Aula 7 - Exodontia

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ISIA

MEDICINA DENTÁRIA – 3º ANO

CIRURGIA ORAL E ANESTESIOLOGIA

TEMA: EXODONTIA
DEFINIÇÃO
EXODONTIA é um procedimento que combina os
princípios de cirurgia e de mecânica física elementar.
Quando estes princípios são aplicados corretamente, o
dente pode ser normalmente removido do processo
alveolar até por alguém não muito forte e sem usar
força desagradável ou causar sequelas.
By: James R. Hupp
Durante o planejamento pré-extração, deve-se observar
antecipadamente o grau de dificuldade para a remoção do
dente. Se esta observação leva o CD a acreditar o grau de
dificuldade será alto ou se as tentativas iniciais de remoção
do dente confirmaram essa hipótese, um procedimento
cirúrgico cauteloso – sem aplicação de força excessiva -
deve ser efetuado.
É importante ressaltar que o uso excessivo de força
pode levar a acidentes perioperatórios como fraturas
ósseas e/ou fraturas dentárias. Além disso, o uso de
uma abordagem agressiva na cirurgia pode aumentar o
desconforto e a ansiedade do paciente durante a
cirurgia.
A maioria dos procedimentos de exodontia são
tranquilamente realizados sob anestesia local. Por isso,
é importante que o controle da dor operatória seja
adequado. Uma anestesia local profunda através do uso
de técnicas de bloqueio e infiltrações locais são
essenciais para uma boa condução de extrações
dentárias.
INDICAÇÕES
Dentes cariados que não possam ser restaurados

●Dentes decíduos que retardam a erupção dos


permanentes
●Doença periodontal avançada com perda óssea
acentuada
Mobilidade dentária e lesão de furca

Dentes impactados/retidos

Dentes supranumerários

Razões ortodónticas (falta de espaço no arco)


Fraturas radiculares e raízes residuais


Dentes associados a certas patologias


●Dentes danificados envolvidos em fraturas maxilares


e/ou mandibulares
CONTRA-INDICAÇÕES
●Doenças sistémicas, metabólicas, cardiovasculares
descompensadas
Hemofilia, Leucemia, Linfoma descompensados

Gravidez (1º e 3º trimestre)


Dentes presentes em áreas que sofrem radioterapia


Dentes localizados em regiões de tumor maligno


Pericoronarite em fase aguda



PRINCÍPIOS DO USO DAS
ALAVANCAS E DOS FÓRCEPS
Os principais instrumentos usados para remover um dente
do alvéolo são a alavanca e o fórceps.
Alavanca: ajuda na luxação do dente

●Fórceps: continua o processo através da expansão óssea e


do rompimento dos ligamentos periodontais.
O objetivo de uso do fórceps é dupla; expansão do alvéolo
pelo uso das pontas em forma de cunha e dos movimentos
do próprio dente com fórceps e remoção do dente do
alvéolo.
Os fórceps podem aplicar cinco grandes movimentos:
pressão apical, lingual, vestibular, rotacional e a manobra
de retirada do dente propriamente dita. Tais
movimentações visam romper as fibras do ligamento
periodontal e expandir o alvéolo. Ter um controle de forças
nessas manobras são imprescindíveis para evitar as
complicações já escritas anteriormente.
O fórceps deve ser adaptado no colo dentário e nunca
em tecido mole. Primeiramente adapta-se por
palatina/lingual e depois por vestibular, o mais apical
possível e com as pontas ativas do fórceps paralelas ao
longo eixo do dente.
INDICAÇÕES PARA USO DE
FÓRCEPS

Dentes com coroas hígidas


●Remanescentes radiculares que suportam apreensão


pelo instrumento
Dentes com doenças periodontais

Raízes e alvéolos com anatomia expulsiva



ALAVANCAS/ELEVADORES
As alavancas são usadas principalmente como
elevadores. Uma alavanca é um mecanismo para
transmitir uma força modesta com a vantagem de
mecânica de um braço de alavanca longa e braço efetor
curto em um pequeno movimento contra uma grande
resistência.
A exodontia através de alavancas é obtida a partir dos
princípios de alavanca de primeira classe1, cunha1, roda2 e
eixo3
INDICAÇÃO DO USO DAS
ALAVANCAS
Dentes com coroa destruída

Raízes isoladas

Dentes retidos após o seccionamento dental


Auxílio do fórceps

Etc.

O ponto de apoio para a luxação do dente deve ser
sempre em osso ou em dente adjacente que também
será extraído. NUNCA deve ser usado em dentes
hígidos como apoio.
VIAS DE EXTRAÇÃO DENTÁRIA
VIA ALVEOLAR: o dente é extraído no sentido do seu
eixo de implantação. O seccionamento dentário pode ou
não ser utilizado, a fim de dividir raízes de dentes
multirradiculares.
VIA NÃO ALVEOLAR: aquela em que há necessidade de
criar uma via de extração. Podem ser por Alveolectomias
(parciais ou totais) ou por Osteotomias.
EXODONTIA COMPLEXA
A exodontia complexa compreende dentes de difícil acesso,
com grande destruição coronária ou com importantes
dilacerações radiculares. São normalmente procedimentos
que demandam mais técnica, feitos de maneira aberta e uso
de manobras não comuns à exodontia simples via alveolar.
O uso de motores para osteotomia (ostectomia) e
odontosecção é comum. Tais procedimentos visam:
exposição adequada do dente, eliminar retenções ósseas e
prevenir acidentes e complicações.
CUIDADOS DO ALVÉOLO APÓS
EXODONTIA
Uma vez que o dente foi extraído, o alvéolo necessita
de cuidados apropriados. O mesmo deve ser curetado
apenas quando for necessário. Se alguma lesão apical é
visível na radiografia pré-operatória e esta não sair
aderida ao dente, a região periapical deve ser curetada
cuidadosamente para remover a lesão.
Pedaços de restaurações, cálculos, entre outros
fragmentos devem ser removidos com cureta ou ponta
do aspirador. Os remanescentes do ligamento
periodontal e o das paredes óssea sangrentas para
formação e retenção do coágulo. Curetagem vigorosa
desse alvéolo produz apens lesão adicional e pode
atrasar a cicatrização.
Deve-se verificar a integridade das paredes ósseas do
alvéolo e em caso de fraturas devemos remover os
fragmentos ósseas que não estejam aderidos ao periósteo
devido ao risco de criar necrose. Com palpação digital
deve-se inspecionar o alvéolo a fim de identificar espículas
ósseas, e caso encontre alguma pode regular com a lima
para osso.
Por fim, deve-se observar a formação do coágulo e
aproximar os bordos do tecido mole (técnica de Champret)
para realização da sutura.
MANEJO DO PACIENTE NO PÓS-
OPERATÓRIO
O paciente deve receber instruções detalhadas sobre os
cuidados, tanto por escrito como verbalmente. Mas
também deve receber esclarecimentos sobre possíveis
complicações, como hemorragia, dor intensa, edema,
trismo, entre outras.
Dor e desconforto leve a moderado é esperado, sendo
que analgésicos e anti-inflamatórios podem facilmente
resultar.

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