TOXICOFILIA

TOXICOFILIA
Luanda, Maio 18 de 2018

Objectivos
 No final da aula o estudante seja capaz de:

 Definir toxicofília, tóxico, tolerância, crise de
abstinência, estado toxicofílico.
 Identificar e definir os diferentes tóxicos.
 Descrever os momentos da perícia
Conceitos
 Toxicofília
 “é um estado de intoxicação periódica ou crónica, nociva ao
individuo ou à sociedade, produzida pelo repetido consumo de
uma droga natural sintética” OMS
 Tóxico/droga – substancias naturais, sintéticas ou semi-

sintéticas que podem causar tolerância, dependência e crise de
abstinência.
Conceitos
 Tolerância – a necessidade de doses cada vez mais

elevadas.
 Dependência – interacção que existe entre o metabolismo

orgânico do viciado e o consumo de uma determinada droga
 Crise de abstinência – uma síndrome caracterizada

por tremores, inquietações, náuseas, vómitos, irritabilidade,
anorexia e distúrbios do sono.
Conceitos
 Estado toxicofílico – caracterizado pela compulsão

irresistível e incontrolável que têm suas vitimas de continuar seu
uso e tê-los a custo, pela dependência psíquica, pela tendência
a aumentar gradualmente a dosagem de droga e pelo efeito
nocivo individual e colectivo.
Epidemiologia
 Problema de saúde pública mundial
 Problema urbano e juvenil
 14 – 25 anos.
 Factores contribuintes:
 Laboratórios – alcalóides mais sofisticados
 Expansão do comercio internacional
 Facilidade nos transportes
 Relação entre o trafico de narcóticos e o crime organizado
Epidemiologia
 Factores contribuintes:
 Campanhas de prevenção,
 Repressão policial
 Factores sociais
 Degradação familiar “filhos órfão de pais vivos”.
 Pobreza “uma forma ilusória de enganar um viver
frustrado e carente”.
Tipos de Tóxicos
A) Maconha
 Sinónimos – marijuana, diamba, liamba, fumo-de-angola, erva
maldita, erva-do-diabo, canábis, birra, haxixe e maria-joana,

China e na Índia há 9 mil anos.
 Consumo – xaropes, pastilhas, infusões, cigarros,
cachimbos, etc.
 Efeitos orgânicos – prostração ou agressão; lassidão,
olhar perdido a distância, desorientação espaço-temporal,
sensação de “flutuar entre nuvens”.
Tipos de Tóxicos
 Efeitos 2-8 horas
 Sua nocividade é relativa, não leva a
dependência nos casos leves.
Tipos de Tóxicos
B) Morfina
 Alcalóide derivado do ópio e apresenta-se me forma de líquido
incolor.

Usado para fins medicinais em pequeníssimas doses.
 Os mais fracos, com predisposição para o vício facilmente, com
uma dose facilmente se escravizam.
 Administra-se por injecções
 Assepsia numa primeira fase e depois perde a noção do “belo”
Tipos de Tóxicos
 Fase de Lua-de-mel
 No início o paciente se sente eufórico, disposto,
extrovertido, loquaz e alegre.
 Período de estado
 Emagrecimento, pálidez, costas arqueadas,
envelhecimento precoce, alopécia, insónia,
tremores, angustia, desespero, inapetência,
impotencia sexual, vómitos
Tipos de Tóxicos
 Fase de caquexia
 Tuberculose
 Problemas cardíacos
 Morte
 Processo de intoxicação rápido, - perda do

controle, de inteligência, memória.
Tipos de Tóxicos
 Consequências:
 Homem: roubos, furtos, saques, exploração,
enganos e mortes.
 Mulheres: descem ao mais baixo nível de
prostituição a fim de adquirirem o tóxico.
Tipos de Tóxicos
C) Heroína:
 Produto sintético - pó branco e cristalino
5X + potente que a morfina.

Tão nociva que após 30 dias de uso, o viciado
precisa de uma injecção de 2/2h.
Provoca - Náuseas, vómitos, delírios,
convulsões, bloqueio do sistema respiratório
e morte.
Tipos de Tóxicos
 D) Cocaína
 Alcalóide de acção estimulante, extraído das
folhas de coca.
 Apresentação: pó branco, aspirado, injectado
quando liquefeito.
 Cocainomania – perfuração dos septo nasal
Tipos de Tóxicos
 Intoxicação aguda:
 Psíquicas: excitação motora, agitação,
ansiedade, confusão mental e loquacidade.
 Neurológicos: afasia, paralisias, tremores…
convulsões
 Respiratórios: polipnéia e até apneia.
 Secundários: náuseas, vómitos e oligúria
Tipos de Tóxicos
 Tão nociva que mesmo depois da cura pela
desintoxicação, o viciado não se recupera das
lesões mais graves do SN: depressão, angustia,
alucinações visuais e tácteis, delírios de
perseguição e complexo de culpa.
 Envelhecimento precoce e morte por perturbações

cardíacas.
Tipos de Tóxicos
 Outras drogas
 LSD 25
 Barbitúricos
 Ópio
 Anfetaminas
 Crack (merla)
 Cogumelo
 cola
Visão Médico-Legal
 Toxicómanos classificam-se em:
 Acidentais – mais influencias ou companhias; de

cura mais fácil.
 Constitucionais, inseguros, débeis e fracos de
espírito – encontram no tóxico motivação e lenitivo
de suas angustias, fracassos e decepções
 Em Angola existem 2 leis:
 3/99 – regula o trafico de estupefaciente
 4/99 – regula o mercado
 Viciado é um individuo carente de tratamento, amparo e afecto.
 A luta contra o tóxico deverá ter carácter educacional, criando no

jovem a uma consciência e uma espontaneidade, pois a coação
e a repressão são danosas
Perícia
 Identificação de:
 Substância tóxica
 Quantidade consumida
 Estudo biopsicológico “personalidade do
examinado”
Reflexões finais
 Ninguém chega a ser viciado a não ser por conflitos internos ou
por dificuldades de convivência em seu meio.
 Responsabilidade mais social que médica.
 “Não medicalisar os problemas sociais” – Torrey, in A morte da

psiquiatria, 1976
 Responsabilização vs irresponsabilização do usuário.

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 No final da aula o estudante seja capaz de:

 Tóxico/droga – substancias naturais, sintéticas ou semi-

 Tolerância – a necessidade de doses cada vez mais

 Dependência – interacção que existe entre o metabolismo

 Crise de abstinência – uma síndrome caracterizada

 Estado toxicofílico – caracterizado pela compulsão

maldita, erva-do-diabo, canábis, birra, haxixe e maria-joana,

 Processo de intoxicação rápido, - perda do

5X + potente que a morfina.

 Envelhecimento precoce e morte por perturbações

 Toxicómanos classificam-se em:

 Acidentais – mais influencias ou companhias; de

 A luta contra o tóxico deverá ter carácter educacional, criando no

 Responsabilidade mais social que médica.

 “Não medicalisar os problemas sociais” – Torrey, in A morte da

 Responsabilização vs irresponsabilização do usuário.

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