Resumo Geral Epidemiologia
Resumo Geral Epidemiologia
Resumo Geral Epidemiologia
A epidemiologia é a ciência que estuda a distribuição e os fatores determinantes das doenças, a fim de orientar a
prevenção e o controle das mesmas.
As explicações para as causas/fatores determinantes das doenças mudam de acordo com a cultura e momento
histórico
“Conjunto de processos interativos que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar,
passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou
morte.”
• Meio interno: onde ocorrem as alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de uma doença.
1 – Pré-patogênese
2 – Patogênese
3 – Desfecho
1 – Pré-patogênese : Agentes patogênicos: fatores que produzem efeitos diretos sobre as funções vitais do ser vivo,
perturbando-as, e assim produzindo a doença.
Podem ser:
Na pré patogenese o individuo ainda ão está doente, é a fase que antecede p contato com agentes patogênicos com
organismo.
Patogênese
1 – Interação agente-sujeito
3 – Sinais e sintomas
4 – Cronicidade
Período de latência: é o intervalo de tempo que transcorre desde que se produz a infecção até que a pessoa se
torne infecciosa.
Período de incubação: é o intervalo de tempo que transcorre entre a exposição a um agente infeccioso e o
surgimento do primeiro sinal ou sintoma da doença.
Níveis de prevenção
• Prevenção primária (promoção de saúde e proteção específica). Quando o objetivo é evitar a doença. Ex: vacina e
tirar algum orgão que pode ser que futuramente tenha problema.
Prevenção primária: Promoção de saúde. Engloba ações destinadas a manter o bem estar, sem visar a nenhuma
doença em particular. Proteção específica da primaria: inclui medidas para impedir o aparecimento de uma
determinada doença, em particular, ou de um grupo de doenças afins. São exemplos a vacinação e a proteção
contrariscos ocupacionais.
• Prevenção secundária (diagnóstico precoce, tratamento imediato e limitação da incapacidade). Quando o objetivo
for evitar o agravamento da doença. EX: todo exame diagnóstico (mama) ou tirar orgão que já etá com patologia.
Prevenção secundária: Diagnóstico e tratamento precoce. Trata-se de identificar o processo patológico no seu início,
antes do aparecimento de sintomas. Exemplos: Rastreamento/Exame periódico de saúde/Intervenções médicas e
cirúrgicas precoces
Prevenção secundária: Limitação da incapacidade Consiste em identificar a doença, limitar a extensão das
respectivas lesões e evitar o aparecimento de complicações. Exemplos: Acesso facilitado a serviços de saúde
Tratamento médico ou cirúrgico adequados. Hospitalização necessárias
Prevenção terciária: Reabilitação. Objetiva desenvolver o potencial residual do organismo, após ter sido afetado pela
doença. É um trabalho em equipe destinado a prover suporte físico, mental e social, que favoreça a reintegração da
pessoa na família, no trabalho e na sociedade. Exemplos: Terapia ocupacional/Treinamento do deficiente/Condições
de trabalho para deficientes/Próteses e órteses
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
•Agente causal
•Reservatório
•Hospedeiro suscetível
AGENTE CAUSAL
•Antigenicidade ou imunogenicidade – habilidade de induzir imunidade específica. Ex.: vírus da influenza x vírus da
febre amarela
•Vulnerabilidade ao ambiente, às substâncias químicas, agentes físicos e terapêuticos. Ex.: bacilo da tuberculose
Infectividade - é a capacidade do agente infeccioso de poder alojar-se e multiplicar-se dentro de um hospedeiro. Ex.:
HIV x VHB
Contaminação: presença de agentes infecciosos vivos nas superfícies do corpo ou em peças de roupas de vestir,
brinquedos, ou outros objetos inanimados ou substâncias como água
RESERVATÓRIO: Qualquer ser humano, animal, artrópode, planta, soloou matéria inanimada, onde normalmente
vive e se multiplica um agente infeccioso e do qual depende para sua sobrevivência, reproduzindo-se de forma que
possa ser transmitido a um hospedeiro suscetível.
• Transmissão direta: é a transferência direta do agente infeccioso por uma porta de entrada para que se possa
efetuar a infecção. Também chamada de transmissão de pessoa a pessoa.
• Transmissão indireta: por meio de veículos de transmissão (fômites) ou vetor (mecânico ou biológico)
• Cutânea: varicela, herpes zoster, picadas, mordidas, perfuração por agulha ou outro mecanismo que tenha contato
com sangue infectado, como na sífilis, doença de Chagas, malária, leishmaniose, febre amarela, hepatite B, etc.
• Placentária: sífilis, rubéola, toxoplasmose, AIDS e doença de Chagas.
HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL
Indivíduo ou animal vivo, que em circunstâncias naturais permite a subsistência e o alojamento de um agente
infeccioso.
•Reflexos
• Estado Nutricional
Conceito inicial:
Mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para planejar, organizar,
operar e avaliar os serviços de saúde. Instrumento para adquirir, organizar e analisar dados necessários à definição
de problemas e riscos para a saúde, avaliar a eficácia, eficiência e influência que os serviços prestados possam ter no
estado de saúde da população, além de contribuir para a produção de conhecimento acerca da saúde e dos assuntos
a ela ligados
• Notificação Compulsória de doenças: Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos,
profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de
suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata
ou semanal
Socioeconômicas
Prevalência
É o termo descritivo da força com que subsistem as doenças nas coletividades, um indicador de morbidade.
• Permite estimar e comparar, no tempo e no espaço, a ocorrência de uma dada doença em relação a variáveis
referentes à população: idade ou grupo etário, sexo, ocupação... Prevalência são todos os casos existentes
- Soma da prevalência pontual no começo do período especificado ou ao final do período anterior com todos os
casos novos que ocorreram durante o período.
Incidência
• Significa a ocorrência de casos novos de determinada doença relacionados à unidade de intervalo de tempo
• Intensidade com que estão surgindo novos doentes, por dia, mês ou ano em determinada comunidade. Incidencia
casos novos
DENSIDADE DE INCIDÊNCIA
P=IxD
P = prevalência
I = incidência
D = duração da doença
Taxa de incidencia: nº de casos novos de uma doença, em uma comunidade, em certo período de tempo\ numero de
pessoas expostas ao risco de adquirir a doença x 10 elevado a n
Indicadores Epidemiológicos
Classificação:
• Quanto ao nível de referência:
– Indicadores de Morbidade
– Indicadores de Mortalidade
Indicadores Epidemiológicos
Exemplos:
➢ Mortalidade = O/P
➢ Patogenicidade = D/I
➢ Virulência = G/D
➢ Letalidade = O/D
Mortalidade: Razão entre frequências absolutas de óbitos e números de sujeitos expostos ao risco de morrer.
Taxa de Mortalidade Geral: Nº de óbitos correspondentes a todas as causas em um determinado ano, circunscritos
a uma área determinada, e multiplicando-se por 1000.
Taxa de mortalidade por causas: São calculadas mediante divisão do nº de óbitos ocorridos por determinada causa
e a população exposta ao risco de morrer por qualquer causa.
Ex: Em um país asiático com população de 6 milhões de habitantes ocorreram 60.000 mortes em 2011.
Mortalidade infantil
• É calculado dividindo-se o nº de óbitos de crianças menores de um ano pelos nascidos vivos daquele ano, em uma
determinada área, multiplicando-se por 1000 o valor encontrado.
Ex: Na cidade de Jacui, ocorreram 40 óbitos em crianças menores de um ano em 2012. Nesse ano, o número de
nascidos vivos na cidade foi de 18000. Qual foi o coeficiente de mortalidade infantil?
MORTALIDADE INFANTIL
- coeficiente de mortalidade neonatal (óbitos de 0 a 27 dias inclusive) em relação ao total de nascidos vivos (por
1000);
- coeficiente de mortalidade pós-neonatal ou infantil tardia (óbitos de 28 dias a 364 dias inclusive) em relação ao
total de nascidos vivos (por 1000).
• O coeficiente de mortalidade neonatal pode ainda ser subdividido em coeficiente de mortalidade neonatal precoce
(0 a 6 dias inclusive) e coeficiente de mortalidade neonatal tardia (7 a 27dias).
MORTALIDADE MATERNA
• Representa o risco de óbitos por causas ligadas à gestação, ao parto ou ao puerpério, sendo um indicador da
qualidade de assistência à gestação e ao parto numa comunidade. É dado pela equação:
Mortalidade Proporcional
• Razão entre dois conjuntos de óbitos, em que o numerador é composto pelos óbitos de uma determinada faixa
etária e o denominador pelo total de óbitos ocorridos em uma dada população, em um período definido de tempo.
Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) com 50 anos ou mais OU indicador de Swaroop &Uemura
• Nível 2 – (RMP entre 50% e 74,9%%) – países com certo desenvolvimento econômico e regular organização dos
serviços de saúde
• Nível 3 - (RMP entre 25% e 49,9%) – países em estágio atrasado de desenvolvimento das questões de saúde e
econômicas
• Curvas construídas a partir da distribuição proporcional de óbitos por faixa etária, sendo que esta distribuição
exibe um certo formato gráfico que indica o nível de saúde de determinada área.
– < de 1 ano
– 1 a 4 anos
– 5 a 19 anos
– 20 a 49 anos
– 50 e mais
Coeficiente de Letalidade
• Razão entre o nº de óbitos devidos a determinada patologia e total de pessoas que foram realmente acometidas
pela doença.
• Permite avaliar a gravidade de uma doença, considerando idade, sexo e condições socioeconômicas da região onde
ocorre.
Esperança de Vida
• Nº médio de anos que ainda restam para serem vividos pelos indivíduos que sobrevivem até a idade considerada.
• Utiliza probabilidades diferenciais de falecimento por faixa etária
Transição demográfica
• A transição é decorrente de alterações nos indicadores de fecundidade e mortalidade, além dos movimentos
migratórios.
Transição demográfica
Transição Epidemiológica
Mudanças no padrão de morbidade e mortalidade que caracterizam uma população específica, e que ocorrem em
conjunto com transformações demográficas, sociais e econômicas.
Transição Epidemiológica
• Substituição das causas de morte: as principais causas de morte eram por doenças infecciosas, sendo substituídas
por doenças não transmissíveis e causas externas.
• Deslocamento da maior carga de morbi-mortalidade dos grupos mais jovens para grupos mais idosos.
• Transformação de uma situação onde há predomínio de mortalidade, para outra onde a morbidade é dominante.
Transição Epidemiológica
Estágios:
Transição Nutricional
Rápido declínio da prevalência de desnutrição em crianças e elevação, num ritmo mais acelerado, da prevalência de
sobrepeso/obesidade em adultos.
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA Definição: diferentes elementos que levam ao aparecimento de uma doença transmissível
● Agente causal
● Reservatório
● Modo de transmissão do agente
● Portas de entrada e de saída do agente
● Hospedeiro suscetível
AGENTE CAUSAL : Um agente é um fator que está presente para a ocorrência de uma doença.
•Antigenicidade ou imunogenicidade – habilidade de induzir imunidade específica. Ex.: vírus da influenza x vírus da
febre amarela
•Vulnerabilidade ao ambiente, às substâncias químicas, agentes físicos e terapêuticos. Ex.: bacilo da tuberculose
Contaminação: presença de agentes infecciosos vivos nas superfícies do corpo ou em peças de roupas de vestir,
brinquedos, ou outros objetos inanimados ou substâncias como água.
• Patogenicidade: é a capacidade de um agente infeccioso de produzir doença em pessoas infectadas. Ex.: ALTA
PATOGENICIDADE = HIV, RAIVA, VARICELA, RINOVÍRUS PATOGENICIDADE INTERMEDIÁRIA = CAXUMBA, RUBÉOLA
BAIXA PATOGENICIDADE = POLIOVÍRUS
• Transmissão direta: é a transferência direta do agente infeccioso por uma porta de entrada para que se possa
efetuar a infecção. Também chamada de transmissão de pessoa a pessoa.
• Transmissão indireta: por meio de veículos de transmissão (fômites) ou vetor (mecânico ou biológico).
• Cutânea: varicela, herpes zoster, picadas, mordidas, perfuração por agulha ou outro mecanismo que tenha contato
com sangue infectado, como na sífilis, doença de Chagas, malária, leishmaniose, febre amarela, hepatite B, etc.
HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL Indivíduo ou animal vivo, que em circunstâncias naturais permite a subsistência e o
alojamento de um agente infeccioso.
•Reflexos
• Estado Nutricional
Epidemiologia descritiva: variáveis relacionadas ao tempo, espaço e pessoa:
Tempo Quando?
Lugar Onde?
Pessoa Quem?
VARIÁVEL LUGAR A localização geográfica dos problemas de saúde é fundamental para conhecer sua extensão e
velocidade de disseminação A distribuição geográfica dos casos de uma doença indica onde uma doença causa mais
ou menos impacto e fornece indícios para sua causa.
-domicílio- rua –bairro- município- país- hospital -Área urbana- Área rural -Análise -Espacial em Saúde.
VARIÁVEL PESSOA As características das pessoas e sua condição social permitem identificar a distribuição das
doenças e possíveis grupos e fatores de risco. Quando uma doença afeta mais certos tipos de indivíduos no mesmo
plano temporal e no mesmo lugar que outros indivíduos que não estão afetados, isso fornece indícios das causas e
orienta como devem ser direcionadas as estratégias de controle.
VARIÁVEL TEMPO: A existência de uma epidemia é reconhecida por uma curva epidêmica que mostra o crescimento
e a queda dos casos de uma doença.
• Ocorrência cíclica - padrão regular de variação em períodos maiores de um ano CURVA EPIDÊMICA.
Detecção de Epidemia e Curva Epidêmica
A análise da frequência de ocorrência das doenças com o tempo permite conhecer sua tendência e
identificar se as doenças acontecem fora do que é esperado, como é o caso da detecção de surtos e
epidemias.
Uma epidemia é a ocorrência de casos de uma doença em excesso ao esperado. São exemplos: AIDS, influenza e
dengue.
Surto É uma epidemia localizada em determinada região ou local. Ex: creches, escolas, asilos.
Pandemia: É a ocorrência de uma epidemia com ampla distribuição espacial, atingindo mais de um país, ou
continente. Ex: H1N1; COVID-19. Epidemia de ampla distribuição espacial.
Endemia Quando uma determinada doença acomete uma população no decorrer de um longo período de tempo.
Ex: Malária na região norte
Verdadeiras:
II) Estabelecer as tendências da doença a fim de detectar e antecipar a ocorrência de mudanças em seu
comportamento.
III) Sugerir os fatores associados com o possível aumento ou redução de casos e/ou óbitos e identificar
os grupos sujeitos a maior risco.
IV) Identificar as áreas geográficas que requerem medidas de controle
Antes de iniciar uma pesquisa, é preciso definir, cuidadosamente, a população de estudo, o tamanho da
amostra (quando for o caso), o delineamento do estudo, e o método de seleção dos participantes.
Agregado: Os dados são referentes à área geográfica bem delimitada (países, estados, municípios, bairros, regiões).
O pesquisador acessa os dados por meio de um sistema de informação. Não são feitas entrevistas individuais.
Individuado: O pesquisador coleta os dados de cada sujeito individualmente. Geralmente são realizadas entrevistas
com uma amostra da população.
Posicionamento do investigador :
Observacional: O pesquisador só observa. Não faz nenhum tipo de intervenção
Intervenção: O pesquisador faz alguma intervenção. A ação do pesquisador influencia o resultado da pesquisa.
Exemplo: teste de novos medicamentos e novas técnicas cirúrgicas.
Transversal: O estudo revela um “retrato” da população em um momento específico. A coleta de dados é feita
apenas uma vez. Exemplo: estudo realizado em 2010.
Longitudinal: O estudo é feito durante um período que possibilite acompanhar a evolução no tempo. Exemplo:
estudo realizado de 1998- 2008.
● VANTAGENS:
◼ Facilidade de execução;
◼ Baixo custo;
◼ Simplicidade de análise dos dados;
◼ Capacidade de geração de hipóteses.
● DESVANTAGENS:
◼ Baixo poder analítico;
◼ Vulnerabilidade à “falácia ecológica”.
Subtipos:
● ◼ Estudo de grupos de pessoas que estão em tratamento em determinada instituição. Utiliza como fonte
dos dados os registros (prontuários) dos pacientes;
● ◼ Utiliza dados de fonte secundária;
● ◼ A coleta de dados pode se basear em registros ou aplicação de instrumentos nos indivíduos que procuram
o serviço de saúde.
● ◼ Ex: Prevalência de anemia em crianças que buscaram atendimento em Unidades de Saúde em março de
2010
Inquéritos domiciliários
● ◼ Técnica de coleta direta na comunidade;
● ◼ Defini-se uma clara base populacional, através de amostragem ou recenseamento.
● ◼ Ex: Estudo que realizou 2500 entrevistas domiciliares com moradores da Vila Madalena para identificar os
casos de alcoolismo em 1991.
Estudo multifásico
● ◼ A população é observada desde a exposição até a data prevista para o encerramento das observações.
● ◼ Ex: Estudo da relação entre o hábito de fumar e ocorrência de doenças cardiovasculares. Cada pessoa foi
avaliada bienalmente desde o início do estudo até hoje, agora mais de 50 anos.
DESVANTAGENS:
● ◼ Levantamento dos casos de uma doença em uma população; ◼ Seleção de um grupo de casos e um grupo
de controles (sujeitos sem a doença);
● ◼ A doença é parte inicial, a partir da qual, devem ser buscados fatores de risco suspeitos no passado.
● ◼ Podem ser: Pareados ou não-pareados (idade, sexo, raça, situação socioeconômica);
Ex: Estudo que descobriu que a infecção por rubéola era fator de risco para malformações congênitas. O
grupo de casos era composto por crianças com catarata congênita, e o controle por crianças que não
possuíam a doença.
VANTAGENS: ◼ Adequado para estudar doenças raras; ◼ Alto potencial analítico; ◼ Relativamente barato.
DESVANTAGENS: ◼ Incapaz de estimar risco; ◼ Vulnerável a seleção errada da amostra e rememoração.
● ◼ O pesquisador introduz algum elemento que vai transformar o estado de saúde dos indivíduos;
● ◼ São utilizados para testar hipóteses e avaliar a eficácia de procedimentos e medicamentos;
● ◼ Podem ser classificados como controlados e não-controlados (presença ou não de grupo controle);
Resumo:
● Estudo caso – controle: (individuado-observacional-longitudinal) Ele se divide em dois grupos para serem
estudados um com doença e um sem.
Ex: Realizou-se um estudo com o propósito de se detectar possíveis fatores de risco para o aparecimento de fissuras
orais. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: um grupo com portadores de fissura labial e um grupo sem
malformações associadas.
Vai introduzir algum elemento que vai transformar o estado de saúde dos indivíduos.
Ex: Foi realizado um estudo para identificar os benefícios da utilização de uma nova técnica cirúrgica. Os pacientes
foram divididos em dois grupos: um grupo que se submeteu à técnica nova, e um grupo que se submeteu à técnica
antiga. Os indivíduos foram avaliados antes e depois da cirurgia.
Ex: Para avaliar a segurança do uso de hormônios em pacientes idosos com sarcopenia, avaliou-se o efeito do
decanato de nondrolona, por um período de 6 meses de uso, em 255 idosos.
Ex: Uma amostra de 1500 idosos foi acompanhada de 2000 a 2010 para determinação dos fatores associados ao
envelhecimento saudável.
•Descritivos: determinam a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar
e/ou as características dos indivíduos. Quando, onde e quem adoece?
•Analíticos: examinam a existência de associação entre uma exposição e uma doença ou condição relacionada à
saúde.
RISCO RELATIVO (RR)
• Se RR > 1 Risco em expostos é maior que em não expostos: associação positiva, que pode ser causal
• Se RR < 1 Risco em expostos é menor que em não expostos: associação negativa, que pode ser protetora
É a parte do risco a que está exposto um grupo da população, atribuível ao fator estudado e não a outros fatores
• É bastante utilizado no planejamento de programas de controle de doenças e mais ainda na avaliação dos mesmos
•Responde à pergunta: "Quanto do risco (incidência) da doença podemos prevenir se eliminarmos a exposição?"
Como interpretar a Razão de Prevalência?
Envelhecimento populacional:
Transição Epidemiológica Mudanças no padrão de morbidade e mortalidade que caracterizam uma população
específica, e que ocorrem em conjunto com transformações demográficas, sociais e econômicas.
Transição Nutricional • Declínio na capacidade de ingerir uma quantidade adequada de alimentos; • Idosos não são
capazes de atender aos seus requisitos de nutrientes recomendados; • Redução fisiológica não intencional na
ingestão de alimentos (anorexia).
Vigilância Epidemiológica
Conceito inicial:
“observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”
Atualmente: “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança
nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
Vigilância Epidemiológica
• coleta de dados; • processamento de dados coletados; • análise e interpretação dos dados processados; •
recomendação das medidas de controle apropriadas; • promoção das ações de controle indicadas; • avaliação da
eficácia e efetividade das medidas adotadas; • divulgação de informações pertinentes
• Notificação Compulsória de doenças: Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos,
profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de
suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata
ou semanal • Notificação Compulsória Negativa.
Calendário Epidemiológico
A primeira semana do ano é aquela que contém o maior número de dias de janeiro e a última a que contém o maior
número de dias de dezembro.
Vigilância Epidemiológica
Visa ao conhecimento e à detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes
do ambiente que interferiram na saúde humana; recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores
de risco, relacionados às doenças e outros agravos à saúde, prioritariamente a vigilância da qualidade da água para
consumo humano, ar e solo; desastres de origem natural, substâncias químicas, acidentes com produtos perigosos,
fatores físicos, e ambiente de trabalho.
Vigilância em Saúde do Trabalhador
Caracteriza-se por ser um conjunto de atividades destinadas à promoção e proteção, recuperação e reabilitação da
saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho
Vigilância sanitária
• Originou-se na Europa (séculos XVII e XVIII) • No Brasil (séculos XVIII e XIX): • Surgimento da noção de “polícia
sanitária”, que tinha como função regulamentar o exercício da profissão, combater o charlatanismo e exercer o
saneamento da cidade, fiscalizar as embarcações, os cemitérios e o comércio de alimentos, com o objetivo de vigiar
a cidade para evitar a propagação das doenças.
“Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde,
abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; II - o controle da prestação de serviços que se
relacionam direta ou indiretamente com a saúde.”
• Controle sanitário as tecnologias utilizadas na construção de sistemas de abastecimento de água potável para o
consumo humano, na proteção de mananciais, no controle da poluição do ar, na proteção do solo, no controle dos
sistemas de esgoto sanitário e dos resíduos sólidos, entre outros, visando à proteção dos recursos naturais e à
garantia do equilíbrio ecológico e consequentemente da saúde humana. • O ambiente de trabalho, relativo às
condições dos locais de trabalho.
Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005) Instrumento jurídico internacional, elaborado para ajudar a proteger
os países contra a propagação internacional de doenças, incluindo-se os riscos para saúde pública e as emergências
de saúde pública. Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional: Evento que apresente RISCO de
propagação ou disseminação de doenças para mais de uma unidade federada (estado ou Distrito Federal) ou outros
eventos de saúde pública (independentemente da natureza ou origem) que possa necessitar de resposta nacional
coordenada.