Geralda Rufino Gimo - Projecto 2024.continue
Geralda Rufino Gimo - Projecto 2024.continue
Geralda Rufino Gimo - Projecto 2024.continue
Universidade Rovuma
2023
Geralda Rufino Gimo
Universidade Rovuma
2023
DEDICATÓRIA
Este projecto é dedicada aos meus pais, a quem eu tenho como base da minha vida. As
minhas irmãs, que este trabalho lhes sirva de fonte de Inspiração.
Declaração
Declaro por minha honra que este Protocolo que, no presente momento, submeto a
Universidade Rovuma, em cumprimento dos requisitos para a aprovação do Projecto em
Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário, nunca foi apresentado
para a obtenção de qualquer outra aprovação e que constitui o resultado da minha
investigação pessoal, tendo indicado no texto e na bibliografia as fontes que utilizei.
__________________________________
A presente pesquisa tem como objectivo cumprir com um dos requisitos exigidos no âmbito da
avaliação para a conclusão do curso. O mesmo tem como título " Actividades Turísticas como
factor para o Desenvolvimento Comunitário, uma análise sobre o Municipio da Ilha de
Moçambique. Assistimos hoje em dia a várias formas de identificação de desenvolvimento
comunitário e os seus benefícios em áreas diversificadas. Tendo em conta as teorias dos
diferentes autores que se seguem, permite-nos identificar algumas destas formas de
desenvolvimento comunitário. De acordo com Mascareñas (1996, p.23) o desenvolvimento
comunitário “supõe a realização de atividades educativas relacionadas com o bem-estar da
comunidade que as acolhe”. deste desevolviemto eNcotrmaos o cruzameto da actividade
turistica,por sua vez actividade turística, nos últimos anos, tem sido de extrema importância no
que diz respeito ao desenvolvimento e crescimento da economia mundial, detendo actualmente
grande parte do PIB de muitos países que têm melhorado suas condições económicas em
decorrência do avanço que o sector tem proporcionado. Silva (2019, pp.75-76)
Embora para alguns autores o Desenvolvimento Comunitário esteja atrelado à economia, não
podemos entender o termo somente como sinónimo de desenvolvimento económico, pois traz
consigo, também, em sua essência a relação com a produção de riquezas e sua distribuição com
igualdade de acordo com as necessidades das pessoas envolvidas. A economia é uma função do
desenvolvimento, que deve visar o crescimento do ser humano. Isto implica superar os
problemas sociais, tornando mais justa e igualitária a vida de todos os cidadãos.
No pensamento de Milani(2005,p.10) podemos sublinhar que os grupos não podem ser meros
utentes de serviços, mas autores das praticas de desenvolvimento local e uma das praticas
naturalmente pode ser a actividade turistica.
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Entende-se que o turismo tem um importante papel no campo económico, cultural e na troca
social. A actividade turística pode contribuir para a redução da pobreza, a conservação do meio
ambiente, a criação de oportunidades de emprego para mulheres, jovens, além de possuir
importantes inter-relações com outros sectores produtivos, como a agricultura, o lazer e o
artesanato.
Os pontos turísticos tornam-se motivo de orgulho para seus habitantes que aproveitam as
oportunidades de descanso, lazer e opções de trabalho mais perto de suas casas. Todas as
actividades turísticas são importantes para o desenvolvimento social e económico das cidades e
da população.
Por este motivo é de fundamental importância conhecer as percepções e atitudes dos residentes
em localidades turísticas acerca dos impactos gerados pelo turismo em seus lugares de
residência.
Para Smith (1989,p.23) o turismo em excesso, ou tipo errado de turismo, pode despojar uma
comunidade e marginalizar os residentes e o principal estímulo para o desenvolvimento do
turismo é de ordem económica.
Um dos sectores de actividade económica que mais traz divisas a um país é o turismo. No entanto, em
Moçambique, o turismo é um sector que requer mais investimentos embora existam locais com uma base
sólida e recriada de atracção turística onde localmente se faz promoção pelos provedores turísticos.
A Ilha de Moçambique constitui um exemplo prático desses locais, embora o facto de ser
Património Mundial da Humanidade constitua, por si, um destino turístico com alguma procura
de produtos turísticos desde materiais e imateriais em que este pode ser constituído como factor
do desenvolvimento comunitários mas que não se nota com enfâse o seu desenvolvimento.
É nessa situação que nasce o presente trabalho, procurando trazer o contributo do turismo para o
desenvolvimento. Para melhor centralizar o estudo, avança-se a seguinte questão norteadora: Até
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que ponto a actividade turística pode contribuir para o desenvolvimento da comunidade da ilha
de Moçambique?
O interesse pelo tema proposto neste trabalho surge com várias motivações enunciadas de
seguida. Ao nível científico, pretendemos que este estudo contribua para reduzir a escassez de
investigação e produção de literatura científica existente sobre actividade turística baseado em
experiência das comuidades locais. Pretendemos fazer uma análise sustentada na base teórica do
contributo da actividade turistica para o desenvolvimento Comunitário. Esta análise poderá servir
de consulta a académicos, a Dirigentes das áreas do Planeamento e Gestão do Desenvolvimento,
Associações de Desenvolvimento Local e a outros curiosos e interessados no tema.
A nível social, os resultados deste estudo podem servir de ferramenta para estimular a
participação da comunidade da ilha de Moçambique em processos de desenvolvimento e
contribuir para a percepção da actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento
Comunitário, e melhoria de qualidade de vida das comunidades receptoras.
Em termos políticos, este estudo poderá contribuir para direccionar a política estatal para os
interesses e iniciativas de desenvolvimento de turismo de base comunitaria , enquanto alternativa
ao desenvolviemto das actividades turisticas . E, por outro lado, vai permitir que o Estado
perceba que actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário deve passar
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pela utilização dos potenciais existentes que podem conduzir à melhoria do bem-estar da
população local.
Por último, em termos pessoais, a escolha deste tema deveu-se ao forte desejo de, sob alguma
forma, prestar um contributo positivo para o complicado processo de desenvolvimento da
comunidade da ilha de Moçambique.
Tento em conta que a razão principal deste estudo, é a necessidade de Analisar actividades
turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário, uma análise sobre o Municipio da
Ilha de Moçambique. E como objectivo específicos teremos os seguintes:
O debate sobre a actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário abre
espaço para a reflexão sobre o contributo que esta actividade turística produz, podendo assim
tornar-se um factor de transformação para a comunidade onde esta se processa. Este estudo faz
parte de uma realização pessoal, pois sempre quis de alguma forma ajudar o meu municipio a
encontrar uma via para o tão desejado desenvolvimento. Para além disso, contribuirá para o
enriquecimento dos meus conhecimentos do tema em relação a comunidade da ilha de
Moçambique.
Este trabalho para além da introdução, croograma de actividades , o trabalho compreende dois
capítulos a mencionar:
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CAPÍTULO I: PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
1.1. Metodologia
Trata-se de procedimentos que foram seguidos na realização deste trabalho. Trata-se também de
uma explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método
de trabalho de pesquisa e pode ser entendida como caminhos pelos quais o pesquisador usou para
o alcance dos objectivos traçados. Lakatos & Marconi (1991,p.40).
Este projeto quanto a abordagem é do tipo qualitativa, na qual, segundo Costa & Costa
(2011,p.38), “abordagem qualitativa busca a compreensão; busca significados, não exige
representatividade amostral, trabalha com pressupostos”.
Neste caso a autora, neste estudo buscará Analisar actividades turísticas como factor para o
Desenvolvimento Comunitário, uma análise sobre o Municipio da Ilha de Moçambique. Por isso
será um estudo aberto, que posteriormente poderá mudar a realidade actualmente descrita, pois a
autora vai servir de interpretadora da realidade que está a acontecer naquele Municipio , razão
pela qual deve que deslocar ao encontro dos sujeitos e comunicar-se com os mesmos.
A autora não vai se preocupar com a representatividade numérica, mas sim em aprofundar a
Analisar actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário.
Ainda, Prodanov & Freitas (2013,p.52), “Na abordagem qualitativa, a pesquisa tem o ambiente
como fonte directa dos dados. A pesquisadora vai manter o contacto directo com o ambiente e o
objecto de estudo em questão, necessitando de um trabalho mais intensivo de campo. Nesse caso,
as questões serão estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem qualquer manipulação
intencional da pesquisadora. A utilização desse tipo de abordagem difere da abordagem
quantitativa pelo fato de não utilizar dados estatísticos como o centro do processo de análise de
um problema, não tendo, portanto, a prioridade de numerar ou medir unidades. Os dados
colectados nessas pesquisas são descritivos, retratando o maior número possível de elementos
existentes na realidade estudada. Na análise dos dados colectados, não há preocupação em
comprovar hipóteses previamente estabelecidas”.
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a) Quando ao Objectivo
Segundo Lakatos & Marconi (2003, p.221), “estes métodos se caracteriza por uma abordagem
mais ampla, em nível de abstração mais elevado, dos fenômenos da natureza e da sociedade. É,
portanto, denominado método de abordagem, que engloba o indutivo, o dedutivo, o hipotético-
dedutivo e o dialético”.
A pesquisa terá uma abordagem indutiva, pois será feita uma análise do particular através do
estudo no Municipio da Ilha de Moçambique e a partir daí podendo generalizar os resultados
para situações e contextos similares.
Pelo uso deste método, a aproximação dos fenómenos caminha geralmente para planos cada vez
mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias. Assim, o estudo foi
feito numa área específica que constituem amostra e com base nela, as suas conclusões serão
generalizadas. Para Marconi & Lakatos (200,p.225), indução é um processo mental por
intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma
verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas.
Uma das fases cruciais deste trabalho será a pesquisa bibliográfica, que consistirá na procura de
livros, artigos, ensaios que abordam sobre actividades turísticas como factor para o
Desenvolvimento Comunitário.
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1.3 Métodos de Procedimento
Segundo Prodanov & Freitas (2013,p.36), “os métodos de procedimentos (considerados às vezes
também em relação às técnicas) são menos abstratos; são etapas da investigação, visando
fornecer a orientação necessária à realização da pesquisa social, em especial no que diz respeito à
obtenção, ao processamento e à validação dos dados pertinentes à problemática objeto da
investigação realizada”
Portanto, as ciências sociais têm como seus principais métodos de procedimento: histórico,
comparativo, monográfico ou estudo de caso, estatístico, tipológico, funcionalista e
estruturalista. No entanto, para este trabalho, serão utilizados os seguintes métodos histórico e
estudo de caso.
Neste método, segundo Prodanov & Freitas (2013,p.36), “o foco está na investigação de
acontecimentos ou instituições do passado, para verificar sua influência na sociedade de hoje;
considera que é fundamental estudar suas raízes visando à compreensão de sua natureza e
função”.
Como este método será possível perceber o historial das actividades turísticas versus o
Desenvolvimento Comunitário, uma análise sobre o Municipio da Ilha de Moçambique; a partir
da sua origem e o nível do seu crescimento, não esquecendo das modificações que já provocou
naquele Municipio ao longo do tempo, respeitando que este método é típico dos estudos
qualitativos.
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1.3.2 Estudo de Caso
Segundo Gil (2002) o estudo de caso é caracterizado pelo estudo exaustivo e em profundidade de
poucos objectos, de forma a permitir conhecimento amplo e específico do mesmo.
Este autor acrescenta que, “o delineamento se fundamenta na ideia de que a análise de uma
unidade e determinado universo possibilita a compreensão da generalidade do mesmo ou, pelo
menos, o estabelecimento de bases para uma investigação posterior, mais sistemática e precisa”
Gil ( 2002,p.54).
Através do método de estudo de caso será possível explorar em profundidade as principais
actividades turísticas como factor para o Desenvolvimento Comunitário, uma análise sobre o
Municipio da Ilha de Moçambique , procurando Analisar actividades turísticas como factor para
o Desenvolvimento Comunitário.
Segundo o Marconi & Lakatos (2003, p.195) técnicas são “Consideradas como um conjunto de
preceitos ou processos de que se serve uma ciência, são, também, a habilidade para usar esses
preceitos ou normas, na obtenção de seus propósitos.
1.4.1 Entrevista
Segundo Cervo & Bervian (2002,p.10), a entrevista é uma das principais técnicas de colecta de
dados e pode ser definida como conversa realizada face a face pelo pesquisador junto ao
entrevistado, seguindo um método para se obter informações sobre determinado assunto. A
entrevista será de tipo estruturada. As entrevistas estruturadas são aquelas nas quais as questões e
a ordem em que elas comparecem são exactamente as mesmas para todos os respondentes. Todas
as questões devem ser comparáveis, de forma que, quando aparecem variações entre as respostas,
elas devem ser atribuídas a diferenças reais entre os respondentes. Geralmente, abrangem um
número maior de entrevistados, para o que a própria padronização das perguntas auxilie na
tabulação das respostas. MARCONI & LAKATOS ( 1996:23).
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A partir de um roteiro de perguntas formuladas, a autora vai entrevistar alguns funcionários do
Conselho Municipal de Ilha de Moçambique.
A entrevista terá a duração de aproximadamente 1 hora e 30 minutos, onde serão levantadas as
questões que vão responder os objectivos da pesquisa.
1.4.2 Questionário
De acordo com GIL, (2008, p.21) o questionário consiste numa “técnica de investigação
composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter
informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, (…)”
A escolha desta técnica de investigação apresenta uma série de vantagens pois possibilita atingir
um maior número de pessoas mesmo que estas estejam dispersas numa área geográfica muito
extensa; garante o anonimato das respostas e permite que as pessoas respondam ao questionário
no momento em que julgarem mais conveniente. Gil (2008, p.12).
Deste modo, consideramos que a utilização do questionário “é adequada, por definição, a todas
as investigações orientadas para o estudo das correlações entre fenómenos suscetíveis de serem
expressos por variáveis quantitativas” Quivy & Campenhoudt (1992,p.222)
Após a fase conceptual e metodológica deste estudo, procedemos à construção do questionário,
constituído na sua totalidade por perguntas fechadas com o objetivo de não requerer muito tempo
dos inquiridos e de forma a obter melhores resultados.
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1.5 População e Amostra
Segundo Costa & Costa (2011, p.43), “A população é o conjunto de todos os elementos que,
cada um deles, apresenta uma ou mais características em comum. A amostra é parte dessa
população”.
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1 Conceitualização
De acordo com Lakatos & Marconi (1992, p.110), “aparecem aqui os elementos de
fundamentação teórica da pesquisa, e também, a definição dos conceitos empregados”.
Para abordagem do tema em análise destacam-se conceitos distintos e relevantes no estudo, pois,
permitiram estabelecer uma percepção aos leitores que consiste nas diversas literaturas tidas
como base para a efectivação deste trabalho, é nesse contexto que resumidamente irá se debater
o essencial a propósito de algumas definições com o suporte dos autores a baixo:
2.1.2. Turismo
A definição apresentada pela OMT é um conceito vasto que aborda desde a deslocação do
turista do seu local habitual permanecendo em lugares diferentes por vários motivos sem que os
mesmos envolvam actividades remuneradas.
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2.1.3. Desenvolvimento
Com base nos autores acima citados, pode-se depreender que o conceito de desenvolvimento
está associado ao progresso e melhoria positiva de um determinado lugar e que essa melhoria
deve se reflectir na melhoria das condições de vida da comunidade que reside nesse local em
termos de saúde, educação, habitação, transporte, alimentação, lazer, segurança, acesso a água e
saneamento do meio etc. Percebeu-se igualmente que o mesmo pode ser usado para se referir
tanto a coisas, pessoas, situações ou fenómenos de variados tipos.
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Perspectiva económica
Segundo esta perspectiva é preciso olhar para as seguintes variáveis: criação de emprego,
distribuição de renda, política de preços, eficiência de custos, rentabilidade e competitividade do
destino.
Perspectiva social
Nesta perspectiva factores como a qualidade de vida e felicidade, coesão social, educação, saúde
e segurança, tempo livre, lazer e identidade cultural devem ser observados. No âmbito deste
desenvolvimento a população deve participar activamente como forma de se sentir satisfeita
com as mudanças sociais que vão ocorrendo.
Para Mamede (2003,p.36), o desenvolvimento local que parte dos interesses internos da
comunidade e que é planeado e executado por seus membros, contribui para o sentimento de
pertença dos indivíduos ali estabelecidos, fortalecendo os laços comunitários e o cuidado para a
preservação de suas características naturais e culturais.
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2.2.Turismo e desenvolvimento
O turismo, actividade que tem despontado como alternativa para o desenvolvimento económico
das localidades que o implementam, tem no seu delineamento conceitual a característica de
gerar tanto crescimento quanto desenvolvimento económico. Silva (2004, p.10)
Potencial gerador de divisas, emprego e aumento de renda, contribui para o crescimento do
produto interno bruto (PIB) facto que se traduz em crescimento económico, assim como também
pode contribuir para uma melhor qualidade de vida da população receptora que, empregadas e
com melhores salários, poderá usufruir o turismo, enquanto opção de laser além de se beneficiar
dos equipamentos e infra-estruturas gerada ou beneficiadas para atender aos turistas. Isso tudo se
traduz em melhora da qualidade de vida local. Silva (2004, p.13)
Esses elementos, embora sejam essenciais a realização do turismo não têm na actividade
turística sua base de produção, mas na indústria da construção, na indústria alimentícia, no
sector de serviços e no artesanato. Os gastos dos turistas nesses bens derivados acarretam no
aumento de recursos oriundos do aumento da demanda da economia local.
Entretanto, embora essa inter-relação aponte para um efeito positivo do turismo para a
economia, com consequente desenvolvimento, Silva (2004,p.43) adverte que essa realidade não
se aplica para todas as regiões e situações. Ele afirma que para regiões deprimidas
economicamente a actividade turística, por si só, não reúne condições de promover o
desenvolvimento económico regional, embora possa actuar como indutora de crescimento
económico.
Diante desta realidade, para que o turismo se insira como actividade potencializadora de
desenvolvimento para uma região economicamente deprimida, é necessário que deficiências
estruturais desse tipo de cenário sejam superadas. Martins (2011,p.54)
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Sendo actividade económica, e para se calcular o nível de influência do turismo para o
crescimento económico e possível desenvolvimento, deve-se observar o índice de produtividade
da actividade. Medir a produtividade traduz-se em determinar uma relação entre o número de
outputs(saídas ou resultados) e o número de inputs (entradas matérias-primas) de determinado
processo. Para Silva (2004,p.31), os ganhos de produtividade estão na origem do processo de
desenvolvimento económico.
Das diversas abordagens trazidas por alguns autores sobre o Turismo e Desenvolvimento a que
mais abraça a este trabalho, (Lage e Milone) discutem questões relacionadas a demanda
turística, uma vez o turista permanece no local sente a necessidade de alojamento, de se
alimentar e do próprio lazer, gastos estes que se traduzem em divisas para os estabelecimentos
turísticos, ao governo local também para a população da comunidade.
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2.3 Contribuições do turismo para o Desenvolvimento da comunidade
Ainda que a Organização Mundial do Turismo (OMT) tenha proposto algumas directrizes éticas
que direcionam a actividade turística em comunidades locais, tais como: “comunidades locais se
associarão às actividades turísticas e terão uma participação equitativa nos benefícios
económicos, sociais e culturais que referem, especialmente na criação directa e indirecta de
emprego que ocasionem” OMT (1999,p.6), fica claro que seus pressupostos partem de fora para
dentro, ou seja, de políticas e empreendimentos exógenos à comunidade e que são orientados a
incluírem os sujeitos autóctones em seus projectos.
Trata-se, sobretudo, de desenvolver o turismo guiado por valores locais e orientado para a
minimização das agressões à cultura local e ao ambiente natural – lugar de moradia do autóctone
assim como de reduzir a dependência económica externa.
Segundo Salvatierra & Mar (2012:15), os projectos turísticos de desenvolvimento local devem
estarfocados nos interesses individuais e colectivos dos sujeitos e devem ser pautados em
estratégias endógenas, pertencentes e plenamente assumidos pelo tecido social local, uma vez
que são os atores locais e seu território que devem ser desenvolvidos de forma a gerar benefícios
presentes e futuros.
Muitas comunidades têm visto no turismo receptivo uma opção de melhoria de suas condições
devida. Desta maneira, o desenvolvimento local tem sido possível em projectos endógenos de
turismo de base comunitária resultantes da decisão, da autogestão e da plena participação da
comunidade local nas actividades turísticas. Isso implica dizer que o turismo de base
comunitária possibilita à população local ter um controle efectivo das decisões sobre o turismo
no local e sobre o desenvolvimento de suas actividades. Pratica-se, assim, a gestão comunitária
ou familiar daquilo que é disponibilizado como serviços e atractivos turísticos, valorizando
aspectos culturais e naturais do local.(Harwood, 2010).
Segundo Fortunato e Silva (2011, p. 85), a actividade turística tem-se tornado uma prática
presente em comunidades tradicionais, constituindo assim “um novo segmento do mercado
turístico que trabalha as potencialidades dos povos originários tornarem-se reconhecidos como
importantes na sociedade contemporânea”.
Os autores afirmam que essa modalidade de turismo pode promover o desenvolvimento local
através da valorização dos patrimónios naturais e culturais da comunidade, desde que destacadas
as potencialidades endógenas do território e de seus atores.
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3. Cronograma
Nesta secção são descritas as etapas do trabalho, assim como o período de realização de cada
uma delas.
Escolha de tema
Revisão de literatura
Redacção de dados
Enquadramento teórico.
Descrição da metodologia
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4 . Orçamento
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ARAÚJO, G. P. L.(2009).Turismo comunitário: Uma perspectiva ética e educativa de
desenvolvimento. Turismo-Visão e Ação, v. 10, n. 3, p. 358–377,.
COSTA, M.. COSTA, (2011). Formação em Serviço: Mitos e Realidades. Coimbra: Revista
Sinais Vitais,
GIL, A. C. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª ed. Editora. Atlas, 206 p; São
Paulo
Gil, A. C (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª Edição. São Paulo: Atlas
QUIVY, R.T, L. VAN (2005), Manual de Investigação em Ciências Sociais, 4ª edição. Lisboa:
Trajectos
MARCONI, M. A., & LAKATOS, M. E. (2008). Metodologia Científica. 5ª Edição. São Paulo:
Atlas
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SALVATEIRRA. M E MAR. I.C. (2012).construcción de servicios turísticos a nível local e
toluca. Revista rosa dos ventos. Vol 4
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