Artigo Fav
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12 de agosto de 2021.
Revista da Sociedade Espanhola de
Nefrologia
INTRODUÇÃO
Devido a sua menor morbidade e maior permeabilidade, os acessos autólogos são os acessos
vasculares ideais e recomendáveis.
No entanto, uma porcentagem elevada de pacientes realiza hemodiálise através de fístulas protéticas
de PTFE.
Este acesso tem uma elevada taxa de fracasso nos primeiros 18 meses de sua realização
principalmente devido à hiperplasia intimal na anastomose venosa.
Por esse motivo, diversas sociedades recomendam o seguimento para detecção precoce de
alterações.
Sua reparação de forma preventiva é controversa, já que existem dúvidas sobre os benefícios que traz
no que diz respeito a permeabilidade e durabilidade da fístula a longo prazo.
OBJETIVO
ESTUDO RETROSPECTIVO
JAN/2009 DEZ/2019
MÉTODOS
GRUPO A GRUPO B
A detecção da estenose se realizou com base no surgimento de problemas durante a hemodiálise e/ou
alterações ecográficas, utilizando-se como critérios de gravidade e alto risco de trombose as
seguintes combinações:
Em todos os casos foi utilizado stent primário, sendo três tipos de dispostivos:
ÊXITO TÉCNICO
ÊXITO CLÍNICO
SEGUIMENTO
OBJETIVO PRIMÁRIO
OBJETIVO SECUNDÁRIO
2009 2019
2009 2019
77 incluídos no estudo
GRUPO A GRUPO B
MÉTODOS
SUCESSO TÉCNICO
GRUPO B: 100%
GRUPO A: 94,5%
2 casos: Não foi obtida abertura adequada do stent após pós-dilatação por se
tratar de estenoses longas com severa desestruturação do material protético
MÉTODOS
SUCESSO CLÍNICO
GRUPO B: 100%
GRUPO A: 91%
Quanto ao tipo de dispositivo utilizado, não existiram diferenças com significância estatística em ambos os grupos
TAXAS DE REINTERVENÇÃO
Ela condiciona uma série de consequências negativas para o paciente em terapia renal
substitutiva, aumentando a morbimortalidade, a frequência de hospitalização e o
gasto governamental.
Embora a recuperação do acesso nem sempre seja possível e diferentes autores tenham
descrito maior permeabilidade naqueles abordados preventivamente antes da trombose,
não há um consenso nas últimas diretrizes sobre a utilidade do acompanhamento.
DISCUSSÃO
O grupo espanhol de Gruss y cols., publica resultados semelhantes ao nosso estudo que
indicam que a FAV reparada após sua oclusão apresenta maior risco de perda definitiva em
comparação àquelas tratadas para estenose patente.
Embora não tenha havido diferenças significativas no tempo até a perda definitiva do acesso,
vale ressaltar que foi observada maior taxa de trombose no grupo de observação (72% vs.
44%).
LIMITAÇÕES
O que representa uma limitação importante para saber quais FAVp estavam
previamente disfuncionais e qual o método adequado para sua detecção precoce.
CONCLUSÃO
O tratamento endovascular aplicado sobre uma FAV patente apresenta maior permeabilidade
do que aquele realizado após sua oclusão.
A utilização de stents revestidos poderia melhorar os resultados frente aos dispositivos não
revestidos na recuperação de uma FAV disfuncionante.
Obrigada!