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EM SAÚDE
Aline do Amaral
Zils Costa
Medidas de prevenção
e controle de doenças
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O processo de adoecimento faz parte da dinâmica da vida, trazendo
grandes impactos nos indivíduos e nas populações. Nesse sentido,
implementar medidas para a prevenção de doenças é essencial e de-
safiador para o sistema de saúde. No Brasil, a prevenção de doenças
tem se apresentado cada vez mais complexa devido ao processo de
transição epidemiológica, em que há um aumento das doenças crônicas
por causa do envelhecimento da população. Simultaneamente, ainda há
repercussões de doenças transmissíveis na população que não podem
ser negligenciadas.
Neste capítulo, você vai compreender a importância da prevenção e
controle de doenças, identificando os riscos envolvidos e a implementa-
ção de medidas de vigilância, prevenção, controle e erradicação.
são doenças infecciosas, de causa bem definida e não duram mais de três
meses; As doenças crônicas são aquelas com duração mínima de três a doze
meses, ou perdurando por toda a vida da pessoa, são causadas por diversos
fatores e o foco do tratamento não é a cura, mas sim, o controle da evolução
da doença, o alívio dos sintomas e a redução das complicações; As doenças
transmissíveis são aquelas causadas por agentes infecciosos específicos (ou
seus produtos tóxicos) que ocorrem após a transmissão de uma pessoa ou animal
ou reservatório inanimado para um hospedeiro suscetível. Essa transmissão
pode ser direta ou indireta, por meio de um hospedeiro intermediário, de um
vetor ou do ambiente.
Assim, a prevenção envolve medidas antecipadas para impedir o desen-
volvimento de uma doença ou evitar complicações decorrentes dela. As ações
de prevenção se organizam em três níveis distintos e envolvem: prevenção
primária, secundária e terciária. Estas ações de prevenção se dão em momentos
distintos do processo saúde-doença, chamado pelos autores de história natural
da doença. Esta história engloba dois períodos: pré-patogênese (momento em
que não há manifestações clínicas da doença) e patogênese (momento em que
se apresentam sinais e sintomas da doença).
A prevenção primária trata de medidas de saúde que evitem o apareci-
mento da doença, circundam ações de promoção da saúde e proteção específica.
Já, a prevenção secundária envolve o diagnóstico precoce das doenças e
tratamento imediato. A doença pode ser assintomática ainda nesse período.
Por fim, a prevenção terciária implementa ações para a prevenção de inca-
pacidade total e visam à recuperação e à reabilitação.
Para a prevenção e controle das doenças transmissíveis, é importante
compreender o processo infeccioso e, também, aspectos epidemiológicos de
cada doença. A cadeia epidemiológica de transmissão da doença resulta da
interação entre o agente, o reservatório e o hospedeiro. Para compreendê-la,
é necessário conhecer alguns conceitos básicos. Veja a seguir os principais
conceitos:
Praga Sintomas de
Sintomas de
que Grupo químico intoxicação
intoxicação crônica
controla aguda
Fentalamidas - Teratogênese
EPIs e cuidados
Precaução Momento de aplicação
necessários
(Continua)
10 Medidas de prevenção e controle de doenças
(Continuação)
EPIs e cuidados
Precaução Momento de aplicação
necessários
CARNEIRO, F. F. et al. (Org.) Dossiê ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos
na saúde. Rio de Janeiro: EPSJV; São Paulo: Expressão Popular, 2015.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas clínicas em atenção primária. 4.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
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SLAVISH, S. M. (Org.). Manual de prevenção e controle de infecções para hospitais. Porto
Alegre: Artmed, 2012.
Leituras recomendadas
FLETCHER, R. H.; FLETCHER, S. W.; FLETCHER, G. S. Epidemiologia clínica: elementos
essenciais. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2014.
ROTHMAN, K. J.; GREENLAND, S.; LASH, T. L. Epidemiologia moderna. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2011.
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