Bula Meclin
Bula Meclin
Bula Meclin
MECLIN
Apsen Farmacêutica S.A.
Comprimidos
25 mg e 50 mg
MECLIN®
cloridrato de meclizina
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 25 mg. Caixa com15 comprimidos.
Comprimidos de 50 mg. Caixa com15 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contêm: 25 mg 50 mg
Cloridrato de meclizina 25 mg 50 mg
Excipientes qsp 1 comprimido 1 comprimido
Excipientes: croscarmelose sódica, estearato de magnésio, lactose monoidratada, povidona, dióxido de
silício, corante amarelo de tartrazina, amido.
1. INDICAÇÕES
MECLIN®, cujo princípio ativo é o cloridrato de meclizina, é indicado para:
- Profilaxia e tratamento da cinetose;
- Profilaxia e tratamento das vertigens associadas às doenças que afetam o sistema vestibular, como as
labirintites e a Doença de Menière;
- Profilaxia e tratamento de náuseas e vômitos induzidos por radioterapia;
- Tratamento de náuseas e vômitos durante a gravidez.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Em 1975, Milkovich e van den Berg, em um estudo prospectivo amplo, avaliando a evolução de gestantes
que utilizaram fármacos antinauseantes no primeiro trimestre da gestação, foram categóricos em sua
conclusão: não houve indicação de que os derivados fenotiazínicos, especificamente os derivados da
proclorperazina, assim como a meclizina, a ciclizina e o Bendectin, estivessem associados com
teratogenicidade. (Milkovich L, van den Berg B. An evaluation of the teratogenicity of certain
antinauseant drugs. Am J Obstet Gynecol 1976 125(2): 244-8)
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Em 1994, Seto e cols. publicaram uma metanálise demonstrando claramente que o uso de anti-
histamínicos, incluindo a meclizina, para o tratamento de NVG, mesmo no primeiro trimestre de
gestação, era seguro e não teratogênico. (Seto A, Einarson T, Koren G Pregnancy outcome following first
trimester exposure to antihistamines: meta-analysis Am J Perinatol 1994 14: 119-24)
Em 2002, Magee e cols. descreveram, em um artigo de medicina baseada em evidências, que a meclizina
e outros antihistamínicos eram eficazes e seguros para o tratamento da NVG. (Magee LA, Mazzotta P,
Koren G Evidence-based view of safety and effectiveness of pharmacologic therapy for nausea and
vomiting of pregnancy (NVP) Am J Obstet Gynecol 2002 186: S256-61)
Em importante artigo de revisão, Anne Leathem faz uma análise da eficácia e segurança das principais
drogas utilizadas no tratamento de náusea e vômitos da gravidez. Neste artigo aborda a retirada da
Doxilamina do mercado nos Estados Unidos, pelas evidências de que aumentava o risco de alterações
fetais. Faz também uma análise de falta de evidências da segurança do uso da Metoclopramida e do
potencial teratogênico, ainda que pequeno, do Dimenidrinato. (Leathem AM Safety and efficacy of
antiemetics used to treat nausea and vomiting in pregnancy Clinical Pharmacy 1986 5: 660-8)
Com o objetivo de avaliar os efeitos da meclizina sobre o sistema vestibular, Martin e Oosterveld
realizaram um estudo com 60 indivíduos, 30 saudáveis e 30 portadores de labirintopatias. Os indivíduos
saudáveis receberam placebo e/ou meclizina, enquanto os portadores de labirintopatia receberam a
meclizina. O nistagmo posicional, a resposta à estimulação calórica bitermal e a reação à aceleração
angular e linear foram mensurados antes e após placebo ou meclizina. Houve uma significante redução do
tempo do nistagmo no grupo dos labirintopatas e dos saudáveis que receberam a meclizina, quando
submetidos ao teste da aceleração angular. No teste da aceleração linear, também houve um decréscimo
da amplitude do movimento ocular nos indivíduos que receberam a meclizina (labirintopatas ou não). Os
autores concluíram que, em vista da baixa incidência de efeitos colaterais e da significante redução da
excitabilidade vestibular, a meclizina pode ser amplamente utilizada no tratamento ambulatorial de
pacientes portadores de labirintopatias (Martin N & Oosterveld WJ. The vestibular effects of meclizine
hydrochloride-niacin combination (antivert). Acta Otolaryng 1970, 70: 6-9).
Horak e cols. realizaram um estudo comparativo para analisar a redução de tontura e desequilíbrio em 25
pacientes portadores de afecção vestibular crônica, com no mínimo 6 meses de duração, que foram
divididos em 3 grupos: o primeiro foi orientado para realizar exercícios de reabilitação vestibular; o
segundo para exercícios gerais e o terceiro foi medicado com meclizina.Os critérios avaliados foram o
equilíbrio e a frequência das crises de vertigem. O grupo tratado com meclizina apresentou significativa
redução na vertigem (Horak FB et al. Effects of vestibular rehabilitation on dizziness and imbalance.
Otolaryngology-Head and Neck Surgery 1992, 106(2): 175-180).
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Cohem e deJong realizaram um estudo duplo-cego, cruzado, randomizado e comparativo entre meclizina
e placebo no tratamento da vertigem de origem vestibular em 31 pacientes, avaliando os sinais, sintomas
e a etiologia da vertigem. A meclizina foi muito superior ao placebo, reduzindo a frequência e a
gravidade dos episódios, bem como os sinais e sintomas relacionados à vertigem, quais sejam, náuseas,
nistagmo posicional e instabilidade postural (Cohen B & deJong V. Meclizine and placebo in treating
vertigo of vestibular origin. Relative efficacy in a double-blind study. Arch Neurol 1972, 27: 129-35).
Seto e cols. publicaram uma revisão sistemática demonstrando que o uso de anti-histamínicos para o
tratamento de náuseas e vômitos da gravidez, incluindo a meclizina, era seguro e não teratogênico,
mesmo quando administrados no primeiro trimestre de gestação (Seto A et al. Pregnancy outcome
following first trimester exposure to antihistamines: meta-analysis. Am J Perinatol 1997 14: 119-24). A
meclizina também é considerada o tratamento sintomático de escolha da vertigem durante a gestação
(Furman JM & Barton JJS. Treatment of vertigo. UpToDate, 2014).
Oenbrink, médico americano especialista em navegação, relata os bons resultados com a meclizina no
tratamento das cinetoses provocadas em passageiros de cruzeiros marítimos. Nas companhias de
navegação em que trabalha, como rotina é oferecido pelo serviço de quarto, comprimidos de 25 mg de
meclizina aos passageiros que começam a sofrer com a cinetose. Relata também os maus resultados e
complicações acarretados pela escopolamina, outra droga disponível em alguns países para esta
indicação, que obrigam a pronta intervenção no ambulatório médico de bordo. Reforça também a
preocupação com a segurança da medicação, uma vez que é muito alta a incidência de passageiros idosos
e portadores de múltiplas afecções, em cruzeiros marítimos (Oenbrink RJ, Another approach to motion
sickness, Readers’ Forum 90 (6), p. 44-5, 1991)
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
A meclizina é um anti-histamínico, atuando, portanto, no bloqueio dos receptores H1 da histamina. Ao
contrário da maioria dos anti-histamínicos, apresenta baixa afinidade pelos receptores muscarínicos, o
que proporciona um menor número de reações adversas.
O mecanismo de acão antiemética do cloridrato de meclizina parece estar relacionado com a inibição do
centro do vômito no tronco cerebral, com a redução da excitabilidade do labirinto do ouvido médio e com
o bloqueio da condução de vias neuronais originadas nos núcleos vestibulares para o cerebelo.
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ng/mL é alcançada em 3 horas. O volume de distribuição é de 7L/kg, e a meia-vida de eliminação é de 5
horas.
A meclizina é metabolizada no fígado à norclorciclizina e é excretada na urina e nas fezes como droga
inalterada e como metabólitos. Ela é um substrato fraco da CYP2D6.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Nos casos de hipersensibilidade ao cloridrato de meclizina ou aos constituintes da formulação do
produto.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
O risco-benefício do cloridrato de meclizina deve ser considerado nos seguintes casos:
- Obstrução do trato urinário ou hiperplasia prostática sintomática: os efeitos anticolinérgicos da
meclizina podem precipitar a retenção urinária;
- Obstrução gastroduodenal: pode ocorrer diminuição da motilidade e do tônus, agravando a retenção
gástrica e a obstrução;
- Predisposição a glaucoma de ângulo fechado: o aumento da pressão intraocular pode precipitar um
episódio agudo de glaucoma de ângulo fechado;
- Doença pulmonar obstrutiva crônica: a redução na secreção brônquica pode predispor à formação de
tampão bronquial;
- Asma
Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza
alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao Ácido
Acetilsalicílico.
Gravidez
Estudos epidemiológicos em mulheres grávidas não mostraram que o cloridrato de meclizina causa
aumento no risco de anormalidades fetais.
Amamentação
O cloridrato de meclizina pode ser excretado no leite materno, entretanto, problemas em humanos não
foram documentados. Devido a sua ação anticolinérgica, a meclizina pode inibir a lactação.
Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez desde que sob prescrição médica ou do
cirurgião-dentista.
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Por se tratar de uma droga metabolizada pelo fígado, insuficiência hepática pode resultar em exposição
sistêmica aumentada à meclizina. Por isso, MECLIN deve ser administrado com cautela em pacientes
com insuficiência hepática.
Pediatria
Não há informações disponíveis sobre a relação entre idade e os efeitos da meclizina, entretanto, as
crianças exibem aumento da sensibilidade aos medicamentos anticolinérgicos, que são
farmacologicamente relacionados ao cloridrato de meclizina.
Geriatria
Pacientes geriátricos exibem aumento da sensibilidade aos anticolinérgicos. Desta forma constipação,
xerostomia e retenção urinária (especialmente em homens) são mais prováveis de ocorrer em idosos. O
uso da meclizina deve ser evitado em pacientes idosos com quadro de delirium ou demência.
Interações medicamentosas
Os efeitos do cloridrato de meclizina podem ser potencializados pelo uso concomitante de medicamentos
sedativos e de bebidas alcoólicas.
O cloridrato de meclizina pode potencializar os efeitos dos medicamentos anticolinérgicos ou que tenham
atividade anticolinérgica.
A meclizina é metabolizada pelo CYP2D6, portanto, existe a possibilidade de interações medicamentosas
com drogas inibidoras do CYP2D6.
MECLIN® (cloridrato de meclizina) pode causar sonolência, desta forma, os pacientes em tratamento
devem ter cuidado ao dirigir, operar máquinas, ou participar de qualquer outra atividade perigosa, até que
estejam certos de que MECLIN (cloridrato de meclizina) não afeta seu desempenho.
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O prazo de validade de MECLIN® (cloridrato de meclizina) está impresso na embalagem, sendo de 24
meses após a data de fabricação.
8. REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas ao cloridrato de meclizina são apresentadas a seguir, em ordem decrescente de
frequência.
9. SUPERDOSE
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Na eventualidade da ingestão de doses muito acima das preconizadas, recomenda-se adotar as medidas
habituais de controle das funções vitais, como nível de consciência, pressão arterial, frequência cardíaca e
respiratória.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure imediatamente socorro médico e
leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Reg. MS nº 1.0118.0165
Farmacêutica Responsável: Alexandre Tachibana Pinheiro - CRF SP nº 44.081
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HISTÓRICO DE ALTERAÇÃO DA BULA
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/ Notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas
Data da Versões
Data do Número do Data do Número do 2
Apresentações
Assunto Assunto aprovação Itens de bula (VP/VPS) 4
expediente expediente expediente expediente 3
relacionadas
4. O que devo
saber antes de
usar este
medicamento?
- 25 mg x 15
Notificação 8. Quais os VP
Notificação de comprimidos
de Alteração males que este
Alteração de
- - de texto de medicamento
texto de Bula – - 50 mg x 15
Bula – RDC pode me
RDC 60/12 comprimidos.
60/12 causar?
5. Advertências
e Precauções
VPS
9. Reações
adversas
Notificação
- 25mg x 15
de Alteração
DIZERES comprimidos
de texto de VP/VPS
31/04/2014 0086241/14-0 LEGAIS - 50mg x 15
Bula – RDC
comprimidos
60/12
Inclusão
15/04/2013 0284469139 Inicial de
Texto de
Bula – RDC
60/12
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Informar os dados relacionados a cada alteração de bula que acontecer em uma nova linha. Eles podem estar relacionados a uma notificação, a uma petição de
alteração de texto de bula ou a uma petição de pós-registro ou renovação. No caso de uma notificação, os Dados da Submissão Eletrônica correspondem aos Dados
da petição/notificação que altera bula, pois apenas o procedimento eletrônico passou a ser requerido após a inclusão das bulas no Bulário. Como a empresa não terá o
número de expediente antes do peticionamento, deve-se deixar em branco estas informações no Histórico de Alteração de Bula. Mas elas podem ser consultadas na
página de resultados do Bulário e deverão ser incluídos na tabela da próxima alteração de bula.
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Informar quais Itens de Bula foram alterados, conforme a RDC 47/09 (anexo I da Bula para o Paciente e/ou para o Profissional de Saúde).
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Informar se a alteração está relacionada às versões de Bulas para o Paciente (VP) e/ou de Bulas para o Profissional de Saúde (VPS).
4
Informar quais apresentações, descrevendo as formas farmacêuticas e concentrações que tiverem suas bulas alteradas.