Resumo Geral Epidemiologia

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Resumo geral epidemologia

A epidemiologia é a ciência que estuda a distribuição e os fatores determinantes das doenças, a fim de orientar a
prevenção e o controle das mesmas.

As explicações para as causas/fatores determinantes das doenças mudam de acordo com a cultura e momento
histórico

História natural da doença

“Conjunto de processos interativos que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar,
passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou
morte.”

A história natural da doença ocorre em dois domínios diferentes:

• Meio externo: onde se desenvolvem todas as etapas necessárias à determinação da doença

• Meio interno: onde ocorrem as alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de uma doença.

O processo compreende 3 períodos consecutivos:

1 – Pré-patogênese

2 – Patogênese

3 – Desfecho

1 – Pré-patogênese : Agentes patogênicos: fatores que produzem efeitos diretos sobre as funções vitais do ser vivo,
perturbando-as, e assim produzindo a doença.

Podem ser:

• Agentes físicos (radiação)

• Agentes químicos (mercúrio)

• Agentes biológicos (vermes)

• Agentes nutricionais (carência ou excesso)

• Agentes genéticos (aberrações cromossômicas)

Na pré patogenese o individuo ainda ão está doente, é a fase que antecede p contato com agentes patogênicos com
organismo.

Patogênese

Compreende 4 níveis de evolução da doença:

1 – Interação agente-sujeito

2 – Alterações Bioquímicas, histológicas e fisiológicas

3 – Sinais e sintomas

4 – Cronicidade

Apenas na fase clinica da patogenese o individuo doente manifesta sinais e sintomas


Desfecho: ou se cura ou vem a óbito

Período de latência: é o intervalo de tempo que transcorre desde que se produz a infecção até que a pessoa se
torne infecciosa.

Período de incubação: é o intervalo de tempo que transcorre entre a exposição a um agente infeccioso e o
surgimento do primeiro sinal ou sintoma da doença.

Níveis de prevenção

• Prevenção primária (promoção de saúde e proteção específica). Quando o objetivo é evitar a doença. Ex: vacina e
tirar algum orgão que pode ser que futuramente tenha problema.

Prevenção primária: Promoção de saúde. Engloba ações destinadas a manter o bem estar, sem visar a nenhuma
doença em particular. Proteção específica da primaria: inclui medidas para impedir o aparecimento de uma
determinada doença, em particular, ou de um grupo de doenças afins. São exemplos a vacinação e a proteção
contrariscos ocupacionais.

• Prevenção secundária (diagnóstico precoce, tratamento imediato e limitação da incapacidade). Quando o objetivo
for evitar o agravamento da doença. EX: todo exame diagnóstico (mama) ou tirar orgão que já etá com patologia.

Prevenção secundária: Diagnóstico e tratamento precoce. Trata-se de identificar o processo patológico no seu início,
antes do aparecimento de sintomas. Exemplos: Rastreamento/Exame periódico de saúde/Intervenções médicas e
cirúrgicas precoces

Prevenção secundária: Limitação da incapacidade Consiste em identificar a doença, limitar a extensão das
respectivas lesões e evitar o aparecimento de complicações. Exemplos: Acesso facilitado a serviços de saúde
Tratamento médico ou cirúrgico adequados. Hospitalização necessárias

• Prevenção terciária (reabilitação) e recuperação.

Prevenção terciária: Reabilitação. Objetiva desenvolver o potencial residual do organismo, após ter sido afetado pela
doença. É um trabalho em equipe destinado a prover suporte físico, mental e social, que favoreça a reintegração da
pessoa na família, no trabalho e na sociedade. Exemplos: Terapia ocupacional/Treinamento do deficiente/Condições
de trabalho para deficientes/Próteses e órteses

CADEIA EPIDEMIOLÓGICA

Definição: diferentes elementos que levam ao aparecimento de uma doença transmissível

•Agente causal

•Reservatório

•Modo de transmissão do agente

• Portas de entrada e de saída do agente

•Hospedeiro suscetível
AGENTE CAUSAL

Um agente é um fator que está presente para a ocorrência de uma doença.

Propriedades dos agentes biológicos:

•Antigenicidade ou imunogenicidade – habilidade de induzir imunidade específica. Ex.: vírus da influenza x vírus da
febre amarela

•Vulnerabilidade ao ambiente, às substâncias químicas, agentes físicos e terapêuticos. Ex.: bacilo da tuberculose

Infectividade - é a capacidade do agente infeccioso de poder alojar-se e multiplicar-se dentro de um hospedeiro. Ex.:
HIV x VHB

Infecção: é a entrada, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo de uma pessoa ou


animal.

Contaminação: presença de agentes infecciosos vivos nas superfícies do corpo ou em peças de roupas de vestir,
brinquedos, ou outros objetos inanimados ou substâncias como água

Infestação: desenvolvimento sobre o corpo de agentes patogênicos(ex.: piolhos).

Patogenicidade: é a capacidade de um agente infeccioso de produzir doença em pessoas infectadas.

Ex.: ALTA PATOGENICIDADE = HIV, RAIVA, VARICELA, RINOVÍRUS

PATOGENICIDADE INTERMEDIÁRIA = CAXUMBA, RUBÉOLA

BAIXA PATOGENICIDADE = POLIOVÍRUS

Virulência: é a capacidade do agente infeccioso de produzir casos graves.

Letalidade: é a capacidade do agente infeccioso de produzir casos fatais.

RESERVATÓRIO: Qualquer ser humano, animal, artrópode, planta, soloou matéria inanimada, onde normalmente
vive e se multiplica um agente infeccioso e do qual depende para sua sobrevivência, reproduzindo-se de forma que
possa ser transmitido a um hospedeiro suscetível.

Reservatórios humanos – Ex.: DSTs, hanseníase

Reservatórios extra-humanos - Ex.: leptospirose, raiva

MODO DE TRANSMISSÃO DO AGENTE

• Transmissão direta: é a transferência direta do agente infeccioso por uma porta de entrada para que se possa
efetuar a infecção. Também chamada de transmissão de pessoa a pessoa.

• Transmissão indireta: por meio de veículos de transmissão (fômites) ou vetor (mecânico ou biológico)

PORTAS DE ENTRADA E DE SAÍDA DO AGENTE

•Respiratória: tuberculose, influenza, sarampo,

•Genitourinária: leptospirose, sífilis, AIDS, DSTs

•Digestiva: hepatite A e E, cólera e amebíase

• Cutânea: varicela, herpes zoster, picadas, mordidas, perfuração por agulha ou outro mecanismo que tenha contato
com sangue infectado, como na sífilis, doença de Chagas, malária, leishmaniose, febre amarela, hepatite B, etc.
• Placentária: sífilis, rubéola, toxoplasmose, AIDS e doença de Chagas.

HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL

Indivíduo ou animal vivo, que em circunstâncias naturais permite a subsistência e o alojamento de um agente
infeccioso.

Características do hospedeiro que podem favorecer ou dificultar uma infecção:

• Pele e membranas mucosas

•Reflexos

•Mecanismos de defesa (imunidade)

•Idade, Sexo, Raça

• Estado Nutricional

Sistema de Informação em Saúde

Conceito inicial:

Mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para planejar, organizar,
operar e avaliar os serviços de saúde. Instrumento para adquirir, organizar e analisar dados necessários à definição
de problemas e riscos para a saúde, avaliar a eficácia, eficiência e influência que os serviços prestados possam ter no
estado de saúde da população, além de contribuir para a produção de conhecimento acerca da saúde e dos assuntos
a ela ligados

Os principais sistemas de informação do Brasil são:

• Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN);

• Sistema de Informação de Mortalidade – SIM

• Sistema de Informaçõessobre Nascidos Vivos – SINASC

• Sistema de Informações Hospitalares – SIH

• Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS – SIA

Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN)

• Notificação Compulsória de doenças: Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos,
profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de
suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata
ou semanal

Sistema de Informação em Saúde DATASUS http://datasus.saude.gov.br/

Mortalidade (geral; por idade; sexo; causa)

- Informações de Saúde (TABNET) – Estatísticas Vitais

Morbidade - internações/1000hab (por idade; sexo; causa)

- Informações de Saúde (TABNET) - Epidemiológicas eMorbidade

- Informações demográficas - (população e saneamento)


- Informações de Saúde (TABNET) - Demográficas e

Socioeconômicas

Indicadores Epidemiológicos Indicadores de Morbidade

Prevalência

É o termo descritivo da força com que subsistem as doenças nas coletividades, um indicador de morbidade.

• Permite estimar e comparar, no tempo e no espaço, a ocorrência de uma dada doença em relação a variáveis

referentes à população: idade ou grupo etário, sexo, ocupação... Prevalência são todos os casos existentes

Pode ser dividida em:

1. Prevalência pontual, instantânea ou momentânea

- Frequência da doença em um ponto definido do tempo (dia, mês ou ano)

- Mede a proporção da população que apresenta a doença/evento no tempo considerado

2. Prevalência por período ou lápsica

- Soma da prevalência pontual no começo do período especificado ou ao final do período anterior com todos os
casos novos que ocorreram durante o período.

- Não leva em conta curas, óbitos e migrações.

Incidência

• Significa a ocorrência de casos novos de determinada doença relacionados à unidade de intervalo de tempo

• Intensidade com que estão surgindo novos doentes, por dia, mês ou ano em determinada comunidade. Incidencia
casos novos

DENSIDADE DE INCIDÊNCIA

• Taxa média de ocorrência de uma doença na população exposta em um período de tempo

Relação entre Prevalência e Incidência

P=IxD

P = prevalência

I = incidência

D = duração da doença

Taxa de prevalencia: numero de casos conhecidos\ população x 10 elevado a n

Taxa de incidencia: nº de casos novos de uma doença, em uma comunidade, em certo período de tempo\ numero de
pessoas expostas ao risco de adquirir a doença x 10 elevado a n

Indicadores Epidemiológicos Indicadores de Mortalidade

Indicadores Epidemiológicos

Classificação:
• Quanto ao nível de referência:

– Macroindicadores – denominador se refere a base populacional

– Microindicadores – tomam como denominador um subconjunto da população

• Quanto ao tipo de evento referido:

– Indicadores de Morbidade

– Indicadores de Mortalidade

Indicadores Epidemiológicos

Exemplos:

➢ Mortalidade = O/P

➢ Incidência (e prevalência) de doença = D/P

➢ Incidência (e prevalência) de infecção = I/P

➢ Patogenicidade = D/I

➢ Virulência = G/D

➢ Letalidade = O/D

Mortalidade: Razão entre frequências absolutas de óbitos e números de sujeitos expostos ao risco de morrer.

Taxa de Mortalidade Geral: Nº de óbitos correspondentes a todas as causas em um determinado ano, circunscritos
a uma área determinada, e multiplicando-se por 1000.

Taxa de mortalidade por causas: São calculadas mediante divisão do nº de óbitos ocorridos por determinada causa
e a população exposta ao risco de morrer por qualquer causa.

Ex: Em um país asiático com população de 6 milhões de habitantes ocorreram 60.000 mortes em 2011.

Essas incluíram 30.000 mortes por cólera.

Mortalidade infantil

• É calculado dividindo-se o nº de óbitos de crianças menores de um ano pelos nascidos vivos daquele ano, em uma
determinada área, multiplicando-se por 1000 o valor encontrado.

Ex: Na cidade de Jacui, ocorreram 40 óbitos em crianças menores de um ano em 2012. Nesse ano, o número de
nascidos vivos na cidade foi de 18000. Qual foi o coeficiente de mortalidade infantil?

MORTALIDADE INFANTIL

• O coeficiente de mortalidade infantil pode ainda ser dividido em:

- coeficiente de mortalidade neonatal (óbitos de 0 a 27 dias inclusive) em relação ao total de nascidos vivos (por
1000);

- coeficiente de mortalidade pós-neonatal ou infantil tardia (óbitos de 28 dias a 364 dias inclusive) em relação ao
total de nascidos vivos (por 1000).
• O coeficiente de mortalidade neonatal pode ainda ser subdividido em coeficiente de mortalidade neonatal precoce
(0 a 6 dias inclusive) e coeficiente de mortalidade neonatal tardia (7 a 27dias).

MORTALIDADE MATERNA

• Representa o risco de óbitos por causas ligadas à gestação, ao parto ou ao puerpério, sendo um indicador da
qualidade de assistência à gestação e ao parto numa comunidade. É dado pela equação:

Mortalidade Proporcional

• Razão entre dois conjuntos de óbitos, em que o numerador é composto pelos óbitos de uma determinada faixa
etária e o denominador pelo total de óbitos ocorridos em uma dada população, em um período definido de tempo.

Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) com 50 anos ou mais OU indicador de Swaroop &Uemura

Classificação do nível de saúde da população a partir do Indicador de Swaroop & Uemura:

• Nível 1 – (RMP≥75%) – países desenvolvidos

• Nível 2 – (RMP entre 50% e 74,9%%) – países com certo desenvolvimento econômico e regular organização dos

serviços de saúde

• Nível 3 - (RMP entre 25% e 49,9%) – países em estágio atrasado de desenvolvimento das questões de saúde e
econômicas

• Nível 4 - (RMP abaixo de 25%) – alto grau de subdesenvolvimento

Curvas de Mortalidade Proporcional – Curvas de Nelson de Moraes

• Curvas construídas a partir da distribuição proporcional de óbitos por faixa etária, sendo que esta distribuição
exibe um certo formato gráfico que indica o nível de saúde de determinada área.

• Faixas etárias utilizadas para construção das curvas:

– < de 1 ano

– 1 a 4 anos

– 5 a 19 anos

– 20 a 49 anos

– 50 e mais

Coeficiente de Letalidade

• Razão entre o nº de óbitos devidos a determinada patologia e total de pessoas que foram realmente acometidas
pela doença.

• Permite avaliar a gravidade de uma doença, considerando idade, sexo e condições socioeconômicas da região onde
ocorre.

Esperança de Vida

• Nº médio de anos que ainda restam para serem vividos pelos indivíduos que sobrevivem até a idade considerada.
• Utiliza probabilidades diferenciais de falecimento por faixa etária

Transição demográfica

• Mudança na distribuição etária da população, caracterizada pelo crescimento e envelhecimento populacional.

• A transição é decorrente de alterações nos indicadores de fecundidade e mortalidade, além dos movimentos
migratórios.

Transição demográfica

Etapas da transição demográfica:

1. Fecundidade e mortalidade são elevadas: a população é jovem e estável.

2. Redução da mortalidade e fecundidade ainda elevada: o ritmo de crescimento populacional aumenta e a


população permanece jovem.

3. Redução da fecundidade e da mortalidade: a população inicia efetivamente seu processo de envelhecimento,


diminuindo o ritmo de crescimento populacional.

Transição Epidemiológica

Mudanças no padrão de morbidade e mortalidade que caracterizam uma população específica, e que ocorrem em
conjunto com transformações demográficas, sociais e econômicas.

Transição Epidemiológica

A transição epidemiológica ocorre devido à 3 mudanças básicas:

• Substituição das causas de morte: as principais causas de morte eram por doenças infecciosas, sendo substituídas
por doenças não transmissíveis e causas externas.

• Deslocamento da maior carga de morbi-mortalidade dos grupos mais jovens para grupos mais idosos.

• Transformação de uma situação onde há predomínio de mortalidade, para outra onde a morbidade é dominante.

Transição Epidemiológica

Estágios:

1. Períodos de pragas e da fome – doenças infecciosas, desnutrição, problemas de saúde reprodutiva.

2. Período de desaparecimento das pandemias.

3. Período de doenças degenerativas e provocadas pelo homem.

4. Período de declínio da mortalidade por doenças cardiovasculares, envelhecimento populacional, modificações no


estilo de vida, doenças emergentes e ressurgimento de doenças transmissíveis.

5. Período de longevidade paradoxal, emergência de doenças enigmáticas e capacitação tecnológica para


sobrevivência.

Transição Nutricional

Mudanças no perfil alimentar e nutricional da população

Rápido declínio da prevalência de desnutrição em crianças e elevação, num ritmo mais acelerado, da prevalência de
sobrepeso/obesidade em adultos.

CADEIA EPIDEMIOLÓGICA

CADEIA EPIDEMIOLÓGICA Definição: diferentes elementos que levam ao aparecimento de uma doença transmissível

● Agente causal
● Reservatório
● Modo de transmissão do agente
● Portas de entrada e de saída do agente
● Hospedeiro suscetível

AGENTE CAUSAL : Um agente é um fator que está presente para a ocorrência de uma doença.

Propriedades dos agentes biológicos:

•Antigenicidade ou imunogenicidade – habilidade de induzir imunidade específica. Ex.: vírus da influenza x vírus da
febre amarela

•Vulnerabilidade ao ambiente, às substâncias químicas, agentes físicos e terapêuticos. Ex.: bacilo da tuberculose

•Infectividade - é a capacidade do agente infeccioso de poder alojar-se e multiplicar-se dentro de um hospedeiro.


Ex.: HIV x VHB

Infecção: é a entrada, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo de uma pessoa ou


animal.

Contaminação: presença de agentes infecciosos vivos nas superfícies do corpo ou em peças de roupas de vestir,
brinquedos, ou outros objetos inanimados ou substâncias como água.

Infestação: desenvolvimento sobre o corpo de agentes patogênicos(ex.: piolhos).

• Patogenicidade: é a capacidade de um agente infeccioso de produzir doença em pessoas infectadas. Ex.: ALTA
PATOGENICIDADE = HIV, RAIVA, VARICELA, RINOVÍRUS PATOGENICIDADE INTERMEDIÁRIA = CAXUMBA, RUBÉOLA
BAIXA PATOGENICIDADE = POLIOVÍRUS

•Virulência: é a capacidade do agente infeccioso de produzir casos graves.

•Letalidade: é a capacidade do agente infeccioso de produzir casos fatais.


RESERVATÓRIO Qualquer ser humano, animal, artrópode, planta, solo ou matéria inanimada, onde normalmente
vive e se multiplica um agente infeccioso e do qual depende para sua sobrevivência, reproduzindo-se de forma que
possa ser transmitido a um hospedeiro suscetível.

Reservatórios humanos – Ex.: DSTs, hanseníase

Reservatórios extra-humanos - Ex.: leptospirose, raiva

MODO DE TRANSMISSÃO DO AGENTE

• Transmissão direta: é a transferência direta do agente infeccioso por uma porta de entrada para que se possa
efetuar a infecção. Também chamada de transmissão de pessoa a pessoa.

• Transmissão indireta: por meio de veículos de transmissão (fômites) ou vetor (mecânico ou biológico).

PORTAS DE ENTRADA E DE SAÍDA DO AGENTE

•Respiratória: tuberculose, influenza, sarampo,

•Genitourinária: leptospirose, sífilis, AIDS, DSTs

•Digestiva: hepatite A e E, cólera e amebíase

• Cutânea: varicela, herpes zoster, picadas, mordidas, perfuração por agulha ou outro mecanismo que tenha contato
com sangue infectado, como na sífilis, doença de Chagas, malária, leishmaniose, febre amarela, hepatite B, etc.

• Placentária: sífilis, rubéola, toxoplasmose, AIDS e doença de Chagas.

HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL Indivíduo ou animal vivo, que em circunstâncias naturais permite a subsistência e o
alojamento de um agente infeccioso.

Características do hospedeiro que podem favorecer ou dificultar uma infecção:

• Pele e membranas mucosas

•Reflexos

•Mecanismos de defesa (imunidade)

•Idade, Sexo, Raça

• Estado Nutricional
Epidemiologia descritiva: variáveis relacionadas ao tempo, espaço e pessoa:

A epidemiologia estuda a frequência, a distribuição e os determinantes dos eventos de saúde na população Os


princípios para o estudo da distribuição dos eventos de saúde se referem ao uso das três variáveis clássicas da
epidemiologia:

Tempo Quando?

Lugar Onde?

Pessoa Quem?

VARIÁVEL LUGAR A localização geográfica dos problemas de saúde é fundamental para conhecer sua extensão e
velocidade de disseminação A distribuição geográfica dos casos de uma doença indica onde uma doença causa mais
ou menos impacto e fornece indícios para sua causa. 

-domicílio- rua –bairro- município- país- hospital -Área urbana- Área rural -Análise -Espacial em Saúde.

VARIÁVEL PESSOA As características das pessoas e sua condição social permitem identificar a distribuição das
doenças e possíveis grupos e fatores de risco. Quando uma doença afeta mais certos tipos de indivíduos no mesmo
plano temporal e no mesmo lugar que outros indivíduos que não estão afetados, isso fornece indícios das causas e
orienta como devem ser direcionadas as estratégias de controle. 

Sexo- idade-Estado nutricional –renda- Estilo de vida

VARIÁVEL TEMPO: A existência de uma epidemia é reconhecida por uma curva epidêmica que mostra o crescimento
e a queda dos casos de uma doença. 

• Ocorrência sazonal - padrão regular de variação entre as estações do ano

• Ocorrência cíclica - padrão regular de variação em períodos maiores de um ano CURVA EPIDÊMICA.
Detecção de Epidemia e Curva Epidêmica

Epidemia: Ocorrência de casos de uma doença em excesso ao esperado

A análise da frequência de ocorrência das doenças com o tempo permite conhecer sua tendência e
identificar se as doenças acontecem fora do que é esperado, como é o caso da detecção de surtos e
epidemias.

Uma epidemia é a ocorrência de casos de uma doença em excesso ao esperado. São exemplos: AIDS, influenza e
dengue.

Surto É uma epidemia localizada em determinada região ou local. Ex: creches, escolas, asilos.

Pandemia: É a ocorrência de uma epidemia com ampla distribuição espacial, atingindo mais de um país, ou
continente. Ex: H1N1; COVID-19. Epidemia de ampla distribuição espacial.

Endemia Quando uma determinada doença acomete uma população no decorrer de um longo período de tempo.
Ex: Malária na região norte

Curva Epidêmica É a variação esperada da incidência da doença.

- Incidência máxima esperada = x + (1,96 x dp)

- Incidência mínima esperada = x - (1,96 x dp)


A análise dos padrões de distribuição das doenças envolve principalmente um processo de descrição e
comparação de dados com relação a características e atributos de tempo, lugar e pessoa. Leia as
afirmativas abaixo e assinale a alternativa que apresente os objetivos desse tipo de análise.

Verdadeiras:

II) Estabelecer as tendências da doença a fim de detectar e antecipar a ocorrência de mudanças em seu
comportamento.
III) Sugerir os fatores associados com o possível aumento ou redução de casos e/ou óbitos e identificar
os grupos sujeitos a maior risco.
IV) Identificar as áreas geográficas que requerem medidas de controle

Principais tipos de estudos em epidemiologia


Aula 11/02/22

Antes de iniciar uma pesquisa, é preciso definir, cuidadosamente, a população de estudo, o tamanho da
amostra (quando for o caso), o delineamento do estudo, e o método de seleção dos participantes.

Desenhos de pesquisa em epidemiologia:

● O eixo estruturante da pesquisa epidemiológica se refere ao tipo operativo da pesquisa


(individuado ou agregado).
● Diante desse critério base, pode-se classificar ainda de acordo com o posicionamento do
investigador, e segundo à dimensão temporal do estudo.

Tipo operativo da pesquisa:

Agregado: Os dados são referentes à área geográfica bem delimitada (países, estados, municípios, bairros, regiões).
O pesquisador acessa os dados por meio de um sistema de informação. Não são feitas entrevistas individuais.

Individuado: O pesquisador coleta os dados de cada sujeito individualmente. Geralmente são realizadas entrevistas
com uma amostra da população.

Posicionamento do investigador :
Observacional: O pesquisador só observa. Não faz nenhum tipo de intervenção

Intervenção: O pesquisador faz alguma intervenção. A ação do pesquisador influencia o resultado da pesquisa.
Exemplo: teste de novos medicamentos e novas técnicas cirúrgicas.

Dimensão temporal do estudo:

Transversal: O estudo revela um “retrato” da população em um momento específico. A coleta de dados é feita
apenas uma vez. Exemplo: estudo realizado em 2010.

Longitudinal: O estudo é feito durante um período que possibilite acompanhar a evolução no tempo. Exemplo:
estudo realizado de 1998- 2008.

Estudos Ecológicos (agregado-observacional-transversal)

● Abordam áreas geográficas bem delimitadas;


● Os indicadores de cada área constituem se em médias referentes a sua população total, tomada como
agregado integral.
● Podem ser classificados como: Investigações de base territorial (bairros, Distritos, municípios, estados,
países, continente); Estudos de agregados Institucionais (fábricas ou empresas).
● Ex: Correlações entre indicadores socioeconômicos e ocorrência de neoplasias através dos dados do Registro
Nacional de Patologia Tumoral em 23 estados brasileiros no ano de 2009.

● VANTAGENS:
◼ Facilidade de execução;
◼ Baixo custo;
◼ Simplicidade de análise dos dados;
◼ Capacidade de geração de hipóteses.
● DESVANTAGENS:
◼ Baixo poder analítico;
◼ Vulnerabilidade à “falácia ecológica”.

Estudos de Tendências ou de séries temporais (agregado-observacional-longitudinal)

● ◼ Subtipo do estudo ecológico;


● ◼ Uma mesma área ou população é investigada em momentos distintos no tempo.
● Ex: Avaliação das tendências de mortalidade infantil em Cuba durante o período de 1977 a 1986.

Ensaios Comunitários (agregado-intervenção-longitudinal)

● ◼ Pouco explorados – experimentos naturais;


● ◼ Tomam como unidade de observação e análise os agregados ecológicos ou institucionais, e que
incorporam alguma intervenção de alcance coletivo;
● ◼ Ex: efeitos de uma inundação ou seca na vida da população de uma cidade, ou o estudo de Snow para
esclarecer as causas da cólera.

Estudos Seccionais (individuado-observacional-transversal)

● ◼ Também chamados de inquéritos ou Surveys;


● ◼ Investigações que produzem instantâneos da situação de saúde de uma população com base na avaliação
individual do estado de saúde de cada um dos membros do grupo;
● ◼ Utilizam amostras representativas da população;
● ◼ Tem sido o mais utilizado na epidemiologia.
Estudos Seccionais
VANTAGENS:
◼ Baixo custo;
◼ Alto potencial descritivo;
◼ Simplicidade analítica.
DESVANTAGENS:
◼ Vulnerabilidade à seleção incorreta da amostra;
◼ Inadequado para testar hipóteses causais.

Subtipos:

● ◼ Estudos de grupo em tratamento;


● ◼ Inquéritos na atenção primária;
● ◼ Inquéritos domiciliários;
● ◼ Estudo multifásico.

Estudos de grupo em tratamento

● ◼ Estudo de grupos de pessoas que estão em tratamento em determinada instituição. Utiliza como fonte
dos dados os registros (prontuários) dos pacientes;
● ◼ Utiliza dados de fonte secundária;

Inquéritos na atenção primária

● ◼ A coleta de dados pode se basear em registros ou aplicação de instrumentos nos indivíduos que procuram
o serviço de saúde.
● ◼ Ex: Prevalência de anemia em crianças que buscaram atendimento em Unidades de Saúde em março de
2010

Inquéritos domiciliários
● ◼ Técnica de coleta direta na comunidade;
● ◼ Defini-se uma clara base populacional, através de amostragem ou recenseamento.
● ◼ Ex: Estudo que realizou 2500 entrevistas domiciliares com moradores da Vila Madalena para identificar os
casos de alcoolismo em 1991.

Estudo multifásico

● ◼ Aplicam-se instrumentos simplificados a toda população (ou amostra), e posteriormente procede a


investigação mais cuidadosa nos que atingiram pontuação de corte para detecção de anormalidade.
● ◼ Ex: Um estudo que pretendia identificar doença coronariana nos indivíduos avaliou aproximadamente
8500 pessoas por meio de exames de sangue e eletrocardiograma. Em caso de detecção de anormalidade os
sujeitos eram submetidos a exames mais específicos para confirmar o diagnóstico.

Estudos de Coorte (individuado-observacional-longitudinal)

● ◼ Coorte = contingente populacional unificado;


● ◼ Também chamados de prospectivos porque partem da observação de grupos comprovadamente expostos
a um fator de risco suposto como causa de uma doença a ser detectada no futuro.

Estudos de Coorte Concorrente

● ◼ A população é observada desde a exposição até a data prevista para o encerramento das observações.
● ◼ Ex: Estudo da relação entre o hábito de fumar e ocorrência de doenças cardiovasculares. Cada pessoa foi
avaliada bienalmente desde o início do estudo até hoje, agora mais de 50 anos.

Estudos de Coorte Histórica ou Retrospectivos

● ◼ A seleção e classificação da população ocorre no presente e o início e fim do acompanhamento ocorrem


no passado.
● ◼ Ex: Cerca de 110.000 prontuários de pacientes que foram submetidos à raio X durante as décadas de 30 e
40 foram analisados para estabelecer a relação com a ocorrência de cânceres de mama e pulmão.

Estudos de Coorte VANTAGENS:

● ◼ Produz medidas diretas de risco;


● ◼ Alto poder analítico;
● ◼ Facilidade de análise.

DESVANTAGENS:

● ◼ Longos períodos de acompanhamento;


● ◼ Amostras grandes;
● ◼ Caro e trabalhoso;
● ◼ Exposto aos riscos de mudanças nos métodos diagnósticos.

Estudos de Caso-controle (individuado-observacional-longitudinal)

● ◼ Levantamento dos casos de uma doença em uma população; ◼ Seleção de um grupo de casos e um grupo
de controles (sujeitos sem a doença);
● ◼ A doença é parte inicial, a partir da qual, devem ser buscados fatores de risco suspeitos no passado.
● ◼ Podem ser: Pareados ou não-pareados (idade, sexo, raça, situação socioeconômica);
Ex: Estudo que descobriu que a infecção por rubéola era fator de risco para malformações congênitas. O
grupo de casos era composto por crianças com catarata congênita, e o controle por crianças que não
possuíam a doença.

VANTAGENS: ◼ Adequado para estudar doenças raras; ◼ Alto potencial analítico; ◼ Relativamente barato.
DESVANTAGENS: ◼ Incapaz de estimar risco; ◼ Vulnerável a seleção errada da amostra e rememoração.

Estudos de Intervenção / Experimentais / Ensaios Clínicos (individuado-intervenção-longitudinal)

● ◼ O pesquisador introduz algum elemento que vai transformar o estado de saúde dos indivíduos;
● ◼ São utilizados para testar hipóteses e avaliar a eficácia de procedimentos e medicamentos;
● ◼ Podem ser classificados como controlados e não-controlados (presença ou não de grupo controle);

Quanto a composição dos grupos podem ainda ser classificados em :

● ◼ Randomizado ou não-randomizado (aleatório, sorteado);


● ◼ Pareado (composição rigorosamente equivalente);
● ◼ Rotativo (alternância da amostra entre grupo de casos e controles); Existe ainda a classificação em:
● ◼ Duplo-cego; Simples-cego; Aberto

Resumo:

● Estudo caso – controle: (individuado-observacional-longitudinal) Ele se divide em dois grupos para serem
estudados um com doença e um sem.

Ex: Realizou-se um estudo com o propósito de se detectar possíveis fatores de risco para o aparecimento de fissuras
orais. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: um grupo com portadores de fissura labial e um grupo sem
malformações associadas. 

● Estudo de intervenção/Experimentais/ Ensaios Clínicos: (individuado-intervenção-longitudinal)

Vai introduzir algum elemento que vai transformar o estado de saúde dos indivíduos.

Ex: Foi realizado um estudo para identificar os benefícios da utilização de uma nova técnica cirúrgica. Os pacientes
foram divididos em dois grupos: um grupo que se submeteu à técnica nova, e um grupo que se submeteu à técnica
antiga. Os indivíduos foram avaliados antes e depois da cirurgia. 

Ex: Para avaliar a segurança do uso de hormônios em pacientes idosos com sarcopenia, avaliou-se o efeito do
decanato de nondrolona, por um período de 6 meses de uso, em 255 idosos.

● Estudos de Coorte (individuado-observacional-longitudinal) partem da observação de grupos


comprovadamente expostos a um fator de risco suposto como causa de uma doença a ser detectada no
futuro.

Ex: Uma amostra de 1500 idosos foi acompanhada de 2000 a 2010 para determinação dos fatores associados ao
envelhecimento saudável.

MEDIDAS DE EFEITO E ASSOCIAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA

Os estudos podem ser classificados em:

•Descritivos: determinam a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar
e/ou as características dos indivíduos. Quando, onde e quem adoece?

•Analíticos: examinam a existência de associação entre uma exposição e uma doença ou condição relacionada à
saúde.
RISCO RELATIVO (RR)

• Se RR = 1 Risco em expostos é igual ao risco em não expostos: não há associação

• Se RR > 1 Risco em expostos é maior que em não expostos: associação positiva, que pode ser causal

• Se RR < 1 Risco em expostos é menor que em não expostos: associação negativa, que pode ser protetora

RISCO ATRIBUÍVEL (RA) Diferença entre risco em expostos e em não expostos

𝑅𝐴 = 𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 − 𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠

É a parte do risco a que está exposto um grupo da população, atribuível ao fator estudado e não a outros fatores

• Pouco emprego analítico

•Muita importância descritiva

• É bastante utilizado no planejamento de programas de controle de doenças e mais ainda na avaliação dos mesmos

•Responde à pergunta: "Quanto do risco (incidência) da doença podemos prevenir se eliminarmos a exposição?"
Como interpretar a Razão de Prevalência?

• Se RP = 1 A prevalência em expostos é igual a prevalência em não expostos: não há associação.

• Se RP > 1 A prevalência em expostos é maior que em não expostos: associação positiva.

• Se RP < 1 A prevalência em expostos é menor que em não expostos: associação negativa.

Envelhecimento populacional:

O envelhecimento populacional é resultado dos processos de transição demográfica e epidemiológica.

Mudança na distribuição etária da população, caracterizada pelo crescimento e envelhecimento populacional. A


transição é decorrente de alterações nos indicadores de fecundidade e mortalidade, além dos movimentos
migratórios.

Etapas da transição demográfica

Fecundidade e mortalidade elevadas - Redução da mortalidade e fecundidade ainda elevada - Redução da


fecundidade e da mortalidade

Transição Epidemiológica Mudanças no padrão de morbidade e mortalidade que caracterizam uma população
específica, e que ocorrem em conjunto com transformações demográficas, sociais e econômicas.

Períodos da transição epidemiológica

1. Períodos de pragas e da fome – doenças infecciosas, desnutrição, problemas de saúde reprodutiva.

2. Período de desaparecimento das pandemias.

3. Período de doenças degenerativas e provocadas pelo homem.

4. Período de declínio da mortalidade por doenças cardiovasculares, envelhecimento populacional, modificações no


estilo de vida, doenças emergentes e ressurgimento de doenças transmissíveis.

5. Período de longevidade paradoxal, emergência de doenças enigmáticas e capacitação tecnológica para


sobrevivência.

Transição Nutricional • Declínio na capacidade de ingerir uma quantidade adequada de alimentos; • Idosos não são
capazes de atender aos seus requisitos de nutrientes recomendados; • Redução fisiológica não intencional na
ingestão de alimentos (anorexia).

Vigilância Epidemiológica
Conceito inicial:

“observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”
Atualmente: “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança
nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

Vigilância Epidemiológica

São funções da vigilância epidemiológica:

• coleta de dados; • processamento de dados coletados; • análise e interpretação dos dados processados; •
recomendação das medidas de controle apropriadas; • promoção das ações de controle indicadas; • avaliação da
eficácia e efetividade das medidas adotadas; • divulgação de informações pertinentes

• Notificação Compulsória de doenças: Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos,
profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de
suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata
ou semanal • Notificação Compulsória Negativa.

Calendário Epidemiológico

• Por convenção internacional as semanas epidemiológicas são contadas de domingo a sábado.

A primeira semana do ano é aquela que contém o maior número de dias de janeiro e a última a que contém o maior
número de dias de dezembro.

Vigilância Epidemiológica

As principais fontes de dados da vigilância epidemiológica são (cont.):

• Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN);

• Sistema de Informação de Mortalidade – SIM

• Sistema de Informaçõessobre Nascidos Vivos – SINASC

• Sistema de Informações Hospitalares – SIH

• Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS – SIA

As principais fontes de dados da vigilância epidemiológica são:

• Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações(PNI) - SI-PNI • Sistema de Informação do câncer do


colo do útero e Sistema de Informação do câncer e mama - SISCOLO/SISMAMA • Sistema de Cadastramento e
Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos – HIPERDIA • Sistema de Acompanhamento da Gestante -
SISPRENATAL

Vigilância em Saúde Ambiental

Visa ao conhecimento e à detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes
do ambiente que interferiram na saúde humana; recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores
de risco, relacionados às doenças e outros agravos à saúde, prioritariamente a vigilância da qualidade da água para
consumo humano, ar e solo; desastres de origem natural, substâncias químicas, acidentes com produtos perigosos,
fatores físicos, e ambiente de trabalho.
Vigilância em Saúde do Trabalhador

Caracteriza-se por ser um conjunto de atividades destinadas à promoção e proteção, recuperação e reabilitação da
saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho

Vigilância sanitária

• Originou-se na Europa (séculos XVII e XVIII) • No Brasil (séculos XVIII e XIX): • Surgimento da noção de “polícia
sanitária”, que tinha como função regulamentar o exercício da profissão, combater o charlatanismo e exercer o
saneamento da cidade, fiscalizar as embarcações, os cemitérios e o comércio de alimentos, com o objetivo de vigiar
a cidade para evitar a propagação das doenças.

“Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde,
abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; II - o controle da prestação de serviços que se
relacionam direta ou indiretamente com a saúde.”

Os campos de abrangência da vigilância sanitária: Bens e serviços de saúde:

• As tecnologias de alimentos • As tecnologias de beleza, limpeza e higiene(cosméticos, perfumes, produtos de


higiene pessoal) • As tecnologias de produção industrial e agrícola • As tecnologias médicas (hospitais,
consultórios...) • As tecnologias do lazer (centros esportivos, cabeleireiros, barbeiros, manicures, pedicuros,
institutos de beleza, espaços culturais, clubes, hotéis, etc). • As tecnologias da educação (escolas, creches, asilos,
orfanatos, presídios, cujas condições das aglomerações humanasinterferem na sua saúde).

Os campos de abrangência da vigilância sanitária: Meio ambiente:

• Controle sanitário as tecnologias utilizadas na construção de sistemas de abastecimento de água potável para o
consumo humano, na proteção de mananciais, no controle da poluição do ar, na proteção do solo, no controle dos
sistemas de esgoto sanitário e dos resíduos sólidos, entre outros, visando à proteção dos recursos naturais e à
garantia do equilíbrio ecológico e consequentemente da saúde humana. • O ambiente de trabalho, relativo às
condições dos locais de trabalho.

Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005) Instrumento jurídico internacional, elaborado para ajudar a proteger
os países contra a propagação internacional de doenças, incluindo-se os riscos para saúde pública e as emergências
de saúde pública. Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional: Evento que apresente RISCO de
propagação ou disseminação de doenças para mais de uma unidade federada (estado ou Distrito Federal) ou outros
eventos de saúde pública (independentemente da natureza ou origem) que possa necessitar de resposta nacional
coordenada.

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