FRM Visual I Zar Bula
FRM Visual I Zar Bula
FRM Visual I Zar Bula
(maleato de metilergometrina)
Novartis Biociências SA
Drágeas
0,125 mg
e
Solução Injetável
0,2 mg/mL (1 mL)
METHERGIN®
maleato de metilergometrina
APRESENTAÇÕES
Drágeas: embalagem com 12 drágeas de 0,125 mg.
Solução injetável: embalagem com 50 ampolas de 1 mL.
COMPOSIÇÃO
Cada drágea contém 0,125 mg de maleato de metilergometrina.
Excipientes: ácido maleico, gelatina, lactose, ácido esteárico, amido, goma arábica, sacarose, óxido férrico vermelho,
dióxido de silício, talco e palmitato de cetila.
1. INDICAÇÕES
Controle ativo do terceiro estágio do trabalho de parto (com a finalidade de promover a separação da placenta e
reduzir a perda de sangue).
Tratamento da atonia e da hemorragia uterinas que ocorrem:
– durante e após o terceiro estágio do trabalho de parto;
– associadas com operação cesariana;
– no pós-aborto.
Tratamento da subinvolução do útero, da loquiometria e da hemorragia puerperal.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Num estudo randomizado, duplo-cego, ativo-controlado, com 1.574 parturientes o uso de Methergin® associado à
ocitocina reduziu a taxa de hemorragia pós-parto na mesma proporção que o uso e misoprostol associado à ocitocina
(3,5% [14/398] e 3,2% [13/404] respectivamente; P = NS). Esses dois grupos de tratamento apresentaram resultados
superiores aos grupos tratados com misoprostol e ocitocina em monoterapia. As combinações de misoprostol +
ocitocina e Methergin® + ocitocina diminuíram a duração do terceiro período do trabalho de parto e reduziram a
incidência de hemorragia pós-parto e a necessidade adicional de ocitócicos. [1]
Em outro estudo prospectivo, aberto e ativo-controlado, 438 parturientes foram designadas para receber: ocitocina IV
em bolo no final do 2º estágio do trabalho de parto (n = 82); ocitocina IV em infusão continua no final do 2º estágio do
trabalho de parto (n = 95); ocitocina IV em bolo após o 3º estágio do trabalho de parto (n = 52); Methergin® IV em bolo
no final do 2º estágio do trabalho de parto (n = 70); Methergin® IV em infusão contínua no final do 2º estágio do
trabalho de parto (n = 79); e Methergin® IV em bolo após o 3º estágio do trabalho de parto (n = 60). A duração do 3º
estágio do trabalho de parto no grupo tratado com Methergin® IV em bolo imediatamente após a saída do ombro
anterior do concepto (4,8 + 2,1 min) foi significantemente mais curta que a dos grupos tratados com Methergin® e
ocitocina IV em bolo após o 3º estágio do trabalho de parto (i.e. a expulsão da placenta) (6,4 + 3,0 e 6,3 + 2,5 min
respectivamente; p < 0,01). As necessidades de uso repetido de uterotônicos e as variações na concentração de
hemoglobina não foram diferentes entre os 6 grupos de tratamento, e as taxas de eventos adversos foram baixas e
semelhantes. [2]
Referências:
[1] Caliskan E at al. Oral Misoprostol for the Third Stage of Labor: A Randomized Controlled Trial. Obstet
Gynecol 2003; 101,921-927.
[2] Fujimoto M et al. Prevention of postpartum hemorrhage by uterotonic agents: comparison of oxytocin and
methylergometrine in the management of the third stage of labor. Acta Obstet Gynecol Scand 2006; 85,1310-1314.
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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: ocitócico (código ATC G02A B01).
A metilergometrina, um derivado semissintético do alcaloide natural ergometrina, é um potente e específico agente
uterotônico. Atua diretamente no músculo liso uterino e aumenta o tônus basal, a frequência e a amplitude das
contrações rítmicas. Comparado com outros alcaloides do ergot, o efeito da metilergometrina no sistema nervoso
central e no sistema cardiovascular é menos pronunciado. O efeito ocitócico forte e seletivo da metilergometrina resulta
de suas ações específicas como agonista parcial e antagonista em receptores alfa-adrenérgicos, serotoninérgicos e
dopaminérgicos. Todavia, isso não exclui totalmente o aparecimento de complicações vasoconstritoras (vide “Reações
adversas”).
Propriedades Farmacocinéticas
O início da ação de Methergin® ocorre dentro de 30 a 60 segundos após administração de injeção intravenosa, de 2 a 5
minutos após administração de injeção intramuscular e de 5 a 10 minutos após administração oral, mantendo-se por 4 a
6 horas.
Absorção
Em estudos conduzidos em mulheres voluntárias sadias sob jejum, demonstrou-se que a absorção oral de 0,2 mg de
Methergin® foi rápida, atingindo uma concentração máxima plasmática (Cmáx) de 3.243 ± 1.308 picograma/mL em um
tempo de 1,12 ± 0,82 horas (tmáx). Para uma injeção de 0,2 mg por via intramuscular, observam-se os seguintes valores:
Cmáx de 5.918 ± 1.952 picograma/mL e tmáx de 0,41 ± 0,21 hora. A biodisponibilidade das drágeas foi equivalente a da
solução i.m. administrada por via oral e dose-dependente após as administrações de 0,1; 0,2 e 0,4 mg.
Após a injeção i.m., a extensão da absorção foi aproximadamente 25% maior do que a da administração da dose oral.
Observou-se uma absorção gastrintestinal retardada (tmáx de aproximadamente 3 horas) em mulheres que se
encontravam em fase de pós-parto, sob tratamento contínuo com Methergin® drágeas.
Distribuição
Após injeção i.v., a metilergometrina é rapidamente distribuída do plasma para os tecidos periféricos dentro de, no
máximo, 2 a 3 minutos. Em mulheres voluntárias sadias, o volume de distribuição é de 56,1 ± 17,0 litros. Não se sabe se
a droga atravessa a barreira hematoencefálica.
Biotransformação/metabolismo
A metilergometrina é metabolizada principalmente no fígado. O caminho metabólico da droga ainda não foi pesquisado
em seres humanos. Nos estudos in vitro, verificou-se N-desmetilação e hidroxilação do anel fenílico.
Eliminação
Em mulheres voluntárias sadias, após administração oral, o clearance (depuração) plasmático é de 14,4 ± 4,5 litros por
hora e a meia-vida de eliminação é de 3,29 ± 1,31 horas. Um estudo em homens voluntários demonstrou que cerca de
3% da dose oral é eliminada como droga inalterada na urina. A droga é principalmente eliminada com a bile nas fezes.
A metilergometrina é também secretada no leite materno. Após 1 hora da administração única oral de 250 microgramas
de metilergometrina, a proporção leite/plasma foi de 0,18 0,03. A meia vida de metilergometrina reportada no leite é
de 2,3 0,3 h.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Gravidez, primeiro estágio do trabalho de parto e segundo estágio do trabalho de parto antes do aparecimento do ombro
anterior (Methergin® não deve ser utilizado na indução ou na potencialização do trabalho de parto); hipertensão grave,
pré-eclampsia e eclampsia; doença vascular oclusiva (inclusive cardiopatia isquêmica); sépsis e hipersensibilidade
conhecida a metilergometrina, ou outro alcaloide do ergot ou a qualquer outro componente da formulação.
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Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez C, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Methergin® não deve ser utilizado para indução ou potencialização do trabalho de parto.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
- Recomendações gerais na administração
Quando a apresentação é pélvica ou em outros casos de apresentações anormais, Methergin® não deve ser administrado
antes que o nascimento da criança esteja finalizado e, em gravidez múltipla, somente após nascer a última criança.
O controle ativo do terceiro estágio de parto requer supervisão obstétrica.
Injeção intramuscular é a via de administração recomendada. As injeções intravenosas devem ser administradas
lentamente por um período de no mínimo 60 segundos, com monitoramento cauteloso da pressão sanguínea. A injeção
intra ou periarterial deve ser evitada.
- Erros de medicação
Administração acidental a recém-nascidos foi reportada. Nestes casos de sobredose neonatal acidental, sintomas como
depressão respiratória, convulsões, cianose e oligúria foram relatados. Além disso, tem sido relatada encefalopatia em
lactentes que apresentaram sinais e sintomas, tais como irritabilidade, agitação e letargia. O tratamento deve ser
sintomático, nos casos mais graves suporte respiratório e cardiovascular foi necessário. Casos fatais foram relatados na
ausência de tratamento adequado (veja “Superdose”).
Methergin® drágeas contém lactose. Pacientes com raros problemas hereditários de intolerância a galactose, deficiência
grave de lactase ou má absorção de glicose-galactose não devem tomar Methergin® drágeas.
Gravidez
O uso de Methergin® na gravidez é contraindicado devido à potente atividade uterotônica.
Lactação
Tem sido demonstrado que Methergin® pode reduzir a secreção de leite, bem como ser excretado no leite materno (veja
“Propriedades Farmacocinéticas”). Foram observados casos isolados de intoxicação em lactentes cujas mães receberam
o medicamento por vários dias. Um ou mais dos seguintes sintomas foram observados (desaparecendo com a suspensão
da medicação): pressão arterial elevada, bradicardia ou taquicardia, vômito, diarreia, inquietude e convulsões.
Em virtude das possíveis reações adversas para a criança e pela redução da secreção do leite, não se recomenda usar
Methergin® durante a lactação. Mulheres não devem amamentar durante o tratamento com Methergin® e pelo menos por
12 horas após a administração da última dose. O leite secretado durante este período deve ser descartado.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Alcaloides do ergot são substratos do CYP3A.
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Interações resultando em uso concomitante não recomendado
- Inibidores do CYP3A4
O uso concomitante de Methergin® e inibidores potentes do CYP3A, como os antibióticos macrolídeos (por exemplo,
troleandomicina, eritromicina, claritromicina), protease do HIV ou inibidores da transcriptase reversa (por exemplo,
ritonavir, indinavir, nelfinavir, delavirdina) ou antifúngicos azois (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, voriconazol)
deve ser evitado, uma vez que pode resultar em uma exposição aumentada a metilergometrina e toxicidade ao ergot
(vasoespasmo e isquemia das extremidades e outros tecidos).
- Bromocriptina
O uso concomitante de bromocriptina e Methergin® no puerpério não é recomendado, pois metilergometrina pode
potencializar o efeito vasoconstritor de outros alcaloides de ergot.
- Prostaglandinas
Prostaglandinas (por exemplo, sulprostone, dinoprostona, misoprostol) facilitam a contração do miométrio, portanto,
Methergin® pode potencializar a ação uterina das prostaglandinas e vice-versa. O uso concomitante com estes fármacos
não é recomendado.
- Betabloqueadores
Deve-se ter cautela quando Methergin® é usado simultaneamente com betabloqueadores. Administração concomitante
com betabloqueadores pode potencializar a ação vasoconstritora dos alcaloides de ergot.
- Anestésicos
Anestésicos, como halotanos e metoxifluoranos, podem reduzir o potencial ocitócico de Methergin® (veja “Posologia”).
- Indutores do CYP3A4
Drogas (por exemplo, nevirapina, rifampicina) que são fortes indutores do CYP3A4 são prováveis de diminuir a ação
farmacológica de Methergin®.
Drágeas:
Características físicas: drágea circular marrom.
Solução injetável:
Características físicas: solução límpida com ligeira fluorescência azul.
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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Populações especiais
Insuficiência renal/hepática
Cautela deve ser exercida na presença de insuficiência da função renal ou hepática (veja “Advertências e precauções”).
9. REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas estão listadas pelo sistema de classes de órgãos MedDRA. Em cada sistema de classe, as reações
adversas estão classificadas por sua frequência, com a mais frequente primeiro. Em cada grupo de frequência, as
reações adversas estão classificadas em ordem decrescente de gravidade. Além disso, a categoria de frequência
correspondente para cada reação adversa é baseada na seguinte convenção (CIOMS III): muito comum: ( 1/10);
comum: ( 1/100 e < 1/10); incomum: ( 1/1.000 e < 1/100), raras: ( 1/10.000 e < 1.000); muito raras: (< 1/10.000).
Distúrbios cardíacos
Incomum: dor no peito;
Raras: bradicardia, taquicardia, palpitações;
Muito raras: infarto do miocárdio, arteriospasmo coronariano.
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Distúrbios vasculares
Comum: hipertensão;
Incomum: hipotensão;
Raras: vasoconstrição, vasoespasmo, espasmo arterial;
Muito raras: tromboflebite.
Distúrbios cardíacos
Fibrilação ventricular, taquicardia ventricular, angina pectoris, bloqueio atrioventricular.
10. SUPERDOSE
Sintomas: náusea, vômito, hipertensão ou hipotensão, dormência, formigamento e dores nas extremidades; depressão
respiratória, convulsões e coma.
Tratamento: eliminação do medicamento utilizado por via oral através da administração de altas doses de carvão
ativado.
Tratamento sintomático, sob estrita monitorização dos sistemas cardiovascular e respiratório.
Se for necessário sedar o paciente, benzodiazepínicos podem ser utilizados.
No caso de espasmos arteriais graves devem-se administrar vasodilatadores, como nitroprussiato de sódio, fentolamina
ou di-hidralazina. No caso de constrição coronariana, deve-se tratar com antianginosos apropriados, por exemplo,
nitratos.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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DIZERES LEGAIS
MS - 1.0068.0076
Solução injetável
Fabricado por:
Novartis Pharma Stein AG, Stein, Suíça.
Drágeas
Fabricado por:
Anovis Industrial Farmacêutica Ltda., Taboão da Serra, SP
= Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça
CDS 16.01.15
2014-PSB/GLC-0736-s
VPS7
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Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas