TrevisanOlzeno - Tese Conotrachelus

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i•

COMPORTAMENTO DA BROCA DOS FRUTOS DO CACAU Conotrachelus

humeropictus FIEDLER, 1940 <COL.: CURCULIONIDAE>, EM RONDÔNIA.

OLZENO TREVISAN
Engenheiro Agrônomo

Orientador: Prof. Dr . SINVAL SILVEIRA NETO

U1sse�ta�ào apresentada à Escola


Superior de Agricultura "Luiz de
Queiroz", da Un1ve1-s1dade de Sâo
Paulo, para obten�ào do titulo
de Mestre em L1enc1as B1olôg1-
cas, Area de Concentra�ào: Ento­
mologia.

p I R A e I e A B A
Estado de Sào Paulo - Brasil
Maio - 1989
Trevisan, Olzeno
T814c Comportamento da broca .dos frutos do cacau
Conotrachelus humeropictus Fiedler, 1940 (Gol.:
Curculionidae), em Rondônia. PiTacicaba, 1989.
57p.

Diss.(Mestre) - ESALQ
Bibliografia.

1. Cacau - Praga - Controle 2. Praga agrÍc�


la - Controle - Rondônia I. Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba
CDD 63 76'8
/ i i.
/
COMPORTAMENTO DA BROCA DOS FRUTOS DO CACAU ConotYachelus
humeropictus FIEDLER, 1940 (COL.: CURCULIONIDAEJ� EM RONDÔNIA.

OLZENO TREVISAN

Aprovado em; 29/06/1989

Comiss�o julgadora:

Prof. Dr. SINVAL SILVEIRA NETO ESALQ/USP

Prof. Dr. LUIS CARLOS MARCHINl ESALU/USP

Prof. Dr. WILSON BADIALI CROCOMO UNESP/Botucatu

Prof. Dr. SlNVAL SILVEIRA NE!O


i i i.

A minha esposa ILDACI,

OFERE{;O.

Aos meus filhos,

NlLlON, FLAVIO, NADlA e RODRIGO

DEDICO.
iv.

AGRADECIMENTOS

O autor expressa os mais sinceros agradecimentos:

Ao Prof. Dr. Sinval Silveira Neto, pela orienta�ao.

A Comiss�o Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira CCEPLAC),

pela oportunidade concedida para a realiza��º do curso.

Aos Drli;i. Joào de Jesus da Silva Garcia, Antônio Carlos de

Barros Mendes, Carlos Renato Leal Bicelli, Joio Manuel de A-


breu, Jacques H. Delabie, Entomologistas da CEPLAC, pelo

incentivo e colabora�ào.

Ao Prof. Dr. Evoneo Berti Filho, pela colabora�ao apresenta-

da na elabora,;:ào do "Summary".

Dr. Roberto Antonio Zucchi, pelo incentivo e apoio

no uso de computadores para a elabora��º deste trabalho, Jun­

to ao Centro de lnformàt1ca na Agricultura (ClAGRI>.

Dr. José Djair Vendramim, pela amizade e

ensinamentos.

A ProfQ• Dra. Marinéia de Lara Haddad, pelo auxilio

estatístico.

Ao Dr. Teklu Andebrhan pelas sugestões apresentadas na condu­

�ào dos trabalhos.

Ao cacauicultor Ozii-io Crestan, in memória, poi- te,- gentilme­

nte cedido sua lavoura para 1nstala�ào de experimentos.

Aos colegas da Estalp:ào Exper 1mental "Orn-o Preto" ( ESEOP > que

auxiliaram na tomada de dados e a todas as pessoas que direta

ou indiretamente colaboraram na execu��o deste trabalho.


v.

SUMÁRIO
Página

LISTA DE FIGURAS.•.......•........•.•.•...•.........• vii

LISTA DE TABELAS...••...•••.••.•.•.•••.....••.•...... "


lv

RESLJt�10•• .. •••• • •• •••••• ••• •• • • •• • • ••••• ••• •••••• ••• •• • >'i i

SUMMAR'V' • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • .. • • • • • • • • • • • • • • • >, i i

1. INTRODUl;AO.... • .............•..•...•. . .... . •..• ... 1

2. REVISA□ BIBLIOGRAFICA......••.......•............ 3

3. MATERIAL E MÉTODOS..•.•••..••...•.••.•.........•.. 10

3.1 Amostragem de insetos adultos •..•.........•... 11

3.2 Incidência de ovipos1��0 de C. humeropictus em

fun��o da altura dos frutos no cacaueiro..••.. 11

3.3 Parte do fruto preferido para ovipos1��0 •.••.. 12

3.4 Idade do fruto preferida para oviposi�ào de C.

humerop i etus •....••....•..•.•.•.... ....• •••.. 13

3.5 Flutua�ào populacional de larvas de C. humero-

pictLtS . . . • • • . .. • • • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 14

3.6 Flutua��º populacional de C. humeropictus na

fase adulta ...•..••.•..• • .•.•..••.•.•••.. .••..

4. RESULTADOS E DISCUSSAO •.•...•.......•.•........... 16

4.1 Compara�âo de métodos de amostragem

captui-c1. de C. humeropictus em cacaue11-os ..•.. 16

4.2 Incidencia de oviposi��o de C. humeropictus em

frutos de cacau colhidos em diferentes alturas 18

4.3 Parte do fruto preferido para oviposi��o de C.

hurop i etus .....•...•...• • ........•............ 21


vi.

4.3. 1 . F·e1- ioda ................................ 22

4.3.2. Local .................................. 23

4.3.3. Parte do fruto•• ••••.••.•••••••.•.••••• 24

4.4 Idade do fruto preferida para ovipos1�áo de C.

humeropictus...•..••.•.•...•••.•....•.......•. 27

4.5 Flutua�áo populacional de larvas de C. humero-

pictus .... ............ . . . . .................... 32

4.6 Flutua�ào populacional de C. humeropictus na

fase adulta ....•..•.•.• •.•.••..•••..•....•.••. 38

5. CONCLUSAO •..........................................

REFERÊNCIAS B I BL I OGRÁF I CAS•••••••••••••••••••••••••••

AF·END ICES............................................. 54

1. Dados climáticos•..•.••••.•••••.......••....••. 55

2. Frutos de cacau disponlveis para infec�áo por

Vassoura-de-Bruxa, Ouro Preto d'Oeste, Rondônia 56

3. Ocorrência de doen�as em frutos de cacau na

área em que se amostrou a popula��o de larvas

de e. humeropictus •••.• 56

4. Regressáo múltipla..••..•.•.................... 57
vii.

LISTA DE FIGURAS

Pê:ig1na

1 Distribui��º dos frutos no cacaueiro e ataque de

C. humeropictus, Ouro Preto d'Oeste, Rondonia,

1 988•••. •••••• •••••••••••• • • •••••••••••. •. •• .••••• 19

2 Porcentagem de posturas colocadas na parte infe­

rior do fruto de cacau por C. humeropictus, em di-

ferentes locais e pei-iodos••.••••••••••••.••••.••. 25

3 Tamanho dos frutos resultantes de pol1n1za�ào

artificial no primeiro dia de expos1��0 ao ataque

de e. humeropictus, Ouro Pre to d'Oeste, Rondon1a .. 28

4 Frutos de cacau atacados por C. humeropictus •..•. 30

5 Flutua��º populacional de larvas de C. humeropic-

tus. Média entre abril de 1986 e mar�o de 1988.

Ouro Pi-eto d'Oeste, Rondonia .••••••••••.•••••••... 34

6 Frutos de cacau disponiveis para ataque •••••.•.••.

7 Porcentagem média de ocorrencia de broca em frutos

de cacau sadios e doentes em rela��º à média men­

sal de frutos broqueados, Ouro Preto d'Oeste� Ron-

dô11ia ..................... • . ... • .............. . ... 36


viii.

8 Dados médios de três anos de flutua�áo populacional

de adultos de e. humeropictus, associado à fruti­

fica��º e aos fatores climáticos durante o periodo

Ouro Preto d'Oeste, Rondônia, 1988................ 39

9 Flutua��º populacional de C. humeropictus. Ouro

Preto d"Oeste , RondOn1a.• •...•.•.•.•..•••..•.•... 42


ix.

LISTA DE TABELAS

Página

1 Cap�ura de C. humeropictus pelo método do sacole­

jo, comparado aos métodos de choque com insetici­

da e armadilha luminosa. Ouro Preto d'0este,

Rondônia, 1985.................................... 16

2 0viposi�ào de C. humeropictus em frutos de cacau

considerando duas partes do fruto, três periodos e

q Lta t 1- o l oca i s • ••••••• • ••• • • •••. • • ••• • • ••• ••.• •••• 21

3 Quadro das médias. Compara��º entre as médias

ti-ansformadas dos fatores local e pei- iodo

e respectiva intera�áo, para oviposi��o de e.


humeropictus em frutos de cacau................... 22

4 Compara�âo entre as médias transformadas dos fato-

res, local e parte do f1-uto....................... 25

5 lncidtÊ'ncia e danos de C. humeropictus, em f1-utos

de cacau com diferentes idades. Ouro Preto d'0es-

te, Roltdôn ia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

6 Número de frutos broqueados de um total de 200

frutos colhidos semanalmente. Ouro Preto d'Oeste,

Ro11dôni a.......................................... 32
x.

7 Ndmero e porcentagem de frutos broqueados que es-

tavam doentes {D) ou sadios (8). Ouro Preto

d'Oeste, Rondônia................................. 35

8 Rela��º entre frutificaG�o disponivel e ocorrên-

cia de broca em frutos sadios e doentes........... 37

9 Ndmero de adultos de C. humeropictus, coletados

na bordadura e no interior de uma lavoura de cacau.

Ouro Preto d'Oeste, Rondônia...................... 38


xi.

COMPORTAMENTO DA BROCA DOS FRUTOS DO CACAU Conotrachelus

humeropictus FIEDLER, 1940 (COL.: CURCULlONlDAE), EM RONDÔNIA.

Autor: OLZENO TREVISAN

Orientador: PROF. DR. SlNVAL SILVEIRA NETO

RESUMO

Em condi�des de campo, estudou-se o

comportamento da broca dos frutos do cacau, Conotrachelus

humeropictus Fiedler, 1940. Foram avaliados: métodos de

captura, flutua5�0 populacional de larvas e insetos adultos,

incidência de oviposi�lo e danos nos frutos. Os resultados

indicaram que os insetos adultos slo facilmente coletados,

sacudindo-se os ramos, e apresentaram uma popula��o mais ou

menos constante ao longo do ano. As larvas ocorreram em todos

os meses, com um pico populacioAal de janeiro a mar�o e est�o

correlacionadas positivamente com a frutifica�ão. Na metade

inferior dos frutos, concentram-se 74¼ das posturas, sendo

que o ataque ocorreu a partir de dois meses de idade, com

maior preferência para os frutos mais velhos. As posturas

efetuadas em frutos com idade entre tres e quatro meses

causaram os maiores danos e os frutos da copa do cacaueiro

foram os mais atacados.


xii.

BEHAVIOR OF THE COCOA FRUIT BORER Conotrachelus humeropictus

FIEDLER, 1940 (COL.: CURCULIONIDAE) IN RONDONIA, BRAZlL.

Author: OLZENO TREVISAN

Adviser: PROF. SINVAL SILVEIRA NETO

SUMMARY

This research deals with the behav1or of

cocoa fi-uit boi-er, Conotrachelus humeropictus Fiedler, 1940,

under field conditions. The following parameters were

evaluated: methods of capture, population fluctuations of

larvae and adults, incidence of oviposit1on and damage of

fruits. The results indicated that the adult insects are

easily collected by shak1ng the cocoa twigs. A relat1vely

constant population was observed through the year.

occurred in all months of the year, w1th a peak between

January and March. Larvae were positively correlated with the

fruiting period. Seventy-four percent of the observed

ovipositions occurred on the bottom half of the fruits and

the attacks occurred on fruits two months old with h1ghest

preference for oldest fruits. The oviposition on the three

and four month old fruits induced the highest damage and the

fruits from the cocoa tree crown were the ones most damaged.
1. INTRODU�AO

O cacaueiro Theobroma cacao L. é uma planta

nativa da Amazonia e vem sendo cultivado em Rondônia desde

1971 (RANGEL, 1982).

Na Amazônia, existem 90 mil hectares de cacau

implantado que produziram no ano agricola 1986/1987 cerca de

45 mil toneladas de amêndoas secas, correspondendo a 12¼ da

produ��o brasileira, figurando como maiores produtores da

os Estados de Rondônia e Pará (CEPLAC, 1988). Na

safra seguinte, esses dois Estados produziram 55 mil tonela-

das, representando 15¼ da produ�âo bras1le1ra (FERREIRA,

1989).

Devido ao plantio de cacau em áreas conti­

nuas, o ataque e a dispersào da broca dos frutos do cacau tem

sido favorecido a ponto de se tornar uma praga para o cultivo

em Rondônia.
2.

O inseto é endêmico na regi�o e deve ter

ocorrido um processo de coevolu��o adaptativa entre a praga

e seu hospedeiro natural, o cacau silvestre.

O objetivo do presente trabalho foi estudar

alguns aspectos do comportamento da broca dos frutos do cacau

e. humeropictus, através da avalia�ào dos seguintes pontos:

1) incidência da oviposigào em fungào da altura dos frutos

no cacaueiro; 2) parte do fruto e idade preferida para

oviposi��o; 3) danos conseqüentes das posturas efetuadas em

frutos nas diferentes idades; 4) flutuac�o populacional de

larvas e adultos.

Com base nessas observa�bes, pretende-se

fornecer elementos básicos que possam auxiliar no manejo e

controle da praga, frear sua dispersão e incentivar novas

pesquisas.
3.

2. REVIS�O BIBLIOGR�FICA

Em abril de 1980, foram encontrados em Cacoal,

Rondônia, frutos de cacaueiros silvestres, com lai-vas


1
curculioniformes em seu interior (TREVISAN). Em junho de

1981, durante inspeG�O fitossanitária, foram observadas

larvas em cacaueiros híbridos, sem, no entanto, caracterizar

um ataque generalizado <MENDES et alii, 1982). No ano

seguinte, 60¼ dos frutos de uma colheita realizada no banco

de germoplasma de progênese de cacau silvestre, na Esta<;�o

Experimental "Ouro Preto", pei-tencente à CEPLAC em Rondônia,


2
estavam atacados (MENDES).

1- TREVISAN, O. (Comiss�o Executiva do Plano da Lavoura

Cacaueira>. ObservaGôes da ocorrencia de broca dos fru-

tos em cacaueiros de Rondônia (Coleoptera: Curculioni-

dae). <Relatório). 1982.

2- MENDES, A.C.B. (Comissâo Executiva do Plano da Lavoura

Cacaueii-a). Relatório de viagem, 1982.


j4.

O autm-, em entrevistas com seringueiros e

agricultores, pioneiros da região, foi informado de que o

inseto ocorria no cacau silvestre antes da colonizai�º e

implantai�º de cacaueiros hibridos.

TREVISAN (1982) fez um relato das principais

coleobrocas do cacaueiro na Amazônia. Dentre as espécies

citadas, C. hume1-opictus ê a única que ocm-re nos frutos,

causando danos diretos pela destruii;:i:l\o parcial do fio

placentário e de algumas amêndoas do fruto. Ocorrem, também,

danos indiretos pela infec��o de fungos e bactérias que

penetram pelas galerias deixadas pelas brocas ao abandonarem

os frutos. Outro aspecto observado foi o fato de as

pi-esentes no interior do fruto fazerem galerias;

depositam fezes. Junto a essas galerias, observa-se a

ocon-éncia de algumas amendoas danificadas.

ALMEIDA (1983) e ALMEIDA & ALMEIDA (1987) relataram

que a broca dos frutos Conotr�chelus sp. causou prejuízos

expressivos nos frutos de plantas silvestres coletadas

durante expedi�bes botànicas em Rondônia.

GARCIA et alii (1985c) comentaram a existén-

eia de um ataque generalizado nos cacauais do Estado de Ron­

dônia.

Desde a descri�ão da espécia até a sua

ocorrencia nos cacauais cultivados, nào se encontrou na

literatura referência à praga, mesmo em trabalhos de revisào

desenvolvidos por <LESTDN, 1970; ENTWESTLE, 1972).


,:;­
.._J.

RILY (1940) disse que foram realizadas várias

excursôes ao Amazonas e a outras partes do continente

americano, programadas por naturalistas alemâes, com o

objetivo de coletar insetos do gênero Conotrachelus, impor-

tantes pragas do cacau, ma�à, goiaba, leguminosas e de frutos

que possuem caro�o. Os insetos coletados nessas excursóes

foram descritos por FIEDLER (1940); assim, 544 espécies de

gorgulhos da Amer1ca do Sul foram caracterizados, entre eles

e. humeropictus, que foi descrito com base em dois exem-

piares, um coletado em Aga, localidade que deve corresponder

hoje ao Município de Tefê, no Amazonas, e outro encontrado

no Vale Demerara, na Guiana, porém sem registrar a planta

hospedeira para a espécie. BONDAR C.11::il-!f'+> disse que ma1�. de

1000 espécies desse género ocorriam na América do Sul e que a

maioria desenvolve-se em tecidos vivos de frutos e comple-

ta o ciclo no solo. SILVA et alii (1985> comentam a e;-:1s-

tência de uma cole��º de insetos na CEPLAC, Bahia, onde

encontram-se 19 espécies do ganero Conotrachelus.

esses insetos foram estudados por Bondar e parte de sua

cole�ào encontra-se no museu americano de Nova Iorque


1
( VANIN).

1- VANIN, S.A 1983. Dep. de Zoologia LISP, Cidade Un1vers1tàr1a.

(Comunicado pessoal).
6.

BLACWELDER (1944) relaciona 406 espécies de

Conotrachelus, no Brasil, das quais s�o citadas em cacau:

e. abdominalis (BONDAR, 1941).

e. costirostris <BONDAR, 1937).

e. curvicostatus <BONDAR, 1937).

e. humeropictus <MENDES et alii, 1982).

e. inconcinnus (BONDAR !t 1937).

C. rnamillatus(BLACWELDER, 1944>.

C. praecanus (BONDAR, 1941).

C. praeustus (BONDAR, 1937).

C. quadrinotatus (BONDAR, 1937).

Posteriormente a esse

inclu1dos: e. cecropiae (BDNDAR, 194�j.

e. sernicalvus <LIMA, 1968).

Além dessas e species, outras foram coletadas

por BICELLI (1983) em levantamentos realizados na regiao de

Altam1ra, Pará, mas n�o foram identificados a nivel especffi-

co.

Estudos básicos do compo1-tamento de

importantes pragas do genero Conotrachelus foram estudados

por SLINGERLAND & GROSBY (1924).

As pr 1me1 i-as avalia�óes da 1 mpo1- tanc 1a

econômica de C. humeropictus foram conduzidas por GARCIA et

alii (1985b e 1986), onde apuraram maior 1ncid�ncia de

doen�as nos ·frutos com broca, e MENDES et alii (1988c)

constataram em suas pes9u1sas que a broca influencia


,
'7
.

indiretamente na qualidade das amêndoas, trazendo como

conseql\éncia a desclassif1ca�áo e a da

qualidade do produto.

LE BLANC et alii (1984) comentaram os métodos

utilizados para a avalia�ào da popula�ào, posturas e danos

de e. nenufar, a mais impm-tante praga de frutos de plantas

deciduas em determinadas regibes dos EUA. Os mesmos autores

verificaram que os insetos adultos fingem-se de mortos

quando amea�ados, e caem se os ramos forem sacudidos.

Observaram também que sào deixados nos frutos sinais de

posturas e alimenta�ào, sendo que os frutos das plantas mais

prbximas da mata foram os mais atacados.

Comp01-tamento semelhante observado em e.


humeropictus, perm1t1u a TREVlSAN & SILVEIRA NETO ( 1989)

amostrarem com facilidade, 1985, a populai;:ào

adulta de C. humeropictus em cacauais de Rondônia, pelo

método do sacolejo. A util iza�âo desse método, que é

especifico para amostragem da popula��o adulta possibilitou a

GARCIA et alii (1985a e 1988b) avaliarem preliminarmente a

capacidade migratória dos insetos adultos e verificaram que

um inseto percorreu 60 metros em 20 dias e insetos, quando

marcados e soltos, toram recapturados até lU meses após a

libera�âo. Essa longevidade dos insetos adultos deve manter a

popula�ao com poucas variaGbes mensais, como foi observado em

estudos preliminares de MENDES et alii ( 1988d e 1989}.

Flutua��º populacional semelhante foi encontrada em e.


é:..

curvicostatus, coletado em cacaueiros na Bahia (BENTON,1982).

As tentativas de controle da broca dos frutos

do cacau 1nd1caram náo este um inseto facilmente

controlável. GARCIA et alii , 1985c) comentai-am que

existia ainda 1nforma�óes conclusivas a respeito do controle.

Entretanto, com base em resultados parc1a1s obtidos

de ensaios com vários 1nset1c1das, vem s1do recomendada i3

aplica�ào de endosulfan 35½ na dosagem de l ,5 litro por

fazendo-se duas ou três aplica�óes nos frutos com

de 20 dias. A mesma recomenda(i.ào tambem foi

citada GALLO et alii tl988J. Segundo MENDES et alii

(1988b), estudos de resistência em andamento 1 nd 1cam pouca

suscet1b1lidade diferencial à 1nc1denc1a de C. humerop1ctus.

Bioensa1os em laborat6r10 com larvas de C.

humerop1ctus a l can,;;: ar- a::1.m de m□ i- tal 1 d ade, quanoc

pul vei-i zadas com suspensáo de esporos de Metan-h 1 z ium

anisopliae e Bauveria bassiana tBASTOS et al11, 1988i A

suscetibilidade de insetos adultos de C. humeropictus a M.

anisopliae foi avaliada, aplicando-se uma suspensão do

patogeno diretamente sobre os insetos adultos, o que causou a

morte de 43¼ dos insetos até o 12Q dia após a

(MENDES et alii, 1988a). em um ensaio de

campo, aplicando-se uma suspensê{o de de M.


anisopliae no solo, contE•ndo larvas da nao fo1

constatada a eficácia do patógeno <GARCIA et alii, 1988a).



7 •

Após a quebra dos frutos do cacau, muitas

larvas do último instar, ficam no casqueiro e podem ent�o,

completar o ciclo biológico. Pesquisas, visando o controle

dessa larvas foram feitas por MENDES & GARCIA (1989), que

testaram vários produtos quim1cos, sendo os mais eficazes

metham1dophos e endosulfan.
10.

3. MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi desenvolvido na

Esta��º Experimental "Duro f-'i-eto", pei-tencente à CEPLAC, e

nos principais polos cacaueiros do Estado de Rondônia,

localizado na Regi�o Norte, com Latitude extremo Norte:

ext1-emo Sul 13° 41 · 30"S, Longitude: e:-:tremo


°
Leste 59 ° 50·· 45"E; e>:ti-emo Oeste: 66 15·· 00"0.

As pesquisas foram desenvolvidas com a esp�c1e

Conotrachelus humeropictus Fiedler, determinada pelo

M. L. Cox, do Instituto Internacional de Entomologia em

Londres, em 1988.

Os dados climáticos relacionados com a

espécie estudada, estâo registrados no Apêndice 1

obtidos na Esta�ao Climatológica da ESEOP/CEPLAC, localizada

a cinco qu1lometros da área experimental. Para a Análise Es-

tatistica, utilizou-se o delineamento experimental inteira-

mente casualizado com esquema fatorial. Para comparaijáo entre

médias de fatores, fo1 aplicado o teste de Tuke� á. 51/+ de

probabilidade. Foi utilizada a análise de regressâo para o

estudo de dependéncia entre a s variàveis.


11.

3. 1. Amostragem de insetos adultos.

Para o estudo da flutua�áo populacional de C.

humeropictus, utilizou-se o métod o do sacoleJo, que cons1ste

em estender-se uma tela de náilon com quatro metros de lado

sob a copa de um cacaueiro e, em seguida, sacudir todos os

ramos com proje.:ão sobre a tela. V1grn-osas

sacudidas com dura�ao média de cinco segundos, repetidas duas

ou três vezes, foram suficientes para que os insetos caissem.

Coletaram-se os insetos a cada sacolejo,

procurando-se, desse modo, evitai- sua. fuga antes da

identificaij:ào.

O método do sacolejo utilizado foi descrito

por TREVISAN et alii (1989) e, comparados aos de armadilha

luminosa modelo "Luiz de Queiroz" e choque com inseticida,

onde o produto utilizado to1 a d eltametr1na na dosagem de 80

ml/100 litros de água.

3. 2. Incidt?nc:ia de oviposi�âo de C. humeropic:tus, em

fun�ão da altura dos frutos no cacaueiro.

Foram avaliados os

implantados em espa�amento 3m x 3m, com 10 anos de idade, em

uma colheita feita no pico da safra, realizada em maio de

1988, no Bloco �00 do campo C-1 da ESEUP, em

d'Oeste, Rondônia.
12.

Com o auxilio de uma régua de três metros de

comprimento, subdividida em faixas de meio metro, determinou-

se a altura de cada fruto antes da colheita. Os frutos,

depois de colhidos, foram agrupados em faixas subseqilentes de

0,5 metros de altura, sendo que a parte superior de cada

fai�{a foi 0,5; 1, O; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0 metros e, para

os frutos colhidos em altura superior a 3 metros, considerou­

se 4 metros. Apôs a colheita, registraram-se os frutos colhi-

dos com broca e sem broca e o número de frutos e posturas

para cada altura.

3. 3. Parte do fruto preterido para ov1posi�áo.

Nos locais: Cacoal, Jaru, Ouro Preto

d'0este e ESE0P em Rondônia, foram colhidos a cada quinzena

100 frutos ao acaso, entre àqueles que apresentavam sinais de

postu1-as de e. humeropictus. Os locais toram avaliados em

fevereiro de 1987, d ezembro de 1987 e maio de

1988. As amostragens foram feitas em uma s6 lavoura, para

cada localidade, Cacoal, por nào apresentar

frutos em nómero suficiente na dat a programada para a última

colheita.

Os frutos foram avaliados, registrando-se os

sinais de OvlPOSiiji:àü fo:•. par te e

imediatamente após a colheita.


13.

3. 4. Idade do fruto preferida para oviposi.ão de C.

humeropictus.

o trabalho foi conduzido na Esta�ão

Experimental ESEOP/CEPLAC, em Ouro Preto d"üeste, Rondônia,

numa área com alta incidência d e broca nos três últ�mos anos.

Foram feitas sete poliniza.aes artificiais subseqõententes,

iniciadas em primeiro de dezembro de 1987. Após 15 dias da

primeira poliniza�ào, os frutos foram protegidos com sacos

de polietileno transparentes e perfurados nos cantos, para

permitirem a passagem da àgua das chuvas.

Em 15 de abril de 1988, os frutos ficaram

sujeitos ao ataque por 15 dias. �xpôs-se uma quantidade de 50

frutos para caca idade de 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5; ½,O e 4,5

meses. No mesmo periodo, na àrea experimental, foram

escolhidos ao acaso 50 frutos em matura��o, para servirem de

testemunha. Dos frutos da testemunha removeram-se os sinais

de posturas e no final da exposi��o registraram-se as

oviposi�ôes em cada idade. Na figura 3, \p.28> verifica-se o

tamanho relativo dos frutos polinizados artif1c1almente, no

primeiro dia da exposi��o. A incidência de posturas foi

registrada no último d1a ao ataque e a

porcentagem de amêndoas danificadas era avaliada em cada

colheita semanal. Os frutos a madureceram com idade média de

cinco meses.
14.

3. 5. Flutua�ão populacional de larvas de C. humeropictus.

A popula�ào de larvas foi avaliada por um

periodo de dois anos a partir de abril de 1986. O estudo foi

realizado numa lavoura comercial implantada em 1977, no Lote

9 da Gleba 19, em Ouro Preto ct•üeste, Rondônia. A cada

quinzena, amostraram-se ao acaso 100 frutos maduros que foram

analisados no laboratório da ESEOP/CEPLAC. Registraram-se os

frutos sadios e doentes e a ocorrência de broca nesses

frutos. Dessas amostras, foram tiradas as médias mensais e os

dados foram expressos em porcentagem relativa ao nómero de

frutos colhidos.

3. 6. Flutua�áo populacional de C. humeropictus na fase

adulta.

A popula�ào foi avaliada por um perlodo de

tres anos a partir de abril de 1985. O e studo foi realizado

na mesma área descrita no item 3.5 e a metodologia de

amostragem foi a descrita no item 3.1. A área total da

lavoLffé:l. ei-a de 13 hectai-es, mas a flutua(ii:âo populacional fo1

amostrada em cinco hectares localizados numa faixa de 200

metros junto à mata, onde havia concentra�ao do ataque. A

cada quinzena, amostraram-se cinco cacaueiros da bordadura

nas duas filas Junto a mata e cinco no interior da área, com

a finalidade de estudar a flutua��º populacional em cada


15.

da lavoura e os da mata, em determinados perlodos do ano. o


nómero de insetos capturados nas duas coletas mensais, nesses

locais, representou a popula��o de cada mes e foi c orrelacio­

nado com dados climáticos.


16.

4. RESULTADOS E DISCUSSAO

4. 1. Compara•�º de métodos de amostragem para captura

de C. humeropictus, em cacaueiros.

Os resultados do estudo comparativo que

determinaram o método de amostragem da populaij�o da broca

dos frutos do cacau, encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1. Captura de C. humeropictus pelo método do sacolejo,


comparado aos métodos de choque com inseticida e
armadilha luminosa. Ouro Preto d'Oeste, Rondônia,
1985.

Metodologia Periodo avaliado No. de amostras No. de


insetos

Sacolejo Mar�o de 1985 90 cacaueiros 88

Armadilha Janeiro a mar�o


luminosa de 1985 12 noites 04

Choque com Abril de 1984


inseticida mari.o de 1985 150 cacaue11-os 02

O nõmero de insetos capturados pelo método do

sacolejo Tabela 1 foi de 88, contra um n�mero reduzido de 4


17.

e 2 insetos, respectivamente para os mêtodos da armadilha

luminosa e do choque com inseticida. Devido às amostragens

não serem todas feitas no mesmo periodo e na mesma àrea e n�o

havendo dàvidas na escolha e ntre os mêtodos testados,

dispensou-se a anàlise estatistica e optou-se pelo método do

sacolejo apresentado por TREVISAN et alii (1989) porque os

insetos s�o amostrados com facilidade e dispensam o uso de

inseticidas, acessórios e equipamentos obrigatórios nos

outros dois métodos. O sacolejo pode também ser aplicado para

e�timativa da popula•ão absoluta de insetos numa lavoura e,

além disso, captura insetos vivos, o que permite a utiliza�ão

desses insetos em outros estudos como a migra�ào estudada por

GARCIA et alií (1988b).

·outros insetos, principalmente da Ordem Cole-

6ptera são facilmente coletados, porém um inconveniente deve

ser citado: sacudidas muito vigorosas ou por tempo além do

recomendado podem provocar danos no ped�nculo dos frutos e

até mesmo a sua queda.

O método do cHoque com inseticida, embora o

mais utilizado para estudos de flutua��º populacional de in-

setas associados ao cacaueiro (ABREU, 1971; GARCIA, 1979;

BENTON, 1982; BICELLI, 1983), n�o se mostrou eficiente para a

coleta de C. humeropictus na fase adulta. Talvez, o compm-ta-

mento desse inseto em fingir-se de morto quando amea•ado,

seja a causa do insucesso do mêtodo do choque, pois verifi-

cou-se que, no momento da aplica��º do inseticida, alguns


18.

insetos caem no pano, mas abandonam o local antes da coleta.

Tendo em vistas esse comportamento e as caract�risticas da

cultura do cacau, nenhum dos métodos apresentados por

SILVERIRA NETO et alii (1976) seria eficiente�·

A armadilha luminosa utilizada modelo "Luiz de

Queiroz" <SILVEIRA NETO & SILVEIRA, 1969), é destinada a

atrair e capturar insetos de vôo noturno, fototrôpicos

posibtivos. Estudos realizados por SILVEIRA NETO (1972), com

armadilha luminosa, demonstraram que os insetos da Familia

Curculionidae praticamente n�o s�o atraidos pela luz.

4. 2. Incidência de oviposic"lio de C. humeropictus em

frutos de cacau colhidos em diferentes alturas.

Os resultados demonstrados na Figura l

indicam que 62,0¼ dos frutos localizados na faixa inferior de

0,5m receberam posturas e a média de ataque até lm de altura

foi de 68,5 ¼.

Na faixa onde se encontra a coroa {primeira

bifurca�âo entre lm e 1,5m), a incidência foi de 96,0¼ e na

copa praticamente nâo houve varia��º nas diferentes alturas,

sendo de 92,4¼ a incidência m6dia de -ataque nessa parte.

A distribui��º média dos frutos encontrada

no tronco, coroa e copa foi de 19¼, 11¼ e 70¼,

respectivamente para cada parte (Figura 1).


19.

No. de Posturas(¼) Distri


Frutos por por bui��Õ
faixa parte dos
frutos

4,0

3,0 ...........

100 95,0

2,5 92,4¼ 70¼

119 92,5

2,0

115 90,5

1 ,5

76 96,0 96,01. 11¼

1,0

52 75,0

0,5 68,5¼ 19¼

71 62,0

Figura 1. Distribui�ao dos frutos no cacaueiro e ataque de


e. humeropictus. Ouro Preto d'Oeste, Rondônia, 1988.
20.

Pela análise de regressao aplicada entre

altura dos frutos na planta e porcentagem de infesta��o, da


2
Figura 1, encontrou-se o coeficiente de determinai�º R=91,32¼

que fornece a porcentagem de varia��º de V (porcentagem de

frutos atacados) explicada pelo modelo de regress�o

1/Y=9,4540E-3 + 3,3117E-3/X, indicando que os frutos mais

altos foram mais atacados . A mesma regress�o feita entre

altura e nõmero de frutos por faixa de altura, apresentou um


2
coeficiente de determina�âo R=74,77¼ e o modelo encontrado

f9i Y=50,1223 + 22,1475X, indicando-se que a frutifica�ão

aumenta linearmente com a altura da faixa na planta. Porém,

se nlo for considerada a �ltima faixa (frutos colhidos acima

de três metros) nâo ocorre mais significêtncia entre altura e

nõmero de frutos por faixas, mas para altura e incidência de

posturas ainda existe correlacâo positiva e significativa e

nesse caso, o modelo encontrado foi Y= 63,9667 + 12,1143X com


2
R=68,57¼.

Amaior incidência de broca foi observado nas

regiaes da coroa e da copa do cacaueiro.

Essas observarpdes s2fo de interesse prático,

a constasta•2(o de um ataque diferenciado e a

distribui�ão dos frutos nas diferentes alturas indicam onde

se fazer o controle, visando a prote�âo dos frutos contra

oviposi�âo.
21.

Baseado nos resultados encontrados, su9ere-se

que para a avalia��º do ataque de brocas em cacau, deve-se

amostrar preferencialmente os frutos mais velhos localizados

na coroa (primeira bifurca�ao> e copa do cacaueiro, porque

nesses locais ocorrem maior frutifica.ão e ataque da broca.

Porém, deve-se observar que a distribui�âo de frutos no

cacaueiro 6 variàvel, estando principalmente em func;:�o da

idade e do espa�amento utilizado.

4. 3. Parte do fruto preferido para oviposi��o de C.

humeropictus

Na Tabela 2, encontram-se os resultados da aná-

lise da vari�ncia, relativos ao delineamento inteiramente

casualizado com esquema fatorial para o comportamento de

oviposic;:�o de C. humeropictus em frutos de cacau.

Tabela 2. Oviposi.�o de C. humeropictus em fi-utos de cacau


considerando duas partes do fruto, três periodos
e quatro locais.

C. V. ·e. L. Teste F Significancia

Periodo (PE> 2 11,29 ** 0,001


Local <LO) 3 50,40 ** 0,001
Parte do fi-uto (PF) 1 682,14 ** 0,001
Interac;:21o <PExLO) 6 26,46 ** 0,001
Inte1-ac;:�o <PExPF) 2 0,74 ns 47,520
Intei-ac;:21o (LOxPF) 3 4,74 ** 0,270
Intei-ac;:ào (PExLOxF'F) 6 1,06 ns 38,550
Residuo 2376

TOTAL 2399

Dados transformados em¼X+0,5). Coeficiente de variac;:ão:41,74½


22.

O teste F s6 n�o foi significativo ao nivel

de 5¼ de probabilidade, para a intera�âo entre periodo e

partes do fruto e para a intera��º tripla.

A Tabela 3, apresenta as m�dias dos fator�s

e a comparaé;:�o pelo teste de Tukey .

Tabela 3. Quadro das m�dias. Compara��º entre as médias


transformadas dos fatores local e periodo e sua
respectiva intera��º para oviposi��o de C.
humeropictus em frutos de cacau.

Locais \ Periodos. Fevereiro 1987 Dezembro 1987 Maio 1988

Ouro Preto 1,9941 b A 1,8322 b A 2,1732 a


ESEOP 1,4553 b e 1,5868 b B 2, 1978 a
Cacoal 1,7597 a B 1,8161 a A 1,4121 b
Jai-u 1,4543 a e 1,5255 a B 1,5165 a B
-------------------------------------------------------------
Médias seguidas da mesma letra minóscula na horizontal
e mai6scula na vertical, nâo diferem entre si ao nivel de 5¼
de probabilidade, pelo teste d e Tukey.

A discuss·�o dos par·àmetros � ap_resentada a

seguir:

4. 3. 1. Períodos.

Na Tabela 3, verifica-se que nos dois periodos

avaliados em 1987, h�o fm-am enconti-adas diferen1;:as

estatísticas significativas. Mas, para o �ltimo periodo,

maio de 1988, os locais Ouro Preto e ESEOP foram superiores

estatisticamente aos anteriores, o que indica um aumento do


23.

ataque de broca nesses locais.

Em Cacoal, houve reduGâo estatisticamente

significativa do ataque de 1987 para 1988, porque nesse

periodo, como nâo havia frutos disponiveis na lavoura

selecionada, foi amostrada uma outra que era menos atacada.

Outra lrea foi escolhida, porque o principal objetivo era

verificar a parte do fruto preferida para posturas.

Em Jaru, no entanto, não ocorreram diferen�as

estatisticamente significativas entre os periodos, tendo em

vista os cuidados dispensados pelo agricultor para evitar

maiores perdas com o ataque da broca, impedindo assim o

aumento do ataque.

4. 3. 2. Local.

Para a primeira avaliaG�O (fevereiro de

1987 >, conforme Tabela 3, Ouro Preto foi o local mais

·atacado, seguido de Cacoal, que diferiu dos demais. As

localidade de Jaru e ESEOP foram as que apresentaram o menor

nõmero de posturas sem diferirem entre si, estatisticamente.

Para o segundo periodo, 1987,

Ouro Preto e Cacoal foram superiores e nào diferiram entre si

quanto ao nômero de posturas recebidas, enquanto que ESEOP e

Jaru foram estatistica�ente inferiores sem diferirem entre

si.
24.

No último periodo de avalia��o, maio de 1988,

a incidência de posturas foi superior e estatisticamente

idêntica para as localidades de Ouro Preto e ESEOP, enquanto

que para Cacoal e Jaru houve menor oviposi•ão e foram

estatisticamente iguais.

Em uma abordagem geral, considerando local e

perlodo, o Municlpio de Ouro Preto d'Oeste apresentou-se como

o local mais atacado por C. humeropictus por ter recebido

maior ndmero de posturas nos trés períodos avaliados. o


ultimo período avaliado apresentou-se superior para as

localidades de Ouro Preto e ESEOP, o que demonstra ter havido

um aumento da broca nessas àreas. Para Cacoal houve

diminui(;:âo, mas deve-se considerar que foi feita amostragem

em uma lavoura diferente. Em Jaru, o ataque se

estivei durante o periodo de avaliai�º·

4. 3. 3. Parte do fruto.

A parte inferior do fruto foi a

para postura, conforme Figura 2 e Tabela 4, independentemente

da localidade e a porcentagem média de incidência de

posturas nessa parte foi de 74'1� (Figura 2), onde

vei-ifica-se que a pi-efen�ncia foi pi-aticamente constante pai-a


os locais e periodos avaliados.
25.

E,Q

70

t!O

�o

""º
.so

20


l!!I e D

Fevereiro de 1987. Dezembro de 1987. Maio de 1988.

Figura 2. Porcentagem de posturas colocadas na parte


inferior do fruto de cacau por C. humeropictus,
em diferentes locais e periodos.

A) Ouro Preto. B> ESEOP. C) Cacoal. D) Jaru.

Na Tabela 4 s�o apresentadas as médias dos

fatores avaliados e a compara•ão entre eles pelo teste de

Tukey.

Tabela 4. Comparaiao entre as médias transformadas dos


fatores, local e parte do fruto.

Local Parte supe1-ior Parte inferior

Ou1-o Preto 1,5730 b A ·2, 4266 a


ESEOP 1, 3285 b B 2, 1648 a
Cacoal 1, 2598 b B 2,0654 a
Jai-u 1, 2093 b B 1,7882 a e

Médias seguidas da mesma letra min6scula na ho;- i zonta l e


maióscula na vertical náo diferem a nivel de 51/+ de
probabilidade, pelo teste de Tukey.
26.

Na Tabela 4, a parte inferior do fruto foi a

que recebeu maior nómero de posturas em todas as localidades,

indicando que o fator local n�o interferiu no comportamento

de oviposicâo quanto à parte do fruto. Essa constataGão é


importante, pois ao se fazer pulverizaGões com inseticidas

nos frutos deve-se proteger prioritariamente a parte mais

suscetivel dos mesmos.

Na comparaGâo das partes superior e inferior

dos frutos nas diferentes localidades, verificou-se que em

Ouro Preto houve maior posturas para as duas partes do

fruto, diferindo estatisticamente das demais, enquanto que

as localidades apresentaram o mesmo nivel de

infesta��º para a parte superior e, com rela�ào a parte

inferior, Jaru se mostrou a menos infestada de todas.

Em observaGBes de campo, verificou-se que para

a�propriedade de Jaru, que manteve o mesmo indice de ataque

em todas as avalia�bes, algumas medidas de controle, tomadas

pelo agricultor devem ter interferido na populaGão do inseto

e evitado um maior ataque na lavoura duranté o periodo em

que foi avaliada.

Dentro das medidas tomadas pelo agricultor e

que foram acompanhadas, na maioria, orientac;:ào de

t&cnicos da CEPLAC, destacam-se as seguintes: foi feito um

aceiro entre a lavoura e uma faixa de mata junto a

raleou-se o sombreamento defin1tivo da àrea; fez-se colheitas

fre9Õentes com quebra dos frutos fora da àrea; a l avou1-a foi


27.

mantida sempre desbrotada e feita a retirada das Vassouras-

de-Bruxa à medida em que surgiam; foi feita uma poda que

deixou os cacaueiros com as copas menos densas.

1 nvestigaíi="t'>es dever·ào feitas para

evidenciai- se hà ou não vantagem em termos de produ�ão,

quando avaliado o custo e o beneficio de cada medida adotada

na tentativa de conter os danos causados pela praga.

4. 4. Idade do f1-uto preferido para oviposiGào de C.

humeropictus.

Os resultados obtidos com o ataque da broca

dos frutos do cacau em oito faixas de idade est�o na Tabela

5, e o tamanho relativo dos frutos, expostos na Figura 3.

Tabela 5. Incidenc1a e danos de C. humeropictus, em frutos de


cacau de diferente s idades. Ouro Preto d'Oeste,
Rondônia, 1988.

Posturas Porcentagem de danos


Idade No. de
<Mês) No. (¼) Amêndoas Mecànicos(M) GerminadasCG) ADG Total

1,5 o o,o 350 o,o o,o o,o o,o


2 ,0 39 4,0 260 0,8 o,o 1 , ::, 2,3
2,5 75 7,7 474 3,6 0,2 1,9 5,7
3,0 82 8,4 529 8, 1 0,8 1,1 10,0
3,5 118 12,2 755 9,9 1,8 1,5 13,2
4,0 179 18,4 635 12, 1 0,2 2,0 14,3
4,5 190 19,6 1330 o,o o,o o,o o,o
Test. 288 29,7

TOTAL 971 100,00

ADG= Améndoas com danos mecànicos que germinaram.


28.

5 cm

Figura 3. lamanho dos frutos resultantes de polin1zaij�o


artificial no primeiro dia de exposi��o ao ataque
de C. humeropictus, Ouro Preto d'Oeste, Rondônia.
29.

Os resultados contidos na Tabela 5 most1-a.m

que as posturas ocorreram a partir de dois meses e foram

crescentes até a matura�ào.

As oviposi�bes nos frutos a partir dos quatro

meses e meio representaram 49�3¼ do total e n�o provocaram

danos, porque náo houve tempo suficiente o

desenvolvimento das lai-vas até a colheita.

Os danos mecanicos foram os mais expressivos,

atingindo até 12,1¼ das amêndoas dos frutos expostos aos

quatro meses e meio. A maior in�idência de amêndoas

germinadas e com danos mecanicos, foi também aos quatro

meses e meio, com 2,1¼. A maior germina��º em conseqõência

da presen�a de larvas no fruto foi de 1,9¼ aos trés meses e

meio, mas caso os frutos n�o fossem colhidos a cada semana e

sim, a cada quinzena, conforme intervalos recomendados, os

danos podei-iam ser ma101-es. Além do mais, frutos broqueados

na lavoura sào infectados por doen�as, <GARCIA et alii,

1986).

Os frutos com idade entre tres e quatro meses

receberam 82¼ dos danos ralat1vos totais; portanto, essa é a

idade crítica dos frutos ao ataque da broca e deve ser

considerada quando da implanta�âo de maneJo para controle da

mesma.

Na Figura 4 s�o apresentados os danos

causados pela broca.


30.

Figura 4. Frutos de cacau atacados por C. humeropictus.

1) Frutos com posturas.


2) Postura removida na parte inferior do fruto.
3) Danos internos.
4) Améndoas danificadas e germinadas.

Medidas como, evitar o transporte de frutos

atacados para ires sem a praga, colheitas mais freqõentes,

quebras rápidas e subseqUente destruic�o ou tratamento do

casqueiro, podem auxiliar no controle e conter a dissemina�io

do inseto.

MUNFORD (1984) fez uma revis�o crítica do

controle da broca do cacau causado pela mariposa Acrocercops

cramerella na Africa; entre outras medidas de controle, foram

citadas a prote��o dos frutos com sacolas individuais e a

retirada da frutifica��º total em determinado período, com a

finalidade de impedir o ataque na frutifica��º principal.


31.

No cacau hibrido, os frutos mais idosos foram os

preferidos para a oviposi•ao, mas como são colhidos e

quebrados, interrompe-se o ciclo da praga para a maioria das

larvas, impedindo assim o seu aumento populac1ona1, o que n�o

aconteceria com o cacau silvestre, cuJos frutos náo sao

colhidos na mata.

Verificou-se ainda que, para o cacau cultiva­

do, 49,3¼ das posturas foram colocadas a partir de �,� meses

de idade dos frutos e, desse modo, parece evidente que o

inseto está mais adaptado ao cacau silves�re que ao cacau

cultivado, pois as posturas colocadas nos frutos a partir de

4,5 meses n�o permitem que os inseto completem seu ciclo,

quando colhidos ao alcan•arem a matura�áo.

Isto sugere que tenha ocorrido um longo

processo de coevolu��o adaptativa entre o inseto e o seu

hospedeiro natural (cacau silvestre) em Rondonia.

Em condi•ões de campo, foi observado que os

danos nas amêndoas iniciam-se a partir dos 25 dias da postu­

ra. Observou-se tamb�m que muitas larvas apôs o último tnstar

abandonam os frutos maduros para empuparem no solo, tanto an­

tes como após a colheita e poucas larvas saem de trutas ver-

des. Para evitar que larvas abandonem os trutos e venham a

completar o ClClO no solo, é recomendável que os Trutos

colhidos em áreas infestadas com a broca seJam colocados em

recipientes que evitem a saida das larvas, durante o seu

manuseio na lavoura.
32.

MENDES & GARCIA (1989), preocupados com as

larvas que saem dos frutos e dirigem-se para o casqueiro, no

local da quebra, testaram vàrios produtos quimicos e

encontraram que methamidophos e endosulfan foram os insetici­

das de melhor eficácia entre os testados contra essa fase do

inseto.

4. 5. Flutua�ào populacional de larvas de C. humeropictus.

O estudo da flutua��º populacional de larvas

de C. humeropictus baseou-se no levantamento de frutos

broqueados que foram colhidos quinzenalmente na área

experimental, cuJos valores mensais constam da Tabela 6.

Tabela 6. Número e porcentagem de frutos broqueados de um


total de 200 frutos colhidos mensalmente. Ouro
Preto d'Oeste, Rondônia.

NüMERO DE FRUTOS BROQUEADOS

Més 1986 1987 1988 Média Poi-entagem


----------
Jan.
--------------------------------------------------
115 92 103,5 52,0
Fev. 148 114 131,0 65,5
Mar. 110 66 88,0 44,0
Abr. 125 49 87,0 43,5
Mai. 78 96 87,0 43,5
Jun. 87 79 83,0 41,5
Jul. 53 35 44,0 22,0
Ago. 11 28 19,5 10,0
Set. 17 9 13,0 6,5
Out. 24 6 15,0 7,5
Nov. 48 57 22,5 11, 5
Dez. 89 84 86,5 43,5
33.

Pela média mensal do número de frutos

broqueados da Tabela 6, observa-se que houve ocorrência de

larvas durante o ano todo na lavoura, havendo uma tendência

de diminui�ão na infesta�ào de mar�o atê setembro, quando se

constatou a menor popula��o média e um ?Umento dessa mesma

infestai;:"ào de outubro atê o mês de fevereiro,

quando se atingiu o acme populacio1'1c.Ü.

Tal flutua�ào pode ser melhor explicada

ainda, fazendo-se uma compara�ao entre os percentuais de

frutos broqueados (Figura 5) e os percentuais de frutos

disponiveis segundo dados de ANDEBRHAN (1988) da Figura 6.

Pelos dados dessas Figuras, pode-se notar que,

a maior infesta�ão dos frutos ocorreu de Janeiro a maio coin-

cidiu com 71¼ da frutificaGio anual de cacau na àrea, para o

período estudado.

Tal observa�ào levou ao desenvolvimento de

uma análise de 1-egressifo linear entre a disponibilidade real

de frutos e a porcentagem de ataque da praga, sendo

constatado um valor de R =78,86¼, e o modelo da equaG�O foi

\'Y=0,58 + 0,489BVX, indicando que ê maior o ataque de broca

dos frutos nos meses de maior frutifica��º-


34.

70

60

50

40

< 30

20

10

/
o ./ � �
.J F' M A ),,1 .J .J A s o N D

Figura 5. Flütua�âo populacional de larvas de C. humeropic­


tus. Média entre, abril de 1986 e mar�o de 1988.
Ouro Preto d"Oeste, Rondônia.

,e
17
115
,s
a.â
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14

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N D
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Figura 6. Frutos de cacau disponiveis para ataque.


Adaptado de ANDEBRHAN (1988).
35.

Por outro lado, do total de frutos broqueados

da Tabela 6, foi registrada em separado a ocorrencia de

larvas em frutos doentes e sadios, como pode ser visto na

Tabela 7. Foi observado também que a insidência média da

doen.:a Vassoura-de-Brúxa nos fi-utos avaliados foi acima de

50¼ de fevereiro à agosto (Apêndice 3).

Tabela 7. Número e porcentagem de frutos broqueados que esta­


vam doentes CD> ou sadios (S). Ouro Preto d'Oeste,
Rondônia.

Mês 1986 1987 1988 Mêdia Poi-centagem


D s D s D s D s D s
------------------------------------------------------------
Jan. 66 29
49 39,0 64,5 19,5 32,5 63
Fev. 38 110 94 20 66,0 65�0 33,0 32,5
Mar . 57 53 51 15 54,0 34,0 27,0 17,0
Ab1-. 74 51 27 22 50,5 36,5 25,5 18,5
Mai. 43 35 61 35 52,0 35,0 26,0 17,5
Jun 46 41 35 44 40,5 42,5 20,5 21,5
Jul. 30 23 18 17 24,0 20,0 12,0 lú,O
Ago. 6 5 21 ...,i 13,5 6,0 7,0 3,0
Set. 4 13 5 4 4,!:, 8,�J 2,5 4,5
Out. 4 20 2 4 3,0 12,0 1,5 6!'0
Nov. 2 46 9 48 C' e:-
'-l !& ,WC 47,0 3,0 23,!:,
Dez. 2 87 36 48 19,0 67,5 9,5 34,0
------------------------------------------------------------

Observa-se que, tanto para frutos doentes

como em frutos sadios, houve ocorrência de larvas em todos os

meses do ano, sendo que para uma melhor visual1za�ào desses

dados, elaborou-se o gráfico das porcentagens médias da

infesta�ão em frutos doentes e sadios, calculado a partir da

rela�ào entre a porcentagem média de frutos doentes (Ap�ndice

3) e a porcentagem média de frutos broqueados (Tabela 7).


36.

A FigLn-a 7 representa a porcentagem de

frutos doentes e sadios dos 200 frutos colhidos a cada

mês que foram atacados de broca.

S4 �1=.::::.-�,.__-------------------------------
.S2 ....
l!IO
li
/ 1
28 / 1
26
24
22
20
U!
,a
14

j ,, J J
/ /Í
-----"'
N
1

e Doentes + Sadios

Figura 7. Porcentagem m�dia de ocorrenc1a de broca em frutos


de cacau sadios e doentes em rela�áo à média
mensal de frutos broqueados. Ouro Preto d'Oeste,
Rondônia.

Observa-se pela Figura 7, que mais de 15¼ dos

f rutos doentes colhidos entre novembro e julho estavam

perlodo esse que coincide com alta frutifica�ào

(Figura 6). J� a ocorréncia de larvas em fl-utos sadios foi


37.

maior que em frutos doentes nos meses de setembro a

pei- iodo onde ·foi maior a taxa de infcGâo dos frutos por

doen�a (Apêndice 3).

A ocon-encia de larvas em fi-utos doentes tem

1mportancia, porque nestes há condi�bes para as

completarem o ciclo, dependendo do estágio da doen�a e idade

além do mais, partes dos frutos doentes sâo

pelos

cacau1cultores da regiào.

Para se concluir os dados da Figura 5 com a

d1spon1bil1dade de frutos da estabeleceu-se

as regressóes da Tabela 8.

Tabela 8. Rela�áo entre frut1f1caGáo d1sponivel e ocorrenc1a


de broca em frutos sadios e doentes.

Frurtos disponive1s
versus total de Modelos leste
frutos broqueados F

Doentes VY=O, 33'+5+0, 4601 VX 119,62 * 92,29

Sad1os Y=-�,1374+3,7160LNX 3,79 ns 27,47

estes resultados, observa-se que houve

uma correla�áo entre frutos doentes broqueados e frutos

disponlveis e n�o houve com frutos sadios broqueados. Isto

talvez possa ser explicado pelo fato de haver uma incidéncia


3,..o.
,

maior de doen�as no periodo de maior frutifica��□ e menor

f 01-a dela, em decorrência da maior esporula��o de Crinipelis

perniciosa nesse periodo, segundo ANDEBRHAN (1988).

4. 6. Flutua�ao populacional de C. humeropictus na fase

êidulta.

Os resultados da amostragem da populati<êtO

adulta de C. humeropictus encont1-am-se na Tabela 9 e a

representa��º gràt1ca nas Figuras 8 e 9.

Tabela Numero de adultos de C. humeropictus, coletados


na bordadura e 1nter1or de uma lavoura de cacau.
Ouro Preto d'Oeste, Rondônia.

Mes 1985 1986 1987 1988 Popu 1 a!ii áo


B I B I B I E: l Média.
-------------------------------------------------------------
Jan. 41 32 26 26 15 16 52,0
Fev. 48 27 12 22 1'+ 12 45,0
Ma1-. 29 28 13 27 o/
25 43,7
Abr . 16 1 ::, 7 26 20 30 38,0
Maio 20 42 28 45 8 14 52,3
Jun. 9 86 8 65 10 ,..,,...,
C/ 68,3
Jul. 17 104 2 28 19 33 67, 7
Ago. 7 88 22 38 10 10 58,3
Set 30 94 15 32 6 25 67,3
Out. 48 26 4 19 11 35 47,7
Nov. 54 ='"'
..Jc 11 19 1 (l 22 56,ú
Dez. 64 47 20 11 26 40 69,3
-------------------------------------------------------------
B = 8ordadw-a.= 1 = 1 ntei- ioi-. Media L(B+I)/3
39.

o 400~q
\~
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~
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Figura 8. Dados médios de três anos de flutuaiáo populacional


de adultos de C. humeropictus associados à fruti-
fica~~o e aos fatores climá~icos durante o perlodo.
Ouro Preto d'Oeste, RondOnia, 1988.
40.

Observa-se que pelos dados médios da

popula��o, ocorreram três picos populacionais: o primeiro de

junho a julho e outros em setembro e dezembro, sendo que em

abril foi registrada a menor popula�ão.

Optou-se pela representa��º gráfica da média

populacional registrada (de abril de 1985 a mar�o de 1988),

porque a média representa melhor a popula��o desse periodo,

já que as flutua�ões anuais foram muito irregulares. Além do

mais, no local onde foram amostrados os insetos houve várias

interferências, tais como: a lavoura encontrava-se semi-

abandonada, quando foi instalado o experimento e era alta a

incidência de Vassoura-de-Bruxa, doen�a causada pelo fungo

Crinipelis perniciosa, com alta incidência em frutos

(Apêndice 3).

Com a instala�io dos experimentos, a área foi

mais adequadamente manejada e isso pode ter interferido na

popula��o do inseto. Os dados mostraram que, numericamente,

capturou-se menos insetos nos dois últimos anos de amostragem

que no primeiro. Todavia, a pequena var1a�áo populacional

ocorrida nesse periodo, pode ter sido devido a grande

longevidade dos insetos adultos, conforme constatado por

GARCIA et alii l1988c). Entretanto, esses dados estào de

acordo com as observa�óes de MENDES et alii (1988d e 1989)�

que constataram a ocorréncia da praga em cacau tanto na fase

larval como na fase adulta, durante todos os meses do ano.


41.

Resultados semelhantes aos encontrados em C.

humeropictus, foram relatados por BENTON (1982) com a espécie

C. curvicastatus, em levantamentos populacionais de insetos

realizados em cacauais da Bahia, e por LAFLEUR & HILL (1987)

para e. nenufar, praga das macieiras nos EUA., onde o inseto

se mostrou associado à fenlogia da planta.

Foram feitos estudos de correla��o entre o

nómero mensal de insetos capturados nos três anos de

observa�bes e os fatores clim�ticos (Apêndice 1).

Nâo foi constatada influencia significativa

de umidade relativa, precipita��º pluvial e temperatura

média, quando esses dados foram comparados isoladamente, mas

ao ser aplicada uma análise de regress�o múltipla,

considerando-se o número de insetos a variàvel dependente e

os fatores climáticos como variáveis independentes, foi

constatada significancia a nfvel de 6,9¼, através do modelo:

Y = BO + B1X1 + B2X2 + B3X3. (Apéndice 4).

Isto indica que a flutua�ào populacional de

e. humeropictus é dependente desses fatores climàt1cos, que

atuam conjuntamente na regiào.

Por outro lado, analisando-se isoladamente a

flutua�ào populacional da praga na bordadura e no interior da

lavoura de cacau, conforme Tabela 9, nota-se que houve


42.

diferen~a as popula~ões nesses locais, o que fica

evidenciado pela Figura 9.

1,0 -r---------------------------------------------------------------------------,
100 -

SD -

ao -
70 -

% .,0 - i
"::J
g- 50 -
j
:l(
1
40 -
I
"
30 - "
/

A M J J A 5 o N D J ~ U U A U J ~ A 5 N o J ~ U A W J J A S C N D •

t----1985----\ 1-1- - - - 1986 ----l1l1----1 987----~1 1-1988

+ =
Fi9ura 9. Flutua~áo populacional de C. humeropictus.
Preto d'Oeste, RondOnia.

Por estes dados, observa-se que c.


humeropictus ocorreu o ano todo nos dois locals, embora seus

picos populacionais se alternassem no decorrer desse periodo,

tendo sido notada uma malor popula~~o na bordadura apenas em

ou seja, de outubro de 1985 a mar~o de 1986,

de de 1986 a fevereiro de 1987 e de fevereiro a

manji:o de 1988. Disso deprende-se que e}~ i s te uma

popula~âo da praga no interior da cultura do que na


43.

ra, dado esse confirmado pelo teste "t'', que se mostrou sig­

nificativo a o nlvel de 5¼ de probabilidade. Isso pode indicar

que tanto os insetos que migram da mata para a lavoura quanto

os que dai emergem, encontram condi�ões favoràveis para a sua

perman�ncia e n'ào mais retornam à mata, como ocorre com a

espécie e. nenufar, que migra para as macieiras quando

inicia-se a floraG:ào e retorna à mata no outono, com a perda

de sua folhagem, segundo LAFLEUR et alli (1987). Esse

comportamento não foi constatado em e. humeropictus,

pi-ovave 1 mente poi-que o cacaueiro não tem as mesmas

caracterlsticas da macieira.

Pela Figura 9, observa-se ainda que ocorreu

uma alta popula�ào da pr�ga no interior da cultura no inicio

do levantamento. Todavia, este fato não se repetiu nos anos

subseqõentes devido, provavelmente às, condi�ões de cultivo

ou seJa, a lavoura estava semi-abandonada e com uma

densidade de copa muito grande, além de haver alta incidencia

de Vassoura-de-Bruxa, condi�bes estas que foram poster1ormen-

te alteradas.
44.

5. CONCLUS�O

Pelos dados observados para e. humeropictus

nas cond1�ões em que foram realizados os experimentos,

chegou-se às seguintes conclus8es:

1) Os insetos sào facilmente coletados pelo método do saco­

lejo.

2) A popula��o de adultos ocorre durante todos os meses do

ano.

3) A flutuac�o populacional das larvas apresenta um pico po­

pulacional por ano na época de maior frutifica�ão.

4) Hà preferência de oviposi�ão pela metade inferior do

fruto.

5) A preferencia para oviposi�âo aumenta com a idade dos

frutos a partir dos 2 meses.

6) S6 ocorre danos nos frutos atacados entre 2 e 4 meses

de idade.

7) Os frutos com idades entre 3 e 4 meses sáo os mais

danificados.

8) Os frutos localizados abaixo d e um metro no tronco s�o

menos atacados que os localizados em alturas superiores.


45.

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TREVISAN, O. Principais coleobrocas do cacaueiro na Amaz6n1a.

Belém, Faculdade de Ciências Agrárias do Estado do Pará,

1982. llp.

TREVISAN, o.; SILVEIRA NETO, s.; GARCIA, J.J.S. Amostragem

pelo método do sacoleJo de Conotrachelus humerop1ctus

Fiedler, 19�0 ,coledptera: Lurcul1on1dae> em diferentes

horários. ln: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENlOMOLOGIA, 12. ,

Belo Horizonte, 1989. Resumos, Belo Horizonte, SEB,

1989. p.132.
PÊNDICES
c-c
....J....J.

Ap~ndIce 1. Dados clImátIcos.

Ano !-Yec IpI tê:l~àü dade


Ufil1 lemperatura
(mm) Relativa Medlêl.

1985 Fevere1ro 186,6 87,1 2,+,3


1'1 a njL o 2'+9,4 Há,!::; c,+,!::.!
Abi- i 1 '+35,7 87,6 2,+,,+
Na10 9C',i:::' 8'i,1 28,8
Junho 0,0 76,4 21 ,H
Julho 3::>,0 "i6 ~ ~I CC,~I

Agosto 2,4 72,3 23,l::!


Setembro c4;:J ,:::. 'I,+,::J c~,~
Outubro 184, CJ' 81 ,:.:> 2Lt,7'
No\!embi-O 17Y,U H;:J,O 2t,,(1
Dezembro 320,3 8'/ ,;:J 24,::1
1986 JaneIro ::>~'l ,~. l::!6,0 C'4', ê:::
Fevel-elro 142,6 85, Ó} 2'+,4
1"1an~o '+96,4 88,0 2,+,(;
Abl- i 1 237,5 88,4 2,-+,:::
1"1 a 1 o 1'18,8 86,'-;' 2'-+ , (l
Junho 33,8 86,2 cC', ,J.
Julho o,u 80,;= C'i:::',b
Agosto 45,2 76, '; 2<-t,c
Setembi- o 131 , '\.J L
Hl ,b 24.l::!
OutUbi-O 259, ~I 82,2 2'+.8
Novembí-o 28i)~c ê:k} ,i:::' 2!:),c
Dezembl-o 176,2 8'/ ,o 24-.0
1987 Janelj-O 225,7 86,6 24-, ';-'
FevereIro 230,1 86,6 2~,o
1'1ar(ji:o 259,4 H6.c c~,;:::

Abril 194,7 86,0 25,3


MaIO 2~'
.,:) , .'
'i
H'-+,O 2::>,0
Junho 34,4 82, / 1""")
23,9
Julho 0,0 73,1 2,-+,()
Agosto 6,0 66,3 23,8
Setembi-o ,-+8,0 70!'f~1 26,C'
Outubl-O 113,9 7,-+,2 27,5
Novembro 2'18 ,~I H,-+,3 c6, 1
Dezembl-o 290,2 86,2 ~c:.
1--', ~
.....1
1'7'88 Janelro 305,i:::' 8:=':.,3 25,4
Fevere11-0 390,9 88, ;:. '-i&;;;
CJ, 1
Ma',-.o 296,'/ O::.l ~.;:;; C:::i, :3

Dados coletados na Esta~ao ClImatológIca da


CEPLAC, em Ouro Preto d"Oeste, kondonla.
56.

Apêndice 2. Porcentagem de frutos de cacau disponiveis


para infec�áo por Vassoura-de-Hruxa, Ouro
Preto ct·ueste, Hondônia.

Meses Porcentagem de �rutos

Janeiro 12 ,'t
Feverei 1-0 1 '7, 1
Man;:o l "l ,6
Abril 13,<+
!"1aio lU,7
Junho 'l, '+
Julho 6,2
Agosto <+' 5
betembro 2, 1
Outubro l, 8
Novemb,-o 1 ,1
Dezembi-o !,.;;
--'' o

Fonte: ANDERBHAN <1988)

Apénd1ce 3. ücorrenc1a de doen�as em trutas de cacau na área


em que se amostrou a popula�ao de larvas de C.
humeropictus.

PORC�NfAGEM DE �HUfUS UOENlES

Més 1986 1987 1'7'88 Média

Jan. 49,0 41,5 45,3


Fev. 32, ::, 8'7',0 61 ,o
9··-1

.
Mar . 63,U �
e:!' "·.J 77,8
' /1
.
Abr 63,�1 80,0 'l::i
Mai 70,0 64,5 67,3
Jun. 6'7,U 52,5 !:'9,8
Jul. 80,0 59,0 69,5
Ago. 63,0 47,5 ::.6, 3
Set. 27,5 11 =
' ...J
1 ;7,, 5
Out. 15, :'._t ::., !J (J 10,::J
Nov. 2,0 8,0 5, ()
Dez . 13,5 32,5 2;::i,o
57.

Apêndlce 4. Regesao mÚltlpla.

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