Unidade 4 - S 4 - Períodos de Descanso

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Períodos de descanso

Prof. Esp. Sara Batista


Período de descanso
◻ Evitar o cansaço do empregador
◻ Destinados à proteção da saúde do empregador.
◻ Intervalos podem ser compactuados via negociação coletiva. (Art. 611-B, p.ú. CLT)

◻ O empregado não fica à disposição do empregador por tempo indeterminado.


Intervalo intrajornada
◻ Durante a jornada de trabalho
◻ Art. 71, CLT
◻ Não computado na jornada
Antes da Reforma
Com a Reforma

◻ Art. 611-A, CLT


◻ Redução por negociação coletiva
◻ Com limite mínimo de 30 minutos
d) Intervalos não previstos em lei
- Tempo efetivo à disposição do empregador
- Ex: 15 minutos concedidos pela manhã e 15 minutos pela
tarde.
Redução e fracionamento
◻ Com a Reforma: permite a redução do
intervalo, respeitando o limite mínimo
de 30 minutos (611-A, III, CLT).
◻ Outras previsões de redução:
1. Motorista do setor de transporte
coletivo de passageiros
- Fracionamento e redução
- Intervalo concedido entre a 1ª hora
trabalhada e o início da última hora
de trabalho.
- Previsão em norma coletiva.
2. Empregados domésticos
- LC 150/2015

- Redução e fracionamento do intervalo intrajornada

- Jornada superior a 6 horas: intervalo de no mínimo 1 hora e


no máximo 2 horas
- Art. 13 da LC 150/2015

- Acordo individual escrito

- Empregado morar no local do trabalho: há a possibilidade de


fracionar o intervalo em dois períodos (no mínimo 1 hora, até
4 horas diárias)
Consequências da supressão ou redução do intervalo
intrajornada
◻ Antes da reforma: multa administrativa e pagar todo o período
do intervalo com adicional de 50%.
◻ Possuía natureza salarial.
◻ Com a reforma: pagamento apenas do períodos suprimido.
◻ Natureza indenizatória.
Intervalos remunerados
◻ Inseridos na jornada de trabalho
◻ Remunerados
◻ Não concessão: multa administrativa e pagamento de 50%
sobre a hora normal.
◻ A) Serviços de mecanografia ou digitação:
- art. 72 CLT
- A cada período de 90 minutos 🡪 10 minutos de intervalo
- Súmula 346, TST
- Aplicável aos cortadores de cana-de-açúcar.
◻ B) Serviços de frigoríficos e câmaras frias
- Art. 253, CLT
- Mudança de temperatura: prejudicial ao trabalhador.
- Após 1 hora e 40 minutos de trabalho contínuo 🡪 20 minutos de intervalo
- Comprovado a existência de ambiente frio. ( Súmula 438, TST)

C) Minas de subsolo
- Art. 298, CLT

- Após 3 horas consecutivas de trabalho 🡪 15 minutos de intervalo


◻ D) Amamentação
- Art. 396, CLT
- Até os 6 meses de vida da criança. (podendo ser prorrogado)
- Assegurado também nas hipóteses de adoção.
- Acordo individual (§ 2°)
- Inseridos na jornada de trabalho e são remunerados.
- TRT 3ª região (TRT – 3 – RO: 0000550-09.2011.5.03.0096, Relator:
Emerson José Alves Lage, Primeira turma, publicação: 16/03/2012)
- Não pode ser suprimido
Intervalo interjornada
◻ Entre duas jornadas de trabalho
◻ Mínimo: 11 horas
◻ Art. 66, CLT
◻ Não remunerado
◻ Empregados domésticos também gozam desse intervalo (art. 15 LC
150/15)
◻ Se não usufruído: pagamento das horas subtraídas como horas
extraordinárias.
◻ Apenas o período suprimido com o adicional de 50%.
◻ Vedada a redução desse intervalo.
◻ Não pode ser dividido.
◻ Intervalos interjornadas especiais:
- Cabineiros ferroviários: 14 horas (art. 245, CLT)
- Jornalista: 10 horas (art. 308, CLT)
- Operadores cinematográfico: 12 horas (art. 235, § 2° CLT)
- Telefonistas: 17 horas (art. 299 CLT)
- Aeronautas: (art. 48, Lei n° 13.475/2017)
a) 12 horas de repouso, após jornada de até 12 horas;
b) 16 horas de repouso, após jornada de mais de 12 horas e até 15 horas.
c) 24 horas de repouso, após jornada de mais de 15 horas.
Descanso semanal remunerado

◻ Art. 7°, XV da CF
◻ Art. 611-B, IX, CLT – objeto ilícito a supressão ou redução por
negociação coletiva
◻ Mínimo 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos.
◻ Para ter direito à remuneração: Frequência e Pontualidade
◻ O repouso independe da frequência e pontualidade
◻ Faltas justificadas (art. 473, CLT) e injustificadas
◻ Prazo: 48 horas (doutrina)
◻ Comunicação ao empregador
◻ Folga compensatória
◻ Empregado com cargo de gestão tem direito ao DSR
◻ Jornada 12x36 (art 59-A, CLT)
◻ Para os empregados que recebem por mês ou quinzena, já
estão remunerados os dias do DSR
◻ Hora extra reflete no DSR
Férias
Introdução
◻ Conceito: descanso anual remunerado que o trabalhador tem o
direito de usufruir, desde que tenha adquirido o direito.
◻ Finalidade: evitar o cansaço excessivo e preservar a saúde do
trabalhador.
◻ Interrupção do contrato de trabalho
◻ Art. 7, XVII, CF/88
◻ Período aquisitivo
◻ A duração das férias está intimamente ligada às faltas
injustificadas cometidas pelo empregado ao longo do
período aquisitivo. (art. 130, CLT)
◻ Período concessivo
◻ Ato exclusivo do empregador de determinar quando o
trabalhador terá direito a gozar as férias adquiridas.
◻ 12 meses subsequentes ao período aquisitivo.
◻ O empregado vai de fato usufruir as férias
◻ O empregado menor de 18 anos tem o direito de fazer
coincidir suas férias com as férias escolares (independe de
vontade do empregador)
◻ Membros da mesma família que trabalhem na mesma empresa
◻ Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do
empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o
direito. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977)
◻ § 3o É vedado o início das férias no período de dois
dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Fracionamento das férias

◻ Concordância do empregado
◻ Fracionamento em até três períodos, sem necessidade de
justificativa
◻ Um dos períodos não pode ser inferior a 14 dias corridos, e os
demais não podem ser inferior a cinco dias corridos.
◻ Doutrina: 6 dias. (5 dias é prejudicial ao trabalhador)
Remuneração das férias
◻ A remuneração devida na data da sua concessão
◻ Salário + 1/3
◻ Se houver instrumento coletivo com previsão sobre esse
adicional, qual aplicar?
◻ Adicionais legais vão incidir no valor das férias
◻ Pagamento até 2 dias antes do início das férias.
Abono pecuniário das férias
◻ “vender as férias”
◻ Converter 1/3 das férias em abono pecuniário.
◻ O empregador não pode ser opor a esse pagamento,
desde que solicitado até 15 dias antes do término do
período aquisitivo.
◻ Domésticos: 30 dias
Férias concedidas após o período concessivo

◻ Pagamento das férias em dobro


◻ Se não pagas no período correto, também deve ser
pago em dobro (Até 2 dias antes de começar as férias)
◻ Consequências para o empregador: multa
administrativa pelos órgãos do trabalho
Prescrição
◻ Pretensão de exigir o direito de férias em juízo.
◻ Prazo prescricional de inicia com o fim do período
concessivo.
◻ Para o menor de 18 anos: o prazo começa a contar da
maioridade.
Férias coletivas
◻ Concedidas a todos os empregados da empresa ou apenas a setores da
empresa.
◻ Art. 139, CLT
◻ Faculdade do empregador
◻ Fracionamento 2 períodos, nenhum inferior a 10 dias
◻ Adicional de 1/3
◻ Pagamento até 2 dias antes do início das férias
◻ Venda das férias deve ser negociada entre empregador e sindicato, por acordo
coletivo (art. 143, § 2°, CLT)
◻ Comunicação prévia ao Ministério da Economia. (Secretaria especial de
Previdência e trabalho)
Férias proporcionais ao fim do contrato de trabalho

◻ 1/12 por mês trabalhado ou por período trabalhado superior a 14


dias.
◻ Exceto: justa causa
◻ Culpa recíproca: recebe metade

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