Trometamol Cetorolaco Bula Profissional
Trometamol Cetorolaco Bula Profissional
Trometamol Cetorolaco Bula Profissional
CETOROLACO
trometamol cetorolaco
Medicamento Genérico Lei n° 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Solução injetável 30 mg/mL. Embalagens contendo 3, 50 ou 100 ampolas de 1 mL.
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém:
trometamol cetorolaco ............................................................................................................................................................................ 30 mg
excipientes* q.s.p.......................................................................................................................................................................................1 mL
*água para injetáveis, álcool etílico, cloreto de sódio e hidróxido de sódio.
1. INDICAÇÕES
Trometamol cetorolaco está indicado para o controle, em curto prazo, da dor aguda de intensidade moderada a grave, que requeira
analgesia equivalente a um opioide, como nos pós-operatórios. Não está indicado para condições nas quais a dor é crônica.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Trometamol cetorolaco em dose única ou em múltiplas doses de 10 a 30 mg por via intramuscular ou intravenosa promove
analgesia equivalente às doses padrão de alguns opioides.1, 2 ,3
Pacientes tratados com trometamol cetorolaco apresentam uma diminuição de 25% a 50% do consumo de opioides durante as primeiras
24 a 48 horas do pós-operatório de diversos tipos de cirurgia de médio e grande porte.4, 5, 6, 7
Quando administrado por via intramuscular ou intravenosa, uma dose única de cetorolaco 30 mg foi significativamente superior ao
diclofenaco 75 mg.8
Referências Bibliográficas
1. Powell H, Smallman JM, Morgan M. Comparison of intramuscular ketorolac and morphine in pain control after laparotomy.
Anaesthesia 1990;45:538-42.
2. Eberson CP, Pacicca DM, Ehrlich MG. The role of Ketorolac in decreasing lenght of stay and narcotic zcomplications in the
postoperative pediatric orthopaedic patient. J Pediatr Orthop 1999;19(5):688-96.
3. Lieh-Lai MW, Kauffmann RE, Uy HG, et al. A randomized comparison of ketorolac tromethamine and morphine for postoperative
analgesia in critically ill children. Crit Care Med 1999;27(12):2786-91.
4. Freedland SJ, Blanco-Yarosh M, Sun JC, et al. Ketorolac-based analgesia improves outcomes for living kidney donors.
Transplantation 2002; 73(5):741-5.
5. O’Donovan S, Ferrara A, Larach S, Williamson P. Intraoperative use of Toradol facilitates outpatient hemorrhoidectomy. Dis Colon
Rectum 1994;37(8):793-9.
6. Coloma M, White PF, Huber Jr PH, et al. The effect of ketorolac on recovery after anorectal surgery: intravenous versus local
administration. Anesth Analg 2000;90:1107-10.
7. Pernice LM, Bartalucci B, Bencini L, et al. Early and late (ten years) experience with circular stapler hemorrhoidectomy. Dis Colon
Rectum 2001;44(6):836-41.
8. Morrow BC, Bunting H, Milligan KR. A comparison of diclofenac and ketorolac for postoperative analgesia fallowing day-case
artroscopy of the knee joint. Anesthesia 1993;48:585-7.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Trometamol cetorolaco é um potente analgésico da classe dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), com propriedade analgésica,
anti-inflamatória e antipirética. Inibe a síntese de prostaglandina por meio da inibição do sistema de enzima ciclo-oxigenase. Trometamol
cetorolaco é uma mistura racêmica de enantiômeros, com a forma (-)S exercendo a atividade analgésica. Este medicamento não apresenta
efeito significativo sobre o sistema nervoso central (SNC) em animais nem propriedade sedativa ou ansiolítica. Não é um opioide e não
tem efeito nos receptores opioides centrais. Não possui efeito intrínseco sobre a respiração e não exacerba a depressão respiratória
causada pelos opioides ou por sedação.
Farmacocinética
Absorção
Após a administração intramuscular em voluntários jovens e saudáveis, o cetorolaco é rápida e completamente absorvido, com um pico
médio de concentração plasmática de 2,2 – 3,0 μg/mL, ocorrendo, em média, 50 minutos após uma dose única de 30 mg.
Já com a administração intravenosa de uma dose única de 10 mg no mesmo tipo de população, o pico médio de concentração plasmática
é de 2,4 μg/mL, ocorrendo, em média, de 5,4 minutos após a administração da dose. Na infusão contínua, após uma dose inicial de 30 mg
em voluntários jovens e sadios, o pico médio de concentração plasmática ocorreu após cerca de cinco minutos e, mantendo-se infusão de
5 mg/h, mantém-se a concentração plasmática nos mesmos níveis daqueles atingidos com doses de 30 mg intramuscular a cada seis
horas.
Metabolismo
Este medicamento é amplamente metabolizado no fígado, principalmente por meio da conjugação com o ácido glicurônico e em menor
grau por p-hidroxilação.
Eliminação
A principal via de excreção do cetorolaco e seus metabólitos é renal. Aproximadamente 92% da dose administrada é encontrada na urina,
cerca de 40% como metabólitos e 60% como fármaco inalterado.
Aproximadamente outros 6% da dose são excretados nas fezes. Em média, a meia-vida plasmática terminal é de 5,3 horas, variando de
2,4 a 9,2 horas, e a depuração plasmática total é de cerca de 0,023 L/h/kg, em indivíduos jovens e saudáveis.
Insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal, a eliminação de trometamol cetorolaco está diminuída, como se percebe por meio de uma meia-
vida plasmática prolongada e a depuração plasmática total reduzida, quando comparada com adultos jovens e sadios. A taxa de
eliminação é reduzida proporcionalmente ao grau de insuficiência renal, exceto para pacientes com insuficiência renal grave, nos quais
existe maior depuração de cetorolaco que o estimado a partir do grau de insuficiência renal isolada.
Insuficiência hepática
Pacientes com insuficiência hepática não apresentam alterações clínicas importantes na farmacocinética de trometamol cetorolaco, apesar
de haver aumento estatisticamente significativo do tmáx e da meia-vida terminal, em comparação com voluntários adultos jovens e
sadios.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Trometamol cetorolaco, assim como os outros AINEs, é contraindicado a pacientes com história de sangramento ou perfuração
gastrintestinal ou de úlcera péptica ou hemorragia digestiva recorrente (dois ou mais episódios distintos e comprovados de ulceração ou
sangramento).
Assim como nos outros AINEs, trometamol cetorolaco é contraindicado a pacientes com insuficiência cardíaca severa.
Trometamol cetorolaco é contraindicado a pacientes com insuficiência renal moderada ou grave (creatinina sérica > 442 μmol/L) ou a
pacientes sob-risco de falência renal causada pela redução da volemia ou desidratação, pois pode ocorrer toxicidade renal.
Trometamol cetorolaco também é contraindicado durante o trabalho de parto e o parto, por causa do seu efeito inibidor da síntese de
prostaglandinas, o que pode afetar adversamente a circulação fetal e inibir as contrações uterinas, aumentando assim o risco de
hemorragia uterina.
Trometamol cetorolaco é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao cetorolaco ou outros AINEs e a pacientes nos quais o
ácido acetilsalicílico ou outros inibidores da síntese de prostaglandina induzem reações alérgicas (reações do tipo anafiláticas graves
foram observadas nesses pacientes).
Trometamol cetorolaco está contraindicado como analgesia profilática em grandes cirurgias, por causa da inibição da agregação
plaquetária, e no intraoperatório, por causa do aumento do risco de sangramento. Trometamol cetorolaco inibe a função plaquetária e, por
isso, é contraindicado a pacientes com sangramento cerebrovascular suspeito ou comprovado, a pacientes submetidos a cirurgias com alto
risco de hemorragia ou hemostasia incompleta e àqueles sob-risco de sangramento.
Trometamol cetorolaco é contraindicado a pacientes que usam ácido acetilsalicílico ou outros AINEs.
Trometamol cetorolaco não deve ser usado para administração neuroaxial (epidural ou espinhal), por causa do seu componente alcoólico.
As associações entre trometamol cetorolaco e oxipenfilina e entre trometamol cetorolaco e probenecida são contraindicadas (vide item
Interações medicamentosas).
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
O uso concomitante de trometamol cetorolaco com outros AINEs, incluindo os inibidores seletivos de ciclo-oxigenase-2, deve ser
evitado.
Para minimizar os eventos indesejáveis, deve-se utilizar a menor dose e o menor tempo de tratamento necessário para o controle dos
sintomas.
Efeitos hematológicos: trometamol cetorolaco inibe a agregação plaquetária, reduz as concentrações de tromboxano e prolonga o tempo
de sangramento. Diferentemente dos efeitos prolongados do ácido acetilsalicílico, a função plaquetária volta ao normal dentro de 24 a 48
horas depois que trometamol cetorolaco é descontinuado. Deve-se ter muito cuidado no uso de trometamol cetorolaco em pacientes com
distúrbios de coagulação. Esses pacientes devem ser monitorados rigorosamente. Apesar dos estudos não indicarem uma interação
significativa entre trometamol cetorolaco e varfarina ou heparina, o uso concomitante de trometamol cetorolaco com terapias que afetam
a hemostasia, incluindo doses terapêuticas de anticoagulantes (varfarina), baixa dose profilática de heparina (2.500 – 5.000 unidades a
cada 12 horas) e dextran, pode estar associado com aumento do risco de sangramento. A administração de trometamol cetorolaco a esses
pacientes deve ser feita com extremo cuidado, e esses pacientes devem ser monitorados cuidadosamente.
Na experiência pós-comercialização, foram relatados hematomas e outros sinais de hemorragia da cicatriz cirúrgica em associação ao uso
perioperatório de trometamol cetorolaco. Os médicos devem estar cientes do risco potencial de sangramento quando a hemostasia é
crítica, em casos como ressecção de próstata, amidalectomias ou em cirurgias cosméticas.
Pacientes idosos: têm mais riscos de apresentar efeitos indesejáveis que pacientes jovens. Esse risco relacionado à idade é comum a
todos os medicamentos e a todos os AINEs. Comparados a adultos jovens, nos idosos trometamol cetorolaco apresenta uma meia-vida
plasmática maior, e o clearance plasmático pode estar reduzido. Recomenda-se a menor dose possível nesses pacientes.
Retenção hídrica e edema: foram relatados retenção hídrica, hipertensão e edema com o uso de trometamol cetorolaco e, portanto, deve
ser usado com cuidado em pacientes com descompensação cardíaca ou hipertensão ou condições similares.
Reações cutâneas: reações cutâneas graves, algumas delas fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson e
necrólise epidérmica tóxica, foram relatadas muito raramente em associação com o uso de AINEs. Os pacientes estão mais expostos a
essas reações no início do tratamento. Trometamol cetorolaco deve ser descontinuado ao primeiro aparecimento de erupção cutânea,
lesão nas mucosas ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade.
Ulceração gastrintestinal, sangramento e perfuração: sangramentos gastrintestinais, ulcerações ou perfurações podem ser fatais em
pacientes tratados com todos AINEs, incluindo trometamol cetorolaco, a qualquer tempo do tratamento, com ou sem sintomas de alerta
ou história pregressa de eventos gastrintestinais graves. Pacientes idosos apresentam maior frequência de eventos adversos,
principalmente sangramentos e perfurações gastrintestinais, podendo ser fatais. Pacientes debilitados têm menor tolerância a ulcerações e
sangramentos que os demais pacientes. A história pregressa de doença ulcerativa péptica aumenta a possibilidade do desenvolvimento de
complicações gastrintestinais durante a terapia com trometamol cetorolaco.
A maioria dos eventos gastrintestinais fatais associados a anti-inflamatórios não esteroides ocorreu em pacientes debilitados e/ou idosos.
Quanto maior a dose de AINEs, incluindo trometamol cetorolaco, maior o risco de ocorrer sangramento gastrintestinal, perfuração ou
ulcerações, principalmente em pacientes com úlceras complicadas com hemorragias ou perfurações e em idosos com dose diária média
superior a 60 mg/dia.
O risco de ocorrer sangramento gastrintestinal clinicamente importante é dose dependente. Os pacientes devem iniciar o tratamento com a
menor dose possível. Para esses pacientes e para os pacientes que fazem uso de medicamentos que aumentem o risco de problemas
gastrintestinais (por exemplo: ácido acetilsalicílico), deve ser considerada a terapia associada com agentes protetores da mucosa gástrica
(por exemplo: misoprostol ou inibidores da bomba de prótons).
Os AINEs devem ser administrados com cautela a pacientes com doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa, doença de Crohn),
uma vez que pode ocorrer exacerbação dessas doenças. Pacientes com histórico de toxicidade gastrintestinal, particularmente quando
idosos, devem relatar qualquer sintoma abdominal incomum (especialmente sangramento gastrintestinal). Na presença de sangramentos
ou perfurações gastrintestinais, o tratamento com trometamol cetorolaco deve ser suspenso.
Pacientes que recebem tratamentos concomitantes que aumentem o risco de ulcerações ou sangramento, como corticoides orais,
anticoagulantes (por exemplo: varfarina), inibidores seletivos da recaptação de serotonina ou agentes antiplaquetários (por exemplo:
ácido acetilsalicílico) devem ter cautela (vide item Interações medicamentosas).
Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares: foram relatados retenção hídrica, hipertensão e edema durante a terapia com AINEs em
pacientes com histórico de hipertensão e/ou insuficiência cardíaca congestiva de leve a moderada.
Estudos clínicos e dados epidemiológicos sugerem que o uso de coxibes e alguns AINEs (principalmente em altas doses) pode estar
associado a pequeno aumento do risco de eventos trombóticos arteriais (por exemplo: infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral),
principalmente em altas doses. Apesar do cetorolaco não ter aumentado os eventos trombóticos, como infarto do miocárdio, não há dados
suficientes para excluir esse risco.
Pacientes com pressão não controlada, insuficiência cardíaca congestiva, doença arterial coronariana, doença arterial periférica e/ou
distúrbio cerebrovascular só devem ser tratados com trometamol cetorolaco após avaliação cuidadosa. Deve-se avaliar criteriosamente o
uso do medicamento em pacientes com fatores de risco para doenças cardiovasculares (por exemplo: hipertensão, hiperlipidemia,
diabetes mellitus e tabagismo).
Efeito renal: como outros AINEs, trometamol cetorolaco deve ser usado com cautela em paciente com insuficiência renal ou história de
doença renal por ser um inibidor potencial da síntese de prostaglandina. Pode ocorrer toxicidade renal com trometamol cetorolaco e com
outros AINEs em pacientes com redução da volemia ou outra condição que diminua o fluxo sanguíneo renal, situações nas quais as
Efeitos anafiláticos: ocorrem principalmente, mas não exclusivamente, em pacientes com história de hipersensibilidade ao ácido
acetilsalicílico, outros AINEs ou trometamol cetorolaco e incluem, mas não estão limitados a: anafilaxia, broncoespasmo, rubor, erupção
cutânea, hipotensão, edema laríngeo e angioedema.
Trometamol, cetorolaco deve ser usado com cautela em pacientes com história de asma e com síndrome completa ou parcial de pólipo
nasal, angioedema e broncoespasmo.
Insuficiência renal: uma vez que trometamol cetorolaco e seus metabólitos são excretados basicamente pelos rins, em pacientes com
clearance de creatinina reduzido, ocorrerá diminuição da depuração do fármaco. Trometamol cetorolaco é contraindicado em casos de
insuficiência renal moderada ou grave (creatinina sérica > 442 μmol/L) e deve ser usado com cautela em casos de insuficiência renal leve
(creatinina sérica 170 – 442 μmol/L). Esses pacientes devem receber uma dose reduzida à metade (não excedendo 45 mg/dia).
Trometamol cetorolaco não é significativamente dialisável.
Nas crianças (≥ 2 anos) que receberem dose única IV de cetorolaco (0,5 a 0,6 mg/kg): o volume de distribuição e os valores de
depuração foram maiores que as dos adultos, provavelmente por causa do maior volume líquido corporal e/ou menor ligação proteica em
crianças. Os valores da meia-vida de eliminação do cetorolaco foram semelhantes.
Gestação e lactação
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Trometamol cetorolaco deve ser usado durante a gestação e lactação somente se o benefício potencial justificar o potencial risco para o
feto (vide itens Farmacocinética e Contraindicações).
O prolongamento do período de gestação e/ou atraso no parto foram observados em ratos.
Teratogenicidade: não houve evidência de teratogenicidade em ratos ou coelhos estudados em doses tóxicas de trometamol cetorolaco
para as mães.
Fertilidade: o uso de trometamol cetorolaco, assim como de qualquer medicamento inibidor da ciclo-oxigenase e da síntese de
prostaglandinas, pode prejudicar a fertilidade e não é recomendado a mulheres que estejam tentando engravidar. A retirada de trometamol
cetorolaco deve ser considerada em mulheres com dificuldade em engravidar ou que estejam em investigação de infertilidade.
Até o momento, não há informações de que trometamol cetorolaco possa causar doping.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Os AINEs podem potencializar o efeito de anticoagulantes, como a varfarina (vide item Advertências e Precauções).
Há aumento do risco de sangramento gastrintestinal quando agentes antiplaquetários ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina
são combinados com AINEs.
Em pacientes em uso de ácido acetilsalicílico ou outros AINEs, o risco de reações adversas graves relacionadas aos AINEs pode estar
aumentado.
Quando trometamol cetorolaco é administrado concomitantemente à oxpentofilina, ocorre aumento da tendência de sangramento (vide
item Contraindicações).
O tratamento concomitante com probenecida é contraindicado devido à diminuição da depuração plasmática e do volume de distribuição
de trometamol cetorolaco, com consequentes aumentos da concentração plasmática e na meia-vida do medicamento (vide item
Contraindicações).
A inibição da depuração renal do lítio, levando ao aumento de sua concentração plasmática, tem sido relatada com alguns medicamentos
inibidores da síntese de prostaglandina. Existem relatos de aumento da concentração plasmática de lítio durante a terapia com trometamol
cetorolaco.
Trometamol cetorolaco não altera a ligação proteica da digoxina. Estudos in vitro indicam que, em concentrações terapêuticas de
salicilato (300 mg/mL), a ligação de trometamol cetorolaco foi reduzida em, aproximadamente, 99,2% a 97,5%, representando aumento
potencial na concentração plasmática deste medicamento livre em duas vezes. As concentrações terapêuticas de digoxina, varfarina,
ibuprofeno, naproxeno, piroxicam, acetaminofeno, fenitoína e tolbutamida não alteram a ligação proteica de trometamol cetorolaco.
Trometamol cetorolaco reduziu a resposta diurética da furosemida em indivíduos sadios e normovolêmicos em aproximadamente 20%.
Portanto, deve-se ter cuidado especial em pacientes com descompensação cardíaca.
Os AINEs podem reduzir o efeito de diuréticos e anti-hipertensivos. O risco de insuficiência renal aguda, geralmente reversível, pode
aumentar em alguns pacientes com comprometimento da função renal (por exemplo: pacientes desidratados e idosos), quando inibidores
da ECA e/ou antagonistas de angiotensina II são combinados com AINEs. No entanto, a combinação deve ser administrada com cautela,
especialmente em idosos. A dose nesses pacientes deve ser adequadamente ajustada. A função renal deve ser avaliada após o início da
terapia combinada e, a partir desse momento, monitorada periodicamente.
Demonstrou-se que trometamol cetorolaco reduz a necessidade de analgesia concomitante com opioide quando é utilizado para o alívio
da dor pós-operatória.
Abuso / dependência: trometamol cetorolaco é isento de potencial de dependência. Não foram observados sintomas de abstinência após
sua descontinuação abrupta.
Deve-se corrigir a hipovolemia antes da administração de trometamol cetorolaco assim como de outros AINEs, pois esses medicamentos
só devem ser utilizados em pacientes com volemia e balanço eletrolítico adequados.
Observações especiais
Posologia
A dosagem deve ser ajustada de acordo com a gravidade da dor e da resposta do paciente. Deve ser administrada a menor dose eficaz.
Pode-se suplementar essa dosagem com baixas doses de opioides, conforme a necessidade, a não ser que haja contraindicação. Quando
utilizado em associação com trometamol cetorolaco, a dose diária de opioide é geralmente menor que a normalmente necessária.
Duração do tratamento
Em adultos e crianças, a duração máxima de doses múltiplas de trometamol cetorolaco IM ou IV em bolus não deve exceder dois dias,
por causa da possibilidade de aumento de eventos adversos com o uso prolongado. A duração máxima para uso de trometamol cetorolaco
em infusão IV em adultos não deve exceder 24 horas.
Observações especiais
Incompatibilidades
Trometamol cetorolaco não deve ser misturado em pequeno volume (por exemplo, em uma seringa) com sulfato de morfina, cloridrato de
petidina, cloridrato de prometazina ou cloridrato de hidroxizina, uma vez que ocorrerá precipitação do medicamento.
Trometamol cetorolaco é compatível com solução de cloreto de sódio 0,9% (soro fisiológico), dextrose (soro glicosado) 5%, Ringer,
Ringer-Lactato ou solução Plasmalyte quando misturados nas soluções IV que contêm garrafas ou bolsas-padrão de administração, este é
compatível com aminofilina, cloridrato de lidocaína, sulfato de morfina, cloridrato de epiridina, cloridrato de dopamina, insulina regular
humana e heparina sódica. A compatibilidade com outros medicamentos é desconhecida.
Segure a ampola com o ponto de corte marcado no gargalo voltado para sua direção e quebre no sentido oposto (ver ilustração abaixo).
9. REAÇÕES ADVERSAS
Distúrbios do trato Gastrintestinal: os eventos adversos mais comumente observados são os gastrintestinais. Úlceras pépticas ou não,
perfuração ou sangramento gastrintestinal, algumas vezes fatais, podem ocorrer principalmente em idosos. Dor / desconforto abdominal,
anorexia, obstipação, diarreia, dispepsia, eructação, flatulência, plenitude, gastrite, sangramento gastrintestinal, hematêmese, náusea,
esofagite, pancreatite, ulceração / perfuração gastrintestinal, estomatite, estomatite ulcerativa, vômito, boca seca, sangramento retal,
melena, exacerbação de colite ou doença de Crohn foram relatados durante a administração.
Distúrbios do sistema imunológico: anafilaxia, reações anafilactoides, reações anafilactoides como anafilaxia, pode ter resultado fatal,
reações de hipersensibilidade como broncoespasmo, rubor, erupção cutânea, hipotensão e edema laríngeo.
Distúrbios psiquiátricos: pensamentos anormais, depressão, insônia, ansiedade, nervosismo, reações psicóticas, sonhos anormais,
alucinações, euforia, dificuldade de concentração e sonolência.
Distúrbios no sistema nervoso central: cefaleia, hipercinesia, parestesia, tontura, convulsões e paladar anormal.
Distúrbios no trato urinário e rins: insuficiência renal aguda, aumento da frequência urinária, nefrite intersticial, síndrome nefrótica,
retenção urinária, oligúria, síndrome hemolítico urêmica, dor em flanco (com ou sem hematúria). Como as outras drogas que inibem a
síntese de prostaglandina renal, hipercalemia, hiponatremia, elevação da ureia e da creatinina sérica.
Assim como outras drogas que inibem a síntese de prostaglandinas renais, podem ocorrer, após uma dose de trometamol cetorolaco,
sinais de insuficiência renal, como elevação de creatinina e potássio, dentre outros.
Distúrbios no sistema vascular: hipertensão, hipotensão, hematoma, rubor, palidez e hemorragia pós-operatória.
Dados de estudos clínicos e epidemiológicos sugerem que o uso de coxibe e alguns AINHs (particularmente em altas doses) podem estar
associados a um pequeno aumento dos riscos de eventos trombóticos arteriais (por exemplo: infarto do miocárdio ou acidente vascular
cerebral). No entanto, não foi demonstrado aumento nos eventos trombóticos, como infarto do miocárdio, com cetorolaco, mas não há
dados suficientes para excluir o risco.
Distúrbios na pele e tecidos subcutâneos: dermatite esfoliativa, erupção maculopapular, prurido, urticária, púrpura, angioedema,
sudorese, reações bolhosas, incluindo síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (muito rara).
Distúrbios gerais e no local de administração: sede excessiva, astenia, edema, reações no local da aplicação da injeção, febre e dor
torácica.
Exames: tempo de sangramento aumentado, aumento da ureia sérica, aumento da creatinina, testes de função hepática anormais.
Na experiência pós-comercialização, hematomas pós-operatórios e outros sinais de sangramento em feridas foram relatados em
associação com uso de trometamol cetorolaco.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
10. SUPERDOSE
Superdosagem isolada de trometamol cetorolaco tem sido associada a dor abdominal, náusea, vômito, hiperventilação, úlcera péptica e/ou
gastrite erosiva e insuficiência renal, que se resolveram após a descontinuação do medicamento.
Também podem ocorrer sangramentos gastrintestinais. Raramente, observam-se hipertensão arterial, insuficiência renal aguda, depressão
respiratória e coma associados ao uso de AINEs.
Reações anafilactoides foram relatadas com ingestão de AINEs em dose terapêutica e podem ocorrer com superdosagem.
Tratamento: pacientes devem ser tratados de acordo com os sintomas apresentados e de acordo com o manejo de intoxicação por
AINEs. Não há antídotos específicos. A diálise não retira quantidades significativas do cetorolaco da corrente sanguínea.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Registrado por:
Blau Farmacêutica S.A.
CNPJ 58.430.828/0001-60
Rodovia Raposo Tavares Km 30,5 n° 2833 - Prédio 100
CEP 06705-030 – Cotia – SP
Indústria Brasileira
www.blau.com.br
Fabricado por:
Blau Farmacêutica S.A.
CNPJ 58.430.828/0013-01
Rua Adherbal Stresser, 84.
CEP 05566-000 – São Paulo – SP
Indústria Brasileira
7002813-00
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
10459 –
GENÉRICO –
Inclusão
01/12/2017 - - - - - Todos VPS Todas
Inicial de
Texto de Bula
– RDC 60/12