Cópia de Trabalho de Imag1 - Derrame Pleural

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Derrame Pleural

Neoplásico
Imaginologia I
Docente: Dhiego D. F. Gumieri
Alunos: Amanda Martendal
Bruna Ferreira
Gabrielle Michalczuk Padovan
Marcos Wilson Gomes
Sumário da apresentação

01 02 03
De nição Fisiopatologia Quadro Clínico
Epidemiologia

04 05 Diagnóstico
Caso Clínico Raio-X
Tomogra a Computadorizada
Ultrassonogra a
Diagnóstico Diferencial
De nição

Aumento de líquido no espaço pleural que


resulta do aumento da taxa de formação de
uído pleural, redução de sua absorção ou,
mais comumente ambos os processos.
Epidemiologia

● É estimado que o derrame pleural acometa cerca


de 3.000 pessoas por milhão;

● Nos Estados Unidos, as quatro principais causas


são:
Câncer (27%), Insu ciência Cardíaca (21%), Pneumonia
(19%), e Tuberculose (19%);

● No Brasil, causas infecciosas, principalmente a


Tuberculose.
Fisiopatologia
Fisiopatologia

● Aumento da pressão hidrostática;


● Diminuição da pressão oncótica vascular;
● Aumento da permeabilidade vascular;
● Bloqueio da drenagem linfática;
● Acúmulo de líquido no espaço pleural
Classi cação dos derrames pleurais
Transudatos Exsudatos

Desequilíbrio entre a
Lesão ou in amação
pressão do líquido dentro
da pleura
dos vasos

● Diferentes mecanismos siopatológicos;

● De nição de exsudato e transudato (Critérios de Light)


Quadro Clínico
Dor torácica tipo pleurítica Febre

Tosse Perda Ponderal

Sintomas de congestão
Dispnéia
sistêmica
Infecções respiratórias Associado a fatores de
frequentes risco preexistentes
Caso Clínico
M.S.J sexo feminino, 25 anos, da entrada na emergência apresentando quadro
clínico de tosse produtiva persistente, dor do tipo pleurítica e dispnéia há pelo
menos 3 meses, com piora progressiva do quadro nas últimas horas. A
paciente relata perda ponderal nas últimas semanas e que ultimamente
apresenta di culdades de se alimentar. Diante do quadro clínico, e da suspeita
de derrame pleural, após a obtenção da história clínica e do exame físico da
paciente, foi solicitado uma Radiogra a de Tórax em incidência Póstero-
anterior (PA), Per l e Hjelm-Laurell e somente 4 dias após, foi realizado
tomogra a de tórax e abdome.

Antecedentes Clínicos HPP: Nega hipertensão, diabetes, tabagismo, etilismo,


nega internações prévias, cirurgias prévias, febre ou alergias.

AF:A paciente relata histórico familiar de neoplasia pulmonar.


Caso Clínico
Exame Físico: REG, lúcida e orientada em tempo e espaço, acianótica,
anictérica, hidratada;

SSVV: FC - 100 bpm; FR – 25 IPM; SPO2- 92%; PA – 115 X 90 mmHg; Tº axilar


36,7 ºC;

AP. respiratório: No exame físico da paciente foi observado a presença de


MV diminuído, macicez à percussão em base pulmonar esquerda e
presença de roncos e sibilos em hemitórax esquerdo.

Sem outras alterações em outros sistemas

Hipótese Diagnóstica: Derrame Pleural Neoplásico


Como proceder para esclarecer o diagnóstico!
● Radiogra a de Tórax
-Obliteração do seio costofrênico;
-PA;
-Detecta só se >200 ml de líquido;
● Sinal do Menisco (parábola de Damoiseau)
-Párabola com concavidade voltada para cima;
● Per l (melhor sensibilidade que PA)
-Seio costofrênico posterior enche primeiro;
● Incidência de Hjelm Laurell (alta sensibilidade)
-Decúbito lateral com raios horizontais;
-Detecta até 5 ml de derrame; Fonte: @radiologiaeopoder
-Ajuda a determinar(possível) se o derrame é livre ou loculado.(DP loculado é quando o
líquido não é livre e é separado por septações e debris) Ex: Derrame parapneumônicos,
empiematosos, pacientes submetidos a toracocentese e ICC.
● Se >10 mm toracocentese pode ser feita.
Exames de
imagem
Raio X

@radiologiaepoder
Raio X - Paciente

● Traqueia centralizada;
● Sem alterações nos brônquios
fontes D e E;
● Ângulo carinal preservado;
● Zona superior - espessamento
da pleura no ápice pulmonar E;
● Zona inferior - Redução da
transparência pulmonar
associada a obliteração dos
recessos costofrênico lateral E
e cardiofrênico E;
● Sinal da parabola (Damoiseau -
Ellis) ou Sinal do Menisco;
● Nódulos em base pulmonar D
e E;
● Atelectasia compresiva.
● Sinal da silhueta
Raio X - Paciente

Sinal da parabola (Damoiseau - Ellis) ou Sinal do Menisco; Nódulos em base pulmonar D e E


Espessamento da pleura no ápice pulmonar E
Raio X - Paciente
● Aumento da
opacidade na
zona inferior
Raio X - Paciente

● Alteração do líquido pleural (Laurell)

Fonte: https://radiologia.blog.br/metodo-de-laurell-entenda-a-radiografia-no-exame-de-derrame-pleural/
Score de Wells

Pacientes oncológicos com hemoptíase se deve


pensar na hipótese de Tromboembolismo
pulmonar agudo (TEP)
Tomogra a de Tórax

75% - 100%

50% - 75%

25% - 50% MODERADO

0 - 25% PEQUENO

Derrame pleural de
pequeno a moderado
TC DE TÓRAX

NÓDULOS

DERRAME PLEURAL
Sinal do menisco positivo.

Janela-> Mediastino
Paciente em decubito dorçal.
Perda do ângulo costofrênico
Sinal do menisco con rma derrame pleural
Axial Coronal Sagital

DERRAME PLEURAL CISSURAL

FISSURA OBLIQUA ESQUERDA


Ultrassonogra a (USG)
USG é mais sensível do que a radiogra a na detecção do derrame
pleural.

● Detecta volumes pequenos de líquido entre os


folhetos pleurais (> 5 ml).
● Diferenciação entre derrame pequeno e
espessamento pleural.
● Auxilia a realização de toracocentese guiada de
pequenos derrames.
● Utilizado para quanti cação do volume do DP.
● Mensuração qualitativa: pequeno, moderado e
grande.
Ultrassonogra a (USG)
● Anecóico: presença de área com ausência de
eco entre os folhetos pleurais.

● Complexo não-septado: presença de área


hipoecóica entre os folhetos pleurais.

● Complexo septado: septos entre os folhetos


pleurais.

● Homogêneamento ecogênico: líquido com


alta densidade como pus ou sangue.

Fonte: Mafort, 2016


Ultrassonogra a (USG)

Fonte: Mafort, 2016


Ultrassonogra a (USG)

Sinal do quadrado Sinal do sinusoide


Fonte: Pocus na abordagem da dispneia, 2021
Ultrassonogra a (USG)

● Sinal de água-viva: pulmão


consolidado é visto utuando no
derrame pleural.
Ultrassonogra a (USG)
Vantagens:
● Não utiliza radiação.
● Baixo custo.
● Utilizado à beira do leito.
● Exame não invasivo

Desvantagens:
● Operador dependente.
● Edema de partes moles.
● En sema subcutâneo ou obesidade
Ressonância Magnética

● A RM em contexto de derrame pleural possui, geralmente,


maior usabilidade para avaliação da extensão da doença
neoplásica e estadiamento para uma avaliação cirúrgica.

● Outros exames como USG, TC e RX trazem ao paciente mais


acessibilidade e exames de qualidade para contextos de
derrame pleural.

Fonte: partemedsaude
Diagnóstico diferencial
Critérios de Light
Líquidos pleurais
● 1 e 2 : aspecto habitual de um
transudato
● 3 : amostra de quilotórax
(acúmulo de linfa)
● 4 e 5 : amostras de empiema
(material purulento, coleção de
pus)
● 6 : líquido pleural hemorrágico
por derrame maligno

● Marcadores in amatórios:
Proteínas, LDH
● Se LDH e Protéinas no líquido
Fonte: MARTINS, Milton de A. Clínica Médica. 2ª edição. Manole Geral, 2016
Diagnóstico diferencial
Diagnóstico diferencial
Derrame pleural
tuberculoso
(tuberculose extrapulmonar)
● Derrame pleural-linfocítico;
● Espessamento difuso da
pleura visceral e parietal E;

Ocasionado muitas vezes por ruptura de um foco caseoso subpleural, levando à entrada do antígeno no
espaço pleural e com reação in amatória inicial ao antígeno causando uma aumento da permeabilidade
capilar com subsequente in uxo de proteínas que por sua vez estimulam uma maior taxa de formação de
líquido pleural.
Diagnóstico diferencial

Paciente com tuberculose


pleural (outro caso)
● Derrame pleural de
moderado volume à direita;
Diagnóstico diferencial

M. D, fem. 46 anos
Tosse e febre
Pneumonia (piora clínica)

● Não apresenta o sinal


da parábola

Fonte: @radiointensivo PA ortostase


Diagnóstico diferencial
● Não houve mobilização do líquido
● Derrame loculado - empiema

Fonte: @radiointensivo
Referências
● Epstein DM, Kline LR, Albelda SM, Miller WT. Tuberculous pleural effusions.
Chest. 1987;91(1):106-9.

● GOLDMAN, Lee, MD; SCHAFER, Andrew I.. Goldman-Cecil- Medicina . 26


Editora Guanabara Koogan S.A., 2022.

● MARTINS, Milton de A. Clínica Médica. 2ª edição. Manole Geral, 2016.

● Oliveira RR de, Rodrigues TP, Silva PSD da, Gomes AC, Chammas MC. Lung
ultrasound: an additional tool in COVID-19. Radiol Bras [Internet].
2020Jul;53(4):241–51. Available from: https://doi.
org/10.1590/0100-3984.2020.0051
Referências

● Prina, Elena, Torres, Antoni e Carvalho, Carlos Roberto Ribeiro. Lung


ultrasound in the evaluation of pleural effusion. Jornal Brasileiro de
Pneumologia [online]. 2014, v. 40, n. 01 [Acessado 22 Abril 2024], pp. 1-5.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1806-37132014000100001>. ISSN
1806-3756. https://doi.org/10.1590/S1806-37132014000100001.

● Roberts ME, Rahman NM, Maskell NA, et al. British Thoracic Society
Guideline for pleural disease. Thorax 2023;78(Suppl 3):s1-s42. doi:10.1136/
thorax-2022-219784
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