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Geralda Rufino Gimo

Actividades Turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário, uma análise


sobre o Municipio da Ilha de Moçambique

Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário

Universidade Rovuma

Extensão de transporte de Nacala – Porto

2023
Geralda Rufino Gimo

Actividades Turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário, uma análise


sobre o Municipio da Ilha de Moçambique

Projeto Cientifico a ser apresentado ao Departamento de Ciências de Terra e Ambiente, da


Universidade Rovuma Extensão de transporte de Nacala - Porto , para elaboração da
monografia do curso de Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento
Comunitário.

Supervisor: Dr. Chamusudini Zainal

Universidade Rovuma

Extensão de transporte de Nacala – Porto

2023
DEDICATÓRIA

Este projecto é dedicada aos meus pais, a quem eu tenho como base da minha vida. As
minhas irmãs, que este trabalho lhes sirva de fonte de Inspiração.
Declaração

Declaro por minha honra que este Protocolo que, no presente momento, submeto a
Universidade Rovuma, em cumprimento dos requisitos para a aprovação do Projecto em
Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário, nunca foi apresentado
para a obtenção de qualquer outra aprovação e que constitui o resultado da minha
investigação pessoal, tendo indicado no texto e na bibliografia as fontes que utilizei.

Nacala-Porto, Janeiro de 2024

__________________________________

(Geralda Rufino Gimo)


Índice
DEDICATÓRIA...................................................................................................................................1
Declaração............................................................................................................................................2
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................1
CAPÍTULO I: PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS.................................................................5
1.1. Metodologia...................................................................................................................................5
1.2. Métodos de Abordagem............................................................................................................6
1.3 Métodos de Procedimento..............................................................................................................7
1.3.1 Método Histórico.....................................................................................................................7
1.3.2 Estudo de Caso........................................................................................................................7
1.4 Técnicas e Instrumentos de Colecta de Dados.......................................................................8
1.4.1 Entrevista.............................................................................................................................8
1.4.2 Questionário........................................................................................................................8
1.5 População e Amostra..................................................................................................................9
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................10
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................................10
2.1.1 Conceitualização.......................................................................................................................10
2.1.2. Turismo................................................................................................................................10
2.1.3. Desenvolvimento..................................................................................................................11
Perspectiva económica...................................................................................................................12
Perspectiva social...........................................................................................................................12
2.2.Turismo e desenvolvimento.....................................................................................................13
2.3 Contribuições do turismo para o Desenvolvimento da comunidade.......................................15
3. Cronograma................................................................................................................................16
4 . Orçamento.....................................................................................................................................17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................18
INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem como objectivo cumprir com um dos requisitos exigidos no âmbito da
avaliação para a conclusão do curso. O mesmo tem como título " Actividades Turísticas como
factor para o Desenvolvimento Comunitário, uma análise sobre o Municipio da Ilha de
Moçambique. Assistimos hoje em dia a várias formas de identificação de desenvolvimento
comunitário e os seus benefícios em áreas diversificadas. Tendo em conta as teorias dos
diferentes autores que se seguem, permite-nos identificar algumas destas formas de
desenvolvimento comunitário. De acordo com Mascareñas (1996, p.23) o desenvolvimento
comunitário “supõe a realização de atividades educativas relacionadas com o bem-estar da
comunidade que as acolhe”. deste desevolviemto eNcotrmaos o cruzameto da actividade
turistica,por sua vez actividade turística, nos últimos anos, tem sido de extrema importância no
que diz respeito ao desenvolvimento e crescimento da economia mundial, detendo actualmente
grande parte do PIB de muitos países que têm melhorado suas condições económicas em
decorrência do avanço que o sector tem proporcionado. Silva (2019, pp.75-76)

Embora para alguns autores o Desenvolvimento Comunitário esteja atrelado à economia, não
podemos entender o termo somente como sinónimo de desenvolvimento económico, pois traz
consigo, também, em sua essência a relação com a produção de riquezas e sua distribuição com
igualdade de acordo com as necessidades das pessoas envolvidas. A economia é uma função do
desenvolvimento, que deve visar o crescimento do ser humano. Isto implica superar os
problemas sociais, tornando mais justa e igualitária a vida de todos os cidadãos.

O desenvolvimento Comunitário é um processo de transformação da realidade sustentado na


capacitação das pessoas para o exercício de uma cidadania activa e transformadora da vida
individual e em comunidade. É de capital importância que os grupos não sejam meros utentes de
serviços, mas, autores das práticas de desenvolvimento local. Milani ( 2005,p.13).

No pensamento de Milani(2005,p.10) podemos sublinhar que os grupos não podem ser meros
utentes de serviços, mas autores das praticas de desenvolvimento local e uma das praticas
naturalmente pode ser a actividade turistica.

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Entende-se que o turismo tem um importante papel no campo económico, cultural e na troca
social. A actividade turística pode contribuir para a redução da pobreza, a conservação do meio
ambiente, a criação de oportunidades de emprego para mulheres, jovens, além de possuir
importantes inter-relações com outros sectores produtivos, como a agricultura, o lazer e o
artesanato.
Os pontos turísticos tornam-se motivo de orgulho para seus habitantes que aproveitam as
oportunidades de descanso, lazer e opções de trabalho mais perto de suas casas. Todas as
actividades turísticas são importantes para o desenvolvimento social e económico das cidades e
da população.
Por este motivo é de fundamental importância conhecer as percepções e atitudes dos residentes
em localidades turísticas acerca dos impactos gerados pelo turismo em seus lugares de
residência.

Para Smith (1989,p.23) o turismo em excesso, ou tipo errado de turismo, pode despojar uma
comunidade e marginalizar os residentes e o principal estímulo para o desenvolvimento do
turismo é de ordem económica.

À luz do pensamento de Smith(1989) podemos inferir que as comunidades receptoras tenderiam


a ver o Turismo com desconfiança, porque em geral não têm a oportunidade de participar das
tomadas de decisões sobre a questão nessa área. Sentem-se, com isso, excluídas e acabam não
desejando a presença de turistas na sua localidade. Pior, em muitos casos o turista chega antes do
turismo, ou seja, do planeamento e organização da localidade para recebê-lo.

Um dos sectores de actividade económica que mais traz divisas a um país é o turismo. No entanto, em
Moçambique, o turismo é um sector que requer mais investimentos embora existam locais com uma base
sólida e recriada de atracção turística onde localmente se faz promoção pelos provedores turísticos.

A Ilha de Moçambique constitui um exemplo prático desses locais, embora o facto de ser
Património Mundial da Humanidade constitua, por si, um destino turístico com alguma procura
de produtos turísticos desde materiais e imateriais em que este pode ser constituído como factor
do desenvolvimento comunitários mas que não se nota com enfâse o seu desenvolvimento.

É nessa situação que nasce o presente trabalho, procurando trazer o contributo do turismo para o
desenvolvimento. Para melhor centralizar o estudo, avança-se a seguinte questão norteadora: Até

2
que ponto a actividade turística pode contribuir para o desenvolvimento da comunidade da ilha
de Moçambique?

Assim sendo, em jeito de solucionar a preocupação acima apresentada, propôs-se as seguintes


hipóteses:

ActividadeTurística não pode contribuir para o desenvolvimento Comunitário do Municipio


da Ilha de Moçambique.
ActividadeTurística pode contribuir para o desenvolvimento Comunitário do Municipio da
Ilha de Moçambique por meio da melhoria da vida das comunidades locais pois esta
beneficia directamente dos recursos socioeconómicos que esta actividade gera.

O interesse pelo tema proposto neste trabalho surge com várias motivações enunciadas de
seguida. Ao nível científico, pretendemos que este estudo contribua para reduzir a escassez de
investigação e produção de literatura científica existente sobre actividade turística baseado em
experiência das comuidades locais. Pretendemos fazer uma análise sustentada na base teórica do
contributo da actividade turistica para o desenvolvimento Comunitário. Esta análise poderá servir
de consulta a académicos, a Dirigentes das áreas do Planeamento e Gestão do Desenvolvimento,
Associações de Desenvolvimento Local e a outros curiosos e interessados no tema.

A importância desta pesquisa prende-se na necessidade de se desenvolver estudos voltados a


compreensão de como actividade turistica pode contribuir para o desenvolvimento da
comunidade da ilha de Moçambique.

A nível social, os resultados deste estudo podem servir de ferramenta para estimular a
participação da comunidade da ilha de Moçambique em processos de desenvolvimento e
contribuir para a percepção da actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento
Comunitário, e melhoria de qualidade de vida das comunidades receptoras.

Em termos políticos, este estudo poderá contribuir para direccionar a política estatal para os
interesses e iniciativas de desenvolvimento de turismo de base comunitaria , enquanto alternativa
ao desenvolviemto das actividades turisticas . E, por outro lado, vai permitir que o Estado
perceba que actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário deve passar

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pela utilização dos potenciais existentes que podem conduzir à melhoria do bem-estar da
população local.

Por último, em termos pessoais, a escolha deste tema deveu-se ao forte desejo de, sob alguma
forma, prestar um contributo positivo para o complicado processo de desenvolvimento da
comunidade da ilha de Moçambique.

Tento em conta que a razão principal deste estudo, é a necessidade de Analisar actividades
turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário, uma análise sobre o Municipio da
Ilha de Moçambique. E como objectivo específicos teremos os seguintes:

Indicar as principais actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário,


uma análise sobre o Municipio da Ilha de Moçambique.
Identificar os benefícios das actividades turísticas no Desenvolvimento da comunidade na
Ilha de Moçambique
Descrever o contributo das actividades turísticas no desenvolvimento da comunidade na Ilha
de Moçambique

O debate sobre a actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário abre
espaço para a reflexão sobre o contributo que esta actividade turística produz, podendo assim
tornar-se um factor de transformação para a comunidade onde esta se processa. Este estudo faz
parte de uma realização pessoal, pois sempre quis de alguma forma ajudar o meu municipio a
encontrar uma via para o tão desejado desenvolvimento. Para além disso, contribuirá para o
enriquecimento dos meus conhecimentos do tema em relação a comunidade da ilha de
Moçambique.

Este trabalho para além da introdução, croograma de actividades , o trabalho compreende dois
capítulos a mencionar:

CAPÍTULO I – reserva-se à abordagem metodológica, no que tange o tipo de pesquisa, o método


de abordagem, os métodos de procedimento e as técnicas utilizadas para a colecta de dados

CAPÍTULO II- incumbe-se a apresentação da fundamentação teórica, é aqui onde se apresenta as


teorias, ideias, estudos de diversos autores no que tange ao tema, servindo como base sustentador
da opinião da autora.

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CAPÍTULO I: PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

1.1. Metodologia

Trata-se de procedimentos que foram seguidos na realização deste trabalho. Trata-se também de
uma explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método
de trabalho de pesquisa e pode ser entendida como caminhos pelos quais o pesquisador usou para
o alcance dos objectivos traçados. Lakatos & Marconi (1991,p.40).

1.2 Tipo de pesquisa

Este projeto quanto a abordagem é do tipo qualitativa, na qual, segundo Costa & Costa
(2011,p.38), “abordagem qualitativa busca a compreensão; busca significados, não exige
representatividade amostral, trabalha com pressupostos”.

Neste caso a autora, neste estudo buscará Analisar actividades turísticas como factor para o
Desenvolvimento Comunitário, uma análise sobre o Municipio da Ilha de Moçambique. Por isso
será um estudo aberto, que posteriormente poderá mudar a realidade actualmente descrita, pois a
autora vai servir de interpretadora da realidade que está a acontecer naquele Municipio , razão
pela qual deve que deslocar ao encontro dos sujeitos e comunicar-se com os mesmos.

A autora não vai se preocupar com a representatividade numérica, mas sim em aprofundar a
Analisar actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário.

Ainda, Prodanov & Freitas (2013,p.52), “Na abordagem qualitativa, a pesquisa tem o ambiente
como fonte directa dos dados. A pesquisadora vai manter o contacto directo com o ambiente e o
objecto de estudo em questão, necessitando de um trabalho mais intensivo de campo. Nesse caso,
as questões serão estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem qualquer manipulação
intencional da pesquisadora. A utilização desse tipo de abordagem difere da abordagem
quantitativa pelo fato de não utilizar dados estatísticos como o centro do processo de análise de
um problema, não tendo, portanto, a prioridade de numerar ou medir unidades. Os dados
colectados nessas pesquisas são descritivos, retratando o maior número possível de elementos
existentes na realidade estudada. Na análise dos dados colectados, não há preocupação em
comprovar hipóteses previamente estabelecidas”.

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a) Quando ao Objectivo

A pesquisa que se pretende efectuar quanto ao objectivo é do tipo exploratório. Na qual,


Prodanov & Freitas (2013, p.52), diz que “A pesquisa exploratório possui planeamento flexível,
o que permite o estudo do tema sob diversos ângulos e aspectos. Em geral, envolve:
levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o
problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão”.

1.2. Métodos de Abordagem

Segundo Lakatos & Marconi (2003, p.221), “estes métodos se caracteriza por uma abordagem
mais ampla, em nível de abstração mais elevado, dos fenômenos da natureza e da sociedade. É,
portanto, denominado método de abordagem, que engloba o indutivo, o dedutivo, o hipotético-
dedutivo e o dialético”.

A pesquisa terá uma abordagem indutiva, pois será feita uma análise do particular através do
estudo no Municipio da Ilha de Moçambique e a partir daí podendo generalizar os resultados
para situações e contextos similares.

Pelo uso deste método, a aproximação dos fenómenos caminha geralmente para planos cada vez
mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias. Assim, o estudo foi
feito numa área específica que constituem amostra e com base nela, as suas conclusões serão
generalizadas. Para Marconi & Lakatos (200,p.225), indução é um processo mental por
intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma
verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas.
Uma das fases cruciais deste trabalho será a pesquisa bibliográfica, que consistirá na procura de
livros, artigos, ensaios que abordam sobre actividades turísticas como factor para o
Desenvolvimento Comunitário.

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1.3 Métodos de Procedimento

Segundo Prodanov & Freitas (2013,p.36), “os métodos de procedimentos (considerados às vezes
também em relação às técnicas) são menos abstratos; são etapas da investigação, visando
fornecer a orientação necessária à realização da pesquisa social, em especial no que diz respeito à
obtenção, ao processamento e à validação dos dados pertinentes à problemática objeto da
investigação realizada”

Portanto, as ciências sociais têm como seus principais métodos de procedimento: histórico,
comparativo, monográfico ou estudo de caso, estatístico, tipológico, funcionalista e
estruturalista. No entanto, para este trabalho, serão utilizados os seguintes métodos histórico e
estudo de caso.

1.3.1 Método Histórico

Neste método, segundo Prodanov & Freitas (2013,p.36), “o foco está na investigação de
acontecimentos ou instituições do passado, para verificar sua influência na sociedade de hoje;
considera que é fundamental estudar suas raízes visando à compreensão de sua natureza e
função”.

Como este método será possível perceber o historial das actividades turísticas versus o
Desenvolvimento Comunitário, uma análise sobre o Municipio da Ilha de Moçambique; a partir
da sua origem e o nível do seu crescimento, não esquecendo das modificações que já provocou
naquele Municipio ao longo do tempo, respeitando que este método é típico dos estudos
qualitativos.

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1.3.2 Estudo de Caso

Segundo Gil (2002) o estudo de caso é caracterizado pelo estudo exaustivo e em profundidade de
poucos objectos, de forma a permitir conhecimento amplo e específico do mesmo.
Este autor acrescenta que, “o delineamento se fundamenta na ideia de que a análise de uma
unidade e determinado universo possibilita a compreensão da generalidade do mesmo ou, pelo
menos, o estabelecimento de bases para uma investigação posterior, mais sistemática e precisa”
Gil ( 2002,p.54).
Através do método de estudo de caso será possível explorar em profundidade as principais
actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário, uma análise sobre o
Municipio da Ilha de Moçambique , procurando Analisar actividades turísticas como factor para
o Desenvolvimento Comunitário.

1.4 Técnicas e Instrumentos de Colecta de Dados

Segundo o Marconi & Lakatos (2003, p.195) técnicas são “Consideradas como um conjunto de
preceitos ou processos de que se serve uma ciência, são, também, a habilidade para usar esses
preceitos ou normas, na obtenção de seus propósitos.

No caso vertente, será utilizada o questionário, a entrevista semi–estruturada.

1.4.1 Entrevista

Segundo Cervo & Bervian (2002,p.10), a entrevista é uma das principais técnicas de colecta de
dados e pode ser definida como conversa realizada face a face pelo pesquisador junto ao
entrevistado, seguindo um método para se obter informações sobre determinado assunto. A
entrevista será de tipo estruturada. As entrevistas estruturadas são aquelas nas quais as questões e
a ordem em que elas comparecem são exactamente as mesmas para todos os respondentes. Todas
as questões devem ser comparáveis, de forma que, quando aparecem variações entre as respostas,
elas devem ser atribuídas a diferenças reais entre os respondentes. Geralmente, abrangem um
número maior de entrevistados, para o que a própria padronização das perguntas auxilie na
tabulação das respostas. MARCONI & LAKATOS ( 1996:23).

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A partir de um roteiro de perguntas formuladas, a autora vai entrevistar alguns funcionários do
Conselho Municipal de Ilha de Moçambique.
A entrevista terá a duração de aproximadamente 1 hora e 30 minutos, onde serão levantadas as
questões que vão responder os objectivos da pesquisa.

1.4.2 Questionário

De acordo com GIL, (2008, p.21) o questionário consiste numa “técnica de investigação
composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter
informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, (…)”
A escolha desta técnica de investigação apresenta uma série de vantagens pois possibilita atingir
um maior número de pessoas mesmo que estas estejam dispersas numa área geográfica muito
extensa; garante o anonimato das respostas e permite que as pessoas respondam ao questionário
no momento em que julgarem mais conveniente. Gil (2008, p.12).
Deste modo, consideramos que a utilização do questionário “é adequada, por definição, a todas
as investigações orientadas para o estudo das correlações entre fenómenos suscetíveis de serem
expressos por variáveis quantitativas” Quivy & Campenhoudt (1992,p.222)
Após a fase conceptual e metodológica deste estudo, procedemos à construção do questionário,
constituído na sua totalidade por perguntas fechadas com o objetivo de não requerer muito tempo
dos inquiridos e de forma a obter melhores resultados.

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1.5 População e Amostra

Segundo Costa & Costa (2011, p.43), “A população é o conjunto de todos os elementos que,
cada um deles, apresenta uma ou mais características em comum. A amostra é parte dessa
população”.

Esta pesquisa abrangeu muitas famílias residentes no Municipio de Ilha de Moçambique,


portanto, foi difícil e impossível de colher as sensibilidades de todos. Por essa razão, a autora irá
trabalhar com uma amostra, ou seja, com uma pequena parte dos elementos que compõem o
universo. Assim, ao seleccionar uma pequena parte da população do Municipio de Ilha de
Moçambique, garantirá se que é uma boa representatividade da população que estudou, isto é do
Municipio de Ilha de Moçambique

A população o desta pesquisa é formado pelos residentes do Municipio de Ilha de Moçambique.


Partindo dos princípio acima a autora apresenta amostra da seguinte forma:

200 Residentes do Municipio de Ilha de Moçambique


15 Funcionários do Conselho Municipal de Ilha de Moçambique.

No âmbito da a representação da amostra, , será utlizada a amostras aleatórias simples,


onde cada elemento da população tem oportunidade igual de ser incluído na amostra, e é o
procedimento básico da amostragem científica, PRODANOV & FREITAS (2013:99).

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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.1 Conceitualização

De acordo com Lakatos & Marconi (1992, p.110), “aparecem aqui os elementos de
fundamentação teórica da pesquisa, e também, a definição dos conceitos empregados”.

Para abordagem do tema em análise destacam-se conceitos distintos e relevantes no estudo, pois,
permitiram estabelecer uma percepção aos leitores que consiste nas diversas literaturas tidas
como base para a efectivação deste trabalho, é nesse contexto que resumidamente irá se debater
o essencial a propósito de algumas definições com o suporte dos autores a baixo:

2.1.2. Turismo

Segundo Motta (2007,p.165), é um fenómeno socioeconómico que consiste no deslocamento


temporário e voluntário de um ou mais indivíduos que, por uma complexidade de factores que
envolvem a motivação humana, saem do seu local de residência habitual para outro, gerando
múltiplas inter-relações de importância cultural, socioeconómica e ecológica entre os núcleos
emissores e receptores.
Segundo a Organização Mundial do Turismo OMT, (2000,p.68) define o turismo como sendo
um conjunto de actividade de pessoas, viajando e que permanecem em lugares fora do seu
ambiente normal não mais de um ano para lazer, negócios e outros motivos não relacionados
com actividades remuneradas no lugar visitado.

A definição apresentada pela OMT é um conceito vasto que aborda desde a deslocação do
turista do seu local habitual permanecendo em lugares diferentes por vários motivos sem que os
mesmos envolvam actividades remuneradas.

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2.1.3. Desenvolvimento

Segundo Milani (2005.p.10)

O desenvolvimento deve ser encarado como um processo complexo de


mudanças e transformações de ordem económica, política, e,
principalmente humana e social. O desenvolvimento centra-se no
crescimento positivo e na renda-transformada para satisfazer as mais
diversificadas necessidades do ser humano, tais como: saúde, educação,
habitação, transporte, alimentação, lazer, entre outros.

Souza (2002,p.23) citado por Rodrigues (2002,p.12) complementa afirmando que:

Desenvolvimento é um processo de superação de problemas sociais e


conquista de condições no âmbito cultural, económico, técnico e
tecnológico, político institucional e espaços territoriais, propiciadoras de
bem-estar. O desenvolvimento exige a consideração simultânea das
diversas dimensões constituintes das relações sociais e também do espaço
natural.

De acordo com Associação brasileira de normas técnicas (ABNT, 2018), o termo


desenvolvimento tem vários significados. Em primeiro lugar, este termo pode ser entendido
como processo de evolução, crescimento e mudança de um objecto, pessoa ou situação
específica em determinadas condições. O desenvolvimento é a condição de evolução que sempre
tem uma conotação positiva já que implica num crescimento ou passo para etapas ou estágios
superiores.

Com base nos autores acima citados, pode-se depreender que o conceito de desenvolvimento
está associado ao progresso e melhoria positiva de um determinado lugar e que essa melhoria
deve se reflectir na melhoria das condições de vida da comunidade que reside nesse local em
termos de saúde, educação, habitação, transporte, alimentação, lazer, segurança, acesso a água e
saneamento do meio etc. Percebeu-se igualmente que o mesmo pode ser usado para se referir
tanto a coisas, pessoas, situações ou fenómenos de variados tipos.

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Perspectiva económica

Desenvolvimento económico local é o processo sobre qual os interlocutores locais constroem e


partilham decisões estratégicas para o futuro económico, produtivo e laboral do território. É um
processo participativo que estimula o relacionamento entre interlocutores locais, facilita a
implementação conjunta de estratégias e projectos, principalmente orientados para a criação de
condições de competitividade para os recursos locais, com o objectivo de criar empregos
decentes e actividades económicas sustentáveis. Este fenómeno consiste em trazer melhorias
significativas quanto a alocação de valores num local que está sendo desenvolvido.

Segundo esta perspectiva é preciso olhar para as seguintes variáveis: criação de emprego,
distribuição de renda, política de preços, eficiência de custos, rentabilidade e competitividade do
destino.

Perspectiva social
Nesta perspectiva factores como a qualidade de vida e felicidade, coesão social, educação, saúde
e segurança, tempo livre, lazer e identidade cultural devem ser observados. No âmbito deste
desenvolvimento a população deve participar activamente como forma de se sentir satisfeita
com as mudanças sociais que vão ocorrendo.

Para Mamede (2003,p.36), o desenvolvimento local que parte dos interesses internos da
comunidade e que é planeado e executado por seus membros, contribui para o sentimento de
pertença dos indivíduos ali estabelecidos, fortalecendo os laços comunitários e o cuidado para a
preservação de suas características naturais e culturais.

É importante salientar que mesmo se as infra-estruturas aumentarem e houver alocação de


valores, se este fenómeno não afectar a população que reside nesse local, e ela continuar sem
condições básicas para a melhoria da sua vida, este desenvolvimento é aparente. Pois o processo
de satisfação de necessidades e de melhoria das condições de vida de uma comunidade local, a
partir essencialmente das suas capacidades, assumindo a comunidade o protagonismo principal
nesse processo e conforme uma perspectiva social integrada dos problemas e das respostas.

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2.2.Turismo e desenvolvimento

O turismo, actividade que tem despontado como alternativa para o desenvolvimento económico
das localidades que o implementam, tem no seu delineamento conceitual a característica de
gerar tanto crescimento quanto desenvolvimento económico. Silva (2004, p.10)
Potencial gerador de divisas, emprego e aumento de renda, contribui para o crescimento do
produto interno bruto (PIB) facto que se traduz em crescimento económico, assim como também
pode contribuir para uma melhor qualidade de vida da população receptora que, empregadas e
com melhores salários, poderá usufruir o turismo, enquanto opção de laser além de se beneficiar
dos equipamentos e infra-estruturas gerada ou beneficiadas para atender aos turistas. Isso tudo se
traduz em melhora da qualidade de vida local. Silva (2004, p.13)

Esses elementos, embora sejam essenciais a realização do turismo não têm na actividade
turística sua base de produção, mas na indústria da construção, na indústria alimentícia, no
sector de serviços e no artesanato. Os gastos dos turistas nesses bens derivados acarretam no
aumento de recursos oriundos do aumento da demanda da economia local.

Entretanto, embora essa inter-relação aponte para um efeito positivo do turismo para a
economia, com consequente desenvolvimento, Silva (2004,p.43) adverte que essa realidade não
se aplica para todas as regiões e situações. Ele afirma que para regiões deprimidas
economicamente a actividade turística, por si só, não reúne condições de promover o
desenvolvimento económico regional, embora possa actuar como indutora de crescimento
económico.

Diante desta realidade, para que o turismo se insira como actividade potencializadora de
desenvolvimento para uma região economicamente deprimida, é necessário que deficiências
estruturais desse tipo de cenário sejam superadas. Martins (2011,p.54)

Infra-estrutura básica e turística deficitária, ambiente de pobreza, comprometimento dos


atractivos histórico-culturais, escassez de espírito empreendedor e renda local baixa para
viabilizar o turismo em escala económica são alguns elementos que devem ser
considerados(Lage e Milone)

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Sendo actividade económica, e para se calcular o nível de influência do turismo para o
crescimento económico e possível desenvolvimento, deve-se observar o índice de produtividade
da actividade. Medir a produtividade traduz-se em determinar uma relação entre o número de
outputs(saídas ou resultados) e o número de inputs (entradas matérias-primas) de determinado
processo. Para Silva (2004,p.31), os ganhos de produtividade estão na origem do processo de
desenvolvimento económico.

Lage & Milone, (2001, p.132):

Essa capacidade de gerar fluxos e oportunidades de crescimento e


desenvolvimento económico reside em seu potencial efeito
multiplicador, um dos seus principais impactos económicos, que
se configura na capacidade de intensidade por meio do qual o
dinheiro gasto pelos visitantes permanece na região de destinação
para ser reciclado por meio da economia local.

Lage & Milone (200,1 p.130):

Quando se fala de multiplicador no turismo, deve-se considerar


que esse é um fenómeno abrangente e atinge outros requisitos
além da renda. Existem multiplicadores específicos do turismo
que podem ser calculados em qualquer economia: multiplicador de
renda. Multiplicador de empregos, multiplicador das exportações e
multiplicador das receitas do governo.

Das diversas abordagens trazidas por alguns autores sobre o Turismo e Desenvolvimento a que
mais abraça a este trabalho, (Lage e Milone) discutem questões relacionadas a demanda
turística, uma vez o turista permanece no local sente a necessidade de alojamento, de se
alimentar e do próprio lazer, gastos estes que se traduzem em divisas para os estabelecimentos
turísticos, ao governo local também para a população da comunidade.

O turismo permite com que haja melhoramento e construção de infra-estruturas,


aperfeiçoamento de vias de acesso, alastramento de água e energia eléctrica e dentre vários
elementos que conduzem ao desenvolvimento acentuado da localidade.

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2.3 Contribuições do turismo para o Desenvolvimento da comunidade

Ainda que a Organização Mundial do Turismo (OMT) tenha proposto algumas directrizes éticas
que direcionam a actividade turística em comunidades locais, tais como: “comunidades locais se
associarão às actividades turísticas e terão uma participação equitativa nos benefícios
económicos, sociais e culturais que referem, especialmente na criação directa e indirecta de
emprego que ocasionem” OMT (1999,p.6), fica claro que seus pressupostos partem de fora para
dentro, ou seja, de políticas e empreendimentos exógenos à comunidade e que são orientados a
incluírem os sujeitos autóctones em seus projectos.
Trata-se, sobretudo, de desenvolver o turismo guiado por valores locais e orientado para a
minimização das agressões à cultura local e ao ambiente natural – lugar de moradia do autóctone
assim como de reduzir a dependência económica externa.
Segundo Salvatierra & Mar (2012:15), os projectos turísticos de desenvolvimento local devem
estarfocados nos interesses individuais e colectivos dos sujeitos e devem ser pautados em
estratégias endógenas, pertencentes e plenamente assumidos pelo tecido social local, uma vez
que são os atores locais e seu território que devem ser desenvolvidos de forma a gerar benefícios
presentes e futuros.
Muitas comunidades têm visto no turismo receptivo uma opção de melhoria de suas condições
devida. Desta maneira, o desenvolvimento local tem sido possível em projectos endógenos de
turismo de base comunitária resultantes da decisão, da autogestão e da plena participação da
comunidade local nas actividades turísticas. Isso implica dizer que o turismo de base
comunitária possibilita à população local ter um controle efectivo das decisões sobre o turismo
no local e sobre o desenvolvimento de suas actividades. Pratica-se, assim, a gestão comunitária
ou familiar daquilo que é disponibilizado como serviços e atractivos turísticos, valorizando
aspectos culturais e naturais do local.(Harwood, 2010).
Segundo Fortunato e Silva (2011, p. 85), a actividade turística tem-se tornado uma prática
presente em comunidades tradicionais, constituindo assim “um novo segmento do mercado
turístico que trabalha as potencialidades dos povos originários tornarem-se reconhecidos como
importantes na sociedade contemporânea”.
Os autores afirmam que essa modalidade de turismo pode promover o desenvolvimento local
através da valorização dos patrimónios naturais e culturais da comunidade, desde que destacadas
as potencialidades endógenas do território e de seus atores.

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3. Cronograma

Nesta secção são descritas as etapas do trabalho, assim como o período de realização de cada
uma delas.

Actividades JUL AG SET Out NOV DEZ JA

Escolha de tema

Revisão de literatura

Redacção de dados

Enquadramento teórico.

Descrição da metodologia

Entrega da última versão

Submissão do projecto de final

Fonte: Adaptada pela autora do trabalho

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4 . Orçamento

Nesta secção serão apresentados todos os custos relativos a elaboração do projecto.

Número Necessidades Quantidade Valor/unitário Total


1 Viagem 6 450.00,mt 2.700.00,mt
2 Alimentação 6 250.00,mt 1.500.00,mt

3 Máquina Fotográfica 1 14.500.00,mt 14.500.00,mt


4 Gravador de voz 1 5.000.00,mt 5.000.00,mt
5 Bloco de notas 1 100.00,mt 100.00,mt
6 Resma 1 600.00,mt 600.00,mt
7 Esferográficas 1 10.00,mt 20.00,mt,
8 Comunicação 3 600.00,mt 600.00,mt
9 Alojamento 2 3000, mt 3000.00,mt
10 SUB – TOTAL 20 7.910. ,mt 31.020 .00,mt
11 Contingências 10% 3102 ,00mt
Fonte: Adaptada pela autora do trabalho

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
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