ECONOMIA

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 40

ECONOMIA

1. Introdução

1.1. Introdução à Economia


 Palavra “economia” foi criada pelos fisiocratas franceses no século XVIII
 Radicais gregos: oykos (casa) + nomos (regras)  “administração dos bens e
recursos”
 Evolução do conceito  ciência da escolha (confluência entre desejos ilimitado
e recursos limitados)
Divisão da Disciplina
Área Definição Temas principais
Microeconomia Estudo dos mercados Preço e Bem-Estar
Bens e Externalidades
Macroeconomia Estudo dos agregados Mercado fiscal e monetário
Inflação, desemprego e crescimento
Economia Internacional “Macroeconomia aberta” Interação entre unidades
macroeconômicas
Evolução do Pensamento Epistemologia e relação teoria-prática Princípios, modelos, metodologias
Econômico
História Econômica Análise de uma unidade macroeconômica ao Envolve todas as áreas supracitadas (ex:
longo do tempo Economia Brasileira)
Postulados Metodológicos
Conceito Explicação
* Modelo reflete pressupostos  influencia resultado
Modelagem Matemática * Do simples (genérico) para o complexo (específico)
* Longo vs. curto prazo  característica do modelo se altera
Endógena ao modelo Exógena ao modelo
Variáveis Nominal (valor em si) Real (valor corrigido)
Relativa (ex: quantas batatas valem um café?)
Cæteris Paribus Relacionar duas variáveis, mantendo-se “tudo o mais, constante”

1.2. Princípios Econômicos

10 Princípios (Gregory Mankiw)


Como as pessoas tomam decisões Como as pessoas interagem Como a economia funciona
As pessoas enfrentam tradeoffs O comércio pode ser bom para todos O padrão de vida de uma sociedade
reflete sua capacidade de produção
e consumo
O custo de algo é a melhor Mercados são eficientes, em geral Os preços sobem quando o governo
alternativa de que se desiste para emite moeda demais
obtê-lo
Pessoas racionais pensam na margem Quando mercados são ineficientes, Existe um tradeoff no curto prazo
governos podem melhorar o bem-estar entre inflação e desemprego
Pessoas reagem a incentivos
2. Microeconomia: Consumidores e Produtores

2.1. Utilitarismo: Escolhas, Jogos e Decisões

CONCEITOS GERAIS
Teoria Resumo Explicação Detalhes
Filosofia que enxerga a vida humana Todas as pessoas racionais Utilidade = medida de
como um conjunto de ganhos e perdas são interesseiras (têm valor das preferências
Utilitarismo
(valores) valores) e calculistas (buscam (intensidade e
seus valores) ordem)
Pessoas racionais maximizam utilidade Preferências são: Críticos da ideia de
(Ação = comparação de preferências) * Ordinais  ordem importa homo æconomicus
(Max. ganhos e/ou min. perdas) mais que intensidade defendem as teorias
* Completas  o modelo não-racionais de
deve incluir todas as decisão
Escolha
Racional alternativas viáveis
* Transitivas  existe ordem Preferências não-
lógica entre as preferências transitivas são
(se A > B e B > C, então A > chamadas de
C) circulares (ex: jo-ken-
po)
Maximização de utilidade quando a * Sequenciais (árvores) ou Equilíbrio de Nash
ação de um agente racional interfere nos simultâneos (matrizes) * Resultado de jogo
resultados do outro  Cooperação (ganha-ganha onde nenhum jogador
(Interação) ou soma +) tem arrependimento,
Jogos (Jogo = situação estratégica)  Competição (perde-ganha dada a jogada dos
(Resultado individual = payoff) ou soma 0) outros
 Defecção (perde-perde ou * Todo jogo tem (pelo
soma –) menos) um  puro ou
misto
Interação entre um agente racional e um Teoria dos valores esperados “Jogo sequencial
evento sozinho” = árvore de
Decisão Confluência entre valores (utilidade) e decisão
crença (ponderação sobre a realidade)

O Dilema do Prisioneiro  principal exemplo de jogo de defecção


 Um empresário e um político praticaram dois crimes, para os quais a pena é 2
anos de cadeia  utilidade negativa
 A política tem provas de um crime, mas não do outro. Eles oferecem um acordo
de delação premiada para os prisioneiros, isolados em suas celas  jogo
simultâneo
 Acordo:
o Se um delatar e o outro não  quem delatou pega apenas 1 ano de
cadeia e quem não delatou pega 4 anos
o Se ambos delatarem  ambos pegam 3 anos de cadeia
o Se nenhum delatar  ambos pegam 2 anos de cadeia
o 4 resultados possíveis (Q1, Q2, Q3 e Q4)
Dilema do Prisioneiro (Matrriz) Empresário
Delatar Não
–3 –4
Delatar Q1 Q2
–3 –1
Político
–1 –2
Não Q3 Q4
–4 –2

EQUILÍBRIO DE NASH NO DILEMA DO PRISIONEIRO


* Cada jogador deve analisar dois “universos paralelos”
* As setas representam dominância de estratégia
Arrependimento
Resultado Detalhes
Empresário Por quê? Político Por quê?
Dado que o político Não Dado que o empresário Equilíbrio de
delatou, se ele não tivesse delatou, se ele não tivesse Nash
Q1 Não
delatado teria pegado 4 delatado teria pegado 4
anos de cadeia (-3>-4) anos de cadeia (-3>-4)
Dado que o político Não Dado que o empresário não Empresário fica
delatou, se ele tivesse delatou, se ele não tivesse o “resultado do
Q2 Sim delatado teria pegado delatado, teria pegado 2 otário” (sucker
apenas 3 anos de cadeia anos de cadeia (-1>-2) payoff)
(-3>-4)
Dado que o político não Sim Dado que o empresário Político fica o
delatou, se ele não tivesse delatou, caso ele tivesse “resultado do
Q3 Não delatado teria pegado 2 delatado teria pegado otário” (sucker
anos de cadeia (-1>-2) apenas 3 anos de cadeia (- payoff)
3>-4)
Dado que o político não Sim Dado que o empresário não Ótimo de Pareto
delatou, se ele tivesse delatou, se ele tivesse
Q4 Sim delatado teria pegado delatado, teria pegado
apenas 1 ano de cadeia apenas 1 ano de cadeia
(-1>-2) (-1>-2)
 O dilema do prisioneiro demonstra que o resultado mais provável de um jogo
nem sempre é o ótimo de Pareto (situação em que ninguém consegue ganhar
mais, sem que o outro perca)  desafio à lógica liberal de que o egoísmo é
benéfico para o grupo
 O dilema do prisioneiro influencia muitos modelos de competição econômica, e
também políticas públicas de combate à criminalidade (ex: Operação Lava Jato)
Exemplo de Árvore de Decisão

Teorias Não-Racionais de Decisão


Conceito Significado
Informação assimétrica As pessoas não são capazes de calcular os valores e crenças com precisão
Wishful thinking As pessoas tendem a ser mais otimistas com relação a seus ganhos e perdas
Horizonte temporal As pessoas tendem a levar em consideração as consequências de suas ações
 Pessoa A deve propor a divisão de 100 reais com Pessoa B
 Pessoa B decide se aceita a divisão proposta (se não aceitar, ninguém
ganha nada)
Questão do jogo ultimatum  Resultado esperado  Pessoa A oferece o mínimo possível (1 real) e
pessoa B aceita (porque 1 > 0)
 Resultado real  pessoas tendem a dividir mais “justamente”
(experimentos realizados em diversos países)
2.2. Teoria do Consumidor

 Fatores que influenciam a demanda  gostos, expectativas, renda, bens


substitutos e complementares
 Lei geral da demanda  quanto maior o preço, menor a quantidade demandada

AXIOMA DA MONOTONICIDADE
“Quanto mais, melhor”
Não-monotônico Monotonicidade Fraca Monotonicidade Forte

Lógica do consumo direto Lógica da acumulação/troca Lógica (clássica) da moeda


 Utilidade marginal decrescente  Utilidade marginal  Utilidade = bem
 Ponto de saciedade (ut. max) decrescente, mas nunca  Função de unidade de conta
 Ponto de esgotamento (ut = negativa
ut0)  Não ponto de saciedade nem
esgotamento
 Perder é sempre pior do que
ganhar
 A monotonicidade não é um axioma de qualquer escolha, mas é amplamente
utilizada nos modelos econômicos
o Teoria dos círculos concêntricos  não utiliza o axioma da
monotonicidade
o Teoria da curva de indiferença  considera a monotonicidade (=
quadrante inferior esquerdo do “círculo”)

 Cesta de bens (X e Y)
 Preferências não-monotônicas
 Cada circulo representa a mesma utilidade
total
 Ponto central representa a utilidade máxima
 Negativamente inclinadas (taxa marginal
de substituição)

 Convexa com relação à origem (reflexo da


monotonicidade)

 Não se cruzam (mais distante = melhor)

 Função tipo Cobb-Douglas 


α β
U ( x , y)=A . x y

 Taxa Marginal de Substituição (TMgS) =


Inclinação entre 2 pontos de uma curva

Representa a quantidade de cada bem que uma


pessoa pode comprar a partir da quantidade de
renda disponível.

Sempre é uma função linear negativamente


inclinada refletindo os preços relativos dos bens.

O ponto ótimo representa a máxima satisfação obtida


pelo consumidor a partir de sua restrição
orçamentária. Portanto, é a interseção entre a reta
de restrição e a curva de indiferença de maior valor
possível. Necessariamente, será a curva de
indiferença que tangencia a reta de restrição
orçamentária.

Outras Aplicações da Teoria:

Decisões sobre mercado de trabalho

Derivação da Demanda Decisões sobre investimentos

A alteração do preço de um bem provoca um rearranjo


do ponto do equilíbrio, para que se adeque à nova
restrição orçamentária. Esse processo ocorre por meio de
dois efeitos:

Efeito-renda: deslocamento de uma curva de indiferença


a outra, como consequência da alteração da renda real
do consumidor

Efeito-substituição: deslocamento ao longo de uma curva


de indiferença, como resultado do novo ponto de
equilíbrio.
Bens Complementares e Substitutos

Complementares = (TMgS = 0/∞) Substitutos = (TMgS é


constante)
Exemplos: sapato esquerdo/direito Exemplos: notas de 5/10
Pão e manteiga Manteiga e margarina
A curva mostra a relação entre a renda do consumidor
e a quantidade de um determinado bem que ele
Relação entre Renda e Demanda consome.

Bens normais obedecem à lógica de: quanto mais


renda, mais consumo (são bens que as pessoas
gostem). São considerados bens superiores quando a
elasticidade-renda da demanda é maior que 1.

Bens inferiores obedecem à lógica de: quanto mais


renda, menos consumo  exemplos: carne de
segunda, passagem de ônibus, salsicha, miojo, etc.

Elasticidade-renda da demanda  variação


percentual na quantidade em resposta a uma variação
na renda

NÃO CONFUNDIR A CURVA DE ENGELS (RxQ) COM A


CURVA DE DEMANDA (PxQ)

CLASSIFICAÇÃO DE BENS QUANTO À ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA


Classificação Elasticidade-renda Exemplos Subtipo
Baixa qualidade: Giffen
Inferior Negativa (elástica ou não) e<0 Salsicha/ carne de

Comuns: Bens em geral
Normal Positiva inelástica 1>e>0
Alimento / roupa
Superior Positiva elástica e>1 Supérfluos: Veblen
Sobremesa/ gadgets

Bens que violam a lei da demanda

Bens de Giffen
 Proposto por sir Robert Giffen para estudar a
crise das batatas na Irlanda (séc. XIX)
 Necessariamente bens inferiores
 Efeito-renda maior que efeito-substituição.
 Exemplo: estudante universitário e passagens de
ônibus
o Com determinada renda, um estudante consegue
fazer N viagens de ônibus e algumas de Uber
o Com o aumento da passagem de ônibus, “sobra”
menos dinheiro para o Uber e, como consequência,
aumenta a demanda por passagens de ônibus

Bens de Veblen
 Proposto por Thorstein Veblem em 1899
como forma de crítica social
 Necessariamente bens superiores
(ex: Ferrari, iphone)
 Relação com status social e sinalização.

 Equilíbrio geral
 Bens maus
2.3. Teoria da Firma

Objetivo da firma = maximização do lucro


Duas teorias  da produção e dos custos

TEORIA DA PRODUÇÃO
 Quase idêntica à Teoria do Consumidor, onde
o Curva de isoquanta = mostra a produção a partir da combinação de
dois fatores (geralmente K e L)  curva de indiferença + lei dos
rendimentos decrescentes
o Reta de isocustos = demonstra preço relativo entre dois fatores 
restrição orçamentária
o Taxa marginal de substituição técnica = taxa marginal de
substituição
o Insumos substitutos e complementares = bens substitutos e
complementares

TEORIA DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES


 Aumento em algum fator de produção leva a um aumento cada vez menor
na produção  produção tem ascendência negativa
 Custo total aumenta exponencialmente  ascendência positiva
HORIZONTES TEMPORAIS DA FIRMA
 Curtíssimo prazo = todos os insumos são fixos
TEORIA DOS CUSTOS
 Curto prazo = um insumo é fixo e outro é variável
 Custo contábil < custo
 Longo econômico
prazo (contábil
= todos os insumos+são
oportunidade)
variáveis
 Explícitos (desembolso) + implícitos
 Lucro = Receita Total (RT) – Custo Total (CT)
o Custo total (CT = CF + CV.Q)
o Custo Fixo (CF)
o Custo Variável (CV)
Conceitos
 Custo Total Médio (CTM = CT/Q)  formato de U  lei dos
rendimentos decrescentes
 Custo Marginal (CMg)  ascendente  lei dos rendimentos decrescentes
 Custo Fixo Médio (CFM)
 Custo Variável Médio (CVM)

CURTO PRAZO

Escala eficiente  quantidade que minimiza o custo médio


Regra
 Se CMg < CTM  CTM em queda
 Se CMg > CTM  CTM em ascensão
 CMg sempre cruza CTM em seu ponto mínimo (escala eficiente)
Economias de escala  aumento da produção ocasiona diminuição do Custo
Total Médio no longo prazo
 Rendimentos de escala
o Crescentes: aumento dos insumos provoca aumento mais que
proporcional da produção
o Constantes: aumento dos insumos provoca aumento proporcional
da produção
o Decrescentes: aumento dos insumos provoca aumento menos que
proporcional da produção
Deseconomias de escala  aumento da produção ocasiona aumento do Custo
Total Médio no longo prazo

Não confundir com:


Economias de escopo  mais barato produzir dois bens juntos do que separados
Deseconomias de escopo  mais caro produzir dois bens juntos do que separados

Decisão da Firma
 Preço > CTM (lucro econômico positivo)  produzir no curto e longo
prazo
 Preço = CTM (lucro econômico nulo)  produzir no curto e longo prazo
 Preço < CTM (lucro econômico negativo)
o Preço > CV  produzir no curto prazo
o CV > Preço  interromper produção

IMPORTANTE
A igualdade entre RMg e CMg determinará o ponto de maximização do
lucro para qualquer empresa, em qualquer estrutura de mercado.
2.4. Oferta e Demanda

Mercado = interação entre consumidores e produtores de determinado bem


 Demanda/oferta de mercado = soma horizontal das demandas/ofertas
individuais (somam-se as quantidades)
Preço é um mecanismo de estabilização automática
Deslocamento ao longo da curva = variáveis endógenas (preço e quantidade)
Deslocamento da curva = variáveis exógenas
Preço acima do equilíbrio = excedente (O > D)
Preço abaixo do equilíbrio = escassez (D > O)

Variáveis exógenas da demanda


 Preferências: quanto mais um consumidor gosta, mais ele compra
 Expectativas: quando um consumidor espera que vai faltar/preço vai subir
no futuro, ele compra mais no presente
 Renda: bens normais  quanto mais renda, mais demanda
 Preço dos bens complementares: quanto maior o preço da manteiga, menor
demanda de pão
 Preço dos bens substitutos: quanto maior o preço da manteiga, maior o
preço da margarina

Variáveis exógenas da oferta


 Custos: quanto maior o custo de produção, menos oferta (inc. tributação,
salários etc.)
 Expectativas: se espera que vai faltar/preço vai subir, oferta mais
 Tecnologia: quanto melhor, mais oferta

Disposição a Pagar/Receber e Excedentes:


 Do produtor = diferença entre disposição a receber e recebimento efetivo
o Tudo o que está “acima da oferta” até o preço de equilíbrio
 Do consumidor = diferença entre disposição a pagar e pagamento efetivo
o Tudo o que está “abaixo da demanda” até o preço de equilíbrio
2.5. Elasticidade-preço e suas Aplicações

 Variação % da quantidade relativa à variação % do preço  mede a


sensibilidade da demanda (ou da oferta)
 Dada em módulo (a da demanda é obviamente negativa)
 No caso de curvas: mede-se no ponto médio

 Motivos da demanda inelástica: bens essenciais, ausência de substitutos


próximos, maior participação no orçamento, curto prazo
 Motivos da oferta inelástica: dificuldade de produção, ausência de
insumos, curto prazo
OBSERVAÇÃO: não confundir elasticidade-preço da demanda, elasticidade-preço da oferta e elasticidade-renda da demanda.

Aplicações da Elasticidade
 Questão das drogas: uma vez que a demanda é mais inelástica que a
oferta, choques de oferta aumentam a receita dos produtores (traficantes).
É melhor diminuir a demanda (aumentar preço de bens complementares e
diminuir preços de bens substitutos).

 Incidência tributária recai mais sobre a parte relativamente inelástica do


mercado (se a demanda for mais elástica, produtores pagam mais; se a oferta for
mais elástica, consumidores pagam mais).

3. Microeconomia: Estruturas de Mercado

3.1. Concorrência Perfeita

ESTRUTURAS DE MERCADO
Entrada de Tipo de Produto
vendedores Homogêneo Heterogêneo
Exclusiva Monopólio
Barrada Oligopólio
Livre Concorrência Perfeita Concorrência Monopolística
 Questão d escala  mercado relevante (bairro, cidade, país, mundo)

 Características
o Muitos compradores e vendedores = ambos são tomadores de
preço
o Produtos homogêneos = preço é a única variável que o consumidor
leva em consideração
o Livre entrada e saída de produtores = lucro econômico zero no
longo prazo
o Característico de mercado de commodities
o RMg = Preço
o Maximização de lucro em RMg = CMg = P
o No curto prazo, pode atuar no prejuízo

 Curva de oferta = curva de CMg


o Acima do CVM no curto prazo
o Acima do CTM no longo prazo
 Decisão no curto prazo:
o Paralisação se P < CVM
 Decisão no longo prazo:
o Saída se P < CTM

OUTRAS INFORMAÇÕES
 Mercados perfeitamente competitivos são os mais eficientes par o bem-estar dos
consumidores
 No equilíbrio, a TMS é a mesma para todos os consumidores (pois o preço é o
mesmo, então a inclinação da restrição orçamentária é a mesma, então a
inclinação do ponto ótimo é a mesma)

3.2. Monopólio

 Características:
o Um vendedor  barreiras à entrada
 Motivos: recursos exclusivos, regulamentação do governo
 Monopólio natural (alto custo fixo e baixo custo marginal
leva à impossibilidade de competição)
o Não existe curva de oferta
 Curva de demanda = RTM
 RMg < RTM
o Maximização do lucro quando RMg = CMg, MAS é menor que o
preço (P > RMg = CMg)
 Consequência: lucro econômico positivo
 Consequência: ineficiência de mercado (produz menos que
ótimo e mais caro)
 Capacidade de mark-up maior, quanto mais inelástica for a demanda

 Discriminação de preços (perfeita ou imperfeita)


o 1° grau: consegue discriminar por consumidor (negociação
individual)  maior receita possível, menor excedente do
consumidor
o 2° grau: por quantidade (desconto para compras maiores)
o 3° grau: por tipo de consumidor (livro de capa dura, refil de
refrigerante)
o Quanto mais perfeita a discriminação, mais o monopolista
consegue absorver o excedente do consumidor e o peso morto
 O que fazer com monopólios:
o Leis antitruste  Cade
o Regulamentação direta  Marco do Saneamento
o Administração pública (monopólio do governo)  Petrobrás
o Fazer nada  visão ortodoxa

MONOPSÔNIO
Estrutura de mercado com um comprador  lógica semelhante para
oligopsônios
 Proposto por Joan Robinson em 1933
 Um comprador e um grupo de vendedores  ao final, todos os vendedores
terão que vender o preço daquele que tiver o menor custo (ou sair do
mercado)  mais comum no mercado de trabalho
EXEMPLO
 Uma grande mineradora é a única empregadora (compradora de mão de
obra) de uma cidade  paga o mesmo salário (preço) a todos (quantidade)
o Maximização de utilidade onde w < PMg = CMg
o Contrata menos gente a um salário menor do que se houvesse
outros empregadores
o Poder de mercado e ineficiência econômica semelhantes ao do
monopolista

3.3. Concorrência Monopolística

 Características
o Muitos vendedores e compradores  livre entrada/saída
o Produto heterogêneo  diferenciação por marcas
o Entre o monopólio e a concorrência perfeita
 No curto prazo se assemelha ao monopólio
 No longo prazo se assemelha à concorrência perfeita
o Maior parte dos produtos se encaixa nessa estrutura  melhor
exemplo: livros de fantasia para adolescentes
o Maximização quando RMg = CMg  lucro positivo no curto
prazo e zero no longo

 Decisão no curto prazo


o Idêntico a monopólio (escolhe o preço)
o P > CMg  Gera peso morto (capacidade ociosa = escala eficiente
– qtd produzida) e tem mark-up
o Lucro se a demanda for maior que o CTM  novas empresas
entram no mercado
o Prejuízo se a demanda for menor que CTM  empresas saem do
mercado

 Decisão no longo prazo


o À medida que empresas vão saindo/entrando, o preço se estabiliza
no CTM
o Lucro conômico nulo
o Idêntico à concorrência perfeita
o Tem poder de markup e gera capacidade ociosa (menos que
monopólio puro)
 Questão das externalidades
o Variedade do produto (competição por qualidade): positiva para
consumidores
o Roubo de negócios: negativa para produtores
 Questão da publicidade
o Fidelização  apego à marca
o Sinalização  passar imagem de boa qualidade
COMPARAÇÃO ENTRE CONCORRÊNCIA PERFEITA, MONOPOLÍSTICA E MONOPÓLIO
CACTERÍSTICA PERFEITA MONOPÓLIO CONC. MONOP.
Objetivo dos produtores Maximizar o lucro
Regra da maximização RMg = CMg
Pode ter lucro no curto prazo? Sim
Produtores tomadores de preço? Sim Não
Preço (capacidade de markup) P = RMg = CMg P > RMg = CMg
Maximiza o bem-estar social? Sim Não
Número de empresas Muitas Uma Muitas
Pode ter lucro no longo prazo? Não Sim Não

3.4. Oligopólio

 Características
o Poucas empresas  barreiras à entrada
o Produto homogêneo
o Gera peso morto (menos que monopólio)
o Pode haver conluio ou não
 Cartel  divisão informal do mercado entre empresas
 Truste  união formal de empresas em conglomerados
 Holding  empresa que gere um truste, geralmente sem
função produtiva (ex.: Unilever)
 Paradoxo do oligopólio
o Efeito quantidade  uma vez que P > CMg, aumentar quantidade
aumenta receita
o Efeito preço  aumentar o preço diminui a quantidade
demandada, o que diminui a receita
 Teoria dos Jogos para estudar oligopólios sem conluio
o Dilema do Prisioneiro
Duopólio sem conluio Produtor 1
Qtd = 30 Qtd = 40
1500 1600
Qtd = 40
2000 1600
Produtor 2
1800 2000
Qtd = 30
1800 1500
 Ambos produzem 40 unidades e lucram 1600, apesar de poderem produzir
30 e lucrar 1800.
 O que fazer com oligopólios  legislação antitruste
o Críticas
 Fixação do preço de revenda  grande empresa fixa o
preço para o varejista (parece reduzir a competição, mas
impede efeito-carona)
 Determinação predatória de preços  vender a preço
abaixo do mercado (dumping)  vide Comércio
Internacional
 Venda casada  tipo de discriminação de preço (segundo
Manliw, não tem efeito adverso à sociedade)

Modelos Específicos relacionados a monopólios


 Modelo de Cournot
o Jogo simultâneo
o Número fixo de empresas com igual poder de mercado
o Competição por QUANTIDADES
 CMg constante e idêntico para as firmas
 Curvas de resposta  cada jogador define a quantidade que
vai produzir para maximizar seu lucro, considerando a
quantidade do outro como um dado  sempre espelhadas

CT(I) = aQ1²
CT (II) = bQ2²
Demanda  P = X – Q
Q = Q1 + Q2

Lucro (I) = R1 – aQ1²  PxQ1 – aQ1²  (X – Q)Q1 – aQ1²  (X – Q1 – Q2)Q1


– aQ1²  XQ1 – Q1² – Q1Q2 – aQ1²
X – Q1 – aQ1 – Q2 = 0  Q1(1 + a) = X – Q2  Q1 = (X – Q2)/Q1 (curva de
resposta)

o Resultado  ambos terminam com receita menor do que se


houvesse conluio
 Modelo de Bertrand
o Jogo simultâneo
o Número fixo de empresas com igual poder de mercado
o Competição por PREÇOS
 Processo semelhante a Cournot (maximizar o lucro pra
obter curva de resposta)  mas curvas de resposta são
ascendentes

 Modelo de Stackelberg
o Informações perfeitas
o Jogo Sequencial
o Empresa líder (maior poder de mercado/menores custos) joga
primeiro
o Competição por QUANTIDADES  empresa líder força empresas
seguidoras a diminuírem ou aumentarem suas ofertas
 Curva de resposta da firma seguidora  negativamente inclinada
 Maximização do lucro da firma líder

4. Microeconomia: Bens e Externalidades

4.1. Teoria dos Bens

 Propriedades
o Exclusão: uma pessoa pode ser impedida de usar (ex: catraca)
o Rivalidade: o consumo de um impede o consumo de outro (ex: rua
congestionada)
Rival Não Rival
Bens privados Bens artificialmente escassos
 Sorvete (mesmo que monopólio natural)
Excludent
 Estrada com pedágio e  TV a cabo
e
congestionamento  Estrada com pedágio e sem
congestionamento
Recursos Comuns Bens públicos
Não
 Meio ambiente  Sirene de tornado, defesa nacional
Excludent
e  Estrada sem pedágio  Estrada sem pedágio e sem
com congestionamento congestionamento
 Bens públicos
o Problemas dos caronas  partes tendem a se aproveitar daquela
que tem mais disposição a pagar
o Questão do custo-benefício (ex: semáforo)

 Recursos comuns
o Tragédia dos comuns (ex: peixes no mar, direitos difusos)  todo
mundo quer, mas ninguém tem incentivos a produzir (custos
divisíveis e benefícios indivisíveis)

4.2. Externalidades

 Conceito
o Impacto econômico de um mercado sobre terceiros (partes fora do
mercado)
o Negativas (ex: poluição) ou positivas (ex: tecnologia)
 Internalização de Externalidades
o Regulamentação
 Direta (ex: proibido poluir tanto)
 Indireta (ex: licenças de poluição)
o Imposto corretivo ou pigouviano (negativas) e subsídios (positivas)
o Teorema de Coase  influenciou caso Cooke vs. Forbes
 Direitos de propriedade bem definidos
 Sem custos de transação
 Negociação livre gera resultado ótimo

4.3. Tributação e Bem-Estar

 Incidência tributária é dividida entre produtores e consumidores (pendendo


mais para a parte mais inelástica)
 Curvas de Lafer
o Tributação gera peso morto (exponencial)
o Arrecadação tributária tem ponto ótimo (curva)
 Existe um trade-off entre equidade e eficiência
5. Macroeconomia: Visão Geral

5.1. Fluxo Circular da Riqueza

 Conceitos gerais
o Riqueza
 Renda (fluxo)  ex: salário (cai todo mês)
 Patrimônio (estoque)  ex: terra, obras de arte etc.
 Renda = remuneração dos fatores de produção
o Agentes macroeconômicos
Agente Função Setor
 Agregado de consumidores Setor Privado
Famílias  Possuem os fatores de produção
 Consomem bens e serviços
 Agregado de produtores
Empresas  Produzem bens e serviços
 Consomem fatores de produção
 Redistributiva (tributação, transferências) Setor Público
 Alocativa (produção de bens e serviços)
Governo
 Estabilizadora
 Reguladora
 Intercâmbio comercial Setor Externo
Resto do Mundo
 Intercâmbio financeiro
 Alguns autores consideram instituições financeiras um
agente econômico aparte
o Fatores de produção e sua remuneração (parábola: imagine que
você vai se tornar produtor de sorvete do zero, vc precisa de:)
EXEMPLO FATOR REMUNERAÇÃO MERCADO
Fábrica (local) Terra Aluguel Imobiliário
Equipamentos Capital
Juros Financeiro
(empréstimo) (físico / financeiro)
Funcionários Trabalho Salário Trabalho
Manual de Instruções Tecnologia Royalties Tecnologia
Disposição Empreendedorismo Lucro

Macroeconomicamente falando, existem 3 óticas distintas, mas equivalentes


(identidade macroeconômica)
 Lógica do produto (tudo que é produzido é consumido ou estocado) 
contabilizar os bens intermediários
 Lógica do dispêndio/consumo (tudo que foi consumido/estocado, foi
produzido)  contabilizar os bens finais
 Lógica da renda (tudo que foi produzido/consumido foi transitado) 
contabilizar as rendas

PRODUTO NACIONAL BRUTO = soma dos valores, a preços de mercado, de


todos os bens e serviços finais produzidos em determinado lugar (aqui), em
determinado período (agora).

Parábola: imagine um produtor de soja que produziu 120 toneladas de soja no


Brasil.
Quantidade Destinação Entra no Motivo Nome
PIB?
20ton Consumo NÃO Não foi trocado, não Economia do
próprio foi contabilizado Cuidado (ex:
(palavra-chave: valor) lavar a própria
louça vs. pagar
diarista)
20ton Troca com SIM Foi trocado, foi Mercado
vizinho, contabilizado comum
por (palavra-chave:
morangos preço)
20ton Troca com NÃO Foi trocado Economia
vizinho, ilegalmente, não foi subterrânea
por drogas contabilizado (crimes,
ilegais (palavra-chave: corrupção etc.)
mercado)
20ton Vende NÃO A ração produzida Bens
para uma diretamente pela fábrica vai entrar intermediários
fábrica de no PIB (palavra- = insumos
ração no chave: bens finais)
Brasil
20ton Vende SIM Foi produzido “aqui” Exportação
para uma e saiu “daqui”, então
fábrica de não importa se é bem
ração na final ou não (palavra-
China chave: aqui)
20ton Estoca SIM Foi produzido Estoque
para o “agora” e saiu de
futuro “agora”, então não
importa qual a
finalidade (palavra-
chave: agora)
 Conclusão: existem algumas falhas na mensuração do PIB. Ainda assim, é
a melhor variável macroeconômica que conhecemos

PIB x PIL
 Líquido = inclui depreciação (por exemplo, exclui da conta uma casa
construída para substituir outra que caiu)

PIB a custo de fatores = PIB a preço de mercado – impostos indiretos + subsídios

5.2. Contabilidade Nacional

Setor Privado
 Sociedade “fechada e sem governo” (apenas famílias e empresas)
 Famílias = consomem ou poupam
 Empresas = consomem ou investem

PRODUTO INTERNO BRUTO = Produto consumido (C) + Produto


estocado/investido (I)
RENDA INTERNA BRUTA = Renda Consumida (C) + Renda poupada/salva (S)

PIB = C + I = RIB = C + S

C+I=C+S

I=S
 Existe uma identidade fundamental entre investimento e poupança em uma
sociedade

Setor Público
 Sociedade “fechada com governo”
 Governo:
o Receita do governo
 Bruta: Tributação (T) + Outras (RG)
 Líquida T + RG – t
o Gasto do governo
 Função redistributiva: transferências (t)  ex: bolsa família
 Função alocativa: gastos públicos (G)  ex: escolas,
hospitais
 RG – G = Sg

PRODUTO INTERNO BRUTO = Consumo privado (C) + Investimento (I) +


Gasto público (G)
RENDA INTERNA BRUTA = Renda consumida (C) + Poupança privada (Sp) +
Receita do governo (RG)

PIB = C + I + G = RIB = C + Sp + RG

I = Sp + (RG – G)
I = Sp + Sg
 O investimento de uma sociedade é financiado pelas poupanças pública e
provada (logo: se houver déficit público, haverá menos investimento)

Setor Externo
 Balança comercial
o Exportações: entra positivo no PIB (X)
o Importações: entra negativo no PIB (M)
 Balança financeira
o Saldo de renda primária: sai de um PIB e vai para um PNB
 Exemplo 1: fábrica da Volkswagen produz no Brasil e
manda lucro para Alemanha (PIB-BR  PNB-ALE)
 Exemplo 2: emigrante mineiro trabalha nos EUA e manda
salário para Brasil (PIB-EUA  PNB-BR)
 No Brasil: Renda líquida enviada ao exterior (RLEE)
o Saldo de renda secundária
 Sem contrapartida de produção  transferências unilaterais
 Exemplo: doações humanitárias
 No Brasil: Transferências Unilaterais Recebidas (TUR)

Balanço de transações correntes = saldo comercial + saldo financeiro


 BTC = (X – M) + (TUR – RLEE)

Renda Interna Disponível Bruta (RDB) = RIB do setor privado e do governo

Renda Nacional Bruta (RNB) = RDB + TUR = C + Sp + RG + TUR


Renda Interna Bruta (RIB) = RNB – RLEE = C + Sp + RG + TUR – RLEE
Produto Interno Bruto = C + I + G + (X – M)
C + Sp + RG + TUR – RLEE = C + I + G + (X – M)

I = Sp + (RG – G) – (RLEE – TUR) – (X – M)


I = Sp + Sg – BTC

Sext = Poupança externa = – BTC

 Se o país tem um balanço de transações correntes positivo (+C)  I = Sp


+ Sg – C  significa que seu investimento é financiado pelas poupanças
pública e privada, que são suficientes, e ele é credor do sistema
internacional
 Se o país tem um balanço de transações correntes negativo (–D)  I = Sp
+ Sg + D  significa que seu investimento não consegue ser financiado
pela poupança interna e ela utiliza poupança externa para financiar, sendo
devedor do sistema internacional

O ovo ou a galinha?

 Economistas ortodoxos (indivíduos, instituições) geralmente acreditam que a poupança gera o inv
 Economistas heterodoxos (coletivos, história) geralmente acreditam que o investimento gera a po
 Equilíbrio interno  DÉB (produto/renda) = CRÉD (dispêndio)
o Príncípio das partidas dobradas
 Equilíbrio externo  indentidade de todas as contas

 Conta de apropriação  renda/produto (DEB) vs. dispêndio (CRED)


 Conta de acumulação  VE/FBKF (DEB) vs. poupança (CRED)

 Balanço de Pagamentos (introdução)


o Balanço comercial
 Bens
 Serviços  remuneração de não-fatores
o Balanço financeiro
 Capital
 Rendas  remuneração de fatores
o Nacional vs. Interno
o Conta de transações correntes

 Histórico das Contas Nacionais do Brasil


o Primeiro esforço  1947 (FGV)  base em Richard Stone / BR na
dianteira
o ONU – SNA (System of National Accounts)
 1968 – 1993 (Brasil adota em 1997)
 1986  5 contas para 4 contas (sem conta do
governo)
 1993 – 2008 (Brasil adota em 2015)
5.3. Contas Nacionais Brasileiras

SNA 08
 1997  Fundação IBGE adota sistema de 1993  retroage incialmente até 95,
depois 90
 Atualizado, flexível, harmônico  FMI + GBM + OCDE + ONU
 CRED/DEB = USO/RECURSO
 2015  nova mudança  2010 passa a ser o ano-base (antes era 2000, já foi
retroagido)
 TRU + CEI (contas econômicas integradas)

 TRU
o Seis matrizes
 A) Matriz de oferta
 A1) Matriz de Produção
 A2) Matriz de Importação
 B) Matriz de insumo-produto
 B1) Matriz de consumo intermediário
 B2) Matriz de demanda final
 C) matriz de componentes do valor adicionado

A = A1 + A2  oferta total = produção interna e importação


A = B1 + B2  oferta total = demanda total
C = A1 – B1  valor adicionado = produção interna – consumo intermediário

Atividades econômicas (nível elevado de agregação)


 A = agropecuária
 I = indústria (extrativa mineral; transformação; utilidade pública; construção
civil)
 C = comércio
 T = transporte, armazenagem e correio
 F = intermediação financeira, seguros e previdência complementar
 S = serviços de informação, atividades imobiliárias e outros (limpeza, segurança
etc.)
 G = administração, segurança, saúde e educação públicas

Preço ao comprador = preço básico + impostos indiretos líquidos de subsídios +


margem de comércio e transporte

Atividade financeira
 Serviços efetivamente prestados
 Serviços de intermediação financeira indiretamente mensurados (Sifrim) 
conta dummy (desapareceu)
o Atual: 3 etapas: 1) calcula-se o valor da Sifrim com base em dados do
BACEN e estoques financeiros; 2) valor distribuído entre os segmentos
produtivos; 3) dedução do que sobre como consumo intermediário
o Resultado  eleva o PIB, em relação à metodologia anterior
 P&D passa a compor FBKF (produtos de propriedade intelectual)
 Alugueis eventualmente recebidos (considerados produção secundária)
 CNAE 2.0  maior abrangência

CONTAS INTEGRADAS NACIONAIS


 Unidades institucionais (autonomia de decisão / unidade patrimonial /
capacidade de constituir ativos e passivos)
o Empresas não financeiras  residentes
o Empresas financeiras  intermediadoras (inc. seguros)
o Administração pública  inc. adm. indireta, fundos, locais etc.
o Famílias  residentes
o Instituições sem Fins Lucrativos a Serviço das Famílias (ISFLSF) 
partidos, sindicatos, igrejas, ONGs etc.
o Resto do mundo (RM)
 Estrutura geral – 4 (7) contas + balanço externo
GRUPO CONTA SUBCONTA SUB-SUB CONTA
A (Conta de bens 0. Conta de bens e
e serviços) serviços
B (Contas de 1. Conta de
produção, renda produção
e capital) 2. Conta de renda 2.1. Conta de distribuição 2.1.1. Conta de
primária de renda geração de renda
2.1.2. Conta de
alocação de renda
2.2. Conta de distribuição
secundária de renda
2.3. Conta de uso da renda
3. Conta de
acumulação
C (Conta de 4. Conta de 4.1. Conta de b/s do RM
operações operações com a economia nacional
correntes com o correntes com o 4.2. Conta de distribuição
resto do mundo) resto do mundo primária de renda e
transferências do RM com
a economia nacional
4.3. Conta de acumulação
do RM com a economia
nacional

Conta 0 – bens e serviços


RECURSOS OPERAÇÕES E SALDOS USOS
VPB Valor bruto da produção
M Importação de bens e serviços
IpM – Sub.pM Impostos líquidos de subsídios sobre
produtos e importação
IM Impostos de importação
Ip Demais impostos sobre o produto
Consumo intermediário CI
Consumo doméstico (famílias e adm. CD
pública)
Formação bruta de capital fixo FBKF
Variação dos estoques VarE
Exportação de bens e serviços X
TOTAL VPB = CI + CD + FBKF + VarE + X – M – TOTAL
IpM + Sub.pM
 Demonstra a igualdade entre oferta agregada e demanda agregada efetiva
 Produção mercantil  questão da economia do cuidado

Conta 1 – produção
RECURSOS OPERAÇÕES E SALDOS USOS
VPB Valor bruto da produção
IpM – Sub.pM Impostos líquidos de subsídios sobre
produtos e importação
Consumo intermediário CI
TOTAL VPB = CI – IpM + Sub.pM = PIB TOTAL

Conta 2.1.1 – geração de renda


RECURSOS OPERAÇÕES E SALDOS USOS
PIB Produto Interno Bruto
Remuneração dos Empregados (W + Wnr)
Paga por residentes a residentes W
Paga por residentes a não-residentes Wnr
Impostos líquidos de subsídios sobre IpM – Sub.pM
produção e importação
Rendimento Misto Bruto RMB
TOTAL Excedente Operacional Bruto (inclusive TOTAL
rendimento de autônomos) – EOB

Conta 2.1.2 – alocação de renda


RECURSOS OPERAÇÕES E SALDOS USOS
EOB Excedente Operacional Bruto
Conta 2.2 – Distribuição secundária de renda
RECURSOS OPERAÇÕES E SALDOS USOS
RNB Renda Nacional Bruta
Tr Receitas correntes trocadas com o RM Te
TOTAL Renda Nacional Disponível Bruta (RDB) TOTAL
RMB Rendimento Misto Bruto
(W + Wnr) Remuneração dos Empregados
W Paga por residentes a residentes
Wnr Paga por residentes a não-residentes
IpM – Sub.pM Impostos líquidos de subsídios sobre
produção e importação
Rppr Rendas líquidas de propriedade trocadas com Rppe
o resto do mundo
TOTAL Renda Nacional Bruta (RNB) TOTAL

Conta 2.3 – Uso da renda


RECURSOS OPERAÇÕES E SALDOS USOS
RDB Renda Nacional Disponível Bruta
Despesa de Consumo Final CF
TOTAL Poupança Bruta (SD) TOTAL

Conta 3 – Acumulação (capital)


RECURSOS OPERAÇÕES E SALDOS USOS
SD Poupança Bruta
Formação Bruta de Capital Fixo FBKF
Variação dos estoques VarE
Aquisições líquidas de cessões de ativos Aq
financeiros não produzidos
Tcr Transferências de capital trocadas com RM Tce
TOTAL Capacidade (+)/necessidade (–) de TOTAL
financiamento externo (Sext)

Conta 4.1 – Balanço comercial


RECURSOS OPERAÇÕES E SALDOS USOS
Exportação de b/s X
M Importação de b/s
TOTAL Capacidade (+)/necessidade (–) de TOTAL
financiamento externo (Sext)

Conta 4.2 – Conta de rendas primárias


RECURSOS OPERAÇÕES E SALDOS USOS
(X – M) Saldo comercial
Rppr Rendas de propriedade trocadas Rppe
Wnr Remunerações trocadas W
Tr Outras receitas trocadas Te
TOTAL Saldo em Transações Correntes (STC) TOTAL

Conta 4.3 – Conta de rendas secundárias


RECURSOS OPERAÇÕES E SALDOS USOS
STC Saldo em Transações Correntes
Aquisições líquidas Aq
Tcr Transferências de capital trocadas Tce
TOTAL Capacidade (+)/necessidade (–) de TOTAL
financiamento externo (Sext)
 Questão da classificação cruzada por setor institucional (CEI) / atividade
econômica (TUR)  permite avaliar a importância econômica de cada setor

5.4. Questões Relativas ao PIB

 Dificuldades técnicas = contabilidade nominal


o Economia de cuidado
o Economia informal
o Economia subterrânea
o Externalidades
 PIB real vs. potencial
o Potencial = considera que não está em pleno emprego 
possibilidade de crescimento
 PIB real vs. nominal
o Nominal = desconsidera variação de preços
o Real = ajustado ao nível de preços do ano-base
o Deflator implícito do PIB
 Medidas de riqueza vs. desigualdade
o PIB per capita  compõe IDH
o Índice de Gini  indicador da diferença % de renda dos quartis
superiores e inferiores  Brasil tem um dos piores do mundo
 Multiplicador keynesiano
o Y = C + I onde C = CA = Yc
o c = propenso marginal a consumir
CA + I
o Y=  um aumento do investimento pode representar um
1−c
aumento proporcionalmente maior ou menor no PIB, a depender de
c.
o Outras: s = 1 – c (prop. marg. poupar) / m = prop. marg. importar
 Investimentos = formação bruta de capital fixo (FBKF) + variação de
estoques (VE)
 Paridade de compra  índice BigMac / Iphone
 Mensuração trimestral  questão da dessazonalização
6. Macroeconomia: Finanças

6.1. Teoria Monetária

 Funções da Moeda
o Meio de troca  intermedia as trocas / possibilita o comércio
o Unidade de valor  hierarquiza as mercadorias / permite a
comparação de preços
o Reserva de valor  carrega seu poder de compra para o futuro
 Tipos de moeda e histórico
o Escambo
o Moeda-mercadoria (ex: sal / cigarro)
o Moeda metálica  esp. mercantilismo (padrão-ouro)
o Papel-moeda e bancos  final da Idade Média (Itália
renascentista)
o Moeda eletrônica (após 1971)  antes: padrão dólar-ouro
o Moeda livre (criptomoedas)

 Classificação
o Moeda fiduciária  tem lastro
o Moeda escritural (virtual)  ex: cheque / promissória

 Meios de pagamento
o M1 = moeda em poder do público + depósitos à vista
o M2 = M1 + depósitos de curto prazo (cad. poup.)
o M3 = M2 + depósitos de longo prazo (ex: renda fixa)
o M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
o Papel-moeda em circulação = emitido – cx do BACEN
o Papel-moeda em poder do público = em circulação – cx dos bancos
comerciais
o Base monetária = poder do público + encaixes totais

 Multiplicador bancário
o Bancos comerciais criam dinheiro ao emprestar
o Razão inversa das reservas compulsórias
o Problema = falta de liquidez (possibilidade de corrida bancária)
o m = 1/ (1 – d)(1 – r)

 Inflação e Deflação
o Aumento / diminuição generalizada de preços
o Protegem a ineficiência / concentram renda / distorcem preços
relativos
o Reflete o valor real da moeda
o Causas = custos / demanda / choque externo / inércia (expectativas,
indexação)
o Política monetária  taxa de juros (quanto maior, menos demanda,
menos inflação)
o No Brasil  regime de metas
o Índices de Inflação

 Laspayres: i ( L ) =
∑ Pi . Qo x 100
∑ Po . Qo
 Paasche: i ( P )=
∑ Pi . Qi x 100
∑ Po . Qi
 √ 2
Fischer: i ( F )= ( i ( L ) ) + ( i ( P ) )
2

Composição dos índices de preço


ÍNDIC NOME INSTITUIÇÃ GRUPO ABRANGÊNCIA
E O VISADO
INPC Índice IBGE Famílias 11 regiões
nacional de com renda metropolitanas
preços ao de 1 a 5
consumidor s.m.
IPCA Índice de IBGE Famílias 11 regiões
preços ao com renda metropolitanas
consumidor de 1 a 40
amplo s.m
IPC- Índice de p. Fipe Famílias Município de São
Fipe ao com renda Paulo
consumidor de 1 a 20
da Fipe s.m
IGP-M Índice FGV-RJ Não é Município do Rio
geral de P. índice de
de varejo
Mercado

 Teoria Quantitativa da Moeda


o Moeda neutra
o MxV = PxY  no curto prazo, V (velocidade da moeda) e y
(renda) tendem a ser constantes

 Keynes
o Moeda não é neutra
o Preferência pela liquidez
 Demanda para transação, precaução e especulação
 Armadilha da liquidez
 Paradoxo da parcimônia
 Moeda e Juros
o Juro é o preço da moeda
o Oferta de moeda é perfeitamente inelástica
o Aumento de demanda por moeda  aumento dos juros

 Política Monetária não Convencional


o Zona do Euro
o Quantitative Easing
o China e o câmbio

6.2. Sistema Financeiro Nacional

 Banco Central
o Emissão de moeda  critérios do COPOM
o Banco dos bancos  encaixes (moeda corrente, voluntários,
compulsórios)
 Questão da compensação de cheques entre bancos
 Emprestador de última instância  redesconto
o Banco do governo (federal)  leilões de títulos públicos
o Depositário das reservas internacionais  taxa de câmbio
o Recentemente tornado independente

Balancete consolidado monetário


ATIVO PASSIVO
Encaixes Recursos monetários
1. Em moeda corrente Depósitos à vista
2. Em depósitos no BACEN
a. Voluntários
b. Compulsórios
Empréstimos Recursos não monetários
1. Ao setor público 1. Depósitos a prazo,
2. Ao setor privado poupança e outros
Títulos 2. Recursos provindos do
1. Públicos BACEN (inc. redesconto)
2. Privados 3. Passivo externo
4. Outras elegibilidades
Outras aplicações financeiras
5. Recursos próprios
Imobilizado
Base Monetária (BM) = PME + DEP = PMPP + CMSDM + DEP
 Questão da base ampliada (Selic + Plano Real)
 Passivo monetário do BACEN

Conselho Monetário Nacional (ministros da área econômica + Caixa + Bacen) 


hierarquicamente acima do COPOM e do Bacen
 COPOM  meta de inflação (taxa de juros)  formado por diretores do
Bacen
o Reuniões a cada 45 dias

 Casas de crédito
o Bancos comerciais
o Cooperativas de crédito

 Caixa Econômica Federal


o Sistema Nacional de Habitação

 FGTS
o Retido compulsoriamente na folha

7. Macroeconomia: Setor Público

7.1. Política Fiscal e Monetária

 Expansionista  aumentar (gastos públicos ou quantidade de moeda)

 Política fiscal
o Tributação e gasto público
o Imposto negativo
o Orçamento público
 “Mercado” político
o Keynes = política anticíclica / pode inclusive ser usada como
redistribuição
 Efeito multiplicador contrabalanceado pelo efeito
deslocamento crowding out)
o Estabilizadores automáticos = seguro-desemprego e imposto de
renda
 Política Monetária
o Instrumentos
 Taxa de redesconto (quanto menor, mais moeda)
 Depósito Compulsório (quanto menor, mais moeda)
 Operações de mercado aberto (vende título, menos moeda)
 Imposto inflacionário (senhoriagem)

7.2. Dívida Pública

 Resultado primário = contas públicas, excluindo-se juros


o Primário = arrecadação – gasto público
o Operacional = primário + juros
o Nominal = Operacional + correção = – necessidade de
financiamento do setor público
o Dívida líquida = NFSP – privatizações + outros ajustes
patrimoniais

 Metodologias de apuração
o Acima da linha  diferença entre fluxos / melhor análise da
execução orçamentária / utilizado pelo Tesouro Nacional / positivo
= superávit
 Resultado primário + resultado financeiro = resultado
nominal
o Abaixo da linha  variação da dívida líquida / análise das fontes
de financiamento / utilizado pelo BACEN / premissa: déficit =
dívida / positivo = déficit (aumento no endividamento)
 Dívida consolidada – caixa líquido de obrigações
contraídas (inc. restos a pagar) = dívida líquida
 Resultado nominal abaixo da linha = variação da dívida
líquida (dois exercícios financeiros)

 Equivalência ricardiana
o Expectativas  dívida presente = imposto futuro
o Agentes antecipam  aumento da poupança privada  retenção
impede o aumento da renda
o Restrição orçamentária intertemporal do governo
o Contraposição ao multiplicador de gastos keynesiano

8. Macroeconomia: Crescimento

8.1. Mercados de Fatores

 Mercado de trabalho
o População economicamente ativa  idade, condições
 Questão do desalento (PEA, mas não procura emprego) 
não é desempregado
o Desemprego estrutural vs. Conjuntural
 Conjuntural  período de crise, recessão  capacidade
ociosa
 Estrutural  extinção do posto de trabalho  causado por
tecnologia, reorganização do trabalho etc.
o Taxa de desemprego
 Natural  friccional + estrutural
 Friccional  crustos de transação / rotatividade
 Cíclico (involuntário)  diferença entre a taxa de
desemprego real e a taxa natural de desemprego
 Salário = variável da taxa de desemprego natural e dos
preços esperados [W = Pe.f(u,z)]
o W/P = 1/(1+m)  salário real é o inverso da
margem de lucro
o Exemplo de “z” = seguro-desemprego (por
convenção: coisas positivas)

8.2. Curva de Philips

 Curva de Philips: relação entre inflação e desemprego


o Mostra a relação inversa entre taxas de inflação e desemprego no
curto prazo
o Termo “lâmbida” = alta inflação = indexação = expectativas

8.3. Oferta e Demanda Agregados

8.4. Modelos de Crescimento

 Solow
 Dagmar-Homar
 Ciclo de negócios (Okun)
 Emprego e cresimento
 Shumpeter

9. Macroeconomia: Setor Externo

9.1. Câmbio

9.2. Política Comercial

9.3. Balanço de Pagamentos

9.4. Modelos de Comércio

9.5. Modelo IS-LM-BP

Você também pode gostar