelo excesso de água(variável independente) no solo.

L(máx. ) = 970, 3 mm

Y(máx. ) = 100, 7 t c analha.

Constata-se, portanto, que o valor da lamina que

induz à produ.�c f ísicamente máxima, se encontra dentro do

intervalo de liminas de água estabelecido. Porém, o valor da

produ.�o fisicamente máxima, 100, Bt c analha, se encontra além

do intervalo de produ.�c obtido e, também, acima da média

geral do experimento, da mesma forma que para a c ana-planta.

O acrés cimo de produ.� c c onsiderando a l�mina

máxima devido à irriga.lo, f oi da ordem de 1 8, 64 t de

canalha. Isto induz a uma estimati va da efic iência de uso da

água da ordem de 0 , 002 kg de c ana/litro de água. Esta

eficiência também está baixa relativamente àquela alcan.ada

por CAMBUIM & LIMA (1973) em Petrolína(PE) .

4.3 . 2 . 2. Efeito dos n i veis de nítrog@nío


80

As varia.Oes de produtividade em fun.�o dos níveis

de N mineral, pré-estabelecidos , no ciclo de cana-soca, foram

menore s que aquelas registradas para a cana-planta ( quadro

1 3 ) . Essas varia.ees, como na cana-planta, também n�o foram

suficientes para proporcionar signi ficância ao teste F ( quadro

1 4) .

Em fun�� o disto, a análise de regress�o para níveis

de N mineral em cana-soca n�o esbo�ou signific�ncia

estatística, demonstrando que os dados obtidos n�o seguem

qualque r modelo estatístico-matemático comumente verificado

na correla��o de dados de produ��o a gr ícola.

4. 4. Produ.�o de a.úcar

4. 4. 1 . Ciclo de cana-planta

Como previsto na metodologia, coletaram-se amostras

mensais de cana(colmos) ao longo d a fileira mais próxima do

aspersor, durante os últimos seis meses do ciclo. Assim,

foram tomadas 16 amostras em cada mês, correspondendo ao

número total de faixas ( perpendicular es à linha de aspersores)

de N do e x perimen to. Os dados médios para cada n i vel de N

encontram-se no quadro 18.


81

Neste quadro observa-se que tanto os acréscimos em

N min e ral quanto no volume de água de irriga.�o, promoveram

aume ntos continues na produ.�o média de a.úcar. Estes

ef.eitos, entretanto, sofrem grand e influ@ncia da produtividade

em cana, uma vez que este parametro faz parte da fórmula para

obtenç�o da produ.�o em a.úcar.

O quadro 19 mostra os resultados da análise de

de vari�ncia aplicada aos dados de produ��o de a�úcar.

Quadro 18 - Produç�o média de a.úcar, TPH, em fun.�o de n ive­

is de N mine ral e de laminas totais de água;

ciclo d e cana-planta .

L�minas totais Niveis de N mineral(kg/ha)


de água Média
(mm ) 70 1 40 210

2. 547, 2 15, 22 15, 14 15, 93 17, 24 15, 88

2. 594, 8 16, 0 4 16, 35 16, 59 1 9, 00 1 6 , 99

2.692, 1 16, 1 9 17, 2 4 1 7, 06 1 8 , 56 17, 26

2. 834, 2 1 6 , 75 16, 82 16, 53 19, 55 17, 41

-------------------------------------------------------------
3. 169 , 1 1 5, 7 1 17, 20 17, 77 19, 37 17,51

-------------------------------------------------------------
Média 16, 98 16, 55 16, 78 18, 74 17, 0 1

Observan do o quadro 19 , v erifica-se que os efeitos

de lâminas de água e d e niveis de nitrog@nio min eral foram


82

significativos, ambos a 1% de probabilidade, denotando que a

produ��o em a�úcar sofreu acréscimos substanciais quando foi

submetida ao fat6r água ou nitrog@nio mineral. Estes

resultados justificam a continuidade das análises

estati sticas, agora explicitando os efeitos de ambos os

fatores através da análise de regress�o. A intera��º LxN

novame nte mostrou-se estatisticamente n�o-significativa.

Quadro 19 - Análise de vari3ncia para a produ��o de a�úcar;

ciclo de cana-planta.

Causa de varia.�o G.L. S. Q . Q. M . F

Blocos 3 16,91

Limina(L) 4 28,04 7,01 7,35* *

Res iduo(a) 12 1 1,45 0,95

Nitrog@nio(N) 3 86,69 28,90

Residuo(b) 9 34,06 3,78

Interac.�o LxN 12 10,26 0,86 1,10ns

Residuo(c) 36 28, 10 0,78

Total 79 2 15, 5 1

Média geral = 17,01 t/ha

CV para laminas = 5 , 7 31.

CV para nitrog@nio = 1 1 , 43%


83

4. 4. 1 . 1. Efeito das 13minas de irriga.�o

Também aqui, como na produ.�o de massa verde, houve

uma diferen�a marcante entre a parcela considerada n�o­

irrigada e as que receberam irriga.�o . Isto é verificado pelo

resultado do teste F(quadro 19).

Pela análise de regress�o efetuada(quadro 20 ) , o

efeito de l�minas de água sobre a produ.�o de a�úcar mostrou

um comportamento quadrático, i sto é, que a incorpora��º de

água no perfil do solo à disposi��o da planta requer um

controle adequado e rígido, evitando-se possíveis excessos ou

escassez.

A equa.�o de regress�o, explicando 781. dos casos

tem a seguinte express�o:

2
Y = 16, 1 1 + 0, 0075L 0 , 00000833L (4)
2
R = 0, 78

Quadro 20 - Análise de regresslo para o fator água; c i c lo de

cana-planta.

Causa de varia.lo G .L . S.Q. Q.M. F

Regress�o linear 1 1 3, 7 4 1 3, 74 1 4, 40 * *

Regress�o quadrática 1 8, 1 4 8, 1 4 8, 53*

Desvio da regress�o 2 6, 1 7 3, 08 3, 23ns

-------------------------------------------------------------
Resíduo 12 11, 4 5 0, 95
84

O quadro 2 1 fornece a produ.�o média de a.úcar

estimada, em t/ha, através da e qua.�o acima . No mesmo quadro

constam também as produ�Oes médias observadas(obtidas no

campo).

Através da e qua�lo ( 4 ) pode-se obter o valor da

13mina de água que induz à máxima produ��o de a�úcar. Isto

feito, foram obtidos os seguintes valores:

L(máx. ) = 450, 2 mm

Y(máx.) = 17, 80 t a�úcar/ ha .

Quadro 2 1 - Produ�Oes observadas e e stimadas pe l a equaç�o ( 4 )

para laminas totais d e água vs produ.�o de a�úcar

; ciclo de cana-planta .

L3minas totais Produ�i!o(t/ha)


de água
( mm) Observada Estimada

2 . 547, 2 1 5, 9 16, 3

2 . 594, 8 17, 0 16 , 6

2 . 692, 1 17 , 3 17 , 1

2 . 839, 2 17, 4 17, 6

3. 169, 1 17, 5 17, 5

R = 0, 78
85

A figura 1 9 mostra o comportamento da produ.�o de

a.úcar ao longo do intervalo de varia.�o de laminas de

irriga.�o estudado. A efici@ncia de uso da água para a

produ.�o máxima d e a.úcar foi de 0, 004 kg de a.úcar/litro de

água.

4.4. l . 2. Efeito dos niveis de nitrog@nio

A análise de vari&ncia(quadro 1 9) demonstra que os

incrementes de N mineral promoveram diferen.as significativas

sobre a produ.�o de a.úcar , com uma probabilidade de erro

igual a l ¼ e coeficiente de varia.�o de l l , 43¼.

O quadro 22 apresenta os resultados da análise de

regress�o , os quais evidenciam o e feito linear dos ni veis de

N mineral estudados sobre a produ.�o de a.úcar em �ana-soca,

ao nivel de 1 % d e probabili.dade. Portanto , também neste caso,

o acréscimo na produ.�o de a.úcar comportou-se de forma

linear, n�o possibilitando a obten.�o de um nível ótimo de

produ.�o relativo ao incremento do N mineral. A e qua.�o de

regress�o foi a seguinte:

Y = 15, 73 + 0, 0122N (5)


2
R = 0, 8 4
1H NODULO GRAFICO - SANESI / CHGRI 1H
UNIHA DE IRRIQlCAO US tPII • CAHA·PLAHH
Y : 16.11+8.N75X-l.8811833XA2

xll
1,789 +---....----.---+-----+---+

'
..
1.737 . . . . . . . . . •.·' .O. . . . . . . '•. . . .o.. . . . . . . . . . . . . . . . • .. ......
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rP 1.684
H •
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1 • • • 1 • • 1 • •
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' ..
1.631 .
• •

1 . 578 1 1 1 1 1 1 2
1,203 1,447 2.,,1 3,934 5,178 6,422x18
UNIHAS DE IRRI QlCAOhud

Figura 1 9 - CUrva de resposta da produção de açúcar à água ; ciclo de cana-planta .


a,
a,
87

Quadro 22 Análise de regress�o para o fator nitrog@nio;

ciclo de cana-planta.

Causa de varia. �o G .L. S.Q. Q.M. F

Regress�o linear 1 72, 56 72, 56 19, 17 * *

Regress�o quadrática 1 9, 7 9 9, 79 2, 59ns

Desvi o da regress�o 1 4, 3 5 4, 35 1, 1 Sns

-------------------------------------------------------------
Resíduo 9 34 , 06 3, 78

O efeito linear comprovado neste caso, atesta,

provavelmente, a insufici@ncia da quantidade ( limite superior )

de N mineral no sent ido de provocar toxicidade à planta e

reduzir a produ.lo, determinando a obten��o de uma express�o

quadrática para a re l a.�o LxN. Outros fatores podem ter

colaborado para a ocorrência do efeito linear : 1) a perda de

N, por volatiliza��o, nos niveis mais elevados; 2) elevadas

quantidades de água ( chuva e/ou irriga��o), pouco tempo após a

aduba.�o, que, em socaria, é efetuada em cobertura, sobre os

perfilhes em rebrota. A equa.�o ( 5) se encontra representada

graficamente na figura 20.

Mesmo sendo prática comum recobrir o adubo na

socaria com o "cultivo " manual ou mecanico, a volatilizac;�o

pode ter sido considerável, caso n�o se tenha efetuado esta

operac; �o em tempo hábi l . Assim, pode ter-se favorecido a

tend@ncia do N, em forma de Nitrato, dos n í veis mais


1H NODULO GPAFJCO - SANES? / CJAGRI m
NIUIIS li N NIDL US IPII • CAHA-PLAHfA
V : 15.73♦1,8122X
1
x18
1 . 889 -r----t---t----+---+----J.

1 . 886 '
. . . . . . . . . •.. . . . . . . . . ..• . . . . . ' . . . . . . . . . . ' . •. . . . .

T ......'.. .........
P 1 .724 . . . . . ' . . . .•' . . . . . . ' . . ' . ' . . ' . . .
H
'
: o •
1 ,641 '
.....'.... ....'......... .........

J • 558 1 1 1 t � 1 2
1.890 1,428 1.848 1,268 1,688 2,11txll
NIVEIS DE N º NIHEIIAL(kg/ha)

Figura 20 - Curva de resposta da produção de açÚcar ao nitrogênio mineral ; ciclo de cana­


planta.
a,
a,
89

elevados, ser perdido para a atmos f era em tal magnitude que

viesse a evitar a toxicidade à planta e redu.�o da

produtividade, o que seria normal.

Quadro 23 - Produ�ees observadas e estimadas pela e qua.�o (5)

para níveis de N minera l vs produç�o de açúcar;

ciclo de cana-planta.

N iveís de N Produ.�o(t / ha )
(kg / ha )
Observada Estimada

o 16, 98 15, 74

70 16, 55 16, 59

140 16, 78 17, 44

2 10 18, 74 18, 29

R = 0, 84

4. 4.2. Ciclo de Cana-soca

Da mesma forma que em cana-planta, coletaram-se

amostras de colmos de cana, obedecendo à mesma metodologia já

referida sobre o assunto, para aná l ise industrial e obten��o

dos percentuais de pol, fibra e pureza na cana .

O quadro 24 apresenta os dados de produ��o de


90

a�úcar obtidos em campo, em fun.�o dos dois fatores de

produ.�o estudados . O quadro 25 contém a análise de variincia

referente a esses dados .

Quadro 24 - Produ« ão média de ª•úcar, TPH, em fun��o de nive­

is de N mineral e de ! &minas totais de água;

ciclo de cana-soca.

Lâminas totais N iveis de N mineral ( kg/ha)


de água Méd i a
( mm) 70 1 40 210

1 . 218 , 4 1 2, 33 1 2, 6 7 13, 44 1 2, 80 1 2, 81

1 . 312, 7 1 3, 53 14, 0 S 1 3, 8 7 1 3, 8 8 1 3, 83

1 . 534, 3 1 3, 41 1 4, 99 15, 92 1 5, 56 1 4, 94

1 . 864, 1 1 4, 61 1 5, 1 6 16, 1 4 1 5, 62 1 5, 38

-------------------------------------------------------------
2 . 499, 6 1 4, 97 15, 6 4 16, 47 1 5, 50 15, 65

-------------------------------------------------------------
Média 1 3, 77 1 4, 49 1 5, 1 7 14, 67 14, 52

Os resultados escritos nos quadros 24 e 25

demonstram que houve acréscimo na p rodu.�o de a.ucar com a

ado.�o dos tratamentos irrigados. Este efeito foi

significativo a l'l. de probabilide. O acrésc i mo em N mineral

n�o afetou a produ� �o de a� úcar o suficiente para esbo�ar

signific�ncia estati stica. Na rea l idade, houve um pequeno

acréscimo do NO para o N3.


91

Quadro 25 - Análise de vari&ncia para a produc;�o d e ac;úcar ;

ciclo d e cana-soca.

Causa de variac;�o G. L. S. Q . Q. M. F

Blocos 3 1 0, 0 4

L3minas(L) 4 89, 3 5 22, 34 1 3, 8 5 * *

Residuo(a) 12 19, 3 5 1,61

Nitrog@nio(N) 3 20, 0 5 6, 68 1 , 84ns

Residuo(b) 9 32, 7 1 3, 63

Interac; ilo LxN 12 7, 52 0, 63 0, 60ns

Residuo(c) 36 37, 3 9 1 , 04

Total 79 216, 4 1

Média geral = 14, 52 t/ha

CV para 1 3minas = 8 , 74 'l.

CV para nitrogênio = 13, 12 'l.

4. 4. 2. 1. Efeito das liminas de irrigac;�o

A análise de regress�o para l&minas(quadro 26) foi

significativa a 1% d e probabilidade para os efeitos linear e

quadrático. Como o efeito geral do fator água sobre a

produc;�o de ac;úcar, na realidade, passa por um ponto de

máximo, o modelo a ser considerado deve ser o quadrático. A


92

equa.�o de regress�o representando 95% dos casos encontra-se

a seguir.

Quadro 26 - · Análise de regress�o para o fator água: ciclo de

cana-soca.

Causa de varia.�o G.L. S.Q. Q.M. F

Regress�o linear l 63 , 5 1 63 , 51 39 , 39 * *

Regress�o quadrática l 21, 3 3 2 1 , 73 13 , 48 * *

Desvio da regressilo 2 4, 1 0 2 , 05 1 , 27ns

-------------------------------------------------------------
Resíduo 12 19 , 35 1 , 61

Y = 12 , 98 + 0 , 0061 L 0 , 00000314L (6)


2
R = 0 , 95

Com base nesta equa��o , a produ��o fisicamente

máxima possível é de 15 , 94 t a.úcar/ha , para uma ! �mina de

irriga.�o máxima aplicada de 971 , 3mm. O comportamento geral

da produ.�o de a.úcar em fun.�o de liminas de irriga��º

aplicadas , encontra-se na figura 21.

As produ��es médias de a.úcar ajustadas pela

equa.�o (6) juntamente com a observada em campo ,


1H NODULO GP.AFICO - SANES! / CI AGRI 1H
IANIHAS li IRRICACAO US Tfll • CANA-SOCA
V : 12,98+8.1061X-l,10101314XA2
xll
1.618 1-----t---+---I----.J------.l.

-'

1.524 '
. . . o. . . . . .• . . . . . . . . . .........

T . . . . . . . . -r . . . . . . ' . . ' . ' . . . . . . . ' . . . . . . . . . . . . . . . . . .


• •
'
P 1.438 . •
'
H
. '
' '
'
• •J • • • • • • ' • • • • • • • ' • ' • • • • � • • ' • ' • • • ' • • • • •
'• • • ' • • • • •
1,351

1. 265 i 1 1 1 1 � 3
1.817 8.273 1,538 1,786 1,142 1,298x18
IANltMS II IRRlfaACAOhud

Figura 21 - Cln:va de resposta da produção de açÚcar à água ; ciclo de cana-soca .


«>
e.,
94

de liminas totais de água aplicadas, encontram-se no quadro

27. Há uma tendência das produ.ee s se aproximarem ainda mais

à medida que aumenta a l&mina total aplicada.

L ( máx. ) = 9 71 , 3 mm

Y(máx.) = 1 5 , 94 t a�úcar/ ha

Quadro 27 - Produ.�es observada e estimada pela equa��o (6)

para l&minas totais de água aplicadas vs produ­

��o de a�úcar; ciclo de cana-soca.

L3minas totais Produc. ilo(t/ha)


d e água
(mm) Observada Estimada

1.21 8, 4 12, 81 1 3, 08

1. 3 12, 7 13, 83 13, 62

1 . S34, 3 1 4, 94 1 4 , 68

1 .864, 1 1 S, 38 1 S, 64

2. 499, ó 15, 6 S 1 S, 60

R = 0, 95

A eficiªncia esbo�ada pel a cultura no uso da água

de irriga.�o referente à produ��o fisicamente máxima, foi da

ordem de 0, 002 kg de a�úcar/ litro d e água aplicada.


CONCLUSOES

Considerando as ambientais do

experimento, concluiu-se que:

1- O comportamento dos meteoros durante o periodo

experimental bem como as características da variedade

cultivada ( RB70194 ), determinaram a signi-f icincia dos

resultados da rela.�o produ��o versus fator de produ.�o;

2- A frequência estimada para irriga��º da cana-

planta foi de 7 dias e de 6 dias para a cana-soca ;

3- As efici@ncias de uso da água pela variedade

foram de 0, 003 e 0, 004 kg/ 1 de água para cana e a�úcar,

respectivamente, em cana-planta, e d e 0, 002 kg/ 1 de água para

cana e / ou a�úcar, em cana-soca;

4- As produ�ees fisicamente máximas de cana e de

a�úcar foram de, respectivamente ,. 1 17, 0 e 17, 80 t/ha para

cana-planta e de 10 1, 0 e 15, 94 t / ha para a cana-soca, para as

13minas máximas de irriga��º correspondentes a 450 e 970 mm.


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