Este documento discute os conceitos de duração do trabalho, jornada de trabalho, horário de trabalho e descansos trabalhistas. Também aborda a natureza das normas que regulamentam a duração do trabalho e os limites legais para a jornada, incluindo especificidades para bancários.
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Sobre a regulamentação da Duração do Trabalho, explique objetivamente os
seguintes temas:
1) Diferencie: Duração de Trabalho x Jornada de Trabalho x Horário de
Trabalho x Descansos Trabalhistas: R: Ao que tange a Duração de Trabalho podemos considera-la como o gênero principal, o qual o se divide em 3 outras espécies que o compõe (Jornada de Trabalho, Horário de Trabalho e Descansos Trabalhistas), para que haja o entendimento quanto o tempo inicial e final da prestação existente entre empregado e empregador quanto a prestação de serviço, definidas no contrato de trabalho. Vale ressaltar que a definição de duração de trabalho está diretamente relacionada a espécie aos padrões determinados, sejam nas questões diárias, semanais ou mensais. Quando nos referimos a Jornada de Trabalho está vinculado ao padrão diário estabelecido para a prestação, mesmo no art. 59 CLT tendo a citação da jornada de semanal. Na jornada de trabalho estão também englobados os pontos estabelecidos com relação aos intervalos previstos em lei. É importante atentar-se na diferenciação entre Jornada de Trabalho e Horário de trabalhos, pois essa ultima está diretamente ligada ao espaço tempo de inicio e fim da jornada de trabalho, ou seja, o horário de trabalho é onde fica estabelecido o horário de entrada e saída do empregado, além do horário de inicio e terminado dos seus intervalos. Já o Descanso Trabalhista atua em conjunto com a Jornada de trabalho para a composição da Duração de trabalho, pois enquanto a Jornada de Trabalho atua como limitado de regras, o Descanso Trabalhista vem para preservar a saúde física e mental do empregado, estando ligado as normas de saúde pública. Dentro do Descanso Trabalhista existem uma subdivisão entre os tipos de descansos existentes, os quais seriam: Intervalos: são espaços de tempo curtos, essencialmente voltados a reocupação do estado físico e mental do empregado, com objetivo de evitadas doenças laborais ou possíveis acidentes. Esses intervalos podem ser intrajornadas como são os casos de pausa para alimentação, ou interjornadas como ocorre nos casos de plantonistas após 2 jornadas seguidas de trabalhos; Descanso ou Repouso Semanal Remunerado: período de 24h o qual o empregado devido de estar à disposição do empregador, o qual acontece preferencialmente aos domingos (podendo variar) e devendo ter recorrência semanal, sem que haja suspensão de pagamento de honorário referente a esse período. Os feriados também são considerados descansos, sejam feriados cívicos ou religiosos, logo esses devem ser igualmente remunerados; Férias: são os períodos de descanso por excelência, para recuperação das energias, onde o trabalhador tem a possibilidade voltar essas para sua vida pessoal, seja nos aspectos políticos ou sociais. Assim como os demais descanso as férias estão ligadas ao conceito das normas de ordem pública; da mesma forma no que se tange em relação a sua remuneração.
2) Qual é a natureza das normas que regulamentam a Duração do
Trabalho? R: Com o avanço do sistema capitalista e as longas jornadas de trabalhos que a Revolução Industrial trouxe, ocorre o surgimento das organizações sindicais e pressões sociais da classe operaria, a qual até então chegava a ter jornadas de quase dezesseis horas trabalhadas, muitas vezes sem descanso, o Estado se vê obrigado a regulamentar e limitar as diretrizes que regem as condições de trabalho, entre elas o lapso tempo dedicado a tal prestação, onde são destacadas as preocupações nos campos sociais, econômicos e biológicos. Como resultado inicia-se um equilíbrio o tempo disposto ao trabalho e o descanso necessário que o empregado esteja em tota condição para a prestação evitando assim doenças laborais ou até mesmo acidentes. Daí surgem as normas de ordem publica que regulamentam tais condição, por intermédio da CLT, onde no art. 58 regulamenta o ponto de partida quanto as bases de duração do trabalho. 3) Do que é composta a Jornada de Trabalho? R: A composição da Jornada de Trabalho está atrelada a aspectos os quais são computados para que em conjunto á consolidem, os quais são o Trabalho Efetivo, Tempo a disposição ao empregador (geral), Sobreaviso e Prontidão. 4) Diferencie: Tempo à disposição do empregador X Horas In Itinere X Prontidão x Tempo residual à disposição do empregador; Tempo disposição à empregador: não está limitado apenas ao período da prestação, mas são ao momento que o empregado inicia o seu deslocamento de sua residência (ou ponto de partida) até o seu local de trabalho e vice versa, conforme previsão do art . 58 §2º; Horas Itinere: está vinculado o tempo dedicado pelo empregado para o seu deslocamento até o local de trabalho e seu retorno, em situações de difícil acesso e não amparado por qualquer tipo de transporte público, fazendo com que tal período incorpore a jornada de trabalho; Sobreaviso: devido as necessidades dos trabalhadores ferroviários, no art. 244 da CLT, regulamenta a possibilidade da empregados a disposição em sobreaviso para situações de imprevistos. Logo o sobreaviso nada mais é do que um período de 24h onde o trabalhador em sua residência recebe 1/3 aguardando um possível chamado; Prontidão: previsto no art. 244 §3º da CLT, trata-se do período de até 12h que o trabalhador ferroviário fica aguardando as devidas orientações em campo, com remuneração de 2/3 do valor hora; Tempo residual à disposição do empregador: está relacionada aos descontos e acrescimentos vinculados a atrasos e pontos adiantados, estabelecendo o limitador de 5 minutos para ambas as situações, tanto na entrada como na saída, totalizando 10 minutos diários. 5) O controle de jornada é obrigatório? Se sim, quem é o responsável pelo referido controle e qual é a consequência pelo descumprimento de tal obrigação? Se não, aponte em quais hipóteses o controle de jornada está dispensado. R: De acordo com o art. 74 CLT, será obrigatório o registro de ponto seja ele de forma eletrônica ou mecânica, quando a empresa foi composta por mais de 20 empregados, sob as regras estabelecidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Vale ressalvar que as empresas com menos de 20 empregados não estão dispensadas. No art. 62 CLT, dispõe que estão dispensados dos registros de ponto os empregados que exercem atividades externas, desde que essas estejam descritas em seu registro; gerentes devido aos excedentes relacionados a gestão e empregados de teletrabalho. Em contrapartida esses trabalhadores não tem direito a horas extras, descansos e adicionais noturnos. 6) Existe limite legal para a jornada de trabalho? Se sim, qual é o limite? R: Como base de limitação o art. 7, XIII CF, estabelece que a jornada de trabalho deverá ter até 8 horas diárias, com um total semanal de 44 horas trabalhadas. Entretanto algumas atividades profissionais tem seus limitadores próprios de acordo com suas características. 7) Quais são as especificidades da jornada de trabalho do bancário? R: Estabelecido no art. 224 CLT, a jornada de trabalhos dos bancários está limitada a 6 horas diárias, totalizando 30 horas semanais, salvo os casos que por acordo de Convenção Coletiva se estabelecer o regramento das 8 horas diárias, excetos nos casos de caixas bancários, onde esses mesmos assim ficariam com uma jornada de 6 horas diárias trabalhadas. 8) O que são "Turnos Ininterruptos de revezamento"? Qual é o limite de jornada nessa hipótese? R: conforme o art 7, XIV CF, o trabalho poderá ter um turno de 6 horas ininterruptos desde que previsto em convenção coletiva, não podendo exceder esse em função do desgaste que tal comportamento gera, em consequência da variável de turno diurnos e noturnos, sendo tais mudança semanais, quinzenais ou mensais. 9) Qual é a consequência do trabalho prestado em sobrejornada e qual é o limite para extrapolação da jornada regular? R: De acordo com o art. 59, CLT o trabalhador tem limitação a possibilidade de extrapolar até 2 horas de sua jornada definida de trabalho, ou seja, aquele que tem jornada de 8 horas diárias podem chegar até 10 horas trabalhas e aqueles que tem jornada de 6 horas diárias podem chegar até 8 horas dias, podendo haver variações de acordo com a convenção coletiva da categoria. Por consequência de tal pratica no art. 61 ,§ 2º CLT, quando houve a necessidade de sobrejornada não poderá haver remuneração inferior aos valor normal da hora trabalhada e haverá casos onde essa deverá ser superior de 25% da hora normal, não podendo extrapolar 12 horas. 10) Diferencie: Acordo de Prorrogação de Jornada x Acordo de Compensação de Jornada. Aponte os requisitos necessários para o ajuste e qual é a consequência para inobservância de tais requisitos. R: O Acordo de Prorrogação de Jornada, está relacionado ao que foi combinado entre trabalhador e empregador quanto a extensão do período de trabalho além do limite legal, onde há a necessidade de um acrescimento mínimo de pagamento de 50% da hora norma, podendo ou não ter prazo determinado. Os seguintes requisitos devem ser respeitados: Máximo de 2 horas diárias, Acordo individual (escrito, verbal ou tácito) e é invalida a pré contratação de horas extras. Já o Acordo de Compensação de Jornada, tem relação a extensão de 2 horas a serem trabalhadas além da jornada regular, onde esse período está pré-acordado para um descanso futuro, nessa situação não há remuneração adicional. Os seguintes requisitos devem ser respeitados nesses casos: Máximo de 2 horas dias, Compensação no mesma mês (com acordo verbal, escrito ou tácito), Banco de Horas semana (acordo individual por escrito), Banco de Horas anual (acordo coletivo), Regine 12x36 (acordo individual por escrito), para domésticos basta acordo por escrito, Prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação nem do banco de horas, Admite-se a prorrogação/compensação em atividade insalubre somente se previamente autorizado pelo Ministério da Economia. 11) Há alguma proibição para a prestação de horas extras? Se sim, quais são as hipóteses? R: Haverá proibição da prestação de horas extras quando o trabalhador for contratado em regina de jornada de trabalho parcial (jornadas de 26h a 30h semanais); Aprendizes e Menos, exceto em caso de compensação ou força maior, em situações de trabalho indispensável. 12) Explique a jornada noturna. R: Definida pelo art. 73, §2º CLT, a jornada noturna é caracterizada por ser realizada entre as 22h e as 5h da manhã do dia seguinte em áreas urbanas ou das 21h as 5h da manhã do dia seguinte em lavouras ou das 20h as 4h em caso de atividades de pecuárias. Tendo em vista o desgaste iminente, a legislação ampara esse trabalhador com uma remuneração adicional noturna de pelo menos 20% em relação a hora diurna, quando realizadas horas extras esse adicional deverá ser de 50%, em caso de jornadas com mais de 6 horas deverá ter descanso minuto de 60 minutos e quando foi de 4 a 6 horas deverá será de pelo menos 15 minutos, com escalas de 12x36 horas, além dos demais direitos que os trabalhadores diurnos teriam. 13) Como é regulamentada a jornada de trabalho do empregado que realiza teletrabalho? R: estabelecida pelos art. 75-A ao 75-F, CLT, a jornada de teletrabalho deverá seguir as seguintes diretrizes: • A empresa que tem mais de 20 empregados deve manter controle de ponto; • Não apresentando tais controles, inverte-se o ônus da prova; • Cartões de ponto com marcações uniformes não têm validade; • Empregados que laboram fora do estabelecimento também devem utilizar o registro que esteja em seu poder, exceto em atividades absolutamente incompatível com o controle de horário; •É permitido o controle de ponto por exceção à jornada regular de trabalho, desde que autorizado mediante acordo individual escrito.