Tiago Trabalho222
Tiago Trabalho222
Tiago Trabalho222
Regime: A Distancia
Ano: 2024
1. Introdução
Contextualização
A epístola de Tiago difere das outras epístolas do Novo Testamento pelo seu estilo,
conteúdo e apresentação. Tiago trata de religião prática, de ética, de solidariedade, de
religião vivencial. A epístola, exactamente como Hebreus, é mais um sermão que uma
carta propriamente dita. É um sermão ou um ensino ou um tratado e “as indicações são
de que foi o primeiro de todos os documentos escritos do Novo Testamento”
(BAXTER, 1989, p. 309). A carta de Tiago é pequena, mas de extrema importância para
os cristãos de hoje porque trata do que precisamos: conduta correcta, bom uso das
palavras, honestidade e integridade de carácter.
Objectivo do trabalho
Objectivamos neste trabalho, analisar a carta de Tiago, seu contexto histórico, a sua
autoria, sua possível datação e como ela se apresenta estrutural e temas principais,
análise teológica, impacto e relevância na vida actual.
Metodologia
Autor
Tradicionalmente, acredita-se que o autor de Tiago é Tiago, o Justo, meio-irmão de
Jesus (Mt 13.55). Não foi um dos doze apóstolos (não é Tiago, filho de Zebedeu, nem
Tiago, filho de Alfeu). Tiago não creu em Jesus durante o ministério público dele (Jo
7.5), mas se tornou líder bastante influente da igreja antiga em Jerusalém depois de
abraçar a fé cristã (At 12.17; 15.13; 21.18; Gl 2.9,12), aparentemente quando Jesus lhe
apareceu depois de sua ressurreição (1Co 15.7).
Data
Não há data provável que ajudem a determinar exactamente o tempo em que foi escrita
esta carta. Alguns estudiosos argumentam que esta carta pode ter sido escrita em 45
d.C., outros já acreditam que ela foi escrita em 62 d.C. As datas mais precoces se
baseiam no fato de que na epístola o autor não faz nenhuma menção do problema da
admissão de gentios na Igreja. Sabemos que Tiago estava profundamente preocupado
com esta questão numa época posterior.
Destino
Tiago dirige sua carta “às doze tribos que andam dispersas” (1.1). Estes provavelmente
eram cristãos que em tempos passados haviam sido judeus e que foram espalhados pelas
primeiras perseguições à Igreja. É bem possível que a saudação também incluísse os
cristãos judeus ganhos para Cristo por Paulo e outros missionários onde foram
estabelecidas igrejas em cidades gentias. Na maioria dessas igrejas havia pelo menos
um núcleo de crentes judeus que aceitaram Cristo como resultado da pregação em suas
sinagogas.
Propósito
Estar alegre no meio da aflição é uma tarefa difícil! Mas este é o conselho de Deus aqui,
e o autor se apressa em explicar a razão.
Ter grande gozo parece não harmonizar com várias tentações. Se as provações são
múltiplas, a graça triunfante de Deus é ainda mais abundante. A atitude cristã deve ser
mais do que mera tolerância; ela deve ser triunfante.
Nossos fardos podem ser pesados, mas não devemos permitir que toda nossa energia e
esforços sejam despendidos em suportar o que precisamos suportar.
A prova da nossa fé fortalece nossa paciência. Jesus disse: “É na vossa paciência que
ganhareis a vossa alma
A preocupação específica de Tiago é que uma congregação cristã não deve cortejar o
favor dos ricos por causa da sua riqueza.
Tiago nos adverte para não sermos parciais com pessoas da classe mais abastada quando
vem à nossa congregação, nem dar-lhes um tratamento preferencial nos nossos esforços
para ganhá-los. Se o fizermos, não estamos seguindo os ensinamentos de Jesus.
Tratar todas as pessoas com dignidade é seguir o exemplo do próprio Deus e agir com
justiça. Jesus nunca descriminou alguém por nenhum motivo. Ricos e pobres, religiosos
e pecadores, judeus e gentios, todos tinham livre acesso à Ele. Ele sempre se
aproximava das pessoas oferecendo sua mão amiga.
Como discípulos de Jesus devemos tratar com todo respeito, atenção e dignidade as
pessoas por sua natureza humana, por sermos iguais, por não sabermos o que será o
amanhã, e para fazer a vontade do Pai. No trabalho, na rua, no laser, e também na igreja
deve-se cultivar a melhor das estimas.
Tiago segue sua orientação prática sobre o ouvir (ver Tg 1.19-21) com conselhos
semelhantes sobre o falar. Aqui ele emprega uma das linguagens mais implacáveis do
livro. “Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre
os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso da
sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno. É um mal incontrolável, cheio de
veneno mortífero” (Tg 3.6, 8). Tiago, sem dúvida, está bem ciente dos provérbios do
Antigo Testamento que falam sobre o poder vivificante da língua (por exemplo, Pv
12.18: “Há quem fale sem refletir, e fere como espada, mas a língua dos sábios traz a
cura”), mas ele também está ciente dos poderes mortíferos da língua. Muitos cristãos,
com razão, tomam cuidado para não prejudicar os outros com discursos ásperos na
igreja.
As duas sabedorias são bem diferentes. Elas diferem uma da outra tanto em sua origem,
como em suas características e nos seus resultados.
A sabedoria terrena vem deste mundo e das paixões malignas. Se manifesta por meio de
uma inveja amargurada, do sentimento faccioso e da mentira. É evidente pelo discurso.
Esta sabedoria produz vanglória, contenda, disputa.
Já a sabedoria celeste vem do céu. É reconhecida pela mansidão, pela paz e pela
tratabilidade. Ela fica evidente no procedimento. É olhar para a vida na perspectiva de
Deus. Ela produz bênçãos e paz.
A sabedoria celeste é muito melhor. Não pode ser comprada (Jo 28.15). Quem a tem é
muito feliz (Pv 3.13). E se você não tem peça a Deus que dá a todos livremente (Tg
1.5).
Tiago inicia o assunto fazendo a pergunta a seguir e a respondendo. “De onde procedem
as guerras e os conflitos? Na sua resposta, de onde, senão dos prazeres que militam na
vossa carne? Ele aponta a origem dos conflitos como sendo a fraqueza humana e a
tendência da nossa natureza carnal.
A proposta de Tiago é que os cristãos permaneçam firmes e pacientes diante das lutas e
dos desafios. Por tanto, devemos manter a fé firme no Senhor, pois é nele que
encontraremos força para vencer. Aqui podemos tirar duas lições. A primeira, é que
nada em nossa vida dura para sempre. Ninguém veio aqui para sofrer. Todo sofrimento
tem o momento certo de acabar, daí a importância de esperarmos com paciência. A
segunda lição, é que a Vinda do Senhor marcará o fim dos nossos sofrimentos. Nunca
podemos perder a esperança de sua vinda. A Bíblia diz: “Ele enxugará dos seus olhos
toda a lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, pois a antiga ordem já
passou (Ap. 21:4). É nesta promessa maravilhosa que devemos viver.
O autor incentiva a oração como uma das práticas fundamentais da vida cristã. Ela nos
conecta com Deus, fortalece nossa fé e nos capacita a experimentar a restauração tanto
pessoal quanto comunitária. No capítulo em análise, encontramos m texto poderoso que
aborda a eficácia da oração e o papel da intercessão na restauração dos desviados e na
renovação da comunidade cristã.
4. Análise Teológica
4.1. Cristologia
A epístola demonstra que apesar de sua cristologia embrionária e primitiva quando
comparada com aquela desenvolvida pelos apóstolos João e Paulo, esta obra exalta a
natureza divina de Cristo e apresenta Sua Segunda Vinda.
4.2. Soteriologia :
O que Tiago discute no texto é salvação, isto é, de como a fé sem obras não pode nos
salvar, e ele o faz inicialmente na forma de uma pergunta retórica. Como ele pergunta
“Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras?”, quer
dizer, com isso, que a fé sem obras não tem proveito
4.3.Ética e moral
A Epístola de Tiago apresenta ensinos práticos e éticos para a vida cristã, da mesma
maneira como o próprio Jesus mostrou que a fé deveria vir acompanhada de atitudes.
Porém, alguns estudiosos bíblicos levantaram críticas à epístola de Tiago, como se essa
fosse contrária à justificação pela fé.
5. Impacto e relevância
6. Conclusão
Fé e Obras
Sabedoria e Discernimento
Tiago também nos ensina sobre a importância da sabedoria e do discernimento. Ele nos
incentiva a buscar a sabedoria de Deus e a tomar decisões sábias em todas as áreas da
nossa vida. Tiago nos alerta sobre a sabedoria terrena, que é caracterizada por inveja e
ambição, e nos encoraja a buscar a sabedoria que vem do alto, que é pura, pacífica,
amável e cheia de misericórdia.
Controle da Língua
Outro tema abordado por Tiago é o controle da língua. Ele nos adverte sobre o poder
destrutivo das palavras e nos exorta a sermos cuidadosos com o que falamos. Tiago nos
encoraja a usar nossas palavras para edificar e encorajar, e não para difamar ou ferir os
outros.
Tiago nos ensina sobre a importância da humildade e da submissão a Deus. Ele nos
lembra de que Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Tiago
nos encoraja a nos submetermos a Deus em todas as áreas da nossa vida, reconhecendo
que Ele é o nosso Senhor e que dependemos totalmente dEle.
Tiago também nos exorta a praticar a justiça e a cuidar dos necessitados. Ele nos alerta
sobre a injustiça e a opressão presentes no mundo e nos incentiva a agir com compaixão
e misericórdia. Tiago nos lembra que a verdadeira religião consiste em cuidar dos órfãos
e das viúvas, ou seja, dos mais vulneráveis e necessitados da sociedade.
Oração e Confiança em Deus
Outro tema presente no Livro de Tiago é a oração e a confiança em Deus. Tiago nos
encoraja a orar em todas as circunstâncias, buscando a sabedoria e a orientação de Deus.
Ele nos lembra que Deus é o doador de todo o bem e que podemos confiar Nele em
todas as situações da nossa vida.
O Livro de Tiago nos oferece uma rica fonte de ensinamentos e orientações para uma
vida cristã autêntica. Suas palavras nos desafiam a viver de acordo com a nossa fé,
demonstrando amor, sabedoria, humildade, justiça e cuidado com os necessitados
O Livro de Tiago nos desafia a examinarmos a nós mesmos e a nossa fé. Tiago nos
lembra que a fé verdadeira se manifesta em acções concretas de amor e serviço ao
próximo. Ele nos alerta sobre a ilusão de uma fé morta, que não produz frutos em nossa
vida.
Outro aspecto impactante do Livro de Tiago é a sua ênfase na sabedoria prática. Tiago
nos encoraja a buscar a sabedoria de Deus em todas as áreas de nossa vida, desde a
tomada de decisões até o controle das emoções. Ele nos lembra que a sabedoria que vem
do alto é pura, pacífica, amável, cheia de misericórdia e de bons frutos.
7. Referencia Bibliográfica:
A. T. Andrew E J. Phyllis. Peau Le, Série Crescimento Espiritual. Ed Shedd, dezembro
de 2009.
C. PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD,
2009.
E. Bíblia de estudo nova versão internacional, para pequenos grupos. Ed palavra, 2011.