Reclamacao Trabalhista
Reclamacao Trabalhista
Reclamacao Trabalhista
DA REGIÃO DO CARIRI – CE
F) DO SEGURO-DESEMPREGO
Decorrente do reconhecimento do vínculo trabalhista entre as partes, a Reclamante faz jus
às guias SD/CD para o percebimento do seguro-desemprego, uma vez que laborou para a
Reclamada entre o período de 10/09/2021 a 04/12/2021, levando-se em
consideração que o mesmo já teve outros vínculos de carteira assinada.
A Lei 7.998/90 com as alterações introduzidas pela Lei 13.134/2015:
Art. 3º – Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem
justa causa que comprove:
I – ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a:
a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à
data de dispensa, quando da primeira solicitação;
b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à
data de dispensa, quando da segunda solicitação; e
c) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das
demais solicitações.
Ainda, a Súmula 389 do TST:
SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. DIREITO À
INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS (conversão das Orientações
Jurisprudenciais nºs 210 e 211 da SBDI-1) – Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005. I –
Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e
empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-
desemprego. II – O não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o
recebimento do seguro desemprego dá origem ao direito à indenização.
Portanto, direito devidamente reconhecido em favor da Reclamante diante do
reconhecimento e ruptura do pacto laboral.
Ø VI – DA MULTA DO ART. 467 DA CLT
Em razão de tratar-se claramente de verbas incontroversas, requer também seu pagamento
na audiência inaugural, sob pena de ser acrescida de 50% nos termos do dispositivo legal
citado.
Versa o artigo 467 da CLT que:
Art. 467. Em caso de rescisão do contrato de trabalho, motivada pelo empregador ou pelo
empregado, e havendo controvérsia sobre parte da importância dos salários, o primeiro é
obrigado a pagar a este, à data do seu comparecimento ao tribunal de trabalho, a parte
incontroversa dos mesmos salários, sob pena de ser, quanto a essa parte, condenado a
pagá-la em dobro.
Assim é que, caso a Reclamada não quitem as parcelas incontroversas à data da audiência
inaugural, é que se requer a aplicação da multa do art. 467 da CLT.
Ø VII – DA MULTA DO ART. 477 DA CLT
A Consolidação das Leis Trabalhistas determina em seu art. 477, § 6º, o prazo para que no
empregador, quando da demissão do empregado, efetue o pagamento das verbas
rescisórias.
Na relação empregatícia em exame, não foram quitadas as verbas trabalhistas no prazo
legal o acordo trabalhista, razão porque incorrem os reclamados na obrigação de pagar,
também em favor da Reclamante, a multa corresponde ao valor de seu salário, a saber R$
1.100,00 (um mil e cem reais).