Cópia de O Bisturi 1945 Ano 13 N 45

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£

REDATORES

Armando Botter Bernardi


Adhemar Fiorillo
Álvaro C- Bastos
José Ferraz Salles
Nelson Gimenes
Remo Tellini
Drina Coelho
Carmino Caricchio

W^MW^M^^W^^^^WWWW».**

(Registado no DIP) Órgão oficial do Centro Acadêmico "Osvaldo Crua" Setembro de 1945
— Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Ano XIII - Num. 45
DIRETORES: SECRETARIO: TESOUREIRO: REDATOR.CHEFE:
MAURÍCIO FANG
LAERTES F E R R Ã O WALTER BELDA ERNESTO L. GONÇALVES PALMIRO ROCHA

EDIÇÃO COMEMORATIVA DE ANIVERSÁRIO

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lií Anos de sacrifícios sobrehumanos na rea- Trinta e dois anos de caminhada difícil, !>>


Ül lização de um ideal nobre; anos de labuta
Ml incessante para a concretização duma menta-
m lidade de união e de confiança; anos de mar-
sob a luz divina da chama mágica - a chama
do ideal! Esta mesma chama que lançou um
raio de luar sobre os Sonhadores Rapazes
P
iii
Mi cha para o progresso; anos de lutas e de
III de 1913, trazendo a lucidez ás suas cabeças iii
i í i amizades; anos de alegrias e de sofrimentos;
iii
e o amor aos seus corações. iii
anos passados, mas nunca esquecidos; anos E passaram os anos, sucederam-se as iií

que ficarão na retina dos que derramaram


o suor do rosto na luta insana; anos que fi-
s gerações, mas a luz divina não se ofuscou e
permanecerá sempre radiante, iluminando a
ÍÜ

carão nos corações dos que sentiram o amar-


gor das derrotas, dos que compreenderam a
lie trajetória dos moços na trilha penosa do
progresso! '
alegria das vitórias, dos que lutaram e não Lutemos!! Avancemos!! Concretizemos
sucumbiram! um nvoo ideal!!
Trinta e dois anos de vida! Anos de pro-
gresso e anos de glórias! L FERRÃO ~
» — 'Ullll "iMiiümilIU?
COLUNA SOCIAL Por indicação do dr. Sincpio
Pc-iiana, digno diretor-clínico da San.a
•<o>-
Casa, í»oi nomeado para chefe de. Clinica
CASAMENTOS do Ambulatório de Pele fcííM.s dissc
benemérito hospital, n*dr. Fonseca B.-
Realizou-se dia 17|7 na Igreja da Con-,
etído Júnior. O dr. Fonseca Bicudo é do-
solação o enlace matrimonial do dr. Os-
cente livre assistente extia-numeario
valdo Mesa Campos com gentil si\a.
Suzana Vozary. Após o ato religioso o da t-specialidade na Faculdade de Mediei.
na da Universidade d e São Paulo, estan-
distinto casal ofereceu u m a recepç.o aos
do encarregado particularmente da stc-
seus inúmeros amigos e pessoas de rela-
ção de terapêutica fisioterapica adstrita
ções, na rua Itacolomí.
A o dr. Mesa Campos, ex-vice-presiden- à cátedra. T e m numerosos trabalhos pu-
te do C A O C grande defensor das nos- blicado-- sobre assuntos dcrmalolov; co-
sendo membro de numerosas associações
sas cores as felicitações do * 0 B I S T U .
cientificas. Foi presidenta da yec\ão de
RÍ" e dos alunos desta Faculdade.
A'- última hora recebemos noticia do Dermatologia e Sifiografia da Associação
casamento do D r . Euripedes Garcia, que Paulista de Medicina.
Trata-se. pois, de u m a das liguras írui.s
realizou-se dia 3 de setembro último na
Igreja da Consolação. brilhantes da escola dermatológica do
A o ex-diretor d'" O B I S T U RÍ" o C A O C prof. Aguiar Pupo. a quem agora suceda
deseja por intermédio deste jornal o.s na chefia do Ambulatório de Pele Si-
;
ir.al.i sinceros votos de felicidade. Sif i; s da Santa Casa.
Parabéns.
ANIVERSÁRIOS
REGRESSOU
Fazem anos: O dr. Eugênio Mauro, que foi para os Tivemos gr.tto prazer de receber d* alunos pcir- n »iam d?moradanie:v.e as
Dia 6;9 — dr. Waldemar d e Souza Estados Unidos em meados deste ano visiia dos membros que c o m p u n h a m a instalações de nc-?a Faculdade do Hospi.
Rudge, assistente de Clinica Ginecoló- com u m a bol>a de estudos da Univcrsida. Embaixada Univc, hilária W i nambucana tal dns Clínicas de uo->o Centro das
gica. de de São Paulo, afim de visitar -estabe- formada por aluno- da Faculdade de Me- quai*- levaram melhor das impressões.
Dia 7 9 — o prof. dr. Antônio de Pau- lecimentos hospitalares e serviços dc ci- dicina de Recife que vieram á São Paulo Des-^a visita, estampamos fotografia
la Santos, catedríitico de Clinica Üt >-rino. rurgia. Durante esse período publicou e m missão cultural de intercâmbio. acima, no m o m e n t o e m que n'..-* despedia-
Laringolugica, grand eaniigo < o- alunos cerca de 20 trabalhos de cirurgia, anato- Recebidos no Centro por u m a comis.«ãi mos dos colegas de Recife.
desta Faculdade. Nascido e m Silveiras mia patológica e hematologica. e m revis-
(S. Paulo) e m 1892 formou.se pela Fa- tas nacionais e estrangchas, tendo feito
culdade de Medicina do Rio d e Janeiro, ainda várias palestras comunicações. 0- Hospital N . S. Aparecida, sob dire.ãj ('a Unh'er>,dade d<> >ão Paulo. dirigida
sucedendo e m 1930 ao prof. Lindenberg, dr. Eugênio Mauro completou e m 1935, do prof. E d m u n d o Vasconcilos. tia a ptlo prof. Renato Locchi, tendo publica.
cadeira que ora ocupa. o curso de medicina na Universidade do lhando, ainda, na 2.a Ciínica Cirúrgica ::o »arios ir-J:aihos de pesquisa e lecio-
Dia 8,9 — dr. Oscar Monteiro de Rio de Janeiro, defendendo, e m 1936, sua do Hospital das Clínicas, sob i nçíio nado p?rtc d<» eu so teórico e I rã tico du-
Barros. livre docente de Clínica de Doen- tese de doutoramento sobre do?nça de do m e s m o professor. E' r.ssisierte d ;•• tante os anos de 1941. 42. 4o '4. E' li-
ças Tropicais e Infetuosas. Coração bo- Werlhoff. E" atualmente, chefe a;i;unto 1938 da cadeira de Anatomia Desci \a v:e doetrte dessa ca<leira desde março
nisimo, inteligência fecunda sólida cul- da secção de cirurgia para homens A, no e Topografia da Facuk'ad e dc Mtd-ini disto ano.
tura científica caracterizam o gj andr- kVWrtiV.VW.W. ----.^».^^^.-.-.-^^.--%r«^Fbrbn»^-»n^«rtfvw%ry%r%^wn^,w%p^w^%.'V%»
mestre que :> " O B I S T U R Í " tem hoj e
prazer de felicitar.
Nasceu nesta capital, é filho do dr. 27. Aniversário da Liga de Combate á Sífilis r~ia.ii attna.coi em consulta, 1.72S doen.
tes já matricuadot, sendo:
Tomaz de Aquino Monteiro de Barros e Homens • - . . . . . — — ....•• 592
E m /neados de 1905, por iniciativa do algumas horas e m prol das vitimas da Mulheres „ .. 870
d. Coleta Monteiro de Barros.
Dr. Cláudio de Souza, surgiu e m São* Pau- lues. Crianças ., . . — -- . . .. .. 266
15 9 — 0 dr. Plínio Freire de Matos
lo, n u m esforço notável, u m a sociedade Alguns milhares de doentes já passaram
Barreto a-sistente do prof. A . Paula pelos postos que Liga mantém, sempre N o Serviço de Profilaxia pre-natal, foram
Santos. cuja finalidade era levar adiante profícua
recebendo das m ã o s dos estudantes dos dadas:
19|9 — o nosso grand e cslimado ami- campanha profüática* e m relação a sifilis 267 consultas.
ao alcoolismo, A custa de sacrifícios so- médicos que os orientam. mais cristã
go dr. Carlos da Silva Lacaz, nascido
ciedade manteve-se por 6 anos, prveuran- acolhida. No Serviço de Neuro.Sífilis, foram dadas:
e m Guaratingueta. neste Estado e que o Nfto se pode negar que, dentro as reali- Consultas novas. 92, sendo:
" O B I S T T R Í " presta noutro local sim. do s e m w e mostrar ao público as graves zações do C.A.O.C. e m prol dc- nosso povo,
conseqüências -da Lues e do alcoolismo. Homens — • .» 39
pies h o m e n a g e m . a Liga de Combate a Sífilis c <l»e mais Mulheres . 53
21 9 — o prof. Ernesto de Souza C a m - Infelismente essa .sociedade se dissol-
se realça. Crianças — O
pos, catedrátice- de Microbiologia, nascido veu por volta de 1911. Consultas velhas. 331, sendo:
Após essa iniciativa São paulo viu-se Para que os leitores tenham id'ia do que
no Distrito Federal e formado pela nos- Homens .. .. -- -- 1*3
desprotegido de u m campo tão importante. se faz na Liga. abaixo publ íamos rela- Mulheres - -• 183
sa Faculdade, da qual foi u m dos cons- tório do movimento do 1 o semestre ;1<>
Finalmente e m 1918, alunos da Faculdade Crianças •- -- -- 5
trutores. 1945; o
24|9 — o d r . Bento de Lima Brito- de Medicina, por melo do Centro Acadê-
No Serviço de Sífilis Cardio-vascular, fo-
nascido e m Mogi-mirim. assistente de T e . mico "Oswaldo Cruz", resolveram sair a Movimento do semestre ram dadas:
rapêutica Clínica. luta, iniciando e m São paulo » maior cam- Consultas novas. 83, sendo:
249 — prof. Delfino Pinheiro de panha atê hoje feita e m terras do Brasil. de 1945 Homens • • — 27
procurando extirpar dfc noBso meio t{Lo Foram aplicadas 22 886 injeçõev tendo: .Mulheres .... 86
1'lhôa Cintra, catedríitico de Clínica Pe- ENDOVENOSAS Crianças • .. — — •
diálrica, 'nascido e m Campina- <_ forma- grave problema.
1-750 de "914" — 4 966 dotes de "914" — Consultas velhas, 174, sendo:
do pela Faculdade de Medicina do Rio de E, c o m esse espírito, altamente siltrui- Homens • - — 63
683 de Arsenox — 1 721 doses de Arsenox
Janeiro. tivo. adquirindo nos bancos da nossa Fa- — 2 741 de Iodeto de «ódio — 1 859 de Cia- Mulheres . . . Hl
26|6 — dr. Álvaro Dino de Almeida culdade, o C.A.O.C. funda «*,8 de setembro neto de mercúrio. Crianças •• -- — .... •
de 1918 a, Liga de Combate A Sírüis. INTRAMUSCULARES o—
do D e p . do Professor E d m u n d o Vascon- Foram encaminhados para outros Servi-
N o inicio o Serviço Sanitário auxiliou 193 de Biodeto de mercúrio — 390 de Acc-
celos . tilarian - 15-270 de Salicilalo de bisrr.uto ços, 142 doentes.
Aos aniversariantes os cumprimentos com material necessário ao tratamento,
o
dos alunos desta Faculdade por intermé. e a Irmandade da Santa Casa de Miseri- Foram atendidos 611 doentes novos, sendo: Foram feitas:
dio do órgão oficial do C A O C b e m como córdia cedera salas para as acomodações Homens — • 254 1.297 Reações de Wassermann
provisórias. Mulheres v - - 292 134 Exames de urina
da diretoria q u e presentemente dirige es- 8 Exames de fezes
porem, e m 1920, por falta de visão do Crianças ..__.... 65
te Centro. 26 Exames de liquor
então diretor dc/ Serviço Sanitário, os pos- Casados 247
Solteiros — 333 22 Pesquizas de treponema
REGRESSO tos da Liga foram fechados. 57 Rádios copia»
3fl
Viúvos .. -- -.
Regressou no dia 9 do mês findo o prof. Mas. campanha estava iniciada na- 8 Radiografias
Amasiados •-- .. •• ••
da fazia retroceder o que os estudantes de 3 Coloração Fontana Tribondeau.
Edmundo Vasconcelos, ca^edrútico de Cli- Brasileiros .. -- -- 556
então corajosamente tinham começado. Cran
nica Cirúrgica, grande amigo e anima. Estrangeiros 55
Brancos __ __•••• 438 I Hemo-sedímentação
mador dos esportes «lesta Faculdade que Nove dias após. C.A.O.C, reorganiza
Pretos . . - »4 —. o—.
esteve nos E . Unidos è Canadá convi- Liga de Combate i\ Sífilis, fazendo fun- Obtiveram alta 23 doentes.
Amarelos ._ 3
te d o govôrno norte-americano e onde cionar dois postos de Tratamento, uni na Mestiços — _ _ . . . . . . 36
realizou u m a série de conferências ope- Santa Casa outro no instituto Clemente
Ferreira. K desde esta é-poca os estudantes Dos doentes novos, 323 foram postos em
rações .
Depois de visitar Nova York, Washin- passaram a contar com a dedicação e
ciência do catedratico de Sífiligrafia, o Homens
observação, sendo:
— 128
CANTO MINGUADO ..
gton e Chicago esteve nas Clínicas Mayo Ontem na Avenida São João, i Padei.
ilustre professor Aguiar pupo. Mulheres - 159
em Rochester, onde foi recebido pela Crianças _ _ . . . . • • _ _ 36 ro A . C. foi atropeldo pelao dr. Mário
"Mayo Fundation" sob presidência do A 15 de janeiro de 1924 o presidente do Egidio de Souza A R A N H A (Dos jornais).
prof. Donald Balfour onde e m reunião C.A.O.C, Benedito da Cunha Campos, pro- Dos doentes novos entre os adultos, fo- Aranea caput padeirus
especial fez demonstrações sobre pesqui. mulgava estatutos da Liga ram matriculados 259, sendo porta- Padeirus locus vitae ficavit
E assim, u m punhado de moços idealis- dores de: Et uxor ejus aranea xingarit.
zas nacionais em diversos temas técni- 0
tas prestam, a população de São* paulo, .Lues primária sero.negativa - - Sed, Aranea Focas viravit,
cas próprias em vários campos da cirur- Lues primária sero-positiva 18
gia. benefícios que somente a posteridade pode- 51 Et dispneicus mater uxor padeirus antea-
Lues secundária localizada
rá avaliar. Lues secundária generalizada 33 [çavit!
N o Canadá foi recebido na Universida-
Se grande ,'• o papel desempenhado pela Lues secundo-terciária .. — 4 D u m factus passavit,
de M c Gill pelos professores Gallie e 24
Liga . de Combate A Sífilis combatendo o Lues terciária Focas major in ciência
Charles H . Best, este último descobridor 114
terrível mal junto as nossas classes m e - Lues pseudo latente Glicose urinae padeirus medivit
da Insulina e co-autor do livro "Fisiolo. Lues congênita tardia pseudo latente 8
gical Basis of Medicai Practise" nos favorecidas, não menor é o seu pa- 5 Et verificavit %
Lues congênita tardia diatrofica..
Ao ilustre professor as boas vindas do pel no aprendizado dos nossos colegas. Lues congênita tardia virulenta 1 Glicose in crescencia.
"O BISTURÍ"' Assim (' que grandes figuras da nossa Lues nervosa 1 • *
atual medicina teem o seu n o m e nos li- In absentia policia,
BAILE vros de matricula da Liga. Dos doentes novos, 29 crianças foram ma- Alunos ensinavft:
Realizou-se no dia 25 p. p. o baile ofe- E hoje, sob a direção eficiente do Ddo. triculadas, sendo portadoras de:
Gliconsuria in atropelamentos
Lues congênita tardia pseudo latente 21
recido pelos acadêmicos'desta Escola aos Angelino Manzionne, grande é o número Est factus evidentiavit.
Lues congênita tardia distrofica • - 7
seus colegas expedicionários. de estudantes que, gratuitamente, dedicam Lues congênita tardia virulenta . — 1 PONCIO PILATOS
O BISTURÍ "

Os que lutam
utam peia Democracia
serão lembrados pelos que a m a m
z—zzzzzz a Liberdadelll IZZZZIZZI

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II

Falcorv

Logo que o clamor da guerra ecoou por estes brasílicos recantos, DE MEDICINA DA UMVERSIDA DE DE S. PAULO!
dc todos os lados surgiram esses gigantes que, atendendo ao apelo da A ró* também, José Monteiro, Florismundo Plastino Zaragoza.
Pátria ultrajada encarnaram i heróica Força Expedicionária Brasileira. Paulo <I)uniangin Santos, Massaki Udihara, Osvaldo Mendes Leite e José
E eis que. das cidades ou dos campos, das fumegantes fábricas ou Alfio Piason,
das roças verde jantes, surgem os SOLDADOS 1)0 BRASIL! <\ue saístes da Faculdade para cumprir a saeerdotal missão de zelar
E assim, esta pleiade de bravos que mais tarde iria cobrir saúde dc do poro •• tiveste que vos transformar em hercúleos defensores
glórias, cm campos da velha Itália, o auvi vevde pendão da nossa terra, honra
se da própria Pátria,
constituiu na heterogeneidàde dos seus mananciais e na unidade do sen VOS SAUDÁMOS, CERTOS DE ESTARMOS GLORIFl-
destino objetivo. CANDO AUTÊNTICOS HERÓIS MEDICOS-SOLDADOS!
Vós, Soldados do Brasil, que sob os vigores do inverno europeu E por fim, a vocês, Paulo Cantou, Paulo Homem de Melo, João
ou debaixo do tonitroar dos canhões, mo vos csqucccstcs dos vossos laresÂngelo Abatayguara - Rubens Santos Alves.
auerídos. da vossa r/ente e dos vossos templos dc trabalho, de quem nunca nos esquecemos nos momentos de triunfo ou nos instantes
VÓS SOIS BEN VINDOS í PÁTRIA ESTREMECIDA, de amargura,
PORQUE AQUELES QUE LUTARAM PELA' DEMO •:• que, Discípulos ainda na arte de curar foram, entretanto Mestres
CRACIA JAMAIS SERÃO ESQUECIDOS PELOS OVE Coragem, no Despreendimento no Amor à Pátria.
r LSIt i Vocês que, se longe estiveram dos nossos olhos, perto porém estavam
AMAM A LIBERDADE! *
.1 ró*. Alípio Correia Neto, que não duvidastes em mudar a vossa nossos corações, enchendo-nos de uma saudade amiga,
tenda dc trabalho destes recantos pacíficos para aquelas agitadas linhas i Vocês que transformaram em realidade " única esperança de luta e
dr batalha. qlorificação para c corpo discente desta Escola,
•? ali, salva st es ridas piedosas à Família ?, à Pátria Brasileiras, O NOSSO APERTO DE MÃO, QUE TRADUZ RECONHE-
VOS SAUDÁMOS COMO SOIJ)ADO EXEMPLAR E COMO CIMENTO; 0 NOSSO ABRAÇO FRATERNAL QUE SIGNI-
ACATADO CIRURGIÃO QUE SOI BESTES SER. NA SU- FICA SINCERA AMIZADE; E AS NOSSAS MAIS VI-
- -;— ULIMAÇÃO HERÓICA DO BRASIL E DA FACULDADE BRA ST ES SA UDAÇÕES USIVERSITÃ RIAS!!!
— 4 — O BISTURÍ "

C.P.O.R. e o nosso horário ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO ENSINO PROF. RENATO LOCHI


Tese-Recomendação apresentada ao VIII Item que já está impícito na retirada do ca-
Todas as Escolas Superiores de São Há vinte a»os atraz, ilustre profes-
Conselho Nacional dos Estudantes por C. Ca- ráter vitalício' da cátedra-
Paulo procuraram harmonizar seus horá- sor Aloysio de Castro, falando ao gran-
ricchlo e m nome da Sub-comissão encarregada p) Instalações adequada, equipamento
rios com *do C. P. 0 ; R. Assim, * de Miguel Couto, dizia:
pela Delegação Paulista para estudar I para as aulas práticas:
Mackenzie e Politécnica não dão aula "Nada subsiste, em faltando espí»
Ponto do Temárlo- "A sub-comissão recomenda que as autori-
nas manhãs de 3.as, 5.as sábados. rito de nobre veneração; • quando se não
E m nossa Escola, os alunos da C. P. O primeiro tema que versava sobre '"Eleva- dades competentes responsáveis façam uma sabe honrar os qu e merecem, quando
O. R. perdem as duas cadeiras da ma- ção do Nível do Ensino'' comportava os seguin- revisão das instalações de todas as Escolas e merecimento não incita. ao louvor, é que
nhã e máximo que obtivemos foi boa tes sub-temas: reforma do ensino superioi; eJl- auxiliem na medida do necessário melhoáa nível moral se degradou, e rebaixou aos
vontade dos professores em dar para es. minação dos aventureiros do magistério ) me- das mesmas"
limites dessa insensibilidade, cuja som-
ses alunos, no fim do ano, u m curso de lhor remuneração para os verdadeiros proíesso- d) Ajustamento do ensino superior à reali- bra somente vegetam as frivolezas, as
res; instalações adequadas e equipamento para dade brasileira:
férias. cousas medíocres e as-creações vulgares"
Aqui na Faculdade, u m a cadeira ê da- as aulas práticas," ajustamento do ensino su- 1) Verificação das necessidades de tésnicos
E' esse espírito de nobre veneração aos
da 2.<*, 3.a e 4.» outra 5-a, 6.a sá- perior à realidade brasileira; desenvolvimento superiores, médicos, engenheiros, macharéís,
que dela são dignos, que nos leva ho.
bado, de modo que, quer indjviduo te- dos estágios; representação nos Conselho Téc- econom.sí-as, etc... existentes no país pari
menagear o responsável pela Cadeira de
nha instrução no C. P. O. R. nos dias nico- administrativos, etc-. .: cobrir os "déficit" que se faça então o desdo-
Anatomia Descritiva e Topográfica da
pares, quer a tenha nos dias impares, A apresentação de u m a minuciosa argumen- bramanto das escolas que se dê subvenção
Faculdade de Medicina de São Paulo.
perde as duas cadeiras, deixa .duas cadei- sôbre as aspirações dos aiunos e sobre suges- às mesmas e que se criem novas escolas.
Jubiloso como todos os que freqüentam
ras para fazer durante as férias. Se as tões de elevação do nível do ensino seria es la- 2) Ensino superior gratuito e com a abertura
ou freqüentaram suas dependências, o
xante desnecessária, pois todos os estudan- de possibilidades todos os capazes com me-
cadeiras da manhã fossem alternadas e Departamento de Anatomia viu passar, a
tes do Brasil sabem porque querem melhorar didas de facilidade de obtenção do livro didá-
não consecutivas como são hoje, os alu. 13 de agosto, mais u m aniversário da pri-
as instalações, porque querem eliminar os tico, de assistência social ao estudante neces-
nos poderiam fazer u m a delas durante o meira aula dada pelo prof. Renato Loc-
a
aventureiros do magistério oú porque querem sitado organização também de horários no-
ano deixando apenas outra para pe- chi. digno continuador da obra de Bovero.
representação nos C. T. A- Nesse sentido, a turnos nos cursos em que istc fosse possível.
riodo de férias. Nascido em São Paulo', formadp em Me-
sub-.aomissão Paulisa para o I - tema resolveu 3) Atualização do ensino qu<= deveria ser
Isto não traria vantagem nenhuma aos dicina e Farmácia. professor Renato
apresentar a seguinte tese-recomendação aos feito por u m a verificação per parte da Con-
professores, que amavelmente nos dão Locchí iniciou brilhante carreira com a
estudantes congressistas:' gregação de cada Escola, respe.to dd s pro-
esse curso, pois ambas as matérias pre- sua nomeação, a 18 de abril de 1S25, pa-
Devoção do nível do Ensino gramas das diversas cadeiras.
cisariam ser lecionadas, uma vez que os ra preparador da 1. *. Cadeira de Anato.
a) Reforma do ensino superior: e) Desenvolvimento dos estágos:
alunos não têm instmqão todos nos mes- mia Descritiva e Topográfica desta Fa-
Asub-comissão Paulista encarregada de ela- Que as autoridades ' governamentais respon"
mos dias; mas também, não traria difi- culdade.
borar alguma coisa sobre os itens do tema sáveis organizassem facilitassem a realiza-
culdade; apenas número de alunos pa. E m 24 de julho de 1934 é designado p-i-
acima, após os estudos realizados e m conjunto ção dos estágios para todos os alunos de
r» cada cadeira seria diminuido. ra reger o curso de Anatomia Topográfi-
resolveu apresentar ao VIII Congresso da U N E todas as Escolas em que os mesmos fossem aa
Algum aluno sairia lesado com isto? ca do 2.o ano.
as seguintes sugestões para a reforma do en- necessidade "
Algum professor? E m marcha sempre crescente, vai para
sino superior:
Apenas seriam grandemente favoreci- Earopa em 1930. como único represen-
1) Q u e haja u m representante dos alunos
dos os alunos da Faculdade que cursam Foi isto que foi apresentado ao plenário tante de toda América Latina ao III Con-
junto às Congregações das Escolas.
C. P. O. R.... do VIII Congresso da U- N. E. e após alguma gresso Internacional de Anatomia de
2) Q u e a frequência às aulas teóricas seja
díscursão ligejras mdificações foi aprovado Amsterdan. Logo depois representa <%.
L. C. DO AMARAL facultativa v naqueles sursos onde haja matéria
lecionada tanto e m aulas teóricas como práti- por unanimidade. Faculdade no IV Congresso Federativo
cas. Nesse caso seria obrigatória apenas A nós ,Paulstas ecube a honra de ver a Internacional de Anatomia e m Müão.
freqüência às aulas práticas. nossa tese ser considerada a mais completa Discípulo de Bovero, a estc sucedeu na
3) Q u e se retire caráter vitalício da cá- sobre o assunto e por proposta de um colega cátedra da i.a cadeira de Anatomia Des-
tedra, pela recondução do professor e assisten- mineiro mereceu ela u m voto de louvor critiva e Topográfica, a 1 de maio de
0 BERRO! tes às respectivas cadeiras de set© e m sete
anos de acordo com as provas de capacidade,
uma SOIVQ de, palmas dos congressistas pre-
sentes ao VIII Congresso Nacional dos Estu-
1937. Justo prêmio uma vida inteira-
mente dedicada à Anatomia.
E o velho Fostana Iivido de espanto eficiência e dedicação ao ensino com o voto dantes: Até 1940 saíram dos laboratórios de
Exclamou afinal: Infelismente ainda não temos e m mão. as
de freqüência que tiveram e m suas aulas por Anatomia da nossa Faculdade, frutos de
Tudo nesta Escola é pura tapeaqão! parte dos alunos. As provas de capacidade Resoluções completas do Congresso que a Di- pacientes pesquizas incansável estudo
H á em todo Departamento mesma co- eficiência quando necessárias obedeceriam às retoria da UNEficou nos mandar- E m todo caso de Locchi, os seguintes trabalhos: Ossifi.
• [Iação normas que prevalecem na realização do l.o quando as recebermos, torná-la-emos do co- cações tentoriais, peritrigeminais supra-
E em todo professor um homem igual. concurso. nhecimento de todos os interessados. petrosas no crâneo humano. Contribuição
Arnaldo semeou a escola de grandes me- 4) Q u e os docente-livres a assistentes se- Essa foi rr nossa contribuição para eleva- ao estudo da eminência suprauditiva no
[dalhões jam integrados no exercídfo efetivo do ensino e ção do nível do ensino, alas contribuição que cràneo humano, M . sternoclavicularis
E todos aqui o sono dormem agora assim fosse permitido ao aluno 0 direito de muito tem de comum com resoluções já toma- superior M . esternoclàvicularis anterior.
Pois que não passam de grandes esperta- escolher o seu professor e' orientador. das pelos alunos da Faculdade em Assembléia Veia cava superior esquerda no adulto.
[lhões, b) Eliminação dos aventureiros do magistério Extraordinária do C. A. 0< C, apresentadas Situação do apêndice vermiforme em re-
Que deviam de fininho dar o fora. e melhor remuneração para os verdadeiro* ao plenário do I Congresso Médico- Spcfrrl lação ao ceco e diversas raças humanas.
A* cátedra consagrar uma existência, professoras: Brasileiro. Sobre u m caso de poliodontia no homem,
O' não creio que o Cunha Observations sur le "musculus diaphrag-
Ao ver que um zero tem a mesma essência raa" che le "Bradypus tridacrylus" Sur
Que U M , á mim Fontana com inocência
Premiou. Se isto é justo eu punha
Minha cabeça sob uma viatura
O S P I N G O S N O S ii ics plicoe palatinae transversae "chez di-
averses races humaines", Pesquisas de
anatomia étnica sobre o m . sternalis,
E m e afogava lá em Cascadnra A ENFERMAGEM E OS ALUNOS NO H. C. "Torus longitudinalis" et "sulci longitu-
Já chega o Xilór que numa dependência dínalis" dans Ia langue humaine (em.
Poz á prova minha grande paciência. MM
colaboração com Bovero). Verificação ex-
perimental da inervtíção motora da por-
APOLONIUS Temos talvez o defeito de querer supor Dia após dia estamos vendo que os alu-
ção cervical do "musculus platysma" no
o que acontecera no futuro com relação nos devem praticai- o mais possível para
"Tamanduá tetradactyla". Pesquizas de
aos alunos. Seria mesmo u m defeito? não encontrarem dificuldades na vida
anatomia "étnica sobre os nervos frênico
Não sabemos. Entretanto estamos certos prática, lá fora.» E esta necessidade pe-
c parafrênico, Recherches anatomo-com-
de que, embora de saída, em vista das dagógica eslrt clara nos programas mé.,
partives sur 1'appareil suspenser de Ia
v^« .arm.. V^a responsabilidades que temos, não pode- todoB de ensino de outros países mais
plére, Ensaios de morfologia dos corne-
mos, honestamente deixar de apreciar adiantados.
tos etmoidals em negros mulatos e em
A turma do 2.u ano tem a honra e o aquilo que nos parece vai acontecer. Poderão perguntar: — "Por que os fetos gêmeos, Questões gerais ? observa-
prazer de ter por colega u m a garota ex- E' assim que atualmente estão os alu. alunos que freqüentam o H . C. não to- ções pessoias relativas à anatomia das ar.
traordinária. U m a figura invulgar pe. nos a todo mundo maravilhados com o m a m iniciativas não executam certos térias do "corpus srriatum" humano, etc.
los seus dotes de inteligência, uma pe- " serviço de enfermagem" do H . C., so- trabalhos • de esfermagem para assim
quena notável pela sua elegância displi- bretudo no que se refere nos préstimos aprenderem? Eles acham aquilo muito bo-
cente requintada ao mesmo tempo, u m das alunas da Escola de Enfermagem. Por nito mas parece que não querem traba-
manequim 42 com u m coração anômalo isso seria eatupidês de nossa parte, pen- lhar .. . Responderíamos a isto do se- no e da .fiscalização da sua eficiência se
tamanho 1000! sar, que fosse, em criticar tal serviço na guinte modo: os atuais alunos que fre. liada fazem é por relaxamento por ir-
Sim, o coração da Scyla é u m fenôme- sua eficiência. Entretanto, ) nosso pen- quenlam o H . C , na sua grande maioria responsabilidade .
no assustador. Tão grande, tão grande samento trazendo tintas de algum patrio- já passaram pela "saudosa Santa Casa"
Não queremos nos sobrepor a Csses
tão bom que torna escravos e admirado- tismo utópico, viaja por uossas terras t e lá, fizeram de tudo. Obedecendo agora a
'"órgãos"; apenas queremos acordá-los"..
res humildes todos oe que dela se apro- paira em outras cidades onde não pode "lei natural do mínimo esforço" dão gra-
ximam . haver u m a tão boa enfermagem se ex- ças por haver qum execute estes serviços- Note-se também que não queremos cul-
tasia nas zonas rurais ou pobres onde na- Mas não devemos raciocinar só para os par ou tirar o lugar a todas aquelas que
A naturalidade da Scyla ao tratar os
da existe de enfermagem. E que ai momentos atuais nem com lei do co- fazem enfermagem no H . C. As moças
colegas é algo só comparável á naturali-
dade da Denise. Enquanto a Denise tei- vemos? Tão simplesmente médicos heróis modismo, lei esta que, diga-se de passa- devem aprender e até mais que os alunos
m a em encobrir uma grande sensibilida- que não podem apenas diagnosticar e re- gem, tanto assusta aqueles mestres que pois elas só farão isso no futuro. E sem
de sob uma capa de ironias apimentadi- ceitar mas também tém que executar o dão"boas aulas" quando se ^f ala em fre. prejuizo desse aprendizado, os alunos
nhas, a Scyla é apenas natural. D e u m a tratamento ou na melhor das hipóteses quência livre. também poderão fazer alguma coisa de-
naturalidade sem ironia e sem malícia, ensinar que alguém o faça. Agora per- E amanhã?'Centenas centenas d e jo- pendendo apenas da boa vontade dos res.
guntamos: Como vai o médico executar vens que não passaram pelas "pobres en- porisáveis.
de u m a naturalidade compreensiva e afe-
tuosa. A admiração dos colegas é u m a ou ensinar a fazer o que nunca aprendeu fermarias" da Santa Casa encontrarão Concluída assim a. necessidade de o
retribuição justa á iniciativa que soube fazer? Que não m e respondam os fan- naturalmente no H . C. um belo serviço aluno tomar parte também na enferma-
vencer as barreiras de incompreensão en. tasistas dizendo que o médico estuda mui. de enfermagem e não darão pela neces- gem, achamos que os professores, isolada-
tre os rapazes as moças, realizando es- to s por isso está apto para isso. Esses sidade de aprender, pois já tem quem o mente ou reuniílos em C. T. A. ou Con-
se milagre raro da amizade fraternal. que assim falam nunca saíram da rua faça; pensam que sempre e em qualquer gregações, devem tomar providências no
Aqui vai portanto saudação sincera Barão de Itapetininga, do Jequiti ou de lugar haverá essa mesma enfermagem. A
sentido de impedir .que, não tanto as
de u m a colega que se orgulha de pertén. Copacabana e, portanto, nunca tiveram esses moçog que talvez não venham
atuais, mas que as futuras gerações de
cer â grande Sociedade de amigos da oportunidade de se encontrar em tais di- perceber que estarão criando uma grande
médicos passem a levar mais esta lacuna
Scyla, a famosa S. A . S. ficuldades ou ouvir alguém dizer delas. lacuna na sua formação medica, culpa
no seu cabedal prático.
"Falar é fácil, mas, fazer é u m pouco di- nenhuma cabe. Na-Faculdade existem
D\ R. ferente", diz o povo muito acertadamente. "órgãos didáticos" encarregados do ensi- CARMINO CARICCHIO
A
O BISTURÍ

no empolgante concurso a que se submeteu»

Prof. José Bonifácio Medina


Após brilhante concuso tomoou pcsse da ca- samente os «braços, sem reservas ao novo
companheiro.
turbulento. Juntos caminhamos e m luta tre"
peso de suas credenciais, consubstanciadas
por u m pasado de estudo, e de trabalho e m
bôa hora orientado pela segura brilhants
influencia de Mores Barros. Mais do que qual-
quer referenda nossa, diz do alto padrão de
deira de Clinica Ginecológida da Faculdade de menda naquele infernal primeiro ano, que suas provas, grau conquistado: distinção
Medicina tia Universidade de São Paulo o emi- Andou, porem .evidentemente mal inspirada constituiu verdadeira iniciação terrorista- do absoluta, refletindo sucesso alcançado nesta
nente médico brasileiro dr- José Bonifácio M e - na escolha de seus interprete cuja expressão nosso curso -acadêmico- De susto e m susto, Escola Delo inolvidavel Vampré.
dina. simples 4, mais uqe isso, pobre, não possüe não sabíamos « que mais temer, si as misterio-
Mais não precisamos alegar para que, pelo
De grande capacidade de trabalho, conhece- sonoridade ou colorido à altura do que fora de sas notas da Cadeira de Fisica, si as profun-
desejar. Entretanto, se isto acarreta u m des- menos e m parte se justifique aparente des-
dor profundo da mentalidade do estudante, das ba3es filosóficas dom que nos aturdiam na
cuido com que se dsignou orador desta re-
ditada de mérito, o prof. Medina sabe o verda- primôr de interpretação afetiva sepriva aos Química ou si as homeopáticas notas que fil-
cepção: u m colega de turma mais que isso,
deiro valor de u m a aula b e m dada juto que ouvem, sentir algo impecevel na forma trava na Cátedra de Paratitologia, estimado
u m companheiro dos bancos ginasiais mes-
significado do aprendizado prático nas enfer- na essência, talvem venha 3 ressoar de modo professor Celestino Bourroul. Mas, tudo pcftsa-
m o escolares. receber o amigo, cuja dompa-
marias- diverso no espirito do recepiendario de hoje, va 9 a turma de 1923 ia-se mantendo animo-
nhia terá ainda a ventura de cultivar, nesta
N a posse solene na Conqregação da Facul- que poderá sentir e m nós u m dos elementos samente através das sucessivas séries. Foi aí
ultima mais facinante fase de sua carreira
dade de Medicina, usou da palavra prol. naturalmente indicados para sauda-lo neste que aprendemos além da matéria médica pro-
médica.
Aderbal Tolosa, catedrático de Neurologia, dia de tamanha significação- Efetivamente, priamente dita, o exemplo de nossos professo-
que pronunciou o seguinte discurso: exceção feita para as pessoas de su a família, res, alguns dos quais já colhidos pela m ã o da M e u caro José Medina:
Snr. Diretor da Faculdade» Senhores m e m - dificilmente encontrará o professor José Medina morte, verdadeiros abnegados que, sem ,- ins- Agora que recebestes o prêmio que coroou
bros da colenda Congregação da Faculdade quem o conheça e lhe acompanha a trajetória talação necessária, tudo improvisavam para -teus esforços que, com imposição que te
de Medicina de S Paulo, minhas senhoras, h a mais tempo, de que aquele que agora lhe manter concretizado sonho de Arnaldo Viei- foi feita do capelo profissional pelo nosso ilus-
meus senhores. dirige a palavra. £ assim que estivemos a seu ra de; Carvalho. tre diretor, passas a ocupar na nossa Faculda-
Imensamente honrado pela confiança dos lado desde o alvoreder de sua mentalidade. Já no iinal do curso- com dispersão dos de posto que tjrito almejaste, pensu.i.entcs
membaos da Congregação desta Faculdade, quando, ainda no velho Grupo Escolar do Parv últimos anos, ditada pelas variadas inclinações e m tumulto devem assaltar tua mente exci-
coube-nos u agradável encargo .de proferir cs entesourava os primeiros elementos do "seu de cada um, afastavam-se os colegas uns dos tada abalada per tantas emoções. Satisfj-
palavras de recepção que tradicionalmente se hoje invejável cabedal cientifico e intelectual- outros e m virtude não só das rotinas absor- ção. orgulho, gratidão, saudades, esperanças
fazem ouvir neste rôinto. cada vez que u m no- Data dai o inicio do nosso convívio. qual. ventes dos Serviços que procuravam, como são vibrações que juntas abalam confundem
também, porque não dize-lo, u m pouco pelo o esp.rito que as abriga. É deslumbramento
dessidio que lavrava então, deploravelmente, final da vitoria que cedo dará lugar à lassitu"
entre nosos mstres, óbreiros dedicados da mes- de oeculiar ao espirito que/venceu. Entretanto,
m a tarefa, Foi então que José Medina, proví- meu caro companheiro, a luta recomeça e, ces-
dencialmente inspirado, logrou ligar-se à bri- sados os ecos do inefável evento, surgirão a?
lhante escola que se iniciava com Nicolau do apreensões e cs dúvidas, próprias de quem
Moraes Barros, a qual jamais deveria abando- sente, sobre os hombros o peso da responsabi-
nar. Constituiu-se e m u m de seus mais desta- lidade, que até entãc, só de longe conhecia.
cados elementos galgou todos os graus que Sentirás' sobre ti, pousados cs olhos de todos
colocaram, mais tarde na obrigação estrita que mourejam nesta casa, professores alu-
de receber o bastão que a isi arrancou das nos, aqueles buscando « confirmação de seus
mãos ainda robustas de seu grande mestrs vnticíhios estes aguardando n palavra
amigo e guia respeitado. exemplo, do novo guia que, os levará avante.
Vemos então José Medina, segulndo'o exem- Não desmerecer confiança dos antigos" mes-
plo de outros seus companheiros da vlha tur- tres, agora teus pares, não desiludir u mocida-
ma, como Jayme Cavaléanti, Alipio Corrêa de que espera atue ação, eis a procupação
Netto e o orador deste momento, lançar-se absorvente que te assobrberá a alma. M a s
resolutamente para frnte, disposta retribuir temos a ?:t?za que não dsiludirás JS "não des-
com todas as forças de sua personalidade, pelo merecerás. Disso é senhor seguro o teu passa-
menos e m parte, os benefícios auferidos em do- Não chegastes este ponto movido pela
nossa querida Escola. E assim, aquela turma ambição condenável ou pelo egoismo depri-
que, modesta m a s condenciosamente passou mente de u m aventureiro- Alcançaste-c. pelo
pela Faculdade, orgulha-se e m ter agora, era contrário, sem sobressaltos, trazidos à Cátedra.
sua Congregação, com o advento de José M e - fatalmente, como conseqüência da trajetória
dnia, nada menos que quatro professores es- continua congruente que traçastes, coroan-
lhidos por concurso. Isto sem falar naqueles do, com u m finai lógico e harmônico, as fadigas
que, d a mesma turma patriram para o ensino de tua vida de trabalho- E não é só tua a "sa-
médico fora daqui, tais como Jairo Ramos, Bar- tisfação neste momento. É a de todos nós. teus
bosa Corrêa, José Inácio Lobo, Mardos Unden- companheiros da velha turma de 1923". é a do
berg, Moacyr Amorim os que, na docência teu valoroso guia cuja benéfica influência ain-
livre ou na regência interina de Cátedras, da se expande sobre esta casa; ' finalmente
tanto se têm destacado, como Floriano Paulo ainda de teus antigos mestres aqui presen-
de Almeira, Milton Estanislau de Amaral. Ra- tes, cs quais, abrindo*te os braços, comigo ex-
fael da Nova, Joaquim Vienra Filho <? Arioval- clamam: benvinde sejas e m nosso seio e conti-
do Caseli de Carvalho- Lançou José Medina go esteja sempre a luz que até aqui te 1 trouxe-

Discurso de agradecimento do Dr. José Bonifácio Medina


E x m o Sr. Diretor da Faculdade de conquistar domínio das suas dificulda-
Medicina, des. Se matéria era realmente seduto.
Prof. José Bonifácio Medina E x m o s . Srs.. Professores da Faculdade ra. notável, incomparavel, era a forma
de Medicina, porque sabia requinta-la novo titular.
vo valor a nós se ajunta no elevado mister do após breve interrupção, ir-se-ia reatar mal» Minhas Senhoras, Professor N.. Morais Barros, mestre con-
ensino médico. Ainda mais grata se toma tarde, no antigo Ginásio do Estado, onde nos M e u s Senhores. sumado, artista da exposição didática ->
missão para nós. e m vista d a s especiais cir- beneficiamos do ensino emanado da luminosa U m ideal 1 u m a aspiração longamen- mágico decifrador dos tropeços da clini-
cunstancias e m que se realiza, conseqüentes pleidade de professo» cuja mmoria, para nós» te, asperamente porfiada. trouxeram ate ca ginecológica.
nfio só _ personalidade do novo catedrático. nunca se apagará. Foi nesses seis anos de aqui mais u m filho da nossa Faculdade.
Por vinte e quatro anos fruí seu con-
como também ao brilho que soube Imprimir à» convivência que aprendemos a conhecer «*rn Seja-me permitido dizer, pois, que este é
vívio diário, seu constante ensino,
José Medina spirito de esdól, que, pelo seu paru m i m u m m o m e n t o glorioso, mo-
varias fases de sua luta pelo titulo. deste longo -> diuturho contacto. marcan-
O preenchimento de u m a Cátedra vacante, esforce, tenacidade, argúcia, completada poi mento impar na vida de q u e m se dedicou
tes foram as impressões que m e ficaram
e m nossa Escola, íoi sempre acontecimento de esmerada educação e preciosos predicados ao magistério médico : vê, afinal, coroa-
n o espirito. A o seu lado fiz.me h o m e m
arande transcendência profundas apreensões morais, não haveria de falhar nas promessas do u m esforço continuado d e mais de vin-
tornei-me gjnecologista, jamais sentin-
que sugeria, de u m futuro destacado, efi qual- te anos. Disse que é este u m dia glorioso
para todos nós. gue fazemos, do culto pela Fa- do necessidade de haurir e m estranhas
culdade, primeiro plano de nossa atividade quer carreira que abraçasss. E era de ver para m i m .' realmente, o mais alto jamais
terras qualquer noção relativa A sua es-
presteza espontaneidade com que repartia poderia aspirar. . A egrégia congregação
profissional- Desde os passos preliminares, re- pecialidade. Assisti a ida ao estrangeiro
com seus colegas mais descansados fruto da Faculdade d c Medicina de São Paulo,
lativos ao modo de provimento, iá se faz sen- de tantos colegas presenciei volta
de. seu. labor. reunida para receber o novo professor.
tir o cuidado, cautela, emfim extremo em- sem inveja, reconhecendo logo, ao primei-
Pôde entretanto o nosso brilhante colega egresso das provas do concurso, marca
penho de todos, e m atende/ primeiramente os ro contacto. que os conhecimentos trazi-
cujas apreensões dcqui já advinhames, restit hora que ele realmente ingressa nos qua.
<iltos interesses da Faculdade *. consequente- dos não constituíam novidade para Es.
tulr o sooego a seu espirito, pois nada revela- dros superiores da nossa Universidade.
mente, do ensino qu nela se deve ministrar. cola de São Paulo. Versando corrente-
remos de sua atuação e m outros terrenos, co- Mas, senhores, não estou vaidoso de gló-
Resulta disso sempre, aquela tradicional uni- mente o alemão e o inglês, estudávamos
mo sua habilidade futebolística, assim cemo ria; sinto antes o coração glorioso dos no-
dade com que se escolhe o concurso de titulos de verdade e, q u e mais importa, traba-
silenciaremos prudentemente sobre tudo cru* vos deveres que m e vêjn juntamente c o m
e de provas, qual, pela variedade de de- lhávamos ao lado de u m gigante da espe-
serferir à famosa pena de suspensão que co- í herarça magestosa de serviço à Pátria
monstrações que exige por parte do candidato. cialidade, que nos havia ensinado joei-
letivamente sofremos no final do curso gina- e à H u m a n i d a d e que é cátedra de gine-
dlnda é, a nosso vêr, no estado atual da evo- rar tanto fruto da experiência clinica
sial. Seria, evidentemente, não ter senso de cologia, que ora efetivamente recebo, pe-
lução, entre nós, da carreira professoral, diAria como as leituras, de sorte que- fo-
oportunidade querer aduzir tais fatos ao seu rante este ilustre colégio.
mais seguro meio de mais preciso critério mos, lenta m a s solidamente. amealhando
formoso "curriculum vitae'7 E m 1921, quando se realizaram as pro- preciosas noções, q u e nos foram da maior
na indicação de u m professor.
Lindaá esperanças animavam grupo qus vas de concurso para catedrfitico de Clini. valia e m todos os transes da nossa vida
A seguir a escolha dd comissão examinado-
do Ginásio do Estado procurou e m 1918a ve- ca Ginecológica, e m substituição ao Pro- profissional.
ra e o interesse pelo desenrolar das provas.
do Ginásio do Estado procurou e m 1918a ve* fessor Arnaldo Vieira de Carvalho, cursa-
cem a conseqüente selção dos valores e m cau-
lha casa da rua Brigadeiro Tobias, para tentar va eu 4.u ano médico. Senti-me então, Assim, era natural que brotasse e m
sa, são outras tantas demonstrações do cari- nosso espirito a aspiração de suceder, u m
maravilhosa viagem que se rios oferecia. seduzido pelas provas notáveis do Profes-
nho com que aqui se encara a sucessão de u m dia. ao mestre, e, c o m o discípulo fiel,
através das varias series do curso médico- En- sor Nicolau de Morais Barros 2 empolga-
professor. do pelo assunto da disciplina cuja cate. perpetuar m o d e r n a Escola Ginecológica
Natural é, portanto, que e m u m a solenidade tão ainda admirávamos* sempre Medina,
dra se disputava. Paulista, da qual ele é, indiscutivelmen.
de posse, e m que se evidencia o fruto de seus companheiro disdreto, retraído porem sempr9
Enamorei-me pela ginecologia, que pas- te • benemérito ilustre creador.
zelos e e m que se demonstra o acerto de suas solidário, participando muitas vezes, embora
sou absorver todas as horas de que dis- Faço este retrospecto para salientar, co-
ações, sinta esta Congregação a necessidade contrangido, das vicissitudes porque passava
punha- para penetrar-lhe os segredos m o jfl disse alguém e m conjuntura seme-
des expandir seus sentimentos, abrindo jubilo- turma,' de reconhecido pendor irriquieto e
— 6 — O BISTURÍ"

Discurso de agradecimento bandeiras das nações unidas carregadas

do Dr. José Bonifácio


Os estudantes aos Expedicionários Paulistas por moças de nossa Universidade, q u e e m
seus vestidos brancos e imaculados pare.
Medina Dentre as inúmeras manifestações de apoteose final era h o m e n a g e m ao expedi- ciam anjos do céu, tal a graça, sensibili-
lhante, que até aqui alcei marco da mi- que foram alvo os "pracinhas" paulistas, cionário tombado e mholocausto à Pátria- dade beleza que deram esse maravi-
nha caminhada não por arremesso da destaca-se a do dia l.u último realizado Foi u m a cena eletrizante, assistida sob o lhoso quadro.
sorte ou pela força de u m pistolão políti- no Teatro Municipal e com a qual as clas- mais profundo silêncio por parte do pú- A banda müitar rompe então sepul-
co, m a s mercê de u m a vida, toda ela vi- ses estudantinas de nossas escolas supe. blico . cral silencio com . Canção do" Expedi.
vida entre os leitos de hospital, as qua.. riores, -homenagearam : regresso de nos- A voz grave, religiosa e lenta do locutor cionáno. A salva d e palmas final foi en-
tro paredes do m e u gabinete de estudo sos invictos patrícios. 0 grandioso "show" sob u m fundo musical fúnebre, recitava surdecedora e traduziu sem dúvida a mais
e as lições e exemplo diário do m e u levado efeito pelos alunos da Faculda- palavras arrancadas do fundo do coração. profunda gratidão . do povo paulista aos
de de Direito, Mackenzie e Faculdade de Sob u m imenso V jazia corpo inânime' seus irmãos qu e tão b e m souberam manter
querido mestre
Medicina, correspondeu inteiramente à de uh "pracinha": tendo nas mãos o pa- si não erguer digndade e a honra da
Foi árdua i caminhada. Os tropeços, expectativa, dado os variados números de vilhão auri-verde. nossa pátria.
as dificuldades, que não foram poucas, humorismo, fantasia música. U m a diafana cortina, no fundo do pal- Foi u m espetáculo de rara beleza que
puderam converter-se e m incentivos, eis co, vagarosamente levantada, como si fos- comovea até às lágrimas numerosa as-
A grande assistência que superlotou o
qu e material era b o m ideal muito teatro n. 1 de nosso Estado, viveu m o - se raiar de u m novo dia, descobriu as sistência .
formoso. N ã o trago, pois, a fadiga das
mentos de intenso entusiasmo e contou
longas lutas, que constituem tão somente
espinhoso aprendizado, a experiência
com a presença de altas autoridades civis H O M E N A G E M
e militares tais como o General A m a r o
que há de guiar os meus primeiros passos
Bittencourt, Cel. Humberto Castelo que
na investidura m á x i m a de minha carreira
representou General Mascarenhas M o -
de ginecologista. Após longa peregrina-
rais .
ção, abrem-se hoje para m i m as portas
do templo r E diz-me coração, diz-me a Grande número de expedicionários, en.
conciência superior das responsabilida- tre eles alguns colegas nossos/" estiveram
des novas grandes, que os velhos res- também presentes ao espetáculo. Quere-
sentimentos, as desafeições que inevita- m o s destacar e m particular a esplêndido
velmente vai » vida soldando ao flanco dos sucesso da rapaziada desta Faculdade que
lutadores, que ambos ficaram lá fora, não n u m dia verdadeirameste feliz levaram a
atravessaram comigo o limiar do recinto efeito números de real valor e d e notável
sagrado. E hoje, aqui chegando, graças destaque, graças aos cenários, técnica de
ao estudo e ao trabalho, só m e anima u m a luz s o m com que pudemos contar no
única aspiração: b e m servir da melhor Teatro Municipal de São Paulo.
maneira nossa Faculdade, já tão rica Os quadros que apresentamos foram de
de gloriosas tradições. u m exijo absoluto como se poude apreciar
Entretanto, não terá e m m i m a Facul- pelos aplausos da numerosa assistência.
dade substituto do Professor Morais S e m partidarismo ou regionalismo, po-
Barros, m a s apenas o seu continuador, demos afirmar sem medo nenhum, que os
que tudo fará para estar a altura dos de- acadêmicos de Medicina foram verda-
veres e responsabilidades e m que impor- deira pedra.mestra do "show".
ta tão relevante gloriosa herança. E se Entretanto não poderíamos deixar de
u m dia, balanceando u m grande roí de ati. destacar a formidaveKacolhida flue tive-
vidade trabalhos, eu puder, sem orgu- ram a "Traviata" "Marcha do Expe-
lho n e m vaidade, capacitar-me de que rea- dicionário" composta pelos colegas da
lizei a condição de u m digno substituto do Faculdade de Direito, além de outros nú-
mestre.» esse será para m i m u m dia de meros interessantes.
real felicidade. i7<„.J„ *. . .. O colega Ten- Joio Ângelo Abataygnara, no sen "feep"
Professor nato : notabilissimo, meu Verdadeiramente emocionante foi T__ j .»'|.
querido mestre, vulnerado pela compulsó- e m campo ao itaua
ria v afastado da cátedra e m plena pujan- iiiimnmiiimiioiiimmiiumiiiiiwiuiiiiimiiiiMiiiiiiiiM^
terapico do carcinoma do colo do utero, o ças a Deus, da potencial arma terapêuti- cisão inesperada, sem qualquer recrimiha-
ça da sua incomparavel capacidade, ela
tratamento dos miomas e das metrorra. ca, embora e m minima quantidade. ção, antes reconhecendo o imperativo da
jamais será o sol q u e encontrou seu oca-
gias, a introdução da técnica operatória Nas fistulas urinárias, que envolvem as minha profissão. N o s últimos tempos.
so, porque, fnquanto viver, ele, creador
das fistulas urinárias, para somente citar mulheres vitimas de singular infelicidade, sobretudo, nos intermináveis serões de
da Escola Ginecológica Paulista há de os principais, pois que e m todos os domí- mestre tornou-se cirurgião consumado, estudo, que se prolongavam até alta m a .
emprestar-lhe,' generosamente, como sem-
nios da ginecologia «Csua escola era re- ensinando difundindo u m a técnica e drugada para reiniciarem antes do rom-
pre, a luz viva cálida do seu saber. presentada pela salutar e avassalante con- u m a conduta excelente. per do dia, tive-a sempre ao m e u lado,
D e longo convívio, aprendi os segredos
duta conservadora, sintetisada nestas pou- Possue ele u m a das maiores e das mais carinhosa solicita, estimulando-me com
(dos quais aliás ele nunca fez segredo)
cas tão profundas palavras: "Poupar felizes estatísticas do mundo, tendo res- a sua presença envolvendo de inefável
da sua didática insuperável. orgam por'amor á função" tituido a saúde felicidade a numero- doçura enorme sacrifício que aquilo re-
0 professor, dizia-me continuamente,
E assim, quantas vidas poupadas, quan- sos lares, invadidos pela desgraça no m o . presentava .
precisa descer até o aluno, colocar-se ao
tos terríveis sofrimentos evitados, quan. mento mais sublime da vida da mulher — Foi^.a minha confessora nas horas de
nivelado auditório, transmitir aog estu-
to erro banido, quanta glória silenciosa O P A R T O . O que isto representa, aten- adversidade, jamais permitindo qu e sobre
dantes noções precisas > seguras, com
para medicina nacional, expressa nas tando-se que as vitimas são precisa- m i m descesse desânimo ou pairasse o
simplicidade clareza, isto é, e m lingua-
bênçãos de milhares milhares de mulhe- mente as mulheres pobres, vivendo e m lu- ressentimento. Foi companheira eficiente,
g e m simples e d e tal maneira que qual-
res curadas muitas outras milhares de gares desprovidos de recursos, ; cuja au- decisiva do m e u triunfo.
quer pessoa possa compreender. Além
criaturas poupadas aos azares de u m a sência enche de desdita lar. é fácil aqui. Andou b e m inspirado o eminente Dire-
disso, acrescentava, é preciso vencer
orientação errada, que ele reformou i im- latar, para mais ainda exalçar a figura tor da Faculdade, professor Benedito
preocupação de "mostrar cultura" de de-
poz, corajosa valentemente, ao nosso do m e u mestre. Montenegro, designando para m e saudar
monstrar "quantidade d e conhecimentos",
meio. As suas diretrizes serão mantidas, a sua professor Aderbal Tolosa,, velho amigo
enumerando datas nomes que tornam
O seu espírito abstencionista, conserva- Escola será continuada. Ele viverá sem- -; colega desde <>s saudosos tempos do Gi.
as aulas fastidiosa, massudas. inúteis násio do Estado, quem agradeço, emo-
dor nas anexites, que lhe custou enormes pre na minha gratidão; viverá sempre na
até prejudiciais, pois tal tipo de aula é
dissabores, anos porfiados de lutas e dc sua escola, que é a Escola Ginecológica cionado e comovido, as bondosas palavras
maior responsável pela aversão que os es-
insistência, surgiu e m época Í e m meio Paulista. com que brindou antigo companheiio de
tudantes t o m a m certas disciplinas. E
como o nosso e m que imperava trata- Tendo falado do m e u mestre, eis que lutas.
s e isto se der com u m a cadeira básica, co-
mento cirúrgico mutilador, cuja estatísti- não é possível silenciar sobre três outras Reconheceu e m minha pessoa predica-
m o no caso a ginecologia, b e m se compre-
ca consignava, veja.se que horror, u m a pessoas que decisivamente colaboraram na dos que não possue e méritos que m e fa-
enderá verdadeiro descalabro social que
cifra apreciável de mortalidade e o restan- minha formação moral e intelectual: meus lecem, esquecendo-se que grande estu-
isso representaria, pois as gerações de
te de invalidez femenina para a pocrea- pais 3 minha esposa. dante, e m todos os tempos, foi precisa.
médicos que se sucedem sairiam inteira-
ção propiciando a mulher a todos os Infelizmente, há precisamente u m mês. mente ele, que sempre revelou u m a inte-
mente desprovidos de conhecimentos es- ligência fulgurante, u m talento de escol,
acidentes da castração, e m todas as suas passei pelo rude golpe de perder m e u pai,
senciais, além de adquirirem repugnância forrado d e invulgar capacidade de estu-
nuances « dificuldades de diagnóstico que hoje aqui estaria participando comi-
por matéria naturalmente formosa terapêutica. A bôa conduta hoje está fir- do, que elevaram sempre acima dos ra-
go das alegrias deste momento. Foi u m
cheia de atrativos clínicos. mada, o triste dilema foi destruído, bri- pazes do seu tempo, apontando-o como
h o m e m digno, honrado e trabalhador, que
O professor Morais Barros teve a cora- lhante humanitariamente destruído, seguro vencedor na profissão que abra-
lutando com mil dificuldades, conseguiu
g e m impar, divina coragem, de impri-
somente por esta estrondosa vitória está a&r todos os filhos u m a posição defini- çasse.
mir ás suas aulas tais aspectos, que tor-
m e u mestre credenciado perante Deus da na sociedade, legando-nos u m nome O tempo confirmou as previsões da m o .
naram as suas preleções agradáveis, con- perante á coletividade. cidade, pois o prof. Aderbal Tolosa ê ho-
imaculado. Apesar de sua avançada idade,
corridas, os lugares disputados, s e m nun. A cirurgia vaginal do prolapso do ute- je u m dos expoentes da neurologia e m
m a s e m plena lucidez de espírito, abra-
ca ter cogitado de policiar a freqüência ro, de vitória á vista, e cuja solução por nosso meio no Brasil.
çou.me comovido no dia 19 de maio. quan-
dos alunos. via alta longe de beneficiar, antes agrava Finalmente, á Faculdade de Medicina.
do conquistei, e m concurso, esta cátedra.
N o seu recente e notável livro "Lições a cirurgia vaginal, que não tardará a ser cujo corpo docente passo ter a subida
Paz á sua memória inolvidavel.
de Clinica Ginecológica", apreciam-se procurada pelas infelizes erradamente honra de integrar, prometo envidar todos
Minha mãe, ausente, desta ^capital, par-
seu marcante espírito didático, a sua ca- operadas, é outro alto título de beneme. os sforços para que cadeira de clinica
ticipa da minha satisfação neste grande
pacidade de transmitir, de ensinar tudo rência com que mestre engalanou sua Ginecológica não desmereça do brilho e
dia, 3 para ela volto-me com toda a afei-
o que sabe .de esplendidamen ' »^ notável eficiência que lhe imprimiu meu
Escola. ção, reconhecimento e gratidão pelo mui-
subterfúgios e sem receio de aumentar os grande antecessor e mestre.
O tratamento radioterapico do carci- to que soube dar cada filho.
concorrentes... E' u m grande livro, digno
n o m a do colo do utero, e m inicio, e que o A ' minha esposa, companheira dedica- Recebo-a consciente dos grandes deve.
de grande autor.
mestre somente não instituiu como • roti- da e leal da minha vida, minha colabora. res para com a medicina nacional para
Quem, como eu, acompanhou d e perto
c na e m seu serviço porque não contou com dora, devo grande parcela desta minha com coletividade que ela traz para
. sua luminosa trajectoria na cátedra de
3 radium. para cuja aquisição amealhou conquista: cátedra de Clinica Ginecoló- novo professor, que inicia <* carreira nos
ginecologia, sente-se autorizado procla-
donativos proventos dos cursos de espe- gica. Soube ela encarar de forma admi- dias atribulados de u m mundo novo que
m a r as suas fulgurantes vitórias e m al-
cialização das taxas dos assistentes, ao rável o papel de esposa de médico, m a s de tanto espera e tanto exige da medicina.
gumas condutas doutrinárias da especia.
deixar cátedra, recebeu afinal dos Es- médico de volumosa clinica fazendo Tenho fé que • exemplo dos meus maio-
lidade. V o u enumera-las para qué se pos-
tados Unidos a quantidade minima neces- correira professoral. isto é, de médico res, as tradições desta casa especialni611"
sa b e m aquilatar o volume de serviços
sária áo aprovisionamento do seu serviço que rouba ao aconchego do lar, ao cari- te as da cadeira de ginecologia, auxi.
benemerência de que se fez credor da com esse indispensável recurso terapêuti- nho da família, as poucas horas que lhe lio decidido dos meus assistentes dedi-
nossa socidade a figura ilustre do profes- co moderno. sobram da clinica extenuante. cados colaboradores, conseguirei b e m con-
sor Morais Barros: conduta abstencio- O radium, todavia, como assinalei, foi Quanto passeio frustado ,e frustado nos duzir » nau através do m a r grosso do fu-
nista nas anexites, a cirurgia vaginal do comprado, a a diretriz traçada pelo m e u últimos momentos! M a s também com que turo próximo.
prolapso do utero, tratamento radium- mestre serft trilhada, pois dispomos, gra- resignada compreensão ela recebia de- Tenho dito.
•*•••• •- - ~ * * * — * *
"O BISTURÍ"

" A Casa de O s w a l d o Cruz"


Entendeu a direção de O BISTURÍ Compreendendo a significação do movimento, devemos * #*
que este número não podia vir a pú- A campanha foi lançada. Procura*
blico, sem que nele figurasse um voto
sacrificar nossos interesses pessoais, abnegar nossas m os buscar•'estimulo, apoio, em todos
de louvor à Diretoria Burza, que cum- tendências e com espírito de cooperação e fraterni- aqueles uqe verdadeiramente se inte-
prindo o seu programa soube sempre dade, caminharmos sempre unidos e confiantes pela ressam pelo destino do C.A.O-C. e
corresponder à confiança, dos alunos e trilha do progresso, sob a luz divina da chama do na resolução dos graves problemas da
situar o C.A.O-C numa situação des- classe.
tacada na vida universitária brasi- ideal, até alcançar o nosso objetivo. Cinversávamos, amistosamente com
leira. (Reportagem de L. F E R R Ã O ) o prof. José Ôriu, sobre a questão,
Como se não bastassem o trabalho fortuna, ainda que tal prática seja dos, refeitórios convenientes, ao quando alcan- este nos lembrou da importân-
incessante, o sacrifício sobre-humano,
permitida em casos especiais. ce das bolsas mais modestas, serão cia da idealisação de um plano de ação
o idealismo fecundo que contribuíram Bens dessa Natureza jamais seriamvantagens de valor inestimável prin- mínimo que deveria ser apresentado
para a concretização de uma menta-admitidos pela altivez e nobreza cipalmente
da para os moços que residem aos professores e Assistentes da, Fa-
lidade de união e de confiança, que nossa mocidade estudiosa. Seus fins fora desta Capital. Bibliotecas culdade, com a finalidade de obter
abran-
atualmente se desenha no cérebro dos são muito mais amplos e de muito gendo vários ramos, no domínio apreciações, críticas, sugestões, sobre
das
alunos da Faculdade de Medicina da ciências,
mais elevado, preço. E' seu escopo for- das letras e das artes airão
obra a ser criada.
Universidade de São aulo, aquela mar, di- pelo espirito de cooperação ecoroar
de este grande edifício, sede Foi da quando procurei DuíMo C Fa-
retoria eternizou o seu nome UGS solidariedade, ambiente proveitoso vidaesocial do estudante paulista. rina e, juntos idealizámos o seguinte
anais do Centro^ Acadêmico "Oswaldo aprazível para a vida extra-escolar E' do trabalho para muitos anos, para plano mínimo de ação:
Cruz" quando lançou os fundamentosAluno, criando, junto á Escola, um muitos lustres talvês, mas já realiza- CASA DE "OSWALDO CRUZ"
de uma edificante campanha, que re- do
Centro de relativo conforto que seja, em muitos países e não raro em 1) — Sede do C.A.O.C, dos seus
solverá um dos mais graves proble- para os que vem de longe, imagem do enormes proporções.. .** i}
Departamentos e de suas Ins-
mas da classe médico-estudantina lar — distante e que por muitos anos seMuitos esforços foram despendidos. tituições Científicas.
trata-se da construção da Casa de verão afastados. Organizando outros obstáculos vários foram ultrapassa- 2) — Casa do Estudante:
"Oswaldo Cruz". ' dose, quando os idealizadores do mo-
atrativos de ordem moral, intelectual a) — residência;
Seus fins amplos £ elevados devem vimento
e fisica, indispensáveis para o recreio chegavam quasi a meta final, b) — bolsa de estudos para
ser conhecidos de todos. Compreenden-do vdpírito, contribuirá para apren-eis que surge o imprevisto, um motivo os necessitados;
do o significado do movimento, deve- de
der, cada vês mais, o aluno dentro do ordem superior, e % a Casa do Estu- c) —bureau de empregos;
mos sacrificar nossos interessesrecinto pes- universitário, vinculandô-o dante que dever*ia ser edifiçada no lo- d) — assistência:
soais, abnegar nossas tendências eparacom sempre ao culto de sua "álma-cal onde hoje se encontra o Estádio 1 — médica;
espírito*de cooperação e fratefrnidade
mater". Municipal do Pacaembú, não pôde ser 2 — dentária;
caminharmos sempre unidos e con- E\.um desses monumentos futuros obstruída. 3 — social.
fiantes pela trilha do progresso, que sob se
% cogita, neste momento de as- *Hoje, após quinze anos, junto no 3) — Centro Social:
luz divina d(i chama do ideal, até al- mesmo e sempre nobre ideal se reuniu
sentar as bases. Nele serão obrigadas a) — auditório;
cançar o nosso objetivo. um grupo de rapazes decididos, que
novas esperanças, educadas è fortifi- b) — salão de festas;
Tenho absoluta certeza de que triun-
cadas novas energias, santificadas trabalha incessantemente para a con- c) — discoteca;
faremos porque o triunfo é o nosso muitas ambições legítimas e dignascretização
de do monumento — "A CASA d) — biblioteca:
bem e o nosso bem é o bem do Centro incentivo. DE OSWALDO CRUZ». e) — secção cultural.
Acadêmico "Oswaldo' Cruz"- Legando tal patrimônio ás geraoões Entretanto, já são mais numerosas 4) — Sede da Associação dos Eçr-
Lutemos juntos pela concretização vindouras, faremos obra de alta pre-as necessidades dos Alunos da Facul- alunos da Faculdade.
de um ideal nobre! visão, pois é de estudante de hoje dade
que de Medicina da Universidade de 5) — Caixa do Livro-
* * surgirá a elite intelectual de amanhã 6) — Desenvolver o Espírito Uni-
São Paulo e do seu órgão representa-
Trabalhava-se na sede dc C.A.O.C, destinada a dirigir os destinos dativo.
co- versitário.
Com o decorrer dos anos, novos
na realização da tradicional festa —
letividade. Naturalmente a sua topografia pró-
problemas foram aparecendo; multipli-
A Noite de Maio — , quando o primei- Cuidar de sua educação em todas xima á Faculdade, facilitará:
caram-se os Departamentos e InMitui-
ro secretario DuíHo C. Farina teve as a suas modalidades, ao mesmo tempo a) — o aproveitamento do Estádio
tiga sede se tornou pequena para re-
feliz inspiração de mais uma vez lan-que de sua instrução é trabalho do do €. A. O. C.
ceber todos aqueles que se dispunha
çar a público a idéia já antiga damais apurado patriotispno. Orientando- b) — o estudo e a freqüência aos
a trabalhar para elevar o nome da Fa-
construção de uma CASA DE ESTU- se segundo as normas que regem as cursos:
culdade de Medicina, dc São Paulo.
DANTE. suas conqeriêreèj dos países mais Era a- uma necessidade imediata a * *
Em fevereiro dc 1930 o professor diantados-do mundo, concorrerá — construção,
a Pessoalmente levamos este plano
de uma Casa que abrigas-
dr. Ernesto de Sousa Campos, pronun- agremiação paulista — para satisfa- mínimo aos diversos professores e as-
se os que vinham de longe, do interior,
ciou a oração inaugural da "Semanazer tal objetivo. Pelo intercâmbio de sistentes da nossa Faculdade e insis-
buscar na Capital, instrução médica.;
Pró Casa do Estudante", mostrandoidéias — que nasce da vida em comum timos para que nos fosse enviadas cri-
era preciso que se criasse um ambien-
à sociedade paulista o alto significado
ou no encanto das palçstras, nas ho- ,ticas, acréscimos, sugestões novas, que
te amigou acolhedor, confortável, que
da grandiosa obra. Conhecedor pro- ras do descanço — serão despertadas poderiam dar mais força, maior am-
se assemelha o tão saudável ambiente
fundo do assunto, o ex-presidentenovas do e mais variadas curiosidadesfamiliar;
in- plitude à Campanha.
era necessário que se lanças-
C.A.O-C, abordou o tema com preci- telectuais. Hije transcrevemos as respostas dos
se uma campanha, "CAMPANHA
são matemática, afirmando: "A Casa' Conferências literárias, audições mu- f professores Flanklin A. de Moura
PRO -CONSTRÜÇÃO DA CASA DE
do Estudante não é, de fato, um apa-sicais contrastarão com exercícios fí- Campos, catedrático de Fisiologia e
OSWALDO CRUZ", que representa
relho destinado a semear — largasicos realizados em ginásios apropria- José Oria, primeiro-as.sistente livre-
uma adaptação do antigo plano ás
manu — benefícios pecuniários entre dos. Dormitórios higiênicos e adequa- docente da cadeira de Histologia e
necessidades de hoje.
os estudantes menos favorecidos da Embriologia.

SERENATA EM SI BEMOL
Caria aberta ao Dr. Faz quasi um ano,
Foi em setembro passado,
Que eu fuj buscar lã
E saí tosquiado.

Carlos da Sitara Lacaz Poeta e sonhador


Saí por esse mundo afora
Cantando na rua em que ela mora
causas justas. Enfim — a Lacazinho tão Toda minha alma, meu amor.
prezada dr. Lacaz,
Trajando as vestimentas de professor, estimado por todos os que a rodeiam.
após brilhantíssima defesa de té»e que não O BiSTTJRí muito deve & sua pessoa. Uma lua cheia passava,
há muito assistíamos, não nos sentíamos Mui brevemente veremos instalada a, nossa No céu deestrelas cheinho
a vontade, como simples alunos, para nos sede redatorial, para cuja realização multo
' Iluminando eu e meu pinho
dirigirmos tão* ilustre pessoa. concorreram os seus esforços. A s suas
E a rua e mque ela morava!
Infelizmente, ainda e m nossos dias, preciosas colaborações, a sua orientação, a
professor se mantém a, certa distância dos bôa vontade e solicitude com que nos tem
alunos. atendido, tudo isso representa para nós Agarrei no velho violão
cooperação utilíssima. Violão velho de guerra,
Porisso, dr. Lacaz. queremos despi-lo da
C o m este número de O B l S T Ü R l come- Filho da minha terra
toga e dê beca falar a sua pessoa como
moramos muito festivamente-uma data so-
dinâmico, o didata. laboratorita in-
bremaneira sugestiva para nós — o ani-
íi E entoei a canção.
cansável pertinaz. Dirigimó-nos àquela
versário do C.A.O.C. e aproveitamos esse
personalidade ímpar, espírito atilado, cujas
momento de satisfação para rèjubilarmo- Era no mês ãe setembro,
influências se fazem sentir não só nos se- nos com nossos amigos », os amigos do
tores da medicina m a s tabém e m outros E ainda hoje me lembro...
C.A.O.C., hipotecando à sua pessoa toda Cantava uma toada
fora dela. atalhador incansável por tudo a nossa estima e consideração.
aquilo que diz respeito a nossa Faculdade. A minha bela namorada,
Amigo de peito dos alunos, orientador se- pALMIRO ROCHA Que morava num sobrado.
guro, conselheiro, defensor irredutível das p| Direção de "O Bisturf" 4 noite era linda, não chovia,
E eu voltei todo molhado!

MOZART WAGNER
— 8 — O BISTURÍ"

Isto m e faz lembrar u m artigo que li balhou até altas horas, dirá um, se tem
A desmoralização da Faculdade Nacional de Medicina há tempos, reíexente ág indicações d e no-
vos professores para essa mesma Facul.
exames numa Faculdade, dirá outro ?-!
E toda essa explicação o homem i pode
A. C. de Morais -Passos dade Nacional de Medicina, (que sos ser- dar sem dizer muitas palavras. Sim,
O comunicado que a Congregação da vamos na Santa Casa, no 4.0 ano? Não viu de tema para estas considerações), em partida encaminha-se para u m máu des-
Faculdade Nacional de Medieina emitiu, se adiou seu ensino para 6.u ano sob que p articulista dizia que de certa época fecho, acorre logo a "saparia" para go-
que foi publicado entre nós nas edições alegação de que dependia d e suas instala- para cá, no Rio .a Cátedra parece que se zar do espetáculo final, agravando mais
do dia 1® de agosto p. p. dos jornais "Diá- qões no Hospital das Clinicas? Teórica. tornara uma herança que passava de pai ainda estado de espírito da futura vi.
rio d e São Paulo" "A Gazeta" "equiva. meute, como está sendo dada, poderia ter filho, ou de padrinho i afilhado. Dizia, tima. O homenzinho tira do bolso u m
le á completa desmoralização do cusino sido dada em qualquer época em u m dos então, que quando essa herança vinha por comprimido de aspirina, pede u m copo dá-
ministrado naquele estabelecimento, con- anfiteatros da Faculdade, qeu teria A van- meio de u m Concurso, era u m a cousa que gua, engole-o pronto. Agora pode per-
seqüência da miséria material de suas tagem de não ter aquelas fúnebres jane- só honrava quem recebia; entretanto, der sossegado. Como poderá jogar se a ç o
instalações. las com os vidros todos pintados preto. quando tal herança vinha por intermédio o aflige? Sua derrota será facilmente ex-
A " A Gazeta" dá u m resumo do docu- O caso da Faculdade Nacional nos su- de u m decreto indicando felizardo para plicável .
mento, que é publicado na íntegra no ou- gere ainda á consideração problema dos 'reger tal cadeira por tempo indetermina- O saudoso Robert Grau ao referir.se,
tro jornal citado. Ei-lo: professores de duas escolas e caso de do, era uma cousa que só trazia de méri- ironicamente, â aspirina, teve a felicida.
'RIO. 18 (Dep. Gazeta) — Os profes. Faculdades recem-creadas com professo. to para quem a aceitava. de d eassim se expressar: — E' u m dos
sores catedráticos da Faculdade Naciot- res nomeados por decreto. Os nossos colegas cariocas não se aper- mais geniais triunfos da ciência. O ho-
nal dc Medicina, reunidos em Congrega- Dizia-se, antes do concurso do prof. ceberam que aí começou « debacie de m e m que criou aspirina merece o agra-
ção, chegaram á evidência da impossibi- Medina, que S. S. afirmara alhures que sua Faculdade, que os maiores prejudi- decimento o respeito de todos nós. Não
lidade atual de ensino eficiente, visto as si obtivesse a„Cadeira em nossa Faculda- cados eram eles mesmos. tanto porque nos alivie a dôr das juntas,
péssimas condições materiais daquele ins- da abandonaria Escola Paulista. O silêncio sobre as irregularidades da a dôr de cabeça ou a dôr de "ouvido, ou
tituto de ensino superior. Os alunos das duas Escolas Médicas, Faculdade Nacional de Medicina foi man- porque nos tenha feito apreciar as virtu-
H á uma cadeira sem instalação, ou. (para beneficio de ambas), esperam que tido até que seus Mestres," querendo sal- des do papel celofane.
trás em situação verdadeiramente clamo- o prof. Medina dê exemplo e deixe va- var sua reputação declaram publicamen- A aspirina merece o agradecimento de
Tosa. Para cumprir os misteres triviais, ga u m a das cátedras, dando assim opor. te que as atuais circunstâncias de ensino toos o< enxadristas, porquanto nos per-
são os professores forçados a custear, do tunidade outros; estimulando o estudo; naquela Escola "comprometem à forma- mite demonstrar que estamos em inferio-
seu próprio bolso, as indispensáveis des- creando » emulação de escolas, fator de ção dos futuros profissionais da mediei. ridade física sem dizer u m a só palavra.
pesas . progresso citntífico; dedicando.se exclusi- na". Como resulta eloqüente, quando uma
Ante essa situação grave, resolveram os vamente uma Cátedra u m Serviço, Mas que fizeram mestres _ alunos pa- partida está difícil , fantasma da der-
catedráticos, para ressalva da sua respon- o qu e certamente será muito mais efi- ra evitar ta^ estado de cousas? rota se avizinha, dizer em voz. alta: gar-
sabilidade na cultura nacional, protestaT ciente . Esse será. também, atestado qu e u m çon^ quer fazer favor de trazer-me u m
contra u m estado de coisas que rebaixou Que exemplo não nos daria o prof. Me- dia poderá nos ser dado pela nossa Con- pouco dágua para tomar u m a aspirina?
dina em u m a época em que se vê dire, gregação si nos mantivermos num confor- A derrota terá mais tarde u m a fácil
a Faculdade Nacional de Medicina da sua
hegemonia na América do Sul a u m lu- tor professor d e u m a escola superior mismo silencioso sôbrc os defeitos que fo- explicação, já que não é possível jogar
gar secundário, ao mesmo tempo em que someado por decreto professor de u m a Fa- rem surgindo em nossa Faculdade, glo. bem, quando se tem u m a forte dôr de ca.
se compromete formação . dos futuros culdade recem-formada ? **-• riosa por todos os títulos, impar no Bra- beca.
profissionais da medicina'* As nomeações para a Faculdade de Hi- sil. O mais curioso é qu e oitenta por cento
Lamentável que essa Escola, que sem. giene, certamente não obedeceram cri- Conservemo-la onde está. das aspirinas são consumidas pelog que
pre quiz ser padrão de todo Brasil. tério mais eficiente, u m a vez que- impe. Procuremos melhora-la mais ainda. perdem. Não se chegou a saber ainda, se
ainda que fosse menos por merecimento diu que os numerosos livre-docentes da Saibamos guardar que recebemos dos perdem porque tomam Aspirina, ou to-
do que por força de u m decreto governa- Universidade pudessem concorrer com os qu e nos precederam para poder entregar m a m aspirina porque perdem, porém, o
mental, tenha recebido de sua própria favorecidos da sorte que tiveram por de- com juros aos que nos sucederem. que se sabe é que a vitória é melhor
creto seu lugar garantido na Congregação remédio contra tmlas essas enfermidades-
Congregação u m atestado desta ordem.
Soube há u m tempo atrás, que a Cadei- São Paulo, 20 de agosto de 1945. E isto afirma quem consumiu já to-
neo-formada.
ra de Anatomia, (que lá se dá em u m neladas de aspirinas em sua vida de en-
ano), ficará reduzida ás aulas teóricas, xadrista.
E as que terei que ingerir ainda...
por deficiência extremb das instalações
de seus laboratói ios. ORFEU GILBERTO DWGOSTINI
Não acreditei no que m e informaram.
Entretanto, quando a própria Congrega- Extraído da secção de Xadrez do "Jor-
ção nos diz que há "uma cadeira sem ins- nald de São Paulo", de 12-8-45, que é
talações", sou levado a identificar essa redigida pelo autor.
Cadeira com de Anatomia.
Que diferença da nossa Faculdade. E,
note.se que o professor de Anatomia da
Faculdade Nacional é o diretor da mes-
Bandoleiros do H. C.
ma... Será que até hoje não teve S. S. (o)
força junto ao Governo, para conseguir No princípio do ano H. C. ainda era
melhorar as instalações de sua cátedra? como que u m castelo feudal cercado de u m
E, neste caso, por que permaneceu como i\ fosso e cuja ponte elevadlça só descia para
diretor da Faculdade? quem náo fosse aluno da Escola.
Melhor atitude tiveram os outros mem-
bros da Congregação ao porem a salvo
i E m todo o caso algumas cabeças de pon-

sua responsabilidade perante Povo Bra- © ©


te foram estabelecidas com plantão de
doutorandos — auxiliares na obstetrécia
sileiro . o o com os plantões do Pronta Socorro
Mas. compete, também, ao corpo dis-
cente zelar pela conservação
d e sua escola.
melhoria

Não sabemos d e atitudes tomadas pe.


lo8 colegas cariocas. Isto, entretanto, nos
n o o
o o

V
No Início era duro pasar pelo portão..
Alrm do cartão de identidade era preciso
3 de gostosão...
A turma sacarosada custou mas entrou.
vem provar que nos assiste razão quando
Naturalmente foram-se alargando os cír-
pugnamos pelos nossos direitos; quando
culos de relações com todos aqueles que
procuramos, (talvez nem sempre acerta-
ali vivem.
damente. mas sempre sinceramente), me-
lhorar cada vez mais o nível de ensino de N a fase romântica, que caracteriza todos
nossa Faculdade. os movimentos a*a mocidade no início, os
Por isto nos batemos pela melhoria da bandoleiros se apresentaram ainda como
atual situação dos alunos dentro do Hos- poetas inauguraram os célebres perió-
pital das Clinicas. *+**++****+0+J*++*>**>**0+++**>**'*+**++ •» ^+00*0400+0******+++*+*+**^+*+++*++++***^***** dicas que foram í " Aviso "ás Navegantes"
Por isto nos dirigimos em carta-aber. e seu congênere '«A seringa".
ta, ha mais de u m ano, ao sr. diretor, pe-
disdo providências sobre funcionamento
AS DERROTAS E A ASPIRINA Os tempos mudaram.
Acabou o romantismo por escrito co-
da Cadeira de Oto-rino-laringologia. Es.
0 homem, em escala maior ou menor, por exemplo, não encontra dificuídatU-s meçou outro romantismo...
ta Cadeira está hoje em funcionamento,
é sempre u m narcisista. Não u m narci- maiores para is--o dada natureza pró- E assim os Bandoleires mostraram-se
mas-, o sr. professor ministra u m curso
sista no sentido em que o toma a psicaná. pria desses jogos. mas suas verdadeiras vestimentas iça-
apenas teórico por qu e foi forçado dar
lise freudiana, como complemento libidino- E quando é suplantado em lutas dc co- ram no seu Q. G. do lO.cf Andar a bandeira
aulas á tarde. Alega, e com razão, que o
so do egoísmo procedente do instinto de nhecimentos, de ciência, de intelgiêucia de guerra; "O Hospital para os alunos"
ambulatório funciona "só cedo. Entretan-
conservação, que não falta a nenhum ser enfim quando então 6 ferido profundumeu.
Norteados por essa idéia, esses primei-
to, apelamos para S. S. que aproveite
vivo, mas como u m narcisista devido te em seu prestigio, em seu poder? ros estudantes que não duvidaram em oe
os doentes que se acham internados em
seu inconsciente dinâmico, que cria o ego- E quando é vencido numa partida de sujeitar a dormir em poltronas ou mesmo
sua clinica e nos mostre esses doentes,
centrismo, cuja exteriorização é proibida xadrez ? não descançar, que se sugeitaram ás re-
mesmo qu e já tenham sofrido alguma in-
ou limitada pela coersão do consciente. Aqui não há lugar para a sorte ou azar; feições do H. C. outras intempérias,
tervenção que tenha alijado os dados pa.
Qualquer barreira à realização de seus vitória é do mais hábil, do mais experi- foram e ainda são sem dúvida nenhuma
tológicos. Teremos, assim, ao menos,
instintos secundários, qualquer proibição mentado e é' conseguida graças ao melhor uni verdadeiros apaixonados pelo Hospital.
uma noção do normal no vivo, 3 que é di-
ou diminuição de seu prestigio ou poder. cálculo, à melhor reflexão, ao melhor ra- Comunicam da Sacretaria Geral do Ban-
ferente do normal ou do patológico nas
» eis o homem preocupado com a explica- ciocínio. Não há causas externas; os fa- õo que na última mesa redonda realizada,
pranchas, (por bem feitas qu e sejam). Si
ção que pensa dever ''ar ao seu seme- tores dii derrota residem no próprio indi- firou re.uilvido que ao lado de uma dedica-
o imo«icilho é horário do Hospital, este
lhante, explicação que no íntimo reconhe. víduo. (ãf-' sem limites eo H # C. aos doentes
horário, parece-nos, tem que ser modifi-
cado em benefício dos alunos (e portanto ce não satisfazê-lo, cumpre frisar, mas Mas mesmo aqui, homem encontra não tolerará i Bandoleiro que se preza
do Povo, por que este serft amanhã aten- que deve realizar seu intento junto ou- sua válvula escapatória. Alega doença, da sua responsabilidadecrfticas que não
dido por eles). Não se compreende como tras pessoas. U m a explicação para uso u m a perturbação orgânica qualquer, u m sejam justas que não venham pelos ca-
•í Administração do Hospital possa crear externo, podemos dizer. cansaço físico ou mental para explicar nais competentes. ? nenhuma forma de
impecilhos á ministração do ensino, quan. E é principalmente no terreno dos jogos, seu fracasso. traição que o atinja diretamente, ou « ter-
do deveria ser contrário. Si esta Ca- das lutas, que o homem manifesta melhor Como pode um homem jogar direito, se ceiros ou a-' terceiras...
deira tinha qu e ser ministrada ap"enas teo- essa sua característica. tem uma tremenda dôr de cabeça, se es.
ricamente porque não foi quando está- Vencido nos chamados jogos de azar, tá febril, se dormiu mal noite, se tra- CHEFIA DO BANDO
O BISTURÍ " — 9 —

nor elevação, mas tão somente honrar a

9 DE JULHO
Refletindo-se nas calmas águas do Ia.
ge, acariciado pela brisa que agita as
palmeiras, levanta-se para o céu : màr-
«ROI € dedicado ao Soldado Paulista de
do Brasil, particularmente da classe
acadêmica de São Paulo, sentimos de per-
to os problemas da nossa Pátria, mas
não só isso, estudamos esses problemas e
tores negativos que de braços dados im.
pedem obstinadamente
Brasil.
progresso do

E m nossas iniciativas de caracter pa-


memória daqueles acadêmicos que toaa-
baram pela sua dedicação ao Brasil, da»
queles que pegaram em armas, pensando
unicamente em salvar nossa
sem mesmo ter analizado os meios que se
os ofereciam para atingir tão nobre fi-
nalidade. E"
Pátria,

combatente patriota o ho-


menageado deste momento, é J estudante
1932. temos logicamente a nossa definição. trióticoj estaremos sempre tomando par- paulista amante da liberdade, quem,
N o mármore belo, o nome de u m bravo, nossa tendência, nosso ideal. te nas lutas pela solução de problemas de veneramos com «" mais fundo respeita,
porque êle soube morrer com a boa fé dos
que possuem as nobres intenções. E' •
voluntário de 32 que deixou sua escola
ou o seu trabalho, e a sua própria casa.
para tomar do fusil, bisonho mesmo coma
soldado, a quem hoje veneramos, porque
indubitavelmente êle pôs seu patriotií.
m o acima de tudo, chegando a consagrá-la
na fôrma sublime d e u m voluntariado.
Honramos, hoje, de modo todo especial;
memória de José Greff Borba, que era
aluno desta Faculdade, quando morreu
servindo causa constitucionalista.
Si é verdade que naquele tempo. for-
ça esmagadora das armas adversas con-
trapôs-se de modo positivo vigoroso á
concretização imediata dos nobres ideais
daqueles moços da nossa terra, não é fa.
cil afirmar-se que aquelas mesmas armas
não conseguiram impedir fossem ao chão
de toda Pátria brasileira as sementes
germinadoras de u m a árvore que hoje
frutifica. simbolizadora dos mesmos
ideais. Tal é uma demonstração insofismá-
vel de que aqueles que lutam ao Idao da
razão jamais devem temer. Mais cedo ou
mais tarde a recompensa lhes surgirá,
porque lógica seqüência dos fatos se
dá sempre de^ tal modo a apontar, no mo-
mento decisivo, quem está cert«> quem
está errado.
Os horizontes já se aclaram em todo
Flagrante apanhado por ocasião da restauração do m o n u m e n t o ao "Soldado Paulista de 32", vendo-se o Professor Celestino Bourroul, mundo, após período negro por que
»ice.diretor da Faculdade, dr. Goulart Faria, secretário da Escola, o professor Renato Locchi e João Belline Burza. pasámos. mostrando * luz benfazeja de
uma fase nova, cheia de grandes espe-
ieijado pelo vento acalentado pelo sol . Estamos porisso clara e desasombrada. interesse nacional, mesmo sacrificando as ranças. Desse modo. si em épocas passa.
tia São Paulo das Bandeiras, José Greff mente AO lado da Liberdade, do Direito horas que podíamos dedicar aos trabalhos das. dentro deste mesmo Brasil, lançá-
Borba, o estudante herói, representante da Justiça; escolares, porque não nos esquecemos, mos mãií das armas para resolver os nos-
«iigno duma geração de estudantes bata- estamos lutando para qu e a verdade em momento algum, de que somos moços sos problemas, hoje não mais delas esta-
lhados. se imortaliza. sobre toda a situação brasileira, seja me- brasileiros de hoje de que nós está mos precisando — e nós bem conhece-
Reconstruindo um monumento que nos dolorosa do que hoje ela o é; legado r encargo d e conduzir Brasil de mos esta verdade. E' que as continuas
mãos menos . patrióticas, menos valorosas, estamos lutando pelo bem estar do po- amanhã. transformações sofridas no cenário inter.
jgnobilmente tentaram destruir, os alu. vo e para que «. grandeza do Brasil não se Não vacilAmos ao sair ás ruas, em dias nacional, para as quais Brasil também
nos da Faculdade de Medicina mostraram traduza somente pela vastidão do seu ter- sombrios de 42. clamando guerra contra concorreu decididamente, fizeram com
ao Brasil que sangue valente dos ban- ritório, ou pelo número maior ou men.ir os nazi-fascistas agressores; em comba- que todos os obstinados impecilhos ergui-
deirantes de Piratininga ainda circula- de seus habitantes, mas seja explicita ter i viva voz supressão das nossas li. dos contra o reestabelecinento dos princí-
liostraram ao Brasil qúe vivem pela li- por uma verdadeira organização, afim de herdades internas; em* nos unir ã voz do pios de Liberdade e D< mocracia, se des
berdade que por ela saberão lutar. que prpclamação da felicidade e satis- povo. pedindo exigiqdo a anistia, maior fibrassem ante realidade a razão, ex-
Estudante de Medicina, lá no mármore fação do povo não continue a sei feilapor conquista do próprio povo na marcha de postas pela força excepcional do Direito.
feio, poeta escreveu em bronze tua u m organismo dc propaganda falsa que democratização, conquista de xtodos nós, Estamos gradativamente reconquistan-
profissão'de fé. Traduziu teu valor e o viva sufocando a opinião pública, mas para nós mesmos, em nome do amor que do todas as nossas prerrogativas de por*
teu patriotismo, o teu amor por u m Bra- sim, naturalmente, pela própria palavra votamos á Liberdade. realmente livre. Desse modo, não é ne.
sil, graiTde como é. desse povo que trabalha *e produz, cujo Pelo fato de em nossa memória, perma- cessário nem aconselhável precipitarmos
Quando s e sente bater caracteristico expontâneo é o maior ate*. necerem indefinidamente «>s exemplos di- os acontecimentos- Os qu e pregam por su.
N o peito heróica pancada, tado da sua sinceridade. gnificantes dos moços do passado, como blevação e golpe armado, devem lembrar-se
Deixa-se folha dobrada Por essas razões estaremoa ao lado de alunos da Faculdade de Medicina de São d e que Brasil, pela sua magnífica pro-
Enquanto s e vai morrer! u m governo futuro que queira fazer algo Paulo, reconstruímos este monumento jeção no cenário internacional é a sexta
Cheios desse santo entusiasmo, de ad. pelas classes desfavorecidas economic i- Í-nnbolizador do idealismo que orientou *os potência do mundo, que eqüivale se
aoiração pelo soldado paulista, que deu mente, ao lado de u m governo futuro que paulist.iv na campanha revolucionaria de dizer algo sobre u m dever cumprir pa-
uma constituição ao Brasil, estudantes realize em proveito de uma instrução 'í'2. Esta nossa atitude de hoje não pre- ra com ás demais nações aliadas — coo.
funcionários da Faculdade de Medicina, mais eficiente, para levantamento do ní- tende rememorar aquele movimento revo- perar decididamente na manutenção da
aa manhã de 9 de Julho de 1945, se reu- vel mental d» nosso povo. pois. a misé- lucionário em suas causas determinantes. paz.
íiram frente ao monumento erguido em ria e a ignorância são os dois granks fa- nem como fato político de maior ou me. Não podemos de forma alguma, movi-
>osso jardim.
Presente o exmo. sr^ vice-diretor da
Faculdade de Medicina, prof. dr. Celes-
two Bourroul. exmo sr. secretário da Fa-
culdade de Medicina, dr. Sérgio Goulart
Jaria, ilustres representantes do corpa
dacente. v doutorando João Belline Bur-
za. valoroso presidente do Centro Aca-
dêmico Oswaldo Cruz, o acadêmico Alva-
-n da Cunha Bastos, proferiu vibrante
««curso, que transcrevemos seguir:
Sr. Vice-Diretor da Faculdade de Me-
«jfina.
Sr. Secretário e srs. Professores.
Senhoras senhores.
Colegas e amigos.
A História do Brasil é venturosamente
í ica de ocorrências nas quais se torna bem
claro o sentimento patriótico do nosso po-
te, povo que não sabe estagnar-se no in-
«liferentismo ou no conformismo sem dis-
caesSo, mas vibra em todos os momen.
ias, criticando sugerindo, para cor-
reção dos defeitos e para incremento de
realizações realmente proveitosas.
A esse propósito, então, numa referên-
cia mais particularizada, ressalta fato
de que sempre que opinião pública se faz
pentir, ela contém, de mjodo invariável,
u m coeficiente, por vezes elevado, de
idéias dos jovens, dos estudantes, desta
mocidade brasileira que é cheia de vigor
patriótico. Outro flagrante do ate de Restuaração do M o n u m e n t o ao "Soldado
C o m efeito, nós os acadêmicos de to- Paulista de 32", quando era entoado o Hino Nacional.
— 10 — O BISTURÍ

de s por paixões iudividuais caprichos cípios imutáveis, para impedir • pro^res.


desaconselhaveis, dar nota triste do mo-
mento, qual seja a perturbação da ordem
interna, cujas proporções seriam gravís-
simas e repercussão de amplitude além
so da nossa Pátria. Nó.; os cestiuiremos
com as armas da verdade, num ambiente
tranqüilo e pacifico.
Tenhamos, pois, segurança de ação
B en zim e n to
Já se disse que a macumba é realida. Páscoa, etc). E m geral é senhora ido-
fronteiras. e m nom e do nosso ideal, serenidade de
de brasileira. As classes incultas de nos- sa às vezes parteira que pratica J beo-
N ã o vamos assinalar uma mancha ne- atitude em nome da razão e não duvi-
so interior ela se. devotam com ?. té zimento.
gara i cobrir em parte - glorioso desem. demos qeu a s nossas conquistas serão fa-
tos para que Brasil em breve. se.'a u m «.um que praticam a religião. No entanto,
penho de nossa gente na luta anti-fascis- Das formas de benzimento. i que maio
exemplo para mundo, digno do seu pró- não são só os analfabetos. que vrecm em
ta, representado pelo heroísmo impar dos se impõe à mentalidade dessa gente sim-
prio nome, das suas tradições, dos seus suas virtudes; os' semi-alfabetizados : in.
soldados integrantes da nossa Força E x ^ ples é qu e corresponde à magia imita-
filhos tombados pela Liberdade, aqui dividuos cultos não deixam dc ter por
pedicionária, por todos os títulos digna tiva. Ela se lhes apresenta como iaciona.
mesmo ou em terra estranha, da sua po- ela francas simpatias. Não titubeiam em
gloriosa. líssima: cortar em pedacinhos uma linha
sição invejável no estabelecimento dos procurar feiticeiro quando os recursos
Hoje, indubitavelmente, a guerra civil que tem o comprimento igual à altura do
princípios de paz universal » dos dizeres cientificos são insuficientes para debelar
seria o retrocesso e nós precisamos é pro- paciente, colocar êsses pedacinhos num
da sua gloriosa bandeira. seu* males físicos.
gredir; a guerra civil seria a desordem copo com água e fustigá-los com arruda,
•os precisamos é nos organizar; guerra Seja ORDEM alicerce da nossa fôr. 0 médico é, para homem de nosso
afim de dominar essas "imagens" de lor><-
eivil seria u m número considerável de ça e P R O G R E S S O incentivo único pa- povo, u m indivíduo que freqüentou esco-
brigas, por meio sobre-natural, parece-
mortes nós precisamos é de vidas, no ra as nossas futuras realizaçni i, las. onde lhe ministraram u m rói Je co-
lhes a coisa mais lógica do mundo. E m
Cessado* os aplausos, entoou-se Hino nhecimentos técnicos que lhe possibilitem
grande, dignificante inadiável trabalho toda benzedura encontramos u m elemen.
Nacional homenageando A quem morreu realizar intervenções cirúrgicas, que
a ser realizado, de estruturação dos vá. to relacionado com o- paciente (no caso
rioa sectores da vida nacional. como morrem os heróis — •} soldado Pau- teraem capaz de prescrever uma poção
comprimento da linha), outro relaciona-
Louvor, pois, a todos os brasileiros que lista. adequada ~ determinada enfermidade.
do com a enfermidade (no easo os peda-
estão sabendo lutar pelo povo, sem aba- E assim, mais u m a vez. publicameate, Não consegue conceber o médico como u m
cinhos de linha assemelhando-se às lom-
lar a paz interna. os estudantes confessam seu amor li- conhecedor da morfologia e fisiologia de brigas). Êsses dois elementos .são os que
Lembremo-nos de qu e temos elementos berdade, expuzeram suas almas puras nosso organismo como u m todo, agindo
fornecem caracter intuitivo d e sua efl.
ác sobra para destruir os reacionários in- cheia de fé. Fé uum Brasil maior, num sobre •êle afim de reparar seus desvios ciência, desde que venha acompanhada
traasigentes que se apoiam em seus prin- Brasil potente, fé num Brasil livre. morfológicos ou funcionais. E m seu pen-
das orações, etc. Parece racional que
samento simplista, limita ainda mais as benzedor corte u m máu-olhado com u m a
i m « •• «i »••«•'»! •• « possibilidades da Ciência. O feiticeiro, no cerimônia mágica, em que ele faça. par
oatanto, ó u m eleito; dotado de recursos cima da cabeça do enfermo, movimentos
sobrenaturais não necessita de conheci. de cortar com a tesoura. Parece racional
mentos técnicos, pois age sobre a maté- que gente circunscreva área em «.u^
ria por iutermédio do espirito, inspirado se alastra determinada erupção cutânea,
por entidade superior. De sorte que, se .com certa tinta certas fórmulas mari-
Medicina falhou, nada mais há por fa-
cás.
zer no campo material; só eleito pode-
rá agir, no terreno espiritual. Dai a fa- Isso tudo, com essa aparência de racio-
cilidade com que abandonam o clinico. nalidade e religiosidade, faz com que as
em busca do feiticeiro. Isto para os su. nossas populações do "hinterland" se mos-
trem refratárias à s campanha> de higir.
persticiosos semi-cultos. Para os incul-
tos "" afastados dos centros urbanos, en- nização. Todo indivíduo que num movi-
tão, a procura da macumba é mais pron- mento de idealismo, quizer trabalhar p«?l«
ta inevitável. melhoria das condições de saúde de nos-
so povo, terá \de euí^ntar também e»-x
l'ma análise majs op menos cuidadosa barreira, alicerçada em princípios de t.x-
tio ritual com que esses mistificadores dição. E m tradição misica. qu e não ar-
agem, mostra.nos que feitiço é. em es- refece com propaganda vistosa de carta.
sência, u m a cerimônia de caracter má- zes coloridos; que não cede com campa-
gico. Ela se reveste das três modalidades nhas barulhentas de programas radiofé-
de magia: imitativa,' simpática encan- nicos. E' preciso ser acaciano e repisar
tatória. Por u m processo que se avizinha que 2 necessário educar as gerações que
muito da magia primitiva, o feiticeiro nascem, que é indispensável e urgente al-
procura influenciar forças sóbre-naturais, fabetizar nosso povo. Só u m louco po-
afim de curar as enfermidades. Usa, pa- de querer começar construir uma casa
ra isso, de u m a série de processos mími- pelo teto! Só u m cego não enxerga que
cos, de plantas com virtudes místicas de novo se torce galho!
(arruda, alecrim, etc.); certas substân-
cias (sal, óleo, etc); determinados nú- A D H E M A R FIORILLO .
meros ; orações (Credo, Avc-Maria, Pa- (Dados em W. Carvão de França — Re.
dre.Nosso). As orações, aqui não pos-
vista da F.. de Filosofia — 1940 — n. 7).
suem aspecto de piedade ou súplica, mas
u m contendo mágico. Os elementos so- « « « t l t l l T T — •-•-• • • « « « I«I • • • •' • ~.~~m~*»*~m

TEIITEZÂ Procuro a mulher que vi em sonhos,


ciais primitivos dessas cerimônias
naturalmente, resquícios da civilização
ameríndia, juntados ao contingente afri-
são,

Nossos médicos de '1945


cano importado. N o nosso Estado, as ora-
mas não encontrei na vida.
ções podem ser consideradas em grande
Caminho melancólico, pensativo pela avenida; lana das turmas mais brilhantes dentr.»
parte como u m enxerto trazido pela co-
edmiro J beleza do céu; todas as turmas saídas de noesa Faculdada
lônia italiana. A leva de trabalhadores
ouço o murmúrio das folhas; acha-se hoje em preparativos para ds fes-
peninsulares foi recrutada entre as cias.
converso com i lua, tejos 3 solenidade de sua próxima forma-
ses menos cultas. Por outro lado veiu pa-
mas sinto a cada passo que avanço, tura.
ra cá u m número considerável de elemen-
nalma amargurada mais tristeza- Com a despedida dos nossos colegas do
tos do sul da Itália, onde se verifica, com
Elas passam por mim e dizem — pobre i poetai maior facilidade, uma promiscuidada en- 6,o ano médico, irá ressentirse noas.»
Já se esqueceram dos dias passados... tre as práticas religiosas do catolicismo e'.cola da ausência de nomes que somente
Então, pensava amar-te loucamente. uma espécie de panteismo naturalista. elevaram i nome dos estudantes de me-
Mas fui traído! Não, não te amei! O cabedal místico desses imigrantes veiu dicina.
Amei uma imagem, influenciar » ser influenciado pelo nosso Tanto do ponto de vista intelectual, coaio
uma mulher cfiada pelo meu cérebro! patrimônio de magia. Os números que no campo do preparo médico, no setor da*
Hoje, que angustia já transtornou todo meu ser, fazem parte e m geral são o 3 e os múlti- atividades cívicas esprtivas estudantil,
descobri que vi em ti o que não havia! plos de 3 (3 orações, durante 3 dias, etc), como na participação pelos problemas d*
'hoste apenas uma aproximação do meu ideal. com mais freqüência, dado seu significa. mocidade e na contribuição pelos proble-
Mus não basta! do místico, provavelmente de origem eu- mas gerais do nosso povo e do nosso paia
O tirano Amor i incontenlável. •. ropéia (as sacerdotizas tripudiavam so- os nôSsõs doutorandos de 1945 deram fi-
e.u vivo i procurar. bre tripode...); o' 7 mentalmente re- guram das mais dignas expressivas.
A mulher que ri em sonhos, lacionado com citações bíblicas. Dai a ri- Deles, portanto, fica-nos exemplo do se:
mas não encontrei na vida. queza enorme do nosso feitiço. 0 "ini. trabalho do seu jdealiamo.
ciado" não se limita à cura de enfermida- O BISTURÍ congratula-se comi os cole-
As vezes, volto cansado des externas c passageiras, mas age tam- pas do 6o ano deseja-lhes na vida pr.-
e me ponho i pensar, — bém em moléstias de órgãos vitais. tica -3 mesmo suceBso que obtiveram du-
na virgem de cabeleira negra, Por ora, mais nos interessa o benzimen- rante sua vida acadêmica.
d'olhos azuès, azues como o mar, to, que difere do feitiço propriamente di- A fim de tratar dos assuntos refereuie
um rosto de mulher moça, to, pois "iniciado" age só em casos de fl formatura, foi eleita seguinte comis^-
um corpo belo que me convida a pecar, moléstias dotadas de menor gravidade £0: Angelino Manzione. Antônio d<»
um abrigo onde posso descançar... (isto no parecer dos""crédulos), que são Santos Clemente Filho, Carlos Sacramenu .
Fico alegre, da mais variada etiologia e recebem no. Carmino Caricchio, Ewin Castelo, Ifábu
volto a procurar, mes pitorescos (máu-olhado, lombriga-as- Escorei, Francisco Veloso Braga. Heli >
mas nada encontro. sustada, sól-na.cabeça, etc.). Quem pra- liourenço Cagno, Hilton Neves Tavares.
tica essa forma de magia é. benzedor. João Beline Burza, Liberato João Afons *
Procurarei sempre em cada mulher a mulher amada; que difere em certos pontos do feiticeiro, Di Dio, Ofélia Munhoz, Otávio Morais Dar-
avançarei melancólico, pensativo pela avenida; sendo na maioria das vezes mulher, e se ias, Oscar Sette Simonsen, paulo de Alhe
admirarei a beleza do céu; envolve como que em u m manto de lega- quer que Prado 3 Plínio Cândido dç SOUSA
juntarei minhas lágrimas às lágrimas das estrelas; lidade, ao contrário do feiticeiro que apa-. Dias.
aprenderei com a lúa, uma velha amiga, renta ação ilícita. Seu poder é de tal
que a amargura $ ~ móvel de toda i Vida! ordem qu e não pode transmitir a outrem «
Julho de 1945. E na minha cruel solidão, ritual da benzedura, sob pena de perde-
C O M P O S T O E IMPRESSO NA
sempre triste, lo. Essa transferência só é feita a deter. TIPOGRAFIA PAULISTA — R U A
L. FERRÃO esperarei pela Mulher Amada! minadas pessoas em ctrtos dias (Natal, JANDAIA N. 90 — SAO P A U L O
" O BISTURÍ " — 11 —

O encerramento do V I U conselho na- pos. Pleiteamos um sistema amplo de


•ional -dos estudantes coincidiu com 3 Mensagem lida pelo colega expedicionário Paulo educação popular com a abolição dos pri-
vilégios de fortuna. Pleiteamos ensino
•Sgresso dos nossos bravos expedicioná.
nos ao Rio de Janeiro e fomos agrada-
pelmente surpreendidos, particularmente
Canton, no VIII Conselho Nacional dos Estudantes técnico para os mais vastos setores do
povo. Queremos democratização da cul-
nós, alunos da Faculdade de Medicina de " Queremos as liberdades democráticas'% proclamam tura ao lado da segurança econômica pa-
São Paulo, quando apareceu em seu uni- os jovens expedicionários - Vigorosa declaração de ra todos os homens ; mulheres do nos-
forme de campanha, nosso colega Paulo so pais sem distinções de classe, de raça
Canton, que leu em nom e de todos os es-
princípios dos estudantes que lutaram na F.E.B. e F.A.B. de credo religioso.
tudantes-expedicionarios que lutaram na. rnidos em torno -desse programa mí-
mento espiritual, o fruto dos seus sacrifí- tória. será também, doravante ,«* inexpu-
I:filia i seguinte mensagem: v
nimo imposto pelas próprias imperio-
cios materiais, expressão de suas aspi- gnável defesa de todas as conquistas po-
sas contingências históricas, estamos se-
"Um;i nova éra está sendo iniciada na rações libertárias ; do seu ódio â opres- pulares do presente • do futuro. A*6 for-
guros de servir utilmente ao Brasil, e de
história nacional. O povo brasileiro vol. são fascista, suaarma histórica na con- ças mais sadias da nacionalidade, . as
merecer grave encargo que nos lega-
ta as suas vistas para as melhores espe- quista dos direitos à Democracia. forças democráticas •> progressistas, ca.
ram os bravos companhiros tombados com
ranças de democracia e progresso. Foi Não compreendemos F E B senão con. be. pois, no momento atual, o dever de decisão > heroísmo sobre as montanhas
encerrado, com a vitória das Nações Uni- tendo implicitamente a idéia de liberda- assegurar reforçar :i sua união com : as planícies do perturbado solo italiano.
des* democráticas. F E B significa liberda- objetivo de realizar o programa de desen- VIVA A U N I Ã O NACIONAL DAS
das, sobre a Alemanha hitieriana, um lon-
de de palavra reunião, liberdade de as- volvimento pacifico de nossa pátria. Do FORÇAS DEMOCRÁTICAS E PROGRES :
go e tormentoso pei iodo de incertezas e
sociação, liberdade sindical, liberdade de contrario, surgirá .% possibilidade de vin-
choques catastróficos que se traduziram SISTAS!
cultura, liberdade de protestar contra i garem as manobras reacionárias inte-
mundialmente no maior conflito dos tem- Q U E R E M O S AS LIBERADES DEMO-
CRÁTICAS! O PROGRESSO ECONÔMI-
CO, A E D U C A Ç Ã O E A CULTURA PA-
RA T O D O O POVO BRASILEIRO!
TODO O APOIO A' PAZ, A* LIBER-
D A D E E A FRATERNIDADE DOS PO-
VOS!
GLORIA ETERNA AOS HERÓIS
BRASILEIROS Q U E T O M B A R A M PE-
LA H O N R A D E NOSSA PÁTRIA NA
LUTA C O N T R A OS AGRESSORES NA-
ZI-FASCISTAS!"
Assinam: Jacob Gorender, Rafael
Brandão, J. Farias. Luiz Neves dc Se-
na Santos, José Papa, Joaquim da Silvei-
ra, Muricy Peçanha, Altair Fraga de
Campos, Daniel Alvarez Simon. Moacir
Rodrigues do Carmo. Fernando D'Avi-
la, Giovanangelo .Rizzo, Wilson Pedro
Speridião. Waldir Nunes Costa. Hugo
Barcelos. Olímpio Fernandes. Eetiene de
Rezende Loures, Edú Machado Gomes,
Hildebrando Luiz Teixeira Mendes. Se-
jbàstião Fleury Amado. Evaldo Moreira
Garcia Pinto. Aírton de Oliveira, Edy-
leon Siqueira, Paulo Canton. Hydson Bar-
bosa. Durval da Silva Ducasaux. Fabia
Fonseca e Silva. Mario E . Neves. Ga-
briel de Melo, Geraldo Bastos. Júlio Jo-
sé da Silva, Alberto Gomes, Eridian No-
O coleta Paulo Canton quando lia, no plenário do VIII Con»r*..o Nacional do. E.tudante., Men..gem do. Ac..
vais da Silva, Fernando Vieira. Djalma
dêmicos - Expedicionário.. A o .eu lado vê-ae nos.o representante a ê..e Congre..o, Carmino Caricchio.
Ururahy, Geraldo Assunção. Guilherme
miséria i contra toda i espécie de coer. gralistas que. inevitavelmente, lançarão Meiben. Humberto Menezes Pinheiro.
pos. Esse conflito, que terminou com c
ção policial. Esta significação nem os pais no caos . soleira do mais negro Gastão Maia Filho. Homillon Corrêa.
liquidação militar, política moral do
neo-integralistas t reacionários embuça- período de obscurantismo. Por essa união Wilson de Morais. Arquimedes Teles de
fascismo, trouxe, em seu bojo, espltn.
dos terão direito de contradizer. sagrada — união das forças democráti- Paiva, Emanuel Leal. Paulo Campos.
«lido alvorecer de u m a nova éra. O povo
F E B também signitien União Nacional. cas ; progressistas — estamos dispostos Paulo Fueta. Paulo Ferreira Júnior. João
brasileiro tem motivo para as suas es-
Recordamos e acentuamos que sem os ali- lutar com mesma fidelidade com que Ferreira de Albuquerque, José Verguei-
peranças > por elas deve lutar com ardor
cerces da União interna de cada povo aceitamos luta contra fascismo. ro. Marcigo Merzan, João Scott, Paulo
tenacidade. Por elas também lutaremos
% correspondente união internacional de Aspiramos a paz a liberdade. Traba. Praet. Assis Republicano, David da Ro-
nós. estudantes expedicionários, que nos
todos os povos amantes da democracia lharemos para que t Brasil supere 3 se- cha. Justo Souto, Ivan Rabelo de. Castro,
orgulhamos de nossa constante ligação
cem as massas populares e de sempre ter não teria sido segura * derrota do bloco cular atrazo econômico se transforme Dias Sebastião Cammarosano, Adahyr F.
interpretado com fidelidade o s seus jus- fascista que se jogou na mais repugnan- numa nação de estrutura econômica : so- Reis, Samuel Lafker, Neuzo Naveiro, A-
tos anseios. Porque Força Expedicio- te aventura para domínio imptrialista cial moderna que assegure a prosperida- droano Petrosine, Chafic Amin, Carlos
nária não é mais do que a melhor cria- do globo. Renovamos o nosso apelo à U. de .t. o bem-estar condigno para as mas- Scliar, Hélio Oliva da Fonseca, Pithan e
rão do povo brasileiro, seu desdobra. nião. porque, tendo sido ';. chave da \ 1- sas trabalhadoras das cidades dos cam- Silva, Rafael Nester, Augusto Vilas-Bbas.

dade
AOS COLEGAS
Pedem-nos . publicação do seguinte comunicado (sem comentários...):
"Os doutorandos de 1945 levam ao conhecimento dos estudantes da Facul-
seguinte:
Flávio Camargo (reserva de bedel)
Luiz Wertheimer (o rlsadlnha)
Lucas (Barbeiro)
i •

considerando: Floriano de Almeida


Mignone
1) os oito anos de convívio útil agradável com os "maiorais" "minorals"
desta Escola; Costinha (demografia sanitária)
que seria uma injuatiça não lembrar, neste "bota-fóra" os nomes daqueles Albino Carramâo (diretor de Esportes)
2)
que se consagraram pela capacidade dedicação aos alunos; Cássio Montenegro (ex-primeiro assistente...)
que é um dever dos atuais quasl-médicos" deixar patente às gerações Parolari (o desembaraçado)
3) Rubifio Melra (o Cometa)
futuras valor de ilustres figuras, !
Luciáno Gualberto (bom sujeito!)
resolvem:
gravar sua gratidão sua saudado, indelsvelmente no seguinte Luiz do Bar (o consciencloso)
D Clarice (a super-super) outras...
quadro de formatura:
D I R E T O R : Montenegro Jaboo!
S U P E R I N T E N D E N T E D O H. C.: Enéas Paulo Prado (ah! 6666...)
D I R E T O R D O H. C : Godoy Moreira A M. passos (o sino)
S A U D A D E : Hltler, Musoolini, Getélio Paula Santos (xllór...)
O R A D O R D A T U R M A : Oscar H. Barlachi (o Paganini do Monteiro (a Musa disfarçada)
D. Dagmar (Mias H. C.)
Bom Retiro).
Briquet (32 A. C ; 1498, ete....)
PARANINFOS:
Elevadores da Faculdade
Titular* pinheiro Cintra
José Maria de Freitas (o Papão)
Reservas: Mário Egídio (Féca)
Ovfdio
E M T E M P O : últimas reminiscênclas;
Cunha Mota
Soares (bedel) Carlos Costa
Cruz
HOMENAGEADOS:
Malacostráceo
Almeida Prado (historiador)
Jaime Rosanburg
UM ALUNO DO 6.o ANO
Araújo (do Ovídio) (bedel)
(Quem será!..)
Cantídio M. Campos
Franklln M. Campos
NOTA DA REDAÇÃO:
Calazans Esclarecimentos ou reclamações com Catão, Mlchelângelo, Broto ou
Geraldo H. do Paula Sousa (da U.N.R.R.A.)
Plínio. Caao nfio sejam encontrados procurar o Gomlde ou Noatl.
Mauro Barreto (flebótomo)
— 12 — O BISTURÍ

COISAS DO RIO Carlos d a Silva L a c a z OS NOSSOS CRÍTICOS


Muito se tem dito e escrito sobre n cri-
(o)- tica. Muitos criticam por profissão, ou-
A W V W M ^ W W S M ^ ^ V I A n A i W tros por serem honestos, outros por não
N u m a reunião íntima sobre as 7 camas terem que fazer, cutros por despeito c
do quarto (só u m ) discutia-se sôbr e Lacaz aprendeu nos bancos acadêmi- Janeira para l.o Congresso Americano outros por serem deshonestos.
"vagotonia" do nosso presidente. Nin- cos, antes dè mais nada. o que deve u m da Liga de Combate ao Câncer, inagura. Poucos sabem que crítica significa cons.
g u é m duvidava disso, m a s não se chega- professor fazer para se tornar inesquecí- da em 1539, anexa ao Centro Acadêmico trução. Significa mostrar J erro para sa-
va a u macôrdo quanto a sua intensidade. vel. Como poucos poude logo perceber o Oswaldo Cruz. E m 1940 Carlos da Silva ná-lo, significa elogiar b o m ; O critico
Então para termo de comparação na que deve o aluno futuro médico saber. Co Lacaz obteve i prêmio Fundação Rocke- honesto mostra erro para indicar a. ca-
medida, o Caricchio resolveu trazer u m m o ninguém conseguiu alcançar logo a feller, oferecido pela Faculdade ao aluno minho certo.
"kágadc" para ali morar também. O s es- necessidade não de ensinar o "tudo", mas que conseguisse média mais alta nas ca- M a s "meter o páu" é fácil. Criticar
tudos tem sido demorados pois as dife. sim u. de tornar sólido o conhecimento do deiras do cursa básico ou fusdamentaL sem análise, por m á fé.é próprio dos des-
renças foranf- ligeiras e por isso o resulta- "essencial" Moço em espirito e corpo é prêmio que consta de diploma *>. u m a me. honestos. E é assim q u e se explicam J .
do será publicado oportunamente. maior amigo de* todos nós. E' o rapaz dalha de ouro. Inda no mesmo ano, e m críticas feitas por baixo do pano. insoleu.
sempre feliz qu c vai vencendo brilhante- colaboração com Paulo Giovanni Bresean. tes, dirigidas ao " B I S T U R Í "
* * mente em todas as atividades que inicia. conquistou prêmio Alves Lima, conferi- Est e jornal não éperfeito, está cheís
E' professor inteligente que sabe sem- do pelo Departamento Cientifico do Cen- de lacunas. M a s se esforça sempre para
Um dos nossos colegas que lá estive- pre elevar o conceito do corpo docente de ti-o Acadêmico Oswaldo Cruz ao melhor melhorar. E nisto contamos c o m os ce-
ram no Posto 4 de Copacabana apreciava nossa Faculdade. trabalho sôbre Moléstias Tropicais In- legas. A s imperfeições nos devem s?r
moito os banhos de m a r e gostava de "so- Lacaz não é, em classe, como mestre, mostradas honestamente. Assim colabora-
lenemente" quebrar as ondas. N u m a oca- u m "rei", por ter "um olho", numa ter- rão conosco. Procederão como colegas.
sião, por.ém segundo suas próprias afir. ra de "cegos" Não é dono de espirito M a s o qu e se tem dado é de se lastimar.
mações, enquanto dava u m a "braçada" preocupado em mostrar "saber" E' do. Indivíduos que nunca cederam u m a colab»-
aa direçãoà areia, u m a r o carregava dez no de u m a conciência absoluta daquilo de ração qualquer, qile nunca sujaiam **
vezes mais e m direção Niterói. . N ã o que necessitamos como alunos agora mãog n u m a tipografia, que não sabem
precisamos relatar os acenos de braços médicos amanhã. Êle sabe muito bem se- que é u m a revisão, qeu apenas "têm
e 6 gritos de S. O . S. que se fizeram ou- parar tudo quanto deve aluno aprender trabalho de lêr" . " B I S T U R Í " p-er.le,
vir. O pobre rapaz foi salvo, pálido e sem com auxilio do professor, daquilo que atacam-nos abjetamente. E c-s>e ataque
fala. deve aluno aos poucos conhecer, com pelas coitas, destrutivo, c h a m a m de cri-
N ã o vamos dar i n o m e dele para não esforço próprio, para u m a .cultura médi- tica . -
deixá-lo sem geiío. Somente as iniciais... ca » geral necessárias sempre. O " B I S T U R Í " pelos Estatutos. e3ts
João Belline Burza. Mais uma vez Lr.caz alcançou pleno aberto .a q u e m quizer trabalhar. Recebe-
* sucesso no Concurso para a Docência Li- m o s todos. Porque essa atitude host 1
vre da Cadeira de Microbiologia, e Imuno. covarde? T r a g a m a nós as reclamações,
Logo- após o término dos exaustivos logia, de nossa Faculdade. O "BISTURÍ" mostrem-nos honestamente o- erros aju-
trabalhos do VIII Congresso "Nacional dos presta hoje. a esie grande mestre, uma dem-nos a soluciona .los.
Estudantes, dupla de mendigos-pro- homenagem, vestida de simplicidade, como O " B I S T U R Í " é dos alunos da Faculda-
gressistas — Burza.Caricehio resolveu Lacaz gosta mesmo. Acompanha esta de de Medicina, feito para eles, deve ter
passear na Ilha de Paquetá. Após exa- simpliciflade i, sincerida dos votos que fa- colaboração de todos eles.
mes minuciosos da "praia dos amores", CARLOS DA SILVA LACAZ
zemos para que Lacaz seja sempre bas-
da "chácara" onde Tyrone e Anabella ve- tante feliz/ Para que Lacaz possa sem- fectuosas. Lacaz i Bressan discorreram
ranearam e do belo recanto da "Moreni- pre conseguir vencer em todas as suas
nha", os dois turistas deram "suspiros"
b e m profundos. O Carichio advinhando
iniciativas. Este é grande prêmio, que
sôbre —__ Contribuição para estudo da
moléstia de Nicholas Favre t-m suas dife. Apelo aos colegas
êle, como ninguém, merece. rentes modalidades clinicas. Neste mesmo pede-se aos colegas da Faculdade cola-
pensamento do colega presidente e com-
ano recebeu • prêmio Sociedade Medicina borarão no sentido de renovar aumentar
preendendo o seu "olhar", não pôde die.
Legal Criminologia de São Paulo, por os meies de distração dos doentes .que vâo
xar de meditar e m vóz alta « saiu-se c o m
ter obtido as melhores notas na Cadeira ü Sala de Recreio do Hospital das Clíni-
esta: Carlos da Silva Lacaz é natural de Gua. de Medicina Legal da Faculdade de Medi- cas, por meio de doações de revis'as. li-
— "Olha cá, Burza. A viagem para . ratinguetá, onde. ltz os Cursos Primário cina da Universidade dé São Paulo. En- vros de leitura leve principalmente mes-
Rio fez-me perder a noiva, m a s m e fez e Secundário. Fez Curso "Médico dc
quanto estudante freqüentou assiduamen- m o jogos diversos. Qualquer dessas doa-
achar u m lugar para a "lua de mel". 1934 1940, tendo sempre se revelado co-
te oito cursos patrocinados pelo Centro eòe poderá ser entregue a u m a das alunas
m o o melhor aluno da turma, conseguiu.io
Acadêmico Oswaldo Cruz por intermédio da Escola de Knfermagein ou no C. A.
diplomar-se em l.o lugar, entre os alu-
' E s t a entretanto não foi a única do sr. nos de sua turma. Durante sua vida aca. de seu Departamento Científico. <'Oswaldo Cruz" ao Duilio Fartna cru AO
C . C . C . pois antes m e s m o de chegar a Foi convidado após <* formatura para Irajá ou ao Caricchio. c. anonimamente
dêmica foi interno do Hospital Militar da
Cidade-Maravilhosa deu seguinte "fo- exercer Q cargo de 2.o assistente substi. muito gratos ficarão os enfermos do H Ç.
Força Policial do Estado de São Paulo,
ra": O nosso grande amigo ao se prepa. tuto da cadeira de Microbiologia Imu- .«»»..».•».«..».»•••»..» « • » » « » » « • • « « • »-• •»•• » »••«••»--•»

onde sempre recebeu referências- elogiosas


rar para dormir depara c o m 2 embrulhos
na cama > muito b e m embrulhadinhos.
dos chefes de serviqo daquela corporação
militar. Foi ainda nesta corporação pro.
nologià dc nossa Faculdade, em 1941,
maio. Ficou ocupando este cargo até ja-
neiro de 1943. quando foi efetivado. E m
CONSELHEIRA!
Indivíduo muito sério, chama imediata- fessor de Microbiologia do Curso de En- Oh! Conselheira...
mente "car-man" diz: " O sr. quer primeiro de março de 1943 passou a exer- Quão alegre tornastes c o m tua ida, a
fermeiros do Serviço de Saúde.
ter bondade de levar estes 2 embrulhos cer cargo de l.o assistente substituto. primeira caravana do S H O W M E D I C I N A .
De maneira brilhante exerceu de 1937
que- esqueceram aqui , entregar ao seu Sua indicação para assistente efetivo da Si toda^ as nossas colegas, tivessem
1940 o cargo de monitor de Microbiolo-
legitimo dono"? mesma cadeira se realizou por mereci. u m a parcela, por minima que fosse, de
N gia Imunologià da Faculdade de Mediei.
— Qual seu moço! Isto é o travesseiro mento. Neste mesmo ano, por indicaqão tua jovialidade <i do teu grande espirito
na da Universidade de São Paulo. Em
e « cobertor que está embrulhado é pa- 1938, 1939, 1940 conquistou o prêmio Pau- do professor Benedito Montenegro, exer- acadêmico, esta Faculdade seria u m pa-
ra o sr. dormir neles... ceu brilhantemente o cargo de professor raizo na terra, embora tivéssemos que
lo Montenegro, sonferido pelo Departa-
N ã o é preciso dizer que sr. Caricchio de Microbiologia da Escola de Enferma- aturar tantos professores, alguns b e m
mento Cientifico do Centro Acadêmico
deixou de dormir até chegar ao Rio dada gem da Universidade de São Paulo. Des- " amargurados "...
Oswaldo Cruz ao aluno que obtivesse
vaia que levou dos colegas. de 1936 Lacaz tem publicado sozinho ou Fostes c o m tua presença, como que uin
mais alta média nas diferentes séries do
em colaboração diversos trabalhos sôbre grande catalizador d e todos os corações
curso médico; exerceu respectivamente os
Microbiologia. Imunologià t Micrologia. dos componentes da turma que visitou a9
cargos de secretário, secretário geral <
A mais digna de nota, entretanto foi « Junto aos "Fundos Universitários de Pes. cidades de Calanduva e Rio Preto, nt s
presidente do Departamento Cientifico do
do noso orador, Branco que '.i viva força quisas" Lacaz tem realizado interessantes sentimos orgulhosos de termos podido
Centro Acadêmico Oswaldo Cruz. Como
teimou c o m o "chauffeur" que queria ir trabalhos: em colaboração com o Dr. Ader- contar entre nós. de u m elemento compo-
presidetne do Departamento Científico foi
de automóvel ao Pão de Açúcar. Si não bal Cardoso Cunha já descreveu u m tra- nente do "oculto" D . F .
organizador diretor do l.o Congresso
fosse Laertes u Danilo ele acabava se balho sôbre Rh na população paulista. Verdade é que eras a representante di-
dos Estudantes de Medicina de São Paulo,
grudando c o m motorista qeu achou que N o hospital das Clínicas, em colaboração reta deses departamento, porém tenho a
conclave que marcou época que mais
aquilo era u m desaforo. A muito custo com . Dr. Oswaldo Melone, está ogani- impressão, qeu entre as outras colega^.
u m a vez deixava bem evidente « grande
tudo voltou a calma e fizemos ver ao Car. zando u m corpo de doares Rh negativos. q u e temos nos bancos escolares, ainda nã»
capacidade d e realização deste grande
los que ao P ã o de Açúcar s e vai de bon- para os casos de transfusões sangüíneas penetrou e n e m de leve se enraizou o que
mestre. Deve-se também Lacaz uma
dinho especial apontamos lá pró céu orientação nova dada á Revista de Medi. repetidas e transfusões em mulheres grá. vnha á sr Espirito Universitário
mostrando-lhe tal. vidas com história obstétrica de fetos com Palavras de agradecimento pela tua
cina. que passou « ser publicada com bas-
eritroblastose. Foi Lacaz autor de inúme- presença nessa excursão, não as há que
tante carinho, mensalmente, durante os
ras conferências comunicações em to- traduzam o quanto nos sensibilizou es-=
anos de 1938, 1939, 1940^ quando ocupou
O nosso mignon Danilo sentando-se to. os cargos de redator, redator-chefe das elas sempre soube algo de novo para teu ato.
di-
do granfino no refeitório do Hotel pega os que o ouviam. Espírito alegre, procurando sempre :•
retor da mesma revista. melhor solução para todos os problemas
no m e n u e c o m ares de grande maioral De 1937 a 1940 foi professor d e Histó. O "BISTURÍ", prestando esta homena-
faz questão de pedir u m "consome" en- gem singela este moço inteligente es. que surgissem, por pequenos que fossem.
ria Natural *. Quimica dos alunos do Cur- fostes u m a verdadeira " m ã o na roda", i
quanto a turma meio desconfiado pediu so Noturno mantido pela Cruz Azul de tudksso entusiasmado envia ^felicitações
canja. direção dessa caravana.
São Paulo, para os alunos que se prepa- pelo novo concurso vencido, colocando,
Fazendo alarde de seu magnífico c Jovial. trazendo sempre u m sorriso
ravam para exame vestibular à 'Escola com muita justiça, Carlos da Silva Lacaz
apurado gosto culinário foi tecendo mil nos lábios, sem favor algum, fostes fi-
de Oficiais da Força Policial de nosso' Es- como Livre Docente dá Cadeira de Micro-
elogios ao seu prato^e a turma já se ha- gura impar, durante todo transcurso do
tado. Participou em 1938 da caravana de biologia Imunologià da Faculdade de
via arrependido de não ter acompa- passeio .*
estudantes paulistas que foi ao Rio de Medicina da Universidade de São Paulo.
nhado. Estão de parabéns o D . F . D . S. e
Nisto chega garçon e o Danilo se vi. principalmente C . A . O . C . de contar
ra c diz: "Não! O «r. está enganado, não com u'a moça, dotada desse teu gênio-
foi chA que eu pedi não... ora essa!"
O Fang ameaçou pegar no lápis e foi
Lá vai paulada... sempre pronta á trabalhar ou auxiliar e m
tudo qeu te fosse possível, e as veze?
logo dizendo: "Esta vai para "BISTU- N u m a discussão entre alunos da Facul- trumentar durante a intervenção, o que às fazendo até quasi o impossível, para qu-J
RÍ", dade alunas da E . E . sôbre "instru. vezes atrapalha cirurgião... tudo corresse b e m .
Após insistentes particulares pedidos mentação", uma moça argumentou assim: Ela tem toda razão. Agradecemos a D R I N A ! Embora, não traduzindo n e m
prometeu-lhes não publicar que aliás — "Nós iremos aprender instrumentar critica damos palavra a quem de di- -minima parte do quanto te devemos.
foi cumprido. antes ,e quando entrarmos • em ação, num reito de responsabilidade... aqui fica e m n o m e de todos o nosso M U I .
caso real, jâ estaremos aptas para isso. TO OBRIGADO!
Escrevea: Kar-Kar outros. Os alunos da Faculdade aprendem ins- KAR-KAR Prefixo..
O BISTURÍ" — 13 —

Grandioso «Show» Medicina realizado e m


Catanduva e Rio Preto sob os auspícios
do Departamento Social d o C .A. O. C.
Atendendo ao gentil convite do presi. O que foi o "Show"; sua acolhida no interior do Estado; que nos concedeu todas as facilidades in-
dente do D . S. do C A O C , para acompa- clusive verba especial, condução, trans-
nhar 3 "Show Medicina" em sua excur- impressões do enviado especial do "O BKsturí" portes e a construção da ribalta do teatro.
são pelo hiuterland paulista, transmitimos A.o sr. Januário Pelegrino, empresário
aqui nossas impressões. / baforada de fumo, ecoou por toda a esta- N a sexta-feira, véspera do espetáculo do Cine.Teatro República que nos cedeu
Como todos sabem, essa arrojada ini- ção, a música da banda que nos foi es- fomos todos incorporados ao Grande Ho. gratuitamente o seu teatro.
ciativa de u m grupo entusiasta e abnega- perar ao som dos foguetes da clás- tel das Termas de Ibirá, onde passamos A' Rádio Difusora de Catanduva na
do de rapazes moças, que constitue sica marchinha, cada u m pegou sua mala agradáveis momentos, sendo i "Show" pessoa dos srs. Fuad <z Emílio Casais pe.
da noite dedicada nossa embaixada" A Ia eficiente propaganda realizada i pele
Santa Casa local não foi esquecida. Reali. microfône que nos cedeu.
zamos também u m magnífico programa A o "Jornal de Catanduva" "Folha de
de auditório, na Rádio Difusora de Ca- Povo" -a "A Cidade", pela maneira Iha-
tanduva, cujo microfone foi-nos genti- na cavalheiresca com que se prontifi-
mente cedido. caram r nos auxiliar.
Ao prof. Barreto do Colégio Estadual,
Nesta risonha cida,de .tivemos o ensejo
ao Tênis Clube e ao amigo Paulo Leruer.
de conhecer os componentes da Orquestra
Ao Centro Estudantino Rui Barbosa
Típica de Buenos Aires, chefiada por D .
GIFA nas figuras d°s seus presidentes.
Danilo Vargas, que dedicou-nos o espetá-
Carlos Eduardo Rudge Renato Bugelli,
culo, que levou efeito no auditório do
pelos incontáveis auxílios gentilezas,
Cine-Teatro de Catanduva. Tornaram-se
tornando-se assim credores da mais alta
nossos ótimos amigos : prometeram-nos
distinção dos alunos da Faculdade, que é
visitar honrar-nos com u m espetáculo
'. flâmula desta escola.
aqui em São Paulo.
Devemos destacar deste elogio coletivo
Devemo s ainda assinalar nimia gen. um agradecimento mais sincero mais
tileza da família Pacheco luonturo que profundo as moças de Catanduva. A sim-
por intermédio de seu filho nosso cole- plicidade, graça natural inteligência
ga convidou-nos para u m "cock-tail" em pronta qu e as caracteriza, deixaram.nos
sua residência onde ficamos verdadeira- cativados; são elas responsáveis, por nos
mente cativados com sua hospitalidade. terem criado u m ambiente de tal mode
Foram momentos de indivisível prazer suave, que mal sentimos o correr dos dias.
que ali passamos, mas infelizmente trun. Li', deixamos muitas lembranças sau-
D. S. da nosas escola, teve por finalida. i dirigiu.se paia as escadarias da E F.A cados devido compromissos de última dades i muitos colegas não quizeram vol-
th. angariar fundos para os Dep. de Be onde reunidos ouvimos carinhosas rala. hora. tar, haja visto o Plinio. Contraímos, as-
neficência do C A O C e esse desideratum vias de saudação. Pela maneira fidalga com que nos tra- sim com mocidade de Catanduva uma
foi em parte conseguido, graças ao es- Falou em l.o lugar prof. Raimundo tou e pela honra que nos conc-ídeu fica- «livida de gratidão que pagaremos seja
forço dtssa magnífica pleiade de jovens, Rodrigues Martim em nome d.i associa- mos gratos e reconhecidos % família Pa- com palavras, seja com fatos na ocasião
quc compunham - caravana e que sacrifi. ção dos ex-alunos do Colégio do Estado ••» checo Monteiro. i-m que se nos oferecer . l.a oportuni-
caiam suas férias e sua prática médico- depois dr. Antônio Mastroeolla, advo- O espetáculo foi levado a efeito, no sá- dade.
hospitalar cm benficio de tão nobre cru- Terminando c espetáculo as 24 horas,
zada. partimos após árduo rápido trabalho de
Sim, sacrificamm-se esses sacrifícios empacotamento despacho, rumo cida.
não- foram poucos, porque cvta ca'avana de de S. Jo?é do Rio Preto. Viagem cur-
não foi como parece, uma viagem de tu- ta pareceu-nos demorada pois cst.iva-moí
ií.-rao j distiaç"»C's como as muitas que verdadeiramente esta fados mas mesma
f i r a m desta escola. assim não faltou alegria.
Nest;i caravtfna. cada um contribuiu Na estação fomos recebidos pelos srs.
c«'im máximo de seu esforço, na conse- dr. Mário Valladão Furquim. prefeito
cução do objetivo comum, levantando municipal. Leonardo Gomes, redator da
transportando cenários, carregando ins- A Noticia" pelo colega Beolchi.
talando rádio ~, técnica do som. passando E m seguida fomos encaminhados para
roupas, compondo fantasias, veudendo *e > Hotel São Paulo V Camarero com ex-
angariando ingressos -. donativos, despa. A turma do " S h o w " no palco de Catanduva clusão das moças que foram hospedadas
chando carregando cenários, trabalhan- particularmente, em casa das família*
do dentro e fora do palco, enaltecendo bado dia 30. no Cine-Teatro República, mais representativas de Rio Preto.
gado e diretor da "Folha do Povo" de Ca-
nom e do C A O C . Isto tudo quando.realiza- gentilmente cedido por seu proprietário, Nessa cidade, nosso programa cons.
tanduva, qu e enalteceu os objetivos da
do por profissionais do teatro constitue diante da obra filantrópica .em vista. tou de visitas de cordialidade e agradeci-
caravana de braços abertos, recebeu em
por si só, u m a grande obra; quem dirá mento, ao sr. Prefeito Municipal "Folha
nome do povo, os estudantes dc medicina Graças ao excelente programa elabora-
então, quando levado a efeito por ama- de Rio Preto" • a "A Noticia".
de São Paulo. do ? ao desempenho individual dos artis-
dores neofitos de nossa Faculdade. Na S. A . Rádio Rio Preto. PRB-8 rea-
Agradeceu em rápidas singelas pala. tas, o sucesso foi pleno, sendo a Rapsódia
Só quem, como nós, foi levado apenas lizamos também u m magnífico programa
vras nosso colega Aurélio Falcon. Húngara e > número das King-Sisters vi-
para espiar, sabe qual foi o esforço, a bôa de Estúdios, ocupando microfône pelo
E m Catanduva ficamos alojados no Ho- vamente bisados. A assistência não pou.
vontade abnegação das moças e rapazes pou aplauso» durante todo transcorrer espaço de 1|2 hora.
tel dos Viajantes, Hotel Acacio : Hotel
e m busca de seu objetivo; quantos obstá- do "Show", incentivando assim nossa
Coimbra as moças acompanhadas pelas N o Automóvel Clube local foi realiza-
culos, m á vontade impecilhos de última "troupe"
sras. Jandira Vampré Colina Portella, do u m baile cm nossa homenagem, que
hora foram contornados para efetivação no Lider Hotel. O sucesso desse espetáculo deve-se po- prolongou.se até á 1 hora da manhã.
do "Show Medicina". Aos jornais locais, rádio-emissôra ao rém aos auxílios e estímulos de toda or- O espetáculo foi levado a efeito no dia
A camaradagem, alegria c espírito de si. Prefeito Municipal foram feitas visi- dem, que recebemos por parte do povo. 2 de julho, no Cine-Teatro Rio Prelo, qu^
humor reinante durante ~ viagem, foi ai. tas de cordialidade, onde fomos alifitíjma- comércio local em particular doa estu- achava parcialmente repleto. Foi. en-
go de surpreendente maravilhoso, fa- gnificamente recebidos. S dantes. Queremos deixar aqui patentea. tregue nessa ocasião uma flâmula. singe-
zendo-nos crer no. ressurgimento do espí- 0 Tênis Clube, ofereceu.iios então uma dos nosso mais sincero agradecimento la gratidão dos alunos da escola á fgu-
rito universitário de há muito desapare- estupenda inolvidavel festa, da qual le- as seguintes pessoas: ao sr. Prefeito Mu- ra modesta, cavalheiresca e generora do
cido. varemos imorredoura lembrança, festa es- nicipal dc Catanduva, dr. Silvio Snlles nosso grande amigo : colega dr. Máii)
O "Show Medicina", partiu dessa capi. ta, onde imperou sadia e jovial alegria en-
tal na manhã do dia 25 de junho, chefia- tre estudantes locais de nossa Facul-
do pelo presidente do D . S., colega dade, culminando num improvisado desa.
Aurélio Falcon constituído áo todo por fios de canções entre ambas as partes.
38 elementos. A festa cujo termino estava marcada
Manhã chuvosa, tipicamente bandeiran- para as 24 horas, prolongou-se até as 2
te não impediu que o presidente do nosso horas da madrugada.
Centro João Belline Burza. comparecesse
O dr. A. Mastroeolla pedindo a pala-
pessoalmente á estação, para desejar ao
vra disse-nos que como advogado obede-
"show" u m feliz t amplo sucesso, maior Visita ao Prefeito
cia as lei'*, mas quando se tratava de co.
-doque alcançado nos 3 espetáculos rea-
ração hospitalidade ele passava por ci- de Catanduva
lizados aqui nesta capital.
m a de todas as leis, para quê aquela ma-
Sob os últimos acordes de u m Pic-Pic Dr. Silvio Salles
nifestação de jovialidade exuberância
em grande estilo, partiu trem, deixan.
de alegria se prolongasse pois ninguém
do n velho Burza lá na gare, balançando-
podia impedir tamanha confraternização.
i:os braço enterrado na sua capa
-chapéu. Suas palavras foram delirantemente
aplaudidas mestre Caricchio, puxou
Após 12 hoias de viagem, chegamos.
quadrilha que toi dansada por toda mul-
Sempre alegres á cidade-sorriso de Catan-
tidão. O Carlos Sacramento, cognomina-*
duva-
do "mestre do plano", pela PRB.& exe-
A recepção que Ia recebemos, foi ines-
cutou músicas para dansa no^sa es-
-perada, expontânea e por isso mesmo bas.
-t.inte agradável e significativa. cola de samba, também fez-se ouvi.-, pa-
Quando locomotiva soltou *ua última ra ser grandemente aplaudidas.
14 — " O BISTURÍ ••
Valladão Furquim, digníssimo Prefeito
gou ao cúmulo de afirmar que aquilo que sagrado, talvez porque esperassem, que

Amor!
Municipal.
ele escrevia não significa em absoluto o aparecesse uma Pavlova nos bailados da
A' sua cativante sra. d. Lelia,"Valladão,
que ele pensava retirou-se no meio do cantina ou u m Tito Schipa nos números
dinâmica presidente da Legião Brasileira
espetáculo que afirmou não valer os 10 de canto.
d e Assistência,, foi entregue u m quadro,
cruzeiros, sabendo ser u m "show" bene- Terminando essa nossa reportagem que-
com u m programa autografado por todos
ficente. Por fim coroando sua série de remos em some do D . S. agradecer iu- v
os componentes do "Show" íicompanhado WALTEB
amabilidades mandou qu e u m a das mo. fatigavel cooperação do nosso amigo Pas-
com fotografia de nossa Faculdade,
ças hospedadas enu sua casa tocasse pia- coal Scattone, nosso inegualavel técnico -<•>)-
Agradeceu em nome dc sr! Prefeito, o
no em seguida colocando 1 disco de vi- de som. As moças que gentilmente acei.
dr. Sinesio de Mello Oliveira, que tam. Fechado o livro, voltou lentamente i.aia
trola disse: "Agora sim, é que a sra vai taram nosso convite para participarem no
fez a saudação aos estudantes de São , mim aqueles «olhos extranhamente belos,
ver que é tocar piano de verdade"... "show" a sra. Jandira Vampré que as
Paulo em nom e da Sociedade de Medicina extranhamente tristes e demasiadamente
Por essas outras gentilezas fomos acompahou.
Cirurgia de Rio Preto, do qual é presi- abertos. Apesar de toda beleza que pos-
obrigados a retirar a s moças de tão agra- Ao colega Kurban recordista de bilhe-
dente. suíam, faltava neles u m brilho comum aos
dável companhia. teria .
O espetáculo não teve o êxito por nós simplesmente homens. Ele falou.
esperado pois a renda foi apenas de Cr$ A "Folha de Rio Preto "fazendo-nos de Ao mestre do ceremonial em Catandu-
bode expiatório de sua tradicional inimi. va, Caricchio pela maneira com que se — Bobagens da vida moderna. Não
7440,00, quasi idêntica de Catanduva.
zade com a "Notícia" entregou pena a desempenhou dp suas funqões colega existe tal paixão. Teu conto carece de
Queremos deixar aqui o nosos agradeci-
u m pobre coitado que tivemos o .despra- Drina. conselheira símbolo do "Show fundamento. Eu nunca poderia amar co-
mento a Rádio Rio Preto S. A . PRB-8
zer de conhecer e que se intitulou a si Medicina" m o este personagem. Ela era apenas mu-
pela maneira com que nos acolheu e.tam.
mesmo crítico teatral, para fazer u m ar- Sem querer menosprezar os demais co- lher, mais nada. Insipida e tola como to-
bêm ao Automóvel Clube pelo baile que
tigo irônico e de sentido ambíguo a nos- legas nosso especial e separado elogio a das mulheres de hoje. Não acredito, isso
nos ofereceu. Aos Centros Estu.lamir.os
so respeito, que terminava dizendo que maior revelação do "Show Medicina" o não é real.
Rui Barbosa, Machado de Assis re-
"em vez de "show" bastaria uma subs- doutorando Paulo Machado, « cujo de- Falei então a aquela alma naufragada
dro II Ao dr] Sinesio de Melo Oliveira da
crição popular efeito seria o mesmo". sempenho, esforço e dedicação fora ^- den. em livros.
Sociedade d e Medicina e Cirurgia. Ao sr.
esquecendo-se que de u m "show de c s. tro do palco, devemos grande parte do
Eloy Arantes sra. bem como ao sr. — Porq\ie não procuras uma mulher.
tudantes amadores, não se poderia es- sucesso R também ao inimitável dinâmi-
Demetrio Kappas. mulher d e carne,e osso que te dê amor?
perar humor e charges mais finas nem co Maretti a cujo entusiasmo contagioso
A' família Valladão Furquim pela gen- H á mulheres belas, há mulheres cheias de
maior sacrifício de interesses pessoais tm e exemplar devemos outra grande parte
til acolhida dispensada as moças de no.-sa espirito, fiéis castas. H á tamanha va-
prol de tão benemérita finalidade do êxito.
caravana. riedade que a escolha é facílima. Será
Não foram porém aquelas garatujas A caravana estava assim constituída:
Ao colega Beolchi e Ira já. pelo esfor- que em todo este número não haveria
que nos arrancaram o estandarte do "me- Presidente, Aurélio Falcon Ruiz; tesou-
ço dedicação com que se empregaram uma cuja beleza extasiasse, que te en-
lhor e mais bem organizado "show-estu- reiro, Silvio Sacramento; bilheteria e ven-
na campanha de propaganda e venda de volvesse d e encantos, de amor na conrem-
dantino de S. Paulo" da d ingressos, Omir e Kurban; repórter,
ingressos. Queremos agora destacar em plação do belo? Não haveria ena-e tantas
Do povo em geral lamentamos a falta Maurício Fang; atenções ás moças, Car-
particular a maneira gentil, carinhosa e alguém que arrancasse de. tua alma ge-
de estimulo, apoio e a descortezia de mui- mino Caricchio; maquilagista, Carlos Sa.
fidalguia sem par, do casal Valladão Fur. midos e suspiros nas mais variadas for-
tos espectadores que % se retiraram no cramento. Comissão Social: Irajá, Beol-
quim, do qual tornamo-nos credores da mas de prazer? Não haveria alguma que
meio do espetáculo, mostrando seu de- chi Vaquero e Nebó.
mais irrestrita gratidão amizade, que te encantasse pela subtileza de espírito,
tudo fez, mesmo impossível, em nosso que fizesse saltar de teus olhos luzes de
beneficio, visando sempie o maior suces- devoção, como as que saltam do cristão
so de nossa cruzada beneficiente.
Concedeu-nos estadia paga, hospedou
Viagem de estudos a Franca promovida pelo frente ao crucifixo? Não haveria mulhc-
que te comovesse pela fidelidade ou castL
em sua residência a nossa colega
tora Drina Coelho, angariou
reda-
donativos. Centro Acadêmico "Oswaldo Cruz" ' dade santa? Procura. Verás que sentindo
entre teus dedos os dedos da mulher ama-
vendeu ingressos, visitou.nos freqüente- Esteve no município de Fiança, na úl. como: Fazenda Limeira, margens direita da, sentindo nos teus lábios o sabor dos
mente nos ensaios, recepcinou-nos em. -ua tima quinzena do mês de junho, uma co- e esquerda do Rio Canoas. São José da beijos d e amor. euvolvendo-te nos cabelos
residência, concedeu-nos as maiores faci- missão de estudos enviada pelo Dep." dc Bela Vista lios limites da zona .urbana. dela, mundo se transformará. Qualquer
lidades possíveis, acompanhando-nos fi. Medicina Social do C. A . O. C , com a cousn de belo, de sublimente belo. surgirá
nalmente estação, chegando ao extremo finalidade de colher dados a respeito da Foram feitos exames* sistemáticos dos em tua alma.
de mandar parar trem devido ao atra- Moléstia de Chagas, endêmica na região. moradores das casas visitadas incluindo
o xenodíagnóstico_ .» exame dos animais — Não é possível. Acompanha-me em
zo de algumas moças e sras. do nosso Para chefiar a comissão foi convidado
domésticos, tendo sido, encontrado u m eu. meus amores e vê se alguém poderá ecupaf
"Show" o dr. José-Lima Pedreira d e Freitas, As-"
so .agudo da moléstia na própria zona ur- o lugar que tantas ocupam, embora não
Ficamos atordoados diante de tantas sistente da cadeira de Parasitologia da
bana do município. m e tenham aquecido com seus corpos ma-
amabilidades e generosidade da q aL são Faculdad 1e Medicina, da CniveTsidnde
teriais, ou d e fato embriagando-me com
a personificação'. de São Paulo sob a direção do Prof. Sa- N o dia 10 do corrente o dr. José Lima
muel Barnsley Pessoa. perfume que rescendiam.
cer exageradas mas -não são, pois nós, Pedreira de Freitas proferiu a convite
acadêmicos de medicina, somos francos e Durante estádia da comissão em E m sonhos tive Frinea núa em meus
u m a conferência no centro médiffb local
leais em nossas apreciações. Franca foram feitas colheitas dè triato- braços. Mais do que Paris amei a beleza
sob o título de "Aspectos sociais da mo-
Encontrámos nesse distinto casal o que mas em várias localidades do município de Helena. Beijei-lhe os lábios cheios de
léstia de Chagas"
gostaríamos de encontrar no resto da po- volúpia, e meus dedos fizeram vibrar seus
po-
pulação de Rio Preto, salvo raras exiTe. corpos divinamente belos, Depoi> de pos-
pções. suir Thais, de envolver.me no corpo vo-
Infelizmente isto não se deu, pois pa-
receu-nos que orgulho, a vaidade e a
UM DIA NA FACULDADE luptuoso pródigo de prazeres de Saio
conheci todas as perversões do amor nos
soberba encontraram apenas na mansão U m dia em nossa Faculdade ê cm tu- se largue o estudo por u m pouco), ou pe. lábios de Adela.
do sr. Prefeito u m fortim inexpugnável do igual ao que precedeu muito poucn Ia visita deste ou daquele que vem passar. Saciei.me de prazer e busquei o belo na
(verdadeiro oásis num mar de presun- diferirá do subsequente. o bico em alguma menina (não, Otávio, adoração mística. Mais do qu e Dante amei
ção). Tomemos como dia tipo u m dia do l.u não me refiro vocõ, não). E assim > a Beatriz. Ele viu mulher, Eu sempre
ano. tempo se passa. 11,30: o Chico bate pal-
Por parte do comércio não encontramos a vi deusa. Ajoeilhei-me frente a imagem
apoio que nossa campanha merecia. São 6,30 e o despertador tine. Faz mui- mas e os poucos qeu ainda estavam estu- branca de Bice e adorei-o; dei-lhe noites
Por parte da sociedade fomos friamen- to frio: é com dôr no coração que se tira dando, os mais " racha-racha" (que rios de muda contemplação. Superei em amor
te recebidos e quando tentamos alegrar o braço de sob cobertor para travar permita o Rubiriski), são obrigados ir- ao próprio cantor de seus encantos.
ambiente por meio de brincadeiras de sa. relógio. Be embora. Amei com toda minha alma a castídade
lão • coerção eocial foi tanta que logo — Hoje não vou à aula teórica, é o pri-
Aborrecidos depois de tanta Anatomia, de Diana, a fidelidade de Heloísa. Amei.
abdicamos a, tamanha temeridade. meiro pensamento que se nos acomete.
vamos para casa, com pensamento num as todas. Ameia-as como pode u m poeta
Por parte do sr. Américo Curti, pro- Felizmente, porém, se a carne ê fraca, o
grande almoço. amar.
prietário do cinema e seu fantoche Moi- espírito é forte, e com grande força de
vontade, mudando de idéia, nos vestimos São 2 horas; vamos pôr o sono em dia. Haverá então alguém que consiga abrir
sés, encontramos a pior m á vontade, ru-
por cima do pijama, pomos pull.over, ca- O Névio. fazendo gesto do Amigo da meu coração às belezas do' mundo, como
deza e falta de consideração pois compor-
pa, luvas e quanto mais agasalho tiver- Onça. cospe aminofleidos, entremeados de fizeram Helena, Thais, Beatriz ou Diana?
tou.se ora d e u m a maneira infantil ora
mos e, enfrentando o nevoeiro, no 8 diri-, piadas, as mais fracas, de que êle ri só. Nunca.
brutal, isto para não dizer outras coi-
gimos para » Faculdade. zinho, sem ser animado nem mesmo pelos
sas. ..
8 horas em ponto: entra Lochi e co- mais badalos (bom, Osvaldo, não m e refe-
Cobrou-nos a exorbitância de 2.000
meça aula. Pouco depois, sorrateira- ria a você, mas se a carapuça serviu...)
cruzeiros, impondo.nos o dia do espetá- E ele não amava. Sempre dizia que já
mente e. subindo o anfiteatro colados à Dois alunos, em surdina, jogam .jogam
culo e não cumprindo com suas cláusulas, havia amado. Corpo novo com uma alma
parede, chegam dois atrazados. A-s 8,06, batalha naval; outro, recostado na caixa
pois prejudicou.nos a propaganda, enco- velha no amor. Quem abriria para u bele-
u m terceiro aluno força porta, mas do projetor, está em plenos braços de Mor-
brindo nossos cartazes, não nos cedendo za do mundo que o cercava, aquele cora-
sr. Maurício, cronometricamente rigoroso, feu; outros dormem nas próprias cartei-.
seu microfone e ameaçando-nos de fechar ção atolado no amor que os poetas can-
impede a entrada. ras, enquanto os da frente não tem tal
teatro. Os empregados não levantaram taram ?
A aula prossegue. Sem perda de tem- liberdade. N a primeira fileira, Leite Bas-
uma palha siquer parecendo-nos terem or-
po o Lochi fala, fala: é & tela sub-cutâ- tos e outros badalos copiam a aula; He- Saciado de amor. sem nunca ter beijado.
dens expressas para vigiar apenas marte-
neaá é "não há subtendidos nos exa- lena e W * i "aças" imitam-nos. Nesse sem nunca ter se arripiado ao contato
los, cordas, alfinetes sacarolhas nós
mes"; apaga a luz. projeta diaposilivo; é momento o providencial sr. Maurício nos duma pele de mulher. Saciado de amor
emprestado.
a serenidade cadavérica que agora ocupa os salva: é ) soar da campainha. cm seus olhos faltava brilho do amor.
Respiramos porém desafogada mente lábios do discípulo do Prof. Bovero. A Enquanto aleuns coitados têm aula prá-
quando lhe devolvemos abatimento de hora não passa; o Lochi continua .Final- tica, em que o Névio ou o Lombriga fa-
500 cruzeiros que nós lhe arrancamos mente o sr. Maurício torna « abrir a por- lam 2 horas e em 10 minutos os alunos
Mas, um dia... u m dia aqueles olhos
última hora (graçaB ao empenho da sra. ta temos a impressão de qe ua nula vai fazem a "micha" experiência, > resto da
extranhamente belos, extremamente tris_
Lelia, nossa mui digna madrinha do terminar. Doce ilusão! Vai extender-se turma vai saindo, para o cinema ou Ana.
tes. demasiadamente abertos, brilharam
"Show") q u e foi por nós, moças, se. ainda por mais de meia hora... tomia, onde a tarde ê igualzinha à ma-
d e modo diferente. Dir-se-ia que novos
nhoras rapazes unanimemente resolvi- Vamos depois para laboratório. Cada nhã. Notam-se, então algumas coincidên-
sois se haviam creado. Surgira brilho
do, em desagravo á nossa dignidade. um retira sua peça e começa a rachar. cias: Fulano não sai. antes de Fulana,
do amor.
Chocou-nos ainda sobremaneira o sr. De lá para cá, passa assistente Guerra, Fulana não sai antes de Fulano; o moti-
Leonardo Gomes, redator da "Notícia" vo é forte; podem desencontrar... E ela não era Helena, não era Safo^
implorando que se lhe faça alguma per-
que em dois dias de convívio, revelou-nos E assim termina dia. O seguinte se. nem Beatriz.
gunta, ou então < Napoli. doido para
sua dupla personalidade, elogiando-nos aborrecer paciência de " tal ou qual" rá igualzinho a êle; apenas em vez do Apenas uma mulher, uma mulher como
pelo jornal e espezínbando.nos pessoal- pessoa (com licença do Prof. Lochi). A Lochi teremos o Xilor recomendando a todas, mais nada.
mente, aproveitando-se «a 'fraqueza das monotonia é quebrada por u m café que se Miguer Osório. de Armeida. E os olhos deles, extranhamente belos,
moças, que hospedava em sua casa. Che- vai tomar IA em baixo (pretexto para que KARA-KUYKA não mais leram amor, traziam o amor...
O BISTURÍ " — 15 —

O Prof. Alipio na Guerra


rwwrtwuw

U
. . . Seu trabalho naquele setor é E ' como exemplo digno de ser segui- elevado grau com os elementos desta uni- gião, conquistando no meio médico norte-
do por todos os que se sacrificam pela dade, demonsti ando invariavelmente o americano um elevado conceito de agra-
dos que merece os melhores aplau- causa da liberdade serviço do Brasil, mais alto padrão d e disciplina militar. E' dável repercussão destacado prestigia
sos pela maneira criteriosa, inteli- tenho muita satisfarão em elogiar lou- com pesar que recordo as atribulações para a medicina brasileira.- Seu trabalho
var, nominalmente Major Alipio Cor. : as perdas materiais que lhes foram im- naquele setor é dos que merecem os me-
gente, honesta patriótica por que rêa Neto, colega distinto Í de competen- postas pela recente inundação"- lhores aplausos pela maneira criteriosa,
te, de fina educação extrema dedicação A 1 de dezembro em Boi. Int. n. 96 inteligente, honesta patriótica por que
orienta : serviço, impondo á nossa
ao trabalho, completamente adatado da D " I. E . foi substituído na Junta Mi- orienta serviço, impondo a nossa equi-
equipe uma situação de equilbrio vida militar, torna-se merecedor incondi- litar de Saúde da F E B pelo Major.Médico pe uma situação de equilíbrio com os de.
cional de nosso elogio * louvor não só Ernani Faria .Alves. mais elementos do hospital formando
com os demais elementos do Hospi. *
pelo auxílio prestado durante a catástrofe A 26|2|45 foi elogiado pelo sr. Cel. Mé- u m conjunto coeso, eficiente e devotado
tal formando um conjunto coeso, como também pela eficiência demonstra- dico Dr. Emanuel Marques Porto, Chefe inteiramente a nobilitante missão que lhe
da pela reorganização e funcionamento de do S. S. da F E B : está afeta. Além da direção própria que
eficiente devotado inteiramente á sua equipe apenas uma hora depois do "Major Alipio Corrêa Neto — Cirur- exige um perfeito senso administrativo
abandono do 38th. Evac Hosp.". gião da mais alta classe, o .Major Alipio qual dá todo seu entusiasmo < interes-
nobilitante missão que lhe está afe-
Corrêa Neto vem prestando ao S. S. da se, chefia uma das equipes cirúrgica que
ta" A 12, deslocou-se com a S. H. B. pa. F E B inestimáveis serviços, desde 31 de atende os casos mais urgentes intrans-
para j região de Pistoia, sendo designa- agosto de 1944, quando foi incluído na portáveis, salvando vidas preciosas pá-
(Palavras do Exmo. Sr. General do para servir no 16th. Evac. Hosp. A
Secção Brasileira de Hospitalização do tria e família brasileira, num trabalho
Mascarenhas de Morais, Comandan- 23 por ordem do sr. Cel. Chefe do S. S. 38th. Evacuation Hospital, com missão qu e normalmente se prolonga por mais de
da F E B foi designado para 32nd. Field d e chefia uma das suas equipes cirúrgi- oito horas num só paciente, numa eviden-
te da FEB.). Hospital, assim se expressando Chefe te demonstração do seu saber, experiência,
cas e, sucessivamente, em idêntica função
do Primeiro; G. S. B. ém Bolt. Int. n. no 16th. Evacuation Hospital. Designado vigor físico exata noção do dever de-
O Professor Alipio Corrêa Neto, que na 41 dé 23,11|44: dicação ao próximo, que no campo da lu.
a 23 de* novembro do mesmo ano para
nossa Escola é Catedrático da Primeira ta soube ser bravo e tombou diante do fo-
"Lamentando a afastamento temporá- chefia da Secção de Hospitalização anexa
Clinica Cirúrgica, foi nos campos de lu- go inimigo. Disciplinado, lea„ de atitudes
rio do Major Alipio Corrêa Neto, agrade- do 32nd. Field Hospital, onde também
la da Europa o mai s legitimo exemplo de distintas polidas, conquista a admiração
ço e louxo-o nominalmente pelos exce- chefia uma das equipes cirúrgicas brasi-
dedicação á disciplina e a 0 trato dos fe- o respeito dos subordinados, qu e têm em
lentes serviços técnicos profissionais, leiras.o Major Alipio Corrêa Neto com-
ridos. Cirurgião de alto mérito soube ele- si u m digno exemplo de discreção e mo-
var Medicina Brasileira ao mais alto ni. déstia. Empolgado pela sua atuação
vel, recebendo por parte dos seus supe- transmito ao Major-Médico Alipio Corrêa
riores as rn&ís honrosas referências, como Neto as minhas felicitações os meus
atestam os extratos da sua folha de guer- mais francos louvores".
ra que. passamos relatar: A 23 5 45 em conseqüência do Of. n.
A 20 de agosto, partiu do Rio de Ja- 1979. de 20|5Í45 o Sr. Cel. Chefe do S. S.
neiro em avião transporte norte-america- da F E B foi excluído do estado efetivo da
no, chegando a Natal ás 22 horas. A 21 Unidade por ter de se recolher ao Dep.
partiu cfe Natal, chegando Accra no dia Pessoal da F E B afim de seguir para
dia -2 com escala em Ascencion. A 24, Brasil.
partiu de-Accra com destino Nápoles, Neste mesmo dia ao seu excluído de«;a
chegando destino em 28 do mesmo mês. Secção, Major-Médico Dr. Ari Duarte
com escalas em Robert Field, Dakar Nunes, Chefe da S. H . B. assim se ex-
Atar, Tindouf, Marrakech, Casablanca pressou:
Tunis'. A 30. partiu de Nápoles com des. "Chefe da equipe durante muito tempo,
tino Cecina (S. Luco), em caminhão chefiou ; 3. H. B- anexa ao 32nd. Field
chegando * 31 do mesmo mês, apresen- Hospital, profissional de capacidade téc-
tando-se ao 38th EVÍU;. Hosp., sendo de- nica reconhecida, emérito cirurgião, facil-
signado para Serviço Cirúrgico da Sec- mente se impôs e conquistou lugar de des-
ção de Hospitalização Brasileira, anexa taque entre os profissionais médicos ame-
ao mesmo, e sendo incorporado ao V Exér- ricanos, enaltecendo elevando assim a
cito Norte.Americano, sob o Comando Ge- medicina brasileira, numerosas vidas de
ral do E x m o . Sr. Ten. General Mark brasileiros foram salvas pela sua habili-
dade de técnico nesta S. H. B. chefiou
Clark.
com brilhantismo competência u m gru-
A 11 de setembro, foi designado para po de equipes. Leal, dedicado, culto, de
Junta Militar de Saúd e do Primeiro Es- atitudes francas definidas, cativou sem.
calão da FEB, em substituição ao Ten. pre consideração e estima dos seus che-
Cel" Marques Torres. A 15. deslocou.se fes subordinados. Com perfeita compre-
com o 38th. Evac. Hosp., em comboio

O prof. Alipio ao lado de um colega americano

pleta 3 encadementao lógico de serviços


lealdade militar, competência zelo de-
técnicos que não são mais do que a rea.
monstrados no servico"-
firmação do alto crédito que firmou no
A 27, o sr. Cmt. do 38th. Evac. Hosp. Brasil na prática diuturna da especiali-
Cel. G. T. Wood Jr. assim se expres- dade que nobilita ; no exercício efetivo
sou sôbre este oficial: da cátedra nos mais adiantados centros
médicos do país. Suas invulgares virtu-
"Realizou excelente trabalho, manifes-
des profissionais são agora acrescidas de
tou dedicado interesse no bem-estar dos
excepcionais qualidades de chefe-militar,
pacientes, cooperou com os membros des.
reveladas na direção de hospitalização que
ta unidade no mais alto grau . demons-
esta chefia em boa hora lhe confiou em
trou mais elevado padrão de disciplina
que sua multiforme capacidade técnico-
militar. Lamento que tenha sofrido incô-
profissional se desdobra tão superiormen-
modos perda dos seus haveres por cau-
te. Louvo.o. Agradeço-lhe"-
8a da recente inundação".
A.4|4|45 seguiu para Roma afim de gozar
A 29, salientando os bons serviços, na cinco dias de dispensa do Serviço. A 10|
fase que precedeu chegada do 2.o Es- 4 45 apresentou-se por ter regressado de
calão da F E B dos qu e auxiliaram Ma. Roma.
jor.Chefe do l.o G. S. B., Dr. Ernesti- A 4|5[45, foi público conforme oficio n.
no Gomes d e Oliveira, foi elogiado nos se- 1572, de 21|4|45, do Chefe do S. S. da
guintes termos conforme fêz público F E B que Major Alipio Corrêa Neto,
Boi. Int. n. 44, de 29|11|44: passou a Chefia da S. B. H . anexa ao
32nd. Field Hospital, i 19|4|45 ao Cap. O General Mark Clark, comandante do ,V
Prof. Alipio Corrêa Neto "Distinto completo oficial, de reco-
Godofredo da Costa Freitas em virtude de Exército, ao qual pertencia FE-B. .
nhecida competência profissional r dedi-
ter sido designado para a Chefia do S.
com destino í cidade de Pisa, onde che- cação ao serviço, é com prazer qu e eu o
B. H . anexo ao 15th. Evac. H o s p * s ensão dos seus deveres t.rabalhou intensa-
gou no mesmo dia, acampando ao Norte louvo, nominalmente, pelo elevado grau de mente, operando horas fio, procurando
A 26|4|45, deslocou com S. B. H . d %
da referida cidade prosseguindo nas compreensão dos seus deveres militares
região de Corvela para 1
de Marzabutto,* ' sempre orientar seus auxiliares de grupos
suas funções no dia imediato. profissionais L pela excelente cooperação
sendo designado para servir no 38th. de equipes com boa vontade, técnica mo-
emprestada ás atividades técnicas deste
Em outubro continuou nas funções dc Evac. Hosp. prosseguindo nas. suas fun- delar, dedicação ao serviço. Louvo-o pelas
Cirurgião-Chefe de uma das equipes da grupo". ções no dia imediato. qualidades acima, agradecendo os relevan.
S. H . B. anexa a 38th. Evac. Hosp. O Boi. da D. I. E. ,.. 90 l 25 1144, A 4(5j45, foi público, conforme B. I. N. tes serviços prestados não só S- H. B.
transcreve o ofício n. 15 do corrente do 144 de 244145. do Quartel General da como ao Brasil com :> mais escrúpulos©
A 9 de novembro, por ocasião da inun-
Cel. Médico G. T. Wood Júnior do 38th. F E B ter sido elogiado pelo Exmo. Sr. ato de justiça é que faço as referências
dação qu e invadiu 38th. Evac. Hosp.,
Evac. Hospital qu e assim se expressou Gen| Cmt. da F E B nos seguintes termos: acima bem merecedoras reconhecidas
« m dois do mesmo mês, na cidade de Pi-
sôbre este oficial: "Na chefia da S. H. B. anexa ao 32nd. por todos que tiveram ensejo de conviver
sa, sr. Major Ernestino Gomes de Oli-
"Desenvolveu excelente trabalho, reve- Field Hospital, o Major médico, dr. Ali- com tão distinto oficial".
veira, Chefe do Primeiro G. S. B., em
lou sempre n m P rof undo interesse no tra- pio Corrêa Neto confirma sua invejável
Boi. Interno n. 35 de 9|11|44. assim se
tamento dos pacientes, cooperou no mais capacidade técnico-profiasional de cirur. C. C C. — L. F.
expressou:
— 16 — " O BISTURÍ ••

u m padrão de glória à sua Universidade!,


"HIPOCRATES M E E N G A N O U " s e m dúvida n e n h u m a u m a das forqas cons-
trutivas da nacionalidade. A vibraçáo es-
História em 6 quadrinhos plêndida queSe observa entre os compo-
(Por ASSUMPÇÃO) nentes desse conjunto orquestial nada
mais é que a legítima alegria dos que vi.
iam as esperanças de ontem transforma-
das em objetivas e fecundas realidades.
COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA DA
ORQUESTRA
— O professor Jorge Americano é con-
siderado presidente honorário d a orques-
ILÍL"H:Í .A.A
tra. Membros honorários: prof. Raul
Bricquet. catedrático da Faculdade de Me-
dicina e uma das legitimes culturas mu.
1At sicai* que possuímos, e dv. Muvi'o Men-

m $
des, secretário geral da Universidade
íncnlcstavelmente, u m a tias muiores ex-
prssões de nossa cultura. Presidente da
orquest a é <i coreiul Çristiano Klinge-
lhoefer. apaixonado musieiMa <_ qua em-
presta, o seu valioso concui-ào à orquestra
c o m o exccutnnt c dos mais capazes. Díre.
tor executivo é o prof. Hilário Veiga de
Carvalho, docente livre d a Faculdade de
— E u voi ser cientista, nasci m e s m o para a. Medicina e a q u e m deve a orquestra sua
— V o u entrar b e m depressa para que o pes-
medicina, quero mostrar para essa gente que eu organização. Exímio musicista, colabora
soai do bond veja que eu sou da velha Faculdade.., sou u m crãneo... c o m o componente da m e s m a . A m i m está
- • • - • • - • • • • • • • . . » . . • . . « . . . . . . . . . . . ,
• •••.•«•«"«•«•"••.•••«••«••«"•"••«••••"«"•"i • • • - • • • • - • • • • • • • • • . . » . . • . . » . . • . . . . . , . . » . . « . . « . . . . . . . . . . . » . _ . . . ,
confiado o cargo de secretário-arquivista-
-•".•-•..•..#..»..«..•--•-.«-.».^rf- Regente é dr. Leon Kaurêfsky. N a d a
preciso acrescentar ao n o m e " ilustre d o
MÉDICOS, ENGENHEIROS, ADVOGADOS, PROFESSORES e ECONOMISTAS formam competente maestro distinto engenhei-
ro-químieo; batalhador incausavl, dedica-

A PRIMEIRA ORQUESTRA UNIVERSITÁRIA DE CONCERTOS NO BRASIL do inteiramente à orquestra, é u m a absolu_


ta garantia-de êxito.

O Coronel Klingelhoefer, e o Prof. Hilário Veiga de Carvalho, Dr. Oliveira Barros, -O PROGRAMA INAUGURAL
Está assim composto programa que
ex-Secretário de Estado, além de outras figuras de projeção em São Paulo, fazem iuagurará as atividades da orquestra:
"'Serenata. Romance e Confidencia" de
parte do novel conjunto — A recita inaug ural será a 13 de Outubro vindouro — De- F. Braga; "Sonata", de F. H . Berthéle-
m a n ; •Pavaua"' de W . Bird; " Elegia "-
clarações do Dr. Álvaro Coimbra, Secret ário Arquivista da Orquestra — O que já de Crestes Ravanello; "Sarabanda C a n -
zonc", de Bach; "Ifigênia" (divertimen-
se fez nesse terreno nas Universidades americanas - 20 mil orquestras tos), de Gluck e "Canção Triste" d e
Tschaikowsky.
Sos os auspícios da reitoria da Univer- primeiro" concerto da orquestra, a ser rea- indicadas. Entretanto, devo dizer que os
Paia o Coral: "Missa Papai Marcelli"
sidade de S ã o Paulo contando c o m lizado em 13 de outubro vindouro. elementos jfl inscritos interpretam com
(Palestina. 1525-1594); "Ifigênia e m T..u.
apoio de elementos representativos da fidelidadc os mais variados, estilos, poden-
ride" (atõ II), de Gluck; " A v e Maiis
nossa sociedade fundou-se há pouco, a 20 MIL ORQUESTRAS SINFÔNICAS do mesmo afirmar estar o coral composto
N O S E S T A D O S U N I D O S Stella" de E d w a r d Grieg; " A d M u i Los
Osquestra Universitária d e Concertos, vi- deespléndidas vozes e da melhor escola.
Ar.nos" de Furio Franceschini e "Kirie.
sando fins puramente culturais. A propó- — Como é do conhecimento de todos,
PRIMEIRA NO GÊNERO, NO BRASIL Missa d e Riquien" e m si bemol. do padre
sito d a novel organização, o dr. Álvaro posuem as Universidades -européias e prin- José Maria N u n e s Garcia.
Coimbra, secretário.arquivista da Orques- cipalmente as da América do Norte -or- -- Os universitários em geral, como eu. M o m e n t o s depois dr. Álvaro Coimbra
tra, por ocasião- de u m dos ensaios do questra e canto coral que contribuem de em particujlar, estamos satisfeitos com a qeu além do chefiar importante secção d a
conjunto n o anfiteatro d a Faculdade de maneira brilhante para a difusão da mú. organização da Orquestra Universitária Secretaria da Justiça participa de várias
Medicina, teceu os seguintes comentá- sica em todas as suas manifestações. Co- de Concertos, porque istn vem nos pro- asociações cientificas — tomava seu vio-
rios : '- m o exemplo, citaremos a Universidade de porcionar a oportunidade de b e m servir lino se colocava à disposição d o regen-
— A Orquestra Universitária de Con- Harvard, com seu Social Coral Univer- a u m a das finalidades dc que u m a Univer- te da orquestra, atento, c o m o o< demais
certos 6 composta de m e m b r o s honorá- sitário, mais importante dos Estados sidade não 'pode prescindir, dando todo o executántes, à baiuta do maestro Kanie-
rios, efetivos e cooperadores. São mem- Unidos. Ainda mais, a Universidade de nosso esforqo para ensino e difusão da fsky.
bros honorários figuras de destaque nos Arizona, com u seu Dapartamcnto Musi- música, e m todas as suas manifestações ailllllimilCIlHttlllllimillllllHIIIHIIllllllMilCliHIIIIIIIHC
meios universitários culturais e que con. cal subvencionado pelo Estado, com cur- de arte. Terra d a música, esttfdo beiço do
tribuam para os fins a que se destina a
orquestra; efetivos, os alunos da Univer-
sos de música teórica e aplicada, arte drá.
mática ? coreográfica, conferindo diplo-
maior compositor das Américas, o imortal
Carlos G o m e s , a Universidade de S. P a u .
0 DEP. FEMININO
sidade de São Paulo de outras escolas m a s acadêmicos. A Universidade da Ca- Io tinha necessidade de possuir u m gran- No número de aniversário do C. A. O. (.'..
superiores, ou portadores de títulos uni- lifórnia, c o m 3eu Departamento Musi- de conjunto musicista à altura de sua in- cumpre-nos também fazer referencia um
versitários ou equivalentes, e, finalmen- cal fundado e m 1906, oferecendo cursor vejável projeção nele terreno de pura ar- dos Jovens departamentos do mesmo; cr
te, os cooperadores, aqueles musicistas completos. S ã o famosos 'o seu coral e a te c daí idéia da formação deste con- D. F.
que, não sendo portadores de diplomas sua orquestra universitária, náo esque- junto orquestral qeu dará e m breve con. Quem não conhece aquele irriquieto re-
universitários ou equivalentes, sejam con- cendo sua banda de concertos e a ma. <ertos maravilhosos levando talvez para canto da Faculdade, ao mesmo tempo re-
siderados de reel mérito como- executan. gnifica biblioteca musical. O mesmo se fora de nosso Estado o conhecimento prá- dueto quartel- general das nossas cole-
tes. Os membros honorários são designa- dá com Universidade de Chieairo. ciijo tico d e nossa força d e realização. , o gas? Mais do que um certamente. Jã "ar-
dos pelo reitor da Universidade, median- departamento musical foi instalado ' em — F a z e m o s quectão de frisar r^r acen- riscou um ttoo" pelas suas Janelinhas.
te proposta aprovada pela maioria dos 1931. Todos os que se dedicam à musica tua o dr. Álvaro Coimbra — que es Ia é numa curiosidade bem.. masculina, em-
membros efetivos e cooperadores da or- sabem que o seu coral, còm os cantores a primeira orquestra universitária que bora tenha visitado o, mesmo e conheça
questra, e constituem o Conselho de Orien- madrigalistas. sua grande orquestra, han- se funda*no Brasil, e poucas, senão raras multo bem as suas salas. Porque será?
tação Artística da orquestra. Os efetivos da. quarteto de cordas e biblioteca, está universidades d a América Latina, teitãi Mas, deixamos -de falar sobre espiona-
cooperadores são selecionados pelo re- encerrando primorosa coleção de partitu- organizaqão idêntica. Contando c o m u m gem e façamos um pequeno histórico ao
gente, em colaboração com primeiro ras B discos, é alguma coisade notável. magnífico conjunto de participantes, on- D,. F
'executante do instrumento em apreço. A, Universidade de Oregon, em 1896, pòr- de se incluem ilustres professores de nos- Foi êle organizado e guiado nos seus pri-
tnnto há quase meio século, organizou sas escolas superiores/ diplomados e coo. meiro passos por Gila do Amaral e ontras
FINALIDADE D A ORSQUESTRA que compreenderam o quanto era necessá-
sua escola de música, oferecendo cursos peradores, temos certeza de' q u ã Orques-
— A Orquestra Universitária de Con- f(de /música teórica e aplicada e magistério tra Universitária dc Concertos () „ saberá rio u m lugar apropriado onde as estudan-
certos tem por finalidade cultivar a mu. musical. Sua biblioteca possue cerca 'de manter a tradição de q u e g o z a m o s de "ca- tes da Faculdades dudessem gozar de uma
sfea em todas as suas manifestações ar- 3.000 partituras, sua oiquestra se com- pital artística" proporcionando aos a m a n - certa liberdade conforto, onde pudessem
tísticas, divulgar a cultura mulsJcal, en- põe dç 52 membros, u w sobe-bo coral de tes . estudiosos exibições de músiça v clás- guardar suas cousas, descansar u m pouco.
tfe outras maneiras, por meio d e eôncer- 200"vozes',' banda de To físruras ^quarteto sica no seu mais elevado .sentido, n u m a conversar . (ou mesmo... estudar), o que
ttfa, audições comentadas palestras. In- masculino de vozes eum notEbilíss5mo demonstração que muito contribuirá para viria assim facilitar um maior convívio en-
tíegra-na médicos, engenheiros, 'advo- quarteto clássfço.-. Temos também as rni. que lá fora se diga do elevado grau de tre as mesmas, dfcsenvolvendo deste metío
gados, economistas colaboradores que, versídades .de. Cárolina do Norte, di Pcn- nossa cultura e do nosso adiantamento. espírito de solidariedade cooperação
embora sem títulos acadêmicos, consa- silyaiiià. de Virgínia, de Washington »< de Confiamos pl«name«.te nos ntisskw I cola. que serviria de base para tornar mais agra-
gram à música as horas que poderiam M:cjiigun, todas notáveis pelo acerco mu- boradores. Muitos são autênticos, valores, dável e "menos trabalhosa a tarefa de cada
ser empregadas de outra forma. A músi- sical . Poderíamos nos abngar citando as m a s a. boa vontade desejo de acertar uma.
ca os reuniu para formar a Orquestra e inúmeras organizações existentes na gran- sãoi guais. Kstarros trabalhando ,com n rcsta. idéa tornou-se u m a realidade evi-
ela ai está vitoriosa, com o seu concerto de República irmã; mas, se dissermos que maior dedicação e u m dia. q u e m sabe, ao dente, e Ia está a D. F., com suas salis
de apresentação marcado. E' para dese- lá existem 20,000 o«qve trás sinfônicas lado de nossa orquestra de cordna, isurgi- sempre arrumadinhas e floridas, seus ar-
jar, entretanto, que todos compreendam o devidamente registrad s. teremos uma rá t a m b é m u m a grande orqutíhtrn' sinfô- tísticos e conselheiros azulejos( seus chã»
seu elevado alcance e se aprestem para idéia do grandioso panorama musical que nica. <>«'.• de calouras e Doutorandas, suas flâmulas
intgrar o conjunto de músicos amadores, nos apresentam os nossos irmãos ameri- — E ' evidente que todas essas perspec- conquistadas no concurso "Rosa de Espe-
a. exemplo das universidades da Améri- canos do norte. • tivas não se poderiam corporificar e m rea- rança", e suas loguazes habitantes, sempre
ca do Norte, onile sobressaem as grandes lidade, n ã o fosse o decisivo apoio do prof. prontas a colaborar com seus colegas ques
orquestras desse gênero, orna.se necessá- CORAL MIXTO
Jorge Americano. E ' de justiça q u e s e di- nos estudos quer nos seus empreendimen-
rio que os nossos patrícios deixem1 de la- — Estamos também formando um co. ga que ao ilustr.» reitor. dá Universidade tos, realizações ou campanhas. -
do os preconceitos e venham compartilhar ral mixto, constituído por figuras da alta de São Paulo devemos empreendimjento Que o D F., continue sempre para *
da "divina música", mesmolÉorquc se^o sociedade paulista e por todos aqueles tão grandioso. Espirito lúcido, sempre frente, para orgulho do A A. O. C , é oque
considerados fundadores tflfoos aqi que, tendo conhecimento do canto, este- voltado aos mais altos interesses educa - desejamos!
qu e estejam inscritos tomem parte' jam em condições d e executar as peças eionais, ilustre reitor qúiz juntar mais F. A. N d'Helas
" O BISTURÍ " — 17 —

União Estadual d o s Estu-


dantes de S. Paulo
N o Oitavo Congresso Nacional dos Es-
Reportagem do "O BISTURÍ"
São Paulo foi fundada oficializada noy "Colegas, estudantes de todo « Brasil! "l.o) Considerando a necessidade ina.
tudantes, realizado no Rio de Janeiro, VIII.o Congresso Nacional dos Estudan- C o m o componentes du delegação de São diável da unificação de todos os estudan-
conquista mai s positiva dos estudantes tes. Foi u m a vitória inestimável pelai Paulo ao VIII. o Congresso Nacional dos tes dos cursos superiores de São Paulo,
foi, sem dúvida alguma, a fundação, da qual de há muito se esperava. Ela foii Estudantes, dirigimo-nos pela primeira para solução dos problemas fundamen-
União Estadual dos Estudantes de São fundada como festa dos estudantes pau. vez aos estudantes de todo o Brasil. tais dos estudantes, da mocidade do po-
Paulo. Nesta hora e m qu e todos se unem listas oferecida aos estudantes brasilei- Estamos lealmente participando deste vo;
nos seus verdadeiros organismos de clas- ros. A União Estadual dos Estudantes3 congresso, para trazer nossa contribuição 2.o) considerando que que constitue u m
se, para defesa e concretização dos seus de São Paulo tinha que ser fundaua co- no sentido de que a. U N E seja verda- velho compromisso assumido pelas delega-
interesses e anseios, também os estudan- m o foram fundadas Uniões Estaduais pa- deiro organismo representativo dos estu. ções paulistas aos últimos cougressos na-
tes procuram arregimentar-se como for. ra os estudantes de todos os Estados do) dantes brasileiros. cionais dos estudantes constituição do
ça independente, encontrando agora' na Brasil. Desejamos tratar dos interesses : dos órgão máximo de coordenação e repre.
União Nacional dos Estudantes, o seu or- A União Estadual dos Estudantes dei problemas dos estudantes fazer deste sentação dos estudantes dos estabeleci-
ganismo de máxima representação. N o São Paulo v e m sendo discutida democra- congresso u m congresso da mocidade bra- mentos d e ensino superior do Estado de
VIII.o Congresso Nacional dog Estudan- ticamente por todos os estudantes das3 sileira. Esforçamo-nos por encontrar u m São Paulo, como manda o artigo 31 dos
tes, tivemos o debate amplo democráti- nossas- Escolas Superiores. Ela será or- teto c o m u m para todos os antagonismos Estatutos da U N E . aprovado pelo V . «
co dos problemas mais sentidos dos estu. ganizada, estruturada, consolidada, deí políticos, ideológicos e personalisticos. Congresso Nacional dos Estudantes;
dantes brasileiros. Foi u m grande Con- acordo com os desejos, as aspirações Propugnamos acica de tudo pela efetiva 3.o) considerando i necessidade urgen-
gresso dos Estudantes da Juventude. vontade dos estudantes paulistas. união dos estudantes brasileiros, e m tor- te de u m órgão coordenador, das ativida-
A s necessidades dos estudantes de todos O anteprojeto dos seus Estatutos serái no dos seu interesses e dos seus proble- desdes estudantis, dedicado á defesa dos
os cursos, com as condições particulares de analizado ; debatido nas Assembléias Ge- mas . Queremos unidade dos estudan- interesses . reivindicações dos direitos
cada escola e de cada Estado, foram reu- rais, será depois analizado debatido pe- tes democratas. dos estudantes paulistas;
das numa súmula de resoluções gerais, los Centros Acadêmicos, será discutido> Colegas, estudantes de todo o.Brasil! 4.o) considerando a importância de
que reuniu os problemas mais sêrios pelos legítimos representantes dos estu- Os estudantes brasileiros desejam > regi- u m órgão executor das decisões 'dos con-
urgentes de solução, constituindo pro- dantes, para que n União Estadual dos3 m e democrático para pátria brasileira. gressos nacionais dos estudantes, através
grama de trabalhos não só da Diretoria Estudantes d e São Paulo, de hoje para* Desde quando • mundo marchava para de campanhas populares que mobilizem
da U N E , das Diretorias das Uniões Es- diante, exprima as verdadeiras aspiraçõess fascismo, os estudantes brasileiros v ê m todos os estudantes de São Paulo;
taduais, como assuntos serem necessa. dos estudantes paulistas. lutando contra o fascismo : pela demo. 5.o) considerando, finalmente, % neces-
riamente considerados pelos poderes com- Os Centros Acadêmicos continuarão ass cracia. Nessa fase, deram provas de sidade dc unificação dos, estudantes pau.
petentes . Os estudantes do Brasil, vindos suas atividades dentro da mais absoluta»• amor ao povo e d e patriotismo. Hoje, que listas, para i sua mais eficiente partici-
dos mais longínquos rincões da Pátria, independência e autonomia, apenas seí regressam ao solo pátrio as Gloriosas pação no processo de democratização do
convergiram seus esforços, assimilaram fortalecerão reciprocamente porque todoss Forças Expedicionárias Brasileiras, que Brasil, fundam, nesta data de 26 (vinte
n u m trabalho c o m u m - numa única atitu- estarão unidos, ao se defrontarem comi deram na Europa, ao lado dos soldados seis) de julho de 1945, a União Esta-
de, pela crescente conquista de suas res- qualquer problema que interesse ao estu- aliados mortos heróis na grande vitória dual dos Estudantes de São Paulo (U. E .
ponsabilidades, de sua posição, de seu pa- E . S. P . " ) .
pel, como estudantes, como moços e 'co. (Este documento vai assinado por 11
m o patriotas. Procurou-se antes d e tudo presidentes dc Centros Acadêmicos, mais
' diretiva para elevação do nível do en- com assinatura de 33 estudantes pau-
sino, moralização do próprio ensino, o listas, entre credenciados e estudantes
problema da assistência material e cultu- paulistas ao VITI. Congresso).
ral aos estudantes, organização dos es- Após a leitura, extraordinária salva de
tudantes nos seus organismos represen. palmas se ouve e m todo saião, prolon-
tativos, reabilitação nos cursos dos es- gando-se por alguns minutos, tendo os
tudantes expedicionários fortaleci- congressistas permanecido de pé para
mento da posição independente e não par- aplaudir.
tidária dos estudantes e m face dos pro- O colega Francisco O . Castellucci, pre.
blemas do povo brasileiro e do processo sidente da mesa, dirigindo-se ao plenário,
de redemocratização do país. N o VIII.o pergunta si o VIII. Congresso Nacional
Congresso dos Estudantes Brasileiros, dos Estudantes reconhece fudação da
congresso da paz. congresso para tratar União Estadual dos Estudantes de São
das questões especificas dos estudantes Paulo. Pondo-se d e pé, os congressistas
da mocidade, inclusive da participação aplaudem demoradamente i União Esta-
dos estudantes na- solução da crise «poli. dual dos Estudantes de São Paulo, sendo
tica da Nação, os estudantes de todo reconhecida por unanimidade sua fun-
Brasil uniram-se debaixo de u m teto co- dação .
m u m , independentemente de suas convic- E m seguida, os delegados estaduais pe-
ções pessoais( ideologias, credos situa- dem a palavra para manifestar-se sobre a
ções sociais, afim de que pudessem pre. UEESP.
parar melhor terreno para as gerações Delegação da Faculdade de Medicina ao VIII Conselho Nacional dos
O colega Pádua F da Silva, presiden-
Estudantes, realizado no Rio de Janeiro. — Vê-se da esquerda para
vindouras -. para o progresso. Os con-
direita: Laertes Ferrão, diretor do " O Bisturí"; João B Burza. te da U.E.E. do R i o Grande do Sul. con-
gressos passados foram congressos da presidente do C- A . O- C-; José de Souza Meirelles, l.o tesoureiro; sidera este fato ponto culminante -do
mocidade qué sempre lutou pelo regime Carlos da Costa Branco, l.o orador; Maurício Fang, diretor do " O VIII.o Congresso. "Chegamos neste mo-
democrático parn nosso povo tí pela Bisturí"; Carmino Caricchio, diretor do Dep- de Ensino Médico. mento ao ponto culminante do VIII.o Con-
guerra aos inimigos que torpedearam gresso. Realizou-se neste instante u m a
nossos navios costeiros e fizeram víti. dante d e medicina, ao estudante de eng- contra nazi-nipo-integral-fascismo, im- aspiração não só da maioria dos estudan.
m a s inocentes. Est e último congresso nharia, ao estudante de direito, --. qual- perialista internacional, colocam-se os es. tes d e São Paulo. m a s u m a aspiração na-
colocou posição dos estudantes brasilei- quer estudante. tudantes ao lado das forças populares cional dos estudante. Meus colegas, nós,
ros n u m pé de vigilância e m prol da de- Que se esforcem os estudantes pelos progressistas do pais. no processo de nos- estudantes que fizemos as nossas organi-
mocracia i pela solução do alevantamen- seus próprios problemas, saindo uni pou. sa redemocratização política. Colocam-se zações apartir do s pequenos diretórios
to do nivel técnico profissional, intelec. co dos seus personalismos, qu e c • u m então como vanguarda da mocidade brasi- acadêmicos, passamos ás TTniões Esta-
tual e ideológico, dos estudantes e da m o - deles empreste u m a parte de suas^ften- leira independentemente de suas idealo- duais até atingir a União Nacional dos Ks-
cidade brasileira. Os estudantes de cada ções e d e seu trabalho na luta dos inte- gias credos e posições sociais, para ca. tudantes. N a qualidade de presidente da
Estado apresentaram-se reunidos uni- resses gerais dos estudantes, que cada u m minho pacifico do progresso do Brasil. U . E . E . do Rio Grande do Sul, eu faço a
formes nos seus pontos de vista, que a voz de nós veja -> sinta grandeza e o signi- Que se complete o processo de rede- proposta este plenário no sentido de
de suas respectivas Uniões Estaduais de- ficado da União Estadual dos Estudantes mocratização do Brasil, dentro de u m cli- que seja imediatamente oficializada aqui
fendia. Diante dos estudantes brasileiros de São Paulo. m a de ordem tranqüilidade para fa- a nova entidade estudantina que é U.
São Paulo cumpriu o seu grande papel de ATA SOBRE A FUNDAÇÃO D A UEESP mília brasileira. Q u e sejam extintos do E . E . S. P.
pugnar pela fundação da União Estadual Transcrevemos abaixo * ata da sessão poder os instrumentos de compressão Prolongada salva de palmas recebem as
do s Estudantes de São Paulo, para que plenária extraordinária do VIII.o Con- que existem ainda e °s seus elementos palavras do colega gaúcho.
os estudantes paulistas ainda mais se gresso Nacional dos Estudantes, no dia reacionários, denunciando-se também pe- C o m a palavra, colega Júlio Barbosa:
congregassem no seu entusiasmo nos e m que ?°í lançada fundação* da rante Nação os atos de quaisquer cor. "Meu colegas: na qualidade d e presi.
seus esforços, pelo b e m do b o m nome de UEESP: rentes politico-partidárias' que não cons- dente da V E . de Minas Gerais, quero
coletividade estudantil das Escolas Supe- "Aos vinte seis dias do mês de julho tituam fatos verdadeiramente democráti- trazer o m e u apoio incondicional á inicia-
riores do Estado de São Paulo. de 1945, ás 15,30 horas, na sede da União cos. Q u c seja combatida réarticulação tiva dos estudantes de São Paulo. A cria-
São Paulo, pela sua riqueza econômica Nacional dos Estudantes, reuniu-se • e m do integralismo combatidos os remanes- ção desta União Estadual v e m completar
de trabalho e m relação aos outros Es. sessão plenária extraordinária, o Congres. centes do fascismo. Que os estudantes a nossa estrutura de organização estudan-^
tados, pela qualidade número de suas so Nacional dos Estudantes. A sessão foi sejas os fieisfiscalizadores do voto con- til nacional. A U . E . M . G . concorda
Escolas, por ser dos mais adiantados presidida pelo colega Francisco Osvaldo ciente e das eleições livre e honestas. apoia, neste instante, a proposta do cole-
Centros da técnica -s da cultura na A m é - Costellucci, do Paraná, vice-presidente da Que seja assim creada u m a fase que ve. ga presidente da U- N . E. do Rio Grande
rica Latina, reserva á União Estadual U N E , e ^ v e como secretário ad-hoc o co- nha garantir o futuro doe estudantes, dos do Sul"
dos Estudantes de São Paulo, finalidades lega Antônio Cordeiro, do Rio Grande do moços e do povo brasileiro" Segue com a palavra colega Orlando
das mais importantes construtivas, não Sul. — Grande ovação sucedeu as últimas Moscoso, presidente da l* E . da Baia:
só na vida e no futuro dos estudantes, co- Pedindo i palavra, o colega João Bel- palavras do colega Belline Burza. Pros- "Nós, estudantes brasileiros, que par-
m o na influência dos estudantes e m con- line Burza, de São Paulo, dirige-se aos es. seguindo e m sua exposição, o colega Bur- timos de nossos Estados que vimos e m
tacto com as outras classes do povo, ao tudantes brasileiros, falando sobre a crea- za apresenta u m abaixo-assinado de dele- busca de união, só poderíamos receber
se jogar u m interesse geral da coletivi- ção em-São Paulo, de sua União Estadual gados de São Paulo, ao VIII. Congresso com satisfação, entusiasmo, aquilo que
dade . dos Estudantes. Belline Burza diz se- Nacional dos Estudantes, tecendo as se-
A T"nião Estadual dos Estudantes de guinte: guintes considerações: (Conclúe na pág. 20)
— 18 — O BISTURÍ

In
São Paulo, 6 de julho de 1945.
Memoriün se iniciativa da restauração do simples
Prezado amigo dr. João Bellini Burza, significativo monumento, quando tive
m . d. Presidente do Centro Acadêmico satisfação .de deparar no último nume.
Oswaldo Cruz. io, do órgão oficial do Centro, qu e o sr. te.
Cordiais saudações. ve a gentileza de me oferecer há poucos
Já há muito tempo, ao sair do Institu- dia, com artigo "In Memoriam", assi-
to de Higiene, onde trabalho, e ao espe- nado por "P. Prata"
rar < bonde à esquina dos jardins da Fa- Nesse artigo, A . lembrando que ou-
culdade, meus olhos se detinham diária. tras Faculdades como a de Direito, "man-
mente sobre aquele bloco d e granito têm em seus pátios o seu preito de home.
mármore, hoje sem qualquer inscrição, nagem aos colegas mortos na Revolução
que ali seencontra abandonado. E meu Constitucionalista" lamenta, como eu
pensamento se voltava para fatos que se faço, que no jardim da Faculdade de Me-
passaram, não há ainda muitos anos, e dicina somente resta hoje "um bloco de
que constituíram mais linda página de mármore esburacado", ruínas daquilo que
heroísmo, de demostração de dignidade, um dia, não distante ainda, foi lá coloca-
de desprendimento, jamais dadas pela do para homenagear a memória dos co-
•*— Pensando b e m •.. para ser b o m médico
nossa gente: 1932! legas que s e foram na inesquecível epo-
não é preciso _ gente ser fóssil... além disso
Quando a nossa guerra acabou, venci- péia, e que "os transeuntes, ao olhar não quero mais ser cientista. Hoje vou u m ei.
da materialmente, mas vitoriosa na con- surpreendem-se indagam de que se tra- n e m a com « garota-
secução imediata dos ideais pelos quais ta".
os constitucionalistas se bateram, — as Essa falta não deve não pode conti-
diversas coletividades resolveram
tuar, no mármore ou no bronze.
perpe-
memó-
nuar. Permitorme, em vista disso, suge-
rir-lhe que < sr. como atual presidente A ESPERA
ria dos qu e se foram, oferecendo pelo do Centro Oswaldo Cruz — e aproveitan.
ideal da Liberdade, o sacrifício das suas do . passagem do 13. u aniversário da A estrada está vasia até horizonte. Si não há nem um vulto na estrada,
próprias vidas. Revolução, qu e ora comemoramos — to- O mar não tem nem uma vela. Si não há nem uma vela no mar...
Também nossa Faculdade procurou me iniciativa da reparação do monu- O sol é doirada bandeija,
cultuar naquele símbolo de pedra a me- mento, idéia que não pode deixar de en- E m que o céu mostra sua indiferença. Mas quem sabe?
mória dos universitários que se sacrifica- contrar simpatia e apoio de parte de to- Talvez tn estejas logo atraz do horizoa.
ram, entre os quais José Novais Greff do corpo docente dos alunos da Fa. O coração vazio...
fte...
Borba, Otávio Seppi e talvez outros, eram culdade. Talvez estejas chegar.
A porta aberta...
estudantes de medicina. Como isso trará despesas, concorrere-
A mesa posta... Tudo te espera.
Passados poucos anos, porém, mãos sa- mos todos com que for possível para
que se consiga em breve importância A casa triste... Só porque tinhas
crilegas foram cirando, uma uma, as
letra* de bronze da legenda e, em segui- necessária. Tudo de espera. U m a lágrima nos olhos,
da, outras peças que faziam parte do mo- Peço permissão para subscrever desde Quando te fostes.
numento, terminando por fazerem desa- já modesta quantia, cujo cheque lhe en- Esperar por que? O
parecer a figura do voluntário morto. E, vio junto a esta.
aparentemente, pelo menos, ninguém se Apresenta-lhe cumprimentos cordiaie
incomodou. " Les morte contvite "...
Considerando tais fatos, era minha in-
amigo, colega admirador.

Dr. J. LEME DA FONSECA


A INSTRUMENTAÇÃO NO H. C.! ?!
tenção dirigir-lhe algumas linhas, pro-
Grande celeuma provocou a noticia de dos diversos casos. E ainda, além de per-
pondo que i Centro Oswaldo Cruz tomas- Assistente da Clinica Pediátrica.
que as lunas da Escola de Enfermagem mitir ao aluno perder o nervosismo ini-
iriam aprender instrumental- na 3.a Cli. cial, instrumentação, conforme as inter.
LIÃO, os nossos parabéns calorosos vo- nica Cirúrgica do H . C. passariam en- venções conforme os cirurgiões, exige
Dr. Oswaldo de Freitas tos de que continue com a mesma dedica-
ção entusiasmo nos seus estudos, ele-
tão « participar das intervenções dessa
enfermaria.
que êle entre no campo tomando parte
ativa no ato.

Mão vando assim, cada vez mais o prestigio de


nossa Faculdade da Medicina Brasi-
Naturalmente, u m a noticia assim, lan-
çada aos quatro ventos e sem os devidos
Dizendo isso uão queremos que se con-
clua da necessidade continua de aluno
leira. pormenores assustou aos diretamente in- estar instrumentado. Quando no quinto
teressados que se julgaram prejudicados no sexto ano êle já se desinteressa pela
instrumentação; quer avançar mais, isto é,
TEGRSSTTRIUNFAL provocou uma animosidade infundada
entre alguns alunos da Faculdade
mas aluas da Escola de Enfermagem.
algu- auxiliar - mesmo intervir quando os "pa-
pôes" o permitem.
O C. A. O. C. recebeu festivamente seus Entretanto, 'não devemos nos esquecer
Diretor do Departamento de Ensino Mé-
expediclnários homenagens ? discursos
dico. que quando certos alunos se desinteres-
Afim de solenlzar i regresso dos alunos
Na' nossn função, procurámos indagar sam, pela instrumentação, por terem pro-
professores que representaram esta Fa- gredido, outros novos iniciam o aprendi.
sôbre que havia de certo a respeito t
culdade nos campos de batalha na KUropa, zado da cirurgia necessitam então des-
das conseqüências que poderiam advir de
os alunos desta casa de ensino, organiza-
u m fato como esse. Parece que de ini. sas mesmas oportunidades. Portanto, •
ram um programa de festas que foi levado necessidade de instrumentação ser. fei-
cio, não fomos comprendidos não somen-
i efeito dia 25 p.p, dia cansagrado ao sol- ta por alunos é continua, variando ape-
te na nossa situação como também nas
dado Brasileiro, nas as gerações.
nossas intenções "Í por iso julgamos con-
Foram homenageados nosse dia i prof. Passando a considerar i papel das mo-
veniente esclarecer aqui problema s su-
Alipio Corrêa Neto Drs. José Monteiro. ças não poderíamos deixar de frizar
gerir alguma coisa respeito.
Florismundo piastino Saragoza. grande auxilio que as mesmas poderão
Mais do que nós, ninguém está ao par
José Alflo piason. do alto padrão da enfermagem ensinada desempenhar no futuro, instrumentando >
Paulo Dumangin Santos, até auxiliando aos médicos nas interven.
ás meninas na E . E., ninguém tem cons-
Oswaldo Mendes Leite. tatado i eficiência dessa mesma enfer. ções em condições onde os mesmos não
Massaki Udihara. m a g e m nàs enfermarias e por fim nin- possam contar com colegas ou estudantes.
Após brilhante concurso, conquistou e acadêmicos, paulo Canton, paulo H o m e m guém melhor que nós pode dizer da alta Porém, antes de se atender a este auxi-
com distinção Livre-Docência de Clíni-
de Melo ex-orador oficial do C. A. u C, . dedicação que essas moça s dispensam aos lio qu e as enfermeiras poderiam dar ao
ca Neurológica, 3 Dr. O S W A L D O DE
José Ângelo Abatayguara. enfermos . da sua aprimorada educação cirurgião, devemos atender à própria for-
F R E I T A S JULIÀO, u m dos mais desta-
Pela manhã, as 9 horas foi rezada missa no trato aos estudantes e médicos. Por- mação deste cirurgião.
cados valores da nova geração médica
solene na capela do Hospital das Clínicas tanto, nós é que não poderíamos negar Concluindo assim do direito do dever
paulista. Pertencendo admirável Escola
A seguir na sala da Diretoria do C. A# O. direito e 3 dever que lhes assistem de que têm os futuros médicos, -* as futuras
fundada pelo sempre saudoso ENJOL-
C. foi inaugurada artística placa de bron- aprender alguma coisa mais. enfermeiras de aprenderem a instrumen-
R A S V A M P R E ' , continuada com o m e .
ze, comemorativa do feito 3 destinada a Se somos às vezes u m pouco ciumen- tal*, não negaremos oportunidade •» estas
m o brilho pelo Prof. A D H E R B A L TO-
perpetuar gratidão dos alunos da Facul- tos, entretanto devemos frizar que não últimas só porque a formação do cirur-
LOSA, soube Dr. OSWALDO DE
dade aos que tão brilhantemente t repre- tememos . concorrência, pois a ética que gião é mais importante de maior res.
F R E I T A S JULIÃO, honrar as tradições
sentaram na batalha da Democracia. elas demonstram nos tira qualquer dúvidu ponsabilidade.
e prestígio desse conhecido centro cien-
Falou sandando os homenageados J pre- a respeito. O H . C. é muito grande e os horários
tifico.
sidente do Centro João Belline Burza ! K não nos esquecemos também de que são dilatados. Que os órgãos competen-
Formado pela nossa Faculdade em
agradecendo em nome dos seus colegas o essas moças, vindas de todos os recantos tes saiam do seu comodismo; que estu-
1936, é novo Livre Docente portador de
acadêmico paulo H b m e m de Mello. do Brasil, irão levar depois às suas con- dem os horários e a s instalações do Hos-
títulos valió os, sendo autor de 25 traba-
A cerimonia contou com i presença do terrâneas os conhecimentos que aqui ad. pital; qu e procurem aproveitar os alunos
lhos científicos sôbre assuntos de Neuro-
Prof. Benedícto Montenegro, diretor desta quiriram. E, pôrisso, quanto maiores es- quando estes estão nas enfermarias; c,
logia; laureado com os prAmios: Enjolras
faculdade catedráticos, livre-docentes e as- tes conhecimentos, maior r esperanqa de enfim que procurem aproveitar as moças
Vamprê cm 1942, Raul Margarido em
sistentes de todas as cadeiras da Faculda- uma boa assistência ao povo e de um Bra- da E. E. para instrumentação, princi-
1943, e pelo Departamento de'Saúde do
de além de grande numero* de alunos dea- sil grandioso. palmente quando os alunos estão em au.
Ministério de Educação em 1942; aliando
ta escola. Entretanto, convenhamos qu e os alu- Ia ou quando já se julgam aptos «a fun-
à sua grande experiência prática, com-
Fez-se representar nesta cerimonia a Es- nos, principalmente é* sobretudo os que ção.
provada capacidade didática.
cola de Enfermagem do Hospital das Clí- fazem cirurgia devem precisam passar E a^-sim êsses órgãos poderiam resolver
Defendendo a tese: "Contribuição para
nicas. pela instrumentação. Isto faz com que o problema, atendendo uns a outros,
o estundo de diognóstico clínico da Lepra
Foi oferecido u m coquetel aos homena- aluno preste atenção aos pedidos do ci- tendo em mente acim ade tudo, não a "fa-
Nervosa" assunto ao qual se vem dedi.
geados autoridades imprensa. rurgião do auxiliar assim vai adqui- íolagem" e "intriga" mas sim "bra-
cando há muitos anos. apresentou suas
Aos alunos deveria ter aido oferecido rindo os reflexos necessários para mais sileiro doente" que aqui ou ali irá preci.
conclusões baseadas na observação neu-
rológica de 300 enfermos, recebendo da uma "chopada" que a ultima hora foi trans. tarde, quando cirurgião, pedir aos seus au- sar de verdadeiros médicos e de enfer.
banca examinadora os maiores elogios pe- ferida para i dia 14, data natalicia do C xiliares. Além do mais, para ser bom meiras eficientes
A. O. C, devido as competições da Mac- instrumentador aluno deve prever cer- C A R M I N O CARICCHIO
lo valor originalidade do trabalho apre-
Med. tos'pedidos do cirurgião o que o obriga Diretor do Departamento de Ensino Mé-
sentado.
Ao Dr. O S W A L D O D E F R E I T A S JU. Encerrou sessão. Prof. Montenegro. estudar de antemão técnica operatória dico.
" O BISTURÍ " — 19 —

Realizações da atual
Diretoria do C.A.O.G.
A o ser eleito, diretoria Burza, focalizou Patológica, não chegando tomar atitudes
acertadamente os problemas mais sentidos dos porque o fato se resolveu por si.
estudantes de medicina. Esses problemas são Anteriormente e m Asembléia Geral do Cen-
todo u m programa de iniciativas realizações tro considerou o fato da demissão de assisten-
para sucessivas diretorias do C.A-O-C. Obser- tes de Anatomia Patológica, levando ao co-
vando de u m lado as medidas fundamentass nhecimento dos responsáveis pensamento
para a elevação do nivel do ensino medico, dos alunos.
diretoria Burza, quebrou tabu da freqüência O Dep. resolveu ainda em colaboração com
facultativa as aulas teóricas _ obrigatório aos chefe do serviço de Pronto-Scoorro do Hospi-
trabalhos práticos de laboratórios enferma- tal das Clinicas, a distribuição de escalas dos
rias: caráter não vitalício da cátedra, pela alnis paxá os plantões; no Serviço de Clinica
recondução do professor á cadeira; liberdade Obstetrica estruturou os direitos obrigações
de catedra para os assistentes livre-docen- dos doutourandos auxifidres da cLxüca e tem
tes; medidas essas que indiscutivelmente fa- auxiliado o assistente encarregado no cumpri-
rJam a seleção seal dos valores científicos mento dos mesmos.
profissionais desenvolveriam incentivo Desde ha muito, e ainda tem sido objeto de
progresso para estudo para perquiza atenção particular do Departamento u m a se-
para a clinica e m geral; e encarecendo d'outro rie grande de problemas principalmente rela-
lado » questão de assistência material e cul- cionados qom o H. C- como sejam a instalação
tural ao estudante como assistência medica de armaiios para os alunos, a redução do pre-
também; enfim estabelecendo as verdadeiras ço das refeições, t aprendizado nos serviços
finalidades do Hospital das Clinicas para os de Transfusão . Anestesia principalmente
estudantes; — a atual diretoria do C A O C . gravíssimo problema do Pronto-Socorro. Final-
encontrou-se desde logo e m frente a u m a men- mente- vem lutando pela efetivação junto aos
talidade geral que devia ser mudada. Congressos Medico-Sociais, congressos estu-
)Mão ha duvida de que este ano o C A O C . dantinos - pela Imprensa, dos palpitantes
vem atravessando u sua fase mais agitada problemas da nossa celebre Moção sobre •
mais vibrante; Todas as decorrências naturaes Ensino Medico. E cuidou da readaptação do
que agitam povo, em face> do termino da estutfante-expedic3onario à vida escolar.
guerra dos problemas sociais, políticos, eco- "N/Ê 1 - Ã ^ Q ML N/AflS _ FA2_e.rH
nômicos ideológicos do após-guena, tam- DEPARTAMENTO SOCIAL
bém fase política brasileira que mobilizou
O Depart. Social, que já vinha com grande
IA DA "POVO TFIY) £QYli*]UL.GVt «_____£
as atenções de todos os homens, partidos as-
impulso, teve sua estruturação definitiva,
sociações civicas de classe, pelo palpitante
mobilizando u m grande corpo de entusiastas
assunto da redemccratlxaeão do paiz; tudo
de auxiliares. Porisso, iniciou suas atividades
isso pegou os representantes dos alunos da
com "schow" de posse da Diretoria Burza,
faculdade numa atitude elevada patriótica.
aue foi a mais concorrida festa realizada em
Não ha negar ainda que nestes mbzes de-
nosso teatro.
corridos, a diretoria Burza fez com que o C A O C W#
^******^^*^**^»^*<^0^^^^00^«»«X»O««l«^»«^^^^^^^«^»^^#'#^^l#^#^^^^^»»*«»^»**^^><>*>»^^#'#S»Sr^^»
E m Maio, fez realizar o nosso tradicional
atingisse mais altyi ressonância no seio da
Baile de Gala "Noite de Maio", festa que per- ração com o Centro de Estudos Franco da Ro- LIGA D É C O M B A T E A SÍFILIS
família universitária paulista, no sejo da clas-
tence já à mais representativa sociedade cha, do Juquerí, u m amplo de Psicologia médi-
se medica e na opinião publica e m gerai. Está sendo tratado o problema da sede defi-
paulistana, alcançando não só êxito social ca Fisiologia Cerebral. Nesses dias, em cola-
São esses fatos que podem não setraduzir nitiva da Liga de Combate à SifiUs da ins-
como êxito material para os nossos departa- boração com Cadeira de Psiquiatria dos
por u m a figura material palpável, porem as talação dos seus postos * está sendo, em su-
mentos de assistência. O Depart. Social reali- médicos do Juquerí, dará inicio à divulgação
conquistas de ordem moral e de ordens social ma, encarado situação atual para o manos
zou i Baile do Calouro e vem realizando ünin- dos temas mais Interessantes da moderna
x
devem ser encaradas como dos fatos que mói» incremento da Liga de Combate à Sífilis, ins-
terrutamente, bailes mensais para os estudan- Psiquiatria.
exaltam esforço e o idealismo daqueles que tituição que honra os estudantes de medicina»
tes. Participou ativamente, junto ao s outros
tem sobre seus ombros o encargo e as respon- DEPARTAMENTO DE CULTURA
Centros Acadêmicos, do "schow" de recepção
sabilidade de representar • de dirigir. SEDE DA LIGA DE COMBATE A SÍFILIS,
dos expedicionárias de São Paulo, nó Teatro Este Departamento Inicia suas atividades,
Pelo trabalho das diretorias anteriores w R E F O R M A D A PISCINA, F U N D A Ç Ã O D A LI-
Municipal.
pelo- trabalho da atual diretoria, nome do tratando com as Editoras . fornecimento de
A s caravanas às cidades de Catanduva G A D E DEFEZA D A CRIANÇA, FREQÜÊNCIA
C.A..O.C. tem honrado o nome da Fac. Medici- livros de medicina e livros de cultura geral
de Rio Pdeto abriram a série de outras que se FACULTATIVA A S A U L A S TEÓRICAS E CAM-
na da Universidade de S- Paulo, porque é hoje para nossa Biblioteca.
realizarão neste segundo semestre. PANHA PRÓ-CONSTRUÇAO "CASA D E OS-
um nome conhecido elogiado pelos estudan- O Departamento de cultura vai cooperar
O Departamento Social promoveu nossa W A L D O CRUZ" — São grandes tarefas da Di-
tes, pela mocidade pelo povo. com o Dep. de Ensino médico no amplo imqué-
homenagem aos nossos expedicionários, médi- retoria Burza. neste 2-o semestre.
Antes m e s m o d» ter assumido direção «o rito entre os médicos formados pela Escola sô-
cos estudantes da Faculdade, fazendo reali- bre os problemas fundamentais do Ensino
centro. diretoria Burza. pelo seu Departa-
zar ato da inauguração de u m a placa co- médico.
mento de Aeronáutica, já conseguia para »eu
patrimônio a possa de u m magnífico avião-am-
bulancia, > protótipo IP.T-X., nos»o Arnal-
memorativa na sede do Centro
nosso expedicionário.
u m baile ao
BIBLIOTECA Retorna ao Brasil o Pro-
Neste momento prepara ativamente gran-
do Vieira de Carvalho", cujo batismo, nos jar-
dtas de nossa Escola, com apresença das nos-
de "schow" para o dia 14, aniversário do nos-
so Centro Acadêmflr/o, baile mensal do dia
Está sendo revista atualizada, organizan-
do~se o seu lichário.
fessor Vasconcelos
sas mais altas autoridades aeronáuticas, cons-
27, homenagem aos esportistas doutouran- DEPARTAMENTO CCIENTtFICO
tituiu u m ds mi expressivas festividades civi- Chegaram recentemente ao Brasil, após
dos deste ano e por fim, o Departamento So-
cas realizadas em nossa casa. A sua atual diretoria, como é noticiado -nou- u m a excursão de estudos pelos Estados
cial, nesta Diretoria, vai efetivar o Baile de
Logo no inicio da, aulas, foi nossa Escola tra parte do Bisturí, realizou u m a grande série Unidos Canadá o prof. E d m u n d o Vascon-
Despedida aos. doutourandos da Faculdade.
abalada por u m acontecimento dos mais seres de cursos conferências resolveu definitiva- celos e dr. Kugenio Mauro, livre-docen-
« movimentados de toda a sua existência. Pelo mente o problema da publicação mensal de te de Anatomia Descritiva.
DEPARTAMENTO BENEFICENTE
seu notável Dep. do Ensino Medico, e m bôa nossa Revista de Medicina. O professo rVasconcelos além de repre-
hora creado para estudar defender os inte- Nunca Departamento Beneficente * Arnaldo
D E P A R T A M E N T O D E ESPORTES sentar condigna mente i Cirurgia Brasilei-
resses específicos dos estudantes de medicina Vieira de Carvalho prestou tanto auxilio ma- ra no hemisfério norte teve oportunidade
terial cultural aos nossos estudantes mais Este Departamento tem desenvolvido P*á>»
vê-se CA.O-C. de braços com u m a greve de estudar ensino médico norte-america-
necessitados Tarefa que é desenvolvida de- rica dos esportes e m nossa escola e o estímulo no principalmente nc que se refere ao
total dos estudantes, sem caráter pessoal
baixo da maior reserva do maior respeito, u aos esportistas. Soube enfrentar e advrsário
sem caráter político, greve essa que vinha rtA' ensipo da clínica cirúrgica.
Diretoria Burza vem se esforçando no auxilio valoroso na XI.í Mac-Md. Hoje está sendo tra- O prof. Vasconcelos já teve oportunidade
vindicar u m direito dos alunos.
material ao estudante, sendo muito grande tado objetivamente sério problema da com- de realizar duas conferências entre nós:
Nos seus 32 ano» de vida, nunca houve mo-
número de empréstimos monetários, de isenção plementação da nossa Praça de Esportes, de- u m a . na Faculdade de Direito sôbre
vimento que unisse tanto os estudantes a.ue
ua de taxas de matricula, de fornecimento de cidiu-se a Diretoria do Centro a resolver neste "Mnsino Medico nos Estados Unidos" a
tanto demonstrasse a força e o alcance de «
passes para viajens, recomendações para em- meses as deficiências da piscina. outra no Hospital das "Clínicas sobre
união. Retirando-se das aulas e das enferma-
pregos, etc, como está estabelecendo no Hos- 'Foi realizada primeira Ac-Med. competi- "Cirurgia pulmonare cardíaca nos listados
rias, num momento e m que parecia tomar
pital das Clinicas uma assistência médica e ção os estudantes médicos.
conseqüências as mais graves, não fora uni- Unidos".
hospitalar ao estudante doente.
ão aos alunos e a energia e lealdade dos dire- O Departamento de Ensino Medico do
O Depart* Beneficente está agora tratando DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
tores do nosso Centro, essa greve não teria Centro Acadêmico "Oswaldo C r u z " junta-
junto ao Departamento Universltérlo do Insti-
bom êxito que alcançou. Este importante Departamento realizou vá- mente c o m " o Bisturí estão interessados
tuto de Higiene e da Reitoria da universidade.
rias conferências » seminários de professores; vivamente e m obter do prof. Vasconcelos
DEPARTAMENTO DO ENSINO MEDICO efetivação do exame médico controle mé- médicos estudantes, sobr os problemas mé- dados detalhados sôbre i ensino da medi-
dico e radiológico periódico, aos estudantes da
dicos sociais do nosso povo. Realizou u m a cina no pais amigo sobretudo no que se
O Dep. do Ensino Medico realizou uma as- Faculdade e ainda aos universitários paulistas.
excursão à zona interior do Estado de São refere aos programas, responsabilidades
semblea no 8»o ano medico pararesolver sobre
Está sendo tombem possibiüdde do controle Paulo, para estudar os pdoblemas dos males
a tentativa de amputação da cadeira da 3-a dos mestres alunos, cursos de post-gra-
médico < da Educaçãofisicados nossos espor- endêmicos, inclusive das condições sobre
Clinica Médica; no S.o ano, resolveu com os duados, etc. . .
tistas. mal de chagas, etc. Está sendo realizada u m a Dada importância do assunto no mo-
alunos sobre a orientação de ensino dada P*la
ampla "Campanha da Boa Alimentação"! mento atual para os alunos da Faculdade
cadeira de Clinica Obstetrica instalações DEPART. DE PSICOLOGIA MEDICA E PSICCA-
campanha essa de caráter educacional para de Medicina, e e m virtude da ejtiguidade
para os mesmos no lO.o andar do Hospital NALISE
alimentação rcionl higiênica da nossa popu- do tempo resolvemos deixar para próxi-
das Clinicas; com o 2-o ano debateu sobre a
Foi fundado esse departamento, com pre- lação que está alcançando grande repersus- mo número u m estudo da matéria c o m o
orientação de ensino da cadeira de Mkxonolo-
sença do grande psicaniátra espanhol Prof são. Essa campanha, sem descurar do funda- que contamos c o m preciosa colaboração
gia Imunologià designando-se para leso
Mvra 7 Lopez, sendo o primeiro Centro de me- mento económico-sodal de tão palpitante pro- do prfo. K d m u n d o Vasconcelos a quem,
umacomissão que resolveu o assunto; com
dlkina P»ico- Somática creado no Brasil. Esse blema, tem finalidades populares e as mais bem c o m o ao Dr. Eugênio Mauro, d a m o s
3.o ano 4-o ano medico, estudou situação
Departamento acabou de realizar, em colabo" patrióticas. as nossas boas-vindas universitárias.
4a falta da assistente na cadeira de Anatomia
— 20 — " O BISTURÍ

Uns diziam que não se podia usá-lo por-


Festas que se foram... e que devem continuar que a festa não era do Centro. Entretan-
to, em última análise, a festa era dos
Nquele nosocômio que ali está atrás da estavam os "Bandoleiros do H . C. , fir- alunos da Faculdade, pois estes é que sem.
Faculdade, nem tudo é triste "chato" mes como nunca, dispostos » vender bem pre apareciam em maior número goza-
D e quando em vês uma noite alegre se caro a disciplina e o alto padrão moral da vam das melhores regalias... E, no mais,
faz sentir, .cumulando todos de u m a sa- festa. seria uma tentativa de união das alunas
tisfação íntima de u m convívio feliz. 0 balão que o Primo Ruy fez subiu ao com os estudantes da Faculdade de Me-
Não somente os doentes que se distraem som de " 0 balão subiu, subiu..." por dicina, para, num futuro não muito lon-
na sua "Sala de Recreio"; quem traba- isso êle ganhou u m "pie-pie" extensivo gínquo, fazerem uma grande festa oficial
lha por aquelas enfermarias ou quem também à Jovina, "Flor do Norte". do H . C. com a participação também dos
perambnla por aqueles corredores sem E assim pela noite _ dentro, embalada doentes desse nosocômio.
fim também tem oportunidade de brin- por uma valsa ou u m a rancheira aquela Desta vez não haveria de faltar nada
car. mocidade qeu ainda não envelheceu pas. para os gastrónomos. E, de fato não
Queremos nos referir, particularmente sava momentos felizes. faltou mesmo. Pelo contrário, sobrou
a dstas festas ali realizadas nas noites de Foi de se notar a contribuição feliz que muita coisa.
Santo Antônio Í de São João. no s trouxe o jovial dr. Felix Queiroz, Começada a festa, eis que todo mundo
Sob u m céu límpido e negro de uma convidado especial dos "bandoleiros" pa- vai surgindo com os pés enlameados. M a s
noite bem bonita, as alunas da Escola de ra se espalhar ali no "terrero". de nada importava, pois a vontade de
Enfermagem, audadas pelos "Bandolei- Enquanto uns dansavam, outros pares brincar é que imperava.
ros do H . C. proporcionaram na véspe- ali em roda,'sentados num monticulo de 0 chefe dos Bandoleiros, Caricchio,
ra de Santo Antônio todos'aqueles que terra ou numa "tábua" recebiam a bál- preocupado em demasia com a conduta
lá trabalham e sofrem conjuntamente, u m samo daquela noite do Santo casamentei- dos festeiros e das festeiras quasi que
pouco de alegria e bem estar. ro... Deve, ter havido muitas jura8 de não podia dispensar ao seu ainda "flori-
A noitada foi realizada na antiga qua. amor também algumas desilusões. .. do trigal" as atenções que este merecia.
dra de tênis enfeitada a caracter, ilumi- O cansaço da matéria ia aumentando e A quadrilha sob a marcação da Lisette
nada, se bem qu e a lua lã no alto se mos- vencendo > entusiasmo do espírito e por é dansada e desta vez todo mundo entrou.
trasse em toda a sua magnificência e lu- isso a festa foi caindo. Só havia "errados" que tornou a dan.'
minosidade. Não faltou boa música e a Pelas duas daquela madrugada que já sa muito mais interessante. Não seria — Puxe! Não pensei que patológica fosse as.
sanfona lá estava dando i nota caracte- ia ficando fria e "garoenta" sinal de preciso dizer que o dr. Fadul não acerta- sim. Será que há dependência este ano?
rística da festança. recolher foi dado e logo obedecido. E va uma... iiiiiíiriicaiiiiiuiiiiicjiiiiitiiiiiiEsiHiiiiiimniiiiiiiiiiiiciii
O casamento da roça, com 6eu sé. muita coisa do que houve ficou gravada A Eulina declamou "bonitas coisas" to venturosos; outros saíram desiludidos...
quito e tendo Miss Ella por testemunha naquelas almas jovens ,tristemente para para todos, inclusive u m a composição do A's duas horas daquela úmida madru-
(còm intérprete é claro) e "bandoleiro" alguns e agradavelmente para outros. ^ dr. Queiroz, muito significativa. gada, os pares se desmancharam «. todo
Caricchio por juiz de paz se realizou com * * Houve* u m concurso de dansas par mundo se recolheu, debaixo daquela chu-
entusiasmo e tintas de realidade. N o dia seguinte os comentários eram vencedor, o mais errado de todos era com- va que São Pedro não quiz parar...
O quentão era absorvido com sofregui- os mais variados. O dr. Maciel lançou posto pela Eulina e pelo Mario Rocha Li-
dão sob os olhares de censura do prof. logo a idéia da Festa d e São João subs- ma. N o concurso para fantasias "malu- Tudo decorreu bem. Apesar de que al-
Lange que lá estava controlando turma titutiva daquiela que havia lá na !"ve_ cas" a amazonense Garcilia venceu .bri- guma inveja ou despeito tenh aquerido
da Faculdade í da Escola de Enferma- lha Clínica Obstetrica da rua Antônio lhantemente as suas contendoras. Nesse empanar o brilho dessas noites agradá-
gem, com a economia imposta pelo Plí- Carlos". D . Stella, a cozinheira lá do concurso as baianas impressionaram bem, veis, elas decorreram isentas- de qualquer
nio do Bar e pelo Luzistano Américo. H . C. logo foi encarregada da organiza- tendo M o e m a abafado com o seu "sam- crítica acima de quaisquer conjenturas
A quadrilha foi executada com uma ção. A senhorita Filomena Chiarello ba" (o Caricchio que o diga... e a Jacy tendenciosas.
classe insuperável. Os pedidos de "bis" presidente do Centro Acadêmico "31 de com a sua "dança exótica" que tanto im- Algumas pessoas pouco se divertiram.
não foram poucos, mas não foram aten- Outubro" da Escola de Enfermagem, de- pressionou ao dr. Peggion que queria lhe porém controlaram tudo e afirmam sem
didos. Pudera! C o m uns pares daqueles sapareceu a baiana Jacy logo tomou as aplicar 2 cc. de água ditilada intradér- receio- que essas duas festas que se reali-
escolhidos a dedo, tinha mesmo que sair rédeas do movimento. E m vez de pedir micamente.. zaram n u m ambiente da mais pura cama.
algo de notável!?! Entre os dois extre. ao Senhor do Bonfim que parasse com A data foi além disso, festiva para as radagem, primaram pela ordem e pela al-
mos. Paulo Machado que.era o mais "da "aquela chuva" ela sonhava apenas com meninas, pois nesse dia viam trausorrer ta moral demonstrada pelas moças e pe-
roça" com aquela "castanha do Paráj" u m a bela festa ou com algum "loirão ba- mais u m aniversário, d. Maria Lúcia, di- los rapazes.
e o Caricchio que era mais "sizuda" cana"... E nada de festa sair. Falta- retora social da Escola dc Enfermagem e E que este espirito e que esta moral se-
com aquela loira que mais parecia' u m va gaita ". ) dr. Ennio Barbato, "rei das Jabotís" jam os pontos culminantes de outras fes-
"trigal", havia toda a sorte dç.nuances" Nessa "emergência" tiveram lugar ai. chefe dos Internos do BU C. Por isso fo. tas que estas mesmas ou outras geraqões
0 "churrasco" demorou prá sair, mas guns assaltos dos "Bandoleiros" que nes- ram-lhe oferecidos significativos presen- farão realizar aqui neste pedaço de Pau.
saiu. E dai a festa se reanimou ainda sa missão estiveram orientados pelo "po- tes. licéia que é dos doentes pobres, que é dos
mais. A "alcolemia" já tinha atingido pular Machadinho", resolveu-se o im- E a festa decorreu animada boa. 0 alunos da Faculdade que é das alunas da
u m certo grau, havendo mesmo momentos passe. Meteujse "mãos a obra" A chu- quetão da D . Stella que mais parecia Escola de Enfermagem e, por fim, que é
em que parecia que o "rabo de arraia" va não parava mas a festa teria que sair- "gengibre quente" atíendia o entusiasmo de todos aqueles que trabalham neste
ia correr ou que u m a "laparô" traumáti- Onde? Boas idéias não se fizeram es- em todo mundo. Até o refresco amazonen- "bloco" de magestosas instituições, ponto
ca ia ser feita... Muita gente "boa" fa- perar. Lá estava i Estádio do C.A.O.C. se... alua... foi servido. alto da defesa da saúde do povo de nossa
lava "bobagens". Felizmente, porém, lá ,Porém, as dificuldades logo apareceram. Como da outra vez, alguns foram mui- terra... OBERVADORES
n -et et -et «t «t< — 4 i i a « — < « < — — »« «t «t «t I4|i
acabamos de presenciar, e que foi a fun. ferentes á sua estruturação para serem
dação da U . E. E . S. P. São os estu-
dantes paulistas que em seu próprio nome UNIÃO ESTADUAL DE ESTUDANTES DE S. PAULO considerados em São Paulo"
A ata está assinada pelo presidente da
sessão, Francisco Osvaldo Castellucci.
assim fazem. Nós, estudantes brasi- (Conclusão da pág- 17)
leiros, congratulamo-nos com os estudan- por Antônio Cordeiro, secretário da mes-
tes de São Paulo, eu o faço em nome traz, sua solidariedade á fundação da U . Eustáquio de Toledo .apoiando a pro- ma.
dos estudantes baianos, e certo de qiie E. E . S. P. e a proposta do colega Val- posta de Vidigal. diz que como fundado.
ESTRUTURAÇÃO DA U. E. E. S. P.
conseguiremos u m vigor de organização dir. res da U . E . E . S. P. deverão figurar,
além dos signatários do manifesto, todos N a sessão plenária do VIII.o Congres-
trabalho. E assim todas ag Uniões Esta- Toma palavra Gilberto Vasconcelos,
aqueles que no Estado dc São Paulo apoia- so, realizada á noite desse mesmo dia 26
duais do pais poderão trabalhar para en. que em nome da delegação do Pará, ex-
rem a sua fundação e ajudarem a sua es- de julho, por sugestão dos nossos repre-
grandecer esta Pátria, que é nossa, pela pressa felicitações pela estrondosa vitó-
sentantes Burza € Caricchio, ficou defini-
qual muito devemos estudar não menos ria no sentido decisivo de uma unificação truturação.
Odilon Coutinho, presidente da U. E . tivamente encerrada a questão da U . E ,
trabalhar" dos estudantes do Brasil.
de Pernambuco, saúda os estudantes pau- E. S. determiuando-se que em São Pau-
E m seguida, toma a palavra o colega C o m a palavra Ernesto Badgócimo, pre.
listas afirma que "Pernambuco vê na lo ela seria estudada, de acordo com as
Aluizio Moreira, do Maranhão, que apoiou sidente da União Metropolitana de Estu-
U. E . E . S. P- o' fortalecimento de todo condições particulares de cada Escola
as saudações anteriores, concluindo com dantes qeu afirma que a fundação da U.
Brasil". "Si São Paulo sempre esteve as aspirações gerais dos estudautes pau-
as seguíntes palavras: E. E . S. P. representa mais uma ma-
em primeiro plano como força democrati- listas, e consolidada após participação de
"Eu saúdo os estudantes paulistas, na nifestação no sentido unânime dc união,
zado ta, dando sempre para isso o melhor todas as assembléias dos estudantes.
sua contribuição ao lema deste Congres- que emana de todos os cantos, do Brasil.
so — unidos venceremos!" Deseja que a U . E. E . S. P. venha a d e sua inteligência e esforço, há, para
NOSSA ASSEMBLÉIA GERAL
Toma a palavra 0 colega Homero Qua- ser concretizado em sua estruturação de- futuro, de continuar « fazê.lo, porém.
Convocada pedo Presidente do Centro,
dros, da delegação do Paraná, qu e felicita finitiva numa ampla assembléia, com * com L sua U . E . E. estamos certos, fa-
realizou.se uma Assembléia Geral Extra-
os paulistas pela concretização da pro- participação de todos os estudantes pau- rá muito mais"
ordinária dos Aunos da Faculdade d e Me-
messa feita no VIII Congresso Nacional listas e saúda os estudantes de São Pau- 0 presidente da mesa diretiva consulta
dicina. Os doutorandos J<ȋo Belline Bur-
e pedindo para constar em ata u m voto lo,' por esta brilhante manifestação de cs. o plenário sobre as propostas do c*olega
za Carmino Caricchio, nossos dois re-
de louvor agradecimento aos elementos pirito de união nacional. Ero s Teixeira, havendo protestos contra
presentantes credenciados ao VIII.o Con-
que tiveram a idéia de erguer em São Segue-se com a palavra Eugênio Lefé- tt formação duma junta governativa para
gresso Nacional dos Estudantes, fizeram
Paulo a U . E . E . " vre, que afirma que a U . E . E , S. P. organizar e dirigir as eleições, dando ori-
relato completo de todas as atividades
A palavra é tomada por Stélio Men- teria como primeiro trabalho uma ampla gem um ambiente de exaltação.
e resoluções do referido Congresso da
donqa, do Ceará, que se associa todas campanha de alfabetizaçâo. A seguir, fizeram uso da palavra Or-
União Nacional dos Estudantes. Os as-
as manifestações de regozijo. Toma a palavra o colega Eros Teixei- lando Mpscoso, da Baia, Renan, do Rio
suntos foram amplamente debatidos, re.
Pelo Centro Acadêmico XI de Agosto. ra, qu e diz que i U N E manifesta sua sa- Grande do Sul, e Gilberto Vasconcelos, do
ferindo-se aos pontos (to temário do Con-
da Faculdade de Direito de São Paulo. tisfação pela fundação da U . E . E. S^ P. Pará, qúe procuram restabelecer or-
gresso: — elevação «Io nível do ensino su-
usa da palvra Valdir Troncoso Perez, ex. expressando a crença de qeu ainda falta deiri na sessão.
perior, problema de assistência ao estu-
pressando uca intima satisfação pelo u m trabalho de organização. Propõe que Eros Teixeira retornou ao assunto, pa-
acontecimento qu e embora não existisse dante; readaptação do estudante expedi-
da sessão de hoje, além da fundação da ra sugerir fossem todos os diretórios aca-
anteriormente II. E. E . S. P., nunca entidudes esudants e papel do e^tudan-
U . E . E . S. P., fossem os signatários dêmicos de São Paulo considerados como
estiverem desunidos os estudantes bandei- cionário aos cursos, fortalecimento das
do manifesto investidos da função de rea- a junta governativa.
rantes" e propondo que juntamente com a te no problema da democratização do
lizarem as eleições diretas, constituindo. Eraldo de Oliveira concorda com a pro-
aprovação da fundação da U. E. E. S. P., posta d c Eros, sugerindo que em São Pau- pais. '
se em Junta Governativa.
fosse aprovada a instituiqão das eleições lo se faça u m a ampla consulta á classe. A Assembléia Geral aprovou as atitu-
O colega Geraldo Vidigal. depois de ex-
diretas para diretoria da nova entida. A seguir.' usam ainda da palavra os des dos nossos representantes, junto ao
pressar sua satisfação pela fundação da
de. A proposta foi unanimente aprovada. colegas Vidigal, Burza, Valdir Perez, que VIII.o Congresso, deu poderes ao Pre-
U . li-. E . S. P., declara qeu a sua es-
Toma palavra o colega Hugo Costa discorrem sobre assunto. sidente do Centro, colega João Belline
trutração definitiva deve ser feita na Ca-
Pinto, da Faculdade de Direito do Rio Finalmente, o presidente da< mesa en- Burza, para estudar a tratar de proble-
pital Paulista e Que todas as escolas se-
de Janeiro, qu e em nome desta Faculda- jam consideradas como fundadoras da cerra os trabalhos sobre a fundação da m a da organização da União Estadual dos
de e da Faculdade Nacional de Direito, U. E. E. S. P. U . E. E . S. P. ficando os assuntos re- Estudantes de São Paulo.
O BISTURÍ — 21 —

H' memória dc Oswaldo


= ^ Cru? —
U m a referência aos homens valorosos uma realização magnífica, é de autoria.
do passado não constitue somente simples do colega Irineu Teixeira de Assunção,
homenagem mas sim dever imperioso atual vice.presidente do Centro. Este
que temos de os reavivar na lembrança, seu novo trabalho, aliado às suas tão co-
para que nos sirvam de exemplo tam- nhecidas colaborações no "BISTURÍ",
bém de estimulo a novas conquistas e rea- vem tão somente confirmar os seus ines-
lizações . timáveis pendores arísticos, por várias
A nossa História, si bem que venturo- vezes postos serviço dos interesses da
samente rica d e expressões no terreno cul- nossa agremiação.
tural de modo particular, deixa de ser su- O magnífico bronze em referência fi-
ficientemente conhecida e, muita vez. os cará provisoriamente aqui na Faculdade,
grandes homens que nos serviram de mo- pois constitue u m oferecimento à futura — N o quarto ano éj outra coisa!-.. Estou
do soberbo, e Que sãÕ motivo de orgulho Casa d c "Oswaldo Cruz", aspiração má-
c o m vontade de fazer cirurgia, m a s ouvi dizer
perene, não têm sua obra bastante divul- xima de todos nós e das gerações que nos
antecederam, ora cuidada com afinco, dan- que ha muita panela uns grandes "papado-
gada .
N a verdade, com passar do tempo, do.sos i esperança de sua breve concreti- res ' • . . vou pensar nisso no quinto ano .. ,
novos fatos se desenrolam, novas perso- zação. E propósito, podemos desde já
nagens aparecem no cenário da vida ei assegurar não será busto para . nossa
não se há de querer porisso, uma esta. futura casa, digamos, de simples valor es-
gnação de pensamentos presos figuras
tradicionais. N o entanto, por outro lado,
tático. Além d e esplêndido meio de divul-
gação, tão necessário para uma iniciati- 0 Departamento de Ensino Médico e sua orientação
há figuras que se erguem como símbolos va de tal amplitude, tornando-a suficien-
temente conhecida no nosso meio social, (o)- mar atenção para os problemas d e en-
d e u m núcleo cultural e mesmo de uma
vem ser o marco inicial de u m a campa. Nos fins do ano passado quando já a sino como também na Diretoria do Cen-
geração a elas jamais se pode negar
nha ser brevemente lançada — a Cam- Diretoria Burza havia sido eleita para tro existindo alunos de todas as séries,
brazão da imortalidade. Entre estas está
figura de Oswaldo Cruz, cuja obra panha do Busto de Oswaldo Cruz. 1945, Presidente da mesma, numa das estes poderiam desempenhar tal função.
Esta se constituirá da venda de peque- muitas palestras que há já vários anos Aliás, não nos ressentimos disso, pois na
marcou o inicio de u m a nova fase no ter-
nos bustos para mesa. principalmente no vimos mantendo manifestou sua itnen- ocasião necessária, solicitadas por alunos
reno médico-sanitário brasileiro.
seio da classe médica, a maioria dos quais çào de criar u m Departamento de Ensino que Se interessavam pelo ensino ou que se
Quando em épocas passadas as ende-
Médico cujo trabalho primeiro e mais im- sentiram prejudicados, foram realizadas
portante seria de estudar problemas re. diversas assembléias de classes como por
lativos ao ensino médico e sobretudo a exemplo do 2.o ano para tratar de assun-
realização de inquéritos entre médicos for- tos relativo à cadeira de Microbiologia;
mados pela nossa Escola e residentes tan- dos 3.o e 4.o anos para tratar de assun.
to aqui como no interior. A realização de to da Anatomia Patológica; do 5.u ano,
tal tarefa se enquadrava perfeitamente no com relação à Obstetrícia ;e do 6.u ano,
idealismo do nosso Presidente. com relação à Clinica Médica.
A o sermos convidados para dirigir tal E, assim n tempo foi passando...
Departamento e estruturá-lo recusámos ao Naturalmente conclusão teórica da
encargo em primeiro lugar porque talvez necessidade de mais alunos para trabalhar
tivéssemos que nos ausentar da Escola no Departamento permanência, apesar dos
por alguns meses em vista de deveres mi. nossos esforços que às vezes eram des-
litares em segundo lugar porque pre- viados em prol de outras funções que te-
víamos que em virtude do nosso feitio mos de desempenhar.
pessoal nós poderíamos nos apaixonar por Entretanto, devemos fazer notar que
êsses assuntos assim contribuirmos pa- não podíamos nos arriscar dispersar
ra criação de situações de luta entre os energias numa tentativa de estruturação
interessados. Desaparecido o primeiro mo- » podemos justificar esta asserç&o.
tivo após algum tempo, o Burza fez no- Quando Diretoria Burza tomou pos-
vo convite para colaborarmos com êle, se, as portas de todos os setores ao C.
exemplo de idealismo o honestidade ao A . O. C. foram abertas para quem qui-
mesmo tempo resolvemos pretendr afogar zesse colaborar e trabalhar. N o discurse
os nossos imptos. de posse disse Belline Burza: "Comigo to.
Pensámos logo na organização do De. m a m posse no C. A. O. C. todos os alu-
partamento com ,i participação de ele- nos desta Escola..." E a^sim muita gen-
mentos de outras séries que serviriam não te boa foi convidada para os Departamen-
só nas funções de elementos de ligação tos Í para Comissões além daqueles que
como de conselheiros, em secretarias te- se ofereceram para trabalhar. Nomes e
sourarias. Entretanto, estávamos sendo mais nomes constam na organização des-
teóricos demais pois não sabíamos ainda ses Departamentos dessas Comissões.
das necessidades do funcionamento de um E no fim que vimos ? Verificámos que
Departamento como esse, pois não sabia- em última análise, pequeno número ou u m
mos nem ao menos, como iria, na prática, só é que continuava a trabalhar. Não vai
funcionar. nisto uma critica severa aos colegas que
Pensámos também em convidar alguns por motivos ponderados ou não, não pu.
professores, assistentes ou médicos ami- deram arcar com as responsabildades que
O Busto de "Oswaldo C r u z " esculpido pelo colega gos dos alunos para constituírem u m Con. lhes couberam por convite ou por ofere-
Irineu Assumpcão selho Consultivo do Departamento. Até cimento próprio. Entretanto, isto concor-
os nomes dos mesmos foram apontados. reu para que não víssemos uma necessi-
mias grassavam nas nossas populações passou por esta Faculdade qu< cen
Entretanto, o novel Departamento se viu dade premente na organização de uma
litorâneas, dizimando milhares de vidas, to não hesitará em apoiar estaQ
logo frente -i u m problema da máxima comissão para o Departamento de Ensino
Brasil teve a felicidade de encontrar u m O lucro desta campanha reverterá em fa-
importância que foi a tentativa de am- Médico. Naturalmente não quizemos per-
O S W A L D O C R U Z , cientista que. aliando vor da futura casa « ser construída e, em-
putação da Clinica Médica do sexto ano, der tempo numa estruturaqão que seria
á sua capacidade genial u m senso práti- bora não venha constituir soma fabulo.
sem dúvida nenhuma, a melhor clínica ge- artificial por si mesma, pois ainda não
sa : por si só suficiente, coustituirá u m
co incontestável, tão bem soube atender ral da Faculdade. Como era de se espe- tínhamos elementos obejtivos para uma
às necessidades do momento. E assim, » fator moral valioso, colocando mais uma
rar e de se temer nós nos apaixonámos, orientação prática, i arriscada ao mesmo
vez o nome do Centro em situação de des-
"Pasteur brasileiro" ê de fato u m imor- deixámos de lado os interesses pessoais, tempo, pois não sabíamos at éonde po.
taque, demonstrando 3 espirito dos atuais
tal. Porisso, a sua obra deve ser sem. esquecemo-nos do medo e fomos ao cam. deriamos contar com os elementos que
alunos da Faculdade, sempre votado -às
pre exaltada por todos os brasileiros; as po da luta. Ao nosso lado, víamos todo integrariam tal organização dado o exem-
iniciaitvas realmente proveitosas.
suas realizações devem • ser divulgadas instante Belline Burza- Duilio Farina e plo de outros Departamentos e Comissões.
A inauguração dar-se-á, por feliz coin-
amplamente, para que seu espírito viva Álvaro da Cunha Bastos, que, diretamen- •Queremos frizjar que Departamento
cidência, como dissemos, no aniversário
, entre todos aqueles qu c também traba- te nada tinham com o Departamento de de Ensino Médico esteve sempre estará
do Centro, data paar todos nós festiva,
lham e se esforçam mpról da medicina. Ensino Médico. aberto a todos aqueles que queiram con-
?m que se comemora fundação do nos-
O nosso Centro Acadêmico, que já tem Logo mais, não éramos nós, mas sim os tribuir para resolução dos diversos pro-
so glorioso Centro Acadêmico Oswaldo
a figura inolvidável desse grande ho- alunos desta Escola que em uníssono de- blemas, endossando todas as tentativas
Cruz. Será u m ato realmente expressivo
m e m como seu patrono, encontra agora fendiam u m lema bem próprio da moci- com êsses fim seu Diretor, por isso.
n juntar.se às muitas festividades mar-
oportunidade magnífica para reverenciar. dade: "Quando entramos na luta, ou vol. ficará sinceramente grato. Do mesmo mo-
cadas para aquele dia e, sem dúvida, bri-
de modo todo especial, vulto de Oswal- tamos com a vitória ou tombamos no cam- do, lamenta que se critique isto ou aqui.
lho invulgar está para ele reservado, não
do Cruz: inauguração solene - ser le- po de batalha" Io, que se queira organizar comissões pa-
só por se tratar de u m a grande iniciativa
vada efeito no dia 14 de setembro fu- E assim, empolgados por essa luta que ra estudar situações dos estudantes sem
em prol da "Casa de Oswaldo Cruz", mas
turo do busto em bronze do eminente pa. por fim no s sorriu, estávamos também antes se procuraer estudar quais os pro-
ainda pela intensa expectativa que reina
tricio. Acontecimento de larga significa- abalados pelas transformaqões que d Pá- blemas destas situações e se procurar es-
entre nossos colegas em torno da apre-
ção que repercutirá amplamente, como fa- tria experimentava. Nesse sentido, a es- tabelecer fórmulas de solução para os
sentação da obra de arte ideada reali-
to de relevância, na vida social do Cen- truturaqão do Departamento-caçula do C. mesmos. E isto é muito importante por-
zada pelo colega Irineu Teixeira de As-
tro Acadêmico Oswaldo Cruz. A . C. O. C. foi sendo protelada. que os autores das críticas estão arriscar
Esta iniciativa cresce de valor ao se sunção .
Entretanto, queremos frizar que Di. dos <i serem convidados para tomar parte
Altas autoridades estarão presentes ao
considerar que ) busto inaugurar.se foi reter do Departamento supriu a falta de nos referidas Comissões...
ato em que memória de nosso «patrono
idealizado modelado por u m nosso cole- elementos de ligação com as turmas, com Diretor do Departamento de Ensino
erâ dignamente reverenciada.
ga. De fato. tal obra de arte plástica, que uma propaganda feita no sentido de cha- Médico.
sob todos os pontos de vista, constituo a A. c.
— 22 — " O BISTURÍ"

Chega o trem, começam os abraços e

Ainda o «show Medicina» alguns beijos também se perdem naque-


la confusão, pic-pies, lenços desfraldados,
dois apitos e acabou-se.
Eh! Eh! Catanduva, terra bôa, cidade-
sorriso cheia de moças vivas - hospitalei-
Sem dúvida nenhuma caravana do D- rilheiros tomou de assalto a cidade e iusco-fusco foi tremendo, esbarrões, atra.
S. foi cheia de trabalhos = sacrifícios, pelotão dos moderadores foi descansar o palhações, falta baton, alfinetes. Onde ras.
porém bastante alegre. "cadáver" até «. manhã seguinte quaudo está Jorge, o Silvio que não m e apare- N a longa viagem de volta (não, de
Não faltaram as clássicas piadas que fomos acordados por u m barulho dos in- ce etc. etc. Ibirá) Pureza Omir apresentam os
começaram logo ali, na estação da Luz fernos qu e partia lá da gerência. Era Abre-se o pano e o Machado recebe o resultados de suas investigações cientifi.
para terminar somente no regresso. Logo Jorge discutindo com o hoteleiro ber- título de Corcunda de Notre.Dame. D o n cas quL' foram grandemente ovacionadas.
d e manhã, a piada mais sem graça, foi a rando qué e m absoluto não se chamava Danilo vira.se diz Caramba! Pero si Acabava de descobrir que certos eflu-
chuva que caiu ensopando toda a carava- Jorge-Xalifa, que aquilo era piada da usted, todos los 40 são iguales ao Mat- vios. emanados do Jorge e do S. Sacra-
na, inclusive o Burza que chegou . todo turma. M a s nada adiautou. Assim esta. chado usted mèrecen una estatua coleti- mento (hóspedes da Sala-Gazosa do Ho-
dispneico afogado dentro do seu cha. va e assim ficou para chateação dele e va. .. tel dos Viajantes) combinando-se com
péu. v'^j alegria nossa. N a manhã seguinte o Ca- Vivamente emocionado o Paulo Macha- Hemoglobina originava 1 substância ir-
E m breves palavras pediu "congraça- ricchio foi quase masacrado pela mole- do agradeceu e m carinhosas palavras. reversível que levava indivíduo um
mento geral de todos e m torno dos ideais cada local pojs havia afirmado na Rádio Aparece então o Fang que á última ho- estado toxi-alergico-infecioso que >e ma-
comuns" (Aurélio) quasi de joelhos que o espetáculo era e m benefício da ra foi improvisado e m "speaker" (De nifestava por u m a letargia intensa.
implorou que turma voltasse solteira. "Liga de Combate a Infância". O Sacra- Fang só havia a cabeça pois smooking Só assim conseguiu.se explicar a ca-
sem compromissos de qualquer ordem. mento foi u m "bafafa" incontinente co- era (Io „Aurélio). Aos acordes do "Fan. talepsia do Machado.
Isto frizou ele para "nosso" bem. A tur- griominado mestre do teclado. tastique ele começa: Si não fosse o Nebó descobrir u m certo
m a desvanecida pediu-lhe que nos acom- Chegou enfim o tão esperado dia da "Distinto, carinhoso, filantrópico... princípio ativo Machado estas ho-
panhasse até Lapa mas Burza decli- estupenda, gloriosa e lauta macarrona- povo de Catanduva. N a saída foi convida- ras estaria lá na Anatomia Patológica.
nou porque trem não parava na Lapa. - da. A turma do Braz foi impedida de do paia Prefeito porém negou-se humilde- Acontece que depois de tal discurso a
Não faz mal, berrou o Russo- "Nós ga- sentar a mesa de modo que sentamos ape- mente. turma adormeceu e quando acordamos lá
rantimos que, par e ou não pare, você nas e m 16 (o Machado e mais 8 colegas). Após espetáculo é que começou o pelas alturas de Jundiaí o Plínio já havia
desce"... Enquanto a turma fazia a clássica ce- trabalho árduo, poi s empacotamos e des- descido e m Catanduva, o Omir e m Li-
Lá pelas alturas de Campinas, sobe o ra, u Machado limpou tudo e já havia pro- pachamos tudo para Kio Preto inclusive meira o C.C.C. e m Campinas.
C. C.-C. que dando início a^ suas fun- videnciado a reforma. Pediu mais queijo, Vaquero que foi levado de roldão. Aliviados desa "carga" chegamos en-
ções, ifaz para o nosso bqndo 2 enfer- mais pão, mais molho u m "chiante" N a manhã seguinte a moçàrad a estava tão são e salvos «. São Paulo.
meiras do H . C. que "bijous"... enquanto a turma espiava boqui.aberta em peso lá na estação a cata do Jorge, Os clássicos abraços, "adeuses" etc. e
Após 3 breve "sururú", e m disputas •Machado mastigava. O Bitencourt não Pávesio, Bittencourt e outros galãs que cada u m pegando sua mala meteu o na-
das tais a turma armou u m "chorinho" gostou daquilo porque até o cozinheiro quase saem "noivos" de lá. O bate-boca riz pelo nevoeiro a dentro uns alegres e m
que foi J alegria de todo, inclusive preparar a nova remessa ela já havia di- foi tremendo. Aquele lá não é a Cleo- buscas d e suas "saudades", outros tris-
garçon. jornaleiro e o fiscal do trem. gerido o próprio estômago. patra? Você não era o Delegado? Olha tes por terem-nas deixado lá tão longe
Frei Caricchio, Frei Kalifa e Frei M a . Foi o último a deixar a mesa e quando. lá o Zé-Modelo. Onde está b gostosão do em Catanduva.
chado'deram inicio então « "missa" e a ' o garçon já meio nervoso veio tirar o Zé-Pureza? Cadê, o speaker? E u quero
"reza" foi de amargar. prato ele lhe mostrou dois caninos respei-v saber quem são as King-Sisters, etc. etc. Escreveu "NEBODRINA".
De vez e m enquanto aparecia Sata- taveis que o fizeram voltar somente lá pe- i i , i i » «.«.-»~»"»-».—•».« > i i i i «••«•«ii

naz (chefe do trem) porém nosso An- las" 9 horas, e assim m e s m o acompanha-
jo da da Guarda (Aurélio( arvorou-se e m
telegrafista e dava o sinal: "Olha- o Gu-
rufa"! como por encanto sumia tudo.
do da carrociuha e u m a injeção contra
hidrof obia.
E m seguida fomos visitar o sr. .Prefei.
Caravana "show Medicina''
inclusive 'alguns "Azes" que eram poste. to R este perguntou si havia alguns dou-
riormente encontrados no bolso do Bit- torandos na nossa caravana. ? E o fato se deu... transportamos Talvez esteja por demais intransigente,
tencourt . Sim, respondeu-lhe a Drina,' m a s no umbral daquêle patamar, sendo imedia- mas... faltou u m certo que... qualquer
E' excusado dizer que Frei Jorge via- momento u m é carpinteiro e dois são tamente envolvidas n u m rodemoinho, for- cousa mudou, deixando u m a atmosfera
jou com 3 ternos os demais e m trajes modistas. mado por criaturas jovens e entusiastas, nublada, perturbando costumeiro bom
menores. N o dia do baile turma divertiu-se cuja delicadeza, temperada de certa do- humor de nossos companheiros.
N a hora do rancho, ninguém mais co- valer. O C.C.C. puxou a quadrilha (de- s e de carinho, cativou nossos corações. Foi u m a brisa que passou. U m desar-
m e u na estrada pois reservamos as me- pois que aprendeu no H . C.) portou.se Um a um, vão surgindo na estação, monioso lapso de tempo, m a s logo prece."
sas das 11, 12. 13 horas. O resto dos como u m verdadeiro "maitre d'equita- acolhidos por exclamações ou ruidosas dido de novo entusiasmo.
viajantes passaram ""í sanduíches e pas. tion" (balance, en avant, grand rode). salvas de palmas. Rio Preto não soube comprende-los.
teis. O Russo rasgou u m a rancheira toda Todos gozam de u m a alegria infinita Certamente u m orgulho excessivo fê.los
O Machado, o maior garfo da turma gasogénio por pouco não sae buzinando. seus corações sinceros palpitam canção agir ' desta fôrma.
(sem favor nenhum) após 2 lautos almo- A alegria contagiou toda i turma a não da mocidade, n u m contraste chocante ás Enfim, tudo findou... melhor re-v
ços ainda pediu o livro de reclamações ser Ze-Pureza (Kurban) que manteve- labutas e sofrimentos que presenciam a gra do bem viver é recordarmos somen-
para escrever que boia estava racio- se na sua posição e o Zé-Modelo vulgo cada momento, no labirinto infernal dos te os bons momentos de nossa existência
nada. Nepó que apresentou.se n u m "impecá- males que exterminam a humanidade. embora sejam eles sempre em menor es.
Lá pelas bandas de Araraquara foi or- vel terno de albene, gravata elusticotine. Partem eles e m busca de quinhão.. . cala.
ganizado pelotão dos guerrilheiros en- meias carjcia" Foi algo de "cris-cris" u m a parcela mínima d e conforto àqueles Volta ao lar: Felizes, regressamos ao
carregados de tomar de assalto o trem et "três elegante" porém impediu-o de que sofre pacientemente esperam so. lar.. . saudosos porém; transbordantes de
da ATaraquarense e m busca de lugares dansar pois haviam passado tanta goma no eterno. alegres recordaqões, recordações estas que
para o pelotão de vigilância composto na calça qu e aquilo virou quasi cimento perdurarão até o outono. Sim, até o ou-
Mas... quem atentamente sondasse
por elementos mais moderadores encar. armado (ora isso não se faz seu Zin- tono de nossas vidas e si P o r ventura no-
aquele verniz de alegria, n u m só gesto
regados de vigiar as malas e as moças. dA..'.). vamente nos encontrarmos, que encanta-
comprenderia drama... íntimo, al-
A turma da vistoria encarregou-se não O Sacramento após alguns números de mento!, ..
ma, espirito de cada u m deles, perten- Será quasi u m instante supremo. u m
SÓ de verificar si havíamos esquecido al- piano recebeu 3 propostas de casamento,
go m a s também de levar as malas e ce inteiramente á fila dos que almejam balsamo de todas as amarguras de quem
porém Caricchio salvou-o da angustio. u m a migalha que seja, de alívio e con-
lanches esquecidos pelos outros passa- sa situação convocando-as para o seu ha- forto clínico. nada mais espera do dia d e amanhã.
geiros . rem. A brincadeira terminou tarde Assim terminou a " C A R A V A N A S H O W
Enfim, a vida continua seu " M O T O
U m a vez instalados no trem da E-F.A. luar lá fora estava qualquer coisa de ma- P E R P E T U O " e com ela partiu M E DICINA".
"CA-
verificamos que a quantidade d e malas luco. (Até parecia careca do Maretti) R A V A N A " , após u m adeus solene de seu XXXX)OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOt
havia triplicado para evitar aborreci- U m a ' lua redonda, grande brilhante, do chefe.
mento, jogou-se o excedente pelas jane. tamanho de u m a melancia, enfeitava u m Por entre a corrida, ora vertiginosa, ora
Ias.
Foi nessa altura que demos por falta
céu cheio de carneirinhos. O longo silên-
cio que nos invadiu foi derepente quebra-
preguiçosa, vão surgindo os campos, on.
de a exuberância de suas hervas e» matas,
HINO DA FACULDADE
do Kurban. do por u m a voz feminina: " E ' terceira (o)
esçonde das vistas dos viajantes a misé-
O nosso poeta, extasiado pela bucólica vez que você m e manda olhar * lua Plí- ria que açola as pitorseas casinholas de
paisagem de Araraquara havia' perdido nio. . . Tenho grata satisfação de participar
sapé tão narradas no romanc e brasileiro.
trem enquanto obervava u m a vaca des- aos prezados colegas que estamos tra-
Foi verdadeiramente u m a noite cheia, Mas, se tudo falta ali, a magnitude do
mandando u m bezerro. balhando no sentido e obter o Hino da
si não fose o Pávesio perguntar para u m a céu embeleza e dá mais brilho ao olhar do
Dada alta velocidade da estrada que é Faculdade. A comissão de trabalhos sob
moça si o olho queela tinha era de vidro. caboclo.
algo de impressionante o Kurban alcan- orientação dos professores dr. José Oria
C o m o u m a desgraça nunca v e m só, D é quando e m vez, surge u m a torre;
çou-nos montado e m u m a bicicleta. e dr. Calasans deverá se reunir breve-
aconteceu-nos outra. Foi a trágica via. o trem para: é mais u m a cidade que pas-
O primeiro a vê-lo foi o Labate que mente afim de estabelecer os planos para a
gem a Ibirá ou melhor a longa viagem sa; mais u m a hora que morre... é o
de tão afobado que ficou meteu o nariz composição do referido Hino. O dr. Ja-
de volta. O ônibus da "turma seleciona- Prelúdio do fim.
pela vidraça a dentro quebrando.a. mil Almansur Haddad formado pela nos-
da" perdeu-se na estrada ficamos ro- Catanduva nos recebe e e m cada tilin-
Logo mais, após passarmos por gran- sa Faculdade e u m a das maiores expres.
dando horas seguias via Catiguá, Picho. tar de sua banda, percebe-se a sauda-
des capitais (Matão, Ouro Tamoio. Ca- soes da poesia contemporânea, acedeu
xô, Gebe-Gebe 'nerusca'' de Catanduva. ção: " B E N V I D O S E J A QUEM VIER
tiguá, Jurúrú, Gambá, etc.) chegamos a gentilmente ao convite para compor a le.
Si não fose u m carro passar naquela POR B E M "
Catanduva. . Antes porém percorremos tra. Após a composição desta comis-
hera avançada (3 horas) teríamos pa- Passam-se cinco dias. Cinco dias me-
20 minutos dé desvios... (Oh! terra pa- são decidirá sobre a composição da mú-
ra ter desvios...) . rado em Mato Grosso. moráveis, onde pranto dá lugar á fe-
sica , provavelmente será dirigido pelo
Rojões, bandas, pipocas, pic-pic, discur. Demos meia volta nisto acaba . ga- licidade, chegando.se m e s m o crer, que
dr. José Oria u m convite ao maestro Spar-
sos, sorrisos umas garotas nos espe- solina. O motorista resolve ligar então de fato ela existe.
taco Rossi neste sentido. Composto o hi-
rar (por sinal que naquela terra só dá gasogénio (e vá dizer que não há gaso- Tudo nos sorri. Somos tão ditosos que
no será organizado u m coro de alunos da
"uvas"). lina) chegamos finalmente a Catan. tememos o egoísmo; então, de nossos lá-
Faculdade por u m maestro competente
Cada u m comboiado por sua "bôa" e duva. bios exalam-se preces á Deus, afim de
afim d e se gravar u m disco para as so-
ao som da Marcha dos Granadeiros foi O "carro dos baixeiros" a meio cami- que o Senhor melhor distribua á outrem,
lenidades da Faculdade do C.A.O.F.
levado ao predeterminado hotel. nho extranhou nossa ausência s foi a todo aquele conjunto Isaltitante de ale-
Agradecemos sinceramente entusias.
Depois de altas confusões., troca de ma- nossa procura e nos chegando a Catandu- gria.
mo bôa vontade dos professores dr.
las, chapéus, capas, garotas, foi restabe- va extranhamos ausência deles. Conse- Foi com sincero pesar que deixamos <*
Oria e dr. Calasans e do nosso colega Jo-
lecida ordem após u m a ligeira "toil. qüência: ficamos brincando d e esconde terra amiga, em busca de outra mais
sé Ferraz Salles. Contaremos com o apoio
lette" o ataque foi geral, não sobrou u m esconde mai s 1 hora e chegamos só na além.
colaboração dos nossos colegas.
feijão na mesa (o Machado que diga). hora do café. Talvez m e engane, mas o sol, de certa
Após banquete o pelotão dos guer- Chega o dia da grandiosa Premiére. O fôrma, perdeu u m pouco de seu brilho. J A B R A JOSÉ*
" O BISTURÍ " 23 —

"Campanha da Bôa Alimentação"


Por intermédio dos seus departamentos,
o C A O C tem sido promotor de diversos
movimentos correlatos á medicina, cuja
Declarações do Presidente da Comissão Acadêmica
da "Campanha da Bôa Alimentação" e Diretor do Dep.
de Medicina Social do C.A.O.C. ao "O Bisturí"
A S C A U S A S DESSA^ S I T U A Ç Ã O

"As causas dessa dolorosa situação são


de ordem econOmica. de ordem educacio.
repercusao e alcance, firmam mais e mais
nal e higiênica —diz-nos o sr. Manoel
a entidade representativa dos alunos da Populações sub-alimentadas e dificuldades de vida — Mnnhoz. E m estudo recente médico
Faculdade de Medicina.
E' agora no setor da alimentação, que
Arroz, feijão e farinha durante sete dias por semana Pompeu do Amaral afirma que o Brasil
se desenvolve uma campanha de caracter — U m boi por mès para o consumo de uma população é independente politicamente desde 1822,
mas qu e não foi até agora economica-
de assistência social, promovida pelo .de- inteira — As causas da situação — Campanha do mente. E o exemplo disso é o fato da
partamento Médico Social.
São objetivos da campanha: fazer u m
Centro Acadêmico "Oswaldo Cruz" ; agricultura nacional visar apenas abas-
levantamento da merenda escolar sob tecimento dos mercados estrangeiros, na-
Hilton Neves Tavares, Carmino Caricchio, coudições alimentares das crianças de
fôrma de inquérito, tendo em vista a al- quela loucura de ganhar dinheiro que faz
José Carlos C.,Aranha, Celeste Fava Ne- u m a escola isolada do Vale de São Pe-
ta importância dessa merenda, pois por com que ela se esqueça de que o nosso
to e Antônio Carlos Mauri. "Acadêmicos: dro — verificou.se qu e as quarenta
intermédio dela pode-se corrigir as falhas povo também necessita de gêneros para
José da Conceição Ferraz de Sales, José crianças, que ali estudavam, s e alimen-
da alimentação das crianças; promover sua alimentação".
de Souza Meireles Filho, Yutaca Kubo, tavam quase que exclusivamente ,de fei-
u m incentivo á pequena horticultura pois Ernani Hevaux iBernardinelli, Nuno B . jão, arroz farinha, dessas 31 comiam
CAMPANHA NO CENTRO ACADÊMI-
por meio dela o povo pode obter uma de Paiva Braga, Bernardo de Oliveira carne, mas somente uma vez por semana.
CO " O S W A L D O C R U Z "
alimentação econômica; incutir no povo o Martins^ Laertes de Moura Ferrão, Oscar Existem cidades onde é abatida unica-
interesse pela alimentação higiênica. Massariol Farina, Oscar Teixeira, Silvio mente uma vez por mês para o consumo O Centro Acadêmico "Oswaldo Cruz",
Durante campanha serão distribuídas Laroca d e Paiva, Carlos da Costa Branco, de toda a população. através de seu Departamento de Mediei.
ao povo sementes i folhetos ilustrativos Henrique Grecchi, René de Lima Yasaki, Na fase de crescimento da criança, na Social, vai iniciar l.u de setembro,
para a pequena horticultura. Serão envia- Scharif Kurban, Osvaldo Monteiro de sub-alimentação vai dando ao h o m e m de a "Campanha da bôa Alimentação*r com
dos conferencistas da campanha para as Barros e Luiz Falgetano Sobrinho. amanha aquele mesmo aspecto raquítico i propósito demostrar às nossas popula-
seguintes cidades do interior: A mesma choça, o infalível campo de- dos pais. ções rurais, a maneira mais acertada de
Campinas, Bauru, S. Carlos, Santos. serto, e o mesmo homem magro, cheio de utilizar os alimentos que a sua vida di-
Município*de Bastos. Sorocaba, Rio Preto, impaludismo de barba rala sujando o O LEITE
fícil pode oferecer.
S. José dó Rio Pardo, Ribeirão Preto, Pi. rosto sulcado de rugas é ainda o mes- "Será u m a pequena contribuição para
racicaba, Franca. Marilia. m o quadro triste doloroso da vida ru- Parece absurdo, mas o certo é que
resolver o angustioso problema, cuja so-
Serão anexadas á campanha, por espe- ral paulista, naquele mesmo ritmo dolen. nosso trabalhador rural não bebe leite,
lução completa, evidentemente, não se
cial deferência do dr. Ariovaldo de Car- te do "Jeca Tatu" que até hoje não mu- apesar de viver, muitas vezes, ao lado de
conseguirá senão pela ação conjunta do
valho, as conclusões sobre n problema ali- dou. ' grandes rebanhos, em fazendas de cria-
governo e de todo o povo do país" — ter-
mentar a qu e chegou o Segundo Congres- Todos os anos, estudantes quintanistas ção. Essa observação foi feita pelos, es-
mina o sr. Manoel Munhoz.
so Médico Social Brasileiro, a pouco rea- d e Medicina viajam pelo interior ,afim tudantes de medicina, que notaram tam-
lizado na Baía. Por concessão do sr. de apresentar u m a relatório de higiene bém a falta de cuidados higiênicos com O SR. NUNO DE PAIVA BRAGA, SE-
Francisco Rizzini. quem nos achamos J<— e todos eles são testemunhas das pre- que precioso alimento é colhido e dis.
CRETARIO DA CAMPANHA EXPÕE
agradecidos, serão pronunciadas u m a sé- cárias condições de vida do homem rural. tribuido às populações das cidades. Is-
A O " O BISTURÍ" O S PRINCIPAIS OB-
rie de palestras pela rede Ipiranga nos so quando. é distribuído, pois há localida- JETIVOS D A P R Ó X I M A J O R N A D A
dias 3, 4, 5. 6, 10. 11, 14. 15, 17, 18, 19 ARROZ, FIEJÂO E FARINHA des onde não se encontra leite para to-
20 ás 10,55 horas. mar. E m 1942, no distrito de Rafard, mu- O problema da alimentação ai está em
As condições de vi
da daquela gente nicípio de Capivari, os estudantes de me- toda « sua plenitude, « desafiar a argúcia
COMISSÃO PATROCINADORA de sociólogos, médicos, economistas, go-
F^~AI^.f=l c e n a ELU ' , vernantes; ele é complexo na sua nature-
Já deram o patrocínio para campa-
nha:
Faculdade de Medicina da Universidade
COLABORE ^ ' za, apresenta muitos aspectos uific ^
de serem resolvidos; é por u m lado- tira
problema de medicina, nn resoluão das
de São Paulo por intermédio do seu De-
múltiplas deficiências de alimentos indis-
partamento de Fisiologia.
pensáveis; é por outro lado um problema
Faculdade de Higiene e Saúde Pública,
econômico, dependente imediato do nivel
por intermédio do seu Departamento de
de vida do povo; é por u m terceiro lado
Higiene Alimentar.
u m problema de governo, autoridade que
Serviço de Alimentação Pública do De-
deve orientar a resolução da questão; Há,
partamento d e Saúde do Estado.
entretanto, u m ponto que precisa ser cui-
Sociedade de Gastroenterologia Nu.
dado exaustivamente, e que independe
trição de São Paulo.
até certo ponto do fator econômico; é
Sociedade de Nutrição Endocrinologia
ponto de vista educacional; a maior par-
dos alunos da Faculdade de Medicina da
te do nosso povo, mesmo os bem dotados
Universidade de São Paulo.
economicamente, não sabem comer.
Por oficio n. 125 de 28 do corrente, en-
sua alimentação se ressente da falta de
dereçado ao prof. Jorge Americano, Pre-
princípios vitaminicos outros ingredien.
sidente dos "Fundos Universitários de
tes elementares de grande valor. Portan-
Pesquiza para Defesa Nacional", foi pe-
to, toda campanha educacional no sttor
dida participação dessa entidade na co-
da nutrição deve merecer os nossos aplau-
missão patrocinadora.
sos incentivos. E' justamente uma
Convidamos também para patrocinar a
campanha de tal natureza que o Centro
campanha o Serviço de Alimentação
Acadêmico "Oswaldo Cruz" pretende de-
Previdência Social.
senvolver em u m futuro próximo. foi
COMISSÃO ORIENTADORA dicina observaram que não existiam pro- sôbre ela que nos falou sr. Nuno de
são quase as mesmas que se pode obser-
dutores de leite, que era comprado na ci- Paiva Braga, secretário da Campanha, e
var em outros pontos do interior e do li-
Prof. Dr. Franklin A. de Moura Cam- dade vizinha de Tietê. Devido i isso os u m dos seus mais entusiastas organiza-
toral do país. A sua -alimentação básica é
pos, catedrático de Fisiologia da Faculda- moradores de Rafard apelavam para dores. A seguir transcrevemos as decla-
tão pobre e inadequada como B farinha, o
de d e Medicina da Universidade de São leite de cabra,'que afirma o estudante rações do sr. Paiva Braga.
peixe pimenta de todo o dia das mesas
Paulo. Presidente da Comissão Orienta- de famílias inteiras em lugarejos perdi- Manoel Munhoz, ocasiona anemia.
PROBLEMA ALIMENTAR EM NOSSA
dora. dos nos confins da Baía ou Ceará. N o in- i TERRA
Prof. Dr. Samuel Barnsley Pessoa, ca- terior de São Paulo o arroz, o' feijão a NÃO EXISTEM VERDURAS
tedrático de Parasitologia da Faculdade farinha são o almoço «j jantar que ali-
"Devemos reconhecer que se não é im.
de Medicina da Universidade de S- Paulo. mentam durante sete dias por semana õ
Em quase todas as cidades do interior possível, é difícil atender a todos os as-
Prof, Dr. Antônio Cardoso, catedráti- caboclo paulista.
não. existem cultivadores de verdura pa- pectos do problema alimentar em nossa
co de Higiene Alimentar da Faculdade de Cada relatório qu e os estudantes de ra população e, em apenas algumas de- terra. Básica, complexa e ampla que era
Higiene e Saúde Pública da Universidade Medicina apresenta anualmente, -consti- las, encontram-se hortas domésticas. a questão da alimentação de nossa gente,
«le São Paulo. tuem uma nota tde tristeza que se encerra Diante da dificuldade de comprar a ver- ela se avolumou sobremaneira no período
Dr. José Dutra de Oliveira, Presidente nos arquivos do Instituto de Higiene dura de outros centros, aspopulaçÕeá pas. da guerra. Não se pode descurar da ali-
da Sociedade de Gastroenterologia Nu. que deveriam ser amplamente divulgados, sam mesmo sem ela, e quando conseguem mentação: sub-nutrição é índice de saúde
trição de São Paulo. para que se conheça a verdadeira situa- êses alimento, êle já lhes chega para o precária. E* uma medida premente o es-
Dr. Demostenes Orsini, assistente do ção em que vive o homem do campo e pa. consumo com mais de metade.de suas vi- tudo atento dos diversos pontos de vista
Prof. Franklin A . de Moura Campos. ra que se procure urgente solução para taminas perdidas. que problema comporta, seja êle eco-
COMISSÃO ACADÊMICA o seu problema .Foi o que nos expôz o nômico, educacional, higiênico, médico,
Presidente, Manoel Munhoz. Diretor do sr. Manoel Munhos, diretor do Departa- moral ou eugênico. Latinos e sentimen.
mento de Medicina Social do Centro Aca- OS PEIXES
Departamento de Medicina Social do Cen- tais que somos não queremos que se apli-
tro Acadêmico "Oswaldo Cruz". dêmico "Oswaldo Cruz". que nós ò clássico dizer: " A indigestão
N a sua opinião o problema deve ser so- A pesca em cada cidade é apenas um dos ricos vinga a fome dos pobres"
Secretário, Nuno B. de Paiva Braga.
lucionado com a máxima rapidez pois que passa-tempo de alguns, e peixe que se con-
Tesoureiros: Remo TJslini, Oscar Tei-
interesse do próprio Brasil que exi- segue n o s seus rios não dá absolutamen- A CAMPANHA DA ALIMENTAÇÃO
xeira, René de Lima Yasaki, Renato Men-
ge e só assim chegaremos a ver transfor. te, para gasto da população, é i coi-
des, Luiz Camargo Fonseca, Osvaldo Mon-
mado num cidadão útil à pátria esse tra- sa mais difícil d omundo chegar até ele O Centro Acadêmico "Oswaldo Cruz"
teiro de Barros, Álvaro da Rocha Mace-
balhador rural d ,hoje, abatido pelo im- o peixe do litoral. O homem do campo continuou <i sr. Nuno Braga, não ficou
do e Miguel Villa Nova Soeiro.
paludismo e pela sub-alimentação. ê obrigado a excluir do seu almoço ou alheio a esse setor e é ele o promotor de
Conferencistas da Campanha:
Os estudantes fizeram u m inquérito das jantar o peixe como alimento. . (Conclúe na páf • 29
Doutorandos: Otávio de Morais Dantas,
— 24 — " O BISTURÍ "

O dístico que orientou os literatos do Falemos do Direito — ao gládio que reluz!


romantismo em todo mundo bem po- Se eles dizem Rancor, dizei Fraternidade!
diam ser estas palavras de Goethe: "evi- Se eles erguem Meia.lua, ergamos nós
tai tudo quanto vos é extranho; não de. [a Cruz!
veis admitir nada que seja contrário ao
vosso ser" Porque o romantismo par- Ne "Navio Negreiro":
cialmente originou-se de uma reação con- Desce do espaço imenso, ó aguí ado ocea-
tra as regras invariáveis e inflexíveis que [no!
classicismo impuzera aos homens, no Desce mais... inda mais... não pode
terreno da poesia, da moral, da política. [olhar humano
das artes plásticas, da filosofia; na no- Como teu mergulhar no brigue voador.
va orientação só devia imperar uma di- Mas, que vejo eu aí!.. Que quadro d'a-
vindade - - a alma humana, impetuosa. [magurasü
porque liberta dos liames a que estivera E' canto iuneralr... Que tétricas figuras!
submetida. Que cena infame » vil... Meu Deus! meu
No Brasil, o ponto culminante da poe. [Deus! que horror!
sia romântica foi C A S T R O A L V E S , que Mais adiante:
consideramos mesmo o maior poeta da Auriverde pendão da minha terra
nosísa literatura. Comp já vimos, com Que a brisa do Brasil meija > balança
Gregorio de Mato s e Tomás Antônio Gon- Estandarte que luz do sol encerra
zaga surgiram as primeiras notas nati- E as promessas divinas da esperança...
vistas na literatura colonial; era i arte Tu que, da liberdade após guerra, — Estou perdido! O único recurso é cavar
brasileira em seus primeiros vagidos. Só Foste hasteada do s heróis na lança, u m lugarzinho de interno, assim teiei cama co.
advento do romantismo porém veiu pro- Antes te houvessem roto na batalha, mida e no fim do m ê s u m " dinheirinho" para o
piciar a libertação da nossa literatura; Que servires a u m povo de mortalha. cigarro.
mesmo os vultos que cronologicamente fi^
liamos em primeiro lugar essa corren-
te (Gonçalves de Magalhães, Gonçalves
E' interessante anotar opinião de um
critico nacional que diz que certos poemas O problema da freqüência livre ás aulas teóricas
Dias, Alvares de Azevedo, Junqueira de Castro Alves, que se comecem i lêr O que se deve, antes de mais nada, é per- bastante tolerante e atura o que se lhes faz
Freire) não têm ainda completa, * entre- em voz baixa, em seu término são ditos guntar: por que - os alunos da Faculdade . de de mal por longo tempo por existir elementos
tanto, autonomia na forma, na idéia, em altos brados P com abundante .gesti- Medicina de São Paulo querem freqüência pacatos na sua maioria. Poisbem, se ela está
na concepção. Só Casimiro de Abreu culação por parte do leitor, tão fortes livre as aulas teóricas? furiosa é porque existe, como já disse, alguma
Fagundes Varela começam ^ ser real- sugestivos são os seus versos. N a d a mai s simples de se responder. O s alu- cousa que não está dire.to- Essa cousa errada
mente brasileiros; em Castro Alves, essa Castro Alves lírico é também imenso; nos vendo que nada, absolutamente nada, au- poderia provir ou dos alunos ou dos professores.
vocação nacionalista se completa e temos seu principal característico é aqui seu es- feriam com as aulas teóricas, ministradas pelos' Seria dos alunos? Penso que não, porque
nele. pela primeira vez, criados a paisa- trito nacionalismo: não amou como gre- "grandes mestres" da Faculdade, pensaram eles querem aprender, eles anceiam por apren"
gem brasileira, o estilo brasileiro e o te- go,, romano, luso ou francês; seu amor foi que não', tendo a obrigação de irem ás aulas. der, senão não se justificaria a existência de
m a social brasileiro, no dizer de José Oi- sempre tropical e*intenso como Brasil. poderiam freqüentar as enfermarias por conta cursos noturnos de medicina po*foan<idos pelos
ticica. "O que faz de Castro AJves o poe- E' por isso talvez é êle nosso mais apre- própria. Ali, tomariam a seu encargo alguns próprios alunos. Isto indica nada mais nada
ta brasileiro por excelência é justamente ciado poeta no estrangeiro; porque, como doentes e sob orientação dos médicos inter- menos, que adeficiéncia profunda do nosso
sua irregularidade grandiosa. sua in. disse André Gide: "é uacionalizando.se nos, estudariam os casos clínicos, com carinho curso- E ainda mais, a freqüência é maior on-
disciplina; é o poeta titânico, filbo da ter- que uma literatura toma lugar na huma- porque estava desperto o interesse"; porque o de as aulas são b e m ministradas. Ora, se
ra", disse Coelho Neto. nidade e significação no concerto do mun- aluno já ó u m adulto e como tal, se compene" causa errada não está com os alunos, ipeo
Desaparecendo numa idade em que a do" tra do sens0 de responsabilidade; porque êle lato, estará com os professores.
imensa maioria ainda não despertou para Tinha êle os dois característicos do sabe que tem de -estudar, pois é da profissão Ah! Mas como é dificil deles se. imbuirem
a consciência da vida, êle construíra a verdadeiro artista — * perfeição da for- que êlle vai viver; porque estarão e m jogo os disso, de reconhecerem que estão errados.
obra de maior poeta do Brasil" Só lhe fal- m a e o gênio criador. Quanto àquela, con- doentes que dairõo e m suas mãos; porque en- Não! Isto nunca! Imaginem os professores
tou tempo, para aperfeiçoar e polir o que siderava mesmo Alberto de Oliveira que, fim, êle gosta d e tratar de seus doentes; por- reconhecerem suas faltas! Perderiam presti-
não saiu perfeito de seu gênio; gênio melhor qu e Gonçalves Crespo, é Castro que ainda, quem não quer estudar, quem não gio perante os alunos e o que é mais, « seu
sim. pois. em 8 anos entre a adolescência Alves quem inaugura perfeição parna- se interessa, não é com aulas- n e m com regi- PODERIO L
e a mocidade. d e característica inativida- siana no Brasil. Seu gênio sua inspi- mens nazistas, regimens de terror, pregado poi Esquecem-se que aqueles que permanecem
de para muitos, ele produziu uma obra , ração transpiram de seus improvisos; ve- certos professores, que eles irão se compenetrar no erro é que são os que erram.
imar, na nossa literatura; "hinos de guer- jam só: no recitar de u m violinista em Re- das responsabilidades dos futuros médicos que Isto não mais se justifica nos tempos atuais,
ra, cânticos de amor, predições de viden- cife, pediram-lhe que improvisasse algu. nos quais os alunos são capazes de raciocinar
virão a ser amanhã.
te, exortações de apóstolo, paisagens on. m a coisa em homenagem ao artista * To- e verem gestos nobres, retificação de u m
Isto, certos professores não compreendem.
de pela primeira vez no verso a nature- bias Barreto deu-lhe o mote: "No teu ar- professor.
então exigem a presença de todos ás suas au*
za brasileira ostenta sua majestade". co prendeste a eternidade" Logo em se. A -gente é levada concluir que em muitos
Ias, fiscalizam com absoluto rigor a chamada
Imaginem se êle tivesse atingido a idade guida, Castro Alves declama: professores existe u m complexo de inferiori-
dos "escravos"
em que se . celebrizaram alguns de seus dade e que não são capazes de se libertarem
Ail daquele que-faltar sua aula; coitado,
contmporâneos — Rui Barbosa, Joaquim Era no céu, à luz da lua errante,
será reprovado inexoravelmente no fim do ano. deles-
Nabuco. Rodrigues Alves, Afonso Pena... M o e m a triste, abandonando os lares, O que mais nos admira é que soldados bra-
porque naturalmente não assistiu à preleção
De sua poesia épica, diz- nos Alberto Cindia as vagas dos cerúleos mares sileiros sairam para combater nazismo em
do M E S T R E e assim não poderia amanhã exer-
de Oliveira" "exceptas algumas estrofes Te erguendo ao longe, é peregrino infante! terras alheias, quando em suas próprias etisas
cer a "medlidina "pratica''.
camoneanas, não s e conhecem na nossa ainda "existe esse regime- Sim, é que acon-
M a s istoé o que acontece com pessoas quo
língua versos tão vibrantesh quanto os Lá dos jardins sob o vergel fragrante, tece. Alunis não têm 3 direito de refutar u m
olham para que os outros fazem, não dedi-
de Castro Alves. Passeemos com êle; de A' sombra dos maestros, sôbre os ares, professor; não têm direito de externar suas
cando o seu precioso tempo nem siquer u m mi-
'No Meeting du Comitê du Pain": Ouvias das estréias os cantares idéias com relação aos erros dos professores,
nuto, para sua própria pessoa.
— Aves d'ouro no espaço cintilante. quanto ao seu método de ensino; não têm di-
Ahl SI eles analisassem u m pouco, se fos-
Não; clamemos bem alto à Enropa, ao
sem um pouco observadores, deveriam des- reito de faltar á u m a aula • ainda são obri-
[globo inteiro! Mas quando o gênio teu se alteia aflito,
confiar que existiria qualquer cousa atroz das gados a olhar para " cara do professor,, feito
Gritemos — liberdade, em face da opres- D a alabastrina luz à claridade,
reações de dezenas de aluno8 (Parece inconce- imbecis, mesmo qundo crs aulas são profunda-
[são- Lançando flores lá do céu proscrito
bível que u m misero aluno, precise chamar ú mente desinteressantes; não têm liberdade, e m
À o tirano dizei: "Tu és um carniceiro!
atenção u m Mestre, 'que como tal deveria ultima análise.
E's o crime de bronze — escrava-se ao Pasma Bellini; em meio à imensidade
se-lo de u m modo geral). Sim, porque se a COLEGAS1 JA Q U E O S Q U E ESTÃO POR
[canhão. Diz a lua suspensa no infinito:
massa se agita é porque alguma cousa está CIMA N Â O O L H A M PARA BAIXO, LUTEMOS
" N o teu arco prendeste a eternidade!"
errada e essa cousa errada vem de longa PARA C O N S E G U I R O S N O S S O S DIREITOS!
Falemos da Justiqa em frente à Mor- Tinha então o poeta 18 anos... LIBERTADOR
tandade! data. estigmatizando-a; como se sabe ela o
E. L. G.

Américo, em uma tarde de asfixiante


Mais um drama da vida .. verão. E m uma explicação luzitana, êle
m e disse que a "secura dos bebedouros,
Para bem dirigir uma escola como a era conseqüência da mudança do encana-
JOÃO BELLINE BURZA
Milhões de homens tombaram na Europa, nas matas e nos campos esmagados nossa, não basta conhecer o regulamento mento da água potavel".
ou as leis e decretos que a ela se relacio- Vejam caros colegas, enquanto se mu-
pelas bombas, entre as ruínas das cidades destruídas, nas trincheiras erguidas
nam. da alguns metros de cano na Faculdade,
encharcadas depois do seu suor do seu sangue, milhões de homens tombaram, por-
E' preciso constatar corrigir falhas i Alemanha ó esmagada o Japão pede
que eles lutavam por um mundo melhor e sem guerras!
Homens caíram na África, na Ásia, no deserto, na neve no mar, quase em que existem aos montões perduram por a paz.
todos os mares terras do mundo! Homens americanos, soviéticos, ingleses, chine- "secula seculorum" E' u m drama cruxian- Ora, isso precisa ter u m fim, pois subir
ses, franceses, espanhóis, italianos, brasileiros/ Homens brancos, negros, amarelos; te, vivido pelos alunos que aqui passam a pé. 4 longos andares, porque o elevador
moços, velhos, intelectuais, proletários, estudantes! Homens como nós, bons maus, a maior mais bela parte de sua, exis- nao foi feito para nôs, é voltar com mais
de carne, de paixões, de pensamento, com amor à terra que era dele e pelo povo que tência . sede ainda, e no Bar do Luiz, só os milio-
amavam e defendiam! Não falemos no prriblema da condução nários agüentam pagar as laranjadas (que
Mulhres, crianças, quantas crianças quantas mulheres caíram também, que nada tem a ver com « Faculdade, mas laranJadas!) a preço de cambio negro.
a F A L T A D E Á G U A bebivel, tenham pa- Ou coloquem OB bebedouros a funcionar
mulheres e crianças indefezas, que passaram por todas ae misérias que vinham
sempre fugindo da sanha do inimigo invasor, das bombas dos canhões dos aviões, ciência, é uma prova flagrante do "cari- ou acabem cr/m eles, pois não tem mais a
nho" com que somos tratados. Aqui che- sua razão de ser, principalmente com aque-
do medo, da fome, da morte, escondendo-se sempre, sempre fugindo da fúria do
inimigo cruel! gando, temos a impressão de haver pene- les belos dizeres para inglês ver; " Á G U A
trado num deserto, pois o- oasls dos bebe- F I L T R A D A P A R A B E B E R " (será que £
O ferro e o fogo destruíram os campos e as matas, os rebanhos, as colheitas,
casas e ruas, destruíram i alegria na boca de milhões de crianças, sorriso nos douros, N O R M A L M E N T E (e isto de ha filtrada mesma.. .)
olhos de milhões de mulheres, carregaram de ódio o peito de milhões de homens! muito tempo) não vertem uma gota do Todo esse drama decorre de que?
Eis preço da paz! Eis o preço da paz! precioso liquido, por mais que acionemos De uma falta de consideração á aqueles
O sangue dos nossos feridos não será em vão! A vida dos nossos mortos as respectivas torneiras, procurando ra- para quem a Faculdade foi felta_
não será em vgo! zão de tamanho descalabro, entrevistamos VI-TUDO
" O BISTURÍ — 25 —

0 distintivo da Faculdade
"O BISTURÍ'
Seu aparecimento em 1930 — Fundadores —
(Notas explicativas)
Redação e Diretorias
Por PAIM
" 0 B I S T U R Í " nasceu e m março de Redator-chefe — João Marques de Cas-
1.930 contando quinze anos de existência tro. RAZÕES SIMBÓLICAS farmacin (a taça), filha da química e ne-
e com r> passivo de quarenta e quatro pu- Redatores: — J.' C- Almeda Moura. ta da arquimia (a serpente), e m que os
blicações. A" sua primeira redação teve Joaquim Lacaz e Luiz Oriente.". A figura central predominaute do reptis desempenharam papel relevante, de
por sede o prédio da rua Brigadeiro To- 1935 — A n o V I — N s . 10 a 13. distintivo é o sol, representado por u m a que a terapêutica s e serve para <* com-
bias ü. 45. sendo seu fundador ~ en- auréola de raios .dourados que encerra os posição dos remédios.
l.o semestre:
tão acadêmico Luiz Batista, que sob demais atributos da insígnia. Segundo: por u m a analogia moderna
Diretor — Pedro Taufik Camasmie.
sua direção publicou os trêss primeiros Várias razões nos levaram a essa es- cobra representa ainda i serumterapia.
Redator-chefe — João Marques de Cas-
números. colha . que cada vez ganha maior terreno na
tro . '•
Surgindo como órgão noticioso, humoris. Primeira: ser o sol o símbolo da vida, medicina contemporânea.
Redatores: — J. C Almeida Moura, em* aualogia com' a Medicina -que cuiJa da Terceiro: representa ainda pela sua na-
tico i literário., passou ser órgão oficial
do Centro Acadêmico "Oswaldo Cruz" e Luiz Oriente e M a u r o C . de Souza Dias. vida e procura resguardá-la nó indivíduo- tureza selvagem e hostil. solo america-
portanto legitimo representante das aspi- S e gunda: ser sol o símbolo da Vuz, no, dando a nota regional e sugerindo o
2.o semestre:
rações dos alunos da Faculdade de M e - e m analogia com a. escola que é tradicio- dever que medicina brasileira tem de
Diretor — Pedro Taufik Camasmie.
dicina da Universidade de São Paulo. nalmente considerada o luzeiro das inte- vencer os problemas sanitários nacionais.
Redator-chefe — João Marques de Cas-
ligências, e m qu e os espíritos bebem, a luz Sob \ taça acha-se u m papiros com a
Atualmente conta com Estatutos e Re- tro,
da ciência. palavra grega representando não só os
dação próprios e com o'seguinte- corpo re- Redatores: — J. C . Almeida Moura, Terceira: é de ordem especial, por ser "aforismos" de Hipocrates. como toda «*
datorial: Luiz Oriente, M a u r o C . de Souza Dias, o sol a therapêutica primitiva, que atra- «abedoría médica cléssíca.
Maurício Cecílio "Carneiro e Orlando C a m p o s . vés dc todos os tempos prestou ú huma- A razão de ser branco esse papiros, é
Diretores: Laertes Ferrão
nidade seus benefícios (inefáveis até os simbolizar clareza d e que se deve re.
Fang. 1936 _ A n o VII — N s . 14 a 19. nossos dias e m que o sol, símbolo do ar vestir toda a verdade científica, pu-
Redator-chefe: Palmiro Rocha. Diretor -r Luiz Oriente. „" , , livre é além d e medicina eficaz, .» ba^c reza e simplicidade de todo verdadeiro
Tesoureiro: Ernesto L. , Gonçalves. Secretario — Luiz Santos Fortes. 'da higiene. h o m e m de ciência, restaurando u m a tra-
Secretário: Walter Belda. Redator-chefe — Orlando C a m p o s , Quarta: de ordem moral, por ser o sol dicional moral cientifica e m oposiqão ao
Redatores: — Manoel Duran, Nelson e asTo que vive, para das alturas aquecer cabotino, ao perfuritório e ao pedantesco.
Redatores: Carmino Caricchio, José Albano, Mário Degni e R u £ S. Ramos. iluminar todos os seres, e m analogia A palavra grega representa respeito
Ferraz Sales, Drina Coelho, Orfeu D'A.
2.o semestre: com a ciência, especialmente médica, que qu e todo h o m e m de ciência deve ter pela
gostini, R e m o Telíuii, Nelson Gimenez,
Diretor -- Luiz Oriente. deverá humanitariamente, com exação sabdoria do passado.
Ademar Fiorillo, Álvaro da Cunha Bastos.
Secretario — Luiz, Santos Fortes. zelar pela vida de todos os homens sem Ocupa centro do distintivo » figura
Armando Botter Bernardi.
Redator.chefe — Manoel Duran. distinção de classes, nacionalidades, inte- d e u m templo grego (ascloepia) consagra-
Entr e as realizações da atual Diretoria
ligência, cultura, moral, etfir., cuidando do á Esculápio. que se desenha e m branco
destacam-se as seguintes: Redatores: — Nelson Albano, Mário
dos grandes problemas sanitários do m u n . sfibre fundo verde.
Degni, R u y S. R a m o s e Giglio Pecoraro.
1) Organizações dos Estatutos quer ^. «do. O templo resume-se e m quatro coluna?
1937 — A n o VIII — N s . 20 a 24.
g e m as finalidades do jornal, funções e Quinta: de ordem pedagógica, por su' e u m frontão, pousadas sôbre três de-
deveres dos seus redatores. Tais Estatu- 1. o semestre: sol símbolo do trabalho, que nele é pon- graus .
tos foram apresentados ti Diretoria do Diretor — Luiz Oriente. tual e perseverante, e m analogia c o m a A ascloepia simboliza não só primei.
Ceutro Acadêmico "Oswaldo Cruz" Secretário — Luiz Santos Fortes. vida do h o m e m da ciência, que nunca de- ra organização da arte médica da anti-
aguardam a. sua respectiva aprovação. Publicidade — Carlos Vv. de Oliveira. ve furtar-sc ao dever de prestar a ela güidade, como também. monumento da
Redator-chefe — J. C. Almeida Moura. mais decidido apoio dar o m á x i m o dó ciência médica contemporânea. E* bran-
2) Instalação de Redação própria em Redatores: — Hélio Lourenço de Oli- co e ocupa o centro da figura para mp-
seu esforço e m prol do progresso cienti-
sala que será cedida pela Diretoria da Fa- veira, Giglio -Pecoraro Atílio Flosi. lhor exprimir a preponderância da profi-
fico.
culdade de ^Medicina, conforme combina- laxia. para qual convergem todos os es-
Dentro da aureola solar que circunda
ção prévia entre o Excelentissomo Senhor N. 23:
distintivo encontra-se u m a faixa verde forços da medicina.
Doutor Benedito Montenegro, Asociação Diretores Hélio Lourenço de Oliveira,
esmeralda, c o m dístico: "Faculdade de
^os Ex.Alunos e a Diretoria do "0. BIS Luiz Oriente e Generoso Concilio. As quatro colunas que sustem cons-
Medicina d e São Paulo" tituem o templo, representam as quatro
TURÍ".
2.o semestre: São três as razões de ser verde essa
épocas culminantes da ciência médica.
3) Organização do arquivo do jornal. Diretor -- Luiz Oriente. tarja: com Hipocrates. Galeno. Bichat Pasteur.
Secretario — Luiz Santos ^Fortes. primeira: sér essa còr da esmeralda,
4) Organização de uma Biblioteca de
Gerente -- Carlos V . d e Oliveira. pedra simbólica da medicina,, adotada pe. RAZÕES ESTÉTICAS
publicações recebidas. Redator-chefe — J. C. Almeida Moura. ios médicos como seu distintivo.
'5) Organização de clicherie. Redatores: — Hélio Lourenço de Oli- Segunda: ser ainda a côr dos mares e Os "lcit-moUvs" da linha estética do dis-
veira, Giglio Pecoraro, Atílio Flosi D. dos vegetais duas ricas fontes de vida tintivo, são: o sol qu e fornece- a disposi-
6) Organização da Tesouraria Própria A . Gaiarsa. de saúde a q u e a humanidade muito de- ção geral e m circulo dos diferentes ele-
tentando possibilitar independência eco- ve. Fica assim representada a medicina mentos, e o templo grego, cujo frontão
nômica do " 0 BISTURÍ", o que e m Di- 1938 — Ano IX — Ns. 25 a 29. doméstica, praticada por herbanârios e m
Diretor -- Luiz Oriente. determina ângulo e m que foram estili-
retoria passadas sempre entravou su;i todos os povos. zados todos <>s pormenores.
publicação. Secretário — Francisco La Scala. Terceira: por ser ainda o verde sím-
Redator-chefe — J. Cimente de Almci. bolo da esperança que nunca há-de aban- Ese dois ritmos: o circulo o ângulo
7) Doação de Carteiras de Identifica- do frontão do templo, pelo caracter aus.
da Moura. donar o médico no exercício dq seu apos-
ção aos elementos do Corpo Redatorial; ' ..*? ,-••• téro de suas linhas puras e simples, im-
tolado clinico ou de pesquizas, lembran. primem á insígnia u m cunho d e sobrie-
que ficam assim devidamente credencia- Redatores: — Domingos Andreucci. Gi-
do que a ciência n e todos os tempos re- dade"% discreção condizente com a natu-
dos representar este jornal., . glio Pecoraro, Artur de Almeida, Oscar
R . von Pfuhl e Jamil H . Haddad. gistra casos extraordinários de cura. reza de u m a agremiação cientifica.
8) Instalação da sua Secretaria com li- 1939 — Ario.X — N s 30 a 33. O s caracteres do distico são de ouro, O circulo inspirado no disco solar acha-
vro de Atas, livro de Caixa material simbolizando o desejo que deve existir
l.o semestre: te observado na tarja e m que se lê ó se-
correspondente. e m todos os estudantes de ver sua esco- guinte: "Facukidade.de Medicina de São
!
Diretor — Orlando C a m p o s la valiosa pelos seus altos méritos cientí-
9) Incèntivação da colaboração dos Pro. Secretário — Geraldo S. Hellmeister. Paulo", na serpente que contorna fai-
ficos . xa pelo lado interno e uo círculo central
fessores, que procurarão lutar junto com Redator-chefe — J; Cimentei de Almei. A seguir, contornando « dístico pelo la-
os alunos na resolução dos problemas da da Moura. "'rir ••'" "•• em que s e acha inscrito J tempo"
do d e dentro, v e m a figura da cobra, A palavra grega posto que fora da li-
nossa classe. cujas extremidas envolvem u m a taça que
Redatores: — Roberto Zwicker, Domin- nha geral dc, desenho, segue o m e s m o mo-
10) Secção de intercâmbio com o " 0 BI- se acha pousada na parte inferior do cir-
gos Andreucci, Giglio Pecoraro o Artur vimento.
C E P S " , órgão representativo dos Alunos de Almeida, Oscar R . von Pfuhl, Mário culo .
Essa linba circular, exprime, pela sua
da Escola Paulista de Medicina. R a m o s de Oliveira e João Belline Burza. A cobra e a taça. encerram três símbo.
Ios: (Conclúe na P»B- W
11) Colaboração junto á Diretoria do 2.o semestre: Primeiro: são símbolos seculares da
Centro na realização da Campanha Pró Diretor — Orlando C a m p o s
Casa d e "Oswaldo Cruz" f Secretário — João Belline Burza .- IOE
aocaoc aoi
Foram as seguintes as Diretorias pas- Redator-chefe — J. Cimente de Almei, Redator-Aefe — Hermelino Gusmão.
sadas: da Moura. Redatores: — José Martins de Barros, Secretário — José Martins de Barro».
Artur d e Aimeida e Oscar R . von Pfuhl. Redatores: — Palmiro Rocha, Dullio
1930 — Ano I — Ns. 1 a 3. Redatores — Roberto Zwicker, Domin-
Redator esportivo — Carlos Schelini. Criepim Farina. Osvaldo Forattioi e Ar-
Redator-Chefe — Lu ' z Batista. gos Andreucci, Artur de Almeida, Oscar
Redatores — Mario Altefelder Silva, R . von Pfuhl e Mário R a m o s de Oliveira. 1941 __ A n o XII — Ns.37. mando Botter Bernardi.
Matias Roxo Nobre, Paulo Vilela de An-. Redator esportivo —> Carlos Schelini.
Diretor — Euripedes Garcia. aoi IOE
drade e Gil Spilborghs. 1940 — Ano X I — N s 34 e 35-36. Redatores — Fábio Coffi, José de Guar-
1933 — Ano'IV — Ns. 4 a 5.
Diretor — Gil Spilborghs.
l.o semestre : t-
Diretor — Orlando C a m p o s
neri Filho e Palmiro Rocha.
1942 — Á n o XIII — N s . 38-39,
FRASES CELEBRES
Redatores — Cecicilio J. Carneiro e — A F. A. M . não tem côr política (Ja-
Secretário — João Belline Burza. bra).
e João Marques de Castro. Redator.chefe — Roberto Zwicker. Diretor — José Martin? de> Barros. ;
— E u não sou candidato. (Burza). ,
1934 -- A n o 5 — N s . 6 a 9. Redatores: — José Martins de Burros, Redatores: — Joãp Belline Burza, À -
l.o semestre: — P ô .. po... sabe que eu estou fi-
Artur de Almeida, Oscai R . vou Pfuhl .. beid Adura, Paulo H o m e m de Melo
Diretor — Pedro Taufik Camasmie. Isac Mielnick. y cando avacalhado, não estudo nada? D e .
Mário R a m o s de Oliveira.
Redator-Chefe — João Marques de Cas. Redator esportivo — Carlos Schelini. pois não é... sabe o que é? (• • >),i \
1943 — Ano XIV — Ns. 40.
tro. 1940 — 2.o semestre: — B o m b a atômica!? B o m b a an...«tô-
Diretor — Hermelrno Gnsfnão.
Redatores: ~ Joaquim Clemente Almei- nica, isso sim. (Loechi)-
Diretor — João Belline Burza.. Redator.chefe —- João -Bèllfíiç Burza.
da Moura e Joaquim Lacaz.
Secretário — MerTaine Adura. 1944 — A n o X V — N s 41-42. — B e m , agora deixemos o saco de la-
2,o semestre:
Redator-chefe —«Roberto Zwicker. Diretor — João -Belline Burza. do (Lordy).
Diretor — Pedro Taufik Camasmie.
— 26 — " O BISTURÍ ••

AJUSTE DE CONTAS So,dado


Abel ludo
Os três mosqueteiros K&JZ!*
Na calada da noite se encontraram
Soldado de minha terra!
O nosso Plínio Vieira e o Plirts Nebó, Nestes tempos de agora, no reinado de abertos dardejavam chamas no magestoso
E discussão bem rude então travaram: Soldado do/seringal bravio,
S. M . Montenegro, num dos seus domí- Américo zombador de seus atos temerá-
Um dizia "tá-tá", o outro "tó-tó" do quente chão norestino,
nios em qu e impera temeroso D o m Loc- rios; a boca aberta despejava a carga
As famílias, porênC não se xingaram: do coqueiral baiano,
chi e os príncipes Calazans e Odorlco (to- avassaladora que se esvaia na calma fleu-
Respeitaram mama, titi, vovó. do garimpo goiano!
dos os 3 técnicos em bombas anatômicas), mática daquele.
Se não me acreditarem, leiam só: Soldado das praias da Guanabara,
vivem encerrados nas catacumbas pinta- "Miserável" — exclamava " L e Graud
PLÍNIO das' terras do Aleijadinho,
das de branco, maculadas por traços pito. petit'' — contador de lorotas, verme dos
Você, "caro'* Nebó, saiba que eu li dos cafezais paulistas,
rescos e expressivos, os 3 mosqueteiros. vermes, cheirador de defuntos, desafio.lhe
A infâmia que escreveu no "Bisturí". da terra dos pinheirais,
E m volta das mesas em que se. amon- para u m duelo".
NEBÓ soldado do pampa gaúcho,
toam pernas, braços, troncos e cabeças, Tudo foi disposto nos costumes cava-
Não seja besta, veja que foi um sapo soldado- da minha terra!
com os olhos afogueados, os lábios con- lheirescos. Açodando Le plus formidable
Que escreveu de você, um tal "Farrapo". De teus oito milhões
traídos em riso escarnecedor, gesticulan. de cette troupe — Le Foguinho — ele-
PLÍNIO de quilômetros quadrados,
do violento e agressivamente, se entro- geram-no padrinho juiz da contenda.
Besta é você, e muito caradura, cem milhões de braços
nam, em bancos ventilados, estes últimos Dois gentishomens nas noites de lua re-
. Pois saiu com Farrapo - assinatura. coroam-te de louros,
representantes das eras dos espadachins. donda, dois leões nas noites sem lua * ca.
NEBÓ (Pensando: "A Redação me cincoenia milhões de bocas
As palavras ora ásperas, ferinas, ora ta das patrulhas policiais, iriam se de-
paga!"): te cantam!
em suaves expressões, jorram em catadu. frontar numa luta d e morte.
Que seja eu o autor, há nisso mal? Soldado de minha terra,
pas extasiantes e emocionantes para os A noticia fez furor naquelas catacum-
Foi leve a brincadeira, por sinal.. • em tua terra natal
outros homens vestidos de branco que bas. Apostas colossais, calorosas discus-
PLÍNIO milhões de irmãos gritam:
circulam pela sala a aspirar os eflúvios sões eram entaboladas em todos os gru*
Não continue, Plirts, cara de apache. Soldado do meu Brasil,
embriagadores de delicioso extrato de car- pinhos. Até os cadáveres apostavam.
Onde é que a brincadeira me foi leve? tua missão não é finda.
ne diluido em formol. <• Magnífico, — exclamava eu — que fu.
NEBÓ Olhar no futuro!
Façanhas sem número são relatadas ro para o bisturí. Esta história farã sen-
Devagar! Você não quer que eu o es- Empunfva teu fusil embalado
em termos pomposos, em gestos arrogan- sação nos anais científicos deste bloco gi.
[cache, impõe em tua terra
tes e altivos, com a displicência dos or- gantesco de pedras ocas.
Como a ofender-me, então, aqui, se a Liberdade que conquistaste
gulhosos de seu valor. Cada qual mais Mas onde estariam eles. E m que re-
[atreve? tingindo, com teu sangue viril,
imbuído que o outro na crença de ser for- canto sombrio, morto, estaria agora u m
PLÍNIO a neve branca das terras
te, não procura domar o escarnecedor sor. dos grandes mosqueteiros? Rebuscara to-
De modo algum, seu bilontra, do Lúcio longínquo!
riso a despontar numa ligeira contração dos os recantos propícios a semelhante
Com seus roncos me amedronta. Soldado de minha terra!
do ri*orius. motejando palrador com- desavença; fora à Patológica, ao laborató-
Eu quçro é satisfação soldado lavrador,
panheiro de aventuras. Todos se expri- rio do Locchi, ao bar do Luiz, visitei 6s
, Por aquilo que está esçjjfcoi: soldado operário,
m e m na mesma linguagem, ao mesmo recantos de São Paulo, nada. Altas ho-
Se não, eu pulo no chão, '' soldado estudante,
tempo, num barulho ensurdecedor mistu- ras da noite, cansado, a suar em bicas,
Pulo, pulo, grito, grito. dispara tua metralha potente
rado ao do arrastar de bancos, de modi- desgòstoso. com o meu fracasso, entrei no
contra os bastardos
A Gení é loura, sim nhas apimentadas em passo de batucada Pingüim, resolvido á matar a tristeza de
que trocam o
(Salvo mais exato juizo). marcado pelo bater compassado do bis. meu coração atormentado.
"Auri-verde pendão de tua terra",
E acheta no paraíso, turí. Incrível, senhores, não podia set; lá o canto de teu Ipiranga,
Cheirando a cravo e a jasmim. Lfi. os encontrei u m dia, mais bravos estavam eles, todos os 3, Le Grand Petit, por cores estrangeiras,
que nunca, heróicos representantes dos Américo e Le Foguinho num canto afas-
Esse lugar que eu refiro por hinos que não te cantam.
homens de honra do passado, de peito < tado. Pilhas e pilhas de fichas juncavam
E que Éden chamo sem medo, Expulsa-os da tua terra.
coração de a5°» de punho veloz certei- a toalha úmida de uma mesa redonda.
E' mui belo e bom retiro, Empunha teu fusil,
ro nos botes para afastar perigos, seden- Le GraPd Petit e Vespuci, cabeças em-
Onde o Lotufo e o Macedo soldado valente,
tos de sangue de glória. borcadas na mesma, entre os braços cruza-
Vivem a dar seu bom giro. constrói uma terra livre,
O escuro das pálpebras realçava bri- dos, roncavam alto. Le Plus Formidable,
Não mexa mais co'a Gení de homens livres e idéias livres.
lho de fogo dos seus olhos, as faces ma- olhinhos a vista, erguia sem fineza os
Nas folhas do "Bisturí", então, que ecoe por céus e mares,
cilentar. demonstravam o seu esforço ti. canecões loiros derramava na guela
Se não eu lhe dou um tiro. pelos prados e montanhas,
tânico lias lutas freqüentes. Eram sim. monstruosa o nectar dos beberrões. Lim-
NEBÓ pelas oficinas e universidades,
eu > cria. homens de verdade, de carne pava os lábios nos punhos da camisa, e.
Ora, Plínio, tenha dó, teu canto de homem livre,
pouca, de ossos rígidos e de pele cürtda soltando gargalhadas e cantando 'Amé- glorioso soldado de meu Brasil!
E' o seu amigo Nebó
pelo sol dos campos d e batalha, pelas lia que era mulher de verdade", empur-
Que emocionado lhe fala.
bravatas pitorescas nos 4 cantos da ci- rava os dois anõesinhos nesta arte de gi- Julho — 1945.
Só por causa do Farrapo
dade, , dar receber cutiladas na con- gantes em que era rei.
Você quer me dar sopapo
quista de amores. Não era possível crer cm semelhante
E me mimar co'uma bala?
Os vultos brancos prenderam a respi- visão, em semelhante duelo! Decerto de-
PLÍNIO
"Cê" é bóm de bico, rapaz.
ração. Algo sucedia de estranho, de feno-
menal, de magestoso, exarado nos peri-
lirava! Passei mão pelo rostb, fechei
os olhos, abri.os. lá estavam realmente
LABO' E NEBG"
Veja-se me deixa e mpaz Questa istória é dedicata ao doto-
gos que poderiam dele,advir. Taciturno oles! Resolvi então desmaiar, e desmaiei. re Plirts. Qualaquiera similitudine
Também com a tal natação.
cruel, pequeno em tudo. menos na cora- Contaram-me no outro dia que uin an- com personas mortas é mera des.
E você? Será esportista?
gem sem par. — o Matlar, o menor dos jo da guarda, Kurban. levou-os para grada.
A ninguém você despista,
mosqueteiros — « empunhar enorme bis- casa. APOLOMÜS
Pois não esfã em condição,
turí como se fosse u m canivete de limpar E' só isso. Há sete anni NEBO' serveva o LABO',
Que como futebolista,
unhas, mostrava todo n fel que lhe ia na M a non serveva i padre e si Gabriella,
Você solta bem rojão. MOSQUITO
alma. numa voz tonitruante. Os olhos Una gualhona chorosa ajeitadinha,
NEBÓ
Por favor, não vá zombando Qu'ilo teneva mal intèncione co'ela.
Do meu "bambismo" no esporte,
Do Grande Hotel e Casino
Que nas minhas qualidades
(Desculpe-me ás veleidades),
MULHER! "Termas de Ibira"
Ma LABO' non era troxa e ao NEBO'
In veis da Gabriella dio a Lia,
Você estará aplicando E a neblina envolveu Una mulata que era una bruta niera
Recebemos o seguinte: Piú puzzulente qui quelas da Anatomia.
Um duro golpe de morte. Aquele misto de anjo e demônio,
Ibirfi, 21 de junho de 1945.
PLÍNIO Deixando perfume suave, desapareceu
A' Redação do " 0 BISTURÍ" Quando o NEBO' se percebeu e vio
Mas aqui não paro, não. i ão depressa como num sojiho.
Faculdade de Medicina da Universida- Que teníva in casa quela fetendoria,
Quem è que vive em salão Quem teria passado por .mim?
de de São, Paulo — Capital. Fico qui nem una malinha fera.
Das mais infectas gafieiras?
A' atenção do sr. Maurício Fang.
Aos domingos, ás segundas, Anjo?
Prezados senhores: E clüganrio pró LABO', assim parlo:
A's terças quintas-feiras? Sim! quando tu passavas
Recebemos, carinhosamente, exem- "Ustê pensa qui jo soy caçador di me-
Com negras tão dansabundas? Parecia que voavas.
plar do órgão de imprensa que tão bem [lanina.
Tão bela estavas.
Quem é que muito se ufana, representa pensamento acadêmico des. como Plínio, Zé Meira, Foguinho e
Lábios lindos, rubros a carmim.
De, em mais de uma caravana, sa digna e respeitável "Faculdade de Me- [compagnia hei Ia?
Seria anjo
'Ter deixado em cada vila dicina da Universidade de São Paulo,
Quem passou por mim?
Uma "boneca" intranquila bem como o s| estimado oficio, o qual nos
A' espera da sua volta? sugere, excelentemente, recepção a u m
Demônio?
Da sua volta, oh! oh! oh!
Quem é que a garganta soUa?
E' você, "caro" Nebó.
Sim! Um desejo tremendo
Foi me envolvendo.
grupo d e aeadêmicos por 10 dias em nos-
so Casino, aqui em Ibirá.
N o momento, não estamos com nj insta-
Luar
Tive vontade de enlaçar-te Se é sonho não sei! Só sei que lua
NEBÓ (Vendo as coisas pretas)s lações principal concluída, que não nos
E em meus braços matar-te. no céu azul vasto mui colada,
Vc?ê não compreende, Plínio, permitc acquiecer ao seu pedido. Inaugu-
Quis beijar tua boca rubra a carmim. enche de luz natureza nua
Que você faz o assassínio ramos, realmente Grill, o Casino a
Seria demônio. põe sombras na noite sossegada-
De uma amizade que é antiga? Anexo ao Grande Hotel Termas de Ibi.
Quem passou por mim?
Veja só, Plínio e Nebó rá. Este traçado sob exemplnres da mais
Ora veja, veja só, elevada categoria deverá *er inaugurado Branda neblina no ar flutua,
Que a parelha nunca briga. E a neblina envolveu a^é data próxima ao fim deste ano. De- em forma vaga leve transformada,
Todo aquele anjo e demônio. pois desta época teremos prazer em re- as coisas abraçando ,e continua,
Vamos, andar na cidade, E tudo se desvaneceu ceber novo oficio dos acadêmicos d e Me-* fugindo à vista, na amplidão calada.
Vamos ver se há novidade, Como num sonho. dicina estudar um programa de recep-
Apreciar u'a "dona bôa", Apenas ficou um coração vasio, Çãc condigno próprio para finulidad > As folhas, modulando triste canto,
Que seja um belo "tutu". Calado, triste e frio. de repercussão tão bem lemb~ada por gemem u ação do vento qu'as ar peja,
Vamos, antes, "cervejar" Porque, homem, dei-te a vida Vv. Ss. no silêncio que enche espaço, enquanto,
Vejamos quem vai pagar: Amante, dei-te todo amor. Aguardando novos favoie? de Vv. Ss.
Escolha: Cara? Coroa? E hoje triste relembro e da agremiação disiinta "Centro Acadê- do olhar piedoso de piedoso mago
PLÍNIO Que naquela madrugada mico Oswaldo Cruz*' subscrevemo-nos. vem luar que docemente beija
Eu prefiro "CaracáT. Passou por mim uma mulher^ Atenciosamente. água mansa e fria de um lago.
E não façamos folia, Mais nada.
Que amanhã... é Anatomia. WALTER J. Lemos & Carpegiani REMO RUIZ TELLINI
" O BISTURÍ " — 27 —

Memórias de uma viagem FORNEIRO - FORNALHA


U m monstro de aço,
a Franca sem perna, Sem braço,
cum uma boca no ventre
— Bôa tarde dona_ A senhora conhece rubro de quente,
aquele bicho chamado chupança? N ó s so- lumina ferro, rumina hulha, v
m o s doutores lá de São Paulo; nós viemos cospe lava e fagulha
examinar todas as casas prá ver se tem no bojo engelhado
chupanea porque esse bicho dos diabos de um cadinho espetado
está dando u m a doença n ° povo.
em seus membros abertos-
Depois desse introito inicial de identifi-
cação lá se ia comissão de estudos do O cachimbo pendente,
Dip de Medicina - Social examinar os o dorso esplendente
lares do município de Franca, na busca do banhado em suor
perigoso triatomideo transmissor do Mal de tanto calor, ti
de Chagas. um descaso profundo
A s imagens se sucediam idênticas àque- pelas coisas do mundo, — Antes que algum aventureiro lance m ã o
les de Freire, pereira pena outros. eu,n forneiro trabalha deixa ver se "agarro" aquele bico de propagan-
esvurmando a fornalha dista de produtos farmacêuticos • •
uma aterrorizante semelhança.
Cada casa que visitávamos não era ÍUAIS 'com ritmo certo.
do que u m a reprodução fiel da anterior,
c o m o se
espelho.
Pau
tivéssemos colocado diante do

pique — barbeiro nas frinchas.


Solene, moroso,
como quem plasma zeloso
obras da alma,
CANTIGA D E ADEUS
A P. M . C. N e m agites síquer, tua m ã o .
Arroz magro no fogão. C a m a dura im- vislumbra com calma Deixa comigo, sombra fugaz,
Adeus!
provisada povoada de percevejos, chupan- no ferro, na hulha, U m sonho e m forma de coração.
Some na distância antes que eu chore. A d e u s ! Tens pela frente u m a estrada.
ças_ Num canto unia criança magra, anê- na lava e fagulha
Adeus! A d e u s ! Tens à frente esquecimento.
mica — verdadeira carniça de vermes — a multidão que se agita
Some na distância antes qeu acorde. Vais da m i n h a retina cansada,
subnutrida, arqueada ao pilão gemer de na ânsia infinita
de u m instante de vida, Mas não te vais do m e u pensamento.
dor nas cadeiras... O pai na roça que
Desenha tua silhueta na estrada,
apesar, da maleita, amarelão. Mal de Cha- se consome na lida
Alonga tua sombra p'Io caminho. Some na distância antes que eu chore,
gas ainda guarda no corpo infecto uma como monstro de aço,
Foge na última revoada, S o m e na distância antes qeu acorde.
gotícula de sangue que mal faz mover sem perna, sem braço...
Esquece > ramo do último ninho. Adeus!
enxada descacar » terra.
ADHEMAR FIORILLO N e m te vires siquer, para traz,
Miguel pereira disse: '«O Brasil é um
vasto hospital", mas qualquer indivíduo
que se ponha e m contato c o m a zona rural
verá que diante da realidade brasileira
essa frase perde muito da sua expressão
pois se n u m hospital temos doentes, temo ,
médicos
apenas doentes
enfermeiras, no Brasil
desamparados, abandona-
temes a Escrito pelo DR. (JosÉ ORIA)
dos a fúria incessante dos micróbios dos

O
das intempéries.
nosso povo é u m
cos nialeitosos, verminóticos
que apesar de viver n u m
conjunto de raquíti
subnutridus
solo fértil *s ge-
waldo Cruz'
A atual diretoria do "Centro Acadêmico Os-
waldo Cruz"', sob a inteligente
s-
ativa presi-
dência^ de Burza, pretende pôr -em andamentoc
í-
edifício.
A juventude deve pois:
ide
}( Instituir u m maior apêg 0 à Universidade
"tudonte paulista- Lembro-me por exemple, de
ex3mplares hà anos tive em minhas mãos, de
u m a magnífica revista da Residência de Estu-
a magistral idéia de u m a residência de estu-
11- na~
sem preocupações estéreis pelas falsas dema" dianres da Ciudad universitária de Madrld-
neroso, hão tem forças para cultivá-lo.
dante* sob égide do seu grande patrono.
o. gegias- Cooperar com les.
sacrifício nos estudes. Colaboração de primeira águq sôbre todos os
Supliciado é que~é... pois antevendo o
Pede-nos pois u m a opinião respeito do que
le Exigir-se a •s* próprio número de horas de tra-ru- * assunios culturais, inclusive por autores ex-
paraíso vive no inferno.
desejam efear. balho com disciplina elevada. trctigeiros de renome. Porque não fazer coisa
MANOKL MUNHOZ Seria notável realização a constfução de umm se-
2) Organizar u m plano de crítica superior so- semelhante?
edifício que contivessenão só a sede d."!>
."> brç os Cursos, e sôbre rio
ensino universitário 8) Editora universitária- O u creiar uma, ou
C-A.OJ.C como da Associação dos Ex-Alunos
z >s sem o ataque direto e pessoal, pois este, enr>m* entrar e m contato com editoras ex. st entes. A
e Centro Social cultural dos diferentes de-
'.- bora quasi sempre bem aplicado, é geralmen' n' ?? Renascença por exemplo, tem significativas

REVOLTA partamentos, quer da agremiação estudantil,


quer da ex-estudantil.
il« tos
inútil e fere melindres. Usar-se meios indiretos
. suásórios, é preferível-
ótimas relações com Universidade. O s estu-
dantes apontariam livres eu autores que ma"
Já esse ultimo plano, posto em prática seria
ia pe-
3) Adonselhar-se com homens de maior expe- reoessem divulgação, publicação, tradução, etc.
J. C. Araújo Jorge de grande realce: > de unir-se è m cadeia de ios 9) Livraria para universitárias. Aquisição fa-
le íiênda que tenham acuidade analítica dos
contiguidade continuidade os alunos com os33 diversos problemas que interessam o inquie-ie- cii de livros para cs mesmos Abonos, descon-
Não! não quero bocas fartas e relaxadas
diplomados desta Faculdade, de estreitar 2r tis-
tam as novas gerações, crear para isso comis- tos. prêmios em livros, dados ac>s estudantes
Pelos desejos,
em laços materiais e espirituais, os jovens comn soes consultivas sem Pitc
significado meramente em certas circunstâncias-
Frias
E saturadas de beijos, os mais experimentados. Que enorme benefício Io social, ou seja afastar-se dos chamados "me-ne_ 10) Rádio, cinema, teatro, orquestra coral

Saturadas poderiam auferir os acadêmicos (e porqueie dalhões" que procuram apenas aparecer. En- ""n- universitários. A) Rádio: porque não construir

E vazias •.. não?) os próprios médicos com este recíproco :o tre outras, por exemplo, .buscar •ai,
apoio moral, uma pequena estação de Broadca«ting, de
Bocas que deixam manchas noutras bocas, contato, com esta atmosfera de mútua influ- i- intelectual lá-
material dos "Fundos Universitá- combinação com as outras escolas, apreve:-
Tatuagens efêmeras loucas ência e indução! Isso, atravez das várias mo-
> ml-
rios de Pesquiza" e de outras instituições uni- tando"se do material do magnífico pessoal
De segundos de amor que estertoram de dalidades do aproximação: desde a simples >s versitárla para-universitárias. do gabinete de Física da Faculdade de Ciên-
^ [tédio... palestra nas horas de lazer, até às atividades J9 4) Procurar entre os acadêmicos o right mianau cias?
N e m quero essa mulher que me dê' seu culturais e científicas mais destacadas: reuni- i- Su-
para diretrizes intelectuais específicas. E' sú* Caso isso seja impossível, arranjar 1/4 de hora
[desejo ões, concertos, congressos, leituras, discursôes
í3
mamente árdua a escolha dos valores humanos ios diário que seja, em cada u m a das estações da
e m seminário, ciclo de conferências, aulas, cur- r" tes
para dirigir, fiscalizar e conservar os diferentes capital. B) Cinema: « cinema educativo está
com gestos indiferentes
sos, etc-' aa-
departamentos que u m dia constituirão o pa- entrando na Faculdade. Conversar com os mon-
de alguém que ofertasse aos meus nervos
Tdoentes A "Residência" oferecendo bolsa de estudos >s res
trimônio estudantil. Geralmente estes valores tores do mesmo: profs. Souza Campos, lavra-»
ou de viagens para os que dela ncessitarem, ri- rça
devem ser muito simples, mas de grande força Cavalcanti, Renato Locchi e outros, para esta-
um fictícios remédio. •.
compreendendo aqui a indldação daqueles es- i- > ' belecer o plano" definitivo anexahdo-se ou a p o -
ui->
moral.- A prática ensina que os indivíduos mui-
tudantes que se esforçarem mais |Mra seu pró-
J
" to salientes, sabidos prestigiosos, ali-
compli- veitando-o para a casa dos estudantes. C)
Não! não quero mulheres inúteis
prio preparo e para a grandeza da escola, de-
'- cam as coisas quando não as destroem- Teatro: hà u m teatro universitário fundado por
e lidas,
veria ser amparada por u m patrimônio de pro- 5) Exigir u m a cooperação forte entre todos os Decio de Almeida Prado. Originou-se da Fa-
fúteis
5_
porções não pequenas. Para isso, seria interes- representantes das classes acadêmicas. nir
Unir culdade de Letras. Procurar entrar em dontato
conhecidas
sante iniciar-se desde já u m a campanha junta
•0 5o.
os estudantes da escola e evitar a separação. com mesmo- D) Onru«stTa: já hà u m a orgo-
como certos romances de edições proibi-
[das aos que pagam impostos sôbre lucros extraor- r- ios
Congregar os universitários g ex-universitários nização em andamento. Procurar o Dr. Hilário
r
dinários. . . A exemplo do que fazem os magna- por meio de reuniões preliminares. Formar en-
m- Veiga de Carvalho, do Depto. de Medicina Le-
sem dono sem autor,
tas norte-americanos que distribuem em fun- l~ so:
fim u m a frente única universitária. Par a isso: gal, para que, se conjugue seu interessante
— não quero só dois braços, não quero
dações especiais, parte desses lucros, também
fn m-
a) isenção*total de fins políticos; b) propagan- plano de orquestra de amadores, com os pro-
[só dois seios,
e
aqui entre nós, conviria orientar para atitude da intensa por meio de palestras, os,
panfle-tos, pósitos musicais que porventura venha ter
nem quero apenas um corpo apertado ao
semelhante, nossos grandes financistas, comer-
r
" ul-
rádio, jornais, etc.; c) procurar instituições cul- a Casa da OswOldo Crux- E) Coral: o maestro
[meu peito
ciantes, industriais, etc, prometendo-lhes em111
turais científicas que prestigiem novel
ve\ Arquerons do Coral Paulistano, da Municipali-
nem quero apenas um leito
troco? a oferta simbóLea da égide e da indica-
'- residência. dade, estava hà tempoB e m contqto com os-
seja êle qual fôr! :i
ção 'do nome nas diferentes secções da "Casa 6) Creiar desde )á Boletim periódico da estudantes da Faculdade para dar os primei-
do Estudante". "Casa do Estudante"*' Utilizar-se de cerj.es
ros ros passos n a formação dê u m Orfeão. Houve
Não! não quero mulheres estéreis com
Quanto à finalidade espiritual: as sseções
>s jornais que facilitem a publicação diária de no-
io- na ocasião, apenas algumas dificuldades de
[os olhos estagnado
da parte cultural é que devem formar a orga-
I_
tícias do que se faz e se vai fazer- Dar entre-
re- ordem material- As horas dos ensaios poderiam
e sem luz,
nização fundamental do novo edificio. Só atra-
I_
vistas, chamar atenção do grande público, dos
Ios ser à tarde, visto o maestro Arquerons ter suas
de carnes infecundas como as terras can-
vez das manifestações espirituais é que se con-
'" poderes oficiais, etc. noites tomadas- De qualquer modo, entrar em
gadas
gregam as energias de Inteligência- O pensar 11
7) Creiar a imprensa própria. Fundar uma re-
re- entendimento dom o mesmo. U m orfeão da Re~
«o as águas paradas
em comum acordo, de modo elevado, eis como io vista de caráter cultural ou aproveitar "'O
O sidência de estudantes daria grande prestigio
dos paúes!
a
aparece u m a elite- E por mais que se queira Bisturí", remodelando-o. A faceta humorística
icu à instituição.
nivelar, são ainda as elites que orientam as is deste expressivo jornal, poderia continuar po-
x>- Assim, passamos e m revista sintética as prin-
Não, não quero abraços mercenários
m
forças humanas. N u m a Universidade é isso vem
frios, rém com mai s serenidade... (Tenho notado ul-
ul- cipaiB- aspirações cabíveis n Q projeto grandiosa
t
ser o tão famoso, quão culto "espírito uni-
i- timamente alguns deslizes. . . Além disso, há
há da nossa "Casa de Oswaldo Cruz"- E' uni
de braços que "Lembrando amarras de
3
versitário" Comunidade e intercâmbio: coope- " colaboradores que enviam coisas pueris que me
me mundo! Mas assim é n juventude: cheia ce
[navios
ração e senso de equipe- lembram aquelas "berlindas" pufclkíadas em ?m aspirações generosas, cheia de idealismo nobre,
rrendem-** a qualquer cais...'
' Desde . já porém é neofessário preparar t
unm jornaezinhos do ginásio). A imprensa da "Casa
iu3 cheia de vida. E para conter essa vida é preei-
í_
certo clima mental, que poBsa construir por as- de Oswaldo Cruz", precisa estar na altura do so mesmo u m mundol Dr. J O S É * ORIA
Eu quero muito mais.. Eu quero muito
sim dizer a casa espiritual antes de fundar patrono da esplêndida mentalidade do es-
ÍB- Livre.docente de Histologia Embriologia
[mais!!!
— 2S " O BISTURÍ "

POSSE DA PRIMEIRA DIRETORIA DA SOCIEDADE


DE NUTRIÇÃO E ENDOCRINOLOGIA
São Paulo. 23.de agosto de 1945.

Imo. sr. redator do "BISTURÍ"


te cumprimentou dr. Atílio B. Flosi
pela feliz-v orientação dada ao curso de
Semiologia Endócrina, oferecendo-lhe u m
pergaminho, após o que foi feita pelo ho.
Eleições do
Realizou-se no dia 16 de maio p. p. no menageado entrega dos certificados de
salão dé conferências da Sociedade de conclusão do Curso.
Medicina . Cirurgia de- São Paulo a so- Fizeram jús aos diplomas os seguin-
lenidade de posse da l.a diretoria da So-
ciedade de Nutrição e Endocrinologia.
tes1 acadêmicos: Gaspar J. Lopes, Gui-
lherme Mattar, Masagochi Goto, Mauro D. C. para 1 9 4 6
(INDEPENDENTE)
A Diretoria

eleiU

A novel agremiação que surge agora,


mercê dos esforços de u m punhado de ra-
S. Solferini, Joaquim Lourenço, Nicolau
Szasz, Moacyr Bohn Nobre, Nelson Gime-
m
pazes desta nossa gloriosa Faculdadc con. nes, Gabriel Russo, Scharif T. Kurban,
ta ria Diretoria os seguintes nomes: Osvaldo Paulo Forattini, Osvaldo Pinto
Presidente Joaquim Lourenço. Mariano, Renato F. Mendes, Reynaldo
Vice-preidente,' Reynaldo Pascoal Rus- Pascoal Russo, Remo Ruiz Tellini Wal-
so. . ^ ter Bloise.
l.u secretário, A.1 C. Pacheco e Silva Fi- Logo depois Presidente do C.A.O.C.
lho. ' ' .,. :••" João Bellini Burza, em belíssimo impro.

Lourenço
2.o secretário, Walter Bloise. viso- hipotecou apoio á Sociedade qu e ora
l.o tesoureiro. Osvaldo Pinto' Mariano. se fundava, externando também sua sa-
2.o tesoureiro, Décio Aranha Pereira. tisfação por ver coroada de- êxito mais
Orador, Scharif T. Kurban. outra iniciativa pnrtida do seio do corpo
. Bibliotecária, Heda Arminante. discente da nossa Escola.
Abriu sessão prof- dr. Franklin A . Agradecendo presença dos compo-
de Moura Campos, -pronunciando em se- uentes da mesa - das famílias presentes,
guida u m a palestra na qual em brilhan. foi encerrada sessão pelo Presidente da
te síntese historiou <5 desenvolvimento Sociedade.
da Endocrinologia. O conferencista pren-
deu a atenção da' assistência, graças i
beleza de oração fluência de palavra,
Como vemos colegas, a semente está
lançada ? caindo em terreno tão favorá-
vel como é o nosso por certo frutificará
Para Secretário
mostrando .aos presenu-s quão sedutora elevando ainda mais í nome "> proje-
atraente é a ciência dos hormônios. ção cientifica da Escola fundada por Ar.
Falou em seguida orador da Socie- nuldo Vieira de Carvalho.
O maior "meeting" entretanto realizou- blood".
dade, que teceu comentários em torno da Agradecendo a publicação do mesmo
se em Caxton Hall. Londres : contou com N o final dos debates os estudantes de
fundação das finalidades do novo órgão Subscrevo-me atenciosamente
que acaba de ser criado.
presença de representantes do governo e todas as Nações Livres reunidos, fizeram
Walter Bloise d todas Nações Aliadas, tais como: Gene- H seguinte declaração coujunta, que trans-
Continuando cessão, sr. Presiden- 2.o secretário.
ral S. IngT., sr. secretário da Educa. crevemos na integra para conhecimento
ção Mr. F. C. Douglas, i ministro da dos alunos desta Faculdadc:

DIA INTERNACIONAL DOS ESTUDANTES Tcheco Slovaquia,, Miss Scrta Chivers da DECLARATION OF STUDENTS FOR
National Union of Students Miss Claude N O V E M B E R 17th
Desde 1941 o dia Internacional dos Es- pelo Ministro da Educação. Guy,-representante da França. Mr. Olav We, students of Grcat Britain, ali her
tudantes é comemorado em todo mundo A Federação Uruguaia de Estudantes Ritter, representante da Noruega. Mr.
Dominions and índia. North and South
pelos estudantes detodas a s raças j cre- organizou e m Montevidéo u m a "marche A. Viajcic, representante da Yugoslavia.
America, of the U.S.S.R.. Btlgium,
dos político-religiosos. aiíx flambeau" até - Legação Tcheca 0 Presidente da República Tcheca en-
Cztchoslovakia, France. Greece. China,
Não nos recordamos entretanto, de que onde falaram diversos oradores. viou seguinte mensagem a<> Co grerso: the Netherlnnd-.. Norway, Poland, Yugos-
tal dia tenha sido, cá entre nós festejado, N a Venezuela 3 dia 17 de novembro re- lavia and ali frei dom loving nations. pay
si bem que, há 3 anos instituído pelo Con. cebeu especial carinho da imprensa nacio. MESSAGE FROM THE PKESIDENT OF
homage to the executed Czechoslak stu-
seiho Internacional de Estudantes com se- nal que dedicou sua La páginu às inúme- T H E CZECHOSLOVAK REPUBLIC
dents who were the first to give the si.
de cm Londres comemorado em todo ras homenagens prestadas aos tchecos, "In connection with your commemorati.
gnal to mass resistance against the Nazi
mundo com grandes pompas , festivida- sendo declarado feriado estudamino. ve gathering today I am glad to have op-
oppressors in Autumn, 1939, and we de-
des. Idênticas homenagens foram prestadas portunity of emphasising the great mo-
clare :
O massacre de estudantes na Tcheco- na Universidade de Wellington. no Ca- ral and political significance of the sa-
Slovaquia, levado a efeito pelos nazistas nadá . crifices of November 17th, 1939. Our stu- N O V E M B E R 17th T H E INTERNATIO-
em 17 de Novembro de 1939, tornou-se em Nos Estados Unidos as comemorações dents on lhat oceasion by lheir active re. N A L D A Y OF STUDENTS
17 de novembro d e 1941,' .„ símbolo dos não foram menos impressionantes. sistance to the Nazi opressors made a We, who today form a united front
estudantes de todo mundo. E m Nova York, Ohio University, Chica- fundamental contribution to the fact that against ali forms of Fascism and ali
De Chungkiug á Costa Rica. de Moscou go University . outras prestaram também today, after two yeais, our fight has becn kinds of oppres«-ion,without • any distinc-
;'i Delhi. os estudantes pararam seus tia.. sua solidariedade ao dia 17 de novembro. earried so far that the defeat of Gerins- tion of .country. rate. elass and creed and
balhos, para ouvirem os sinos que repica- As escolas superiores da Suiça. Malta, ny and Fascism are already on the way who fight with weapons in our hands in
vnm pelos seus colegas tchecos, mortos Nova Zelândia e China enviaram seus te- to being accomplished. the air, on the sea and on the bind fer
em holocausto à liberdade. legramas de apoio. "I am rure referring noT only ti» our the liberly of our peoples. bow to the
E m certos lugares as demonstrações fo- E m Delhi foi organizado pela Federa. uun strug.irle for liber.ition but to the memory of these heroic young vktims of
ram verdadeiramente espetaculares. ção Pan-Indú de Estudantes u m grandio- fight for those ideais which gave birth to barbarian violence who died in the van-
E m -Quito cerca de 6.000 estudantes. so programa d e pezar. our freedom during the first worhl. wat guard of the battle, and by their dying
reunidos na Universidade •Central, ouvi- E m Tebruk u m grupo de soldados tche- and which T. G. Masaryk taught them lit . flame in the darvness which can ne-
ram •», palavra de seus mestres, guc em cos poloneses, que eram estudantes cm to recognise and love; the ideais of free. ver be put out.
doquentes orações homenagearam os es. suas pátrias, comemoraram juntos Dia .dom. humanity. justice and the íight to - W e declare that November 17th shall
tud.mtr- tchecos. Internacional dos Estudantes. live; the striving for a more perfect or- alw;iys be for us not only fhe day on
Durante a-cerimônia fizeram.Se ouvir A Universidade Hebraica d e Jerusalém ganisátion of human socíety. li is such which free students everywhere shall pav
inúmeras musicas nacionais tchecas. ten- comemorou condignamente «. data. ideais which unite those Czech s'udents tribute to lheir <K;<«I Czecho^lovak fellows
do íido queimado em praça pública i efi- * E m Moscou '; toda U R. S. S. i Or- who fell in the streets of Prague with the and to those who are still in prison and
gie de Ilitler. enquanto outra foi coloca- ganização Estudantina Komsomol realizou students of ali the free nations of the coucertration camps. but it shall also b?
da no assoalho da porta principal para reuniões de peznr. world who are today togeth?r with you in thc day when we will remember With fer-
que todos os estudantes ao passarem, pi- N a Grã Bretanha todas as universida. recalling theír sacrifice. vent determination the ideais for which
zassem nela. ilcs integradas na National Union of Stu- "The terrible opression of freedom of iney suffered and are suffcring.
E m Havana, milhares de estudantis dents comemoraram data. conscicnce and of sceintific research in Rcalising that the triumph of Fascism
vieram à s ruas corp suas fanfarras e ban- Em Oxford, Cambridge. Birmingh, our counliy and the closing of the Char- means anioug other things the death of
deiras. Fundou-se Federação Nacional Lencester, Leeds. Liverpool, Manchester. les Usiversity, of which I was once a culture every where and the destrucion of
do s Estudantes consagrou-se o dia 17 Sheffield, Welsh Bangor, Cardiff. Glas- student and professor, and in which the brotherhood of unfettered lcarning. we
dc novembro como dia de luto. gow. Edinburgh. todos aderiram suas vo- many of you hav e pursued your studies free students give our solemn promi^e to
E m Costa Rica o "Conscjo Estudantil zes ao protesto geral • resolveram insti- impeis us ali to continue in our struggle do ali that is in our power to crush this
Universitário "Federação Nacional tuir J dia 17 de* novembro como Dia In. until complete victory is secured foi that brutal Fascist violence and to delicate
dos Estudante- realizaram no Teatro S. 'ernacional dos Estudantes, assegurando cause for which on November 17th. 1939. ourselves to preventing its rcnewal in
José u m grandioso "meeting" presidido sua comemoração todos os anos. our colleagues and pupils shed their nny shape or form.
O BISTURÍ" — 29 —

O D r Barbato é entrevistado
pelo « O Bisturí»
A Direção do "O BISTURÍ" também
quiz contribuir para esclarecimento dos
"- - O treino Cirúrgico ou Médico dos sextanistas
Naturalmente, última pergunta não
problemas do Hospital das Clínicas e nes- deve ser feito nas enfermarias, em paridade de con- foi respondida e nós que também já fTe-
se sentido encarregou i acadêmico. Carmi- quetámos a saudosa "Santa Casa" e *
no Caricchio, que além de ser redator dês. dições com os médicos formados ". estamos freqüentando ainda bem como
te órgão de defesa dos estudantes, desem- H . C.;- confessamos que se estivéssemos
penha na Diretoria Burza a função d e Di- no lugar do dr. Barbato que lá passou
retor do Departamento de Ensino Médico início. Houve quem interpretasse como antes ,de qualquer comentário lembrar todo seu curso, também encontraríamos
de Centro Acadêmico "Oswaldo Cruz" emprego publico como tal. dado que que esse Serviço não pode obedecer aos dificuldades em atender a u m repórter
— "Naturalmente que nos interessa- valor de u m emprego público é traduzido ditames comuns às outras Clinicas. Os qüe abordasse <">sse ponto.
va era saber algum coisa sôbre a* possi- pelo salário, de importância insignifican- doentes qeu a ele chegam não oprocuram Vemos pelas.respostas que aeertámos
bilidades de ensino do H . C. Nesse sen. te quase que humilhante. Aos poucos expomâneamente, mas sção ali levados, às na escolha do entrevistado.
tad© precisaríamos conversar com alguém foi se compreendendo fim exclusiva- vezes inconscientes. Pesa poi?5 sôbre o
que estivesse ao par de todo aquele me- O dr. Barbato que gentilmente nos
mente desse estágio, passando a merecer Hospital outra . responsabilidade quando
canismo, das possibilidades de ensino en- acatou, valorizou imensamente. •? sua en.
estagiário i consideração devida. s e trata de tais doentes em relação aos
cerradas naquelas enfermarias, naqueles trevista pela sinceridade com que se hou-
Quanto às instalações ainda são provi- que o procuram e S"e submetem de "mo-
serviços especializados, no Pronto Socor- ve conduzir, vista mesmo do nosso ce-
sórias, mas há , promessa formal do Pre- tu" próprio. Acresce que são doentes em
re até naqueles corredores:, (aqui tam- dido no sentido de que deixasse de lado
sidente do Conselho de Administração de condições precárias. São essas as razões
bém se aprende alguma coisa). A pessoa sentimentalismo que a nós, estudantes, êle
se dar ao estagiário instalaqõee definiti- que nos levam a pensar que -o treino ci- dedica.
mais indicada para isso era, naturalmen- rúrgico ou médico dos sextanistas deve
vas ccnidignas.
te dr. Ennio Barbato, Chefe dos mé- Louvamos seu conceito sobre os sex-
ser feito nas enfermarias, em paridade de
dicos-estagiários do H . C. 5 —- Acha que os estagiários tem mere- tanistas, pois do mesmo modo como já ti-
condições com os médicos formados,
O dr. Barbato, dada i atenção amiga cido atenção devida por parte do pre- vemos oportunidade de externar nesse
não no Pronto Socorro. Já com algum
com que trata todos os alunos -da Fa- sidente do Conselho de Administração, do mesmo jornal, dr. Barbato acha que
recurso técnico, agora como estagiário,
culdade, não se esquivou ao nosso pedi- Diretor Clínico do Superintendente? aluno do último ano deve agir nas enfer.
poderá completar seu aprendizado, pres.
do. Comprometido assim conosco, e após Nesse particular, qual a atenção dispen- marias como médico, para sair d e fato
tando socorros de urgência. Nessas con»-
t exposição do que queríamos saber," ob. sada ao chefe dos estagiários? como tal, e n"ão apenas lhe ser permitido
diqões julgamos que * posição atual dos
teve do professor Godoy Moreira permis- — "Pessoalmente, quer em caracter agir como médico após a cerimônia de for-
sextanistas no P. S. é bôa: acompanham
são para nos atender. particular quer no caracter de Chefe dos matura; neste último caso que é que
o exame clínico, observam o trabalho dos
Foi assim que submetemos dr. Bar- Estagiários, somos devedores ao Presiden- acontece, o aluno se transforma em mé-
médicos, instrumentam ajudam inter-
bato u m interrogatório que nos pare. te do Conselho, do Direitor Clínico ao dico. adquire experiência conhecimentos,
venções apenas não operam ou fazem
çeu incisivo _ > suficiente que êle res- Superintendente porquanto têm eles se de u m dia para'u outro .após ter cumpri-
tratamento clínico.
pondeu do" seguinte modo': excedido em atenções para conosco. E m do a formalidade de formatura.
1 — Que 'acha do rendimento quanto ao Quanto ao Serviço de Anestesia e Trans-
relação à Secção de Estagiários temos ti- Oportunas foram também as suas con-
aprendizado dos itnernos e adjuntas do fusão de Sangue do Hospital das Clínicas,
do também bom acatamento aos pedidos siderações quanto à permanência de ad_
Hospital das Clínicas? sendo eles os únicos lugares onde estu-
feitos e estamos certos de que resolvidos juntos nas Clinicas Especializadas, quan-
— "Teoricamente as vantagens que dante pode aprender essas práticas, cre.
os problmas maiores, passará Secção to às instalações para os estagiários, no
oferece internado são evidentes por si mos que devam ter papel saliente, isto é,
de Estagiários ver realizadas todas as que diz respeito às promoções de médicos
só. Participando dos trabalhos das en. - qu e possam executar essas operações, sob
suas aspirações" adidos e sobre as possibilidades dos alu-
fermarias pela manhã, em igualdade de as vistas dos médicos especializados e após
preparo teórico indispensável" nos no Fionto Socorro e nos serviços de
condições com os médicos adidos, tem
transfusão e anestesia do Hospital tias
médico estagiário restante do dia à sua .8 —.Acha qu e na situação atual os mé-
Clínicas.
disposição para acompanhar novos casos dicos alunos têm aproveitado mais, ou
eu para estudar, sem preocupação de menos, do que na Santa Casa?
qualquer ordem."A presença constante de Como aluno da Faculdade em nome
— "Dada nossa situação somo s ab- do "O BISTURÍ" e do Centro Acadêmico
Assistentes no P.' S. ajuda-o na resolu-
solutamente suspeitos em responder "Oswaldo Cruz" queremos tornar público
ção das dúvidas que -possam surgir. Os esta pergunta"
plantões no P. S. permite-lhe conhecer o nosso agradecimento pelo carinho
casos de urgência em número e qualidade atenção que dr. Barbato dispensou
Foi assim que b dr. Barbato nos res-
taifl que não encontram paralelo em qual- tão importantes problemas.
pondeu .
quer outra condição.
N a prática, até momento não houve
nenhuma determinação do Conselho de
Administração que diminuísse essas van-
tagens "
2 — E' possível proporcionar aprendi-
" CAMPANHA DA BÔA ALIMENTAÇÃO "
zado útil a numero de estagiários maior (Conclusão da pág. 23)
do que atualmente estabelecido? Qual
esse número, no máximo?
u m a Campanha de Alimentação, que visa res agradecimentos ao Departamento de
— "O regulamento interno do Hospi-
6 — Quais as relações d e serviço que ministrar princípios básicos alimentares Fisiologia da Faculdade de Medicina que
tal permite « permanência de 27 estagiá-
vigorani entre estagiários e assistentes por intermédio de estudiosos no assunto. vem nos emprestando marcado apoio
rios, sendo 18 internos, em rodisio men-
principalmente em relação ao P. S.? Pretendemos ainda mais,, organizar uma orientação; ao Departamento de Higiene
sal pelas diversas Clínicas, 9 adjuntos.
publicação de ordem científica com arti- Alimentar da nova Faculdade de Higie-
Estes fixos nas Clínicas Médicas (3), Or- — "A posição do médico estagiário, em
gos recolhidos dos mais esclarecidos mes- ne e Saúde Pública; à Sociedade de Gas-
topédica Traumatológica (1), Obstetri- relação ao Assistente, no estado atual, ê
tres na questão. Está no programa des- troenterologia Nutrição; ao Departa-v
de independência administrativa absolu-
ca (1) Radiologia (1). Parece-nos que s e movimento trabalho de incentivo à mento de Saúde; «t^todos os médicos que
ta dependência científica. Sob ]?onto de
razão dessa distribuição, em relação aos horta doméstica". vêm cooperando no movimento médico.so-
vista administrativo está » ^Jagiário
adjuntos, está no fato de t*rem elas as cial que Centro Acadêmico "Oswaldo
mai s apto encarar os problemas sob
que arcam com maior trabalho" fora do Cruz" está organizando"
aspecto geral ou seja, considerando o hos- O INQUÉRITO DA MERENDA
período matinal. Cremos, porém, dado
pital como u m todo. Sob ponto de vis.
caracter de aprendizado do estágio hos- ESCOLAR
ta científico, função do estagiário • é .es- O Departamento de Medicina So-
pitalar, que deveria ser permitido, quan-
tritamente de aprendizado, enquanto que cial friza bem qu e sua Campanha
do houvesse interessados e de acordo com Interrogado pelo repórter respeito do
do Assistente é de Ensino. da Boa Alimentação não se' restrin-
e professor da Cadeira, a permanência de problema da alimentação em face da mor-
E m relação aos médicos adidos é que ge apenas ao setor educacional, >
adjuntos nas Clinicas especializadas. Dar- talidade infantil enorme existente em nos.
essa posição não está bem definida. N o qual não deixa de ser de grande
se-ia assim i êsses médicos a oportunida- so país, o sr. Nuno Braga depois de afir-
período matinal os médicos estagiários importância, mas tem por finalida-
de aumentar o seu rendimento científico". mar que serão feitas várias conferências
têm trabalhado nas mesmas condições de também estudar alimentação
3 — Acha útil o sistema de rodisio pre- sôbre alimentação das crianças, nos in-
que os médicos adidos, isto é, "tem tra- dos escolares que constituem es-
conizado pelo regulamento jjnterno do formou :
balhado como médico adido" Qual, po- perança da nação; visa também o
hospital? Tem sido aplicado regularmente — "De nossa parte vemos na alimen-
rém, sua situação em face das promo- incentivo á pequena horticultura.
esse sistema? tação da criança uma faceta seria do pro-
ções? T e m primazia, obedecerá ao crité. meio econômico de se obter uma ali.
— "O sistema de rodisio é de grande blema e atentos ela promoveremos u m
rio de antigüidade ou obedecerá a outro mentação sadia; procurará enfim
utilidade porquanto permite ao estagiário inquérito da merenda escolar. E proval-
qualquer critério-? Se prevalecer crité- perserutar i opinião dos principais
contato intimo com as diversas Clinicas velmente desse inquérito retiraremos da-
rio de antigüidade, as vantagens que ad- nutrílogos brasileiros á respeito do
antes d e sua fixação numa delas. Ganha dos que falem » favor dos cuidados e me-
quirir no seu estágio serão em grande problema da alimentação no Brasil
assim visão mais ampla dos problemas medidas de proteção à criança brasileira.
parte prejudicadas. Terminado estágio para encaminha-las aos dirigentes
médicos. Esse sistema vem sendo aplica-
estará inferiorizado, em relação aos adi- da Nação. Não nos limitaremos.
do regularmente, em relação às Clinicas
dos, de dois anos (os dois anos de rodi- Encenando suas declarações nosso portanto, aconselhar ao povo i
funcionantes no Hospital, e quanto ao seu
sio, sem enfermaria fixa), que lhe po. entrevistado disse: — "Manteremos > consumo da carne, do leite dos
acerto basta dizer que sua execução tem
dera ser extremamente danoso, principal- contacto com imprensa, «» tudo que jul- ovos, pois estamos bem cientes de
sido exigida pelos atuais internos".
mente numa enfermaria de Cirurgia. K" gamos útil à coletividade merecerá nos- que ele não tem meios de adquiri-
4 — Acha que os internos adjuntos
u m a situação a esclarecer" so empenho trabalho. Queremos consi- los como também é difícil encontra-
têm melhorado na sua situação quanto às
7 Sugere alguma coisa no qu e diz gnar os nossos agradecimentos ao sr" los. Abordaremos, conduzidos pela
instalações, quanto ao tratamento e quan-
respeito ao aproveitamento dos alunos Francisco Rizzini que nos cedeu alguns nossa Comissão Orientadora, tanto
tos às atenções por parte dos funcionários
sextanistas no P- S. e de outros alunos minutos na rede Ipiranga, ante cujo mi- as faces científica educacional co-
do Hospital?
nos serviços de transfusão e de anestesia crofône serão pronunciadas diversas con. m o também face econômica da
— M 0 estágio hospitalar, nos moldes
do Hospital das Clínicas? ferências sobre assuntos de nutrição. E' questão.
do «tual, é uma inovação entre nós e c°~
m o tal nem sempre bem compreendido dc — " E m relação ao P. S., é necessário oportuno também registrarmos os melho-
— 30 — " O BISTURÍ "

tua representante das idéias regenerado-


Ne 25. aniversário da morte do dr. Arnaldo Vieira ras que enobrecem a humanidade, inter-
rompe silêncio da indiferença universal
NOTICIAS D E
de Carvalho
O'profesvor Eurico da Silva Bastos, ca- ter. nem que hoje, 4 o m o ontem, nãp haja
para pregar ás sociedades descrentes a
fé e a esperança no futuro, nesses momen-
ULTIMA HORA
N
tedrátteo de Clinica Cirúrgica da nossa homens de caracter e m meios civilizados tos solenes e m qu» inspiração referve Por P. Y. 2 (enviado especial)
Faculdade de Medicina, ao discursar du- ou primitivos. M a s é mais difícil"ter ca- e m todos os espírnos. e m que as idéias (o) —
rante « comemoração verificada no jar. racter à medida que cresce este progres. se engrandecem e ?antificam pela convic- R. P R E T O — 5 (H) — Passou por es.
dim da Faculdade, disse, cnLre outras ,so material e intelectual. Cria.se u m cli- ção, e a palavra vivificada pela sineeri. ta cidade nesta niüdrugada tremendo fu-
coisas, i seguinte: m a d e aceitação, de coexistência, de ecle- dade levnnta-se magestosa, enérgica, ir- racão. Faltam notícias mais detalhadas.
Assim a transformação, antes » re- tismo, de política que torna árdua a vi- redutível, só os homen g vis cerram os R. P R E T O — 5 ( A P ) — O s meteoro-
criação da Santa Casa, a fundação <lo da dos homens de caracter. Ainda sob es. olhos á luz interior, e -não se atrevem 'a logistas, afimam que não se trata de u m
Instituto Vacinogenico, das Sociedades se angulo avulta á sua forte personalida- confessar verdade que lhes queima os furacão, m a s sim de movimentos c-ataclis-
jornais médicos, do Instituto de Radium de qeu transborda da ética profissional lábios. Eu, pois, como irmão vosso, eu micos. Reina confusão nas afirmações.
sobretudo a 6ua obra máxima, o sou clí- inatacável para se expandir e m nobres que não creio senão no futuro, como o
max: Faculdade de Medicina- Aí é de asilo do direito da liberdade, abomino R. P R E T O — 5 -- Urgente (R) — N ã o
campanhas patrióticas, na liga naciona-
vêr a segurança, a prudência, o tato. di- a restauração do passado como u m cri- se trata n e m de furacão, n e m de movimen-
lista de que foi vice-presidente.
ligência, a desambição, tudo provendo, tu- m e contra as leis eternas, não posso re- tos cataclismicos, causa é ainda igno.
Quanto aos defeitos do dr. Arnaldo eles
do organizando, fiscalizando tudo, n u m sistir ao impulso que m e arrasta a der. rada. Pensa-se na aproximação de u m
só podem ser considerados à luz das idéias
belo nobre exemplo de idealismo para ramar e m vossas almas oamor, as espe- meteorito. Espera-se confirmação.
do seu tempo dentro do seu meio. Seus
criar no nosso meio, com o auxilio dos excessos pertenciam ao período d e trans- ranças, ;is inquietações os receios que R. P R E T O — 5 ( H ) — O s estragos.
qu e lhe parecerem mais categorizados, o formação e m que viver. m e preocnpam nesta hora. Falarei, pois, até o presente conferidos são: Desapare-
núcleo, germinativo 4le u m a grand e obra, Outra razão para esses .defeitos é o seu tranqüilo, certo de que a mocidade que cimento de grande número de cartazes de
do seu grande sonho. temperamento de reformador. N ã o es. professa a franqueza como u m a religião, propaganda, desaparecimento de lâmpa-
A obra do dr. Arnaldo Vieira de C ir. queçamos que o dr. Arnaldo o era na e venera a ccnciência como u m santuário, das elétricas, de vidros, alguns dos quais
valho neste particular, é a do desbrava- plenitude de expressão — reforma dos não' condenará jamais a expressão leal de já foram encontrados e m mísero estado.
dor de terras virgeus. do bandeirante que métodos — reforma dos conhecimentos — u m a criança sincera enérgica. Desapareceu, " e m grande estilo" o alto.
ele foi no b o m sentido, do conquistador. reforma nos sistemas c, no caracter de Senhores! Desde os tempos heróicos da falante da porta do Cine R- Preto. Ban-
Esse olhar aquilino, essa inquietação, essa todo reformador, há u m a certa muscula- história, logo que as tendências .inatas do cos da Praça Rui Barbosa foram virados
sede de "água nova, èss« desejo de novas ridade, u m a certa rudeza reserva, com- gênero humano começaram « desenvol- de pernas para o ar. Desabou forte tor-
coisas, isso que faz os pioneiros e òs des- panheiros da sinceridade da crença da ver-se e m aspirações vagas, inconsisten- rente de água na porta do Hotel Termi-
cobridores, era _ sua principal caracterís- força. dos sentimentos. tes, desde que as faculdades sociais do nus. O s guardas-noturnos estavam todos
tica. ° *' h o m e m principiaram a revestir.se de u m "na água"
Nesta casa que ele fundou e dirigiu su-
Pelo seu dinamismo cultural, pelo seu caracter mais amplo ,mais vivaz, mais ci-
periormente, sempre empolgado por u m R. P R E T O — 5 — Urgentíssimo —
forte sentido de solidariedade humana, pe- vilizador, desde que » família' patriarcal
largo e profundo seritido de responsabili- ( A P ) — D e momento a momento novos
la sua ânsia constante de renovação ele entrou a ramifjcar-se na tribu, e tribu
dade, procurando incutir.lhe* como conse- estragos são encontrados, assim apareceu
pertence à m e s m a linhagem de J. B . a converter-se c m nação" desde que a ín-
guiu à custa de desprendimento sem a Placa rio Café B o m Gosto, nadando no
Murphy, de M a y o Robson, de Lord M o y . dole exclusivista, odienta, feroz das gera.
menor sentimento de vaidade pessoal u m fundo do laguinho. N o s telhados das resi-
niham, dos irmãos M a y o todos aqueles ções primitivas deixou * sua rigidez sel-
clima de cultura original, quanto lhe de- dências foram encontrados tampas de ga-
que foram e m regiões diversas, os "heróis vagem para transformar-se ao influxo do
vemos, sem" o saber, todos os da atual ge- sogênio. Desapareceram várias placas da
e os sàptos da nova cirurgia, legítimos espirito" comum, u m instinto profundo co-
ração? G. N . assim como de números dé casas.
benfeitores do gênero humano. Dessa ci- m o « natureza, impetuoso como as fatali-
rurgia que ele exerceu còm u m a grande A o iniciarmos nossas atividades, já não dades arrebata.a para u m ideal superior, R. PRETO — 5 — Ultra urgentíssimo
proficiência e maior ternura, constituin- tivemos que travar as mesmas lutas. En- para u m destino comum, destino vago, re- — (R) — Apareceu, também e m grande
do-se um-dos pontos mais salientes da contramos o eaminho desbravado. Já pu- moto, progressivo, m a s evidente e infalí- estilo, u m a parte do alto-falante, no fun-
cirurgia nacional do seu .tempo. demos, sem risco, afirmar como postula. vel. Esta unidade de nossos destinos tão do do laguinho, e outra empulerada e m
O dr.. Arnaldo era u m h o m e m de ca- dos o que lhe custara tanto impor como patente no meio das transformações his- u m a árvore da praça pública.
racter, na, pleffia força da expressão. Isto possibilidade. tóricas, das vicissitudes dos séculos, da
é, u m h o m e m de princípios, sacrificando R . P R E T O — 5 (H) — Parece que es-
Percorrido o espaço aberto por ele na sucessão dos acontecimentos, como a iden-
todas as conveniências a e$se código de tidade da natureza humana entre a opu. se fenômeno passou ainda por IBIRA' e
nosa frente, podemos tomar outras dire-
Humanidade .tão difícil de ser presserva. pelo leito da E . F. Araraguarense, pois
ções, m a s a cada momento distinguimos lenta variedade das raças, dos idiomas.
foram notadas várias cousas fora de seus
dó B O meio do progresso material e iute- traços da sua passagem. Ele ocupa, de- dos caracteres, das aparências físicas, es-
lugares, como palheiros, toalhas, talheres,
leetuai. N ã o que. eu pense ser a civiliza1* finitivamente. o centro da Faculdade de ta lei qu e constitue a base de toda a ciên-
ção moderna incompatível com carac- Medicina de São Paulo". cia histórica., enlaça-se intimamente com etc, etc.
outra lei. igualmente santa, universal, in- R. PRETO — 5. — Urgente — (AP)
TKC^E5Z5ZSZ5Í^5K^FMZ5^ Í S ^ K M
destrutível, a emancipação absoluta do — Acabam de se reunir e m conclave se.
UMA ORAÇÃO DE RUI BARBOSA AO TEMPO EM espírito humano.
Condenar a liberdade é negar a solida.
creto, todos os "sabidos" desta terra, pa-
ra o estudo das causas deste desastre.
rièdade providencial dos povos, das raças,
QUE ERA ESTUDANTE EM S. PAULO
Senhores associados.
das gerações, é regeitar a perfetibilida-
de humana, e o embrutecimento é a imo-
R. P R E T O — 5 — (R) — Ainda não
chegaram a nenhuma conclusão, após trôs
diante do empenho qcue tomei convosco; horas de reunião os sabidos.
Elevando-nie pela vossa expontânea elei. bilidade, degradação, a asfixia moral;
não venho patentear-vos a minha grati-
ção, ao alto e espinhoso cargo de presi- cativar a uniformidade intrínseca do de- R. P R E T O — 5 — (H) — H á seis ho-
dão, porquê não é com palavras m a s com
dente do^ Atheneu - Paulistano, .vós subme- o esforço que se responde a u m testemu- senvolvimento humano é justificar a
ras e trinta e cinco minutos que a reunião
testes as minhas forças a u m a provação nho de tão -elevado apreço. Limito.me, opressão porque não há liberdade sem começou e só agora é que se chegou ao
suprema decisiva, lançando-me sôbre os pois, a suplicar o vosso apoio, vossa progresso, sem aperfeiçoamento, sem har-
conhecimento dessas causas.
hombros o peso esmagador da mais hon. benignidade, a. vossa confiança, para que monia .-
R. PRETO — 5 — (AP) — A C A U S A
rosa, m a s ao m e s m o tempo da mais séria, minha capacidade possa atingir á altura A chave do futuro é, pois> a liberdade, D E TANTOS ESTRAGOS E' SEM DÚ-
da mais difícil, da mais arriscada missão-. dos meus desejos e da empresa qu e m e princípio maravilhoso que senhorea as VIDA A L G U M A DEVIDA A A Ç Ã O DES-
Confundido perante imensidade de vos- incumbistes. Cumprido este dever que m e tendências do nosso espírito, que esclare. TRl IDORA D O "FENÔMENO" DENO.
sa benevolência e a profudeza de vossa impunha minha fraqueza e considera- ce os instintos do nosso coração, fecunda
4 MINADO POMPOSAMENTE DE COR-
generosidade, eu mostraria desconhecer a ção com que m e honrastes de que eu pai* o nosso trabalho, depura as nossas pai- D Ã O DA BAIXARIA.
gravidade da minha situação, se vindo ticipe também desta grandiosa comunhão xões, ilustra as nossas crenças, alimenta
sentar-me nesta cadeira enobrecida por intelectual, qeu eu m e engolfe comvosco os nossos esforços, que confraterniza to- (o)
tão antigas e gloriosas tradições, pro- nas entranhas deste vasto oceano de dos os homens pelo amor, pela dedicação! Nota da redação: Qualquer semelhança
curasse exprimir i minha dedicação e idéias que agita as especulações da filo- pelo sacrifício, que engrandece as nações, entre esse "fenômeno" e um tal "COR-
m e u agradecimento com as formulas des- sofia, as necessidades do século os in- pela atividade, pela paz, pela justiça e DÃO DA BAIXARIA" que existe em nos-
botadas triviais da etiqueta. N ã o que. teresses do nosso país. pela instrução. O principio do futuro é sa Faculdade é "PURA E M E R A COIN-
ro prometer, porque sinto-me aniquilado Senhores! Quando a mocidade, perpé- democracia. CIDÊNCIA. ..".
« W ^ W — K ^ W » • léfam»m*lfrl**tytmKmtty0Ê+mléfamm

Para Secretario Geral do D . C . *


"M^IF*" 1 —Vfr— '—^i<»Vb—"QO^fr»« — J f r — — ^ f r —
" o BISTURÍ — 3.1' —

V e m após Gosçalves Dias com as tin-


Frof. Dr. Antônio Dacio Citeratura brasileira tas coloridas da_ representação dp natu-
reza, "aquele que vos integrou na pró-
Franco do Amaral i
pria conciência nacional", u m dos cria.
dores do indianismo". mais nlta emi-
fl ESCOLA ROMÂNTICA (1830-1870) - A POESIA nência do primeiro romantismo brasilei-
O gênero poético no Período Românti- E e m todos os três tempos da criação ro" Diz-se que foi u m poeta da nature-
co, verdadeiro período de renovação de poética d e que nos fala Bilac, traduzem za isto constitue u m a verdade, palpi.
nossa literatura, marca a prodigalidade os nossos poetas românticos i sublimida- tante e m suas obras. Celebrizou o indio
d e paixão pela dôr pelo ideal da alma de reverenkcial de nosso ambiente, de nos "Timbiras" na "Canção do Tamoio"
brasileira, no movimento de liberdade dos suas paixões, da exteriorização »K *fus •> no I-Juca Pirama"; chorou ) africano
espíritos du disciplina moral e intelectual anseios. na "Escrava*'; português M e cantou
do classicismo. Encostramos em nosso período român. nas "Sextilhas de Frei Antão"
Sofreu também i nossa alma todo o tico poesias as mais belas, orientadas por Enquanto isso toma caracter -diverso*
palpitar do movimento de reorganização pensamentos paixões variáveis, com in- a nossa poesia com Alvares de Azevedo,
que tinha que vir, na Europa, após a der- fluências diversas provocando vibia- Laurindo Rabelo. Junqueira Freire, Ca-
rota das velhas concepções do BStado * ção detodas as cordas da alma brasileira. simiro de Abreu «= Fagundes Varela. Mos-
da sociedade, no século XVIII e nas guer- A.ssim vamos encontrar" inicilamente traram-se Mes todos tristes e desalenta.
ras do principio do século X I X . Gonçalves de Magalhães, Porto Alegre, dos. sendo traço fundamental de seus es-
Caem os ânimos exaltados e febris, deli. Teixeira e Souza, Varuhagem :? outros, píritos "vontade da doença'', dúvida
rantes cbeios de pujança, da revolução tendo havido antes u m pi-iodo de tran- inquietante, exteriorizando em suas poe-
de 89 e da epopéia napoleônica numa épo- sição, AJ qu e é muito natural, no qual Sil- sias imprecações contra vida. diante
ca de lamúrias e queixas, " u m sentimen- vio Romero filia Maciel Monteiro, Odorico da qual mostraram-se fracos desalen.
to permanente d e melancolia invadiu to- Mendes Salomé Queiroga. fados.
dos os corações" A poesia de Magalhães ' inspira.l;i na Finalmente, encontramos Tobias Bar-
A habilitação do Antônio TJacio Já às massas não mais interessavam natureza, na pátria na religião, sendo reto e Castro Alves, criando u m a nova fei-
Franco do Amaral, no concurso que os moldes os escritos da alma antiga, esta última a preocupação mais frequen. ção d e poesia social, ardorosa emotiva,
prestou, era Março de lí>4.~>, de docên- era mister u m pouco de sombra ? ermo te, traço predominante de sua eloquên- com chamada escola condoreira.
>cia-livre da Cadeira de Parasitologia, para ambiente desse novo sentimento que A. B. B.
fai o coroamento de u m a vocação m o - Se instala.
ça que vicejou a sombra desta nossa A existência do poeta devia ,ter algo
Faculdade de Medicina. de excepcional estravagurite, "a sensi-
Modesto -Í culto, Bacio, do Amaral bilidade, enormemente mórbida, de Wer.
labuta desde 1929, ano e m que se di- ther, é padrão da sensibilidade do mo-
plomou e m Medicina, galhardamente, mento".
c o m o clínico antes, depois- c o m o ho- E êxito popular desse novo movimen-
m e m de laboratório» engrandecendo J to que se afirma mostra exaltação ima-
r a m o da Ciência que abraçou. ginativa do público diante dos conceitos
falhos imprecisos; deixa notar von-
C o m o amigo impõe-st* pela delica- tade de todos se subjugarem aos "capri.
deza empenho que faz para corres- chos às extravagâncias do autor, livre
ponder à confiança que nele deposi da vontade do público"
tám. recebendo, no socego dsi sua sala Inicia-se novo ntovjmento de divór-
de esl.ido, a todos, cordialmente ani- cio dos moldes e ideal clássicos de liber-
m a n d o aconselhando os que o procu- dade do individualismo, com Goethe,
ram. "-- Schiller -; Klopstock, na Alemanha, no úl-
C o m o professor ministra c o m hones- timo quartel do século XVIII; irradia.se
tidade ; sabedoria as aulas que lhe daí para Inglaterra , França e desta
não destinadas, aeoroçoando todas as vem até Brasil.
iniciativas, ou resolvendo paciente- Aqu, em nosso meio encontra essa no-
mente as dificuldades c o m que, muitas va atmosfera u m dos ambientes mais pro-
vezes, se vêem à braços os seus alunos. pícios, levantando-se com caracteres pró-
X a pesquiza n o estudo dispende prios, dando.nos independência literária.
ele o melhor de suas energias abrilhan- Aparece assim em nossa poesia rea-
tando aluminosa esteira traçada pelos lização d e u m jogo de belezas, toda u m a
maiores da Parasitologia nacional, gama de aspectos variegados, desde su-
m e s m o extrangeira. blime ao grotesco, desde sorriso à lá-
grima .
Por tudo isso, Dacio do Amaral,
grangeou de todos os que o cercam 3
respeito e a admiração de que é mere-
cedor. Circulo vicioso
A elr. pois, as homenagens de seus
alunos e amigos, c o m os votos de u m J. C. ARAÚJO
futuro brilhante, que já se delineia, no
obscuro e tortuoso destino dos H o m e n s Deitado sobre um banco, ? olhar triste n
de Ciência. [parado
corpo exausto e vencido, alma cansada Ten. Floricmundo P. Z ara goza,
1 morta,
pensava: — "ah! quem m e dera u m pa-
. ANTÔNIO DACIO F R A N C O D O
A M A R A L nasceu na Capital do Esta-
do de S. Paulo, aos 27 de Janeiro de
1905. Matriculajado-se na Faculdade
[licio encantado
banquetes sobre as mesas sedans á por-
[ta"...
Carta de aniversário
"'Que queres que eu te d*iga no dia do teu* anos?
de Medicina e Cirurgia de S. Paulo, que os da rirt/cm, são como as manhãs das floresT
Deitado sobre um leito de seda, alma
cursou ininterruptamente os seis anos e que na aurora da vida,
[inquieta,
desta Faculdade de 1924 a 1929, de- flores :-• donzelas cintilantes do orralho de Deus,
a cabeça escaldar em mil preocupações
fendendo etse de doutorando em 5 de dizia: — ''ah! — quem m e dera ter nas- tem mais pureza pcvfnmc?"
Abril de 1930, obtendo aprovação com [cido u m poeta, Não, disse : poeta.
grande distinção- viver para o amor, de sonhos e ilusões!' Mas en digo sim.
Depois de exercer suas funções co- Sim... Porque nesta nesga do ecu,
m o clinico geral o de Medieo-legista na Debruçado á janela, olhos no céu profundo, onde as andorinhas cruzam e vccvuzam espaço,
Capital n o Interior do Estado, foi onde as estrelas sempre brilham
ele escrevia u m poema i^^^Í^ÍI, a 9 S ' i n :
indicado pelo Prof. Samuel B . Pessoa e a lúa derrama sua luz cristalina " romântica,
— "Se eu tivesse nascido aquele raga.
para o cargo de 2.o Assistente d a Ca- [ubndo sôbre um casal de namorados aconchegado* num banco de jardim,
deira de Parasitologia desta Faculda- talvez qu<> não sentisse a dôr que há den- onde o ruído de bronze rompe-se no espaç",
de de Medicina e m fins de 1936, e. e m [tro em mim!" chamando os (in* para .) culto,
1942 foi nomeado l.o Assistente-subs- onde a terra é fértil e i vida alegre,
tututo da m e s m a cadeira. E m 1944 J^>^wv^nJvvwv^^^J^^wvv^flJ^J^/^^-'V^J^JV^rrfl só se poderia responder sim.
foi exonerado d o cargo de 2.o Assisten- Campinas é um jardim florido!
livre da Cadeira de Parasitologia. foi E tu o-que cs?
te, para ser nomeado 1..i Assistente e m
liabiliatdo pela comissão examinadora. Uma linda rosa,
comissão. O Prof. Dacio do Amaral pertence a mais linda vow entre as rosas lindas!
E m 1940 foi eleito 2.o Secretário ás seguintes agremiações cientificas: Mas i vento furioso só esperou que a rosa se formasse,
da Secção de Higiene, Moléstias In- Sociedade de Medicina Legal e Cri- soprou forte, e a flor caiu na torrente da vida.
fecciosas e Tropicais, da Associação minologia de São. Paulo, sócio titular. Vê! a mocidade ê como a flor, breve, muito breve,
Paulista fie Medicina, sendo reeleito Associação Paulista de Medicina. i beleza é como a fragância da rosa, efêmera e frágil.
e m 1941, e, e m 1942, exerceu r. cargo Sociedade Paulista de Historia dc Mas a flor perdendo as pétalas transformar-se-á nu ramo inerte,
de Presidente da m e s m a secção, para Medicina, socio-titular-fundador- tua beleza ficará sempre ná rotina da meus olhos,
a qnal foi eleito. Concorrendo a u m a Sociedade de Servido do Prof. Ce- * lembrança de teus gestos, de tuas frases, de tudo que há cm ti,
vaga de sócio titular na Secção de lestino Bourrenl. traz sempre uni pouco de alegria qo meu coração já triste.
Ciências Aplicadas á Medicina, d a So- E os anos passarão,
Sociedade de Medicina e Cirurgia de
ciedade de Medicina e CÍTurgia de S. c os teus cabelos ficarão cor de prata, brancos como o luar!
São Paulo.
Panlg^foi eleito para a m e s m a . Então, quando abraçar uma velhinha meiga, virtuosa, talvcs bela,
E m 1943, concorrendo ao Prêmio E ' autor de u m grande n u m e r o de lembrarei duma linda rosa,
Oficial da Academia Nacional de M e - trabalhos, publicados e m varias revis- 7 mais linda rosa entre as rosas lindas,
dicina, foi agraciado c o m a medalha tas cientificas d o País, c o m os quais E i meu coração já triste,
de Prata e diploma respectivo. deu u m a preciosa colaboração á Para- ficará um pouco alegre...
Prestando concurso para Docente- sitologia nacional. Setembro de 1940 L. F E R R Ã O
— 32 — O BISTURÍ M

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Sal
SECÇÃO LIVRE
^

Chapa Assumpção
ELEIÇÕES DE 1945

Presidente - Irineu Teixeira de ASSUMPÇÃO


5?
Vice-Presidente - Orfeu Gilberto DAGOSTINI

1. Secretário - Aurélio FALCÃO Ruiz


srr<
2, Secretário - Paulo P R A T A
(2

5ê 1.° Tesoureiro - Ernani S. BERNARDINELLI

2.° Tesoureiro - Orlando

1.° Orador - Á L V A R O da Cunha Bastos

2.° Orador - Augusto José ESQUIBEL


£1
Diretor de Esportes -

Francisco de Paula Santos ABREU

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" O BISTURÍ " 33 —

Departamento de Assistência ao estudante


Prof. Ernesto de Souza Campos
; i n f w t w w w w » i w w w w w w n m » t i
Nestes últimos cinco anos muito m e tem alcança mais de cem tipos de trabalho. jovens dos dois sexos que venceram difi- das fora do horário escolar são proveiu
preocupado problema de criação de u m Vai ios estudantes recorrem a u m esiôrço culdades financeiras pelo tra&aiho, ocupam sag para caso.
departamento de assistência ao estudante. intenso,-de tempo integral, durante as fe- posições e m altos cargos receberam Impõe.se minuciosa análise da que
Seria organização capaz de atuar e m to- ria», uêste moüo podem consagrar todo grandes honrarias na vida profissional tão para lhe dar solução adequada.
dos os sentidos, de ordem moral, intelec- seu tempo aos estudos uo penouo dos pública. Existem já no Brasil algumas organ
tual e material. Teria como exclusivo ob. cursos. "and yet m a n y m e n — and w o m e n zações qu e visam auxiliar estudantes. N
jetivò o de promover os meios capazes de ÍNáo se preocupam com o volume *e na- — occupyng high positions of trust Bahia, e m Belo Horizonte, e m São Paul<
solucionar ou orientar míriades de ques- tureza üas taretas. ü.mpregt.m.sc, por and honnor in American business no Rio de Janeiro já se formaram núcle<
tões que assoberbam nossos jovens acadê- exemplo, nus colheitas onde percebem três professionaj, and public life, "wor. ou instituições devotadas \ esta prátic
micos principalmente os que, sendo oriun- quatro dólares por dia, alem dus reiei- ved their "way through college** de amparo ao estudante menos protegid
dos de cidades do interior ou nelas resi- ções. Dez por cento dos que se mantiveram da fortuna. Constituiram-se casas de e:
dentes, procuram nos grandes centros as Dest'arte: pelo trabalho e m Yale (Phi, Beta, Kappaj tudantes no Rio e e m São Paulo, coi
casas de educação superior. "any young m a n or wonian, w h o deram homens de extraordinário valor na este propósito. •
Existem no estrangeiro numerosas ins- does not have h o m e obliatious Which ..vida prática. N a Universidade de Minas Gerais tei
tituições. qu e se devotam este mister. preveni, m a y work his w a y through Durante minha permanência na Univer- sido incansável e eficienti>sima atus
Nos Estados Unidos elas são de vários almost any amencan college". sidade de John's Hopkins e m Baltimore, ção do m e u eminente amigo professor Ba<
tipos i eficientes. Todavia não assumem tarefas de gran- Ma., observei muitos casos semelhantes. ta Viana quem quero render, neste m<
Entre nós é impressão corrente de que des responsabilidades durante o período E m dada ocasião, u m grupo de estudan- mento, justo preito de admiração pel
todo o americano € rico .Seus filhos esta- de aulas que é reconhecido como perni- tes de medicina, engajou-se, .durante as obra realizada. «
riam, portanto, «* coberto das necessida- cioso ao trabalho escolar (is recognized férias, e m navios que transpoi tuvam ga- Vm grupo de abnegados engenheiros c
des de ordem, material. Entretanto, a rea- as injurious to scholars life). do de raça para i Europa. Tiveram de São Paulo estabeleceu recentemente
lidade demonstra que muitos dos .estudan- C, S. Marsh e m seu livro "American. cuidar dos animais durante viagem. "Fundação de Auxílios a Estudantes Téi
tes daquele grande pais trabalham para Uuiversities and College»" conta que al- Trabalhando e ganhando fizeram exce- nicos" Esa instituição filantrópica f<
sua manutenção. Vejamos este conceito g u m a s instituições como i Universidade lente e ilustrativa excursão. Conheceram instalada e m assembléia geral 11 (
com as próprias palavras de Robert Lin. de Cincinnati, por exemplo; desenvolve- vários países. Alguns adquinram mi- novembro de 1943.
coln Kelly (Tendencies in Gollege-Adminis. ram u m plano cooperativo. Formularam croscópios para seu uso. Lsta foi a pri- C o m entusiasmo recebi esta noticia a
tration — The Association of Americam períodos alternados de aulas trabalho. meira vez que vi u m microscópio binocu- municada pelo m e u prezado amigo c<
College — N e w York). Algumas semanas são dedicadas aos cur- lar. Era novidade, naquela época. r óra lega Francisco Machado de Campos, pr<
" M a n y students in ali universi- sos outras aos trabalhos de onde o aluno trazido por u m dos alunos, aliás, filho sidente da benemérita instituição que coi
tie, most students is many, work to retira os seus proventos materiais. de u m secretário de Estado norie-ameri- ta. entre seus administradores, os engi
help pay their w a y througb college" E m algumas casas de educação foram cano. nheiros Edgar de Sousa, Antônio Carh
E m certa ocasião esta circunstância instituídos planos industriais. Os traba- E m navio que transportou minha fami. dc França Meireles, Argemiro Couto t
ocorria com 8 5 % dos estudantes de .uma lhos de toda a espécie de que a institui- lia dos Estados Unidos para Brasil, vi- Barros, Antônio Prudente de Morais
escola. Outras acusaram porgetangens ção necessita são efetuados por alunos n h a m vários estudantes entre os membros João Caetano Álvares Júnior. Foi const
de 6 8 % de 6 0 % . que, desfarte, têm custo de sua vida da orquestra como garçons. tuido u m capital de 600.000 cruzein
E m muitas instituições organizaram-se escolar bastante reduzido. M e u filho que se achava na escola pri- "com -> fim de incentivar os estudos t
serviços destinados indicar colocações Existe u m a organização conhecida pela mária e m Baltimore, e m 1921, observando engenharia e formar técnicos e m nos:
para os -estudantes e m atividades que não abreviatura N Y A . E ' a Nation Youth Ad- lista e m que sua professora indicava os país'' Reza o artigo 19.o dos seus estati
interferem com freqüência aos cursos. minjstration. Presta auxílio ao estudante. lugares disponíveis durante as férias esco; tos. formulados por escritura públic
Inscrevem.se os estudantes que desejam Seu programa prevê empregos de tempo lheu. pressuroso (levado pelo ambiente), que "a cooperação com estudante sei
tais ocupações e recebem, então, a lista parcial, com salário, para os alunos de O mister de entregador de mercadorias do feita mediante empréstimo resgatáv
dos lugares disponíveis, muitas vezes cor- idade entre 16 24 anos de modo armazém que ocupava a esquina do nos- sem juro" Para obteução do empréstin
respondentes aos períodos de férias de permitir que possam estudar. so quarteirão. O americano, jovial, b o m as condições essenciais são as seguinte
empregados ou funcionários. Qualquer colégio de b o m renome pode csportisfa, bem humorado aceiia todos o? deficiência de recursos, boa m o r
É m Tale, u m a estatística assinalou 40 solicitar a assistência do N Y A e m benefi. encargos sem considera?- quebra de di. e certificado de primeiro ano da E
por cento de inscritos e m u m ano letivo, cio de seus alunos. gnidade realização de u m trabalho ho- cola. feito e m condições de destaque
no "University Bureau of Appóintments 0 . Os trabalhos compreendem investiga- nesto, aindu que rude de humilde as- O contrato de empréstimo poderá s<
E m u m ano escolar Universidade de ções, inspeções, estudos estatísticos, ser- pecto . rescindido pela diretoria quando houv<
Columbia registrou terem seus escolares viços públicos, serviços religiosos, cons- Nosso ambiente é diverso. Todavia a m á conduta moral ou m a u aproveitamei
recebido de vencimento pelos cargos que truções equipamento de pequenos edifí- utilização de empregos, compatíveis com Io nas provas anuais dos cursos. Obtk
ocuparam a quantia total d e 300.000 dó- cios, etc. assistência aos cursos .pode se verifi- diploma cessa empréstimo. O iníc
lares. A de N o v a York, no m e s m o perío- Sempre que possível encargo se rela. car dentro de outros moldes. da vida profissional indica começo i
do de tempo assinalou 1.250,00 dólares ciona com a futura profissão do candi- N ã o resta dúvida, porém, que f=er» de seu resgate, ftste será feito e m parceli
c o m que foram beneficiados 1.305 estu- dato. grande vantagem estabelecer u m >istem.i que não onerem custo de vida do coi
dantes . E m 1940 a N Y A estava e m condições capaz 'de proporcionar boa oportunidade tratante.
de auxiliar 170.000 estudantes e m colé- aos nossos jovens cstudantc3. U m acura- Seguro conveniente prevê os casos i
O "employment and Placement B u .
gios e universidades. N a descrição das do estudo do caso pode estabelecer u m re. não restituição por morte ou invalide:
reau" da Northwestern anunciou 2.000.000
atividades universitárias norte-america- gime compatível com as nossas condições. Assim, estudante recebendo sua m
de dólares como total recebido pelos estu-
nas encontramos u m capitulo com este ti. Seria interessante por exemplo, examinar sada não se coloca na posição de que:
dantes colocados por essa organização.
tulo: ''Student aid" -- ou auxilio do estu- possibilidade de substituições de funcio- está sendo alvo de caridade alheia. Reo
Os estudantes americanos não se sen-
dante. nários empregados durante suas féria* be com dignidade empréstimo pois te:
tem vexados e m exercer as mais humildes
Vejamos alguns dos algarismos no que regulamentares. Tais férias. poderiam a certeza de que restituiva sua totalidat
tarefas. Todo o trabalho é digno. Preo-
se refere aos empréstimos ao estudante. coincidir com í período e m que as esco- acrescida da módica percentagem qt
cupam-se apenas e m obter pelo seu pró.
E m 1940 i Universidade de Chicago las estejam fechadas. 'he couber para serviço do seguro.
prio esforço, os recursos suficientes para
dispunha de 175.000 dólares para tal fim; Ocupações que possam ser desempenha- C o m esta prática capital mantém.;
melhorar o seu nível d e vida de profis-
a Stanford, Califórnia, dispunha de ....
são. ^^^M^V^MMMMMMMW^^MS*^^*^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^*M»^#MM^^^^^^^^^^^*^^*M»^»^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^I
122.796 dólares; a Columbia (Nova
Pertencem u m país onde atingiram York) possuiu 894.291 dólares; Duke
altas posições homens que começaram Univ. (Carolina do Norte) tinha
exercendo o s mais ínfimos misteres. Bas- 1.40C.000 dólares para empréstimos, fel-
ta recordar caso d e Lincoln, figura de lowships e scholarahips, etc.
alta projeção no cenArio americano, direi Os auxílios concedidos pòr intermédio
mundial. Poderei mencionar n3Ste parti- da Universidade não se lirriitam aos em-
cular as seguintes profissões temporárias préstimos • empregos.
exercidas por estudantes: repórt.rts, or. Paia u m a idf-ia tomemos alguns exem-
ganistas, músicos de orquestras, cantores plos de atividades deste gêneradlescuvol.
d e coro, guarda-livros, arquivistas, biblio- vidas por universidades.
tecários, bilheteiros de teatros, cinemas A Columbia e m u m período letivo pro-
estradas de ferro, encarregados de ves- porcionou, além dos empréstimos por con-
tiários, indicadores de cinemas, motoristas. ta dos fundos já mencionados, 1.400 fel-
garçons, camareiros acensoristas, caixei- lowships e scholarships de 100 « 2.000 dó-
ro s e m armazéns e outras casas comer- lares, cujo total, abrangendo os emprésti-
ciais, operários agrícolas industriais. A s mos, chegou 595.381 dólares.
moças qeu trabalham para estudar exer- N a m e s m a ocasião a N Y A auxiliou 490
cem geralmente profissões caseiras, de estudantes desa universidade com 46.817
camareiras, garçonetes, costureiras, go- dólares.
vernantas. Exerccmo, também .encargos U m antigo aluno da Escola Médica da
de caixeiras de armazém de outras ca- John's Hopkins University promoveu u m a
sas de negócio. campanha destinada a angariar fundos
A "Women's Educaáonal and Indus- para "scholarships" Sua idéia encontrou
trial Union" verificou certa vez. que 35'/< éco c apoio no "Advisores Board" Foi
dos alunos que trabalham para estudar. constituída u m a comissão com u m repre-
na Universidade de Boston Colégios sentante de cada turma de diplomados. O
anexos, exerciam os encargos de empre. plano foi lançado e m 1941 e limitado ex-
gadas e m casa de família. clusivamente aos antigos alunos. N o ano
E m certos casos recebiam, como recom- seguinte estava já registada soma de
pensa, quarto, comida * dinheiro para 15.903,75 recebida de 84B, subscritores.
transporte. Outra s percebiam, além dis- A Escola Médica deu 3.500 dólares e
so, u m a dois dólares por semana. Johnis Hopkins Medicai.
Atingiu total de 20.000 dólares.
Conta Kelly que as jovens americanas RUA BARÃO DE ITAPETININGA. 54
dão preferência aos serviços domésticos. N ã o preciso ir além.
Fato interessante é revelação de que
'RUA 15 OE NOVEMBRO, 118 AVENIDA RANGEL PESTANA, 1531
A relação dos empregos para estudantes
— 34 — " O BISTURÍ

intacto podendo beneficiar outros, indefi-


DEPARTAMENTO
nidamente. Crescerão os fundos pela adi-
ção de novas doações de altruístas. Con-
correndo para tal fim estarão os doado-
res seguros de que sua dádiva se multi-
plicará, anos em fora. Proporcionará no-
vas oportunidades 'aos seus jovens patrí-
Conceit uando...
N a penúltima Assembléia Geral do
Centro que, para não fugir às nossas tra-
que é de César" Sendo assim a íle cai.
bam, talvez, as maiores culpas pelas de-
CIENTÍFICO
(o)
O Departamento Cientifico do Centro
cios com aptidão e vocação para as car- dições, Contou apenas com presença de ficiências do momento, seja porque não
Acadêmico "Oswaldo Cruz", muito tem
reiras ' em que se empenham. Os estatu- u m a minoria de colegas, ventilou-se de- tenha sabido fazer u m regulamento à ai-'
contribuído para o desenvolvimento das
tos da F. A . E . T. são u m modelo de moradamente o problema complexo das tura das necessidades dos estudantes, se- atividades culturais dos acadêmicos de
circunspecção, dignidade e elevaqão m o . nossas reivindicações junto ao Hospital ja porque, tendo feito u m ótimo regula- medicina, incetivando o interesse pelas
ral.' das Clinicas, tendo sido muitas as criti. mento, não cuide de que êle seja cum. pesquizas e questões cientificas.
Dentro dos seus moldes qualquer mem-' cas feitas aos atuais trabalhos, mas pou- prido pelos funcionários responsáveis e Foi fundado há 14 anos por u m grupo
bro da "mocidade brasileira do Estado de cos os novos rumos traçados a serem se- dirigentes do Hospital. de estudante, tendo ã frente, Eduardo
São Paulo ou cujas famílias ali residam", guidos. Ora, o Centro Acadêmico "Oswaldo Etzel. Paulo de Almeida Toledo Sebas-
podem, sem qualquer constrangimento, Parece-nos errada a política de s e es- Cruz", que é nosso órgão máximo de tião Hermeto Jr., que concretizaram as-
solicitar empréstimo para realização de tar, e m todas as oportunidades, vitupe. representação, .tem o Departamento de sim, u m a velha aspiração do s alunos de
"seus estudos de engenharia ou outros de rando contra os graduados do Hospital, Ensino Médico, ao qual estão afetas nossa Faculdade. Foi constituída, então-,
caracter técnico com ela relacionados"1' pois, tal forma de reclamo não só deixa- questões dessa natureza. A êle compete, a primeira Diretoria, encabeçada por E-
A s associações estudantinas também se rá de ser ouvida, mas poderá m e s m o ser pois, expressar 1 nosso pensamento di- dnardo Etzel. A seguir ocuparam a pre-
ocupam com obras deste gênero. ridicularizada, desde que se a deturpe-* rigir o trabalho de conquistas nesse cam- sidência do Departamento Científico: Pau-
N o Centro Acadêmico Osvaldo Cruz, com u m a possível interpretação falsa, po. Agora estamos d e acordo com o pen- lo de Almeida Toledo, Jaime Rodrigues,
da Faculdade d e Medicina da Universida- trazendò-a ao campo mesquinho dos acir- samento geral da Assembléia de que 1 Silvio Bertachi, Aloisio Matos Pimenta,
de de São Paulo existe o Departamento ramentos pessoais. E mais ainda, estar- Dep. de Ensino Médico seja integrado José R a m o s Jr., Mário Degni. José Fino-
Beneficiente Arnaldo Vieira de Carvalho se dizendo aos quatro ventos que o pro- por elementos d e todas as séries do cur- chiaro, Emílio Mattar, Carlos da Silva
qu e presta assistência econômica aos es- blema precisa ser resolvido, que devemos so, formando u m Conselho. Acrescenta. Lacaz, Atílio Zelante Flosi, Fuad Al As-
tudantes necessitados de auxilio. agir, que não nos servem métodos proto- mos, apenas, que êle deverá ser dirigido sai, Ary do Carmo Russo e Paulo d e Cas-
Faz empréstimos em dinheiro. Conse- colares é também inoperante e não foge por u m colega dos dois últimos anos, pre- tro Corrêa,
gue isenção de taxas escolares e obtém ao terreno pouco prático da crítica des- ferentemente u m doutorando, cuja expe-
N o corrente ano o Departamento Cien.
emprego. trutiva, cujo único resultado será a exa- riência é imprescindível no tratar de as-
tífico vem apresentando u m elevado nú-
As concessões são feitas sob sigilo por cerbação de ânimos, precipitando.nos a suntos dessa importância.
mero de realizações, graqas ao esforço
u m a comissão de seis estudantes, presidi. atitudes sem firmeza e sem a senso de Assim, o Departamento poderá cuidar,
dos seus diretores, Otávio de Morais Dan-
da por u m professor catedrático. oportunidade tão necessário. de maneira conclusiva, dessa questão do tas, presidente K João Sampaio Góis Jr.
A s associações de antigos alunos dos A sugestão, pensamos, é u m comple- Hospital das Clinicas: E m iii o Salum, secretários.
estabelecimentos de ensino da Universida- mento indispensável à critica, pois quem l.v — analizandó detalhadamente to- Foram realizados os seguintes cursos:
de de São Paulo têm cuidado do problema- critica desfavoravelmente é porque está dos os defeitos da organização do Hospi.
A pioneira, "entre todas, da Faculdade enxergando erros « quem vê erros é por- tal, que causem prejuízos aos alunos da 1 — Propedêutica do Aparelho Circula-
de Medicina daquela Universidade, tem que conhece o certo e o caminho para » Faculdade e m geral e, si possível, dos tório, pelo prof. dr. Ariovaldo de Car-
posto em prática o princípio de auxílio êle se chegar. Fora disto, em nosso ca- alunos de cada série separadamente; valho .
na presente administração de Felício Cin- so, tudo será u m amontoado de palavras 2.o — formulando sugestões, qu e vi- 2 " — Propedêutica do Aparelho Respira.
tra Prado. que não encontrará éco e acabaremos mes- sem dar solução a todos êsses problemas, tório, pelo dr. Piero Manginelli.
Fazendo desse modo u m ligeiro "mis au m o chamados de "turma do contra", quan- cuja existência é para nós desfavorável; 3 — Propedêutica do Aparelho Circula-
point" da questão com as falhas que por- do se sab e que a razão está conosco sem 3.o — levando tais sugestões, não tório, pelo dr. Aldo Bruno D e Finis.
ventura existam nesta exposição que não dúvida sem discussão. funcionários graduados do Hospital im- 4 - — Propedêutica do Aparelho Respira-
pretende ser completa, tenho o intuito de A resolução do nosso problema, ou me- possibilitados de agir, seja pelo firme pro- tório, pelo dr. Febus Gikovate.
demonstrar como problema de assistên- lhor, o meio para essa resolução deve nas- pósito de executar à risca os regulamen- 5 — Propedêutica do Aparelho Circula-
cia ao estudante se tem imposto natural. cer de nós mesmos, de u m trabalho geral, tos errados, seja por u m a predisposição tório, pelo dr. Rafei Giannella.
mente como necessidade indispensável de u m a verdadeira cooperação, de u m mo- que no s é pouco simpática, m a s a auto. 6 — Propedêutica do Aparelho Respi-
aqui e alhures. vimento conjunto decisivo que tenha ridades diretamente responsáveis e que ratório, pelo dr. Enio Barbato.
A s escolas gão feitas para estudante. por base sólida nossa união indissolúvel porisso m e s m o são as únicas com reais 7 —' Propedêutica Ginecológica, pelo dr.
O estudante deve ser, portanto, o alvo de por arma » convicção que não nos de- poderes de ação. Licinio H . Dutra.
toda a nossa atenção. Deve ser tratado ve faltar dos direitos que são nossos. Só assim nos parece decisiva a orienta- 8 — Propedêutica Obstetrica. pelo d/.
não somente sob o ponto d e vista da edu- O Governo do Estado organizou o Hos. ção a ser tomada. Que é preciso, resolver H. Neme.
cação e instrução, no.sentido pedagógico pitai das Clinicas, cujo objetivo principal, » problema, não se discute. D o contrá- 9 — Propedêutica Endocrinológica, pe.
e didático, como ainda sob os vários as- pensamos, é o de ser campo propício para rio êle ficará para nós, sendo u m mal crô- Io dr. Atilio Zelante Flosi.
estudos, cobrindo a grande lacuna existen- nico. E os males crônicos acabam» quasi 10 — Propedêutica Física Funcional
pectos da sua vida durante o período aca-
te no meio de ensino médico paulista. Por- sempre, conformando os pacientes. Con- do Aparelho Digestivo, pelo dr. José Fer-
dêmico.
Eis porque desejo que maior amplitude tanto, será o Governo ' do Estado, e m fiamos, porém, em que tal conosco jamais nandes Pontes.
seja dada aos beneméritos aparelhos de qualquer época, por suas mais altas ex- se dê. 11 — Patologia e Terapêutica das Mo-
pressões, o responsável pelas condições Agosto de 1945. léstias Infecciosas, pelo prof. dr. Oscar
amparo que se tem formado ao correr dos
tempos, entre nós. daquela organização, cabendo êle sa- Monteiro de tikrros.
Pretendo a criação de u m Departamen- nar os erros existentes e dar "a César o ÁLVARO DA CUNHA BASTOS 12 — Discussão de Casos Clínicos, pelo
to de Assistência funcionando na própria prof. dr. José Ramos Jr.
13 — Orientação Geral no Diagnóstico
sede das organizações universitárias ou
Tratamento dos Reumatismos, pelos
das escolas superiores isoladas. Pugno
por u m a organização de caracter extra
burocrático, dispondo' de fundos patrimo-
«Sala de recreio do HC.» c
professores drs. José Ramos Jr.,, Luiz V.
Decourt e Paulo de Almeida Toledo.
14 — Cirurgia PÍástica, pelo dr. J- Re-
niais, com administração d e mãos livres, didos durante todo o tempo que permane.
A maioria daqueles que perambulam pe- belo Neto.
exercida por u m a comissão executiva e cem no 8.0 andar. E quem faz isto? São
lo H . C , ignora, por certo que lá, fora 15 — Temas de Terapêutica Clínica, pe-
u m conselho deliberativo, em comunhão as alunas da Escola de Enfermagem da
as altas "íutricas" e complicadas buro- los professores drs. Luiz V . Decourt, Rey.
com o Departamento d e Assistência. Es- Faculdade de Medicina. Algumas delas,
cracias, existe algo de útil ao próximo naldo Chiaverini, Inácio Alves Corrêa,
te fará todo o trabalho burocrático caben- não pararam ante os obstáculos que se
que toca m e s m o ao coração de qualquer Ariovaldo de Carvalho, João Alves Mei-
do ao seu chefe a função de secretário ge- lhes antepuzeram na realização desse
mortal. U m a parte desse "algo", bem ra, José Ramos Jr., Orestes Rossetto,
ral da comissão executiva do conselho ideal e estas m e s m o uão esmorecem na
grande aliás, é a Sala de Recreio para os Jairo Ramos, A . Ulhôa Cintra Bernardi-
deliberativo. manutenção desta grande empresa. Não
doentes que funciona no 8.o-A na ala no Tranchesi, e pelos dr. José Fernandes
Comissão conselho serão presididos sabemos quantas são as que se dedicam
central da 3.a Clinica Médica. Pontes, Michel Abu Jamra, Hélio Lou-
pelo reitor nas Universidades pelos di- de corpo e alma a este trabalho à pro-
Para ali, e m determinados dias vão os renço de Oliveira Emilio Mattar.
retores nas Faculdades escolas isoladas. paganda entre as suas colegas para que
doentes, ou os homens, ou as mulheres ou
Serão membros da comissão e do conse. êle não sofra solução de continuidade. En- Foi realizada u m a conferência pelo prof.
então as crianças. Estes doentes poderão
lho antigos «lunos estudantes designa- tretanto, deve-se notar que essas se pron- dr. Benedito Montenegro, sôbre "Cirur-
ir distrair.se sem "cartões" pois basta
dos, respectivamente, pela Associação dos tificam voluntariamente para isso. Não gia das Vias Biliares", por ocasião da
que possam se locomover e qu e haja quem
Antigos Alunos pelas agremiações estu- há obrigação nenhuma, nem por parte do posse da atual Diretoria. Juntamente
os leve. E então, conversando entre si,
dantinas. jogando dominó, tômbola ou baralho, ou H . C , nem por parte da Escola. com a Associação dos Antigos Alunos da
Ambiciono amplo patrimônio. ouvindo música, passa aquela gente minu- C o m o coração na mão e demonstran. Faculdade de Medicina, foi promovida
A dotação inicial deverá ser feita pela tos d e satisfação, esqúecendo-se m e s m o do u m grande amor ao próximo, princi- u m a conferência do prof. dr. Edmundo
União ou pelos Estados que. além disso, que sofre de algum mal do corpo. palmente quando este se encontra nas con- Vasconcelos sobre "Algun s Aspectos do
igualarão, anualmente, valor das doa- Muitos já se acostumaram t logo após dições d e doente de u m Hospital gratui- Ensino Médico nos Estados Unidos" O
ções de origem privada. o jantar esperam ansiosos que alguém os to, vão estas moqas expontâneamente ou Departamento Cientifico fará realizar
Sugiro que os doadores sejam considera- leve para « sala de Recreio. após pequeno "sermão" de alguma cole- ainda este ano, mais alguns cursos e con.
dos contribuintes ou beneméritos de con. C o m o tudo o que é útil, esta Sala tem ga que lhe aviva na alma a caridade, pro. ferências. que se acham e m organização.
formidade com o valor da sua doação pa- também a sua história. A grandiosidade proporcionar aos também "filhos do sol" ' O interesse despertado por esses cursos
ra a capital destinado aos empréstimos. do seu significado sombreou, porém o seu alguns momentos de alegria que não po- pode ser bem avaliado pela elevada fre.
Os empréstimos, as colocações que não passado. O que importa é que lá está ela dem ter por estarem longe do lar ou por quência observada nos mesmos, que ul-
interfiram com o horário escolar, 03 con- notável realização n õcampo da assistên- não terem lar. trapassou de 100 alunos no Curso sxibre
selhos e orientação solicitados concedi- cia social aos doentes, de máxima impor. M e s m o na "sala de recreio" os doentes "Orientação Geral no Diagnóstico e Tra-
dos sob sigilo ou não, conforme o caso, tância para o momento já que entramos tomam os seus remédios pois as alunas tamento dos Reumatismos" ,e atingiu per-
formarão o còmputo das atividades a se- de cheio para Medicina psico-somática. vêm até ali. N u m a homenagem dos en- to de 200 no Curso sobre "Temas de Te.
rem desempenhadas no Departamento de Os doentes, entretanto, lá não vão só- fermos à s "calouras", que assistimos, rapêutica Clínica"
Assistência ao Estudante (D. A . E " ) . sinhos desordenadameste. São eles pro- estávamos tão convictos de que eles já
Sua organização e funcionamento de. curados nas enfermarias, levados e aten- tinham esquecido os seus males que qua- REVISTA DE MEDICINA — Apesar
m a n d a m minucioso estudo. si impedimos que u m a aluna procurasse das inúmeras dificuldades, impostas pela
C o m a experiência poderá este serviço ali na festa u m doente para tomar re- atual situação, no que s e refere aos tra-
sofrer alteração até que se constitua co- auxílio visa apenas os moços de valor) médio. balhos de tipografa, ; nossa tradicional
m o u m aparélhamento eficiente provei- true irão contribuir valiosamente para o Sinceras congratulações a essas jovens Revista acha-se e m dia, apresentando ar-
toso. desenvolvimento e enriquecimento da na- justas esperanças temos naquelas que tigos originais, de grande interesse aos
A s somas empregadas darão elevado ção brasileira. E' incalculável, porém, vul- no futuro seguirão esse magnífico exem. seus leitores. Assim, Revista de Medi-
juro. São representados pela preparação toso o prêmio oriundo deste capital que pio de abnegação. cina, vem contribuindo para maior difu.
de jovcns selecionados competentes (o beneficia sem se extinguir. KAR-KAR. são da cultura médica em nosso meio.
O BISTURÍ" — 35 —
^_l r IICT31 C^IIIIIIIIMIIC^ IEIIIIC3 Tlllllhd^ílJllllllEirC^lll IMIC3I3IMIIE1II1ÍJC3 C^IIIIII[lll1IC31lllfl[ri[llC3IIIIIIIIIIIIC3»llllll|.flllC^lll|]|||||llC3Ílfllll4IIIIC2 rilli14C3ririlllltfll^^tllll[IFHIIC3 C3ftlllMIIIIIC2flll lllll»'-^

S e c ç ã o Livre
Para as Eleições do C A . O. C
Vote n a

1 fr^r^r=^r===k=Jr=ür=Jr=Jr=Jr=Jr=J

CHAPA ESFORÇO - CHAPA TRABALHO-A VOSSA CHAPA

Presidente - D u i h o C h n s p i m Farina
Vice-Presidente - Carlos da Costa Branco
1.0 Secretário - José de Souza Meireles Filho

~•~^~~"™"" (Chamberlain)
2.o Secretário - Américo dos Santos
• • • • • • • • • • • • • • • • ^^•••••••••^••m^iB^

1.0 Tesoureiro - jraja Lopes Ribeiro


2.0 Tesoureiro -jUSWaldO Monteiro de Barros
1.0 Orador WaltOn Carneiro H

2.0 Orador - José R. de Albuquerque FortgS


Diret. de Esportes - Ubirajara Barreto Dellape
Pjiiimiiiiiiciiiiim caiu iiciiiiiiiiiiiiiciiin iHiiiiiiiuiiiniiuiniiiiiWiiHiiiiiiiiH icinmiiiiini] uniu Hiiiiniiiiiiniiiimiiiiitiiiii caiiiiiiniiiicaiiiti ic iiiittmiiiEiiiiiiiiimiKaiiiii IICJIIII n
— 36 — "O BISTURÍ

A Força expedicionária Brasileira, gloriosa 20 — Concessão de u m período de repouso


pelos seus feitos e pelo seu significado, encer-
rava em suas fileiras algo de muito* nosso
OS ESTUDANTES NÃO SE ESQUECEM DOS SEUS remunerado, no mínimo de 30 dias, aos des-
mobilizados da FEB e F A B antes da reitegração
que e m nenhum momento deixou de ocupar o
nosso pensamento —
cionários.
O s acadêmicos expedi- COLEGAS EXPEDICIONÁRIOS e m suas ocupações-
21 — Conceder matr.culas gratuitas e m
qualquer grau de ensino aos expedicionários
3 — Que os estudantes expedicionários se- incluído a concessão de diplomas-
Assim foi que o VIII Congresso Nacional dos
jam matriculados nas faculdades em que dese- 11 — Para acautelar os interesses das Es- que o desejem.
Estudantes incluiu no seu temário "Reajus- 22 — Prioridade matrícula para os filhos
jarem realizar ou concluir seus cursos, inde- colas particulares, as medidas de ordem eco-
tamento dos Estudantes Expedicionários e Con- de expedicionários mortos. ou inválidos, em to-
pendente do número de vagas. nômicas, bem como o financiamento dos Cursos
vocados à vida Escolar" para tratar de u m a dos os graus de ensino.
4 — Creação imediata em cada Escola de de Emergência, Exames, etc. deve correr por
legislação adequada sem burocracia para 23 — Bolsas de estudo para, pessoa depen-
Cursos de Emergência constantes de progra- conta do Governo Federal.
todos os dosos, cursos de emergência, etc... dente da família de expedicionários mortos.
m a mínimo de cada disciplina, com cunho es- Medidas de ordem social, econômicas
De todos os estudantes partiram atenções 24 — Realização da campanha para doação
sencialmente prático, visando: médica:
ao tema e nós, da Faculdade de Medicina dc de casa de moradia à família de expedicioná-
a) preparar tais estaudantes para os exa- 12 — Q u e acadêmico expedicionário 'in-
Universidade de São Paulo em nome do rios mortos ou inválidos- ,
mes especiais de todas as disciplinas das séries gressem nos empregos sem concurso, bem como,
Centro Acadêmico "Oswaldo Cruz" quizemos Financiamento destas concessões: — a) a de.
que perdeu ou não realizou e m virtude da con- e m 2.o plano, tenham-na os estudantes con-
traduzir numa . tese-recomendação aquilo que n.o 20 por conta dos empregadores quando fo:
de há muito residia e m nossa mente: vocação; vocados em geral-
b) conseguir a recuperação cultural nectes* 13 — Q u e os estudantes expedicionários ou caso:
Eis tese-recomendação apresentada aos Jb) de n-o 24 e m partes iguais pelo Go-
estudantes do Brasil aprovada por unanimi- sária à perfeita adaptação ao regimem escolar convocados, quando submetidos concursos,
normal. para obtenção de empregos, em caso de empa- verno por campanhas populares;
dade:
5 — Colocação dos estudantes expedicioná- te com outros conaurrentes, gozem de priorida- c) A s demais concessões por conta do Gover-
I) Q u e seja dado ao convocado para
rios ou convocados como internos de hospitais, de na nomeação. no (Federal, Estadual Municipal)-
F.E-B. direito de recuperar tempo escolar
auxiliares de laboratórios, etc, ou como funcio- Medidas de ordem educacional, social, eco- As presentes sugestões submetidas a plená-
perdido do modo que achar conveniente, al-
nários de departamentos de prática profisio- nômica médic<*, extensivas *todos os ex- rio feram unanimemente aprovadas, sugerindo*
cançando ou não os seus antigos colegas de. a

nal para aperfeiçoamento de seus conhecimen- pedicionários, estudantes ou não: se sua pronta entrega as autoridades do
furma.
tos práti-cs, indepandentemente do número de 14 — Estabelecimento de seguro proporcio- país para que as referendem bem como sugeriu-
2) Que as Diretorias, Searetarias, CT.A.
vagas, ou com prioridade. na) às inhabilidades decorrentes da guerra. se que esta seja a principal tarefa da U N E até
"Congregações d ê m w máximo de atenção a
6 — Facultar ãos estudantes que não pude- 15 — Gosrantia de readaptação vocacional, a decisão do problema.
tcàqs os casos por mais particulares que se-
para os mutilados ou inválidos no exercício da A Comissão de Teses do 3.o" Ponte do Te-
jam, ouvindo acatando cs ponderações dos
estudantes convocados quando estes se senti- antiga profissão- " mário:
rem prejudicados. H OM ENAG EM 16 — Intervenções plásticas, aparelhos orto- M- F. Sabbag — Paraná
3) Que seja dada prioridade aos estudantes pédicos tratamentos de neuroses de guerra, Manuel Tanajura — Baía
convocados quando eles necessitarem de usai emfim, o emprego de todos os recursos capazes Roberyo Toledo — Distrito Federal
as instalações para seu aproveitamento de recuperar física .Tmentalmènte todo ex- Carmino Caricchio — São Paulo
.prático. pedicionário que deles necessitarem. ^Antônio Amaral Braga — R » Grande do Sul
4) Que os horários cursos extraordinários 17 — Criação de "bureau" de empregos José Franklin Casado Lima — Alagoas
necessários, sejam organizados atendendo aos para os desmobilizados. José Barbosa de Castro — Minas Gerais
Interesses e suqestões do estudante convocado. 18 — Doação de terras cultiváveis aos des- Sebastião Azeredo — Pará
5) Q u e seja fadultado ao estudante convo- mobilizados que as requeiram- E assim foi que os estudantes não se es-
cado o direito de optar por programas conside- 19 — Concessão 'de isenção de impostos aos queceram dos seus colegas expedicionarios-
rados mínimos e por médias de aprovação tam- que pretendam, depois de desmobilizados, en-
bém mínimas. C C CARICCHIO
cetar novos empreendimentos.
6) Q u e seja concedida isenção de taxas es-
l
• » » « • • » • « > " » '^.i» ^ | ^ » ^ • l ^ ^ » « ^ ^ « ^ ^ » ^ ^
colares ao estudante convocado tanto dos
períodos, e m que estiveram servindo à Pátria
como no restante da conclusão do curso que es-
tiverem fazendo.
NOTAS EXPLICATIVAS DO DISTINTIVO
7) Q u e estudante convocado para cr F- £•
B. tenha a sua ausência a certas aulas respei- identidade c o m conformação do plane- ponto central tias "ascloepia" formado
tada pelos professores e não levada e m conta Paulo H o m e m de Mello ta da aboboda celeste, u m sentimento pela intercepção das diagonais do retân.
para nota de aproveitamento prático, quan" guio e m que o templo fôr inscrito, coinci-
d e universalidade que se observa e m to-
do esta ansência teve por motivo reajusta- ram realizar exames vestibulares ou concursos dos os qu representam * m e s m a idéia e da c o m centro do desenho. Isso dá
mento do estudante expedicionário convocado de habilitação, devido à convocação, bem como qu e muito b e m se harmoniza c o m oespi- est« símbolo u m aspecto de solidez %.
à vida escolar. daqueles que e m razão do serviço de guerra importãucia de "célula mater* de que to-
rito da ciência.
8)) Q u e se recomende ao Ministro da Guerra devam mudar de cursos, matrícula no l.o O templo a palavra grega q u e pelo dos os outros se derivam.
facilidades para desmobillzação do expedi- ano do curso que desejem realizar, integrando- Ig\\al impressão dá o cimo do frontão
seu caracter personalíssimo não se p o d e m
cionário convocado mais brevemente pas- os então no sistema de Cursos de Emergência subordinar a n e n h u m estilo, inspiraram tocar circunferência central no ponto
sível. presvistos no número 4. e m que eixo do desenho a corta, as
linha dos pormenores do desenho.
Fizemos também empenho em temar parte 6 — A : "O estudante obnvocado para F. molduras da cimalha terminam naquelas
Primeiro, terminação dos raios sola.
na Comissão de Tsees para o Tema em, ques- E, B. deve ter sua ausência certas aulas res e m número de 14. que por ser múlti- m e s m a s linhas.
tão, _ assim colaborando com colegas de ou- respeitadas pelos professores e não levada em Para obter-se este resultado foi preciso
plo de 7, número cabalistico, fala das prá-
tros Estados pudéssemos confecionor algo de conta para nota de aproveitamento prático, ticas simpáticas empíricas da medicina acomodar as proporções do, templo ao es-
concreto no sentido do reajusramento dos co- quando esta ausência teve por motivo rea- paço,, usando prudentemente das liberda-
do passado, ainda vivas na tradição popu-
legas-expedlcionários à vida escolar. justamento do estudante expedicionário con- lar, cujas intenções poderão vir ser de- des' qeu u heráldica concede.
Nesse sentido após recolhermos todas J38 vocado à vida escolar ', A s colunas, e m n ú m e r o de quatro, se
finidas pela ciência de algum dia.
teses a respeito, resolvemos apresentar ao ple- 7 — Q u e a» propostas acima sejam extensi- alternam c o m vãos de igual largura, por
O letreiro foi estilizado e m o m a t o gre-
nário do VIII Conselho Nacional dos Estudantes vas também : estudantes do curso secundário maior conveniência de estética.
go, afinando c o m conjunto.
u m conjunto único de recomendações traduzin- ' ou de qualquer gênero de estabelecimentos de
do u m a síntese geral que foram aprovadas ensino- A serpente tem cm toda a sua extensão INFORMAÇÕES TÉCNICAS
por aclamação. 8 — Que, u m a vês realizados exames se- u m traço c m zig.zag, que além d e repe-
A aureola solar, será de metal amarelo,
R E A D A P T A Ç Ã O D O E S T U D A N T E EXPEDICIO- gundo os cursos de emergências resultando tir cimalha do templo e de constituir
toda cinzelada no sentido dos raios.
NÁRIO E C O N V O C A D O A VIDA E S C O L A R em reprovação, facultar-lhes exames de 2.a u m a primeira ordem de raios solares, com-
Os espaços marcados com verde, serão
Resoluções do VIII Conselho sêbr» importan- época, pelo menos 30 dias depois, bem como a binada c o m as linhas externas, forma u m
coloridos com esmalte verde esmeralda,
te tema: aprovação com dependência das matérias em o m a t o de estilo indígena brasileiro, que
os marcados com branco serão pintados
A Comissão de Teses, basseada nas teses que foram reprovados. mais confirma aquela nota nacionalista
enviadas pelo colegas M . F. Sabbag, Nelson com esmalte branco.
9 — Q u e sejam canceladas as dívidas con- que a serpente dá.
N a circulo central, onde os esmaltes se
Procopio Gomes Ribeiro, E. S. Bagdócimo, Mau- traídas pelo estudantes convocados e m suas A parte inferior da cobra e" toda de tra-
avisinham, serão separados por ligeiros
rício Gorender Virgílio Leal Júnior, Carmino Fa^Jldades, quando constituam entraves ao ços verdes dourados, convergentes, que
traços dourados, marcando os contornos
Cariodhio u m a tese enviada pela Comissão proseguimento dos e3fudos, à critério das repetem •:• m e s m o tema das colunas dos
pormenores do templo.
Estudantil de Ajuda ao Expedicionário Estu- Juntas Especiais de Readaptação. raios solares.
Eis ai leitores do "O BISTURf" os m o .
dante Convocado,da Escola Nacional de Enge- 10 — Que, aos estudantes expedicionários O templo grego acha-se contido no cir-
tivos que inspiraram criaqão d ©distin-
nharia, apresentou ao plenário de VIU Conse- ' se extendam os. benefícios do n.o 9 e mais culo do meio, que pela disposição do de-
tivo da Fac. d e Medicina.
lho Nacional de Estudantes, em sessão de on- inteira gratuidade dos seus cursos até fim. senho ficou excêntrico, permitindo que
tem, as seguintes sugestões sôbre o tema aci-
ma, o, que foram unanimamente aprovadas
pelos congressistas brasileiros:
Medida de óxdem militar:
l.o licenciamento imediato de todos os es-
tudantes convocados por qualquer das forças
armadas, desde que os mesmos não hajam as-
sumido compromissos quanto «, tempo de ser-
viço» ou quando não desejem continuar no ser-
viço ativo. v
Medidas de ordem escolas:
Z.o Creação e m cada escola de u m a JUNTA
Banco do Estado de São Paulo S/Ã
M A T R I Z : Sio P*ulo - R u a 15 de Novembro. 251 - Caix. Po.ul, 7S9 — End. telegrifico. B A N E S P A
ESPECIAL D E R E A D A P T A Ç Ã O D O ESTUDAN-
TE EXPEDICIONÁRIO O U C O N V O C A D O , com A G Ê N C I A S : A m p a r o - Araçatuba - Atibaia - Avaré - Barretes - Batatais - Bauru - Botucatú - Braz (Capítaü -
Caçapava - Carnpiuas - C a m p o Grande (Mato Grosso) - C a t a n d u v a - Franca - Ib.t.nga - tapetinugm - Jabot^bal
poderes para resolver todos os casos escolares
Jau - Jundiaí - Limeira - MaríHa - Mirasol - N o v o Horizonte - Olímpia - O u n n h o s - Palmital -^Pirajui - Pira*.
ou econômicos de tais estudantes, sendo suas sununga - Pre* Prudente - Quatá - Ribeirão Preto - Rio Preto - Santo Anastácio - Sao Carlos - Sao Joauim - S. |
resoluções independente de qualquer órgão José do Rio Pardo — Santos — T a n a b í — Tupan. |
administrativo encaminhadas diretamente à
ratificação do snr. Ministro da Educação.
A Junta acima compar-se-á dos segunites Depósitos - Empréstimos - Câmbio - Cobranças - Transferências - Títulos
membros: — a) diretor da Escola', b) 2 membros.
do Conselho Tédnico-Adminlstrativo; c) dois
membros do corpo discente indicados pelos Di-
- A s melhores taxas - as melhores condições - Serviço rápido e eficiente.-
retórios Acadêmicos.
O BISTURÍ " — 37 _

Dr. Carlos Virgílio Savoy


A liberdade e a pessoa
Pela observarão da natureza, encontra-
mo-la constituída par entidades indivisí- humana. Com as olhos fitos nessas conse-
veis perfeitamente dist ntas; sao os indi-
víduos, todos mais ou meno3 dependentes
entre sff de acordo com grau de interre-
lac-ão que os liga. E' assim que falamos de
u m livro, de u m gata ou de u m a roseira
humana
proclamando assim
berdade. Concluímos então que homem
qüências dos governos fortes, sempre os
repudiámos nio aceitamos na atualidade
os programas que, partindü do terreno-po-
grandeza de sua li- lítico sejam "todo um modo de viver". Se
de início regulam a vida particular afe-
como indivíduos. Tanto quanto u m objeto, é um indivíduo que pensa (uma pessoa) 9 tiva do indivíduo, que. irá mais tarde exi-
u m animal ou u m vegetal, o h o m e m se en- porque pensa tem de ser livre. A liberdade, gir do cidadão um Estado organizado
quadra nos limites de3sa conceituação. M a s dando a pessoa humana poder de livre- nesses moldes?
de imediato percebemos que êle poS3Ui mente conduzir-se no mundo, marca-a per- Se falham assim os meios extra-huma-
certas caraterísticas, algumas propriedades feitamente no universo. nos, a única solução será voltarmo-nos
específicas, que o elevam acima dessa cate- Ora, em artigo anterior, já tentáramos para próprio homem, buscando a chave
goria individual. conceituar a verdadeira liberdade, que í>e do problema nas potências da nossa pró- N o g recentes Concursos realizados e m
Aprofundando u m pouco nossa deve aspirar, assegurar, em uma palavra, pria alma. Realmente, toda revolução que nossa Faculdade distinguiu-se 1 figura
análise, vemos e m primeiro lugar que > viver! Já vimos que desmandos, no • ter- deva ser feit.a deve começar por uma re- distinta e amiga do Dr. C A R L O S VIRGÍ-
h o m e m tem noção de sua existência, sente reno moral, econômico e político, conduz ó estruturação do homem e partindo daí atin- LIO SAVOY, conquistando também a Li.
conhece sua realidade; é seu primeiro liberalismo sem peias, sem demarcações; gir todos os setores da sociedade, sem vre Docência de Clinica Neurológica.
atributo distintivo: faculdade de enten- concluímos pela necessidade da existência nunca perder de vista, porem. 3 centro da Dedicando-se desde 1 sua formatura ao
der, ou seja, a inteligência. T o m a assim o de algo que limite liberdade, atividade inteira renovação — pessoa humana. estudo e prática da Neurologia, lornou-
h o m e m u m a posição toda especial no uni- do indivíduo no terreno delicado que sã« O indivíduo não pode ver em seu seme- se o Dr. C A R L O S VIRGÍLIO SAVOY,
verso, poi3, é capaz de pensar e de apreen- as relações que o homem é levado con- lhante um concorrente esmagar, mas dono de invejável cabedal de conhecimen-
der pelo conhecimento realidade que trair com seus semelhantes, por viver em imagem de Deus, uma pessoa com os mes- tos teóricos c de grande experiência prá-
cerca. A inteligência liberta h o m e m das sociedade com eles; concluimos pela ne- mos direitos que êle próprio, um indivíduo tica, particularmente no tocante as rela.
cadeias que limitam -a atividade dos indi- cessidade de se indicarem ao indivíduo ções entre Eletricidade Neurologia, tor-
racional livre Nosso homem deverá com-
víduos, aponta-lhes caminho para In- linhas, aljm das quais êle já esteja inter- preender a necessidade de fazer certas nando-se u m dos melhores de nossos es-
finito desperta nele u m a vocação para ferindo naquilo que não lhe pertence. A pecialistas no assunto e destacando-se
concessões seus vizinhos, de lhes ceder
Absoluto, único ideal que agora o pode dificuldade está em imaginar como essas sempre como u m dos mais brilhantes dis.
."» parcela de si próprio que entra em cho-
saciar. O h o m e m sabrelevase então ao limitações devam ser sugeridas o mais cípulos do grande E N J O L R A S V A M P R E ' .
que com êleô, não só por interesse mate-
m u n d o dos indivíduos e afirma-se como simples seria certamente lançar-se mão de confirmando o valor e as tradições da Es-
rial de assim levar uma vida mais fácil,
pessoa; este é, portanto, " u m indivíduo u m organismo que, recebendo de cada in- cola fundada por esse insigne mestre e
divíduo uma, parcela de sua liberdade, mas por convicção de não estar alterando
de natureza racional" ou seja, u m indiví- do qua^ ? Prof. A D H E R M A L T O L O S A
usasse dessas prerrogativas para propor dessa maneira - harmonia da Criação. E m
duo provido de inteligência capaz de ter é digno sucessor.
consciência de sf m e s m o de seu papel tais limitações; entidade mais indicada conseqüência dessa orientação, haveria
Defendendo tese 'Mistcnia Gravis",
para realizar essa tarefa seria o Estado, melhor compreensão do matrimônio, orga-
no mundo. Dr. C A R L O S VIRGÍLIO S A V O Y apre-
Mas, falta ainda u m dado para completar já organicamente constituído nas socieda- nização mais sólida da família, com possi-
sentou o maior número de observações até
M. conceituação do h o m e m : tendo por sua des civilizadas. Mas, a experiência nos in- bilidade de desenvolvimento mais amplo hoje reunidas na literatura nacional so-
inteligência conhecimento da natureza de dica as experiências da guerra que ter- da personalidade dos filhos, maior respeito
bre essa rara e interessante enfermidade.
seus atos dos meios que podem levar minou nos provam que o Estada é um Mo- a pessoa humana na vida social, especial- revelando-se absoluto dominador do as.
êssés atos . determinados fins. j h o m e m loch de apetites insaciáveis, que, receben- mente a pessoa humana pobre à pessoa sunto, atualizando-se e expondo-o de ma-
tem poder para julgá-los consequente- do de início pequenas concessões, exige humana operária; seria possibilidade de neira clara precisa; apresentando nesse
mente para dominá-los dirigi-los.. Senhor sempre cada vez mais que elas se di- solução da questão social, problema que estudo uma observação anatomo.clinica, ~
de sua atividade, podendo norteá-la aa seu latem, até acabar por perturbar persona- . todos preocupa neste momento. primeira registrada no Brasil de ca^os
arbítrio, o h o m e m sobrepõe-se às regras do lidade do homem, pois, absorve sua liber- São Paulo, 27 de agosto de 1945. desa espécie.
mundo físico aos impulsos do instinto. dade, apanágio do indivíduo como pessoa E R N E S T O LIMA G O N Ç A L V E S Soube assim, o Dr. C A R L O S R VIRGÍ-
LIO S A V O Y defender com fibra e ener-
,• w M ^ a gia no campo cientifico o prestigio de

CASA D O ESTUDANTE Si
nossa Escola, com a mesma dedicação com
que nos tempos dc acadêmico defendeu
nossa Faculdade nas competições espor-
Franklin de Moura Campos tivas.
Professor Catedrático de Fisiologia da Faculdada Si de fazer.te cosciente, visse ensejo A' êle. nossas felicitações pbr mais es-
de Medicina de São Paulo D o que perdura há tempo e m m e u intento
se brilhante feito de sua carreira mê.
Si na alegria desse pensamento, dica.
A ti descortinasse m e u desejo...
Entre os problemas que Centro Aca- mios conquistados nos certames científi.
dêmico "Oswaldo Cruz" dev e estudar com cos e os troféos que marcavam as vitórias
Si desse amor crescente em que me vejo,
carinho sem demora merece destaque desportivas davam vida - graça ao am-
da Casa do Estudante. N o seu plano de
trabalho, q u e é grandioso merece :
biente. O edifício onde os estudantes re-
sidiam possuía ótimas instalações para
Falar ti, m e desse Deus momento...
Si vislumbrar pudesse m e u tormento, OS VELHOS!
A o teu olhar n u m tímido lampejo...
apoio de todos, já figuram três itens — banhos, piscinas por vezes, barbearias. bi- Fontana alma moça num rosto velho
residôncia, bolsa de estudo para os ne- blioteca, restaurante, salas para jogos Somos dois inseparáveis' companheiros
Si me prestasse ouvido Realidade,
cessitados assistência mêdico.social -- repouso, para reuniões cientificas, ou do Eu, ocabelos brancos, tú os tens verme-
caracter social e até para diversões. A o surdo éco que minh'alma invade,
que são assuntos vitais não podem ser [lho
A 8 contribuições eram modestas. M a s Quando diviso o teu corpinho airoso...
protelados. A sua resolução é u m impe- C o m o u m cardeal entre os colegas faceiros!
rativp da época que 'atravessamos. Já havia, sempre, uniu classe de alunos não
contribuintes. A estes Casa do Estu- Eu não sabia sie estavas em holocausto,
e m 1929, por ocasião da posse da 1. a di- Tens os olhos azuis, côr de azulejo
dante abria u m crédito, que lhes garantia O u si m e via gozando e m pleno infausto,
retoria da, Sociedade "Arnaldo Vieira de E m faces frescas qual botão q u e se não
a realização normal do curso. Mais tar- O u si m e via chorando e m pleno gozo...
Carvalho", ferimos nessa tecla. Anali- [colha:
de eles saldariam divida. Durante ANA CHORETA
zamos, então, a situação dos nossos estu- C o m o e m minha velhice enfraquecida.
curso, porém, tinham obrigações para [invejo
dantes menos favorecidos pela sorte e (o)-
dos que vivem longe da casa paterna. Re- com coletividade, pela execução das Tua potência, branca, novinha e m folha!
quais eram remunerados, a, assim, amorti
ssim, amorti. 'i 1
latamos que tivemos ensejo de verifi-
zavam os seus compromissos. j_ Agrupa Desta vida melancólica eu descrente,
car e m associações de estudantes de algu-
m a s escolas médicas dos Estados Unidos.
com
com todo

despesas
seu sistema de dormitórios amplos,
conforto, favorecendo e sele-
cionando o contacto social, reduzindo as
contribuindo, e m larga esca-
dos
questões básicas para
íelgnota
vivendo sob o m e s m o ! e duas
saúdeaos estu
dantes foram facilmente resolvidas: ali-
mentação e assistência médico-social.
Alimentação equilibrada, sadia farta,
E m minha frente ela passou u m dia,
E u que Veloso já fui, hoje no poente
Vejo ir.se minha vida como linda rapariga

E tú Fontana, ri da vida, vida


que fugiu de m i m e por mim tida,
escolhida e recomendada por nutricionis- Como sonhos doirados de espigas.
la, para desenvolvimento manutenção Serpenteando seu corpo luxuriante,
tas, com ) seu valor nutritivo perfeita. APOLONIUS
do espírito universitário. Reunindo alu- E recendendo u m aroma palpitante,
mente conhecido; assistência médico-so-
nos de cursos diversos, como era o caso Dos rubros lábios ninhos de poesia
cial continua, exames médicos periódicos,
Tinha no olhar, altivo e cativante,
da Universidade Harvard, q u e freqüenta-
para garantia da saúde do corpo do es- D o encantamento lírica magia,
mos durante dois anos, ' ou aproximando
mais os de cursos similares, como preferia
„ Universidade de Chicago, os dormitórios
pírito.
O curso de medicina é longo dispen-
E dos agudos seios resplendia,
Todo u m raiar de aurora fulgurante.
OUADRO SEMPITERNO
dioso. A responsabilidade do E balouçando
futuro mé- seu corpo qual serpente, Na natura, irradiando os esplendores
resolveram naquele país os problemas de
união de proteção da classe. A s horas dico será muito grande quando ele iniciar Ela passou tudo indiferente, * De sua beleza, áurea e definida,
o vida profissional. Daí necessidade de Ao m e u olhar, ânsia dos meus beijps* Fez fino artista após ardente lida,
de convívio não se resumiam mais nas de
u m a aprendizagem rigorosa consciente U m a sublime tela, em várias cores!
trabalhos escolares e de refeições, m a s se E, lá se foi deiqando n'alma minha,
para a execução da qual ele deverá con.
prolongavam pela noite, quando se reu- U m a paixão que errante se definha
sagrar toda sua atividade. A sua aten- O poeta quiz da vida seus horrores
niam nos salões de leitura, ou de diverti- N u m labirinto imenso de desejos.
ção não poderá ser desviada, m a s con- Pintar. Com inspiração, pronto nascida,
mentos, antecediam j^eía manhã, quarir ANA CHORETA
centrada nos afazeres escolares. E ' justo E m versos, retratou quadro da vida,
do praticavam desportes. E os dias dc
que sejam removidos os empecilhos que Com tinta feita das humanas *dôres!
descansos contribuíam, também, para que
comprometem carreira de muitos des-
as relações de amizade se estreitassem.
troem, por vezes, os sonhos que povoam oportunos, impedindo, assim, que setrans- Tempo destruidor! Pois enegrece
O quarto do estudante na Universida-
os seus eérebros, criados e mantidos pe- forme e m desilusão <x fé que os aquece A tela, : no porvir desaparece
de Harvard era simples. U m a pequena
la mais doce das esperanças — espe- lhes dá energia coragem. N u m a transormação que desfaz!
mesa, cadeiras, u m guarda-roupa e u m a
rança da juventude. E esse milagre só. Oxalá os estudantes da nossa Faculda-
estante formavam o mobiliário. C o m
mente poderá ser executado por intermé- de consigam resolver os seus problemas Com voz rouca, a miséria eqalta, berra:
seu enxoval os estudantes traziam as
cortinas, os enfeites, objetos de arte e as dio de u m a agremiação perfeitamente or- sociais com a construção da Casa de Os. Que enquanto existir magua na terra,
lembranças da família. N a parede nunca ganizada, qu possa socorrer os mais ne- waldo Cruz, obra grandiosa, humanitária Da vida o quadro não se apaga mais.
cessitados, justamente nos momentos patriótica. REGIS N O G U E I R A
faltava flâmula do seu clube. O s prê-
— 38 — O BISTURÍ"
<
N u m a dessas manhãs radiosas, de céu tância do ponto de vista médico, pois an-
límpido e muito azul. o repórter de O tigamente havia lá muita onça « sr, po-
ISTURí recebeu u m amável convite. Pas-
sando defronte ao portão ' da Santa Casa
U M A ÓTIMA AULA D E CLÍNICA MEDICA de prever que onde há onças há'perigo de
vida para o homem.
foi reconhecido por u m amigo que lhe ram dar a u m cubículof que por. sua vez Levantou-se u m mpço, que com voz tí- Daí o valor da profilaxia.
disse; se comunica com u m a sala u m pouquinho mida e u m tanto trêmula, começou; E m Buraco da Onça passa u m importan-
— Olá fulano, você por aqui a estas' ho- maior que é chamada de laboratório. Joaquim Filaboia —- 42 anos — brasilei- te rio o sr. sabe que é? N ã o sabe. E' mui-
ras! Venha, vamos comigo assistir u m a C o m o e m vasos comunicantes, as cadei- ro — solteiro — . lavrador — procedente to burro mesmo.
bôa aula. ., . ras preenchiam a pequena sala e se der- de Buraco da Onça. E' o, rio '«Acaba Alegria". Sabe o sr. de
A princípio hesitou m a a â força da In- ramavam pelo laboratório. Neste ponto foi interrompido pelo pro- onde provem esta denominação? E' que
sistência do amigo acedeu ao convite Era n u m a quinta-feira proisso o re- fessor, que lhe interroga; sr. saber onde neste rio havia muita traíra, que é u m
lá foram, Galgaram pequena elevação pórter foi avisado de que a aula seria de fica a Buraco da Onça? peixe terrível. Todo h o m e m que ia banhar-
que vai dar aoportão de entrada do hos- apresenatção de caso clínico. O pobre aluno, arriscando u m palpite, se nele sofria u m a certa amputação, após
pital prosseguiram e m direção A direita. N u m a das extremidades da pequena sala diz: fica na Alta Paulista. a qual lhe aparecia u m sindrome de m e -
Subiram u m a pequena escada a poucos — u m divam — espichado no qual des- — Qual Alta paulista qual nada. sr. lancolia. Q u e m sabe se este nosso doente
passos depoi^s dirigiram-se para a esquerda. cançava u m doente de olhos fundos, enco- é u m grande ignorante. H á 40 anos que não sofre disso?
N a metade do extenso corredor havia vados, de olhara parado, como que sonhan- sou. professor de medicina e há 40 anos Por aí o sr. vefifica quão importante é
u m ajuntamento de gente. Uns' de avental do c ó m u m b o m prato de comida. que exijor a geografia do Brasil. E' u m ab- geografia e m medicina.
branco, outros sem êle, todos n u m a Os alunos procruaram seus lugares. Logo surdo essa ignorância por parte dos srs. Neste ponto repórter já estava para
discussão animada. depois o repórter observou; por que será alunos. Nós não estamos no Japão, na estourar, quando alguém diz; está na hora.
— A s eleições no centro este ano serão que ficam duas ou três fileiras de cadei- China ou na Itália, estamos no Brasil. Po- O professor estão finaliza » sua mag-
fracas — dizia um. « T a m b é m , — dizia ras vazias lá perto do doente? risso eu exijo que os alunos -conheçam nífica preleção dizendo; tivemos, portan-
outro — com essas chapas michas que têm U m aluno, que ouvira observação res- geografia do Brasil. to, nesta aula, a oportunidade muito fe-
apareoido, que é que você queria?". pondeu; ",» que aqui na porção mais pos- liz de dissipar umas tantas duvidas que
terior a chance de fuga é maior" O re- Como poderá sr. diagnosticar uma pairavam na mente ignorante dos srs. alu-
Outro grupinho comentava: "A Mac-
pórter não compreendeu a resposta m a s bronquite crônica se não conhecer geo- nos,, sobre a moléstia tida havida como
M e d este ano está de colher... para a
calou-se T O ^ O T s°ntadoi. foi começada a grafia, pelo menos do Brasil? 'cor pulmonale crônico" E' como diz
Mac. Viram op rimeiro jogo de futebol?
chamada. C o m o ha gente de nome duplo E' u m absurdo tamanha ignorância. velho latim; "dissipare duvitas de caput
T a m b é m pudera, 11 contra 1# C o m o assim?
Buraco da Onça fica na Serra do Mar. asnus, divinum opus est"-
Ora, você não viu? A M e d só tinha v Fran- e até triplo aqui nesta terra, observou o
repórter. Alguém lhe diz: " N ã o se inco- E' u m a importante cidade, com quasi 50 O repórter levanta-se. com traços vivos
ca, porque o resto..."
habitantes, T e m u m a Igreja, com o res- de desespero e remorso pelo tempo perdi-
Doutro lado havia u m moreno simpáti- mode, dé vez e m quando alguém se es-
pectivo padre, u m a cadeia, nos fundos de do, estampados no rosto e disse ao seu ami-
co, que falava ria a bandeiras despre- trepa "
qual mora o delegado, possui ainda 2 bo- go; o diabo que queria ser estudante de
zadas, o repórter achou interessante Terminou chamada. Levanta-se u m
tequins onde se vende excelente pinga. E medicina nesta terra. Por tudo que haja
rapaz e procurou saber quem era êle. Logo respeitável senhor de baixa estatura, olhar
sr. sabe qual é » ação da pinga? Pois é. de santo, juro nunca mais assistir a isto
obteve a informação; "Aquele é o Vaquero, firme, cabeça luzídia, envergando u m aven-
não sabe, sr. é m e s m o a ignorância per- que c h a m a m de aula.
grande clínico lá de 4.a Parada, sfcío ati- tal por sôbre paletó.
sonificada. E foi a verdade. Apesar dos insistentes
víssimo do coveiro do cemitério de lá! " O repórter logo (deduziu; deve ser o
professor. "Senhor ^fulano" disse pro- A pinga é a responsável pelos filhos do convites que lhe temos feito, resposta
O bate-papo foi interrompido. Era hora é sempre - mesma, isto *'•. não.
fessor, pôde ler a observação do seu sábado, como este nosso doente aqui.
de começar aula. A turma começou Les eleves chatiés
doente >. Buraco da onça tem ainda muita impor-
entrar uns corredores labirínticoj que fo-

< Jubileu de prata do Prof.


Bravos, Trof. Briquet! Antônio Paula Santos
Decorreu no dia 20 de agosto a passa-
E m séculos que já se foram, feliz da. O dever do aluno é fazer exames e o Professor Briquet! g e m do 25.v. aniversário do prof. Paula
quele que Se disringuia dos demais viven- seu castigo é assistir as aulas. Dizem que a juventude é explosiva e Santos coino catedrático da Faculdade de
tes, por possuir e m dose u m pouco mais M a s sempre há, felizmente, as exceções. inconciente. M a s ela sab e reconhecer seus Medicina da Universidade d e São Paulo-
. elevada, aquilo que se chama muito osten- N u m a das primeiras aulas deste se- verdadeiros mestres amigos. Atitude N a dia 21 após aula costumeira, de
sivamente — cultura intelectual. E m ou- mestre, os alunos do 6.o ano foram sur- como a que acabais de assumir, ficara gra- Oto.rino-laringologia, o prof. Paula San-
tros termos, poderíamos dizer — os me- preendidos pela atitude assumida por u m vada perenemente no coraqão dos jovens tos enalteceu perante aos atuais douto-
nos ignorantes. distintíssimo e muito ilustre professor, que anseiam pelo apoio seguro d e u:a randos as figuras ilustres que no passa-
Por que eram eles felizes? Pela sim. que de fato merece ostentar tão alto m ã o que os guie aos pincaros mais ele- do tudo fizeram pela Escola para os
pies razão de que naquele tempo indi- dignificanbe titulo. vados da verdadeira medicina, lugar re- moços de boa vontade de então. O prof.
víduo procurava guardar bem no fundo Desceu da sua cátedra e veiu a 0 encon- servado aos mestres da mais nobres e su- tomado de emoção por recordações agra-
da cachola, tudo o que aprendia, nada tro dos anseios dos alunos. Fez mais: su- blime das profissões. dáveis apresentou aos seus atuais alunos,
transmitindo aos outros. D e modo que es- geriu aos alunos que apresentassem as Vós já tendes vosso lugar naquela com profundo reconhecimento, os nomes
tava sempre e m situação vantajosa e m razões pelas quaisv achavam que curso mansão. do Hilário Gouveia, Etheocles de Alcân-
relação ao s ignorantes. não estava sendo eficiente. Continuai, caro mestre, derramar as tara Gomes do saudo>o Arnaldo Vieirí.
Diz velho rifão: na terra dos cegos, E tudo isso n u m ambiente da mais luzes da vossa sabedoria e experiência. d e Carvalho e outros.
quem tem olho é rei. franca cordialidade e entendimento recí- sôbre < caminho Áspero que estamos Falando de improviso, doutorando
Portanto, naqueles velhos tempos não proco . palmilhar. E assim. guiados por mãos Carmino Caricchio e m n o m e drs seus co-
havia esse título tão honorifioo que há D e momento os alunos n e m souberam firmes seguras, poderemos percorrer. legas, do Centro Acadêmico "Oswaldo,
hoje, qual seja, o de professor. N e m mes- que dizer, ficaram m e s m o boquiabertos an. de fronte erguida, a estrada Áspera e ple- Cruz e (l°s alunos da Faculdade de M e .
m o por nomeação ou decreto do governo te tal atitude tão n u a e m nosso9 dias. na de escolhos qu e nos conduzirá ao fim dicina da Universidade de São Paulo ma-
haviíi professor. Era u m verdadeiro sal- Posteriormente tudo ficou ajustado e almejado e sonhado, qual seja. a forma. nifestou satisfação que todos sentiam
ve.se quem puder. queremos crer que de agora c m diante sai- ção de médicos capazes e concios de suas pela pasagem de data tão au-píciosa
Decorrente disso, . número dos igno- rão da Faculdade médicos capazes de responsabilidades, o que reverterá e m hon- hipotecou solidariedade às homenagens
rantes cresceu assustadoramente e c<>. atender, com conciência honestidade, JLS ras para a nossa Faculdade e glórias pa- àquelas figuras do passado.
meçou . preocupar os sábios -daquela épo- parturientes que necessitiirem dos seus ra Brasil. O orador congratulou-se com os cole-
ca. Então ficou resolvido que se deveria serviços profissionais. DOC gas por estarem frente de u m profes-
derramar u m pouco da luz da sabedoria, sor que sempre esteve ao lado dos alunos,
no meio da densa treva da ignorância. sacrificando.se m e s m o para resolução
Isso foi feito e achau-se que tudo es- de problemas destes últimos. Finalizan-
tava b o m . Nessa ('poça apareceram en- do colega Caricchio agradeceu e m no-
tão os Sócrates, Aristóteles outros que m e das gerações passadas ao prof. Pau-
reuniam e m torno de si. u m grande UÚ. la Santos pelo que êle fez por elas e con-
mero de discípulos que iam nbeberar-se citou.o a continuar a ser perante as ge-
naquelas fontes de sabedoria. E note-se: rações futuras o m e s m o exemplo de de-
freqüência era livre, completamente li- dicação e d e trabalho.
vre. Nasceram então os títulos d e Mes- O " B I S T r R í " aproveita oportunidade
tre e Professor, que eram conferidos Aque. para associar-se a essas homenagens in-
les que transmitiam seus conhecimentos timas e envia ao prof. Paula Santos fe-
aos mais ignorantes. licitações as mais sinceras e faz suas as
Os anos se passaram Terra conti- paíavras do colega Caricchio.
nuou sua trajetória e m torno do Sol.
Dizem que a história os tempos se
repetem e é verdade.
O titulo de professor permaneceu, m a s
Frases célebres
parece-nos qu e
cou.
sua acepção se modifi- 0 - Sabe que é chato gostar de 2 garotas
ao mesmp tempo? (Salzano).
fl
Voltamos aos tempos e m que cada u m ' <°>
guardava^ para si aquilo qe aprendia. Na-
da d e ensinar aos outros. A s escolas fo.
ram feitas para que se justificasse o titu-
a *Z o . a l g U m a Coisa P" ra m i n « ? (Au-
gusto Pereira).
T *
(0)
lo d e professor, porém relegando par a se-
isto nao seria u m a desconsideração
gui) do plano o componente aluno. Os po-
ao penm.sio do cremaster? (Sacramen
bres dos alunos que continuem mergulha- to).
dos na escuridão da ignorância. (o)
Aceitar sugestões ou opiniões de alunos — Sabe q U e Degni disse que eu vou
respeito de como deveriam ser minis. readqu.rir 5 0 % dos movimentos? (Be-
trados os cursos, é rebaixar, humilhar l
raldi). .
título d e Mestre. E ' descer da cátedra (o)
e misturar-se com aquela massa sem subs- — Q u e é isso titio? Espere u m pouco,
tância cinzenta. CREfctRA í?fe* * C V « A O ? titio. (as meninas do H . C. dirigindo-se
ao Caricchio).
O BISTURÍ •• — 39

Direções das Universidades. Estaríamos

O Ensino, Õ H. C., A Faculdade de acordo com esta grande liberdade se


os alunos também ou se somente gente
decente fosse chamada para dar esta or.
Colegas da Faculdade de Medicina da las e orientar cursos. Portanto esta inca- ganização própria As Universidades. Mas

e os alunos
Universidade de São Paulo! Homens de
bom senso! Somente em seus corações é
que pode encontrar éco voz de alguém
pacidade é desculpável. Porém, também,
nos parece que ninguém é obrigado
car entravando u m curso
fi-
prejudicando
não poderíamos concordar com fato de
tsta organização ser entregue «. pessoas
incompetentes ou iiresponsávei*. que in-
que se viu despojado dos seus direitos. centenas e centenas de jovens, s ó porque felizmente abundam por aí, ocupando
E, por isso mesmo é a vocês que nós nos Tocados fomos na nossa vaidade de o título de ''professor" é bonito ,. serve cargos da mais alta importância na vida
dirigimos. paulista, ao sermos indicados para rela- para aumentar o "cartaz" e a clinica par- universitária do país.
Nas nossas críticas e nas nossas acusa- tar tese d e u m colega mineiro, no V I U ticular. O érrei maior estA no classicismo estú-
ções, despojamo.nos das vestimentas co- Congresso Nacional do* Estudantes, tese Quanto de útil teríamos conguido se ao pido da mentalidade do- nossos dirigen-
vardes do medo e incômodas da hipocri- esta que versava sôbre: "Melhoria das em vez de termos responsáveis comodistas tes. Os programas são os mais extensos
sia; desprendemo-nos dos nossos interes- Instalações Escolares; caso particular da que foram ou não. submetidos a concurso, possíveis; quer.se impingir ao aluno, em
ses pessoais •; vemos acima dc tudo al- Faculdade de Medicina de Belo Horizon- tivéssemos catedráticos de fato que puzes. *eis anos, toda Medicina, inclusive o*
guém que, enfermo entregou ao médico 11 te" O colégu das Alterosas na sua argu. sem acima de tudo a cátedra e os alunos? seus casos raros e excepcionais. O nosso
sua pessoa, futuro do seu lar e da pró. mentação estabelece u m paralelismo en- De há muito tempo que nós ouvimos curso comporta todos os ramo s da medi-
pria Pátria. tre sua Escola > a Faculdade de Medi- como resposta menor agitação tenden- cina com programas os mais vastos. Por
A formação do médico em toclos os seus cina de São Paulo. Esta é colocada nas te endireitar alguma coisa, o seguinte: fim ninguém cumpre o programa ou
detalhes sempre foi ainda é da maior nuvens, com êste contraste conseguiu "Vamo* esperar a reforma do Ensino que quando êste é dado int*iio foi insuficien-
importância para concretização de qual- autor i aprovação da sua recomendação o sr. Ministro já tem prontinha prA sol- te na qualidade ou na ministração e nada
quer campanha tendente a melhorar as ao Ministro para 1 melhoria das condi- tar... E' assim que vimos agora a de útil ficou no cérebro dos discípulos.
condições de saúde do povo. Entretanto ções de instalação da Faculdade Mineira. trans-feiéncia 'Ia cadeira de Oto-rino-lorin. Se nós disséssemos aqui que no Instituto
fazem-se planos os mais brilhantes con- E dizia, a certa altura: "E assim, com gologia para 6.0 arto, sobrecarregando de Radiologia de Vkna no In-titulo
catenados. porém no momento da sua <*sse auxílio d) Governo, maior número dc ainda mais esta séiie, que agora conta Sklivasovich de Moscou se fazem técni-
transformação em realidade falta quem moços mineiros poderá estudar e mai* fa. também como mais Clínica Cirúrgica. cos radiologistas e ortopedistas u irauma-
os execute. Já tivemos oportunidade de cilmente assim serem mais capazes na Perguntamos: Pensaram êstes homens tologistas em dois anos apenas com cur.
comentar sobre os ótimos planos de assis- prestação de assistência médica quem no modo de encaixar tudo isto nos hora. 50* intensivos teórico-práticos, sem exigir
tência médica apresentados no I Congrer- precisar, etc. . .' rios já extensos do 6.0 ano? A h ! respon- formação universitária integral anterior,
so Médico-Social Brasileiro com relação Justamente São Paulo serviu de termo dem eles: " A reforma está aí, certas seríamos taxados de visionário*. Na ver-
ao Estado de S. Paulo, e agora na Baia de comparação. Também, pudera! Era matérias de especialidade serão faculta. dade isto lá acontece eficiência des-
tai* planos foram adptados para resolvei que mais podia impressionar, pois facha- tiva* se :;ssim tudo isso será possível..." se pessoal foi comprovada tanto nas fren-
o problema da saúde do povo nesse Esta- das entradas magistral* não faltam. Po- Tão velhos tão ingênuos!!! t( s de batalha como na retaguarda ante
do e noutros setores do Brasil. rém se c colega mineiro soubesse que Porque não pediram eles ao sr. Minis- as seqüelas que *e apresentaram".
Nós perguntaríamos aos estrategistas apesar de todas essas magníficas instala- tro u m ante-projeto des^a tão propalada Confiamos no alto grau de inteligência
desses planos: Quem executará com efi- ções, nem vinte alunos n u m futuro bem reforma? Nós. alunos fizemos. E o sr. do brasileiro e talvez pudesse êle apren-
ciência essas campanhas? E; para isso próxim sairão capazes para % ida prá- Ministro, se confiamos na sua palavra, der todos é.*ies ramos da medicina de u m
baseamo-nos no fato de qu e o principal tica, isto mesmo após "Arranjos" ou respondeu o que já esperávamos: "Eu não modo geral ^ depois *e dedicar «• u m ou
elemento apontado para realização des- "grandes escravaturas" conforme as opor. tenho propriamente u m projeto de refor- mai* setores em particular. Porém, isto
sas campanha* é n médico reeem-formado. tunidades, êle não diria isso. O nosso ma; dado contato que tive com direto- seria possível se esta* cadeiras todas
Entretanto, em vez de s e cuidar' da parecer sôbre tese deu-lhe a cotação -de re.-í professores das diversas escolas eu i<"'Sstm ministradas por gente sensata que
formação médica da mocidade, os respon. "útil" e recomendámos sugestão para tive de solver muitos problemas com eles, não pensasse que única cadeira impor-
sáveis por essa formação na nossa Esco- aprovação do plenário. Porém, no cora- tudo isto recolhido J, concatenado cons. tante fosse sua. e que as aulas i"=sem
la, não mais contentes com "Hospitais ção tínhamos mais a seguinte recomenda- tituiria a reforma porque tem que pas- tornadas mais interessantes e de um
Modelos" passaram querer fazer "Hos- ção: "Que a Faculdade de Medicina4 de sar o ensino" cunho mais prático.
pitais Padronizados" Belo Horizonte seja de fato igual em ta- Pobre Ministro! E, por fim, que vemos no H C._?
E m absoluto, não somos contra o pro- manho á Faculdade de São Paulo, mas Vive íin ilusão que essas suas soluções LA está uma ultra-e*pecialização. com
gresso médico da assistência hospita- que Se.ia muito melhor em qualidade de foram sempre magníficas decisivas. restrição ação dos alunos, as mais ab-
lar.- principalmente nas cidades onde ou- Ensino" Será que êle não sabe que tais soluções surdas e com u m a pompa impar. O Hos.
tros problemas relativos a e*sa mesma as- Colegas! foram sempre cheias de emendas, por não pitai pelo seu atual reglamento, *o dA
sistência já tenham sido resolvidos. Po- A quem cabe culpa de muitas e mui. terem alicerces firmes, e como soluções oportunidade d e aprendizado aos já for-
rem não podemos apoiar o fato de que. ias gerações terem saído desta Escola paliativas somente foram aceita* porque mados que lá estarão como "médicos in-
num país. ou melhor numa cidade como sem mínima noção de setores importan- resolviam situações angustiosas em que ternos" ou "médico* adjuntos" assim
própria Paulicéia onde a assistência tes da Medicina ou com noções insuficien- por muitas vezes se encontrou <. ensino. mesmo com certa dificuldade.
médica mínima necessária ainda é insufi- tes das partes mais básicas da Art c de carcomido que sempre esteve desde as "O Hospital vai ser padronisado. dizem
ciente para a população, se vá cuidar de Curar? A quem cabe, por exemplo, * cul- sua* bases ? eles. tem seu regimento <le ensino
"padronizar" u m Hospital o que natural- pa nas falhas de conhecimentos com rela- O Ministro ficou com íamanho medo de apropriado para uma reforma que está
mente exige atenção para u m grande nú. ção á Filologia. Terapêutica, A Patolo. fornecer "tal anto-proieto da Lei Orgâ- por vir hA anos, reforma esta que esta-
meio de minúcia* de requisitos disper- gia Médica, a Propedêutica Médica. - Pe- nica do Ensino Superior" aos aluno* que belece posto-graduado, etc..."
sanilo-se por isso energia dinheiro, que diatria, etc.44 etc. ..? foram ter com êle, a seu convite, para Nós perguntaríamos a esse" utópicos e
poderiam ser utilizados útilmente noutro Cabe única e exclusivamente estas discutir certos itens dessa reforma, qu* insensatos: A Faculdade está formando
sentido. E m vez de se ter em mente, an- mesmas gerações. Sim; porque é qu e es- chegou a dizer: "Se fôr para provocar ce- por ano, uma dezena de médicos ou oiten.
tes de tudo que H . C. foi construído tes jovens, do mesmo modo como fizemos leuma eu prefiro não mexer nisso agora; ta? Que não sejam infantis nas suas ar-
paia o Ensino, pensa-se em mandar vir com relação A amputação impensada que deixarei para qeu tudo seja discutido li gumentações, dizendo que Reforma vai
uma Comissão não sabemos de onde, pa se queria dar á útil cadeira de Clinica Mé- no Parlamento, m<U pretendo e*tar tam. vir, pois o *r. Ministro pretendi.' ser elei-
ia estudar e verificar a possibilidade da dica do 6.0 ano, não se revoltaram? Por- bém..." to para o Parlamento e discuti-la lá. E
"padionização do Hospital" que é que não s e recusaram a assistir n O sr. Ministro poderá estar lá no Par- se por acaso esta reforma vier, posto-
A culpa não cabe u m só. Cabe a to- preleções inúteis de muitos "medalhões". lamento, mas não serA com voto dos graduado qu c ela estabeleceria teria que
dos, inclusive aos próprios alunos. São Porque é que não se recusaram seguir estudantes. ser para oitenta não para dez. apenas.
êstes que fazem ) "cartaz" dos professo- a orientações erradas dadas 1 muitas Disse-nos ainda ile, da existência de Vamos sair desses sonhos dourado* de
res c êstes na ânsia d e brilhar ainda mais dessas cadeiras por seus responsáveis co. uma proposta dc alguns professores da "padronização" e adaptar as nossas ins.
vivem «onhar com "grandes castelos" modístas ou incapazes? Universidade d e São Paulo, de que o en- talações ás nossas condições e necessida-
aquecendo st. d e que só temos necessidade Só há uma explicação para isso. Êsses sino universitário deveria ser regido por des. Isto seria mais útil ao Ensino e ao
de coisas úteis e de que ainda não temos jovens apesar de conhecerem gravida- regulamentos de três ou quatro itens ape- Povo em geral.
alicerces para esses castelos. de de situações assim, deixaram-se levar nas ditados pelo Ministério, de modo
Os professores da Faculdade de Medi- pela Lei do Mínimo Esforço, tão aplicada* dar ampla liberdade de organização As C. C- CARICCHIO
cina da Universidade de São Paulo, sal. entre nós. E sempre diziam ainda di-
vo poucas mas honrosas exceções, esque- zem: "Deixa tudo como estfi para ver co-
cem-se de que têm este titulo d e "profes- m o é que fica". ^
sor"' porque devem "ensinar"
cem.se de qu e têm sôbre si
Esque-
responsabi-
Será que podemos confiar nesta m o .
cidade que-vem nos substituir, forjada que
SUCURSAL DO C. C. D. Presidente. Uszer Z.
unanimidade).
Dikstein

Vice-presidente, Odon Maranhão (por


(por

lidade' nada pequena da formação dc está sendo no espírito da luta pelo qu.-« é (o)-
unanimidade).
muitas e muitas gerações de médicos. E útil e pela destruição do que é inút 1 e C o m mais de 1 ano de existência, gran- l.o secretário, Lisias do Amaral.
que fazem? Se utilizam do título para supérfluo? de tem sido as manifestações de entusias- 2.o secretário, Marcos P. Rezende.
aumentar clínica, angariar postos ou Porque é que estas gerações do pas?a- m o recebidas por parte de Iodos os co. l.o tesoureiro, Aballa Abduch.
fazer "farol" Se 1 remuneração é pe- do não estabeleceram por si mesmas a legas. O Russo administra otimamente 2.o tesoureiro, Fuad Chaim.
quena, isto são no* interessa, porque eles "freqüência facultativa" a essas "boas esse grande clube. Bibliotecária. Rosa Stella Briquet.
nunca nos* reclamaram este fato. E se pulas" assim teriam mostrado aos assim
De todas as turmas, sobressaiu-se gran- A principio, o Cruz ficou em dúvida
não compensa remuneração, não devem chamados Órgãos Competentes e aos pró-
demente l.o ano. se votava ou não na chapa l-zcr, por-
eles faltar As responsabilidades que prios professores que nem mo*mo moscas
Justiça seja feita, o primeiro ano é que jA se tinha comprometido com Ja-
cargo lhes impõe, mas sim, abandonar gostariam de s e sacrificar para assis-
realmente "chato" De fato, entre 10 ca- bra.
ê*te cargo para não ter mais estas res- ti-las?
louros, 11 são "chatos" A sucursal conta com numerosos asso-
ponsabilidades. Todos, menos os alunos, têm medo da
ciados, como o Abrão, Osvaldo, Amaral,
A qu e vem todos êstes brados? Assim freqüência facultativa ás aulas teóricas. Mas o l.u ano não se faz notar so-
Wladimir, Cardoso, Soeiro muitos ou-
pode perguntar alguém. . . Porque? K' fácil deresponder: é porque mente pelo grande número, mas » princi-
tros.
Eles vêm como protesto solene ,ante eles estão certos que deveriam procurar a palmente pela excelente qualidade: cada
O Belda ficou louco da vida por perder
uma situação que em absoluto não se ada- aprender dar aulas, ou teriam de passar "chato" do l.u ano, vale por 2 do 2.o
para o Uszer e Odon, e o Wladimir Alfer,
pta As esperanças de uma melhoria de palavra para os mais capazes que fa. (evidentemente, com exceção do Gabriel,
que é chato p'ra burro, estava certo de
vida daqueles qu e já sofriam que zem parte destas gerações novas que es- Antranik, Samuel Vira e Mexe e outros)T,
merecer mai s que o Chaim ou Abdalla,
passaram sofrer mais com as conse- tão surgindo. E que desprestigio não cai- por 3 do 3.0, (idem, idem do René, etc.),
u m cargo na diretoria. Que se há de fa-
qüências da guerra, isto é do Povo. Não ria sôbre certos professores ao se vêr as 4 do 4.u e a progressão se segue.
zer .. .
podemos descuidar dos problemas da as. suas aulas completamente vazias?!? Por tudo isto e por motivos outros, a
Assim, instalou-se a 1.» sucursal do
sistência médica ao povo. agora muito A nosa razão não compreende certas diretoria do C. C. D. resolveu abrir en-
C. C. D.
mais sub-alimentados e predispostos por- atitudes tomadas pelos mestres e respon- tre o s calouros sua primeira sucursal.
Aos primeiros anistas, nossos sinceros
tanto inúmeros males. por isso não sáveis quando se apegam dP unhas d*n- Para esta, houve renhida eleição final-
parabéns por tão esmerada escolha.
deixaremos de incriminar os responsáveis tes aos seus cargos. Naturalmente nin. mente foram eleitos os seguintes para
pela formação de médicos incapazes. guém >"' obrigado a nasce sabendo dar au- dirigirem as chateações sucursal: O Amigo da Onça-
— 40 — •• O BISTURÍ "

Desde os tempos em que exercia inten-


sa atividade acadêmica no Departamento
Cientifico do C A O C , como secretário, se-
Á PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS E DOS EX-ALUNOS nos e ex-alunos têm, realmente, uma par-
ticipação mais direta na vida* da Facul-
dade. Os acadêmicos elegem o seu re.
cretário-geral e presidente desta notável
organização, trazia <* minha atenção vol- NA VIDA DA FACULDADE presentante no Conselho da Escola e ai
se discutem os grandes e os pequenos pro-
tada para fato da reduzida participação blemas do ensino médico.
que os alunos c ex.alunos tinham na vida
Por CARLOS DA SILVA LACAZ
O prof. A. de Almeida Júnior, presi-
Ua Faculdade, particularmente no que se (Doccnte-livre de Microbiologia e Imunologià da Faculdade dente d» Associação dos Antigos Alunos
referia ao ensino aí ministrado. de Medicina de São Paula).
davFaculdade de Medicina, em seu discur-
Reformas se projetavam, modificações
so de posse, encarou êste problema com.
se faziam nas cadeiras do "curriculum" para- s e lançar à vida prática com possi- deficiências do curso em seus múltiplos muita elegância, achando que os ex-alu.
médico, programas intensos eram organi- bilidades de êxito. Procura fazer u m ba. aspectos.
nos devem se interessar igualmente pelo
zados, cursos teóricos e práticos se minis- lanço dos seus conhecimentos sente-se, Si a função principal da Faculdade é
ensino médico, tudo fazendo para que as
travam, sem que a voz dos alunos fosse então, inseguro e deficiente em vários ra- formar bons médicos, na acepção mais
novas gerações encontrem u m ambiente
ouvida. mos e setores da medjcina, onde não ampla da palavra, fornecendo aos alunos,
cada vez melhor para seus estudos e ati-
Como aluno que fui desta Faculdade aprendeu aquele mínimo de conhecimen- com uma base científica, os conhecimen- vidades. Penso que seria muito vantajo-
como filho espiritual que dela continuo a tos que lhe permita iniciar a sua carreira tos que êíes necessitam para exercício
so a creação de u m "Conselho para Deba-
sèr, achava e acho muito natural que os de médico militante. Observador que é. o de sua nobre e elevada missão, que mal
tes referentes aos Problemas do Ensino
acadêmicos deveriam entrar em contato estudante sente-se, muitas vezes, revol. haverá em se ouvir as criticas e as suges-
Médico", constituído por representantes
mais direto com os seus mestres,v fazen- tado diante das inutilidades que lhe fo- tões dos acadêmicos dos ex.aíunos?
dos professores, de docentes, de assisten.
do-os vêr, muitas vezes, das vantagens ram ensinadas, das deficiências do curso, Obra meritória e democrática fariam to- tes, de ex-aluuos e de alunos. Neste con-
recíprocas que u m entendimento mútuo dos programas hipertróficos que não são dos os professores de nossa Faculdade, si
selho seriam ventiladas e discutidas todas
proporcionaria ambas as partes. cumpridos, procura então, auxilio de se dessem ao pequeno trabalho de ouvir
as questões de maior interesse para o en-
A meu vêr, êste ponto de vista e u outros colegas, para suprir as suas falhas as impressões dos alunos, dos doutoran-
sino da classe médico-estudantina.
mantenho até agora ,alunos e ex-alunos da adquirir os conhecimentos e a prática dos e dos ex-alunos, sôbre o curso e o en-
Assim, os alunos teriam u m órgão para
Faculdade, conhecedores perfeitos do va- que êle necessita para a sua carreira pro- sino por eles ministrado. Inquéritos bem
lor dos cursos que lhes são ou que lhes dirigir as suas críticas, sugestões ; até
fissional . dirigidos poderiam fornecer aos ilustres
elogios, os professores poderiam, então,
foram ministrados, são os elementos que, Si 6 aluno percebe nitidamente as fa- mestres de nossa querida Faculdade, ele*
conhecer perfeitamente, i eficiência ou
em contato com os diversos professores e lhas de nossa organização médica, o ex. mentos valiosissimos para a execução de
não dos seus cursos, tendo os elementos
assistentes, poderão, harmoniosamente, aluno, particularmente o recém-formado programas de ensino mais eficientes ^
colaborar de modo seguro eficiente, pa- necessários para, com a colaboração de to.
que procura interior elo estado para mais práticos.
ra que v padrão do nosso ensino se torne exercer a sua atividade clinica ou cirúr- dos, orientar o ensino de modo mais efi-
Durante minha estadia em Montevidéu
cada vez melhor.- gica, vê. com muito maior segurança, as ciente.
Buenos Aires, pude verificar que os alú-
De u m modo geral, as críticas dos alu- A maior satisfação que u m professor po-
nos têm a sua razão de ser. C o m efeito: de ter, é a de se certificai que os seu- alu-
— Há certas cousas no D. F. que, afinal nos estão tendo máximo provVp na
os acadêmicos elogiam os bons professo-
res, tecem comentários sempre elogiosos Com as meninas de contas, não ficam bem... especialidade que ensina. A maneira mais
aos cursos bem dirigidos e bem orienta. Tal é o caso de pura bigamia da Denise. eficiente de se colher êste dado, não 6,
_ Há no D.F. lugares adequados para
^los, procuram avidamente os mestre* que Pobres dos pereiras! Por enquanto ela m u ver, representada pelo resultado de
lhes possam auxiliA.los, com segurança a colocação de aviso mas, se o dito é impor-
está indecisa entre 2 deles; u m das Perei- provas escritas ou de exames, mas sim,
eficiência, mas criticam. muitas vezes tante e i' priciso que todas n vejam, é de
ra (Aracnídeo) está longe dos olhos... e a de se receber, democraticamente, as opi-
com razão, as aulas destituídas de inte- praxe colocá-lo... no espelho.
o - outro Pereira, (esse eu não esclareço niões leais e sinceras dos moços e dos ex.
resse, enfadonhas e pesadas, chegando — Há um aviso no D. F que reza no seu porque vocês sabem), perto dos mesmos alunos.
mesmo « fugir das preleções que -eles sen- bojo; -Quer jogar pin-pongue? Fale com olhos, mas nâo tanto assim! (Que gente Lembrando a creação desse Conselho,
tem insegura* e "cacetes" nada mais faço que cooperar, modesta
Mitsu, tal e cousa, etc". maliciosa que vocês são...)
Quando doutorando, tem estudante x' ' mas sinceramente, para resolução de
u m a vi*ão mais geral das coisas, analiza Mas, e a mesa que nós tínhamos, « ven- Vou aivsar u m outro pereira para que problemas que afetam profundamente o
o que aprendeu e que resia a aprender. to ou quem à levou? tome cuidado.., ensino da medicina em nossa terra.

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O "Bisturi' n o s E s p o r t e s
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XADREZ O departamento de Xadrez do C A O C ,


sofreu este ano, uma verdadeira revolu-
qão. A nossa sala está sempre movimen.
m e do C A O C . São eles: Fábio Dória do
Amaral, Norberto Augusto Longo
cisco Nastari. >
Ftan.
to e subjetivamente u m a fibra incomum,
grande coração e extraordinária pertiná-
cia, remo ensina e acostuma o indivíduo
Terminou Campeonato da F. U .
tada e nosso quadro de avisos se torna Foram classificados os enxadristas: a. suportar com animo fotre as adversidá-
P. E . Foi u m torneio acidentado. A sua
pequeno para espelhar as nossas numero- Osiag I. dos Santos| Manlio M . M . Na- des e fracassos da luta quotidiana. Quasi
excepcional disputa no l.o semestre, des-
, sissimas atividades. poli, Álvaro Cardoso. M . Rabinovitch, Jo- diariamente, madrugada alta ou ao cair da
falcou nossa equipe, que se viu privada
Entre as nossag maiores realizações se sé Sfínaider, Oswaldo M . Leal. tarde, os barcos singrando velozes as
do concurso do enxadrista Orpheu D'A-
destaca o: fato de nos termos filiado á A o ser lido este artigp, provavelmente águas do rio indiferente buscam .. perfei-
gostini, qu e ê no diezr de Eliskasses, u m
Federação Paulista de Xadrez. Somos Campeonato estará no meio. Esperamos ção do estilo, o apuro da forma e a dimi.
jovem mestre paulista. Além disto, « par-
agora uma entidade oficialmente regista- que ele cheguc a u m bom término indi- nuição dos tempos. E' na constância dos
ticipação de turmas absolutamente não
da na Federação temos uma equipe dis- que de fato os valores que representarão a treinos de longo percurso, onde o silêncio
credenciadas, veio .diminuir a seu pleno
putando o campeonato paulista por cqui. nossa Faculdade nu luta contra Ma. é cortado apenag pelo "op-op" rítmico do
brilhantismo. As irregularidades culmi.
pes, que se chama Torneio inter-clubes.. ckenzie. patrão, pelos resfolegar possante dos pei-
naram com a falta de organização ou de
D e acordo com desenvolvimento técnico tos hercúleos ou pelo espadanar da Água
interesse da turma da Faculdade de Di-
de nossa equipe, estamos disputando na B. O. MARTINS nos remos, que concomitantemente ao ca-
reito, que jogando completa contra a nos-
2.u. categoria. Naturalmente nosso me- lejar das mãos hipertrofiar dos múscu-
sa equipe e a da Escola Paulista, estregou / Diretor técnico de Xadrez.
lhor enxadrista, Orfeu Gilberto DAgosti- los', se desenvolve a força de vontade se
3 pontos por ausência contra o Mackenzie
ni, não pode fazer parte de u m a equipe de fixa a voluntariedade do caracter.
e 4 da presente para a Politécnica. Estes
fatos lamentáveis, embora não desmere- 2.a categoria. Mais dois enxadristas Depois, no dia da competição, pequena
çam as vitória da turma campeã, desequi.
libraram luta pelos títulos em jogo.
(Brandão
metidos quando
Martins) já estavam compro.
C A O C resolveu filiar-
REMO é „ diferença. A amplidão da raia, fator
contrário à concentração espiritual das
Apesar de tudo, conseguimos u m brilhan- se á Federação. Estes fatos vieram crear Após u m período no biênio 40.41, o Re- massas, dispersando a assistência, diluin.
te 2. o lugar seguind ode perto a Politéc- (e nós ficamos muito satisfeitos com is- m o na Faculdade foi obscurecido com « do o entusiasmo e abafando as aclama-
nica e ombro a ombro com nossos tradi- so) oportunidade para que se revelassem saída dos veteranos, que então Diretor ções, rouba ao competidor n estimulo e o
cionais adversários, os mackenzistas. novos valores. Por isso nossa equipe. do Departamento, erroneamente, teimou calor de sua torcida, que como no bòx ou
estreante « modesta, não pretende equipa- em escalar visando vitória imediata, no futebol pode leva-lo inconscientemen-
Os resultados quee conseguimos foram:
rar.se aos enxadristas experimentados de sem aproveitar nenhum dos novatos te i reagir e até vencer. Resta-lhe ape.
5 x 0 contra o C. A. Horácio Berlink.
outros clubes, mas principalmente dar aos até desencorajando-os. Desse modo, em nas «. fortaleza de ânimo e tenacidade
4 1|2 1|2 contra o C. A. 25 d« Ja.
novos, a "tarimba" que os torne dignos 43 e 44 contamos com remadores inexpe- pessoal para enfrentar durante longa
neiro.
quando se forem formando os atuais me- rientes e os resultados desfavoráveis se extensão da provat outros adversários
3 ~ 2 contra o C, A . XI de Agosto. sucederam. Porém, já em fins de 44 nos-
lhores valores. Graças a esta oportunida- igualmente convitos de suas possibilida-
3 2 contra o Mackenzie. sos remadores mais traquejados obtive-
de, teremos em breve uma nova turma. des. A prova de per si áspera e exaustiva,
2 1 2 x 2 1,2 contra o C. A . Pereira ram alguns resultados animadores. As.
possivelmente mais forte que a atual. é agravada muitas vezes pela forte ma-
Barreto. ' E » X A D R E Z continuará sendo por &im, fomos vice-campeões paulistas com rola que dificulta remada, ou pelo ven-
muito tempo ainda a nossa prova na 10 pontos contra 12 do Campeão; conquis. to que escurva a reta projetada, quando
2x3 contra o Grêmio Politécnico.
MAC-MED. tamos o 2.o lugar entre várias Escolas na não pelo albaroamento involuntário dos
Nossos pontos foram feitos por:
Regata de Santo Amaro, e afinal demos barcos. N a chegada o cansaço é geral, e
Fábio Augusto de Sou^a 5 pontos em
ATIVIDADES DO DEPARTAMENTO u m banho da cátedra nos médicos na l.a
6 jogos. ganha aquele que não se deixa dominar
DE XADREZ Mac-Med, organizado pelo sempre dinâmi- pelo desânimo e qú e mais sabiamente re.
Bersardo O. Martins 5 pontos em 6 co U . Dellape. servou as energias para a arrancada fi-
Reafleamos um campeonato da l.a tur.
jogos. ma, qúe contou com a participação dos Êste ano, poderemos fazer bôa figura nal.
Celestino Bourroul Filho 3 pontos em nossos melhores enxadristas, mai* seis nas diversas competições projetadas pela E. ao vencedor, rfão se tributam as
6 jogos. F U P E . e temos certeza que o Esqueleto aclamações estrepitosas das grandes as-
candidatos, escolhidos num grupo de quin-
ze candidatos, por u m torneio de classi- será u m osso duro para - Popeye, na pró. sistências,* nem se oferecem grêmios va-
J. R. Velloso de Asdrade 2 12 pontos
ficação . xima Mac-Med. liosos; porém prazer de uma vitória
em 3 jogos.
Dos quinze candidatos, abandonaram o Convidamos todos os colegas a compa- leal e arduamente conquistada, compen-
Laerte Ferrão 112 ponto em 4 jogos. torneio, por diversos motivos, que não recerem aos treinos desse salutar esporte, sam os sacrifícios dispendidos i estimu-
•Smill Aranzar 12 ponto em 1 jogo. queremos analizar. seis candidatos. Dos másculo por excelência, que. embora isen- lam à novos feitos. Parodiando Euçlides,
Orfeu DAgostini 1 ponto em 1 jogo. restantes, três. foram desclassificados nas to do sensacionalismo de outros esportes diríamos que: remador é antes de tudo
J. H . F. Brandão 1 1,2 em 3 jogos. eliminatórias, seus nomes devem ficar mais populares, sobrepuja-os todavia, em u m forte.
Este é o_melhor resultado alcançado pe. consignados, como u m a homenagem ao beleza, emoção e lealdade. Requerendo ob.
Ia nossa turma desde -1942. seu esforço e á sua dedicação ao bom no- ijetivamente um organismo forte perfei- OTTORB.

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