Aula 03

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Analista Judiciário - TRT 10ª Região

PROCESSO DO TRABALHO – TEORIA E QUESTÕES CESPE


PROFESSORA: DEBORAH PAIVA

Queridos alunos,

Estamos na 3ª aula de nosso curso.

Hoje estudaremos temas que são sempre cobrados nas provas.

Vamos ao estudo!

Aula 03: Atos, termos e prazos processuais. Distribuição. Custas e


emolumentos. Partes e procuradores; Jus postulandi; Substituição e
representação processuais. Assistência judiciária. Honorários de advogado.

3.1. Atos, Termos e prazos Processuais:

3.1.1. Atos Processuais:

A) Conceito: O processo é um complexo ordenado de atos processuais,


destinado à obtenção de um provimento jurisdicional para a solução do
conflito, ou seja, para a obtenção da sentença que é ato praticado
exclusivamente pelo juiz que decidi ou não o mérito (pedido) da causa.

Os atos processuais ocorrerão no curso do processo, podendo ser


praticado pelas partes, pelo juiz ou pelos órgãos auxiliares da Justiça.

Observem com atenção o conceito de atos processuais: “Atos


processuais são os acontecimentos voluntários que ocorrem no processo, isto
é, os que dependem de manifestações dos sujeitos no processo”. (Carlos
Henrique Bezerra Leite).

Atenção: É importante fazer uma distinção entre atos processuais e


fatos processuais, o que muitas vezes confunde o candidato na hora da prova.

 Os Atos Processuais são os acontecimentos que ocorrem por vontade


das partes no processo, dependendo assim de manifestações dos sujeitos dos
processos.

Exemplificando: a penhora (penhora é a constrição de bens do devedor para


satisfazer o crédito do credor, estudaremos no processo de execução), a
citação do réu, intimação das partes ou das testemunhas, etc.

 Os Fatos Processuais são acontecimentos involuntários, ou seja, que


independem da vontade humana.

Exemplificando: Podemos citar como exemplo de fato processual a morte da


parte ou de seu advogado, o que não dependerá da vontade das partes para
ocorrer.

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PROCESSO DO TRABALHO – TEORIA E QUESTÕES CESPE
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Os atos processuais são públicos, salvo quando a intimidade ou o


interesse social exigirem sigilo, conforme dispõem o artigo 5º, LX da CF/88.
Trata-se do princípio da publicidade do ato processual, que somente poderá
correr em segredo de justiça nas causas trabalhistas que tratem de questões
sobre assédio sexual ou assédio moral, por exemplo.

Art. 5º LX da CRFB/88 A lei só poderá restringir a publicidade dos atos


processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

Art. 770 CLT Os atos processuais serão públicos salvo quando o


contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6
(seis) às 20 (vinte) horas.
Parágrafo único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado,
mediante autorização expressa do juiz ou presidente.

DICA: O prazo para a prática de atos processuais é de 6 às 20 horas. Não


confundam com o prazo para a realização da audiência que será entre 8 às 18
horas (art. 818 da CLT).

BIZU DE PROVA

Observem a assertiva: “Um ato processual praticado em audiência


poderá ser realizado até as 20 horas”. A assertiva está incorreta porque o art.
818 da CLT excepciona o prazo em relação às audiências.

DICA: É oportuno ressaltar que o art. 770, parágrafo único da CLT é muito
abordado em provas.

BIZU DE PROVA

Observem a seguinte assertiva; “nenhum ato processual poderá ser


praticado em domingos e feriados.” A assertiva está incorreta porque mediante
autorização do juiz a penhora poderá ser praticada em domingos ou feriados.

DICA: É oportuno ressaltar que o art. 770, parágrafo único da CLT é muito
abordado em provas.

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BIZU DE PROVA

Observem a seguinte assertiva; “nenhum ato processual poderá ser


praticado em domingos e feriados.”
A assertiva está incorreta porque mediante autorização do juiz a penhora
poderá ser praticada em domingos ou feriados.

A contagem dos prazos é tema muito abordado em provas por diversas


bancas, portanto prestem muita atenção às explicações abaixo, pois
sempre cai o quadro de Súmulas que destaquei.

 A contagem de prazo no processo do trabalho é feita com


base no artigo 775 da CLT, auxiliado por algumas Súmulas
do TST. O início da contagem do prazo é denominado dies a
quo e o término do prazo é denominado dies ad quem.
 A regra geral é que a contagem dos prazos excluirá o dia do
começo e incluirá o dia do vencimento, conforme em
destaque no art. 775 da CLT abaixo transcrito.

Art. 775 da CLT - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com


exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são
contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo
tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de
força maior, devidamente comprovada. Parágrafo único - Os prazos
que se vencerem em sábado, domingo ou feriado, terminarão no
primeiro dia útil seguinte.

Art. 776 da CLT - O vencimento dos prazos será certificado nos


processos pelos escrivães ou chefes de secretaria.

Vamos ao quadro das Súmulas!

Súmula 1 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a


publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial
será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não
houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir.

Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois


de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o
decurso deste prazo constitui ônus de prova do destinatário.

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Súmula 30 TST Intimação da sentença- Quando não juntada a ata


ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento ( art.
851 § 2º CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a
parte receber a intimação da sentença.

Súmula 262 TST I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o


início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem no
subsequente. II- O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros
do TST suspendem os prazos recursais.

Súmula 350 do TST O prazo de prescrição com relação à ação de


cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu
trânsito em julgado.
OJ-310 da SDI – 1 do TST “Litisconsortes. Procuradores distintos.
Prazo em dobro. Art. 191 do CPC. Inaplicável ao Processo do
Trabalho. A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao
Processo do Trabalho, em face da sua incompatibilidade com o
princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.

B) Classificação de Atos Processuais:

a) Atos da parte: declaração unilateral ou bilateral de vontade.

Art. 158 do CPC Os atos das partes, consistentes em declarações


unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a
modificação ou a extinção de direitos processuais.

b) Atos do juiz: Sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Sentença


é o ato do juiz que extingue o processo com ou sem resolução do mérito.
Estudaremos detalhadamente este tema em aula própria.

Decisão interlocutória é aquele que no curso do processo o juiz resolve uma


questão incidente. Por fim, despachos são todos os atos praticados no
processo para os quais a lei não estabeleceu outra forma. (art. 162 e
parágrafos do CPC)

Art. 162 do CPC Os atos do juiz consistirão em sentenças,


decisões interlocutórias e despachos.

c) Atos dos órgãos auxiliares da Justiça: Ao receber a petição inicial


de qualquer processo o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do
feito, o número de seu registro, os nomes das partes e as datas de seu início e
procederá do mesmo modo quanto aos volumes de processo que se forem
formando.

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Exemplificando: São atos processuais praticados pelos auxiliares da justiça:


a citação, a intimação, a penhora, a autuação ( é a ato de colocar a capa no
processo), dentre outros.

C) Comunicação dos Atos Processuais: A comunicação dos atos


processuais refere-se ao procedimento de dar ciência à parte quando
determinado ato processual deva ser praticado ou o aviso de que um ato
processual foi praticado.

As formas de comunicação dos atos processuais são: a citação e da


intimação.

Citação: É o ato pelo qual se chama a juízo, o réu ou o


interessado para se defender (art. 213 do CPC).

 A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa


a coisa e ainda quando ordenada por juiz incompetente constitui em mora o
devedor e interrompe a prescrição (art. 219 do CPC).

 O sistema moderno de citação pelo correio, providência instituída para


imprimir maior celeridade ao processo, não é cabível no processo de execução,
cuja citação deverá ser feita através de oficial de justiça.

Intimação: É o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e


termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa
(art. 234 do CPC).

 As intimações no processo do trabalho são feitas em regra pelos correios,


podendo ocorrer excepcionalmente por oficial de justiça, por publicação do
edital no Diário oficial ou no órgão que publicar o expediente da justiça do
trabalho ou por fixação do Edital na sede da Vara de trabalho.

No processo do trabalho o art. 841 da CLT dispõe sobre a notificação


citatória, que menciona que o servidor público ao receber a petição inicial
remeta a segunda via em 48 horas para o réu, notificando-o para comparecer
à primeira audiência desimpedida dentro de cinco dias.

Atenção: É importante ressaltar que por força do art. 1º, II do Decreto-Lei


779/69, este prazo fixado no art. 841 da CLT será contado em quádruplo
quando a parte for a União, o Estado, o Município, o Distrito Federal, bem
como autarquias e fundações de direito público federais, ou municipais que não
explorem atividade econômica.

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Art.841 da CLT Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou


chefe de secretaria, dentro de 48 horas, remeterá a segunda via da
petição ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo,
para comparecer à audiência de Julgamento, que será a primeira
desimpedida, depois de cinco dias.

BIZU DE PROVA

Súmula 427 do TST (nova súmula editada em 24 de Maio de 2011).


Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas
exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome
de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a
inexistência de prejuízo.

A Lei 9.800/99 permite a transmissão de ato processual que dependa de


petição escrita através de fac-símile (fax), devendo os originais ser entregues
em até 5 dias contados da recepção dos dados enviados via fax. A Súmula 387
do TST (inserido inciso IV em 25 de Maio passado) dispõe sobre a possibilidade
da interposição de recurso, que é um ato processual, por fac-símile (fax).

Observem a nova redação:

Súmula 387 do TST RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999


I - A Lei nº 9.800/1999 é aplicável somente a recursos interpostos
após o início de sua vigência.
II - Em relação à prática
A contagem de ato processual
do qüinqüídio através dedos
para apresentação e-mail,
originais de
recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia
subseqüente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da
Lei nº 9.800/1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso,
se esta se deu antes do termo final do prazo.

Súmula 387 do TST

III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de


Em relação
notificação, à prática
pois de atoao
a parte, processual
interporatravés de e-mail,já tem ciência de seu
o recurso,
ônus processual, não se aplica a regra do art. 184 do CPC quanto ao
"dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou feriado.

IV- A autorização para a utilização do fac-símile, constante do art. 1º


da Lei 9.800 de 1999, somente alcança as hipóteses em que o
documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se
aplicando à transmissão ocorrida entre particulares.

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3.1.2. Termos Processuais: Termo processual é a redução escrita de


determinado ato processual. Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que termo é
a reprodução gráfica do ato processual.

Os termos poderão ser classificados em três tipos: termo de vista, termo


de juntada e termo de conclusão.

Termo de vista ocorre quando a parte deverá tomar ciência de algum


ato realizado no processo. Neste caso, o servidor público atestará no processo
que a parte tomou ciência do mesmo.

Termo de Juntada é aquele que atesta a juntada de determinado


documento aos autos do processo.

Termo de Conclusão ocorre quando o processo é enviado para a


manifestação do juiz. Assim, a expressão “autos conclusos” significa dizer que
o juiz está com o processo para análise.

Art. 771 CLT Os atos, termos e prazos processuais poderão ser


escritos à tinta, datilografados ou a carimbo.

Art. 772 CLT Os atos e termos processuais, que devam ser assinados
pelas partes interessadas, quando estas por motivo justificado não
possam fazê-lo, serão firmados a rogo na presença de duas
testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente
constituído.

Art. 773 CLT Os termos relativos ao movimento dos processos


constarão de simples notas, datadas e rubricadas pelos secretários ou
escrivães.

O Processo Civil aplica-se subsidiariamente ao processo do trabalho


naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais do
mesmo. Assim, os artigos 168 e 169 do CPC aplicam-se ao processo do
trabalho.

Art.168 do CPC Os termos de juntada, vista, conclusão e


outro semelhante constarão de notas datadas e rubricadas pelo
escrivão.

Art.169 do CPC Os atos e termos do processo serão datilografados


ou escritos com tinta escura e indelével, assinando-os as pessoas que
neles intervieram. Quando estas não puderem ou não quiserem firmá-
lo. O escrivão certificará nos autos a ocorrência.
§ 1º É vedado usar abreviaturas.
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§ 2º Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os


atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos
e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico
inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será
assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria,
bem como pelos advogados das partes.
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, eventuais contradições na
transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da
realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de
plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo.

Atenção: A interposição de um recurso é um ato processual praticado pelas


partes. O carimbo é um termo processual que atesta a juntada do recurso aos
autos do processo.

A OJ 285 da SDI-1 do TST estabelece que o carimbo colocado pelo


servidor público atestando o recebimento da peça recursal deverá estar legível.

OJ Nº 285 da SDI-1 do TST AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRASLADO.


CARIMBO DO PROTOCOLO DO RECURSO ILEGÍVEL. INSERVÍVEL O
carimbo do protocolo da petição recursal constitui elemento
indispensável para aferição da tempestividade do apelo, razão pela
qual deverá estar legível, pois um dado ilegível é o mesmo que a
inexistência do dado.

3.1.3. Prazos Processuais:

Prazo é o lapso de tempo dentro do qual um ato processual deverá ser


praticado.

Os prazos processuais classificam-se:

a) Quanto à origem: prazos legais (fixados pela lei), prazos judiciais (fixados
pelo juiz) e prazos convencionais (convencionado pelas partes).

b) Quanto à natureza: prazos dilatórios (são os prazos prorrogáveis) e


prazos peremptórios (são os prazos fatais e improrrogáveis). O art. 182 do
CPC excepciona em relação aos prazos peremptórios ao permitir que o juiz
prorrogue um prazo peremptório nas comarcas onde for difícil o transporte,
mas nunca por tempo superior a 60 dias.

c) Quanto aos destinatários: prazos próprios (são os prazos destinados às


partes) e prazos impróprios (são os prazos destinados aos juízes e servidores
da justiça do trabalho).

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Importante: A contagem dos prazos é tema muito abordado em provas por


diversas bancas, portanto prestem muita atenção às explicações abaixo, pois
sempre cai o quadro de Súmulas que destaquei.

 A contagem de prazo no processo do trabalho é feita com


base no artigo 775 da CLT, auxiliado por algumas Súmulas
do TST. O início da contagem do prazo é denominado dies a
quo e o término do prazo é denominado dies ad quem.
 A regra geral é que a contagem dos prazos excluirá o dia do
começo e incluirá o dia do vencimento, conforme em
destaque no art. 775 da CLT abaixo transcrito.

Art. 775 da CLT - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se


com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são
contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo
tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de
força maior, devidamente comprovada. Parágrafo único - Os prazos que
se vencerem em sábado, domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia
útil seguinte.

Art. 776 da CLT - O vencimento dos prazos será certificado nos


processos pelos escrivães ou chefes de secretaria.

Vamos repetir o quadro das Súmulas!

Súmula 1 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a


publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial
será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não
houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir.

Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois


de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o
decurso deste prazo constitui ônus de prova do destinatário.

Súmula 30 TST Intimação da sentença- Quando não juntada a ata


ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento ( art.
851 § 2º CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a
parte receber a intimação da sentença

Súmula 262 TST I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o


início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem no
subsequente.
II- O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do TST
suspendem os prazos recursais.

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Súmula 350 do TST O prazo de prescrição com relação à ação de


cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu
trânsito em julgado.

OJ-310 da SDI – 1 do TST “Litisconsortes. Procuradores distintos.


Prazo em dobro. Art. 191 do CPC. Inaplicável ao Processo do
Trabalho. A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao
Processo do Trabalho, em face da sua incompatibilidade com o
princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.

Súmula 385 do TST FERIADO LOCAL. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE


FORENSE. PRAZO RECURSAL. PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO.
NECESSIDADE Cabe à parte comprovar, quando da interposição do
recurso, a existência de feriado local ou de dia útil em que não haja
expediente forense, que justifique a prorrogação do prazo recursal.

Exemplificando: Para uma melhor compreensão do tema prazos processuais,


acho importante exemplificar com a resolução de uma questão discursiva da
CESPE, embora não seja a banca de nosso curso!

Sei que vocês ainda não estudaram recursos, mas peço que fiquem
atentos, por ora à contagem do prazo.

(UnB/CESPE – OAB/RJ -/2007) O advogado Francisco Alburquerque,


inconformado com o conteúdo da sentença que julgou improcedente o pedido
de seu cliente, interpõe recurso ordinário. A sentença foi publicada no Diário
Oficial de 10 de novembro de 2006, sexta-feira, e o recurso protocolado em 21
de novembro do mesmo ano, terça-feira, dia seguinte ao feriado estadual que
celebra o "Dia Nacional da Consciência Negra" (Lei Estadual n.º 4.007, de 11
de novembro de 2002). Não obstante haver o diligente advogado elaborado
preliminar de tempestividade de seu recurso, ao receber o apelo no Tribunal
Regional do Trabalho, o juiz relator entendeu por bem negar seguimento a seu
trâmite, monocraticamente, por considerá-lo intempestivo. Segundo os
argumentos do magistrado, ao alegar direito estadual para prorrogar o prazo
recursal, caberia ao recorrente provar o seu teor e vigência, nos termos do art.
337, do CPC, o que não ocorrera.
Levando-se em consideração os dados acima, indaga-se: Qual o recurso
cabível da decisão monocrática que negou seguimento ao recurso ordinário
citado? Indique o dispositivo legal que o prevê e fundamente sua resposta.
Qual o prazo legal de interposição do referido recurso?

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Comentários: O Recurso cabível contra decisão monocrática que negar


seguimento ao recurso ordinário é o Agravo Regimental, que deverá ser
interposto no prazo previsto no regimento interno dos Tribunais. Caberá
Agravo Regimental do despacho do relator que, baseando-se em Súmulas do
TST, negar seguimento a recurso, conforme estabelece o art. 9ª, parágrafo
único da Lei 5.574/70.

Observem a contagem do prazo na interposição do Recurso Ordinário: O


prazo para interposição de Recurso Ordinário é de 8 dias, contados da
publicação da sentença. A sentença foi publicada em 10/11/06 (sexta-feira).

A Súmula 1 do TST estabelece que neste caso a contagem do prazo será


a partir de segunda-feira (13/11/06) e o término em 20/11/06.

Acontece que o advogado alegou que neste dia é feriado local e por isso
o prazo estaria prorrogado para 21/11/06, data na qual ele interpôs o recurso.

Súmula 01 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a


publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será
contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não houver expediente,
caso em que fluirá no dia útil que se seguir.

No caso em tela, o relator negou seguimento ao Recurso interposto


baseando-se na Súmula 385 do TST, que dispõe que a parte deverá comprovar
a existência de feriado local que justifique a prorrogação do prazo recursal.

Súmula 385 do TST Cabe à parte comprovar, quando da interposição do


recurso, a existência de feriado local ou de dia útil em que não haja expediente
forense, que justifique a prorrogação do prazo recursal.

Assim, o recurso cabível é o Agravo Regimental conforme dispõe a lei


5.574/70. O fundamento legal do Agravo Regimental é o Regimento Interno
dos Tribunais. O Regimento Interno do TST estabelece o prazo de 8 dias para a
interposição do Agravo regimental, alguns Tribunais Regionais estabelecem o
prazo de 8 dias e outros o prazo de 5 dias.

BIZU DE PROVA

Principais Prazos no Processo do Trabalho:


⇒ Remessa de cópia da Inicial para o Reclamado (48horas);
⇒ Marcação de Audiência Inaugural (de acordo com o art. 841 da CLT
combinado com o DL 779/69 será de 5 dias ou 20 dias se a parte for Fazenda
pública);
⇒ Recursos e Contra-razões em geral (em geral 8 dias ou em dobro 16 dias
se for ente público);
⇒ Recurso denominado embargos de declaração (5 dias);
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⇒ Para as partes apresentarem razões finais (10 minutos);


⇒ Juntada da ata de audiência aos autos (48 horas);
⇒ Apresentar contestação (em audiência, se for oral deverá ser feita em 20
minutos);
⇒ Prazo para o oficial de justiça apresentar atos em geral (9 dias);
⇒ Prazo para oficial de justiça praticar atos de avaliação (10 dias);
⇒ Apresentar Exceção de incompetência (24 horas improrrogáveis);
⇒ Apresentar Exceção de suspeição (48 horas);
⇒ Prazo para ajuizamento de ação rescisória (2 anos contados do trânsito
em julgado da decisão);
⇒ Prazo para redução a termo de reclamação verbal (5 dias);
⇒ Prazo para opor embargos à execução (5dias ou se for Fazenda pública
30 dias).

A seguir transcrevo outros artigos da CLT sobre atos, termos e prazos


processuais que são muito abordados em provas de concursos, principalmente
pela banca FCC:

Art. 777 da CLT - Os requerimentos e documentos apresentados, os


atos e termos processuais, as petições ou razões de recursos e
quaisquer outros papéis referentes aos feitos formarão os autos dos
processos, os quais ficarão sob a responsabilidade dos escrivães ou
chefes de secretaria.

Art. 778 da CLT - Os autos dos processos da Justiça do Trabalho não


poderão sair dos cartórios ou secretarias, salvo se solicitados por
advogado regularmente constituído por qualquer das partes, ou quando
tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso
ou requisição.

Art. 779 da CLT - As partes, ou seus procuradores, poderão


consultar, com ampla liberdade, os processos nos cartórios ou
secretarias.

Art. 780 da CLT - Os documentos juntos aos autos poderão ser


desentranhados somente depois de findo o processo, ficando traslado.

Art. 781 da CLT - As partes poderão requerer certidões dos processos


em curso ou arquivados, as quais serão lavradas pelos escrivães ou
chefes de secretaria. Parágrafo único - As certidões dos processos que
correrem em segredo de justiça dependerão de despacho do juiz ou
presidente.

Art. 782 da CLT - São isentos de selo as reclamações, representações,


requerimentos, atos e processos relativos à Justiça do Trabalho.

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Notificações: Na petição inicial trabalhista não é necessário o pedido de


citação do réu, uma vez que o art. 841 da CLT diz que a simples notificação
para o comparecimento à audiência é ato automático realizado pelo servidor da
Vara de Trabalho, independente de pedido do autor.

Na reclamação trabalhista não há citação do reclamado, mas notificação


via postal do mesmo por meio de remessa automática do servidor de
secretaria da vara, em 48 horas, do recebimento da ação, notificando o
reclamado a comparecer para a primeira audiência desimpedida em:

• 05 dias para os reclamados em geral


• 20 dias para União, estado, DF, municípios, autarquias e fundações
públicas federais, estaduais, municipais que não explorem atividades
econômicas (Decreto-Lei 779/69 que diz que o prazo do art. 841da CLT
será quádruplo)

Art. 841 da CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o


escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas,
remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado,
notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de
julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.

§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o


reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado,
far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que
publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou
Juízo.

§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da


reclamação ou na forma do parágrafo anterior.

A notificação poderá ser: a) por registro postal em regra; b) por edital


quando o réu não for encontrado ou criar embaraços ao recebimento da
reclamação.

O Edital será publicado em um jornal oficial ou em expediente forense e


somente na falta destes será afixado na sede ou juízo.

A Súmula 16 do TST, já estudada em prazos processuais, fala da notificação.


Vamos relembrá-la!

Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de


sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso
deste prazo constitui ônus de prova do destinatário.

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PROCESSO DO TRABALHO – TEORIA E QUESTÕES CESPE
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A notificação postal será feita com o aviso de recebimento para que se


possa verificar se ocorreu ou não a citação.

No processo do trabalho a citação somente será pessoal em sede de


execução, sendo assim bastará a entrega da citação no endereço indicado.
Caberá à parte comprovar que não a recebeu no prazo devido.

Atenção: O tema nulidade dos atos processuais não consta expressamente no


Edital, mas por cautela quero que vocês estudem, pelo menos, os artigos da
CLT e a denominação dos princípios.

3.2. Nulidades e convalidação dos atos processuais:

Nulidades e uma sanção imposta pela lei, que irá privar o ato processual
de seus efeitos, quando a forma a ser praticada estabelecida na norma jurídica
for descumprida.

Um bom exemplo irá facilitar o entendimento deste conceito!

A Lei Complementar 75/93, em seu art. 83, XIII, estabelece que o MPT
(Ministério Público do trabalho) deverá intervir, obrigatoriamente, em todos os
feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdição da Justiça do trabalho quando
a parte for pessoa jurídica de direito público, Estado estrangeiro ou organismo
internacional. Caso ele não tenha sido intimado, o processo será nulo, a partir
do momento em ele deveria ter atuado.

O art. 246 do CPC estabelece que será nulo o processo quando o


Ministério Público não tiver sido intimado a acompanhar o feito em que deveria
intervir. O parágrafo único preceitua que o juiz anulará o ato a partir do
momento em que o MP deveria ter sido intimado.

Assim, reafirmando o conceito de nulidade pode-se dizer que: a nulidade


de um ato processual ocorrerá quando lhe faltar algum requisito que a lei
considerar necessário para a sua validade.

Os atos processuais não dependem de forma determinada para ser


praticado, exceto quando a lei expressamente a exigir, assim os atos que
embora realizados de outro modo, atingir a finalidade essencial serão
considerados válidos.

A CLT trata da teoria das nulidades em seus artigos 794 ao 798, abaixo
transcritos e comentados com os destaques para os pontos mais abordados em
provas.

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PROCESSO DO TRABALHO – TEORIA E QUESTÕES CESPE
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É importante frisar: As nulidades estudadas no direito do trabalho são


distintas das nulidades estudadas no direito processual do trabalho.

No direito do trabalho, o art. 9º da CLT que consagra o princípio da


irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, estabelece que serão de nulos de
pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar as leis trabalhistas.

Ao passo que no Processo do Trabalho, os atos processuais podem ser


nulos, anuláveis ou inexistentes. O art. 37, parágrafo único do CPC estabelece
que os atos processuais praticados por advogados que atuam sem instrumento
de mandato e que não sejam ratificados serão considerados inexistentes.

Os atos nulos (nulidade absoluta) e os atos anuláveis (nulidade relativa),


sendo os vícios processuais dos atos nulos insanáveis e os dos atos anuláveis
sanáveis.

Os atos jurídicos em geral e os atos processuais poderão estar com vícios


ou irregularidades que podem ou não contaminar a sua validade.

Como exemplo de vício que não contamina a nulidade de um ato,


podemos citar a ausência de numeração e das folhas dos autos do processo,
que não contaminam o ato.

Caso o vício processual seja grave haverá uma consequência que se


classifica em: nulidade absoluta e nulidade relativa.

A nulidade absoluta será declarada toda vez que o ato processual viciado
violar normas de interesse público, podendo ser declarada de ofício pelo juiz.

Como exemplo, podemos citar a incompetência absoluta do juízo, uma


vez que a Justiça do Trabalho é incompetente materialmente para processar e
julgar as demandas pertinentes a direito de família.

Assim, caso haja pedido referente a uma investigação de paternidade,


por exemplo, o juiz do trabalho deverá de ofício, sem o requerimento das
partes, declara-se absolutamente incompetente em razão da matéria. Se ele
não o fizer ocorrerá a nulidade absoluta da sua sentença.

Quanto à nulidade relativa ou anulabilidade, o vício do ato processual


viola normas de interesse privado, dependendo sempre da provocação do
interessado, não podendo ser declarada de ofício pelo juiz.

Como exemplo de nulidade relativa, citamos a incompetência relativa do


juízo que caso a parte ré não entre com a Exceção de incompetência relativa
do juízo ocorrerá a prorrogação de competência e o juiz que anteriormente era
incompetente para processar e julgar a causa passará a ser competente.
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BIZU DE PROVA

Princípios Específicos das Nulidades Processuais:

Dentro da teoria das nulidades podemos destacar os seguintes


princípios:

a) Princípio da Transcendência ou do Prejuízo: Previsto no art. 794


da CLT, determina que somente, haverá nulidade quando resultar dos atos
inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.

Art. 794 da CLT- Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do


Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados
manifesto prejuízo às partes litigantes.

b) Princípio da Instrumentalidade das formas: Previsto nos artigos


154 e 244 do CPC, determinando que se o ato for praticado de outra forma,
mas atingir a sua finalidade ele será válido.

c) Princípio da Convalidação ou da Preclusão: Previsto no art. 795


da CLT, determinando que as nulidades não serão declaradas senão pela
provocação das partes, às quais deverão arguí-las, na primeira vez em que
tiverem de falar nos autos. Porém, o princípio da convalidação somente será
aplicado ás nulidades relativas. O art. 795 §1º da CLT ao determinar que
deverá ser declarada de ofício a nulidade fundada em incompetência de foro na
verdade quis dizer que a incompetência absoluta deverá ser declarada de ofício
pelo juiz.

Art. 795 da CLT – As nulidades não serão declaradas senão mediante


provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em
que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
1º – Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos
decisórios.
2º – O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na
mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à
autoridade competente, fundamentando sua decisão.

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d) Princípio da Proteção: Previsto no art. 796 da CLT, determina que


somente será declarada a nulidade quando for impossível suprir-lhe a falta ou
repetir-se o ato e quando não for arguida por quem lhe houver dado causa.
Art. 796 da CLT – A nulidade não será pronunciada:
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato;
b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa.

e) Princípio da Utilidade: Está previsto no art. 798 da CLT determina


que a nulidade do ato não prejudicará, senão os posteriores que dele
dependam ou sejam consequência.

Art. 798 da CLT- A nulidade do ato não prejudicará senão os


posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência.

f) Princípio da economia processual: Ao declarar a nulidade o juiz


deverá declarar os atos a que ela se estende com o objetivo de atender ao
princípio da economia processual, o qual também está incluído no art. 796 da
CLT

Art. 797 da CLT- O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade


declarará os atos a que ela se estende.

Art. 796 da CLT – A nulidade não será pronunciada:


a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato;
b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa.

3.3. Distribuição, Custas e Emolumentos:

3.3.1. Da Distribuição:

A reclamação verbal (petição inicial – lembram-se do pedido de Adalgisa)


será distribuída antes de sua redução a termo, tendo o reclamante cinco dias
para apresentar-se no cartório para reduzi-la a termo, sob pena de perder por
seis meses o direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.

 A reclamação escrita deverá ser fornecida em 2 vias, devendo estar


acompanhada dos documentos que se fundar.
 Feita a distribuição a reclamação será remetida pelo distribuidor ao juízo
competente acompanhada do bilhete de distribuição.
 Nas localidades onde houver mais de uma Vara do Trabalho ou mais de
um juízo, a reclamação trabalhista será preliminarmente, submetida à
distribuição, conforme dispõe o art. 838 da CLT.

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 Nas localidades em que houver apenas uma Vara do trabalho ou juízo, a


reclamação será apresentada diretamente à Secretaria da Vara ou ao Cartório
do juízo, conforme art. 837 da CLT.
 A distribuição deve obedecer a ordem rigorosa de sua apresentação ao
distribuidor, quando houver (art. 783 da CLT).

Observem os dispositivos consolidados abaixo transcritos sobre


distribuição:

Art. 783 da CLT - A distribuição das reclamações será feita entre


as Varas de trabalho, ou os Juízes de Direito do Cível, nos casos
previstos no art. 669, § 1º, pela ordem rigorosa de sua apresentação
ao distribuidor, quando o houver.

Art. 784 da CLT - As reclamações serão registradas em livro próprio,


rubricado em todas as folhas pela autoridade a que estiver subordinado
o distribuidor.

Art. 785 da CLT - O distribuidor fornecerá ao interessado um recibo do


qual constarão, essencialmente, o nome do reclamante e do reclamado,
a data da distribuição, o objeto da reclamação e a Junta ou o Juízo a
que coube a distribuição.

Art. 786 da CLT - A reclamação verbal será distribuída antes de sua


redução a termo.

Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá,


salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias,
ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena
estabelecida no art. 731.

Art. 787 da CLT - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2


(duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se
fundar.

Art. 788 da CLT - Feita a distribuição, a reclamação será remetida


pelo distribuidor à Junta ou Juízo competente, acompanhada do bilhete
de distribuição.

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3.3.2. Das Custas e dos Emolumentos:

Custas e emolumentos são as despesas processuais obrigatórias,


que as partes deverão arcar para que o processo possa
desenvolver-se.

Ambos são pagos através de DARF (documento de arrecadação das


receitas federais), tendo como destinatário a União, pois a Justiça do Trabalho
é integrante do Poder Judiciário da União.

OJ-SDI1-158 do TST O denominado "DARF ELETRÔNICO" é válido


para comprovar o recolhimento de custas por entidades da
administração pública federal, emitido conforme a IN-SRF 162, de
04.11.88.

“Custas são a parte de despesas judiciais relativas à formação,


propulsão e terminação do processo, taxadas por lei.” (Pontes de
Miranda).

Exemplificando: Podemos citar as despesas com oficial de justiça,


perito, dentre outras, como exemplo de custas.

Elas incidirão à base de 2% e serão calculadas na forma disposta no art.


789 da CLT, ou seja:

 Quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor;


 Quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito,
ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa;

 No caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória


e em ação constitutiva, sobre o valor da causa;
 Quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar.

As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da


decisão. E, no caso de interposição de recurso, elas serão pagas e o seu
recolhimento será comprovado dentro do prazo recursal.

Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o


montante das custas processuais. Quando houver acordo, se de outra forma
não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos
litigantes.

Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente


pelo pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou
pelo Presidente do Tribunal.

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No processo de execução, as custas serão de responsabilidade do


executado e serão pagas ao final.

DICA: Com EC 45 às relações de trabalho aplica-se o art. 21 do CPC, sendo


recíproca e proporcionalmente distribuídas as custas, se cada litigante for em
parte vencido e vencedor.

Já às relações de emprego e ao trabalhador avulso aplica-se a CLT, logo


no caso de sucumbência recíproca (ambos são ao mesmo tempo vencido e
vencedor na demanda, porque há vários pedidos na ação) o empregador
pagará as respectivas custas.

Em caso de acordo, as custas serão pro rata, ou seja, rateadas em


partes iguais,caso não seja convencionado outra coisa pelas partes, porém o
juiz poderá dispensar o empregado do pagamento de custas.

Atenção: Há isenção do pagamento de custas para determinados sujeitos da


relação processual, vejamos o art. 790 - A da CLT.

Art. 790-A da CLT - São isentos do pagamento de custas, além dos


beneficiários de justiça gratuita:

I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas


autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que
não explorem atividade econômica;

II – o Ministério Público do Trabalho.

Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as


entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as
pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as
despesas judiciais realizadas pela parte vencedora.

DICA: As sociedades de economia mista não estão isentas do pagamento de


custas na Justiça do Trabalho, conforme dispõe a Súmula 170 do TST. As
Sociedades de economia mista devem observar as regras trabalhistas e
tributárias do art. 173, parágrafo 1º, II da CF/88.

O Decreto 779/69 não faz referência à Sociedade de economia mista ao


estabelecer privilégios e isenções.

Súmula 170 do TST SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. CUSTAS


Os privilégios e isenções no foro da Justiça do Trabalho não
abrangem as sociedades de economia mista, ainda que gozassem
desses benefícios anteriormente ao Decreto-Lei nº 779, de
21.08.1969.
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DICA: Quando a parte é vencedora na 1ª instância e é vencida na 2ª instância


ela estará obrigada a pagar as custas fixadas na sentença da 1ª instância
independentemente de ser intimada para isto, ficando a parte vencedora na
2ª instância isenta de tal pagamento (Súmula 25 do TST).

Súmula 25 do TST A parte vencedora na primeira instância, se


vencida na segunda, está obrigada, independentemente de intimação,
a pagar as custas, fixadas na sentença originária, das quais ficara
isenta a parte então vencida.

“Os emolumentos são o ressarcimento das despesas efetuadas


pelos órgãos da Justiça do trabalho, pelo fornecimento de
traslados, certidões, cartas, às partes interessadas...” (Carlos
Henrique Bezerra Leite).

Os emolumentos são:
a) autenticação de traslado de peças mediante cópia reprográfica apresentada
pelas partes;
b) fotocópia de peças;
c) autenticação de peças;
d) cartas de sentença, de adjudicação, de remição e de arrematação;
e) certidões.

O requerente, ou seja, aquele que pede o fornecimento de certidão de


cópias, de autenticação, dentre outros, deverá pagar os emolumentos
referentes a estes atos.

Art. 790 da CLT - Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos
Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento
das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão
expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.

§ 1º Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da


justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo
no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas
devidas.

§ 2º No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da


respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no
Capítulo V deste Título.

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§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos


tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento
ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados
e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao
dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não
estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do
sustento próprio ou de sua família.

Atenção: Os honorários periciais são custas processuais. Há uma


pegadinha de prova em relação ao art. 790-B da CLT e a Súmula 341 do TST.
A Lei 5.584/70 faculta às partes a indicação de assistentes técnicos na perícia.
Na Justiça do Trabalho os honorários do assistente técnico deverão ser pagos
por quem o indicou.

Embora pareça haver uma incompatibilidade entre a Súmula 341 do TST


e o art. 790-B da CLT, eles são perfeitamente aplicáveis. Isto porque o artigo
refere-se ao perito e a Súmula ao assistente técnico.

Art. 790-B da CLT - A responsabilidade pelo pagamento dos


honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da
perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.

Súmula 341 do TST HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO A


indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve
responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto
da perícia.

3.4. Partes e Procuradores: Estudamos que jurisdição é o poder-dever do


Estado-juiz de prestar a tutela jurisdicional, solucionando o conflito de
interesses que lhe é submetido pelas partes, para que declare o direito ao caso
concreto aplicando a lei.

O conflito de interesses entre as partes é chamado de lide, e é


qualificado por uma pretensão resistida.

Lembram-se da Adalgisa e da Maria das Dores?

Assim, as partes no processo são as pessoas que pedem


(Adalgisa/autora) ou em relação às quais se pede a tutela jurisdicional (Maria
das Dores/ré).

 As partes no Processo do Trabalho são chamadas de: Reclamante


(autor) e Reclamado (réu).
 Na execução trabalhista as partes são chamadas de exeqüente e
de executado. Nos recursos são chamadas de: recorrente e
recorrido, conforme veremos quando estudarmos execução e
recursos no processo do trabalho.
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Todo ser humano terá capacidade para ser parte, independentemente,


de sua idade ou condição psíquica ou mental, seja para propor ação seja para
defender-se.

Já a capacidade processual ou a capacidade de estar em juízo somente


será outorgada para as pessoas que possuem capacidade civil. Esta capacidade
deve ser entendida como a faculdade que tem a pessoa de praticar todos os
atos da vida civil e de administrar os seus bens.

Há casos em que embora tenha capacidade para ser parte, o titular do


direito material violado não tenha capacidade processual (capacidade de estar
em juízo), devendo ser representada ou assistida.

No processo do trabalho o maior de 18 anos terá capacidade processual


plena para estar em juízo, não precisando mais ser representado e nem
assistido por seus pais, tutores ou curadores.

O trabalhador que tiver menos de 16 anos poderá ser parte no processo


do trabalho, mas será representado. Já o maior de 16 anos e menor de 18
anos será assistido.

Assim, podemos concluir que toda pessoa que possui capacidade civil
plena (CC 2002), art. 5º, parágrafo único, também possui capacidade
processual, ou seja, capacidade de estar em juízo.

Observem o que diz o art. 793 da CLT!

Art. 793 da CLT - A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será


feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela
Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério
Público estadual ou curador nomeado em Juízo.

Passaremos, agora, a falar da figura do litisconsórcio!

DICA: É importante destacar a figura do litisconsórcio, que se


caracteriza pela pluralidade de partes em um dos pólos da relação processual
ou em ambos os pólos.

 Quando há pluralidade de autores/reclamantes diz-se que há


litisconsórcio ativo, uma vez que são eles que interpõem a ação.
 Quando há pluralidade de réus, denomina-se litisconsórcio passivo, pois
os réus sofrem a ação.
 Diz-se que o litisconsórcio é misto quando há a pluralidade tanto de
autores quanto de réus no processo.

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Art. 842 da CLT - Sendo várias as reclamações e havendo identidade


de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de
empregados da mesma empresa ou estabelecimento.

No processo do trabalho, o art. 842 da CLT trata da reclamação


trabalhista plúrima, ou seja, dissídio individual plúrimo em que há uma
cumulação de ações em um mesmo processo. Isto somente poderá ocorrer
quando os pedidos dos reclamantes forem idênticos e o empregador de ambos
for o mesmo.

Carlos Henrique Bezerra Leite entende que nas reclamações referentes


às relações de trabalho não há possibilidade de reclamatória plúrima, nos
moldes do art. 842 da CLT. Ressalta que neste caso o litisconsórcio ativo entre
trabalhadores não-empregados deverá ser regulado pelos artigos 46/49 do
CPC, conforme Instrução Normativa 27/2005.

Atenção: Embora não haja na CLT previsão expressa para o


litisconsórcio passivo, o jurista Carlos Henrique Bezerra Leite, que a meu ver é
o adotado pelo CESPE, considera que as regras do CPC podem ser aplicadas
porque não há incompatibilidade com a CLT.

Um exemplo de litisconsórcio passivo na Justiça do Trabalho ocorrerá nos


casos de terceirização que estabelece a responsabilidade subsidiária (Súmula
331, IV do TST).

DICA: É importante lembrar o que vimos na aula passada sobre os prazos em


dobro para os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores (art. 191 do
CPC) e a OJ 310 da SDI-1 do TST!

A OJ 310 da SDI-1 do TST entende ser inaplicável ao processo do


trabalho o art. 191 do CPC, uma vez que ocorre incompatibilidade com o
princípio do processo do trabalho denominado de celeridade.

Procuradores: No processo do trabalho, nas demandas que tratem de


relação de emprego as partes não precisam estar representadas por advogado.

Acontece que caso elas optem pela contratação de um advogado,


deverão outorgar-lhe uma procuração que é o instrumento do mandato, que
assegura poderes ao advogado para representá-las.

Em relação às partes e aos procuradores há dois artigos importantes da


CLT!

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Art. 778 da CLT - Os autos dos processos da Justiça do Trabalho não


poderão sair dos cartórios ou secretarias, salvo se solicitados por
advogado regularmente constituído por qualquer das partes, ou quando
tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso
ou requisição.

Art. 779 da CLT- As partes, ou seus procuradores, poderão consultar,


com ampla liberdade, os processos nos cartórios ou secretarias.

Em relação a este tema as provas abordam muito a questão do mandato


que outorgará os poderes ao advogado, através da procuração, então
observem as explicações destacadas abaixo:

 No processo do trabalho são admitidos dois tipos de mandato: o


mandato tácito e mandato apud acta.

O mandato apud acta é aquele que ocorrerá quando o advogado faz-se


presente em juízo em nome da parte, sendo nomeado pela parte através do
registro em ata de audiência.

O mandato tácito ocorrerá quando o advogado pratica atos no processo


em nome da parte, mas não há procuração nos autos. Por isso, neste o
advogado está autorizado apenas a praticar os atos que estejam autorizados
pela cláusula ad judicia, não podendo praticar atos que necessitem de poderes
especiais.

O advogado poderá passar a causa para um colega seu e este ato é


denominado de substabelecimento. É oportuno ressaltar que a OJ 200 da SDI-
1 do TST veda o substabelecimento por advogado investido de mandato tácito.

OJ 200 do SDI-1 do TST É inválido o substabelecimento de advogado


investido de mandato tácito.m relação
Assim, o advogado investido em mandato tácito não poderá
OJ Nº 319 da SDI-1 do TST Válidos são os atos praticados por estagiário se,
entre o substabelecimento e a interposição do recurso, sobreveio a habilitação,
do então estagiário, para atuar como advogado.

O ato praticado por um estagiário no processo será considerado válido se


entre o substabelecimento para a prática do ato e a interposição de recurso no
processo, ele conseguiu a habilitação da OAB para atuar como advogado.

A Súmula 395 do TST trata de substabelecimento!

Súmula 395 do TST - MANDATO E SUBSTABELECIMENTO.

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I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém


cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da
demanda.
II - Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua
juntada, o instrumento de mandato só tem validade se anexado ao processo
dentro do aludido prazo.
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja,
no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do
Código Civil de 2002).
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é
anterior à outorga passada ao substabelecente.

Atenção: Há, também, a súmula 427 do TST, que foi editada em maio de
2011.

Súmula 427 do TST Intimação. Pluralidade de advogados. Publicação em


nome de advogado diverso daquele expressamente indicado. Nulidade.
Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas
exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome
de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a
inexistência de prejuízo.

3.5. Jus Postulandi:

O Jus Postulandi é a capacidade processual postulatória da parte, ou


seja, ela poderá postular em juízo pessoalmente, sem a presença de um
advogado que a represente.

Empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente na Justiça


do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final do processo, de
acordo com o art. 791 da CLT.

Com o advento da CF/88 vozes surgiram no sentido de que o art. 791


estaria derrogado, porque o art. 133 da CLT diz que o advogado é
indispensável à administração da Justiça.

Prevaleceu o entendimento de que o Jus Postulandi continua sendo


aplicado na Justiça do Trabalho.

O STF nos autos da Adin 1.127-8 proposta pela AMB decidiu que a
capacidade postulatória por advogado não é obrigatória nos Juizados de
pequenas causas, na Justiça do Trabalho e na chamada Justiça de Paz.

É oportuno frisar, que somente no âmbito da Justiça do trabalho eles


poderão postular sem advogados (Varas de Trabalho/Tribunais Regionais do
Trabalho).

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PROCESSO DO TRABALHO – TEORIA E QUESTÕES CESPE
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA

Na hipótese de interposição de recurso extraordinário para o STF a parte


deverá estar necessariamente, representada por um advogado.

BIZU DE
PROVA

DICA: A recente Súmula 425 do TST traz algumas hipóteses nas quais o
Jus Postulandi não será aplicado, vejamos:

SÚMULA 425 do TST O Jus Postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não
alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.

No que tange às ações oriundas das relações de trabalho o Jus Postulandi


não será aplicado, uma vez que o art. 791 da CLT estabelece: ”empregados e
empregadores”. Portanto, para as demandas não oriundas da relação de
emprego a representação por advogado é obrigatória.

Art. 791 da CLT - Os empregados e os empregadores poderão


reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as
suas reclamações até o final.

§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores


poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado,
solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do
Brasil.

§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência


por advogado.

BIZU DE
PROVA

A lei nº 12.437 de 6/07/11 acrescentou o parágrafo 3º


ao art. 791 da CLT.

§ 3º A constituição de procurador com poderes para o foro em geral


poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a
requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte
representada.

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PROCESSO DO TRABALHO – TEORIA E QUESTÕES CESPE
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Agora, há disposição expressa referente ao mandato apud acta, ou seja,


ao mandato outorgado no corpo da ata de audiência.

3.6. Substituição e Representação Processual:

A legitimação ordinária para ser parte implicará na coincidência entre a


titularidade de direito material e a legitimidade para ser parte.

Já a legitimação extraordinária ou substituição processual caracteriza a


possibilidade de algumas pessoas ou entes, desde que autorizados por lei (art.
6º do CPC).

Art. 6º do CPC Ninguém poderá pleitear em nome próprio direito


alheio, salvo quando autorizado por lei.

DICA: De acordo com os artigos 83 e 84 da Lei orgânica do Ministério


Público da União, o MPT (Ministério Público do Trabalho) que é integrante do
MPU, tem legitimação extraordinária para defender na qualidade de substituto
processual os interesses individuais homogêneos dos trabalhadores.

Representação Processual: A pessoa física ou natural que tem


capacidade civil terá capacidade para processual para estar em juízo, sem
precisar ser representada ou assistida.

O empregado poderá ser representado por seu Sindicato conforme


estabelece o parágrafo primeiro do art. 791 da CLT, acima explicitado.
É possível, também, que um empregado seja representado por outro
empregado como dispõe o art. 843 da CLT.

Art. 843 da CLT Na audiência de julgamento deverão estar


presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do
comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua
categoria.

§ 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente,


ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas
declarações obrigarão o proponente.

§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso,


devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer
pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que
pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.

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PROCESSO DO TRABALHO – TEORIA E QUESTÕES CESPE
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Em relação às pessoas jurídicas a sua representação em audiência será


através do preposto que é um representante do empregador que deverá
substituí-lo e o que ele declarar em audiência obrigará o empregador.

Observem a Súmula e Orientações Jurisprudências sobre o tema que


vem sendo abordadas em provas de concursos públicos:

Súmula 377 do TST Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico,


ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente
empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54
da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

OJ 245 da SDI-1 do TST Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário


de comparecimento da parte na audiência.

OJ 255 da SDI-1 do TST O art. 12, VI, do CPC não determina a exibição dos
estatutos da empresa em juízo como condição de validade do instrumento de
mandato outorgado ao seu procurador, salvo se houver impugnação da parte
contrária.

Súmula 122 do TST REVELIA. ATESTADO MÉDICO A reclamada, ausente à


audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu
advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a
apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressa-mente, a
impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da
audiência.

Art. 844 da CLT O não-comparecimento do reclamante à


audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto
à matéria de fato.

3.7. Assistência Judiciária: A assistência judiciária na justiça do trabalho


será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o
trabalhador.

O art. 14 da Lei 5.584/70 estabelece que a assistência judiciária é devida


a todo trabalhador que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo
legal, ficando assegurado idêntico direito ao trabalhador de maior salário, uma
vez provado que sua situação econômica não lhe permita demandar, sem
prejuízo do sustento próprio ou de sua família.

OJ Nº 304 da SDI-1 do TST Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art.


14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação
do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar
configurada a sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que
deu nova redação à Lei nº 1.060/50).
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3.8. Honorários de Advogado:

Em relação aos honorários advocatícios na Justiça do Trabalho é importante


destacar:

 Na Justiça do Trabalho, em lides oriundas de relações de trabalho não


empregatícias, os honorários advocatícios são devidos pela mera
sucumbência. Por mera sucumbência devemos entender a rejeição dos
pedidos postulados na petição inicial ou a rejeição às alegações da
defesa, ou seja, sucumbente é aquele que perdeu a demanda.

 Os requisitos da Lei 5.584/70 são importantes para a concessão de


assistência judiciária, bastando a afirmação do declarante ou de seu
advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua
situação econômica, quando tais requisitos estejam presentes.

 O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou


grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento
formulado no prazo alusivo ao recurso.

 Na Justiça do Trabalho, em demandas relacionadas a vínculos


empregatícios, o deferimento de honorários advocatícios sujeita-se à
constatação da ocorrência alternativa de dois requisitos: o benefício da
Justiça Gratuita ou a assistência por sindicato.

 O benefício da Justiça gratuita pode ser concedido pelo juiz em qualquer


tempo ou grau de jurisdição, assim na fase recursal inclusive.

 A jurisprudência importante em relação aos honorários advocatícios


(Súmula 219 e a OJ 304).

BIZU DE
PROVA

A Súmula 219 do TST teve alterada a redação do inciso


II, devido às novas mudanças na jurisprudência do TST em maio passado.
E, também foi inserido o parágrafo terceiro na Súmula 219 do TST!

Súmula 219 do TST I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento


de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não
decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida
por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário
inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica
que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da
respectiva família.

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PROCESSO DO TRABALHO – TEORIA E QUESTÕES CESPE
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II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação


rescisória no processo trabalhista.III – São devidos os honorários advocatícios
nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas
lides que não derivem da relação de emprego.

OJ 304 da SDI-1 do TST Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14,


§ 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do
declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar
configurada a sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que
deu nova redação à Lei nº 1.060/50).

Questões de Processo do Trabalho:

1. (CESPE – TRT 5. ª Região - Analista Judiciário – Área: Judiciária –


Execução de Mandados/2008) Relativamente aos atos praticados pelo juiz,
julgue os itens seguintes.
78. Segundo a lei processual civil vigente, os únicos atos praticados pelo juiz
são sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

Comentários: ERRADA. Em que pese o fato do art. 162 do CPC citar estes
três atos, o juiz poderá praticar outros atos processuais, como tomar o
depoimento da testemunha, interrogar as partes ( art. 432 do CPC), fazer
inspeção judicial (art. 440 do CPC), dentre outros.

2. (CESPE - Defensoria Pública - DPEMA – 2011) O início do prazo ocorre


no momento em que o interessado toma ciência ou conhecimento do ato
processual a ser realizado. Por sua vez, o início da contagem do prazo ocorre
no dia útil seguinte ao início do prazo.

Comentários: CERTA. Estudamos esta diferença no início da aula.

3. (CESPE – Analista Judiciário -TRT 21ª Região – 2010) Considerando


os prazos processuais no CPC, julgue o item seguinte.
97 Considere que João e Maria são litisconsortes, mas constituíram diferentes
procuradores nos autos contra a Fazenda Pública. Nesse caso, João e Maria
terão contado em quádruplo o prazo para recorrerem e em dobro para
contestarem e se manifestarem nos autos.

Comentários: A assertiva contrariou orientação jurisprudencial do TST.

OJ-310 da SDI – 1 do TST “Litisconsortes. Procuradores distintos.


Prazo em dobro. Art. 191 do CPC. Inaplicável ao Processo do Trabalho.
A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao Processo do
Trabalho, em face da sua incompatibilidade com o princípio da
celeridade inerente ao processo trabalhista.

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4. (CESPE - Exame de Ordem 2010.1) Com relação aos atos, termos e


prazos processuais na justiça trabalhista, assinale a opção correta.
A) Os documentos juntados aos autos podem ser desentranhados sempre que
a parte assim o requerer.
B) Presume-se recebida, 48 horas após a sua postagem, a notificação para a
prática de ato processual, sendo possível a produção de prova em contrário.
C) Os atos processuais devem ser públicos, salvo quando o interesse social
determinar o contrário, e terão de realizar-se nos dias úteis, no horário de
expediente forense habitual.
D) No processo trabalhista, os prazos são contados com a inclusão do dia em
que se iniciam e do dia em que vencem.

Comentários: Letra B (Súmula 16 do TST).

Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de


sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso
deste prazo constitui ônus de prova do destinatário.

Os termos que sublinhei nas assertivas estão incorretos. Abaixo,


transcreverei os artigos para que vocês possam observar.

A contagem de prazo no processo do trabalho é feita com base nos


artigos 774 e 775 da CLT, auxiliado por algumas Súmulas do TST. O início da
contagem do prazo é denominado dies a quo e o término do prazo é
denominado dies ad quem.

A regra geral é que a contagem dos prazos excluirá o dia do começo e


incluirá o dia do vencimento, conforme em destaque no art. 775 da CLT.

Art. 774 da CLT - Salvo disposição em contrário, os prazos


previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em
que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que
for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da
Justiça do Trabalho,ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na
sede da Junta, Juízo ou Tribunal.

Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não


ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio
ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la,
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem.

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Art. 775 da CLT - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com


exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são
contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo
tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de
força maior, devidamente comprovada.

Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo


ou feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.

Art. 776 da CLT - O vencimento dos prazos será certificado nos


processos pelos escrivães ou chefes de secretaria.

Art. 770 CLT Os atos processuais serão públicos salvo quando o


contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis
das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Parágrafo único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia
feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente.

Art. 780 da CLT - Os documentos juntos aos autos poderão ser


desentranhados somente depois de findo o processo, ficando traslado.

5. (CESPE – TRT 5. ª Região - Analista Judiciário – Área: Judiciária –


Execução de Mandados/2008) Relativamente aos atos praticados pelo juiz,
julgue os itens seguintes.
78. Segundo a lei processual civil vigente, os únicos atos praticados pelo juiz
são sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

Comentários: ERRADA. Em que pese o fato do art. 162 do CPC citar estes
três atos, o juiz poderá praticar outros atos processuais, como tomar o
depoimento da testemunha, interrogar as partes ( art. 432 do CPC), fazer
inspeção judicial (art. 440 do CPC), dentre outros.

6. (CESPE – Juiz do Trabalho - TRT 1 ª Região – 2010) Assinale a opção


correta acerca da organização, da composição, do funcionamento, da jurisdição
e da competência da justiça do trabalho.
A) Considerando-se a ampliação da competência da justiça do trabalho, não
cabe falar de execução de ofício das contribuições sociais devidas por
empregadores e empregados e seus acréscimos legais decorrentes das
sentenças que proferir.
B) Somente se provocado pelas partes interessadas, o CSJT pode apreciar
decisões administrativas dos tribunais que contrariem as normas gerais de
procedimento por ele expedidas, relacionadas com sistemas de informática,
recursos humanos, planejamento e orçamento, administração financeira,
material e patrimônio.

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C) Em que pese ser a justiça do trabalho competente para processar e julgar


ações que digam respeito à greve, no que concerne à observância das regras
estabelecidas na Lei de Greve, essa competência não abrange o julgamento de
ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve
pelos trabalhadores da iniciativa privada.
D) Compete ao órgão especial do TST, em matéria administrativa, propor ao
Poder Legislativo, após deliberação do CSJT, a criação, a extinção ou a
modificação de tribunais regionais do trabalho e varas do trabalho, assim como
a alteração de jurisdição e de sede desses tribunais e varas.
E) Nas ausências temporárias, por período superior a trinta dias, e nos
afastamentos definitivos, os ministros do TST são substituídos por juízes de
TRT, escolhidos pelo plenário do TST, mediante escrutínio secreto e pelo voto
da maioria absoluta dos seus membros.

Comentários: Letra D. A afirmativa da letra “A” está errada. Segundo o art.


114, inciso VIII da Constituição Federal de 1988, figura dentre as
competências da Justiça do Trabalho a “execução, de ofício, das contribuições
sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes
das sentenças que proferir;”.

A afirmativa da letra “B” está errada.

De acordo com o art. 5o, IV, do Regimento Interno do Conselho Superior


da Justiça do Trabalho, compete ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho,
além de outras atuações, apreciar, de ofício ou a requerimento de qualquer
interessado, as decisões administrativas dos Tribunais que contrariem as
normas legais ou as normas gerais de procedimento por ele expedidas,
relacionadas com os sistemas de informática, recursos humanos, planejamento
e orçamento, administração financeira, material e patrimônio e de controle
interno da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, ou normas que se
refiram a sistemas relativos a outras atividades auxiliares comuns que
necessitem de coordenação central. Assim, não só por provocação das partes
diretamente interessadas pode acorrer a apreciação citada na afirmativa.

A afirmativa da letra “C” está errada. A Súmula Vinculante n. 23 do


Supremo Tribunal Federal assim determina: A Justiça do Trabalho é
competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência
do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.A
afirmativa da letra “D” está correta.

De acordo com o art. 69, inciso II, alínea “d” do Regimento Interno do
TST, compete ao Órgão Especial “propor ao Poder Legislativo, após a
deliberação do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, a criação, extinção
ou modificação de Tribunais Regionais do Trabalho e Varas do Trabalho, assim
como a alteração de jurisdição e de sede destes”A afirmativa da letra “E” está
errada.

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O art. 17 do Regimento Interno do TST determina que “Nas ausências


temporárias, por período superior a trinta dias, e, nos afastamentos
definitivos, os Ministros serão substituídos por Juízes de Tribunal Regional do
Trabalho, escolhidos pelo Órgão Especial, mediante escrutínio secreto e pelo
voto da maioria absoluta dos seus membros.”

7. (CESPE – Exame de Ordem 2007.3) Em uma audiência inaugural,


compareceu o advogado da reclamada, o qual estava munido do instrumento
de procuração e da defesa. O preposto não compareceu. O juiz, então, aplicou
a revelia, argumentando que o representante legal da empresa não estava
presente.
Diante do problema apresentado na situação hipotética acima,
A) está correto o posicionamento do juiz, uma vez que a presença do preposto
ou representante legal da reclamada é obrigatória na audiência, não sendo
suficiente a presença do advogado para apresentar contestação.
B) o juiz deveria ter suspendido a audiência e determinado a intimação da
reclamada para tal ato em nova data por ele designada.
C) o juiz deveria ter recebido a defesa trazida pelo advogado e afastado a
revelia.
D) caberia ao juiz conceder a palavra ao advogado do reclamante, pois, em
caso de concordância deste, o juiz poderia receber a contestação apresentada
pelo advogado da reclamada, mesmo sem a presença do preposto.

Comentários: Letra A.

Súmula 122 do TST A reclamada, ausente à audiência em que deveria


apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de
procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado
médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção
do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.

8. (Juiz do Trabalho – TRT - 9ª Região/ 2007) Considerando as atuais


Súmulas do TST analise as proposições seguintes: IV- São válidos os atos
praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes
expressos para substabelecer.

Comentários: Correta.

Súmula 395 do TST III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido,
ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art.
667, e parágrafos, do Código Civil de 2002).

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Anexo: Questões sem gabarito

1. (CESPE – TRT 5. ª Região - Analista Judiciário – Área: Judiciária –


Execução de Mandados/2008) Relativamente aos atos praticados pelo juiz,
julgue os itens seguintes.
78. Segundo a lei processual civil vigente, os únicos atos praticados pelo juiz
são sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

2. (CESPE - Defensoria Pública - DPEMA – 2011) O início do prazo ocorre


no momento em que o interessado toma ciência ou conhecimento do ato
processual a ser realizado. Por sua vez, o início da contagem do prazo ocorre
no dia útil seguinte ao início do prazo.

3. (CESPE – Analista Judiciário -TRT 21ª Região – 2010) Considerando


os prazos processuais no CPC, julgue o item seguinte.
97 Considere que João e Maria são litisconsortes, mas constituíram diferentes
procuradores nos autos contra a Fazenda Pública. Nesse caso, João e Maria
terão contado em quádruplo o prazo para recorrerem e em dobro para
contestarem e se manifestarem nos autos.

4. (CESPE - Exame de Ordem 2010.1) Com relação aos atos, termos e


prazos processuais na justiça trabalhista, assinale a opção correta.
A) Os documentos juntados aos autos podem ser desentranhados sempre que
a parte assim o requerer.
B) Presume-se recebida, 48 horas após a sua postagem, a notificação para a
prática de ato processual, sendo possível a produção de prova em contrário.
C) Os atos processuais devem ser públicos, salvo quando o interesse social
determinar o contrário, e terão de realizar-se nos dias úteis, no horário de
expediente forense habitual.
D) No processo trabalhista, os prazos são contados com a inclusão do dia em
que se iniciam e do dia em que vencem.

5. (CESPE – TRT 5. ª Região - Analista Judiciário – Área: Judiciária –


Execução de Mandados/2008) Relativamente aos atos praticados pelo juiz,
julgue os itens seguintes. Segundo a lei processual civil vigente, os únicos atos
praticados pelo juiz são sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

6. (CESPE – Juiz do Trabalho - TRT 1 ª Região – 2010) Assinale a opção


correta acerca da organização, da composição, do funcionamento, da jurisdição
e da competência da justiça do trabalho.
A) Considerando-se a ampliação da competência da justiça do trabalho, não
cabe falar de execução de ofício das contribuições sociais devidas por
empregadores e empregados e seus acréscimos legais decorrentes das
sentenças que proferir.

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B) Somente se provocado pelas partes interessadas, o CSJT pode apreciar


decisões administrativas dos tribunais que contrariem as normas gerais de
procedimento por ele expedidas, relacionadas com sistemas de informática,
recursos humanos, planejamento e orçamento, administração financeira,
material e patrimônio.
C) Em que pese ser a justiça do trabalho competente para processar e julgar
ações que digam respeito à greve, no que concerne à observância das regras
estabelecidas na Lei de Greve, essa competência não abrange o julgamento de
ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve
pelos trabalhadores da iniciativa privada.
D) Compete ao órgão especial do TST, em matéria administrativa, propor ao
Poder Legislativo, após deliberação do CSJT, a criação, a extinção ou a
modificação de tribunais regionais do trabalho e varas do trabalho, assim como
a alteração de jurisdição e de sede desses tribunais e varas.
E) Nas ausências temporárias, por período superior a trinta dias, e nos
afastamentos definitivos, os ministros do TST são substituídos por juízes de
TRT, escolhidos pelo plenário do TST, mediante escrutínio secreto e pelo voto
da maioria absoluta dos seus membros.

7. (CESPE – Exame de Ordem 2007.3) Em uma audiência inaugural,


compareceu o advogado da reclamada, o qual estava munido do instrumento
de procuração e da defesa. O preposto não compareceu. O juiz, então, aplicou
a revelia, argumentando que o representante legal da empresa não estava
presente.
Diante do problema apresentado na situação hipotética acima,
A) está correto o posicionamento do juiz, uma vez que a presença do preposto
ou representante legal da reclamada é obrigatória na audiência, não sendo
suficiente a presença do advogado para apresentar contestação.
B) o juiz deveria ter suspendido a audiência e determinado a intimação da
reclamada para tal ato em nova data por ele designada.
C) o juiz deveria ter recebido a defesa trazida pelo advogado e afastado a
revelia.
D) caberia ao juiz conceder a palavra ao advogado do reclamante, pois, em
caso de concordância deste, o juiz poderia receber a contestação apresentada
pelo advogado da reclamada, mesmo sem a presença do preposto.

8. (Juiz do Trabalho – TRT - 9ª Região/ 2007) Considerando as atuais


Súmulas do TST analise as proposições seguintes: IV - São válidos os atos
praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes
expressos para substabelecer.

Bem, chegamos ao final desta aula. Um forte abraço a todos,

Déborah Paiva

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