Farmacologia - Aula 3 - AINES
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se resolve baseado nos balanços dos mediadores típicas da bicamada lipídicas, os fosfolipídios de
inflamatórios. membrana. Esses fosfolipídios são substratos da
fosfolipase A2, que pega esses fosfolipídios e os
Existem mediadores pró inflamatórios e anti- converte em ácido araquidônico (AA), o qual é o
inflamatórios, que sofrem uma self regulation. Assim, o substrato da famosa COX (cicloxigenase). A COX
próprio tecido (tecido ou células adjacentes converte o AA em: prostaciclina, tromboxano e
migratórias) conseguem produzir um processo prostaglandina.
inflamatório para combater e controlar o quadro, • Prostaciclinas: tem função de vasodilatação e
assim como produzir, sintetizar e liberar mediadores inibição da agregação plaquetária, facilitando a
e citocinas para resolver o quadro inflamatório. Esse perfusão tecidual e a passagem das células da
balanço é responsável por regular a inflamação em si. corrente sanguínea para o tecido inflamado.
Quando esse balanço pró inflamatório é exagerado e a • Prostaglandinas: sensibiliza os nociceptores;
auto resolução não é capaz de agir, o tecido vai ser estimula os processos dolorosos, induz febre ou
lesionado e perder sua função. Então, a gente precisa calor no local, estimula vasodilatação, aumenta
atuar para regular a balança e estimular os produção (?) de muco gástrico e inibição da
mecanismos anti-inflamatórios ou inibir os pró secreção ácido gástrico.
inflamatórios. • Tromboxanos: exerce efeito antagônico à
prostaciclina. Estimula a agregação plaquetária e a
Esquema de inflamação causada por microrganismos e
vasoconstrição.
eventos citológicos que ocorrem:
Quanto temos um fármaco que inibe a ação da COX,
1- Lesão tecidual libera há o bloqueio da conversão do AA em Prostaciclina,
histamina, aumenta fluxo Prostaglandina e Tromboxanos. Dessa forma, eu
sanguíneo.
consigo, dentre outras coisas, diminuir os efeitos
2- A histamina provoca
cardinais da inflamação (Ex. dor, calor e tumor).
extravasamento dos
capilares, liberando
Objetivos do tratamento com AINES
fagócitos e mediadores
inflamatórios no meio; • Aliviar os sintomas e preservar a função;
3- Fagócitos englobam bactérias, células mortas e • Retardar ou deter a lesão tecidual.
resíduos celulares;
• Propriedades anti-inflamatórias, antipiréticas e
4- Plaquetas se movem para fora dos capilares a fim analgésicas combinadas. Ex. diclofenaco.
de iniciar o processo de controle e reparo da lesão;
O Paracetamol e o Acetominofeno possuem atividades
antipirética, analgésica e uma baixíssima atividade
anti-inflamatória. A nimesulida também é um exemplo
de AINES.
Farmacocinética geral
• Ácidos orgânicos fracos;
• Biodisponibilidade oral não modificada pela
presença de alimento; Há exceções!
Lesão tecidual → citocinas pró-inflamatórias →
• Metabolismo hepático, principalmente pela CYP3A
fosfolipídeos → Ácido araquidônico → Prostaciclinas –
e CYP2C;
PCI (vasodilatação, inibição da agregação plaquetária);
• Excreção renal, podendo ocorrer alguma secreção
prostaglandinas - PGE (dor, febre, vasodilatação,
biliar e recirculação.
inibição da secreção de ác. gástrico, aumento da
secreção de muco gástrico; tromboxanos – TXA2
Cicloxigenase 1 e 2
(agregação plaquetária, vasoconstrição).
Lembrar: A cox converte ácido araquidônico (AA) em
1º - Lesão tecidual e liberação de citocinas prostaciclina, prostaglandina e tromboxano. Se há uma
inflamatórias. Essa lesão e essas citocinas liberadas são
inibição dessa enzima, há também uma inibição da
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Farmacologia – AINES – Aula 3 3
produção desses mediadores inflamatórios, ajudando a Descoberta acerca das atividades da COX 1 e da COX
resolução do quadro. 2: num primeiro momento, acreditava-se que o estímulo
fisiológico era responsável por induzir a COX 1 a
produzir prostaglandinas, prostaciclinas e
tromboxanos. Acreditava-se que a COX 1 era
constitutiva, ou seja, as prostaglandinas, ciclinas e
tromboxanos que exerciam suas funções fisiológicas
nas plaquetas, endotélio, na mucosa gástrica e no rim;
que tais substâncias eram produzidas unicamente pela
COX 1 e, quando um quadro inflamatório se instaurava,
a enzima responsável por produzir essas substâncias
era outra enzima, a COX 2, por conta disso também
Em um primeiro momento, pode-se dizer que os AINES
passou a ser chamada de COX induzida. Ou seja, um
são antagonistas da COX, tendo uma ação de
processo inflamatório induzia a COX 2 a ser expressa,
inibição/bloqueio. Ele se liga a enzima e impede que o
e induzia a produção de prostaglandinas e outros
substrato, no caso descrito, o ácido araquidônico, tenha
mediadores inflamatórios. Por muito tempo acreditava-
acesso ao sítio ativo. O AINE vai bloquear o acesso
se que isso acontecia.
do agonista ao alvo, ou seja, vai bloquear a ligação do
AA ao COX.
CICLOXIGENASE 1
Forma que o AINE se liga à COX 1 e COX 2: Os
inibidores não seletivos, ou seja, os antagonistas da • Rins:
COX que se ligam tanto a COX 1 quanto a COX 2, se ➢ Prostaglandinas são importantes para a
ligam de forma reversível (ligação não covalente; ligação manutenção do fluxo sanguíneo dos rins. A
com Van der Waals ou iônica). Porém, tem uma exceção ausência destas pode levar a falência cardíaca
- o ácido acetilsalicílico, que é um AINE não seletivo, congestiva, cirrose hepática ou insuficiência
que se liga tanto a COX 1 quanto a COX 2, porém de renal;
forma irreversível, se ligando covalentemente ao
resíduo de serina número 530 da COX. • Plaquetas:
➢ Nas plaquetas, apenas a isoforma COX-1 é
Os fármacos que são seletivos à COX 2 (se ligam apenas
detectada. Importante no tratamento de
a COX 2) também se ligam de forma irreversível.
doenças tromboembólicas.
Na imagem B: o fármaco seletivo para a COX 2, os
Coxibs, representado na imagem o Celecoxib, • Gestação e parto:
representam um grupamento volumoso adicional. Esse ➢ Importante para indução das contrações
grupamento que permite a seletividade dos Coxibs. A uterinas durante o parto;
➢ Manutenção de uma gravidez saudável;
COX 2 possui um canal hidrofóbico mais largo do que a
➢ Importante para implantação do óvulo;
COX 1. Então, grupamentos volumosos conseguem
acessar o canal de bloqueio da COX 2, sem acessar o No parto, a cicloxigenase 1 produz substâncias como
ciclinas, glandinas, tromboxanos, que são importantes
canal de bloqueio da COX 1. Isso faz com que eles
para indução e contração uterina, manutenção de uma
sejam seletivos.
gravidez saudável e para a implantação do óvulo.
Logo, observa-se que a Cicloxigenase exerce funções
fisiológicas que vão além do processo inflamatório.
CICLOXIGENASE 2
Ativação de COX-2: em
concentrações cerca de 10 vezes
menores de substrato que o
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Farmacologia – AINES – Aula 3 4
necessário para ativar a reação de ciclo oxigenação da COX 2. Com isso, foi comprovado que a molécula SC-
na COX-1. 58125 tinha capacidade seletiva para inibir a COX 2
e não inibir a COX 1.
O primeiro inibidor seletivo de COX 2 foi comercializado
em 1999. Em 1994, estudava-se formas de comprovar Na outra imagem, observa-se o grupamento volumoso,
que a COX 2 era expressada apenas em situações exatamente esse grupamento faz com que a molécula
inflamatórias, o que está sendo mostrado na imagem tenha acesso ao canal de ligação, ao sítio de ligação
acima, referente a um estudo. Esse gráfico de expressão da COX 2, porém que não consegue bloquear o canal
2, em percentual, pelo tempo após injeção intraplantar da COX 1. Ou seja, o ácido araquidônico continua
em roedores de uma substância chamada carragenina,
servindo de substrato para a COX 1 porque essa
que é uma substância pró-inflamatória, é um estímulo
molécula não foi capaz de bloquear a atividade da mesma.
inflamatório.
No tempo zero, observa-se mais expressão relativa de O PORQUE DA SELETIVIDADE DE ALGUNS
COX 2 e baixa na planta da pata do roedor. 3 horas após FARMACOS PARA A COX-2
a administração do estímulo inflamatório essa
expressão sobe para 70%. Então, aparenta que o Exemplo A: tem-se
conhecimento acerca da COX 2 está correto, um quadro o fármaco não
inflamatório estimula a produção de COX 2. Ou seja, seletivo, que atua no
se apenas a COX 2 for bloqueada, é bloqueado apenas ácido
mediadores inflamatórios no local da inflamação, sem acetilsalicílico (?).
bloquear a COX 1 e sem atrapalhar os efeitos endógenos Então, ele bloqueia
da produção de prostaglandinas pela COX 1. Esse foi o tanto a COX-1
pensamento cientifico na época. quanto a COX-2.
Outra coisa que se descobriu é que para a COX 2 ser Ela é uma molécula pequena e consegue ter acesso tanto
ao canal do sítio ativo da 1 quanto da 2, interage com
ativada, ou seja, para que ela comece a produzir
os aminoácidos e bloqueia o acesso do ácido
prostaglandinas, ciclinas e tromboxanos, é necessário
araquidônico ao sítio ativo. Quando o ácido
10x menos substrato do que é necessário para ativar araquidônico não tem o acesso ao sítio ativo, não se
a COX 1. tem a produção de prostaglandina, ciclinas e
tromboxanos. Então, o não seletivo bloqueia o espaço
Inibição diferencial da COX-1 e COX-2 do AA tanto do COX-1 quanto do COX-2.
Exemplo B: tem-se o
inibidor seletivo de
COX-2 com o
grupamento volumoso
característico. Esse
grupamento impede
O mesmo trabalho publicou a molécula capaz de inibir que o inibidor
apenas a COX 2, que é essa molécula chamada de SC-
seletivo de COX-2 tenha acesso aos mesmos sítios
58125. Na primeira imagem, tem-se dois exemplos, dois
que o não seletivo tem na COX-1, porém ele continua
resultados: o resultado de inibição da COX 1 e o
resultado de inibição da COX 2 por duas moléculas: permitindo o acesso do AINE a COX-2. Além disse,
indometacina e SC- 58125. A indometacina, esse grupamento permite uma interação adicional da
representada com a linha com quadradinhos, inibe tanto COX-2, que não é possível na COX-1. Os aminoácidos
a COX 1 (conforme aumenta a dose da indometacina, das enzimas da região COX-1 são diferentes dos
diminui a atividade da cicloxigenase) quanto a COX 2. A aminoácidos das enzimas COX-2. Então, tanto o volume
indometacina apresenta afinidades diferentes para a
maior quanto uma interação maior com os aminoácidos
COX 1 e para COX 2, mas no final inibe a COX 1 e a
da COX-2 fazem com que eles tenham essa
COX 2.
característica de seletividade.
Já o seletivo para COX 2, SC-58125 representado pela
bolinha, por mais que sua dose tenha sido aumentada, a OBS. Não existe AINE seletivo para COX-1, mas
atividade da COX 1 permaneceu máxima. Porém,
existe quimicamente mais afim da COX-1 do que da COX-
conforme aumenta a dose da SC diminui-se a atividade
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Farmacologia – AINES – Aula 3 5
2. Porém, isso não impede que ele se ligue, mas permite as contrações quando a COX-2 é bloqueada e,
que se ligue muito menos com a COX-2 e muito mais com consequentemente, a prostaglandina também.
a COX-1.
• Vasos sanguíneos:
último, a classe do oxicam, representado por piroxicam. PKa x pH→ Ácido acetilsalicílico é rapidamente
absorvido por via oral, um pouco no estômago e maior
Classificação dos AINES
parte nas porções do intestino delgado.
❖ Solubilidade;
Salicinatos
❖ Lipossolubilidade: colabora para sua absorção.
Representando os salicilatos,
• Ligação a proteínas plasmáticas: alto tempo de
temos o ácido salicílico, que
meia-vida.
basicamente não é utilizado
mais como AINE e sim, • Biotransformação hepática;
bastante usado como emoliente • Excreção urinária - dependente e independente do
via tópica. O ácido PH. A modulação do PH urinário é uma boa
acetilsalicílico (AAS)- aspirina, ferramenta para acelerar ou retardar,
esse sim ainda é um AINE. Por último o diflunisal. propositalmente ou não, a eliminação de alguns
fármacos.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS E USO TERAPÊUTICO
O acetaminofeno, também conhecido como paracetamol, O EC50 é a concentração de uma droga capaz de
possui atividade antipirética, analgésica e baixíssima exercer 50% da capacidade. Já o IC50 é a
atividade anti-inflamatória. concentração necessária para inibir 50% da atividade
da enzima. Então, quanto maior o IC50 menor a
potência. Por exemplo, se em um fármaco A há um IC50
de 5mM significa que é necessário 5mM para inibir 50%
da atividade dessa enzima. Já em um fármaco B com
IC50 de 0,5mM é necessário 0,5mM para inibir 50%
da atividade dessa enzima. Então, o fármaco B é mais
potente, já que é necessário menos para inibir o mesmo
percentual da enzima.
afinidade). Já quando se trata da COX-3, esse valor é outras moléculas que também competem com pelo efeito
de 460μM, mostrando uma relativa afinidade com a neutralizante da glutationa. Dentre essas moléculas,
COX-3. está o etanol (risco elevado para associação de
paracetamol + álcool).
Esses fármacos AINES, apesar de serem não seletivos,
possuem afinidades diferentes. Aspirina possui maior A hepatotoxicidade provocada pela NAPQI leva a uma
afinidade com o COX-1, o diclofenaco quase não tem necrose hepática aguda por se ligar a proteínas dos
diferença, o ibuprofeno possui uma afinidade duas hepatócitos e provocar sua desnaturação; em poucas
vezes maior para a COX-1 em comparação com a horas, na ausência de um tratamento correto, o
COX-2. indivíduo vai ao óbito. Na suspeita ou confirmação de
hepatotoxicidade por paracetamol, o tratamento
*Apesar da classe ser chamada “AINES”, alguns acontece por aumento dos estoques de glutationa -
representantes dessa classe não possuem capacidade administração de N-acetil-cisteína. Esse fármaco
anti-inflamatória tão importante. No caso do fornece o grupamento glutationa ao organismo,
acetaminofeno, apesar de ele não ter uma ação de aumentando os estoques de glutationa e,
redução do quadro inflamatório, ela auxilia na redução consequentemente, aumentando a neutralização do
NAPQI.
de sinais de sintomas que estão envolvidos na inflamação,
como dor e febre.
DICLOFENACO
RISCOS • Analgésico;
• Antipirético;
❖ Glicurinidação e sulfatação;
• Anti-inflamatório.
❖ Oxidação por CYP450: N-acetyl-p-benzo-quinone;
imine (NAPQI);
❖ A absorção acontece por via oral. Existem
❖ Hepatoxicidade aguda!;
comprimidos de diclofenaco que são revestidos por
❖ Necrose hepática aguda;
uma camada gastroresistente com a intenção de
❖ CYP2D6 é polimórfica;
proteger o diclofenaco do ácido estomacal e
❖ Interação com etanol, carbamazepina, fenotoína
aumentar a sua biodisponibilidade pós-passagem
e barbitúricos:aumento da toxicidade;
pelo estômago.
❖ Lesão TGI;
❖ A administração do diclofenaco após a alimentação
❖ Broncoconstricção.
retarda a absorção do próprio, porém a
O principal risco do acetaminofeno é uma intoxicação. concentração final é semelhante, por demorar
mais no estômago.
A principal via de metabolização do paracetamol é a
hepática, sendo que ele pode ser metabolizado por três ❖ Tem a capacidade elevada de se ligar a proteínas
vias: conjugado com ácido glicurônico ou com sulfato, plasmáticas (99,7%)
com a intenção de ser eliminado OU metabolização das ❖ Biotransformação hepática.
enzimas CYP2E1 e CYP2A6. ❖ Excreção urinária: cerca de 60% da dose
Quando o paracetamol ou sua fração, é metabolizado administrada será eliminada como molécula intacta
por essas enzimas, um metabólito tóxico é gerado, + o ácido glicurônico e metabólitos + o ácido
chamado N-acetyl-p-benzo-quinona imine (NAPQI). glicurônico.
Esse metabólito é tão tóxico que faz com que o
paracetamol seja o segundo fármaco mais utilizado em
tentativa de suicídio nos EUA (o primeiro é a morfina). COXIBES
Felizmente, quando esse metabólito é gerado, o
sistema glutationa redutase fica responsável por
neutralizar moléculas tóxicas ao organismo humano
(existem outros sistemas, porém esse é o principal);
entretanto, a glutationa redutase neutraliza diversas
moléculas tóxicas e o grande problema é o uso de
paracetamol em altas doses (muito metabólito para
pouca glutationa) ou a associação do paracetamol com
Beatriz Machado de Almeida
Farmacologia – AINES – Aula 3 9
COX 2
• Hipertensão;
• Infarto do miocárdio;
• Problemas renais.
Tabela: As prostaglandinas são importantes no fluxo convertido em tromboxano pelas plaquetas, resultando
renal, uma vez que quando eliminada ou diminuída por no aumento da atividade tromboxanos em relação às
meio do AINE, ocorrem esses efeitos adversos. prostaciclinas. Se não há prostaciclina no vaso para
contrabalancear, haverá maior ativação plaquetária e
Situações que proporcionam o aumento de
vasoconstrictores (angiotensinas, catecolaminas, terá uma vasoconstrição, que é ideal para formação de
vasopressinas): Própria doença renal ou doença trombos. Por isso que indivíduos que fazem uso de
cardiovascular → redução do fluxo sanguíneo renal; inibidor seletivo de COX2 há uma chance maior de
Cirrose, nefrose, insuficiência cardíaca ou o uso de apresentar eventos cardiovasculares como infarto
diuréticos → reduz o volume de sangue. agudo e AVC.
O fenoprofeno possui
A vasoconstrição
praticamente a mesma afinidade
proporciona diminuição
para COX1 e COX2.
da taxa de filtração
glomerular, isquemia Do ibuprofeno para cima, os
por um tempo fármacos são mais seletivos
prolongado, necrose, nefrite e, posteriormente, para COX1 e do peroxicam para
insuficiência renal. baixo, fármacos mais seletivos
para COX2, o que não significa
Associação dos efeitos cardiovasculares e trombóticos
principalmente, aos inibidores seletivos de COX2: que não há inibição para o
COX1 e sim que a afinidade é
• Prostaglandinas e tromboxanos maior para a COX2.
exercem papéis antagônicos
fisiológicos.
• O naxoprofeno é utilizado na pediatria.
• Tromboxanos: vasoconstrição e agregação
plaquetária. • A nimesulida é da classe dos ácidos acéticos
• Prostaciclinas (um tipo de prostaglandina): (indometacina, sulindaco, tolmetina).
vasodilatação e manutenção normal das plaquetas, • O diclofenaco é ácido acético, parente do sulindaco.
sem ativá-las.
• Quando os nomes do fármaco terminam de forma
Quando é utilizado um fármaco inibidor não seletivo, parecida, pertencem a mesma classe.
que inibe tanto a COX1 quanto a COX2, esse fármaco
inibe tanto a produção de tromboxanos quanto de
prostaciclinas. Então, no geral, esse balanço se mantém,
reduzindo tanto os pró-trombóticos quanto os
antitrombóticos.