LIVRO - Empreendedorismo e Legislação - Volume 1

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Empreendedorismo

e Legislação

Obionor Nóbrega e Luis Lira

Recife, 2009
Universidade Federal Rural de Pernambuco

Reitor: Prof. Valmar Corrêa de Andrade


Vice-Reitor: Prof. Reginaldo Barros
Pró-Reitor de Administração: Prof. Francisco Fernando Ramos Carvalho
Pró-Reitor de Extensão: Prof. Paulo Donizeti Siepierski
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Prof. Fernando José Freire
Pró-Reitor de Planejamento: Prof. Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira
Pró-Reitora de Ensino de Graduação: Profª. Maria José de Sena
Coordenação Geral de Ensino a Distância: Profª Marizete Silva Santos

Produção Gráfica e Editorial


Capa e Editoração: Allyson Vila Nova, Rafael Lira e Italo Amorim
Revisão Ortográfica: Marcelo Melo
Ilustrações: Moisés de Souza, Priscila Barbosa e Juliana Silva
Coordenação de Produção: Marizete Silva Santos
Sumário

Conhecendo os Volumes......................................................................4

Apresentação.........................................................................................5

Capítulo 1 - Conceitos Básicos de Empreendedorismo no Brasil e


no Mundo................................................................................................7

O empreendedorismo..........................................................................8

Mortalidade empreendedora..............................................................12

O empreendedor e a Crise................................................................15

Empreendedor versus intra-empreendedor.......................................17

Empreendedorismo em Computação................................................18

Capítulo 2 - O autoconhecimento.......................................................22

Qual a importância do autoconhecimento?.......................................23

Fatores do Autoconhecimento...........................................................24

Como exercitar o autoconhecimento?...............................................25

A importância dos sonhos..................................................................28

Etapas do Planejamento orientado para resultados..........................35

Uma dica: A ação faz a diferença......................................................36

O planejamento e as oportunidades..................................................37

Considerações Finais..........................................................................40

Conheça os Autores............................................................................41
Conhecendo os Volumes

A disciplina de Empreendedorismo e Legislação contém uma carga horária de 60


horas distribuídas em três volumes.

Volume 1 - Introdução ao Empreendedorismo

Objetivo do Volume 01: Promover o entendimento dos conceitos de


empreendedorismo e intra-empreendedor, suas características e o processo de
autoconhecimento, visando contribuir para ampliar a compreensão dos cursistas sobre
o panorama da formação empreendedora no Brasil.

Carga horária do Volume 1: 20h

Conteúdo Programático do Volume 1

• O empreendedorismo no Brasil e no Mundo

• Empreendedor e Intra-empreendedor

• O Autoconhecimento

Volume 2 - O perfil do empreendedor e o plano de


negócios

Carga horária do Módulo 2: 20h

Conteúdo Programático do Volume 2

• O perfil do empreendedor

• O empreendedor e o Plano de Negócio

Volume 3 - Criação de empresas e legislação

Carga horária do Módulo 3: 20h

Conteúdo Programático do Volume 3

• O processo da criação de empresas

• A legislação a favor do empreendedor


Apresentação

Caro(a) cursista,

Bem-vindo(a) à disciplina de Empreendedorismo e Legislação.

Inicialmente gostaria de parabenizá-lo por ter escolhido como sua futura profissão a
computação, que é a área onde todas as outras convergem atualmente.

Esta sua área chamamos de área meio, pois podemos atuar em conjunto com
praticamente todas as outras profissões. Por este motivo, há uma forte tendência dos
alunos deste curso a criar empresas.

Por este motivo, existe a importância desta disciplina na vida de um aluno de


computação, pois você aprenderá a não só criar empresas, mas a ter um diferencial
competitivo frente a seus concorrentes, aproveitando as oportunidades do mercado.

Mas em paralelo, esta disciplina apresenta uma nova forma de encarar sua vida,
abrir seus horizontes, sua forma de ver o mundo, seus sonhos e projetos de vida.

Por isso, caro cursista, esta disciplina tem como objetivo criar habilidades
empreendedoras, para que você, durante sua formação, possa ver possibilidades,
identificar oportunidades, criar mecanismos e ações para alcançar um objetivo, e
principalmente, projetar seu futuro profissional e acadêmico, sendo um profissional
ímpar, único, que faça a diferença na vida de seus alunos e no ambiente em que atua.

Dentro deste contexto esta disciplina tem o foco de “como” empreender na área de
computação, mas deixando um importante leque de possibilidades para empreender em
qualquer área profissional.

Esta disciplina propõe uma quebra de paradigmas, modificando os papeis dos alunos
e professores/tutores, onde, em conjunto trocarão ideias, conceitos e atividades para sua
formação. Por isto podemos dizer que o conceito de aula que tanto conhecemos será
substituído por um processo de auto-aprendizado, onde você irá gerar conhecimento
para si e para todo o grupo.

A matéria prima da disciplina é seu projeto de vida, por isso, não trataremos aqui de
conteúdo técnico, e por causa disso, existe a necessidade de dedicação e presença nos
chats e fóruns, o que refletirá seu grau de comprometimento com o seu projeto de vida.

Lembre-se, nunca é cedo para iniciar uma atividade. Bill Gates iniciou sua empresa
com 17 anos, e mudou a história da informática no mundo. Nunca é tarde demais para
iniciar um sonho. Walt Disney aos 60 anos iniciou a empresa que hoje tem seu nome, e
mudou a história da indústria do entretenimento. E você, o que mudará?
Por isto, esta disciplina deve ser adotada por alunos que, como você, queiram
crescer, queiram fazer a diferença em sua vida, e obter sucesso profissional.

Bons estudos!

Obionor Nóbrega e Luis Lira

Professores Conteudistas
Empreendedorismo e Legislação

Capítulo 1 - Conceitos Básicos


de Empreendedorismo no Brasil
e no Mundo

Objetivo

O objetivo deste capítulo é fazer com que você entenda o


que é um ser um empreendedor, suas características, se você
é um empreendedor, e o que tem a ver empreendedorismo com
computação.

Resumo

Para entender o que é ser um empreendedor e as vantagens de


ser um profissional empreendedor, neste capítulo serão apresentados
os conceitos básicos de empreendedorismo, suas principais
características, resultando em uma reflexão dos profissionais
empreendedores que marcaram nossas vidas.

Introdução

Caro(a) cursista,

Estamos, neste momento, iniciando um dos assuntos mais


atuais e desafiadores de todas as áreas de conhecimento: o
empreendedorismo.

Talvez você, até o momento, já tenha ouvido falar muito deste


termo, e agora se pergunta: O que o empreendedorismo tem a ver
com computação?

Justamente no momento em que você se questiona sobre sua


futura profissão:

“Quais caminhos percorrer neste novo mundo universitário?”

“Em que áreas poderei atuar?”

“Até onde se pode chegar com esta profissão?”

“Onde o empreender fará a diferença?”

“Existe aluno empreendedor?”

“Quem pode ser empreendedor?”

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Empreendedorismo e Legislação

É, sabemos que existem inúmeras dúvidas, e estaremos aqui para


respondê-las. Todas estas perguntas são válidas para criarmos metas
em nossas vidas, e entender que suas respostas poderão fazer toda
a diferença em sua formação, na universidade, no seu atual emprego,
em sua vida pessoal e em sua futura profissão.

Por este motivo, neste primeiro capítulo serão apresentados


os conceitos básicos de empreendedorismo, suas principais
características, resultando em uma reflexão dos profissionais
empreendedores que marcaram nossas vidas. Entender seus
conceitos básicos é o primeiro passo desta nossa jornada!

O empreendedorismo

Muitos profissionais confundem a ideia de empreendedorismo com


a criação de uma empresa, ou sua boa administração. Na realidade,
este é um conceito errado que está diretamente ligado a nossa
educação básica dos colégios, assim como, a influência do ambiente
familiar.

No atual processo educacional, alguns assuntos foram banidos


ou não incluídos em discussões de sala de aula, como: Auto-
conhecimento, onde o aluno em nenhum momento reflete sobre
suas principais qualidades, defeitos e fraquezas, resultando em difícil
controle emocional; Auto-estima, que é a capacidade do aluno sentir
a vida, estando de bem com ela, tendo confiança em seu modo de
pensar e enfrentar os problemas e o direito de ser feliz; Nesta mesma
linha e tão importante quanto, temos: Emoções, Sonho, Prazer,
Felicidade, Ideologia, Política, Cidadania, Democracia, Oportunidade,
Criatividade, Inovação e Geração de conhecimento.

Hoje, vemos que todos estes assuntos são muito importantes para
a criação de um perfil empreendedor, pois são estes os alicerces para
que se desenvolva a atitude empreendedora em cada um de nós.

“A Auto-estima é o que há de mais divino no ser humano. Pois, quando nada lhe
resta, resta-lhe a si mesmo”.

Cíntia Salvato

Mas afinal, o que é um empreendedor? É simplesmente criar


empresas e administrá-las? Nascemos empreendedores? É um
dom natural? Ou podemos aprender a ser um empreendedor? E

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Empreendedorismo e Legislação

principalmente a seguinte dúvida: o que tem a ver empreendedor com


computação?

O termo empreendedorismo tem como origem o verbo francês


“entrepreneur”, que tem como significado aquele que assume riscos e
começa algo de novo. Embora pareça ser um termo novo, inicialmente
utilizado pelo economista Joseph Schumpeter em 1950, somente no
século XXI é que vem sendo muito utilizado.

O conceito mais difundido na Internet atualmente é: “O


empreendedorismo se constitui em um conjunto de comportamentos
e de hábitos que podem ser adquiridos, praticados e reforçados nos
indivíduos, ao submetê-los a um programa de capacitação adequado
de forma a torná-los capazes de gerir e aproveitar oportunidades,
melhorar processos e inventar negócios”.

Observe que hábito é algo que se cria, no dia-a-dia, através de


uma rotina pré-estabelecida, e comportamento é influenciado pelo
ambiente externo que uma pessoa vive (por exemplo, em casa, no
trabalho ou em conjunto com amigos). Por exemplo, uma pessoa que
tenha hábitos não-empreendedores pode ser influenciada, ou até
mesmo forçada a ter atitudes empreendedoras para permanecer em
um emprego ou participar de um grupo de trabalho.

Podemos dizer então que o ambiente em que a pessoa foi criada,


trabalha ou pertence, pode influenciar seu comportamento, e se
executado repetidamente, tornar-se-á hábito. Este hábito pode ter
como resultado atitudes empreendedoras.

Uma pessoa que queria praticar e/ou reforçar seus comportamentos


empreendedores também pode se capacitar por meio de livros, filmes,
atividades, estudos, a ter estas mesmas atitudes.

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Empreendedorismo e Legislação

“Qualquer individuo que tenha a frente uma decisão a tomar pode aprender
a ser um empreendedor e se comportar empreendedorialmente. O
empreendimento é um comportamento, e não um traço de personalidade. E
suas bases são o conceito e teoria, e não a intuição.”

Peter Drucker

Logo, é errado acharmos que as pessoas nascem empreendedoras,


ou que é um dom natural, mas sim que podemos aprender a ser
empreendedor através de capacitação e estimulando o ambiente em
nossa volta. E é exatamente este o objetivo desta disciplina.

Existem outros conceitos de empreendedorismo, como o definido


por Dornelas (2001, p. 37), onde “o empreendedor é aquele que
detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre
ela, assumindo riscos calculados”.

Ao longo deste capítulo, falaremos mais sobre as características


principais de um empreendedor.

Mas você deve estar se questionando: Já que o ambiente influencia


nossas atitudes, nós vivemos em um ambiente empreendedor? Nosso
país é empreendedor?

O empreendedorismo no Brasil

Já que vimos que o empreendedorismo está relacionado ao


ambiente, é importante sabermos se o ambiente do nosso país é
propício a empreender.

Inicialmente, no Brasil, devido a suas características econômicas


e políticas, existiam empreendedores, porém com suas atuações
limitadas devido ao cenário obscuro, e conhecimento empresarial de
finanças e administração, obtiveram êxito e alavancaram a indústria e
o comercio no país.

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Empreendedorismo e Legislação

Porém, no final da década de 90 com a abertura da economia e


a criação de entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas), o IEL (Instituto Euvaldo Lodi), entre
outros, o empreendedorismo ganhou força, e se estabeleceu no início
do século XIX como sendo uma característica necessária para todos
os atuais profissionais independentes da sua área de atuação.

Conheça Mais

Vale a pena visitar os sites do SEBRAE e do IEL:

Sebrae: http://www.sebrae.com.br

IEL: http://www.iel.org.br/

O empreendedorismo no mundo

Atualmente, o Brasil mostra-se como um país com grande


capacidade empreendedora, ocupando, segundo Silveira (2009 p. 24),
a 13ª colocação no ranking entre os 43 países que participaram
da pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2008,
estando acima da média mundial, sendo a população brasileira em
média 75,58% mais empreendedora do que o grupo de 43 países que
participaram das edições da Pesquisa GEM de 2001 a 2008.

No Brasil, a Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA),


em 2008, foi de 12,02%, o que significa que de cada 100 brasileiros,
12 realizavam alguma atividade empreendedora até o momento da
pesquisa. Comparando-a com outros países em crescimento, a TEA
apresentada pelo Brasil em 2008 ficou próxima das taxas obtidas por
Uruguai (11,90) e Chile (13,08) e semelhante também às apresentadas
por Índia (11,49) e México (13,09), mostrando que em nosso país
existe um ambiente propício à atividade empreendedora.

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Empreendedorismo e Legislação

Mas qual o motivo do Brasil ser um país onde possui um ambiente


propício ao empreendedorismo?

Para se conhecer melhor a natureza do emprendedorismo em


um país é necessário entendermos a motivação que fez iniciar estas
atividades. Logo, podemos dizer que um empreendimento pode iniciar
por oportunidade ou por necessidade. A taxa de empreendedorismo
por oportunidade reflete o “lado positivo” da atividade empreendedora
nos países. O outro extremo da atividade empreendedora é aquele em
que as pessoas empreendem diante de uma necessidade. Logo, se
pode empreender por identificar uma oportunidade ou por suprir uma
necessidade. Neste ranking em 2007 o Brasil ocupou a 4ª posição.

Isto demonstra que o povo brasileiro é motivado a empreender


pela falta de reconhecimento na empresa onde trabalha, pela
baixa remuneração, ou pelo desemprego, na maioria das vezes o
empreendedor inicia um negócio motivado pela necessidade de se
inserir no mercado de trabalho. Porém, ao contrário do que se ouve,
não é a carga tributária, nem tão pouco pela necessidade de crédito,
os principais responsáveis pelo fechamento de uma empresa. Nesta
próxima seção você entenderá qual o principal motivo da alta taxa de
mortalidade empresarial no Brasil.

Mortalidade empreendedora

Como vimos anteriormente, todo empreendimento é aberto


por necessidade ou oportunidade no mercado. Numa crise de
investimentos em nível mundial, como a iniciada em 2008, as
oportunidades diminuem, porém o desemprego gerado por uma
crise cria uma multidão de desempregados aptos a se tornarem
empreendedores. No Brasil, cerca de 75% das empresas que iniciam
suas atividades fecham as portas antes de completar 5 anos.

Isto ocorre devido à falta de planejamento somado ao


desconhecimento do negócio que são fatores que, com mais
frequência, levam o empreendedor a encerrar a atividade.

Podemos destacar como as principais causas das mortes


prematuras dos empreendimentos no Brasil:

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Empreendedorismo e Legislação

Desconhecimento do mercado

Ocorre quando alguém abre uma empresa


porque acha interessante ou gosta da área,
porém não conhece o mercado a fundo, suas
sazonalidades e peculiaridades.

Falta de capital de giro

É a falta de dinheiro para movimentar as


vendas, comprar estoque e pagar funcionários;
por exemplo, geralmente vende-se algo a
prazo, mas o recolhimento dos impostos sobre
as vendas são pagos no ato da compra.

Concorrência mais ágil e preços melhores

A falta de conhecimento dos concorrentes


e suas estratégias, e o percentual lucro que
seus concorrentes possuem frente à oferta de
preços baixos, podem fazer você quebrar se for
competir de igual pra igual;

Desconhecimento técnico

Não conhecer profundamente o produto


ou serviço pode acarretar em grandes
prejuízos;

Modismo

É muito comum pessoas abrirem


negócios porque “todo mundo que abriu
está ganhando dinheiro”. Não devemos
confundir modismo com tendências.
Existem diversos exemplos como a febre
dos lava-jatos, entre outros.

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Empreendedorismo e Legislação

Saque de dinheiro para despesas pessoais

Um erro muito comum é a pessoa misturar contas


da empresa com suas contas particulares. Desta
forma não há como criar um plano financeiro real,
resultando em prejuízos monetários.

Baixos investimentos em
comunicação

A comunicação é o maior instrumento


para que seus clientes conheçam
seus produtos. E saber como informá-
los corretamente requer técnicas e
profissionais especializados.

Descontroles contábeis e administrativos

A falta de controle pode gerar endividamentos,


pagamentos de multas fiscais e, principalmente,
não entender o que realmente está ocorrendo
em sua empresa.

Baixa qualificação de mão-de-obra

O emprego de pessoas não qualificadas,


como parentes, amigos ou pessoas sem o
conhecimento necessário para atuar em uma
função, pode resultar em graves erros.

Nível de dívidas bancárias insustentável

O gerenciamento financeiro, tanto pessoal,


quanto empresarial é indispensável para um
crescimento empresarial.

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Empreendedorismo e Legislação

Agora temos conhecimento das principais causas da mortalidade


empresarial, e podemos dizer que o uso adequado das informações
conduz ao conhecimento, e o conhecimento bem aplicado leva
ao sucesso. Assim, concluímos que as informações constituem-
se num valioso instrumento para planejar e coordenar as políticas
administrativas necessárias a qualquer tipo de empreendimento.

O sucesso parece óbvio, mas não é. Para se obter sucesso


empreendedor ou pessoal é necessário planejar bem, definir objetivo
e metas, saber com clareza onde, quando e como chegar ao resultado
esperado. E este é o maior objetivo desta disciplina. E estaremos
juntos, lado a lado, neste novo desafio!

Lembre-se:

Você é seu maior empreendimento!!!

O empreendedor e a Crise

Atualmente, estamos vivenciando uma crise financeira mundial.


Muitas empresas fechando suas portas, a bolsa de valores
despencando, e a falta de crédito invadindo as finanças pessoais e
empresariais em todo o mundo. Os jornais a todo o momento mostram
reportagens sobre os problemas que a crise traz consigo. Porém,
como um empreendedor deve encarar uma crise? Quais devem ser
suas atitudes?

A palavra crise em chinês vem da junção das seguintes palavras:


perigo e oportunidade, como ilustra a figura a seguir:

Logo, podemos dizer em toda crise há perigos e oportunidades.


Então para quem souber inovar, ser proativo, fazer as coisas de modo
diferente, criando valor e visualizando as novas necessidades, terá
um oceano de oportunidades pela frente.

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Empreendedorismo e Legislação

crise = perigo + oportunidade

Os novos tempos exigem a criação de valor através de novos


produtos e/ou serviços, novos processos, novos métodos de
marketing, novas formas de organização. Em alguns casos, será
mesmo necessário reinventar o negócio.

Logo, um empreendedor, ao ver a palavra CRISE, se lembrará de


oportunidades, e logo passará a letra S para o final da palavra, re-
escreverá da seguinte forma:

Ou seja, crise é o momento para criar dinheiro, ou criar


oportunidades, pense nisso!

Curiosidade...

Você sabia que a Microsoft e a Apple foram criadas em um


período de recessão norte-americana?

Um exemplo que circulou pela Internet no momento em que a


lei seca entrou em vigor está na figura abaixo, onde verifica-se que
enquanto muitos reclamavam da nova lei, outros (os empreendedores)
viram maneiras de criar oportunidades.

Foto tirada na cidade litorânea de Conde, na praia de Jacumã no estado da Paraíba.

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Empreendedorismo e Legislação

Empreendedor versus intra-empreendedor

O empreendedor é um profissional que possui uma visão


revolucionária, capaz de causar mudanças em sua vida profissional,
pois está sempre buscando resultados, não descansando enquanto
não alcança um determinado objetivo, muitas vezes visto como
impossíveis por outros.

Porém, toda esta energia existente nos empreendedores não


necessita ser direcionada para um negócio próprio. Ou seja,
um empreendedor não necessita abrir uma empresa para ser
empreendedor, pois suas características que o fazem inovador
e visionário não dependem de um empreendimento em si para
existirem. Pelo contrário, o profissional que investe sua capacidade
empreendedora no mercado de trabalho é visto como pessoa
necessária nas empresas que têm em sua cultura, a inovação e a
visão futura. Este profissional é chamado de Intra-empreendedor.

A principal diferença entre o empreendedor e o intra-empreendedor


é que, enquanto o que mantém o foco em abrir o próprio negócio
arrisca seu capital, o intra-empreendedor põe em jogo sua carreira
e seu emprego, que são, respectivamente, o seu maior capital. Em
outros pontos, ambos mantêm a mesmas características.

O empreendedor inicia um novo negócio por conta própria, enquanto o


intra-empreendedor vive um processo semelhante dentro de uma grande
organização.

Por isto, podemos afirmar que em qualquer profissão pode haver


empreendedores, ou intra-empreendedores, sejam em empresas
públicas ou privadas, escritórios ou farmácias, oficinas ou hospitais,
sejam engenheiros, médicos, policiais, advogados, professores,
todos podemos ser intra-empreendedores. Todos nós podemos fazer
acontecer, fazer a diferença, criar, inovar, melhorar processos, ser pró-
ativos, independentemente de nossa área de atuação profissional.

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Empreendedorismo e Legislação

Saiba Mais

Assista ao vídeo: “O que é ser um empreendedor”

http://www.youtube.com/watch?v=MTNvHxTyRtU

Empreendedorismo em Computação

Agora que você já entendeu o conceito básico de


empreendedorismo, e percebeu que um indivíduo pode empreender
dentro de uma organização (chamado intra-empreendedor), surge
o seguinte questionamento: Podemos ser alunos empreendedores?
Como empreender na computação?

Inicialmente, devemos entender que no Brasil vivemos um padrão


de ensino onde, na sua grande maioria, as instituições de ensino
apenas entregam o conhecimento de uma forma onde o aluno não
saberá onde será empregado tudo que adquiriu em seus estudos.
Os colégios, faculdades e universidades, em sua grande maioria,
não formam alunos para a vida real, aptos a pensarem e terem
atitudes para solucionar problemas. Terem a mente aberta para
novas oportunidades e visão de futuro. Resultando em problemas e
frustrações na vida profissional.

Estas características não trabalhadas farão com que este


profissional esteja cada dia mais fadado às dificuldades profissionais
e pessoais.

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Empreendedorismo e Legislação

O novo profissional de computação deve ser um intra-


empreendedor, capaz de construir em conjunto com outras pessoas,
novos aprendizados, motivando-os a buscar e agregar informações a
um novo projeto ou objetivo.

O aluno de computação tem como perfil a curiosidade para busca


de informações, a lógica para solucionar problemas e a criatividade
para desenvolver programas. Estas são características importantes
que devem ser expandidas para o mundo além das fronteiras
profissionais. Influenciando em sua vida pessoal e nas pessoas em
sua volta. Este novo profissional não pode fazer o que todos fazem,
pensar como todos pensam. Ele tem que ser diferente, pensar além,
superando as expectativas dos seus chefes e gestores.

Este profissional deve possuir conhecimentos técnicos, mas além


disso, saber gerenciar pessoas, processos e problemas. Ter objetivos
de vida e profissionais bem definidos e o planejamento para alcançá-
lo.

Ao mesmo tempo, este novo profissional deve estar atento às


constantes atualizações científicas que agreguem valor a atividade de
pesquisa e/ou extensão, possibilitando-o a inovações metodológicas
e pedagógicas, trabalhando sempre de forma cooperativa e
multidisciplinar.

Neste novo perfil, este profissional deve estar aberto a atividades


e programas institucionais de caráter estratégico, buscando novas
formas de remuneração e capitalização para a execução de seus
projetos, por meio de parcerias com instituições públicas e privadas
ou de apoio à pesquisa.

Para finalizar, este profissional deve ter uma grande rede de


relacionamentos (que chamamos de networking), que o possibilite
um bom trânsito na política interna da empresa para poder captar
parceiros internos e patrocinadores de sua iniciativa.

Networking: rede de relacionamento. Existem pesquisas que indicam que 60%


dos motivos de onde você se encontra empregado estão relacionados a quem
você conhece.

Por fim, este novo profissional deve iniciar seu perfil empreendedor
já em sala de aula, estimulando os colegas, sendo curioso, fazendo
questionamentos e propondo soluções. Este novo perfil do aluno
empreendedor de computação deve fazer com que cada aluno queria

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Empreendedorismo e Legislação

se superar, queria atingir grande metas e superar as expectativas.

Por exemplo, se um professor pedir um exercício simples, faça


além, pesquise mais, aprenda mais, compreendendo o assunto
pesquisado no contexto do seu dia-a-dia. Isto certamente fará toda a
diferença.

Vamos Revisar?

Neste capítulo, você aprendeu os conceitos básicos de


empreendedorismo, suas principais características e comportamento,
como ser pró-ativo, ter autoconhecimento, auto-estima, criatividade,
confiança, inovação, entre outros.

Vimos também que com a estabilidade econômica, podemos ter


mais atividades empreendedoras, e que nosso país é considerado
muito empreendedor, se comparado a outros países emergentes.

Verificamos que há características importantes que devemos levar


em consideração para diminuir a mortalidade empresarial, assim como
mostramos como um empreendedor vê um momento de crise.

Por fim, este capítulo também demonstrou o papel fundamental do


Intra-empreendedor, sua importância e suas características, e vimos
que podemos empreender em computação ou em qualquer área
profissional.

Atividades e Orientações de Estudo

Você deve organizar uma metodologia de estudo que envolva a


leitura dos conceitos apresentados nesta aula e pesquisas sobre o
tema, usando a internet e livros de referência.

Vamos trocar ideias nos fóruns temáticos desta disciplina no


ambiente virtual, pois a interação com colegas, tutores e o professor
da disciplina irão ajudá-lo(a) a refletir sobre aspectos fundamentais
tratados aqui. Os chats também serão muito importantes para a
interação em tempo real com o seu tutor virtual, seu professor e seus
colegas, criando e aumentando nossa rede de relacionamento.

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Empreendedorismo e Legislação

Também é importante que você procure responder as atividades


propostas como atividades somativas para a disciplina, dentro dos
prazos estabelecidos pelo seu professor, pois você não será avaliado
apenas pelas atividades presenciais, mas também pelas virtuais.

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Empreendedorismo e Legislação

Capítulo 2 - O
autoconhecimento

Objetivo

O Objetivo deste capítulo é fazer com que você desenvolva um


conceito de si, com o objetivo de empreender. Empreender ideias,
projetos, sonhos, e seus objetivos de vida.

Resumo

Para entender o que é ser um empreendedor e as vantagens de


ser um profissional empreendedor, neste capítulo será apresentada
a importância do autoconhecimento. Quais as vantagens de
conhecermos nossas principais virtudes e defeitos. Como utilizar isso
a nosso favor para empreender.

Introdução

Caro(a) cursista,

Agora que você já entende as características de um empreendedor,


conhece as vantagens de ser um intra-empreendedor, e possui a
informação inicial de como empreender em computação, iremos agora
falar de um tema muito importante, mas pouco compreendido e por
isso pouco difundido: o autoconhecimento.

Talvez você, até o momento, já tenha ouvido falar deste termo, e


agora se pergunta:

O que tem a ver autoconhecimento com empreendedorismo?

Qual a vantagem de desenvolver este conhecimento de si?

E como tirar proveito das minhas virtudes e defeitos?

É exatamente isto que este capítulo tratará. Você irá se conhecer


melhor, saber como as pessoas que te conhecem podem ajudar
neste processo. Descobrir quais são seus principais objetivos
e metas. Relembrar ou criar novos sonhos, e projetos de vida.
O autoconhecimento é o primeiro passo para que você possa
empreender com sucesso.

22
Empreendedorismo e Legislação

“Aquele que não é capaz de governar a si mesmo, não será capaz de governar
os outros”.

Gandhi

Conversando com empreendedores de destaque e analisando


seus empreendimentos, observamos que estes empreendimentos
são, na realidade, a exteriorização do seu mundo interior, com suas
crenças, valores, ideais e visões, a partir dos quais o empreendedor
busca transformar seus sonhos em uma realidade palpável e viável.

É importante ressaltarmos ainda com relação a esse mundo


interior, que podemos ver em muitos casos, que o sucesso de
um negócio é proporcional ao nível de autoconhecimento que o
empreendedor tem de si. Isso faz com que o negócio criado esteja
alinhado com o modo de ser do empreendedor, diminuindo, assim,
os riscos de descontinuidade e a falta de perseverança e dedicação,
qualidades importantíssimas para aquele que deseja desenvolver um
empreendimento com sucesso.

Mas primeiramente nos perguntamos: o que é autoconhecimento?

Segundo a psicologia, o autoconhecimento significa o conhecimento


de um indivíduo sobre si mesmo. Simplificando, podemos afirmar
que é o aprofundamento que nós temos a respeito das nossas
características, da nossa missão, nossa visão, nossas fraquezas e
fortalezas. O que somos? Qual a nossa razão de ser neste mundo?
Onde eu quero chegar? Que projetos estariam adaptados a minha
visão de futuro? A prática de se conhecer melhor faz com que um
indivíduo tenha controle sobre suas emoções, independente de serem
positivas ou não. Segundo Gabriela Cabral (2009), o autoconhecimento
é o fortalecimento do ser humano a partir do conhecimento do seu
interior.

Qual a importância do autoconhecimento?

A importância da compreensão do que somos não importando


como somos está relacionada ao controle emocional individual,
que reflete em atitudes positivas ou não. É este controle emocional
resultante do autoconhecimento, que pode evitar sentimentos de
baixa auto-estima, inquietude, frustração, ansiedade, instabilidade
emocional e outros, impactando diretamente no seu trabalho e nas
pessoas com que convive. Assim como, pode fazer com que a pessoa

23
Empreendedorismo e Legislação

permaneça equilibrada em casos de fatores externos como críticas,


perda de emprego, término de relacionamento e outros que deixam o
emocional de uma pessoa fragilizada.

“Vemos as coisas não como são, mas como


somos.”

(H.M. Tomilson)

Fatores do Autoconhecimento

Outra forma de encararmos o autoconhecimento é fazer a


seguinte análise: Você ama alguém ou confia em alguém que pouco
conhece? O conhecimento de si próprio não dá prioridade a opiniões
ou respostas e sim estimula seus fatores positivos a detectar os
negativos a fim de modificá-los favoravelmente. Podemos buscar
o autoconhecimento detectando os defeitos e qualidades, sendo
esses externos (corporais) e internos (emocionais). O equilíbrio entre
os fatores internos e externos deve ser buscado para que não haja
espaço para manipulação e fragilidade. Também pode haver reflexão
de vida, analisando o comportamento obtido até então e as atitudes
tomadas para que se consiga detectar maus atos e comportamentos,
a fim de que não mais ocorram.

Fatores
Externos

Fatores
Internos
Fatores
Externos
Fatores
Externos

Conhecendo-nos melhor, podemos saber diante de uma situação


ou problema, como reagiremos a ela, e utilizar nossa reação a nosso
favor, modificando o problema para uma melhor solução.

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Empreendedorismo e Legislação

“Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo”

Carlos Drummond de Andrade

Parábola

Existe uma parábola muito conhecida que fala de três coisas diferentes:
o ovo, a cenoura e o café em pó que enfrentam o mesmo problema: uma
panela de água fervendo.

Um ovo, ao ser colocado na água fervendo, endurece, se transforma. Já uma


cenoura, faz ao contrário, amolece totalmente, também se transformando.
Logo, podemos ver que o mesmo problema (a água fervendo) provoca duas
reações diferentes. Mas com o pó de café é diferente. Quando você coloca
o pó de café na água fervendo, ele não se transforma, e sim, transforma a
água, aqui no caso, o problema. Ou seja, transforma a água quente em uma
deliciosa bebida chamada café.

Assim, podemos entender que, ao sofrer determinada pressão ou passar


por um determinado problema, uma pessoa pode ser modificada por este,
mas se conhecendo melhor, sabendo seus defeitos, qualidades, fraquezas
e fortalezas, poderemos reagir, não devendo nos deixar transformar pelos
problemas, mas sim, devemos estar no controle da situação, seja ela qual for.
Transformando o problema num desafio a ser vencido, numa oportunidade.
E então, como você é? Ovo, cenoura ou café?

Como exercitar o autoconhecimento?

Existem estudos que apresentam como um dos principais aspectos


observados nos profissionais conceituados e de sucesso o fato de
que eles tinham desenvolvido um elevado grau de autoconhecimento,
possuindo uma missão, uma visão e objetivos próprios bem definidos,
e, em muitos casos, por escrito.

25
Empreendedorismo e Legislação

Dessa maneira, para aqueles que desejam ter êxito em seus


empreendimentos, será preciso antes, construir de forma firme e
estruturada o primeiro sentimento dessa longa construção – o primeiro
passo – que se inicia na busca do conhecimento interior.

E como nos conhecer? Como buscar este conhecimento interior?


Inicialmente podemos fazer um simples teste:

» Faça uma lista com duas colunas, na coluna da esquerda


coloque suas qualidades e na da direita seus defeitos. Ao
lado de cada um escreva dez coisas que você gosta em si
mesmo(a).

» Depois escreva dez coisas que você não gosta em si mesmo(a)


ou que gostaria de mudar.

Qual lista foi mais fácil de completar?

A maioria das pessoas sente mais facilidade em identificar as


coisas negativas. Aprendemos que dizer aquilo que gostamos
em nós mesmos poderá ser rotulado de presunção, esnobismo,
egocentrismo.

Nada disso! Para aumentar o autoconhecimento é preciso ter


consciência de quem se é de verdade, avaliando os pontos positivos
tanto quanto os negativos, pois só assim você será capaz de mudar
aquilo que te incomoda ou te faz sofrer e valorizar o que tem de bom
e que está geralmente mergulhada em tantas críticas e cobranças,
que acabamos por esquecer.

Continue o exercício:

» Observe as listas. Coloque um “i” nas características internas,


ou seja, que dependam apenas de você reconhecê-las. E um
“e” nas características externas, que dependam da opinião de
outras pessoas.

» Ao fazer o sinal (i ou e), o que você percebe? Há um equilíbrio


entre eles ou você tende mais para um lado?

Se você tem mais características externas ficará mais vulnerável à


opinião dos outros e assim, mais facilmente manipulável. Dependerá
cada vez mais de aprovação, mas infelizmente nunca da sua própria.

Isso quer dizer que toda vez que algo que dependa no mundo
externo ou de outras pessoas não corresponda às suas expectativas,
você se sentirá frustrada e sua auto-estima tenderá a baixar.

26
Empreendedorismo e Legislação

Seu valor estará sempre na dependência do que dirão sobre


você, não importando muito sua própria opinião. Por exemplo,
quando você perde o emprego, quando recebe uma crítica, quando
alguém se distancia de você. Tudo isso pode baixar sua auto-estima
e se sentirá incapaz de continuar e desistirá no meio do caminho.
Abandonam assim seus sonhos, seus objetivos. Isso acontece
quando a principal fonte de auto-estima está naquilo que faz pelo
externo, sempre querendo fazer algo para as pessoas em busca de
aprovação e reconhecimento. E esse é o caminho mais curto para se
sentir desvalorizado e incapaz. Ao colocar todo seu valor nas opiniões
ou respostas no mundo externo e, como quase sempre nada disso
corresponde ao que espera, e nem ao que você é realmente, você
se permite depender cada vez mais de como te avaliam, gerando um
círculo vicioso.

Determinação coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso.


Se estamos possuídos por uma inabalável determinação conseguiremos
superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre
humildes, recatados e despidos de orgulho.

(Dalai Lama)

Outro aspecto importante do autoconhecimento é dever procurar


fazer o que você gosta e gostar do que você faz. Você não pode
só fazer o que você gosta, por exemplo, você não pode só comer
filé-mignon ou só caviar na vida. Você tem que fazer o que você gosta,
o que é ideal, mas tem que gostar do que você faz. Imagine você
saindo para trabalhar todos os dias em algo que você não gosta, você
com o passar do tempo fará seu trabalho cada vez pior. As pessoas
que não se realizam no trabalho tendem a ser desmotivadas, infelizes
e incompetentes com o passar do tempo.

Você tem que aprender que entre aquilo que você gosta, existem
coisas que você não gosta, mas que faz parte, que vem junto. Então
se você observa isso, e concentra em suas qualidades e em seus
pontos fortes, irá se destacar em qualquer área que você escolher.

Quanto aos pontos fracos, existem duas formas de trabalhá-los, a


primeira é uma vez identificados, você pode aprender a modificá-los,
por exemplo, se você identificou um ponto fraco como insegurança
e timidez para falar em público, você pode fazer curso de oratória,
e sempre que possível, apresentar palestras e seminários, assim
você poderá aprender a solucionar ou melhorar esta característica.

27
Empreendedorismo e Legislação

A segunda forma é trabalhar com alguém (sócio, parceiro ou equipe)


que possua exatamente estas características como ponto positivo.
Neste caso, você foca em seus pontos fortes, e em conjunto, seus
pontos fracos serão pontos fortes do seu parceiro.

Um ponto muito importante do autoconhecimento é seu objetivo


de vida, seus sonhos, pois necessitamos saber sempre para onde
focar nossas energias e assim aumentar as chances de realizar
nossos objetivos, nossos sonhos. Lembre-se que as características
levantadas pelo autoconhecimento influem diretamente na facilidade
ou não nas realizações de seus objetivos.

A importância dos sonhos

O ser humano é motivado por sonhos, ideais e objetivos. Sem eles,


somos como um barco sem leme, solto no mar e sendo levado aonde
o vento soprar, pra qualquer lugar, inclusive para lugar nenhum.

Sempre que conversamos com alunos do primeiro período, é


elaborada a seguinte pergunta: “O que você quer ser quando crescer?”,
e ao final do curso, com os alunos concluintes, é repetida a mesma
pergunta. É interessante ver as expressões nos rostos de cada um,
em cada momento diferente. No primeiro período, todos riem, pois
se lembram das suas infâncias. Quantas coisas queriam fazer, ter
e conhecer. O mundo era uma caixa de surpresa que poderíamos
explorar nas brincadeiras na sala de casa. A expressão no rosto dos
formandos já é mais séria, pois parecem que tomaram um choque com
a realidade, vendo que “todos” sofrem para conseguir um emprego,
sofrem para conseguir um bom salário, desistem das suas viagens, e
terminam a faculdade frustrados com o governo, com a política, com
a vida e consigo mesmo. Isto tudo porque se esqueceram dos seus
sonhos, seus objetivos de vida, e se deixaram influenciar por outras
pessoas que por algum motivo não adquiriram o conhecimento para
mudar isso.

28
Empreendedorismo e Legislação

O que é melhor: um cavalo rápido ou um cavalo lento?

Pense um pouco!

Na realidade não importa se o cavalo é lento ou rápido, o importante é você saber


para onde está indo!

Você mesmo, caro(a) cursista, pode-se fazer esta pergunta: “O que


você quer ser quando crescer?”. Pense um pouco, reflita, lembre-se
da sua infância, do que ficou esquecido. Coloque tudo isso em uma
folha de papel (pois isto será utilizado na atividade auxiliar)

Sempre que é exposta esta idéia aos alunos é dito dois importantes
conceitos neste momento para ele refletir:

A primeira é se você já ouviu falar em “Alexandre, O Pequeno”?


ou “Alexandre, O Médio”? Não?! Acredito então que tenha sido
“Alexandre, O Grande”. Pois ele era um homem de 1,60m de altura,
mas pensava muito grande, e por isso, conquistou coisas grandes, fez
grandes feitos e até hoje somos influenciados por seu legado. Então:
“Pense Grande”!

A segunda é que, você acreditando ou não, é capaz de ser o que


quiser, ter o que quiser, fazer o que quiser, conhecer o que quiser.
Você é seu próprio limite e cria suas próprias barreiras. Acredite ser
capaz e faça acontecer! Existem diversos exemplos que poderia
apresentar para vocês, mas gosto de enfatizar uma bem recente
em que todos nós participamos: Imagine um operário que não tem
nível superior, conseguir ser presidente da república. Dentro deste
paradigma é praticamente impossível! Se você conhecesse alguém
com este perfil iria achar engraçado sua “pretensão”. Mas acreditar,
planejar e ser perseverante fez e faz toda a diferença. Desta forma,
temos um presidente eleito com estas características. Este exemplo é
só para ilustrar que tudo está ao nosso alcance, e depende de nós! De
nossos sonhos, objetivos e perseverança, entre outras características
que falaremos ao longo desta disciplina.

29
Empreendedorismo e Legislação

“O empreendedor é alguém que sonha e busca transformar o sonho em


realidade.”

(Fernando Dolabela)

Para continuarmos, é importante que você tenha escrito em


um papel seus sonhos e objetivos de vida, neste momento não se
preocupe em “como” conseguir, apenas em “o que” você quer. Escreve
entre 10 ou 20 sonhos e/ou objetivos, e só então continue a leitura.

Certa vez fiz uma pesquisa em sala de aula sobre sonhos e


objetivos de vida após a universidade. Seguem então as respostas
mais citadas:

○ 73% disseram que queriam viajar, ou fazer um mochilão, pelo


Brasil ou Europa;

○ 67% disseram que queriam casar, constituir uma família

○ 60% disseram que queriam ter uma casa própria

○ 47% disseram que queria fazer um estágio, residência,


especialização, mestrado, doutorado ou simplesmente ter um
trabalho.

○ 47% disseram que queriam ter uma casa de campo ou praia

○ 45% queriam ter um carro ou moto

○ 20 % queriam ter um escritório, empresa ou consultório


próprio;

○ 20% queriam ter independência financeira, ganhar dinheiro ou


ser rica;

○ 7% disse querer estudar fora

○ Outros disseram que queriam ser bem sucedida, ter sucesso


profissional, ter um bom emprego, ser reconhecido(a)
profissionalmente ou ser realizado profissionalmente.

Bom, dentro deste resultado, sei que você tem alguns desses
objetivos, mas vamos juntos fazer a seguinte análise destas
respostas:

73% disseram que queriam viajar, ou fazer um mochilão,


pelo Brasil ou Europa;

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Empreendedorismo e Legislação

Perguntas: Quando será? Para onde? Quais países? Quais


cidades?

Tive a oportunidade de conhecer dois tipos de pessoas. Ambas


tinham estes objetivos em suas vidas, com o passar do tempo, as
pessoas que sabiam responder estas simples perguntas, realmente
conheceram todos os lugares que queriam, e levaram tão a sério que
a cada dois anos conhecem alguns países de continentes diferentes.
O outro tipo de pessoa, sempre que eu os encontro eu pergunto: e aí?
E os planos de viajar? E eles respondem: um dia, um dia farei estas
viagens! Alguns colocam obstáculos, principalmente sobre a falta de
dinheiro, e veremos com o passar das aulas, que o que falta não é o
dinheiro e sim, planejamento financeiro.

60% disseram que queriam ter uma casa própria.

Este é outro ponto bem interessante. Onde será esta casa? Como
será? Quando será? O que terá? As figuras abaixo demonstram a
resposta que foi dada, “uma casa própria”. Mas você já percebeu
que existe uma grande diferença quanto ao detalhes que perguntei.
Seja detalhista, assim você estará criando um objetivo real, e fácil de
identificar, senão, qualquer casa, é uma casa.

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Empreendedorismo e Legislação

47% disseram que queria fazer um estágio, residência, especialização,


mestrado, doutorado ou simplesmente ter um trabalho.

Para isso devemos fazer sempre as mesmas perguntas:

Onde será? Qual país? Qual universidade? Qual centro? Qual


curso? Quais os requisitos para entrar/conseguir? Quais os passos
que você deve fazer?

Lembre-se que os objetivos têm que estar muito bem definidos.


Quanto mais detalhes, melhor. Vejamos o outro item:

47% disseram que queriam ter uma casa de campo ou praia.

Então, temos as principais perguntas: Onde será? Como será?


Quando será? O que terá? Devemos lembrar que as duas figuras
abaixo são de casas na praia... pense a respeito!

32
Empreendedorismo e Legislação

45% queriam ter um carro ou moto.

Assim, podemos pensar nas seguintes perguntas: Qual carro/


moto? Qual modelo? Cor? Quais acessórios?

20% queriam ter um escritório, empresa ou consultório próprio.

Perguntamos: Onde será? Como será? O que terá?

20% queriam ter independência financeira, ganhar dinheiro ou ser rico(a)

Neste ponto tenho uma observação a fazer: Vejam como estas


respostas estão vagas. Ganhar dinheiro pode ser R$10,00 ou
R$1.000,00 por hora, por dia, por semana. Em ambos os casos,
você estará ganhando dinheiro! Ser rico(a), por exemplo é algo
completamente subjetivo, ou seja, o que é rico pra mim, pode não ser
rico pra você. Logo, temos as seguintes perguntas: Quais os passos
para minha independência financeira? Ganhar quanto (por mês),
por exemplo. Ser rico, mas o quanto? Precisamos quantificar para
poder mensurar os passos corretos em busca dos nossos objetivos.
Conheço profissionais que se formaram juntos na mesma turma, que
hoje um ganha 10 vezes mais que o outro. Logo podemos ver que não
é a profissão e sim o profissional e suas características e atitudes.

A mesma linha de raciocínio devemos utilizar para os outros que


disseram que queriam ser bem sucedidos(as), ter sucesso profissional,
ter um bom emprego, ser reconhecido(a) profissionalmente ou ser
realizado(a) profissionalmente. Devemos poder mensurar!

Para ilustrar melhor e ajudar você a criar sua lista de objetivos,


iremos apresentar a parábola das pedras e o balde.

33
Empreendedorismo e Legislação

Parábola

Certa vez, um professor foi questionado por seu aluno sobre a importância
das coisas. Ao invés de responder-lhe a pergunta, pediu ao aluno que
pegasse um balde e colocasse algumas pedras dentro dele.

Assim feito, o professor perguntou ao aluno:

- O balde está cheio?


- Sim – respondeu o aluno.

Então, o professor pediu ao aluno que colocasse alguns pedregulhos dentro


do balde, e estes foram se ajustando nos espaços deixados pelas grandes
pedras.

- E agora está cheio?


- Sim.

Então, o professor pediu ao aluno que colocasse areia dentro do balde.


Neste ponto o aluno prontamente disse:

- Entendi professor, a real importância das coisas está na forma como as


armazenamos.

O professor respondeu:

- Não, o balde só pode ser cheio desta forma porque as grandes coisas foram
colocadas primeiro, depois as menores, e assim por diante. Assim também
é a vida. Priorize sua vida com as coisas que realmente são grandes e
importantes, como a sua família, seus amigos, seu desenvolvimento pessoal
e profissional; depois priorize as menores, pois estas vão se encaixando
conforme os espaços. Se você tivesse começado a encher o balde com
pedregulhos, as pedras grandes jamais caberiam nele. Assim também, se
você se ocupar apenas com as coisas pequenas, as grandes não terão
espaço.

Logo, podemos ter como conclusão que cada um dos nossos


objetivos e sonhos, devem ter as seguintes características:

1 – Ser muito bem específico;

2 – Ser mensurável;

3 – Ser alcançável / Atingível;

34
Empreendedorismo e Legislação

4 – Ser relevante (ter um significado pessoal);

5 – Ter um tempo final para ocorrer (dia/mês/ano);

Etapas do Planejamento orientado para


resultados

Neste momento, você já deve ter feito sua lista de objetivos


e sonhos. É importante que estes objetivos estejam escritos. No
livro Virando a própria mesa, o autor Ricardo Semler relata que ao
fazer um MBA (Master Business Administration – ou mestrado em
administração de negócios) foi incumbido de entrevistar um grande
empresário. No final da entrevista, o autor pergunta se o empresário
deseja acrescentar alguma informação a mais, ou alguma pergunta
que ele ache interessante. O empresário responde que sim, que
queria dizer que é muito importante uma pessoa ter seus objetivos
de vida escrito em um papel, para sempre se lembrar e ver se suas
atitudes estão de acordo com seus objetivos. Ele disse que escreveu
20 objetivos. Então o autor o questiona quantos ele conseguiu realizar,
e este responde: Dos vinte, realizei dezenove, o ultimo que falta é
saltar de pára-quedas, mas esta semana eu termino o curso e saltarei
no próximo fim de semana, quando completarei 82 anos de idade.

Desta forma, devemos nos planejar para alcançar estes objetivos,


respondendo, para cada um as seguintes perguntas:

1- Objetivo (O que eu quero?)

2- Atividades (como conseguir o que quero?)

3- Cronograma (Quando iniciar as atividades para conseguir o que


eu quero?)

4- Responsabilidades (Quem está diretamente ou indiretamente


relacionado às minhas atividades e ao meu objetivo?)

5- Recursos / Custos (Quais os recursos necessários para


desenvolver as atividades?)

Seguindo estes passos, você estará se planejando, mas lembre-se:


O planejamento só funciona com a atitude e o acompanhamento.

Irei listar aqui algumas desculpas típicas de pessoas que desistem


antes mesmo de tentar, criando barreiras e dificultado seu sucesso:

• Os planos se tornam obsoletos assim que se termina de

35
Empreendedorismo e Legislação

escrever;

• Ninguém sabe o que acontecerá amanhã – oportunidades


melhores, desastres imprevisíveis;

• É perigoso se comprometer com a incerteza;

• Não se pode prever o futuro.

Uma dica: A ação faz a diferença

Para que possamos conseguir seguir o planejamento que foi criado,


dizemos que devemos ter caráter – ou seja, fazer certo e fazer melhor.
Suas ações no dia-a-dia precisam estar fortemente comprometidas
com fazer certo e fazer melhor. Aristóteles disse: suas ações viram
hábitos, os hábitos viram seu caráter, que vira seu destino.

“Suas ações viram hábitos, os hábitos viram seu caráter, que vira seu destino”

Aristóteles
(Filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande.)

O seu modo de ser vai definir o seu caráter. Pense um pouco


nisso: Ações e hábitos. Tudo o que você aprende. Tudo o que você lê
a acha interessante. Tudo o que você ouve e acha importante. Nada
disso terá valor, se você não colocar em prática. As ideias precisam
virar ações. E as ações devem virar hábitos. Portanto, tudo que
falarmos aqui sobre empreendedorismo só terá valor se você colocar
em prática. Tem gente que acha tudo bonito e interessante, mas
que no dia-a-dia continua fazendo tudo como sempre fez, não muda
absolutamente nada. Não há progresso se não mostrarmos um forte
comprometimento com a mudança.

Portanto, tudo o que foi dito aqui ou em outros livros, tudo é


importante, mas precisamos colocar em prática. Lembre-se que o
sucesso profissional está relacionado à inspiração e a perspiração
(transpiração). Mas apenas 5% é inspiração, e 95% é transpiração,
ou seja, fazer acontecer. Ter uma grande ideia não quer dizer
absolutamente nada! Eu quero saber se você tem um modelo para
implementar esta grande ideia.

Francis Bacon dizia que conhecimento é poder, na realidade o


certo seria conhecimento é poder em potencial. O conhecimento só
se torna poder quando passa do campo do pensar para o campo do

36
Empreendedorismo e Legislação

agir. Porque enquanto não houver ação, e não houver resultado, não
faz diferença.

“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na


ação-reflexão.”

Paulo Freire

O planejamento e as oportunidades

Muitos de nós, quando estamos fazendo um curso superior


estamos pensando em como ganhar dinheiro, ou, caso já esteja
empregado, em como ganhar mais dinheiro. Inicialmente, sem nos
distanciarmos de nossos sonhos e objetivos, devemos saber para
quem nós trabalhamos. Por isso eu pergunto a você: “Para quem você
trabalha?” “Você acha que trabalha para alguém?”

Você trabalha para você mesmo! Alguém pode lhe dar um salário,
pode lhe dar uma mesa, pode lhe dar um telefone, pode lhe dar uma
oportunidade, mas se você melhora, você vai levar isso com você.

A maior ilusão que você pode ter é pensar que você trabalha para os
outros. Você sempre trabalha para você mesmo. Existe uma pesquisa
que pegou 1000 grandes empresários e estudou a personalidade
deles, e descobriram que 85% deles, no começo, tinham trabalhado
para alguém, tiveram um patrão, mas eles trabalhavam como se a
empresa fosse deles. Eles administravam com se a empresa fosse
deles. Eles economizavam como se a empresa fosse deles. Sabe o
que a maioria faz: eu só trabalho aqui, isso não é problema meu, o dia
em que eu tiver a minha empresa, aí sim...

Desta forma você estará perdendo a oportunidade de aprender a


Lembrete
administrar com a empresa do outro. Se você economizar, se você
fizer a empresa dar lucro, no dia em que você abrir a empresa, você 1
Você sabe o que
já terá o know-how1. Agora se você tiver aquela atitude: “o dia em que é Know-how?

eu tiver a minha...” Traduzindo


a palavra
Desta forma, um fato importante que devemos ressaltar é sobre a diretamente para
o português, é
remuneração. Existem duas formas de recebermos remuneração: a “como fazer”, ou
remuneração do dinheiro e a remuneração da experiência. Pegue a seja, significar
saber como
experiência primeiro que o dinheiro virá depois. Às vezes um trabalho fazer, ter o
conhecimento
em que você ganha menos dinheiro, mas ganha mais experiência em para fazer algo.
longo prazo vale muito mais, do que aquele trabalho que você está

37
Empreendedorismo e Legislação

ganhando muito dinheiro, mas adquirindo pouca experiência. Lembre-


se que estas experiências adquiridas devem estar relacionadas aos
seus objetivos.

Outro ponto interessante é saber que tudo o que é grande


começou pequeno. As grandes multinacionais não começaram
assim; começaram pequenas. Uma grande marca começou pequena,
ninguém conhecia. Tudo começa pequeno e depois cresce, a mesma
coisa acontece com nossa reputação. Pense bem sobre isso, porque
tem gente que já pensa em encontrar a coisa pronta. Isso não existe
no mundo de negócios, acadêmico e profissional.

Lembre-se: “Se você melhora, quem melhora é você”

Atividades e Orientações de Estudo

Você deve organizar uma metodologia de estudo que envolva a


leitura dos conceitos apresentados nesta aula e pesquisar sobre o
tema, usando a internet e livros de referência.

Vamos trocar ideias nos fóruns temáticos desta disciplina no


ambiente virtual, pois a interação com colegas, tutores e o professor
da disciplina irão ajudá-lo(a) a refletir sobre aspectos fundamentais
tratados aqui. Os chats também serão muito importantes para a
interação em tempo real com o seu tutor virtual, seu professor e seus
colegas, criando e aumentando nossa rede de relacionamento.

Também é importante que você procure responder as atividades


propostas como atividades somativas para aula, dentro dos prazos
estabelecidos pelo seu professor, pois você não será avaliado apenas
pelas atividades presenciais, mas também pelas virtuais.

Vamos Revisar?

Neste capítulo, você aprendeu que o autoconhecimento nos


possibilita a identificação das características pessoais, os pontos
fortes e fracos em relação à atividade empreendedora. Vimos que

38
Empreendedorismo e Legislação

possuímos fatores internos e externos, e que devemos conhecê-los


para saber o que podemos melhorar, os recursos que dispomos e
quais deverão ser adquiridos. Assim, concluímos que as pessoas só
realizam algo caso se julguem capaz de fazê-lo. E o autoconhecimento
é o alicerce para a construção da crença individual de que se é capaz
de mudar algo no mundo, de inovar e de convencer pessoas.

Por fim, este capítulo também apresentou a importância dos


sonhos e objetivos que cada um de nós devemos ter, assim como, a
necessidade de planejamento para alcançá-los.

Referências

DOLABELA, Fernando. Oficina do Empreendedor. Editor de


Cultura, 1999.

DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo:


Cultura Editores Associados, 1999.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo:


transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier,
2001

FILION, Luis Jacques. Empreendedores e Proprietários de


Pequenos Negócios. Revista USP – Revista da Administração,
São Paulo, 1999.

SEMLER, Ricardo. Virando a própria mesa. Editora: Rocco ,


22ª edição. 2002

SILVEIRA, Empreendedorismo no Brasil. 2008 / Simara Maria


de Souza Silveira Greco et al. Curitiba : IBQP; 2009

39
Empreendedorismo e Legislação

Considerações Finais

Olá, cursista!

Esperamos que você tenha aproveitado este volume da disciplina


de Empreendedorismo e Legislação. Acredito que sua mente
começa a se abrir para um novo mundo, com um olhar diferente,
uma visão já diferenciada dos limites que existem até onde você quer
chegar.

No próximo volume, estudaremos a importância do perfil do


empreendedor, e conhecendo suas características positivas e
negativas.

Você vai poder comparar com seu perfil, verificar quais


características poderá melhorar ou minimizar para empreender com
sucesso.

Assim como, iniciar seus aprendizados com a criação de um Plano


de Negócios, entendendo a real necessidade da construção de um
planejamento.

Nesse sentido, o final deste volume já é uma motivação para que


você fique curioso(a) para as próximas reflexões sobre como se tornar
um empreendedor de sucesso e qual o perfil ideal.

Aguardamos sua participação no próximo volume, no ambiente


virtual e presencial.

Até lá e bons estudos!

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Empreendedorismo e Legislação

Conheça os Autores

Obionor de Oliveira Nóbrega é formado em Processamento


de Dados pelo Centro de Ensino Superior do Pará, especialista em
Tecnologia da Informação e Mestre em Ciência da Computação pela
Universidade Federal de Pernambuco. Possui também MBA em
Finanças Corporativas. Trabalhou por sete anos na pré-incubadora
MATER (Matriz Empreendedora do Recife) com a prática de
empreendedorismo em diversas áreas como computação, direito,
administração, fisioterapia, fonoaudiologia e Turismo. Atualmente é
doutorando do Centro de Informática da UFPE.

Luis Alves Lira é mestre em Administração, com ênfase em


Recursos Humanos, pela Universidade Federal de Pernambuco. Atuou
como gerente de Incubadora da Faculdade Integrada do Recife, entre
os anos de 2002 e 2007. Participou do Planejamento Estratégico da
Rede de Incubadoras do Estado de Pernambuco, no ano de 2006. Atua
como professor no Curso de Pós-graduação de Gestão de Pessoas
da Faculdade Guararapes. Também exerce atividades de consultoria
e fiscalização na área de Engenharia Elétrica, especialidade na qual
obteve graduação pela Faculdade de Ensino Superior de Pernambuco,
em 1995.

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