Aula 01

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Módulo 1

Vetores e coordenadas espaciais

A natureza é uma esfera infinita com centro em todo lugar


Pré-requisitos:
e circunferência em lugar nenhum.
Geometria Analı́tica,
Blaise Pascal
Módulo 1.
Pré-Cálculo, Módulos
A Geometria Espacial estudada desde a época dos gregos tornou-se, 1 - 4.
gradativamente, insuficiente para resolver os complexos problemas que iam
surgindo ao longo da história. A visão de René Descartes (1596 - 1650) ao Bibliografia.
[1] Lehman, C., Geometria
criar os seus sistemas de coordenadas foi, em parte, usar as avançadas técnicas Analı́tica. Editora Globo.
[2] Lima, E., Coordenadas
algébricas da época para modelar e equacionar os problemas geométricos.
no Espaço. SBM.
Nos seus trabalhos, Descartes criou também os sistemas de coordenadas
no espaço, porém não se aprofundou no assunto. As técnicas analı́ticas para
o estudo da Geometria espacial tiveram seu inı́cio nos trabalhos e nas mentes
de outros grandes matemáticos da época, dentre os quais o holandês Frans
van Schooten (1615 - 1660), o francês Philippe de La Hire (1640 -1718) e o
suı́ço Johann Bernoulli.
A Geometria Analı́tica do espaço, ou Geometria Analı́tica Espacial,
Alexis Claude Clairaut
começou a tomar forma na França graças aos trabalhos de Antoine Parent
(1713 - 1765)
(1666 - 1716) e Alexis Claude Clairaut (1713 - 1765) que, em 1726, apresentou Paris, França.
Aprendeu Matemática
na Academia de Ciências de Paris o seu trabalho Quatre problèmes sur de
com seu pai, Jean-Baptise
nouvelles courbes (Quatro problemas sobre novas curvas), um importante Clairaut. Estudou com
Johann Bernoulli, fez
tratado analı́tico sobre curvas não-planas no espaço. avanços no estudo da
Neste Módulo, apresentaremos os princı́pios básicos sob os quais se Geometria das curvas no
espaço, das equações
fundamenta o estudo da Geometria Analı́tica Espacial, ampliando para o diferenciais e do Cálculo
Variacional. Clairaut é um
espaço as noções vetoriais de Bellavitis, apresentadas nas primeiras aulas do
dos precursores da
Módulo 1, e os conceitos sobre coordenadas cartesianas, estudados no Módulo Geometria Diferencial.
http://www-history.mcs.
2, do Pré-Cálculo.
st-andrews.ac.uk/
history/Mathematicians/
Clairaut.html
Coordenadas no espaço
Aula 1 – Coordenadas no espaço MÓDULO 1 - AULA 1

Objetivos
• Definir os sistemas ortogonais de coordenadas cartesianas no espaço.
• Localizar pontos no espaço a partir das suas coordenadas cartesianas.

Nesta aula, definimos e manipulamos os sistemas de coordenadas no


espaço, de maneira análoga às coordenadas no plano que você estudou na
Aula 13, do Módulo 2, do Pré-Cálculo.
Para você ficar mais à vontade na
discussão que abordaremos a seguir, ima-
gine uma pequena bola, que designamos
pela letra B, sobre um fino suporte ver-
tical no quarto ou sala onde você está.
Escolha uma das quinas do quarto,
que designamos pela letra O. Essa quina
Figura 1.1: Posição de B em
é o encontro de duas paredes e o chão si-
relação a O.
multaneamente (Figura 1.1). Ao mesmo
tempo, O é também o ponto de encontro de três linhas, duas das quais são
as linhas onde o chão encontra as paredes e a outra onde as paredes se en-
contram mutuamente.
Como determinar a posição exata de B?
Para responder, começamos por lembrar que a posição de um ponto P
no plano, em relação a um sistema de coordenadas cartesianas, é determinada
por um par de números reais (x, y) denominados coordenadas de P .
Então, se P representa a base da haste que sustenta a bolinha, podemos
determinar a posição exata de P , em relação a um sistema ortogonal de
coordenadas cartesianas no plano do chão, com origem no ponto O e cujos
eixos são as interseções do chão com as paredes (Figura 1.2).

CEDERJ 9
Coordenadas no espaço

Imagine-se de pé no ponto O, de


frente para o ambiente do quarto. De-
nominando eixo OX a interseção da pa-
rede, à sua direita, com o chão, por-
tanto, à direita de O e, eixo OY a in-
terseção da parede, à sua esquerda, com
o chão, o ponto P , que representa o
pé da haste, tem coordenadas (x, y) no Figura 1.2: Coordenadas do ponto
plano do chão que contém os eixos OX B.
e OY .
Finalmente, para determinar a posição exata da bolinha B, faz-se
necessária uma terceira quantidade z que mede a sua altura em relação ao
chão. Isto é, z é o comprimento da haste que sustenta B.
Assim, denominamos eixo OZ o segmento de reta que resulta da in-
terseção das duas paredes consideradas. Na Figura 1.2, representamos a
bolinha B no quarto e junto com ela as três coordenadas x, y e z, que deter-
Eixo OZ
No eixo OZ colocamos
minam a sua posição exata no espaço.
coordenadas usando a Dessa forma, a posição em que a bolinha se encontra no quarto é ca-
mesma escala que nos
eixos OX e OY . racterizada mediante um terno de números reais (neste caso, não-negativos)
que designamos por (x, y, z) e denominamos as coordenadas de B em relação
ao sistema OXY Z. É isso mesmo! Acabamos de construir um sistema de
coordenadas no espaço.

Definição 1.1 (Coordenadas cartesianas no espaço)


Um sistema (ortogonal positivo) de coordenadas cartesianas no espaço con-
siste da escolha de um ponto O do espaço, denominado origem, e de três retas
concorrentes em O e mutuamente perpendiculares, denominadas eixos OX,
A regra da mão direita...
É outro critério para saber OY e OZ, sob cada uma das quais há uma cópia da reta real R, satisfazendo
qual é a direção do as seguintes propriedades:
semi-eixo OZ positivo. A
regra consiste em colocar (a) O zero de cada cópia de R considerada, coincide com o ponto O.
a mão direita na origem,
com os dedos indicador, (b) Escolhamos duas dessas retas. As retas escolhidas determinam um plano
médio, anular e mindinho,
que passa pela origem O. Nesse plano, escolhemos uma das retas para ser
esticados na direção do
semi-eixo OX positivo e o o eixo OX e a outra para ser o eixo OY . O plano que contém esses eixos é
dedo polegar esticado. Ao
fechar a mão girando os
denominado plano XY .
dedos na direção do (c) Escolhamos um dos semi-eixos do eixo OX para ser o o semi-eixo OX
semi-eixo OY positivo, o
dedo polegar irá apontar positivo. No plano XY , o semi-eixo OY positivo é obtido pela rotação de
na direção do semi-eixo 90o do semi-eixo OX positivo, no sentido anti-horário, em torno da origem.
OZ positivo.

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Coordenadas no espaço
MÓDULO 1 - AULA 1

(d) A terceira reta, perpendi-


cular ao plano XY e que passa
pela origem, é o eixo OZ. Nela,
o semi-eixo OZ positivo é es-
colhido de modo que se um
observador em pé na origem
sobre o plano XY , com as costas
apoiadas no semi-eixo OZ po-
sitivo e o braço direito esti- Figura 1.3: Escolha do semi-eixo OZ posi-
cado na direção do semi-eixo tivo.
OX positivo, verá o semi-eixo
OY positivo à sua frente (Figura 1.3).
Em relação a um sistema de coordenadas cartesianas OXY Z, cada
ponto P do espaço é caracterizado por um terno de números reais (x, y, z)
denominados as coordenadas do ponto P no sistema OXY Z.

Observação
Quando você aprendeu os sistemas de coordenadas cartesianas no plano, viu
que existem outros sistemas de coordenadas construı́dos de maneira similar,
mas cujos eixos não são perpendiculares. A exigência da perpendicularidade
dos eixos é apenas um conforto, pois na maioria das situações facilita a
visualização geométrica. O mesmo acontece com as coordenadas cartesianas
no espaço. Portanto, eventualmente, um problema geométrico pode tornar-
se mais simples com a escolha de um sistema de coordenadas oblı́quo, isto
é, onde os eixos OX, OY e OZ não são perpendiculares, mas apenas não-
coplanares. Por essa razão, o sistema de coordenadas definido anteriormente
é dito ortogonal (ou seja, perpendicular).
A escolha de um sistema ortogonal de coordenadas cartesianas implica a O sı́mbolo Π...
determinação de três planos, chamados planos cartesianos, que se intersectam É a letra
maiúscula da letra grega π.
na origem. Cada um desses planos contém exatamente dois dos eixos OX,
OY ou OZ e é perpendicular ao outro eixo. O plano que contém os eixos
OX e OY será designado por ΠXY e chamado plano XY (Figura 1.4).
Analogamente, o plano que contém os eixos OX e OZ é designado por
ΠXZ e chamado plano XZ (Figura 1.5). Finalmente, o plano Y Z, designado
ΠY Z , é aquele que contém os eixos OY e OZ (Figura 1.6).

CEDERJ 11
Coordenadas no espaço

Figura 1.4: Plano XY . Figura 1.5: Plano XZ. Figura 1.6: Plano Y Z.

Determinando as coordenadas de um ponto no sistema OXY Z


Para determinar as coordenadas de um ponto P no espaço, fazemos as
projeções perpendiculares de P sobre dois dos planos cartesianos.
Isto é, dado um ponto P , a reta paralela ao eixo OZ que passa por P ,
intersecta o plano XY num ponto que designaremos PXY .
Para determinar as coordenadas nos eixos OX e OY , traçamos as par-
alelas a esses eixos que passam pelo ponto projetado PXY . Tais paralelas
intersectam os eixos OX e OY em pontos PX e PY respectivamente (veja a
Figura 1.7). O ponto PX corresponde a um número real x na cópia de R que

colocamos no eixo OX; esse nú-


mero real é a primeira coorde-
nada de P e é chamado a ab-
scissa do ponto P . Da mesma
maneira, o ponto PY do eixo OY
corresponde a um número real
y na cópia de R que colocamos
no eixo OY ; esse número é a se-
gunda coordenada de P e é chamado
a ordenada do ponto P . Figura 1.7: Abscissa e a ordenada de P .
A cota de um ponto P ...
No procedimento ao lado,
a cota do ponto P foi
determinada projetando
perpendicularmente o
ponto P sobre o plano
ΠY Z . No entanto, o
mesmo valor para a cota
pode ser obtido
projetando o ponto P
sobre o plano ΠXZ , como
vemos na Figura 1.9.

Figura 1.8: Cota de P . Figura 1.9: Coordenadas de P .


CEDERJ 12
Coordenadas no espaço
MÓDULO 1 - AULA 1

Para determinar a coordenada no eixo OZ, traçamos a reta paralela


ao eixo OX que passa pelo ponto P . Essa reta intersecta o plano Y Z num
ponto PY Z (Figura 1.8). As paralelas aos eixos OY e OZ, passando pelo
ponto PY Z , intersectam os eixos OY e OZ em pontos PY (determinado já
no parágrafo anterior) e PZ . O número real z, que corresponde ao ponto PZ
na cópia de R que colocamos no eixo OZ, é a terceira coordenada do ponto
P , também chamada cota do ponto P .
Convenção
A origem ...
Daqui em diante, um ponto P que tem abscissa x, ordenada y e cota z será Observe que a origem O
do sistema OXY Z é o
identificado com seu terno de coordenadas cartesianas (x, y, z):
único ponto com todas as
suas coordenadas nulas:
P = (x, y, z)
O = (0, 0, 0) .
Observação
Os planos cartesianos são caracterizados da seguinte maneira:
ΠXY = {(x, y, 0)|x, y ∈ R} , ΠXZ = {(x, 0, z)|x, z ∈ R} e ΠY Z = {(0, y, z)|y, z ∈ R} .
Isto é, dado um ponto P = (x, y, z) no espaço, temos:
P ∈ ΠXY ⇐⇒ z = 0 , portanto, a equação cartesiana de ΠXY é: z = 0.
P ∈ ΠXZ ⇐⇒ y = 0 , portanto, a equação cartesiana de ΠXZ é: y = 0.
P ∈ ΠY Z ⇐⇒ x = 0 , portanto, a equação cartesiana de ΠY Z é: x = 0.
Com esta caracterização dos planos cartesianos, vemos que o eixo OX
consiste nos pontos tais que y = 0 e z = 0, isto é:

y = 0
OX = ΠXY ∩ ΠXZ e suas equações cartesianas são .
z = 0
Analogamente,
 
x = 0 x = 0
OY = ΠXY ∩ ΠY Z : e OZ = ΠXZ ∩ ΠY Z : .
z = 0 y = 0

Exemplo 1.1
Caracterizar os planos paralelos aos planos coordenados.
Solução: Um plano P é paralelo ao plano ΠXY se, e somente se, é perpendi-
cular ao eixo OZ.

CEDERJ 13
Coordenadas no espaço

Sendo P perpendicular ao eixo


OZ, temos P ∩OZ = {(0, 0, k)},
para algum k ∈ R. Além disso,
note que a terceira coordenada
de um ponto (a cota), mede essen-
cialmente a altura do ponto com
respeito ao plano XY . Logo, como
P é paralelo ao plano XY , a ter-
ceira coordenada de todo ponto
de P é igual a k. Isto é, P = Figura 1.10: Plano P : z = k .
{(x, y, k) | x, y ∈ R}. Portanto,
como não há restrição sobre as coordenadas x e y dos pontos de P, a equação
cartesiana de P é z = k (veja a Figura 1.10).
Analogamente, um plano Q que é paralelo ao plano ΠXZ deve ser perpendi-
cular ao eixo OY . Portanto, Q ∩ ΠOY = {(0, q, 0)}, para algum q ∈ R. Logo,
a segunda coordenada de cada ponto Q = (x, y, z) de Q deve ser constante e
igual a q.
Logo, a equação cartesiana de Q = {(x, q, z) | x, z ∈ R} é y = q (Figura 1.11).

Figura 1.11: Plano Q : y = q . Figura 1.12: Plano R : x = r .

Finalmente, um plano R é paralelo ao plano ΠY Z se, e somente se, é per-


pendicular ao eixo OX. Se R ∩ OX = {(r, 0, 0)}, então os pontos de R são
(r, y, z), com y, z ∈ R. A equação cartesiana de R é x = r (Figura 1.12).

O conjunto dos pontos P = (x, y, z) do espaço que não pertencem a


nenhum dos planos cartesianos fica dividido em oito regiões denominadas
octantes, são estes:

CEDERJ 14
Coordenadas no espaço
MÓDULO 1 - AULA 1

1◦: {(x, y, z) | x > 0 , y > 0 , z > 0} , 2◦ : {(x, y, z) | x < 0 , y > 0 , z > 0} ,


Octantes ...
3◦: {(x, y, z) | x < 0 , y < 0 , z > 0} , 4◦ : {(x, y, z) | x > 0 , y < 0 , z > 0} , A divisão do espaço em
5◦: {(x, y, z) | x > 0 , y > 0 , z < 0} , 6◦ : {(x, y, z) | x < 0 , y > 0 , z < 0} , octantes corresponde à
decomposição do plano
7◦: {(x, y, z) | x < 0 , y < 0 , z < 0} , 8◦ : {(x, y, z) | x > 0 , y < 0 , z < 0} . cartesiano em quatro
Note que o primeiro octante é a região formada pelos pontos que têm quadrantes, determinados
pelos eixos cartesianos
todas as suas coordenadas positivas. OX e OY . Em alguns
livros antigos, os octantes
Exemplo 1.2 são denominados triedros.

Localizar no espaço os pontos P1 = (2, 2, 2), P2 = (−3, 3, 2), P3 = (4, −3, 3),
P4 = (4, 2, −3) e P5 = (4, −2, −2), determinando em qual dos octantes eles
se localizam.

Solução: Para localizarmos o ponto P1 , medimos, a partir da origem, 2


unidades no semi-eixo OX positivo e 2 unidades no semi-eixo OY positivo.
No plano ΠXY , localizamos o ponto (2, 2, 0), projeção de P1 sobre o plano
ΠXY . Sobre a perpendicular ao plano ΠXY que passa por (2, 2, 0), medimos,
a partir de (2, 2, 0), 2 unidades no mesmo sentido do semi-eixo OZ positivo.
O ponto localizado nessa perpendicular é o ponto P1 . Veja a Figura 1.13.
Como as três coordenadas de P1 são positivas, concluı́mos que P1 pertence
ao primeiro octante do espaço.

Analogamente, para localizar o


ponto P2 , medimos, a partir da
origem, 3 unidades no semi-eixo
OX negativo, depois 3 unidades
no semi-eixo OY positivo e, fi-
nalmente, 2 unidades no semi-
eixo OZ positivo (Figura 1.13).
Como a primeira coordenada de
P2 é negativa e as outras posi-
tivas, concluı́mos que P2 se en- Figura 1.13: Pontos P1 , . . . , P5 .
contra no segundo octante do espaço.
Repita você mesmo o argumento para verificar que a localização dos outros
pontos P3 , P4 e P5 é a mostrada na Figura 1.13 e conclua que P3 está no
quarto octante, que P4 está no quinto octante e que P5 está no oitavo octante.

CEDERJ 15
Coordenadas no espaço

Em geral, o processo de vi-


sualização no espaço cartesiano é
uma tarefa que requer um pouco
mais da nossa intuição geométrica,
e muitas vezes devemos olhar o
espaço colocando-nos em diversos
pontos. Por exemplo, estando num
ponto do semi-eixo OZ positivo,
olhando para a origem, tendo o
semi-eixo OX à nossa direita, a
Figura 1.13 seria vista como é mos-
trado na Figura 1.14.
Imagine como se vê o sis- Figura 1.14: Sistema OXY Z visto do
tema de coordenadas do espaço semi-eixo OZ positivo.
estando em outras posições e tente fazer um esboço.

Exemplo 1.3
Localizar o triângulo T de vértices P1 = (3, 0, 0) , P2 = (−3, 3, −3) e
P3 = (2, −1, 3) , assim como as suas projeções nos planos ΠXY e ΠY Z .
Solução: Localizamos o ponto P1 sobre o semi-eixo OX positivo, o ponto
P2 no sexto octante e o ponto P3 no quarto octante, como no Exemplo 1.2.
Observe que P1 não pertence a nenhum octante (Figura 1.15).

Figura 1.15: Localização dos vértices de T . Figura 1.16: Triângulo T no espaço.

CEDERJ 16
Coordenadas no espaço
MÓDULO 1 - AULA 1

Posteriormente, traçamos seg-


mentos de reta no espaço li-
gando os vértices (Figura 1.16).
As projeções de T nos planos
cartesianos ΠXY e ΠY Z são obti-
das ligando as projeções dos
vértices sobre esses planos com Figura 1.17: Projeção de T sobre ΠXY e ΠY Z .
segmentos de reta como mostramos
na Figura 1.17.

Resumo
Nesta aula, definimos um sistema ortogonal de coordenadas cartesianas
no espaço, vimos que cada ponto do espaço é caracterizado por um terno
ordenado (x, y, z) de números reais.

Exercı́cios

1. Localize num sistema ortogonal de coordenadas cartesianas no espaço,


os pontos A = (3, 4, 6), B = (−5, 3, 1), C = (1, −3, −5), D = (0, −3, 5),
E = (−3, −5, 0) e F = (−1, −5, −3).

2. Para cada um dos pontos A = (4, 3, 5), B = (−3, 2, 1), C = (2, −3, 0)
e D = (0, 0, −3), ache as coordenadas de suas projeções:
a. Sobre os eixos coordenados. b. Sobre os planos coordenados.
c. Sobre o plano z = 3. d. Sobre o plano y = −2.

3. Os pontos A = (−a, −a, −a), B = (a, −a, −a), C = (−a, −a, a) e


D = (a, a, a), com a > 0 são vértices de um cubo. Determine os outros
vértices.

4. Determine quais das seguintes afirmativas são verdadeiras e quais são


falsas, justificando a sua resposta.
a. Todo ponto do espaço pertence a um plano paralelo ao plano ΠXY .
b. Todo ponto do espaço pode ser tomado como origem de um sistema
ortogonal de coordenadas cartesianas.
c. Por quatro pontos do espaço passa um único plano paralelo ao plano
ΠY Z .
d. Cada ponto do plano ΠXZ é a projeção ortogonal de uma infinidade
de pontos do espaço.

CEDERJ 17
Coordenadas no espaço

e. Três planos paralelos aos respectivos planos coordenados sempre


têm um ponto em comum.

Auto-avaliação
Se você entendeu o conteúdo da aula, não deve encontrar dificuldade
para resolver os exercı́cios, eles servem apenas para aprimorar a sua visão
tridimensional como observador no espaço. Caso apareça alguma dúvida,
revise o conteúdo da aula e converse com o tutor do seu pólo.

CEDERJ 18

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