Resumo 2024 - 2 - Direito Previdenciário

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DIREITO PREVIDÊNCIÁRIO

SEGURIDADE SOCIAL

FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS

A Seguridade Social compreende o conjunto integrado de ações de iniciativa


dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à
saúde, à previdência e à assistência social (Brasil, 1988, Art. 194).
Saúde:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação (Brasil, 1988, Art. 196).

Previdência Social:
A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral
de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial,
podendo ser dividida em benefício1 e custeio2 (Brasil, 1988, Art. 201).

A assistência social será prestada a quem dela necessitar,


independentemente de contribuição à seguridade social. (Brasil, 1988, Art. 203).

Seguridade
Social

Previdência Assistência
Saúde
Social Social

Figura 1 - Modelo hierárquico da Seguridade Social

PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL


1
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
2
Receita Federal
CONCEITUAÇÃO

Princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas,


que condicionam todas as instruções subsequentes. São, portanto, os alicerces de
uma ciência (Cretela, s. d.).

Princípios

Gerais Específicos

Igualdade Legalidade Direito adquirido Solidariedade Art. 194 da CF

Figura 2 Modelo dos princípios que regem a Seguridade Social

FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS

Os princípios gerais estão expressos na CF 1988, mas não se aplicam


somente a seguridade social e sim todos a que esses princípios se destinam.
Igualdade: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se [...] a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, [...]” (Brasil, art. 5). O princípio da igualdade
pressupõe que as pessoas colocadas em situações diferentes sejam tratadas de
forma desigual: “Dar tratamento isonômico às partes significa tratar igualmente os
iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades”.
(Nery Junior, 1999, p. 42).
Legalidade: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei” (Brasil, 1988, cap. II, art. 5, inc. II).
Direito adquirido: “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada” (Brasil, 1988, cap. II, art. 5, inc. XXXVI).
Solidariedade3: “construir uma sociedade livre, justa e solidária” (Brasil, 1988,
cap. I, art. 3, inc. I).

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Embora não conste expressamente no título que trata da ordem social na Constituição Federal, o
princípio da solidariedade é postulado fundamental para a compreensão do regime financeiro da
previdência social brasileira, representado de maneira evidente pelo pacto das gerações,
característica dos sistemas de repartição (CESPE, 2008).
Os princípios específicos da seguridade social estão previstos em lei, como
consta na CF 1988, “A seguridade social compreende um conjunto integrado de
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social” (Brasil, 1988, art.
194). Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social,
com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade4 da cobertura e do atendimento5;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios6 e serviços7 às populações
urbanas e rurais8;
III – seletividade e distributividade9 na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios10;
V – equidade na forma de participação no custeio11;
VI – diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas
contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas
a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter
contributivo da previdência social;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos
empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados
(Brasil, 1988, art. 194).

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A meta da universalidade da cobertura e do atendimento a que se refere a CF é a de que as ações
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social alcancem
todas as pessoas residentes no país, sem nenhuma distinção (CESPE, 2013), a universalidade se
aplica a todo o conjunto da seguridade social, como exemplo, os estrangeiros no Brasil poderão
receber atendimento da seguridade social, mas esse princípio é mais aplicado a saúde.
5
“A universalidade da cobertura deve ser entendida como as contingências que serão cobertas pelo
sistema, como a impossibilidade de retornar ao trabalho, a idade avançada, a morte etc. Já a
universalidade do atendimento refere-se às prestações que as pessoas necessitam, de acordo com a
previsão da lei, como ocorre em relação aos serviços” (Sérgio Pinto, s. d.), mas para as bancas
compreende-se o contrário.
6
Dinheiro.
7
O que é prestado.
8
Ambos têm direito aos mesmos benefícios e serviços, o que antes da CF 1988 não era previsto.
9
Aplica-se mais a assistência social.
10
Salvo em casos de fraude e de irregularidade não pode ocorrer a redução ou reajuste do valor
nominal, somente o valor real que constarem no art. 201.
11
Utiliza-se o mesmo pensamento de Sérgio Pinto no que diz respeito ao pagamento, financiamento
previdenciário.

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