Brienne
Brienne
Brienne
[b]Raça:[/b] Humana
[b]Subraça:[/b] Saki
[b]Junção:[/b] Vento
[b]Idade:[/b] 22 anos
[b]Classe:[/b] Clériga/Algoz
[b]Alinhamento:[/b] Leal e Má
[b]Divindade:[/b] Syl
[b]Aparência Física:[/b]
Possui cabelos prateados de cor não natural, longos, bem cuidados e adornados por tranças e
prendedores de aço negro. Seus olhos levemente puxados são negros e profundos, com pouca
diferenciação da íris. Tem 1,70m de altura, com músculos pequenos e torneados, curvas acentuadas,
além de cicatrizes de combate e marcas de chicote nas costas. Usa uma capa com o símbolo de Syl,
uma máscara com uma lágrima caindo de um dos olhos, mesmo símbolo visto no broche de prata que
segura a capa. Traz uma espada bastarda embainhada nas costas e um escudo por cima da mesma.
[b]História:[/b]
Brienne nasceu em uma vila no Pais da Chama, próxima a fronteira. Filha de Himura Nanakase, um
andarilho saki, e Layla Arieh, uma artesã que comerciava com o povo do deserto, vivia também com
sua meio irmã por parte de mãe, Prim, três anos mais velha, quase inseparáveis e se considerando
irmãs de verdade. A infância foi tranqüila mesmo com disputas entre tribos onde seu pai ganhara
respeito dos bárbaros devido sua presteza como espadachim. As duas brincavam com as outras
crianças e aprendiam a ser futuras esposas, além de receber ensinamentos de um sacerdote de
Excellius que vivia na aldeia, divindade rara entre os povos chamanos. Algo que mais gostavam eram
suas brincadeiras com o pai de Brienne, que criava Prim como sua filha, onde ensaiavam lutas com
espadas de madeira, uma brincadeira que as duas levavam a sério, tentando aprender a se defender
como os homens da tribo sem deixar que percebessem sua seriedade em meio a sociedade machista
da tribo. Se o pai percebia que aquilo era mais que uma brincadeira para as meninas, nada
demonstrava.
No dia em que sua vida mudou ambas irmãs estavam afastadas da vila, treinando sozinhas com suas
espadas de madeira. Brienne tinha 7 anos completos e sempre era subjulgada pela irmã maior e mais
forte, embora Prim sempre a ajudasse e incentivasse a tentar novamente. Foi justamente quando
começava a emburrar por perder de novo que viu algo se aproximando no horizonte. Um grande
grupo de homens se aproximava lentamente da aldeia e as duas correram o mais rápido que
conseguiam para alertar seu povo. Encontraram os homens já preparados para defender a aldeia e
foram levadas para casa, onde Brienne chorava muito pelo medo que sentia, sendo amparada por sua
mãe e irmã mais velha.
A batalha foi longa e seu povo derrotado, quando foi arrastada para fora de casa pelos invasores, viu
homens sendo executados como animais e mulheres sendo violentadas pelas ruas. Gritou, correndo
para longe assustada, soltando-se da mão de sua irmã, quando sua mãe foi levada e estuprada no
meio da aldeia por diversos homens que a tratavam como lixo, a matando em seguida com um preciso
golpe de marreta que esmagou aquele rosto doce que amava. Encolhida de medo e com as lágrimas
embaçando sua visão ela percebeu que os homens jogavam as crianças em carroças e não conseguia
ver sua irmã. Queria ficar ao lado dela, mas tinha muito medo de se mover e sair de onde
aparentemente ninguém a via. E assim ficou, mesmo quando as chamas começaram a lamber as casas
da aldeia, saindo do esconderijo apenas quando o fogo a alcançou, correndo e abraçando o corpo
decapitado de sua mãe, com os olhos já secos sem lágrimas na fumaça que se erguia da aldeia,
gritando pelo nome da irmã. Ficou abraçada ao cadáver de sua mãe por um longo tempo, se sentindo
a pessoa mais solitária do mundo até que levantou-se, olhou mais uma vez seu lar destruído e, sem
ter mais o que perder, pegou sua espada de madeira e começou a seguir o rastro das pesadas rodas
das carroças que levaram seus amigos e sua querida irmã, sem saber realmente o que faria.
A acólita Brienne acordou novamente com as lembranças do passado vivas na mente. A lembrança
das perdas e sofrimento que enfrentou ainda muito nova, provação da Deusa que a tornara forte, que
despertara em si o desejo mais poderoso que já sentira, aquele que lhe dava forças e que a levou até a
Deusa. O desejo por vingança se tornava mais forte a cada noite em que revivia o sofrimento daquela
criança que fora, a menina indefesa com a espada de madeira que teria morrido seguindo um rastro
no deserto.
Acariciou o rosto de uma das acólitas que repousava ao seu lado e sentou-se na cama macia onde
dormia no Templo da Escuridão. As lembranças eram mais claras, como sempre após o sonho de sua
infância: a sede e o calor, ser encontrada desidratada e com a pele vermelha por uma sacerdotisa,
fraca mas sem soltar o pedaço de madeira em sua mão. Ela foi levada como que escolhida pela
própria Deusa que colocou a sacerdotisa Taiane em seu caminho que, vendo sua determinação
mesmo após o grande sofrimento que a criança sentira, a levou até Charizard e cuidou da menina até
que se recuperasse.
Brienne não tinha força de vontade para nada e só perguntava pela irmã. A sacerdotisa a informou
que as crianças seriam vendidas como escravos na cidade em que estavam e ela havia posto um de
seus companheiros para procurar por ****. Lembrou que dias depois recebeu a noticia pelo próprio
homem de capuz negro enviado pela sacerdotisa de que a caravana não havia chegado em Charizard.
Nunca mais teve notícias da irmã e, anos depois, deixou de procurar, tendo a certeza de que Prim
estava morta, o que só inflamou ainda mais seu desejo por vingança. Taiane disse que voltaria logo
para o arquipélago, onde vivia no templo da cidade do Lago de Prata e que tentaria encontrar pistas
sobre a tribo que destruira sua aldeia, desde que ela a acompanhasse até o templo e vivesse com ela
sob o véu da Deusa. Brienne sorriu lembrando de como aceitou prontamente e não lembrou-se
realmente porque fez isso. Medo talvez ou a falta de esperança de sobreviver sem a ajuda da
sacerdotisa, talvez o sentimento de vingança para que descobrisse a localização dos que mataram sua
família e fazê-los pagar. Provavelmente ambos, como parte do chamado da Deusa.
Enquanto vestia sua roupa acolchoada e começava a montar a armadura ela lembrou de como aos 10
anos de idade chegou ao Lago de Prata e começou a ser treinada nos ensinamentos da Dama da
Escuridão, a fé crescendo a cada flagelo em seu corpo que lembrava o sofrimento de seu povo, a cada
oração que lhe dava esperança para completar sua vingança, a cada golpe de espada que lhe fazia ver
sua força se desenvolvendo, a cada conhecimento sobre a dor e o prazer que usaria para punir os
vermes que lhe tiraram tudo. O orgulho por sua fé foi crescendo com o passar dos anos, Brienne sabe
que deve sua vida a Syl, e a entregou de bom grado. Olhando o broche com o símbolo da Deusa e o
prendendo a capa ela tem a certeza que sempre tem após os sonhos de seu passado, a certeza de que
mesmo após concluir seu objetivo ela continuará guiando outras no caminho da Deusa para que
possam encontrar a satisfação que ela encontrará, a segurança e a felicidade sem pudores que
somente a Rainha Banshee pode proporcionar.