Etica Profissional
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Etica Profissional
Código: 708210750
Código: 708210750
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Índice
1. Introdução..................................................................................................................4
1.1 Objectivos...............................................................................................................4
1.2 Metodologia............................................................................................................4
3. Conclusão.................................................................................................................13
4. Referências Bibliográficas.......................................................................................14
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1. Introdução
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
Investigar e analisar os princípios éticos e deontológicos que norteiam as
diversas profissões, excluindo aquelas ligadas à educação.
1.1.2 Específicos
Descrever a situação paradoxal das profissões da educação;
Explicar a Visão redutora da profissional idade das profissões da educação;
Conceitualizar a Carência deontológica das profissões de educação;
1.2 Metodologia
A Ética é uma palavra que vem do grego “ethos” que significa carácter, modo de ser, mas
também morada ou habitação. Este significado aplica-se tanto para indivíduos como grupos de
sociedade. De acordo com Monteiro e Ferreira (2013; p. 54) a Ética e Deontologia é o espaço
para se pensar e reflectir acerca da pessoa humana, seja no seu universo pessoal (em sim
mesmo), seja no espaço relacional (com os outros), seja ainda na sua realização profissional (o
modo como se inscreve no que se pretende fazer).
Cortella (2010; p. 98) define a termo ética como conjunto de princípios e valores da nossa
conduta na vida junta. Portanto, ética é o que faz fronteira entre o que natureza manda e o que
nós decidimos. A ética é aquilo que orienta a sua capacidade de decidir, julgar, avaliar. Por seu
turno, Dias (2013; p. 67) definem a ética como um conjunto de valores que orientam o
comportamento do homem em relação aos outros na sociedade em que vive, garantindo,
igualmente o bem-estar social, ou seja, é a forma que o homem se deve comportar no seu meio
social. Tanto Cortella (2010; p. 98) como Dias (2013; p. 67) consideram a ética como um
conjunto de princípios e valores que orientam o comportamento do homem.
Na mesma perspectiva de análise, Bentham (1834) citado por Monteiro (2004; p. 54)
entende que na acepção restrita o termo deontologia designa os princípios e preceitos que
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Targino (2000; p. 67) observa que o termo profissão é originário da palavra latina
professione e remete ao acto de professar. Indefere a este termo um sentido de confissão pública
de uma crença, opinião ou modo se ser, conduzindo à concepção de uma actividade ou ocupação
especializada, que requer formação. Neste sentido, a profissão pode ser definida como uma
actividade, que exige conhecimentos e habilidades específicas, e que envolve algum tipo de
remuneração.
Na mesma senda, Comparato (2006; p. 89) define a profissão como uma actividade
pessoal, desenvolvida de maneira estável e honrada, ao serviço dos outros e para benefício
próprio, de conformidade com a própria vocação e em atenção à dignidade humana. Isto significa
que a finalidade do exercício de uma profissão é o bem comum. Este consiste num conjunto de
condições da vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da pessoa
humana.
Monteiro e Ferreira (2013; p. 54) explicam que do ponto de vista social, pode-se dizer
que as relações humanas são regidas por um conjunto de normas indispensáveis para a
organização da sociedade e sobrevivência colectiva. E desta asserção decore o posicionamento
do Monteiro (2008; p. 43) ao considerar que a maior parte das profissões têm regras, por mais
elementares que sejam, têm normas profissionais codificadas, que definem o seu objecto e
serviços, identificam, os valores e qualidades que distinguem a profissão e os respectivos
profissionais, assim com declaram as responsabilidades que assumem.
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Para Monteiro (2008; p. 44) existe um código cujo respeito é a condição de possibilidade
da coexistência, comunicação e cooperação entre os membros de uma colectividade. Assim, em
cada colectividade os homens encontram diversas formas para padronizar o respeito a tais regras.
Camparato (2006; p. 89) observa que a importância de se adoptar um código de ética para
as profissões são várias, isto decorre da necessidade de delimitar os espaços de actuação de um
profissional, neste caso, um professor, no contexto do seu relacionamento com o aluno e outros
membros da sociedade de inserção da escola.
NietzscheI (1997, p. 87) diz que a situação paradoxal das profissões da educação é um
tema complexo que reflecte várias contradições inerentes ao campo educacional. Este paradoxo
envolve aspectos como a valorização social e económica dos profissionais da educação, as
condições de trabalho, e as expectativas em torno da formação e desempenho desses
profissionais. Apresenta-se uma análise detalhada dos principais elementos que compõem esse
paradoxo:
dedicados. A educação é vista como a chave para a melhoria de indicadores sociais, como a
redução da pobreza e a promoção da igualdade de oportunidades (NietzscheI, 1997; p. 87).
vezes não foram abordados durante a formação inicial, como a gestão de sala de aula em
contextos adversos, a burocratização do sistema educacional, e a necessidade de adaptar-se
constantemente a mudanças curriculares e tecnológicas. Esse choque entre a formação inicial e a
realidade profissional pode levar à frustração e ao desânimo.
Nos dias atuais, o termo profissionalidade está, em grande parte, relacionado à “hiper-
responsabilização” (Sacristán, 1991, p. 63), que o discurso pedagógico dos segmentos
dominantes da sociedade confere aos docentes, ao acusá-los pelos baixos índices de
aprendizagem discente e a má qualidade do ensino. Esta situação reflecte o papel institucional
central que o sistema de ensino unilateralmente atribui aos docentes, pelo sucesso ou insucesso
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da educação escolar, de modo a tentar infligir um modelo de ser profissional aos professores
(Sacristán, 1991).
Visão do Professor como Profissional: O professor deve ser visto como um profissional
autónomo, capaz de tomar decisões fundamentadas.
Tavares (2004, p. 132) diz que a carência deontológica das profissões de educação refere-
se à falta de normas éticas e de conduta claramente definidas e aplicadas no exercício das
funções educacionais. Esse conceito envolve várias dimensões:
Cultura Organizacional: fomentar uma cultura dentro das instituições educativas que
valorize e promova a ética profissional. Isso inclui lideranças que dêem exemplo de
conduta ética.
Promover a Cultura Ética: Trabalharia para promover uma cultura de ética nas
instituições educacionais, incentivando práticas que valorizem a integridade, a
transparência e a justiça.
A criação de um órgão de novo tipo se faz necessária para enfrentar os desafios éticos
complexos que os educadores encontram em seu dia a dia e para garantir que a educação seja
conduzida de maneira justa, equitativa e responsável. Este órgão actuaria não apenas como um
regulador, mas também como um facilitador do desenvolvimento contínuo e da melhoria das
práticas profissionais na educação (Reboul, 2000; p. 54).
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3. Conclusão
Além disso, a pesquisa ressalta a urgência de se criar um órgão profissional de novo tipo,
capaz de promover não apenas a excelência técnica, mas também a integridade ética nas práticas
educacionais. Esse órgão poderia actuar como um mediador entre os profissionais, as instituições
de ensino e a sociedade, contribuindo para elevar o nível de profissionalismo, reforçar a
responsabilidade social e estabelecer padrões éticos elevados no campo da educação. Portanto, a
discussão sobre ética e deontologia profissional nas profissões da educação aponta para a
importância de repensar as práticas e normas vigentes, visando o aprimoramento contínuo e a
promoção de uma conduta ética e responsável em prol de uma sociedade mais justa e equitativa.
4. Referências Bibliográficas
Comparato, F.K. (2006). Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São Paulo,
Companhia das Letras;
Cortella, M. S. (2010). Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e
ética. RJ: Vozes;
Dias, M.S. (2012). Dar rosto ao futuro: educação como compromisso ético: In Baptista, Dar
Rosto ao futuro. Porto, Portugal: Proto edições;
Guerra, M. S. (2002). Como num Espelho: Avaliação qualitativa das escolas. In J. Azevedo
(Coord.) Avaliação das Escolas: Consensos e divergências (pp. 11-33). Porto: Edições;
Morin, E. (1994). As Grandes Questões do Nosso Tempo (4.ª ed.). Tradução de Adelino dos
Santos Rodrigues. Editorial Notícias.
NietzscheI F. (1997). Ecce Homo. Como se Chega a Ser o que Se É. Tradução de José Marinho.
Lisboa: Guimarães Editores;
Sacristán, José G. (1991). Consciência e acção sobre a prática como libertação profissional dos
professores. In: Nóvoa, António (Org.). Profissão professor. Porto: Porto Editora. p. 61-92.
Tardif, M.; Lessard & Gauthier, C. (2001). Formação dos professores e contextos sociais. Porto,
Portugal: Rés editora, 2001.