Lucca

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Nome: Lucile Alexander Hohenheim II

Raça: Humana
Sub raça: Sarabana
Idade: 19 anos
Classe: Rogue/Assassin
Junção: Terra
Divindade: Wuornos

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Aparência física

Cabelo loiro claro, longo e bem cuidado. Olhos verde claros e pele clara sem marcas de
ferimentos ou trabalho. Maquiagem leve nos olhos e lábios.

1,65m de altura, curvas leves e franzina, geralmente em postura levemente curvada.


Nenhuma arma aparente.

História:

- Clive e Emile –

Era uma noite de neve branda no País da Neve, a natureza brindava as pessoas com seus
sons noturnos quase nulos e poucas pessoas andavam pelas ruas. Mas não na mansão da
família Alexander, onde o som de quatro grupos de bardos enchia o ar com músicas
completamente diferentes ao mesmo tempo, causando um barulho que seria insuportável.
Porém os jovens que participavam da grande festa estavam bem mais bêbados e drogados
que os próprios bardos, o que era realmente assustador, e ninguém parecia se importar ou
mesmo notar que alguma música estava sendo tocada.

O Sr e Sra Alexander haviam viajado a negócios por algumas semanas e isso significava
que seus dois filhos mais velhos, Clive e Emile II tinham a casa só para eles e para seus
amigos ricos e fúteis se drogarem, beberem e transarem em suas famosas festas onde
diziam que tudo acontecia. Os líderes da família, Excelitas honrados e bondosos que
mantinham uma imagem impecável, nunca desconfiaram, mesmo porque os empregados
eram bem pagos pelos dois jovens a fecharem o bico, coisas que faziam também pelo medo
dos dois jovens de índole agressiva e duvidosa.

Mas os dois não eram os únicos filhos do casal nobre e, naquela festa, sempre andando
atrás dos irmãos, estava a pequena Lucile II, de apenas 14 anos, lindos cabelos loiros bem
escovados e um vestido completamente deslocado daquela orgia de bêbados. Idolatrava os
irmãos mais velhos e sempre os seguia, não entendendo muito bem muitas das coisas que
faziam, mas sempre os acompanhando. Ninguém ousava tocá-la, pois temiam o que Clive e
Emile acabariam fazendo se alguém tocasse sua irmã. Lucile ouvia todo aquele barulho da
festa, segurando o vestido dobrado e já bem alcoolizada e sob efeito de alguma outra coisa
a mais que não fazia idéia do que era, mas alguém havia oferecido e tinha uma cor
interessante. Obviamente não fazia idéia de onde estava também e apenas andava, sorrindo
boba e balançando a cabeça em algum ritmo diferente de todas as músicas tocadas, como se
estivesse em outro mundo, quando alguns amigos dos irmãos apareceram dizendo que
estava tudo preparado.

Não importava muito para a garota do que se tratava, se os irmãos iam, devia ser divertido
e, afinal, eles eram podres de ricos e podiam fazer qualquer coisa sem serem punidos.
Saíram da mansão, passando por muitos jovens se divertindo das mais diferentes formas
possíveis e se dirigiram para uma casa menor, há algumas centenas de metros da mansão,
atravessando seu enorme jardim, também forrado de jovens drogados. A casa pertencia a
uma família de empregados que já estava com os Alexander há anos, o bastante para terem
sua própria casa no terreno da mansão. Pouco antes de chegarem, a porta se abriu e um
homem com uma barba longa tentou dizer algo, um pouco assustado com o grupo de jovens
vindo até sua casa, se pondo na frente da porta mas logo recuando ao ver que Clive sacara
uma faca e apontara para seu peito. Lucile não entendia ainda muito bem nada do que
ocorria e, aparentemente era invisível aos outros do grupo que não pareciam ligar para ela.
Dentro da casa estava uma mulher quase da idade de sua mãe e três meninas pouco mais
novas que ela, todas gritaram ao ver o homem ser empurrado para dentro e a porta ser
fechada após o grupo entrar.

Lucile assistiu tudo em um canto, encostada na parede, pouco a pouco percebendo o que
estava acontecendo. Garotos ricos como aqueles podiam ter de tudo, quase tudo e,
obviamente, desejavam esse quase que não podiam ter. A série de estupros, torturas e
espancamentos que seguiram era demais para descrever, a crueldade com que aquela
família foi tratada foi descoberta por poucos, mas ficou gravada na mente de todos esses.
Talvez pelo efeito das drogas ou mesmo porque todos os seus “amigos” estavam fazendo,
Lucile chegou a participar das torturas, principalmente com as crianças, já que tinha certo
receio de ser atacada pelos adultos. Depois de algumas horas, seus irmãos mandaram ela
para casa, parecendo um tanto com medo, talvez percebendo o que haviam feito e temendo
o que poderia ser feito deles agora. Lucile correu mas acabou vomitando no jardim e
apagando ali mesmo enquanto Clive começava a mandar as pessoas embora e seus amigos
a limpar a bagunça que haviam feito na pequena casa.

- Anne –

Lucca acordou no segundo andar de uma pequena taverna chamada Snowman, próxima ao
mar ainda no País da Neve. Sonhara com o dia em que fora expulsa de casa, perdendo todos
seus títulos nobres e posses, sendo culpada do massacre que participara de uma família
inocente que encobria os maus atos dos irmãos e dela própria também, pois não era
inocente. Fechou os punhos com raiva dos irmãos, que fizeram de tudo para culpa-la, não
entendendo ainda como fizeram para parecer que uma menina de 14 anos, franzina e
encurvada, conseguisse matar um velho e uma adulta com tanta crueldade. Tudo bem que
ela sempre fora a estranha da família, alguns até mesmo chegando a achar que tivesse
algum problema mental, principalmente os irmãos, mas esses devem ter forjado a cena do
massacre a um ponto que a culpa caíra em Lucile e para proteção do nome e tradição da
família, a mesma fora exilada em vez de internada ou morta. A família dizia que estava
estudando magia em uma cidade distante e, quatro anos depois, provavelmente não
pensavam na menina antissocial que seria a terceira na cadeia de sucessão para herdar toda
fortuna da família Alexander.

Levantou e lavou seu rosto, lembrou-se de como ficou perdida no seu primeiro ano vivendo
na rua. Sempre tivera pessoas para lhe fazer tudo e provavelmente teria morrido não tivesse
encontrado, ou melhor, sido encontrada por Anne, uma mulher que devia ter o dobro de sua
idade e que era dona da taverna Snowman. A vida de taverneira era na verdade uma
fachada para esconder a real ocupação de Anne, que trabalhava diretamente para o reino do
País da Neve, como espiã e assassina, eliminando alvos que fossem contra o reinado e
também grandes traficantes, assassinos e escravistas, geralmente pessoas ruins e que
mereciam morrer. Talvez como a própria Lucile achava merecer.

Agora ela se chamava Lucca e era aprendiz de Anne, que viu seu potencial desde que a
achara roubando comida na cidade. Já aprendera muito mas nunca havia realmente
participado de algo grande. Estava muito ansiosa, pois aquela era a noite em que
acompanharia Anne na eliminação de um grande nobre que ameaçava o reinado com uma
nova forma de governo em que ele próprio tomaria o poder. Havia muitos outros poderosos
que apoiariam esse nobre caso o golpe ocorresse, mas que desistiriam com medo se algo
acontecesse ao alvo e essa era a idéia. Invadiriam a mansão em sua primeira missão de
verdade. Ela deveria apenas acompanhar e auxiliar Anne, mas mesmo assim era
empolgante.

Lucca também aprendera com Anne sobre Wuornos, deusa que a assassina seguia e a quem
entregava cada uma de suas mortes, enviando as almas dos mesmos para serem julgadas
pela deusa. A garota via isso como uma forma de buscar alguma redenção pelo massacre
dos inocentes que participara quando pequena, enviando pessoas más o bastante para serem
julgadas e talvez com isso expiar o seu pecado que guardava para si. Talvez não fosse o
bastante, ou mesmo o necessário, mas era o que cria e o que buscava agora. Nem ao menos
por um momento pensava em vingança contra os irmãos, pois se achava tão culpada quanto
eles, por não ter tentado impedir o massacre e acima de tudo por ter participado.

Limpou isso da mente pouco antes de Anne entrar no quarto e mandar que se arrumasse,
partindo alguns minutos depois em direção a noite de neve branda que caía na cidade. A
segurança da mansão era fraca e não chegou a notar as duas, que entraram facilmente.
Estava fácil demais e logo descobriram o porquê, ao encontrarem vários guardas no quarto
do nobre e serem rendidas. Aparentemente o golpe vinha de alguém do próprio conselho do
reino que, junto ao nobre, pretendiam culpar o reinado como mandante da tentativa de
assassinato, desmascarando uma assassina oficial a trabalho do reino. Mesmo encurraladas,
Anne conseguiu criar uma brecha para que Lucca fugisse, quase a arremessando pela janela
e lutando contra os guardas sem dar muita chance de Lucca fazer algo contra isso. A única
coisa que pôde fazer foi correr enquanto besteiros tentavam acertá-la na noite escura.

Lucile sabia que devia desaparecer pois seria um alvo, embora sua palavra não valesse nada
e o alvo principal tinha sido pego, porém ainda voltou a cidade, disfarçada e viu quando
soldados do próprio reino levaram sua mestra para um tablado alto e colocaram uma corda
em volta de seu pescoço. Aparentemente ela seria morta como uma assassina comum pelo
atentado ao nobre, até que o mesmo conseguisse provar que ela era enviada do próprio
reino. Talvez tivesse feito um acordo com o mesmo, aquilo realmente não importava para
Lucca no momento. Pouco antes de fazer alguma besteira que só a colocaria ao lado da
mestra no enforcamento, seus olhos cruzaram com os de Anne e ela pôde ver a mensagem
clara de que desse o fora dali, sendo exatamente o que fez, antes mesmo de ver o que
causara um suspiro alto da multidão, um cadafalso abrindo e um barulho de corda
esticando.

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