Palestra - TG Adamantina
Palestra - TG Adamantina
Palestra - TG Adamantina
O Direito do trabalho é um ramo do Direito que tem como objetivo garantir condições
adequadas mínimas de trabalho para o EMPREGADO. Ele só se aplica para quem se encaixa
nessa definição.
c) Cumpre suas funções conforme as ordens de seu chefe, ou seja, subordinado a ele.
d) Recebe salário.
Para o empregado, a principal lei que protege sua relação com o empregador é a CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho). É uma lei aprovada em 1943 mas que ainda possui grande
importância na proteção dos direitos do trabalhador, assegurando, por exemplo: férias,
décimo terceiro salário, descanso semanal remunerado, etc.
RELAÇÃO DE EMPREGO
A relação de emprego tem início com o contrato de trabalho. Ele pode ser verbal, e, desde o
primeiro dia de trabalho, obriga o empregador a cumprir um dever importantíssimo: registrar
a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do empregado, mesmo quando este se
encontrar em período de experiência.
Neste caso, o vínculo empregatício se mantém enquanto as partes não decidirem pela
rescisão. A legislação garante ao trabalhador diversos direitos, como aviso prévio, férias e 13º
salário. Também assegura direito ao seguro-desemprego, saque ao FGTS e recebimento de
multa de 40% sobre os depósitos, caso aja rescisão sem justa causa.
O contrato por prazo mais comum é o de experiência, com validade máxima de 90 dias.
JORNADA DE TRABALHO
a) Duração da Jornada:
- A jornada padrão é de 8 horas diárias e 44 horas semanais, conforme o artigo 7º, XIII, da
Constituição Federal. A CLT estabelece limites para a jornada, mas permite a flexibilização por
meio de acordos ou convenções coletivas. Importante destacar que algumas categorias
profissionais possuem jornadas de trabalho diferenciadas, como, por exemplo, os bancários,
de 6 horas.
b) Horas Extras:
- O trabalho que excede a jornada máxima é considerado hora extra e deve ser remunerado
com um adicional de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal.
c) Intervalos:
Intervalo para descanso: entre o fim de um dia de trabalho e o início de outro, temos
direito a 11 horas consecutivas de descanso.
Neste caso, o empregado tem direito que sua folga semanal caia no domingo pelo menos uma
vez a cada 4 semanas.
É uma forma de trabalho muito comum nos dias atuais. Não é necessário que o empregado
esteja no ambiente da “firma”. Ele pode estar na sua casa, ou em qualquer outro lugar onde
tenha acesso a internet e um smartphone ou notebook, e, com isso, possa realizar suas
atividades.
Isso em nada interfere na garantia dos seus direitos trabalhistas e se ele tiver que cumprir
jornada de trabalho (por exemplo, tiver que “logar” em um sistema em determinada hora e ter
que ficar “logado” até certo horário), terá direito, inclusive, a eventuais horas extras, se
extrapolar o limite legal.
SALÁRIO
1- Salário Mínimo: O valor mínimo que um trabalhador pode receber, estabelecido pelo
governo. O salário mínimo nacional é atualizado periodicamente e deve ser respeitado por
todos os empregadores.
2- Piso Salarial: É o salário fixado para determinadas categorias profissionais, sobretudo por
meio de negociações dos sindicatos. Não pode ser inferior ao salário mínimo.
Forma de Pagamento
- Periodicidade: A CLT determina que o pagamento do salário deve ser realizado até o 5º dia
útil do mês subsequente ao vencido.
- Forma de pagamento: O pagamento pode ser feito em dinheiro, depósito em conta bancária,
PIX ou cheque.
Descontos
A legislação permite certos descontos no salário, como INSS, Imposto de Renda, pensão
alimentícia, entre outros. Qualquer outro desconto só pode ser feito com autorização prévia
do trabalhador.
Partes Integrantes
Salário Base: A quantia acordada entre o empregador e o empregado pelo trabalho prestado.
Comissões: Valores adicionais pagos com base nas vendas ou na performance do trabalhador.
Horas Extras: Remuneração paga ao empregado que trabalha além da jornada regular, que
deve ser acrescida de um adicional.
13. º Salário
Garantia legal do empregado receber 1/12 do salário que terá direito a receber, em dezembro,
a cada mês trabalhado durante o ano. Pode ser parcelado em 2 vezes, sendo que a última
parcela deve ser paga até, no máximo, dia 20/12.
FÉRIAS
Durante as férias, o empregado terá direito a receber sua remuneração normalmente, mais
um adicional de 1/3, calculado sobre o valor da sua remuneração.
Quando ela deve ser concedida pelo empregador: Após 12 meses de trabalho, o
empregado tem direito as férias, que podem ser concedidas nos 11 meses subsequentes.
Caso esse prazo seja extrapolado, o empregador terá que pagar ao empregado o valor dessas
férias em dobro.
Importante:
a) as férias devem ser comunicadas ao empregado com antecedência mínima de 30 dias e não
pode se iniciar em finais de semana ou feriados.
b) Elas podem ser fracionadas em até 3 períodos, desde que cada um dos períodos deve ter no
mínimo 5 dias corridos, e o empregador deve garantir que ao menos um dos períodos tenha
14 dias corridos.
c) venda das férias: O empregado só pode vender 1/3 das férias, ou seja, 10 dias.
AVISO PRÉVIO: O aviso prévio é um direito trabalhista previsto na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) que estabelece a obrigação de uma das partes (empregador ou empregado)
comunicar à outra a intenção de rescindir o contrato de trabalho. Essa comunicação deve
ocorrer em um prazo mínimo determinado pela legislação e tem como objetivo permitir que
ambas as partes se organizem para a mudança na relação de trabalho. Abaixo, estão os
principais aspectos relacionados ao aviso prévio:
Tempo de Aviso: O prazo mínimo do aviso prévio é de 30 dias para a maioria das situações.
Esse prazo pode ser proporcional ao tempo de serviço do empregado na empresa.
Proporcionalidade: Para cada ano completo de trabalho, o aviso prévio pode ser aumentado
em 3 dias, até o limite de 90 dias. Assim, um empregado com mais de 1 ano de serviço pode
ter um aviso prévio de até 90 dias.
O empregador decide rescindir o contrato sem que haja uma justificativa legal, como faltas
graves do empregado. Neste caso, o empregado terá direito a receber:
- Férias Vencidas: Pagamento de férias que já foram adquiridas pelo empregado, se houver.
-Férias Proporcionais: Proporção das férias referentes ao período trabalhado desde o último
período aquisitivo.
- 13º Salário Proporcional: Valor referente ao 13º salário proporcional ao tempo trabalhado no
ano.
- FGTS: Depósito do saldo do FGTS, com direito à multa de 40% sobre o montante acumulado.
PEDIDO DE DEMISSÃO:
- Verbas Rescisórias: As mesmas da rescisão sem justa causa por parte do empregador, exceto
o aviso prévio, que não é devido.
- Verbas Rescisórias:
- Não há aviso prévio: O empregado não tem direito ao aviso prévio e não há multa sobre o
FGTS.
DISTRATO:
- Aviso Prévio: Se o aviso prévio for cumprido, deve ser respeitado o período de 30 dias ou a
compensação equivalente.
- FGTS: O trabalhador pode sacar 80% do FGTS, e tem direito a multa de 20% sobre o valor do
FGTS.
Neste caso, o empregado pede demissão, e, na sequência, ingressa com uma Reclamação
Trabalhista, requerendo o pagamento de verbas rescisórias como se o contrato tivesse sido
rescindido sem justa causa.
Os trabalhadores que estão cumprindo o serviço militar obrigatório no Brasil têm direitos
específicos garantidos pela legislação, principalmente pela Lei do Serviço Militar (Lei nº
4.375/1964) e pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Aqui estão os principais direitos
desses trabalhadores:
A) Estabilidade no Emprego:
Nos casos onde há a prestação de serviço militar em tempo integral O contrato de trabalho do
trabalhador é suspenso durante o período em que ele estiver prestando o serviço militar. Isso
significa que, durante esse tempo, ele não receberá salário, mas o vínculo empregatício
permanece.
Isso também se aplica no caso de atrasos para ingresso ao trabalho: não pode haver descontos
no salário nem perda de qualquer benefício, desde que o atraso tenha sido ocasionado em
razão de atividades decorrentes da prestação de serviço militar obrigatório.