Desenvolvimento e Planejamento Turístico em Mairiporã

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CENTRO PAULA SOUZA ETEC PROFESSOR HORCIO AUGUSTO DA SILVEIRA EXTENSO E. M.

MUFARREGE SALOMO CHAMMA CURSO TCNICO DE ADMINISTRAO

DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO TURSTICO EM MAIRIPOR

MAIRIPOR/SP 2011

BIANCA REINALDO DE FARIAS IONE PEDREIRA SILVA MAIA MARIANA APARECIDA FREITAS PATRICIA SOARES FARIAS NASCIMENTO VAGNER PEREIRA DA SILVA

DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO TURSTICO EM MAIRIPOR

Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza, a unidade ETEC Professor Horcio Augusto da Silveira Extenso E. M. Mufarrege Salomo Chamma como requisito parcial obteno do ttulo de tcnico de nvel mdio em Administrao. Orientadores: Priscila Dos Reis Amlio Nelson Alves Levada Junior

MAIRIPOR/SP 2011

DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO TURSTICO EM MAIRIPOR

Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza, a unidade ETEC Professor Horcio Augusto da Silveira Extenso E. M. Mufarrege Salomo Chamma como requisito parcial obteno do ttulo de tcnico de nvel mdio em Administrao.

Monografia defendida e aprovada em: ___/___/_____.

Banca examinadora:

___________________________________________ Prof. Priscila dos Reis Amlio

___________________________________________ Prof. Nelson Alves Levada Junior

___________________________________________ Prof.

___________________________________________ Prof.

___________________________________________ Prof.

DEDICATRIA

Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pela sade, f e perseverana que tem nos dado. A nossa famlia que indiretamente foram privados de nossa presena durante esse processo educacional. A nossos pais, a quem honramos pelo esforo com o qual mantiveram seus filhos na escola pblica, permitindo-lhes condies de transpor xito na sociedade educacional. Aos nossos amigos pelo incentivo a busca de novos conhecimentos, a todos os professores e professoras que muito contriburam para o nosso desempenho at aqui, dos quais teremos boas lembranas. Aos professores

orientadores, Priscila dos Reis Amlio e Nelson Levada Alves Junior, pela sabedoria e dedicao com a qual supervisionou o nosso trabalho, levando em considerao os problemas que fazem parte do contexto de seus alunos, sendo sensvel s diversas situaes nos obstculos que lhes foram

apresentados.

AGRADECIMENTOS

Ao Ilustrssimo Senhor Prefeito Antnio Aiacyda, ao vereador Alladin, a Secretaria do Turismo e Meio Ambiente, a ADTUR e a direo da escola Dr. Jos Roberto Melchior, que nos recebero espontaneamente para dividir conosco informaes importantes para o desenvolvimento de nosso trabalho. s pessoas que direta ou indiretamente, em uma conversa e outra nos responderam a questes elaboradas sobre nosso tema nos dando dicas, orientaes e focos para a estrutura do nosso projeto.

PENSAMENTO

Se planejarmos para um ano, devemos plantar cereais. Se planejarmos para dcadas, devemos plantar rvores. Se planejarmos para a vida toda, devemos educar o homem. (Kwantzu. China, sc. III a. c.)

RESUMO

O Turismo a fora que abrange ao desenvolvimento para o resgate da cultura, alm de gerar empregos e renda. Para que isso acontea so necessrios investimentos e melhorias na cidade, possibilitando a demanda da visitao para dinamizar a economia do municpio. Mairipor apresenta em sua rea um potencial para o desenvolvimento do turismo educativo com prticas de orientao regional, lazer, belezas naturais de contemplao, religiosidade e patrimnio histrico. Toda essa abundncia nos permite acreditar que a cidade pode se considerar uma verdadeira atrao turstica. Para iniciar o trabalho de desenvolvimento, o mapeamento territorial foi necessrio, percorremos a cidade a fim de discutir a situao atual da regio, assim diagnosticando seus pontos e classificando-os em objetivos a serem desenvolvidos e promovidos na cidade. O planejamento e o ordenamento da oferta turstica sero compostos por rotas, roteiros e destinos, a base para constituio poltica, que deveria ser promovido e trabalhado dentro da bagagem histrica da cidade. Como estratgia para esse projeto, demos prioridade conscientizao, visualizao atrativa e ao patrimnio histrico, almejando construir com a incluso social e a sustentabilidade e nas diversidades tursticas que Mairipor nos permite explorar. A definio das estratgias faz com que Mairipor assuma posio de liderana em sua regio, servindo de referncia s cidades vizinhas, para que tambm busquem o crescimento com responsabilidade sustentvel e social.

Palavras-Chaves: Conscientizao.

Turismo,

Desenvolvimento,

Planejamento,

Estratgias,

ABSTRACT

Tourism is the force that covers the development of culture to the rescue, and generate jobs and income. For this to happen are necessary investments and improvements in the city, in order to facilitate the demand of visitation to boost the city's economy. Mairipor in its area presents a potential for the development of educational tourism practices with regional orientation, recreation, natural beauty of contemplation, religious and historical heritage. All this abundance allows us to believe that the city can be considered a real tourist attraction. To start the development work, territorial mapping was necessary, we toured the city to discuss the current situation in the region, and diagnosing their points and sorting them in objectives to be developed and promoted in the city. And spatial planning of tourism will comprise routes, itineraries and destinations, the basis for political constitution, which should be promoted and worked within the historical baggage of the city. As a strategy for this project, we gave priority to awareness, and attractive display of historical, aiming to build sustainability and social inclusion and diversity in tourist Mairipor that allows us to explore. The definition of strategies makes Mairipor takes leadership position in the region where it is located, serving as a reference to neighboring towns, that we seek growth with social responsibility and sustainable.

Key words: Tourism, Development, Planning, Strategy, Awareness.

METODOLOGIA

Esse trabalho foi desenvolvido atravs de algumas pesquisas de campo realizadas com a comunidade, empresrios e profissionais da rea do turismo, notando-se a falta de orientao estratgica e de conhecimento regional. Buscamos referenciais bibliogrficos na rea do turismo receptivo e eficaz para estruturarmos a elaborao do contedo, destacamos os principais autores, Beni, Kotler e Silva. Documentamos entrevistas realizadas com membros de rgos competentes, visando o conhecimento e o norteamento regional, relacionados ao tema abordado e enfatizamos os nossos esforos para a elaborao de um projeto eficaz. Os diagnsticos e estratgias estabelecidas em nossas projees estruturais tiveram como referncia as visitas realizadas aos principais pontos tursticos e a escassa estrutura detectada pela investigao durante esse processo. A natureza descritiva de nossos objetivos traou estudos exploratrios que visam contribuir com a mudana social e turstica da regio, tal inqurito nos possibilitou plano de melhorias para o bem estar de todos, com o intuito de um turismo mais participativo.

LISTA DE ILUSTRAES

Figura 1- Construo do Sistema Cantareira ............................ 29 Figura 2 Povoamento em torno da capela ......................................................................... 30 Figura 3 Espao da construo da rodovia Ferno dias ............................................... 31 Figura 4 Antigo Tnel Mata Fria ........................................................................................... 32 Figura 5 Fauna da Serra da Cantareira .............................................................................. 33 Figura 6 Pico do olho dgua ................................................................................................. 34 Figura 7 Cruzeiro ....................................................................................................................... 34 Figura 8 Represa Paulo de Paiva Castro .......................................................................... 34 Figura 9 Pedreira DIB .............................................................................................................. 34 Figura 10 Sete Quedas ........................................................................................................... 35 Figura 11 Cachoeira da Caceia ............................................................................................ 35 Figura 12 Modelos das placas de informao .................................................................. 74 Figura 13: Sugesto de melhoria visual Tnel Mata Fria ...............................................75 Grfico 1 Investigao do conhecimento histrico .......................................................... 44 Grfico 2 Pesquisa da taxa da oferta turstica .................................................................. 48 Grfico 3 Melhoria e aplicaes tursticas na cidade ..................................................... 66

LISTA DE SIGLAS

CONDEPHAAT Conselho de Defesa do Patrimnio, Arqueolgico, Artstico e Turstico. EMBRATUR Empresa Brasileira de Turismo. MTUR Ministrio do Turismo. OMT Organizao Mundial do Turismo. PNMT Plano Nacional de Municipalizao do Turismo. PNT Plano Nacional do Turismo. SABESP Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo. TGS Teoria Geral dos Sistemas UNESCO Organizao das Naes Unidas para a Educao, Cincia e Cultura.

SUMRIO
INTRODUO ............................................................................................................................... 14 1. TURISMO ................................................................................................................................... 16 1.1. A Influncia do Turismo na Atividade Econmica ................................................19 1.2. O Inventrio Turstico ...................................................................................................19 1.3. A importncia do Planejamento Turstico .............................................................. 20 1.3.1. Teorias do Planejamento Turstico ............................................................... 21 1.3.2. A importncia da iniciativa privada e do poder pblico na atividade turstica
............................................................................................................................................................. 21

1.4. Compreenso da Viso Sistmica em Torno da Teoria Geral do Turismo . 23 1.4.1. Conceitos Sistmicos ....................................................................................... 23 1.5. Conceituao Turstica ................................................................................................ 24 1.6. Aspectos Tursticos ...................................................................................................... 26 1.7. Turismo no Mtodo Paulo Freire .............................................................................. 27 1.8. O Marketing Informal como Desenvolvimento Turstico .................................... 27 2. MAIRIPOR HISTRIA E TURISMO .............................................................................29 2.1. Histria ............................................................................................................................. 29 2.1.1 Caractersticas ..................................................................................................... 32 2.2. Turismo ............................................................................................................................ 33 2.2.1. Turismo Hoteleiro .............................................................................................. 37 2.2.2. Turismo Religioso .............................................................................................. 39 2.2.3. Eventos Culturais e Locais ............................................................................. 40 2.2.4. Turismo Gastronmico ..................................................................................... 40 2.3 Mitos e Lendas ................................................................................................................ 41 2.4. Turismo Desportivo ...................................................................................................... 42

2.4.1. Trilhas ................................................................................................................... 42 2.5. Turismo de Contemplao e Preservao ............................................................ 43 2.6. Incompatibilidade Social e Turstica em Mairipor ............................................. 44 3. DESENVOLVIMENTO TURSTICO ................................................................................... 46 3.1. Pesquisas ........................................................................................................................ 47 3.2. Avaliao Regional ....................................................................................................... 47 3.3. Diagnstico Local ............................................................................................................... 52 3.3.1. Fatores Naturais ..................................................................................................... 52 3.3.2. Fatores Socioeconmicos ................................................................................... 52 3.3.3. Fatores Culturais .................................................................................................... 52 3.3.4. Ofertas ....................................................................................................................... 53 3.4. Diagnstico dos Pontos Fortes e Fracos .................................................................. 55 3.4.1. Viso do Cliente .................................................................................................... 56 3.4.2. Principais Dificuldades ......................................................................................... 56 3.5. Anlise de Desenvolvimento .......................................................................................... 56 4. PLANEJAMENTO E PENSAMENTO ESTRATGICO ................................................ 59 4.1. Situao Atual ................................................................................................................ 60 4.2. Anlise Estrutural .......................................................................................................... 62 4.3. Anlise da Coleta de Informaes .......................................................................... 67 4.4. Estratgias Estruturais ................................................................................................ 67 4.5. Projeo sugestiva de melhoria turstica para Mairipor ...................................68 5. PROJETO Comunicao e incluso a base do sucesso ............................. 70 5.1. Estruturao Territorial ................................................................................................ 71 5.2. Solues Estratgicas ................................................................................................. 73 CONCLUSO ................................................................................................................................ 77

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................................ 78 GLOSSRIO .................................................................................................................................. 80 ANEXOS .......................................................................................................................................... 82 APNDICES ....................................................................................................................................89

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INTRODUO

Este trabalho objetiva tratar a conscientizao aos cidados e empresrios Mairiporanense, da valorizao da regio e a importncia que isso traz para a cidade e a sua comunidade. Atualmente no existe nenhum programa de conscientizao, de reconhecimento e participao da populao com grande relevncia e significado que atinja a todos os grupos da regionalizao, para que todos tenham o pensamento sustentvel interiorizado para uma melhor viso ampla e visual da cidade. O que se v no municpio de Mairipor, um crescente polo industrial nas grandes reas de mananciais, fato esse que limita o uso e a explorao de uma reserva totalmente natural e cheia de atrativos inexplorveis, para um lazer saudvel e familiar. Profissionais da rea do turismo, que j atuam na regio tm o maior conhecimento das suas dificuldades. possvel que, com a participao da populao na exigncia do planejamento, se possa obter os resultados desejados para um desenvolvimento de qualidade sem prejudicar seus recursos naturais. Com a gesto participativa dos rgos competentes, empresarial e a comunidade inserida nesse processo, ser importante tornar especfico uma atividade diversificada como: o esporte, a culinria, a histria da cidade. Os seus atrativos mostram uma qualidade de vida pura, a contemplao dos mananciais que abastecem significativamente 60% da regio metropolitana de So Paulo e, a Serra da Cantareira que representada pela a fauna e a flora considerada uma mini mata atlntica; destinado a atender as condies necessrias para o crescimento da regio, visando s caractersticas peculiares do municpio e trabalhando o ecoturismo na preservao da natureza uma vez que o principal produto da atividade a paisagem natural. Mairipor se destaca tambm por estar a 30 km de So Paulo, tendo acesso a vrias estradas: Rodovia Ferno Dias, Estrada Parque da Roseira, e Santa Ins. J existem programas e projetos na cidade como a Mairipor Eco Fest Adventure com modalidades voltadas para o esporte, porm, seu incentivo no de destaque fundamental para a cidade. O intuito do projeto apresentar as formas mais sustentveis possveis para a nossa sobrevivncia e convivncia ampla de lazer e cultura, sem haver a

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necessidade

de

nos

deslocarmos para

outras

unicidades em

busca

de

entretenimento e novos conhecimentos. O desenvolvimento de nosso projeto se dar atravs da implantao de signos de comandos, que possibilitem a visualizao dos atrativos tursticos da cidade como um marco de referencial histrico e, o benefcio que podem nos trazer. Permitindo com que a chamada cidade dormitrio ganhe um brilho a mais, para isso precisamos contar com a populao e com os empresrios locais para a divulgao de Mairipor.

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1. TURISMO

Na Organizao Mundial do Turismo - OMT, 2003 o turismo tido como uma atividade realizada por pessoas que se deslocam de algum lugar para o outro durante suas viagens visitando lugares diferentes do seu lugar habitual por um perodo consecutivo, inferior a um ano. uma mistura complexa, que vai desde elementos naturais como o transporte a fatores psicolgicos como uma fuga da rotina e ali uma concretizao de um sonho. A palavra Turismo deriva do tur. do grego tornus e do latim tornare que significa giro ou circulo. Portanto o turismo o ato de partir e posteriormente regressar ao ponto inicial. E o realizador deste giro denominado turista. Historicamente o turismo se deu na Grcia devido aos jogos olmpicos e mais tarde na Inglaterra durante a revoluo industrial do sculo XX. Aps a 2 guerra o acesso ao meio de transporte e o surgimento de companhias areas facilitam a vida das pessoas fortalecendo a atividade turstica em todo o mundo. Atualmente o seu crescimento ocorre atravs da facilidade das condies de pagamento, pela maior disponibilidade de tempo, pelo aumento da renda, pela preferncia e motivao das pessoas, a globalizao a busca pela particularidade local e recreao, o descanso e incluindo ainda inmeros interesses sociais, histricos, culturais e econmicos. Graas a esses elementos, em todo o mundo, cada vez mais pessoas encontram nas viagens a melhor alternativa para preencher seu tempo livre, essas so as melhores perspectivas para o turismo. O turismo se encontra no terceiro setor da economia, por isso no pode ser considerado uma indstria. Sem uma atividade de prestadora de servio que gere emprego, renda e desenvolvimento econmico local, regional, estadual, nacional, aumenta a comercializao de produtos locais, traz investimentos a proteo do meio ambiente e a cultura, proporciona melhoria urbana e infraestruturar e do nvel sociocultural da populao local, costumes e estilo de vida. uma atividade complexa que movimenta mais de cinqenta seguimentos da economia que envolve no s viagens, mais toda uma corrente de bem e servio como cultura, gastronomia, compras, negcios, teatro, dana, musica, segurana, transporte, eventos, artesanato e entretenimento. Atualmente em escala mundial a indstria do turismo est entre 2 e 3 setor de

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maior movimentao economia empregando 250 milhes de pessoas em todo o planeta, e o maior gerador de receitas de impostos, equivalendo a Us$ 802 bilhes de dlares. Em termos de produo mtua a maior indstria do mundo que passa dos Us$ 3,4 trilhes de dlares segundo a Organizao Mundial do turismo. Para garantir a permanncia e o lazer das pessoas em um determinado local e o fluxo turstico, necessrio obter equipamentos e servios de qualidade e de infraestrutura que permita a fixao dos turistas por um determinado tempo. Suprindo as necessidades desta demanda real ou da que se espera, preciso dispor, alm da oferta original (as atrativas), uma oferta agregada diversa (hotis, entretenimento, transporte, restaurante, entre outros).
atividade turstica traz a interdisciplinaridade nas relaes ecolgicas, sociais, econmicas e culturais juntamente com a infraestrutura e superestrutura e as aes de mercado. (BENI 1998).

Quando se fala em atividade turstica a lei da oferta e procura se faz presente, pois como j mencionados o turismo e tambm a atividade econmica est sujeita leis do mercado. A produo de bens e / ou servios depende das necessidades do pblico alvo consumidor. Pesquisas demonstram que so nas viagens curtas que os produtos tursticos esto sendo consumidos. Sabendo que lazer no turismo, mas, todo o turismo lazer, so nessas viagens que as pessoas esto consumindo em seu tempo livre e descobrindo o turismo como opo de lazer. Assim, destacando o turismo na economia mundial. aps o horrio de trabalho e/ou de deslocamento nos finais de semana para a casa, na praia ou campo que as atividades de entretenimento e lazer so realizadas por motivos diversos, mas com o objetivo de lazer. Os atrativos tursticos de um destino so de suma importncia para a captao e manuteno de cliente. Porm, de nada adianta uma bela atrao turstica se no houver uma estrutura de conforto e segurana placas de informao para melhor localizao e tambm uma excelente divulgao dos atrativos tursticos sem contar a receptividade. De modo geral outro grande problema a definio da poltica ou ausncia dela em regies que possuem turismo. Alguns municpios por falta de maiores informaes no oferecem apoios para a realizao de projetos de conscientizao

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na comunidade, sendo esta a maior e melhor parceira para a realizao do marketing turstico. A conscientizao turstica e o ponto inicial para o desenvolvimento do setor indispensvel em todos os nveis empresariais, poltico e social. No turismo receptivo, o local de destino de uma viagem oferece infraestrutura, bens e servios capazes de atender a todas as necessidades dos visitantes / turistas. Para que tenha uma boa receptividade o local de destino ter que se preparar para obter e oferecer os melhores servios e, pra tanto se faz necessrios juno de Poder Pblico, da populao e dos empresrios. Com a unio desses trs

elementos possvel fazer um trabalho com uma recepo de qualidade e competitiva capaz de atrair muitos turistas. Porm, a unio desses elementos em prol da atividade turstica apesar de essenciais no so os diferenciais, o local precisa ter atraes para chamar a ateno do visitante, como belezas naturais, construes histricas ou eventos, entre outros. A regio interessada no turismo receptivo deve sair do discurso e ir para a realizao que de fato demonstrem interesse pelo assunto. Se essas aes no existirem, cabe iniciativa privada fazer sua parte. Como j ditos anteriormente muitos atrativos so ligados direta e indiretamente atividade turstica e, talvez seja um dos motivos para aprofundar a valorizao do setor com o trabalho de conscientizao e divulgao do que a cidade tem de melhor para oferecer. Alm de gerar emprego e renda o turismo promove atividades que de incio no teriam resultados imediatos pelo consumo do produto turstico, porm, percebe-se que seu ganho indireto toda vez que um visitante/turista chega ao ncleo receptor. O consumo no comrcio local um deles, principalmente os produtos regionais como o artesanato. Toda cidade possui histria, poltica, cultura e maneiras prprias para o relacionamento entre setor pblico, privado e social. Por esse motivo necessrio que a cidade ou regies, interessadas no mercado turstico devem ter aes claras e objetivas para a formao de uma conscientizao.

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1.1. A influncia do turismo na atividade econmica

Os mais variados negcios crescem atravs das caractersticas regionais, valorizando dessa maneira a cultura local, que se torna um dos principais atrativos para o desenvolvimento do turismo. Os agentes privados em escala maior por micro e grandes empresrios, so responsveis pelos deslocamentos e acomodao dos visitantes e, viabilizando a ocorrncia de fluxo turstico programados, fazem a explorao econmica de essa atividade obter renda sendo de sua responsabilidade a movimentao de toda uma cadeia de negcios na localidade. A infraestrutura turstica e de apoio fazem parte da atividade econmica direta e indiretamente e contam com os mais variados tipos de segmentos como, os rgos oficiais do turismo, associaes e agncias de viagem. Isso tambm depende de vrios fatores, o tipo de organizao, a localizao do estabelecimento, o relacionamento do empresrio ou profissional com as organizaes tursticas, perfil dos turistas e suas necessidades, a singularidade e eventualidade desse desenvolvimento. A insero de uma poltica de desenvolvimento na atividade turstica envolve a maioria dos segmentos da sociedade, a populao, iniciativa privada e poder pblico, alm disso, do envolvimento desses seguimentos que resulta a qualidade do produto turstico.

1.2. O inventrio turstico

O inventrio turstico elaborado pela empresa de turismo que faz o levantamento dos atrativos tursticos, dos servios e equipamentos e da infraestrutura de apoio, como instrumento base de informaes, para fim de planejamento, gesto e promoo da atividade turstica. Possibilita a definio de prioridade para os recursos disponveis e o incentivo sustentvel disponibilizando dados confiveis sobre a oferta turstica, permitindo a anlise de significado econmico do turismo e seu efeito multiplicador no desenvolvimento do municpio,

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identificando e classificando municpios tursticos e com potencial. Verificam-se tambm diagnsticos dos pontos crticos existentes entre oferta e demanda coletando informaes que subsidiem a construo de roteiros tursticos. O inventrio de suma importncia para obter informaes de confiana para o planejamento e desenvolvimento das melhores potencialidades tursticas de uma determinada regio. Este documento utilizado no s pelo poder publico, mas tambm por turistas, estudantes, empreendedores, imprensa e outros interessados a fim de obter subsdios para o planejamento turstico, realizador de pesquisas para estudos e objetivos de ter maiores informaes sobre o local que pretendem abrir empreendimentos tursticos ou no.

1.3. A importncia do planejamento turstico

O planejamento necessita de definio de polticas e processos de prticas de equipamentos e seus respectivos prazos que maximize os benefcios

socioeconmicos e minimize os custos acentuando o bem estar da comunidade receptora e a rentabilidade do setor.
responsabilidades sociais so atribuies que a sociedade estipula para as instituies, tendo por objetivos definir algumas obrigaes relacionadas preservao do meio ambiente, dos direitos das minorias e dos direitos das populaes estabelecidas nativas ou no. KOTLER, 1996.

Como a maior parte das atividades econmicas, a atividade turstica tem a capacidade de promover impactos positivos e negativos. Por isso o motivo importncia do planejamento e preservao , destaque no mundo acadmico. Como aliados no processo de preservao e nesse contexto que o patrimnio resgate as tradies e a memria local. necessrio convencer a comunidade da importncia da conservao e preservao local, fundamental mostrar com exemplos reais que dar vida a cultura reforo e que todos so beneficiados. A participao da comunidade define o rumo do planejamento que, se no contar com o apoio desta, est fadado a declinar.

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O resultado do planejamento turstico de que as cidades receptoras consigam a sustentabilidade econmica, preservem a cultura e o meio ambiente e garantam a aprovao por parte da comunidade.

1.3.1. Teorias do planejamento turstico:

No Brasil o grande paradigma dos estudos tursticos so sistmicos e adeptos a essa teoria, dentre eles esto: Amrico Pellegrini Filho, Doris Ruschmann, Mrio Carlos Beni, Mirian Rejourshi, Sarah Bacal, Wilson Abrao Rabahy, Olga Tulik e outros. Esses conhecidos como professores do turismo brasileiro ministraram aulas, se formaram na universidade de So Paulo e, que por muito tempo, foi a principal escola do turismo. Alguns deles iniciaram carreira em 1970 e outros principiaram seus estudos em 1980 e dez anos mais tarde, com a grande oferta de cursos de turismo, se fortaleceram. Por j atuarem na rea, esses professores da USP publicaram seus estudos e difundiram suas abordagens em todo o pas. Estudantes de ps-graduao de vrios estados brasileiros vinham desenvolver seus estudos na USP, desse modo, tinham contato com a teoria sistmica que era divulgada e ensinada, quando retornavam para as suas regies de origem, aplicavam o conhecimento nas instituies de ensino superior. Dessa maneira a teoria sistmica foi desenvolvida no Brasil. Porm com a chegada da internet no territrio brasileiro em 1996, esse fato comeou a mudar, quando professores e estudantes encontraram com mais facilidade publicaes em sites e artigos, o que fez a diferena do alvo dos autores brasileiros. Esse paradigma se mantm nos dias atuais, ao menos para os que tm uma viso nacional dos estudos tursticos.

1.3.2. A importncia da iniciativa privada e do poder pblico na atividade turstica

A partir de 1994 com o (PNMT) Plano Nacional de Municipalizao do turismo, os municpios passaram a ter o poder para planejar e agir na regio com a finalidade de desenvolver o turismo.

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O MTUR/PNT 2005 admite a atividade turstica dentro de uma gesto descentralizada em nvel municipal. As aes do poder pblico so de planejar, regular e divulgar o produto turstico. As aes de ordenamento do espao geogrfico fazem parte da atividade turstica, a preservao dos bens naturais e humanos tangveis e intangveis e da criao de regulamentos legais. A divulgao desse ordenamento

independentemente das iniciativas privadas, cabe ao poder pblico por meio de seus instrumentos, promover a divulgao turstica como um servio prestado para a comunidade. O poder pblico de proporcionar ao mximo o bem estar dos cidados, criando e mantendo as condies necessrias e adequadas para desenvolver o municpio turisticamente. De acordo com o PNMT, o municpio que desejar exercer a atividade turstica como vetor do desenvolvimento, dever apresentar seu projeto a algum rgo especfico como o Conselho Municipal do Turismo, com o apoio do governo estadual e federal. Para o PNMT o turismo ocorre localmente e seu diferencial a individualidade total. De acordo com Almeida e Bls (1997, p.48), a localidade ao empreender seu desenvolvimento por meio do turismo, no se limita aos aspectos infraestruturais, mas tambm para a conscientizao de sua populao, sobretudo com respeito aos valores culturais. Desse modo em uma poltica turstica necessrio prever a educao da populao para a tal prtica. Para que o planejamento turstico obtenha viabilidade preciso contar com uma equipe de profissionais de varias reas em sua elaborao, no ser exclusividade do setor pblico esta tarefa, e sim de pessoas e rgos que tenham interesse na atividade e em todos os elementos e equipes de trabalho que possam estruturar a implantao e o desenvolvimento turstico atravs de seus conhecimentos. O COMTUR abriga diversos setores e profissionais diretamente ligados e interessados no turismo do municpio, talvez seja o rgo que mais se aproxime do ideal para realizar tal atividade. O turismo, por sua caracterstica de unir todos os seguimentos econmicos e multiplicador de micro, pequenas e mdias empresas, favorece a abertura de negcios.

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1.4. Compreenso da viso sistmica em torno da teoria geral do turismo

Na dcada de 1920 a biologia estava tendo certo descuido com relao a organizao dos seres vivos e, essa percepo foi feita pelo Ludwing Von Bertalanffy, para ele essa organizao era o fenmeno essencial da vida. Foi no Canad que ele publicou a Teoria Geral dos Sistemas, sua maior obra.
Segundo Beni (2001 p.23) sistema [...] como um conjunto de partes que se integram de modo a atingir determinado fim, de acordo com um plano ou principio; ou conjunto de procedimentos, doutrinas, idias ou princpios, logicamente ordenados e coesos com inteno de desenvolver, explicar ou dirigir o funcionamento de um todo. Essa teoria pode ser definida como qualquer totalidade ou o todo organizado. [...] fala-se em sistema solar, sistema nervoso (Abbagnano, 1999, p.909).

A compreenso de que o todo pode ser analisado como sendo e fazendo parte de um sistema, surgiu o TGS - Teoria Geral dos Sistemas, o objetivo diferente dessa teoria, saber conduzir, lidar com coisa ou alguma idia complexa e diminuir essa complexidade. E o mais importante que depois as coisas e idias tornam-se mais fceis para analisar e administrar e compreender o seu todo. Para isso faz-se necessrio separar seus elementos e identificar os atributos cruciais em poder visualizar como eles esto sendo conectados.

1.4.1. Conceitos sistmicos:

Deve-se ainda estabelecer a relao contestvel entre teoria geral de sistemas e estruturalismo. O estruturalismo verifica a sociedade como um complexo de grupos sociais que esta sempre interagindo, um sistema de instituies que agem e reagem umas com as outras.

24 Ela se preocupa com os diversos sistemas especficos, verificados em diversos campos (por exemplo, o antropolgico, economia, lingstica) correspondem-se ou tem caractersticas anlogas (Abbagnano, 1999, p.377).

E no apenas com a interpretao de um simples sistema, uma vez que os homens tm necessidades fundamentais uns com os outros, o estruturalismo admite que as aes humanas sejam funcionais e indispensveis para a existncia da sociedade. A sociedade funcional como um todo que formado por partes, que so os sistemas. J a teoria sistmica identifica apenas o sistema em questo com o objeto de estudo e investigao, enquanto a teoria estruturalista procura perceber quais so os elementos anlogos em dois ou mais sistemas. Sendo assim, o estruturalismo analisa o todo e o sistmico analisa as partes que compe esse todo. A TGS um avano que se compara com o reducionismo cientifico positivista do sculo XX, que procurava explicar os organismos por meio das exatas (qumica, fsica, matemtica), pretendendo a compreenso do todo. Aps a criao dos TGS inmeros autores foram criando sistemas de turismo. Existem duas analises bsicas aplicadas ao turismo conforme Leiper (2000), - a primeira, pretende analisar, explicar e abranger todos os elementos demandados do fenmeno turstico, fornecendo modelos completos do sistema turstico. A segunda seria no procurar fazer a abordagem completa do turismo, mas estud-lo por meio de subtemas, ou subsistemas.

1.5. Conceituao turstica

A variedade de conceitos na rea turstica muito vasta:


Segundo Beni (1998), so definies econmicas, tcnicas e holsticas. Beni reconhece que o fenmeno turstico complexo por isso seu conhecimento formulado dentro das diferentes reas de estudo e correntes de pensamentos.

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Para Molina & Rodriguez (2001), as questes econmicas sempre se destacaram na teoria do turismo, contudo sua complexidade faz com que conceitos de ordem cultural se tornem mais ampla.
[...] o turismo atual deve ser considerado basicamente como produto da cultura, no sentido amplo deste termo. Por isso as explicaes de carter econmico que so utilizadas para compreender a transcendncia do turismo so, evidentemente, insuficientes, ainda que significativas, porque no contemplam e tampouco consideram a diversidade de dimenses do fenmeno (Molina; Rodriguez. 2001 p.9).

Com isso podemos entender que o turismo um produto da cultura, seu enfoque cultural e, no somente de carter econmico como ocorreu ao longo da histria da evoluo terica do turismo. A definio econmica para o turismo uma viso mercadolgica que o torna muito limitado e reduzida. Moesh (2000, p.20), apresenta uma nova tendncia para os conceitos de turismo voltados para o seu aspecto humano, deixando seu carter essencialmente econmico de lado. Isso indica uma mudana positiva que considera o turismo como um fenmeno social. Ainda em seu livro A produo do Saber Turstico, mostra sua definio em turismo atravs de uma reflexo sociolgica, vendo o turismo como uma prtica social com base na cultura.
A conceituao do turismo no pode ficar limitada a uma simples definio, pois este fenmeno ocorre em distintos campos de estudo, em que explicado conforme diferentes correntes de pensamento, e verificado em vrios contextos da realidade social (Beni, 2011, p.39).

Esse conceito de atividade econmica mostra-se limitada, pois antes de ser uma atividade econmica, o turismo tambm uma atividade de importncia social que envolve predominantemente a relao entre pessoas, lugares, desejos e motivaes.

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1.6. Aspectos tursticos

A concepo de que o turismo significa deslocamentos e formas de se ganhar dinheiro que o senso comum abrange incansavelmente discutido pelos estudiosos. Quando esses pontos de vistas so vistos como construo de conhecimento e pesquisa, esses dois significados ultrapassam esse paradigma e prope a possibilidade de o turismo ser um fenmeno ligado cultura e a educao. Pessoas que viajam a trabalho podem ou no ser consideradas turistas. Com isso o turismo pode e deve ser analisado a partir do significado que cada ser humano d a ele. O turismo possui outros aspectos que o prprio turista no sabe explicar quais so, mas reconhece sua existncia, no sendo apenas o ato de viajar, sim o deslocamento. Nesse ponto vimos que o turista quem modifica o local ao qual se dirige ele que sua viagem modifica o local por onde passa com suas sugestes, crticas e elogios. O ato de ser turista est ligado experincia humana e ao significado que se d a ela. Existem turistas que manifestam preocupao com a receptividade, outros com o ato de poder viajar mais e com outros que no podem fazer o mesmo. Portanto, atravs do turista e do que ele tem a dizer sobre os significados interiores que ele d a sua viagem, que o turismo pode ser bem mais compreendido. O turismo no pode se mostrar de uma vez para as pessoas. Apenas o fato turstico manifestado, o impacto ambiental, gerao de renda, e o fluxo de pessoas vm primeiramente. J outras caractersticas como a motivao da viagem e o atendimento so percebidas pela mente humana. O turismo em si, como ele se manifesta e o sentido que o ser humano d a ele, fazem parte de uma investigao que busca ver o que est alm das manifestaes das coisas e seres. Por isso a importncia de reflexes no momento da viagem. Sem elas podem ocasionar frustraes como um vazio diante das recordaes. No necessariamente de uma reflexo filosfica como de autores clssicos, mas de uma reflexo em que o viajante possa sentir observar, participar, conhecer, ou seja, se interar profundamente com o local onde ele est visitando possa lhe proporcionar: sua histria, culinria, artesanato, entre outros.

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No livro A arte de viajar (Alain de Botton 2000) Fala-se sobre a importncia de problematizar de forma filosfica aos questionamentos que todos os visitantes deveriam fazer, no somente tirar uma foto, mas refletir observando a pintura, indagando a inteno do autor. No procurar somente saber em que ano foi erguido tal monumento, mas tentar entender porque foi construdo, como foi construdo e o que ele representou para o povo que o construiu. Reflexes desse tipo modificam quaisquer viajem.

1.7. Turismo no mtodo Paulo Freire

Um dos maiores educadores do mundo que desenvolveu uma pedagogia de participao comunitria e de conscientizao utilizado por todos aqueles pases que almejavam desenvolver a conscincia critica de seu povo, preservando sua cultura, memria local, regional e nacional. O exclusivo desse mtodo que o mesmo capaz de saber respeitar as peculiaridades de cada regio, exaltando a dignidade para cidadania. Esse mtodo envolve a comunidade em programas de conscientizao turstica, pois so estas que podero exigir que o turismo no se torne elitizadas e respeite as culturas locais e, desenvolva o turismo receptivo nas diversas regies desse imenso pas. Ele no pode ser visto somente como desenvolvimento econmico, sua repercusso vai alm desse fato.

1.8. O Marketing informal como desenvolvimento turstico

Segundo a Womma-Word of mouth marketing association, o marketing informal funciona com a necessidade de objetivos, tcnicas essas usadas para incentivar e ajudar as pessoas a se comunicarem umas com as outras, sobre produtos e servios, fazer pessoas influentes, formadoras de opinio, divulguem no seu circulo de influncia.

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A EMBRATUR realizou uma pesquisa de demanda turstica internacional 2004 a 2008 e, constatou que 58,3% dos turistas estrangeiros escolhem o lugar para onde viajaro a partir da indicao de amigos, parentes e de informaes coletadas na internet. O que chamamos de boca a boca, ocorre quando o turista passa para as outras pessoas, aspectos positivos sobre o destino e sua experincia naquela viajem. O visitante satisfeito, fazendo esse tipo de campanha contribui favoravelmente para a promoo de um destino.

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2. MAIRIPOR HISTRIA E TURISMO

H mais de 400 anos, uma paisagem de grande beleza acerca uma aldeia que teima em se estender trazendo uma bagagem histrica digna de reconhecimento e contemplao. Nessa aldeia h vidas que entrelaam suas histrias histria de Mairipor, ricas pela experincia da populao idosa, pela confiana em seus jovens e pela esperana que depositada as futuras geraes. Detalhamos a seguir a obra que contribui para o conhecimento histrico de nossa Cidade Bonita.

2.1. Histria

Em 1610, um dos mais antigos moradores de So Paulo, chamado Salvador Pires de Medeiros, patenteado capito da gente, recebeu doao de uma sesmaria do louco-tenente Gaspar Coqueiro. Essa sesmaria ia da margem direita Anhembi, pelo serto adentro subindo a Serra da Cantareira at as margens do Rio Juquer. Salvador Pires de Medeiros, seus filhos e genros desbravaram essa gleba de terras e abriram uma picada na mata at as margens do Rio Juquer. Estabeleceuse nos altos da Serra do Ajunh (Bairro Santa Ins) e fundou uma capela de louvor gloriosa Mrtir Santa Ins, homenageando a sua esposa Ins Monteiro Alvarenga, que anos depois ficaria conhecida como a a matrona, primeira famlia a instalar-se na cidade. Nesse mesmo perodo outros desbravadores atravessavam a Serra da Cantareira mais ao norte, at a Pirucaia, e o Ribeiro Guabirotuva que desgua no Juquer Aririba. Esse caminho estreito foi aberto a partir do aldeamento dos ndios Guaromenis, chamado Guarulhos, descendentes dos Guaiaz, nas redondezas da Capela Nossa Senhora da Conceio, fundada por volta de 1560, pelo padre jesuta Joo Alvares. preciso esclarecer que as terras do Juquer que foram doados em sesmarias neste perodo,

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compreendiam toda a regio por onde passava o rio antes das mudanas de cursos realizados para a construo do Sistema Cantareira. O incio do povoado foi em meados do sculo XVII, em torno da Capela de Nossa Senhora do Desterro, que foi erguida por Antonio de Souza Del Mundo e, funcionando como apoio elementar de servio s atividades rurais. Originalmente exclusivas na rea, surgiu um ncleo dotado de interessante traado e capacidade de adaptao ao stio pouco favorvel de sua implantao que se inseriu inicialmente na rea de domnio administrativo de So Paulo e

posteriormente a de Guarulhos. Ainda segundo dados histricos, em 1696 o povoado foi elevado categoria de Vila de Nossa Senhora do Desterro de Juquer, que em tupi designa uma planta leguminosa, conhecida tambm como dormideira. Em 1783, passou a ser parquia, a capela transformou-se em igreja e passou por diversas modificaes (1841 a 1982). A ltima reforma descaracterizou o antigo templo, conservando apenas a torre. A Vila de Juquer entrou no sculo XVIII como fonte de produtos agrcolas para So Paulo, produzindo algodo e vinho para exportao e, at metade do sculo XX, a cidade possua uma produo de gengibre alm da produo de olarias e cermicas, responsveis pelas maiores construes da cidade de So Paulo. Contudo, no prosperou como outras localidades inseridas nas regies das lavras de ouro e pedras preciosas, caracterizando-se como pouso de tropeiros. J em 1769, a Cmara paulistana determinou a abertura de uma estrada entre Juquer e So Paulo. O "Caminho de Juquer", que mais tarde transformou-se na Estrada Velha de Bragana. Juquer passou a ser municpio pela Lei Provincial n 67, de 27 de maro de 1889. Em 1898, o governo do Estado inaugurou o Hospital colnia de Juquer para doentes mentais, dirigido pelo mdico Franco da Rocha. A associao do nome de Juquer ao hospital causou confuso na entrega de correspondncias e desconforto entre os juquerienses, criando-se um movimento para mudar o nome do municpio. Em 1948 o prefeito Bento de Oliveira solicitou Assemblia Legislativa autorizao para a mudana, na ocasio, o deputado Ulisses Guimares apoiou o pedido e pronunciou a clebre frase: "Juquer, terra de loucos. Loucos por cidadania". No dia 24 de dezembro daquele ano foi aprovada a Lei n 233, permitindo a mudana do nome para Mairipor, entre outros de origem tupi-guarani,

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foi sugerido pelo jornalista e poeta Arajo Jorge, significando precisamente (mairi) cidade, (por) bonita. As primeiras dez famlias de imigrao japonesa chegaram h Mairipor em 1913, lideradas por Akimura, natural Dekumano. A colnia japonesa de Mairipor uma das mais antigas do Brasil, juntamente com as colnias de Cerqueira Csar e Iguape. Estas famlias deram novo impulso cidade, principalmente pelo trabalho na agricultura. Em outubro de 1913, Chju Akimura e outras nove famlias teriam adquirido lotes de terra em Juquer. Anos mais tarde, foi estabelecida a Cooperativa Agrcola do Juquer, que no ps-guerra transformar-se-ia no principal reduto da imponente Cooperativa Agrcola Sul-Brasil. Nos anos seguintes, centenas de outras famlias japonesas chegaram a Juquer. Mairipor se orgulha tambm de ser a terra querida de Athos Campos, compositor, folclorista e radialista que escolheu a cidade para viver no final da dcada de 1930. Autor do Hino Municipal foi um dos mais importantes artistas nacionais de sua poca. Defendeu as razes culturais do povo e denunciou o mercantilismo que comeava a desfigurar a msica sertaneja, nos programas de rdio e TV que comandava. Comps mais de 300 msicas e foi o primeiro a reconhecer o talento da dupla paranaense Chitozinho e Xoror, que chegou a realizar um show em Mairipor no comeo da carreira. Na dcada de 50, Mairipor marcada pela vinda da Companhia Cinematogrfica Multi Filmes, dirigida pelo cineasta Mrio Civelli, onde foi rodado o primeiro filme colorido no Brasil. Hoje ainda existem os barraces da companhia, onde foi rodado o filme, galpo da antiga sede da Werill, situada a antiga Estrada Velha de Bragana. A partir da dcada de 60, Mairipor passa a se transformar em importante reserva de mananciais, abrangendo, o maior sistema de tratamento de gua do mundo, o Sistema Cantareira. Com a implantao da Rodovia Ferno Dias, ligando So Paulo a Minas Gerais, houve uma redescoberta e valorizao intensa de Mairipor, em razo dos atributos naturais da regio para abrigar residncias secundrias de alto padro (lazer/recreio) e posteriormente para moradia fixa. O crescimento imobilirio foi a partir do final da dcada de 70 e 80. A

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esse movimento contraps-se a Lei de Proteo dos Mananciais (leis estaduais nos 898/75 e 1.172/76), para preservao dos recursos hdricos responsveis pelo abastecimento de grande parte da populao metropolitana. Em 1992, a regio da Cantareira foi reconhecida como Patrimnio da Humanidade pela UNESCO. O clima predominantemente Tropical de Altitude, com nebulosidade nos altos da Serra da Cantareira e na encosta esquerda do Rio Juquer. A temperatura mdia anual oscila entre 20 e 21C no fundo dos vales e 18 a 19 C na Serra da Cantareira e Morro do Juquer. A Serra da Cantareira uma serra brasileira localizada ao norte da cidade de So Paulo, com 64.800 hectares de rea. Abrange os municpios de So Paulo, Guarulhos, Mairipor e Caieiras, separadas pela Serra da Pirucaia. Sua encosta sul pertence ao Parque Estadual da Cantareira, reserva possuidora de 7.916 hectares - o equivalente a Oito mil campos de futebol. Apresenta tambm normas rgidas de preservao da mata atlntica nativa, portando poucas trilhas. J na face norte, em Mairipor, encontram-se diversos bairros nobres, condomnios de alto padro e estradas e trilhas destinadas a pratica de Mountain Bike. Vale destacar o potencial que a cidade possui para a fixao de residncias secundrias. Em Mairipor h diversos condomnios e stios, servindo tanto para moradia fixa como para temporadas. Devido a essa caracterstica de cidade dormitrio tranqila e arborizada e a proximidade com a cidade de So Paulo algumas personalidades brasileiras de diversas reas de atuao moram ou moraram na regio: Ayrton Senna, Mara Maravilha, Gianfrancesco Guarnieri, Hilda Hilst, Maria Adelaide Amaral, Rita Lee, Arnaldo Baptista, Renato Teixeira, Jayme Monjardim, Almir Sater, Vanusa, Antnio Marcos, Elis Regina e Srgio Reis.

2.1.1 Caractersticas:

Gentlico: Mairiporanense. Populao: 80.920 habitantes.

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Localizao: Regio Metropolitana de So Paulo. Limites: Atibaia, Nazar Paulista, Guarulhos, Bom Jesus dos Perdes, So Paulo, Franco da Rocha e Caieiras. Distncia: 31 km da capital. Dados fsicos: Mairipor situa-se a uma altitude mdia de 790 metros. As partes mais altas do municpio esto na Serra da Cantareira, onde as altitudes superam os 1.100 metros em algumas regies. Clima: O clima da cidade o segundo melhor do mundo atesta a UNESCO e, como em toda a Regio Metropolitana de So Paulo, o subtropical. O vero relativamente quente e chuvoso e o inverno ameno. A temperatura mdia anual gira em torno de 18C, sendo o ms mais frio julho (mdia de 14C) e o mais quente fevereiro (mdia de 22C). O ndice pluviomtrico anual fica em torno de 1400 mm. Rodovias (Acessos) BR-381 Rodovia Ferno Dias - Rodovia que liga a capital paulista cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. A BR-381 corta o municpio de Mairipor na orientao sul-norte, a partir do bairro Parque Suo da Cantareira, no extremo sul, e Terra Preta (Distrito Industrial) no extremo norte. SP-023 Rodovia Prefeito Luiz Salomo Chamma - Liga a Rodovia Tancredo de Almeida Neves em Franco da Rocha at Rodovia Ferno Dias em Mairipor. SP-8 Estrada Velha de Bragana So Paulo. Estrada do Rio Acima para Nazar Paulista; Estrada da Santa Ins e Estrada do Apolinrio com acesso para a Avenida Coronel Sezefredo Fagundes.

2.2. Turismo

Mairipor

est

entre

as

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unicidades

pertencente ao Circuito Serras e guas, integrantes da regio turstica do Alto Tiet Cantareira. Mairipor se destaca pela sua localizao, e pelo importante plo de preservao ambiental, e isso lhe proporciona uma posio privilegiada, sendo roteiro de turistas que procuram lugares ligados diretamente com a natureza e tranqilidade.

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Os principais pontos tursticos de Mairipor incluem:

Pico do Olho D'gua: Muito procurado para contemplao por suas extensas paisagens, vo livre, piquenique e trilhas de downhill, tem esse nome pelos veios de gua que brotam da serra, tambm chamado de Morro do Juquer, tombado pelo Condephaat.

Cruzeiro: Localizado na estrada para o Pico do Olho D'gua, um smbolo da religiosidade do povo, possui bela vista panormica do centro da cidade.

Represa Paulo de Paiva Castro: Tem seu incio no centro de Mairipor,

estendendo-se por 10 km at ultrapassar o limite municipal com Franco da Rocha. Represa integrante do sistema Cantareira de abastecimento,

responsvel por proporcionar gua para mais da metade da populao da grande So Paulo. Possui muitas paisagens cnicas e muito procurada para a prtica de esportes nuticos e pesca esportiva e amadora.

Pedreira DIB: Parte de um complexo que inclui tambm um restaurante, a pedreira foi desativada, pois durante a minerao houve o estouro de um veio de gua que obrigou o abandono do local. J foi alvo de gravao de comerciais, porm ainda usada para diverso nos finais de semana, a paisagem formada pelas rochas continua atraindo visitantes muitos praticam

o Rapel em seus paredes.

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Rio Juquer e Sete Quedas: O Caminho do rio Juquer entre Nazar Paulista e a represa Paiva Castro tambm tem interesse turstico, o rio corta a regio conhecida como Rio Acima e possui corredeiras ideais para o bia-cross, suas margens formam belos circuitos para se fazer a p ou de bicicleta. Durante o caminho do rio forma-se uma pequena represa que desgua na cachoeira artificial das Sete Quedas, local administrado pela SABESP voltado para a contemplao da queda d'gua. Os acessos so de terra, o entorno mostra reas gramadas e pouco arborizadas. Banhistas o freqentam nos fins de semana e feriados de sol e calor. Local inadequado para banho pblico, em face das guas revoltas e falta de segurana e infraestrutura receptiva.

Mirante do Lello: Localiza-se a aproximadamente 18 km do centro, com acesso pela Estrada da Caceia, altura do nmero 9.500 (de terra) e via pavimentada de 1,6 km em bom estado de conservao, exceto no trecho final. O mirante consiste em via larga, plana e asfaltada, onde veculos so estacionados. Desfruta-se de viso panormica da Represa Paiva Castro, em meio a muitas rvores da mata preservada. um local tranqilo, mas sem infraestruturas para conforto e segurana dos raros visitantes conhecedores do local. H potencial para o desenvolvimento do local atravs de incremento visitao aps melhoria e divulgao do atrativo.

Cachoeira da Caceia: Nascente de gua cristalina, embora de

propriedade particular, est aberta a visitao, contemplao e piqueniques ao ar livre, localizada a estrada da caceia, a aproximadamente 15 km do centro da cidade, na altura do nmero 7.000.

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Outros fatores tursticos:

Devido quantidade de chcaras e stios, Mairipor destaca-se tambm no turismo rural, com a existncia de haras, pousadas, acampamentos de frias e clubes de campo. Em Mairipor fica tambm um espao dedicado para a obra de Monteiro Lobato, o chamado Stio do Pica Pau Amarelo que foi licenciado pela Globo Marcas e um local voltado para a visitao agendada por grupos. Existem tambm dezenas de Pesqueiros distribudos pela cidade, para quem aprecia a pesca e a contemplao com a natureza. O colgio Instituto Mairipor Thomaz Cruz, fundado em 1963, une tradio e qualidade de ensino em excelentes instalaes. Tornou-se uma referncia na rea da educao. Constantes investimentos em sua estrutura educacional fizeram com que o Instituto conseguisse como poucos, aliar a tradio com a modernidade pedaggica, sendo a educao certa para os desafios do mundo contemporneo. Mantm em sua rea um Museu de Arqueologia Industrial, o objetivo servir a comunidade como um centro de educao informal em artes, cincias e histria do desenvolvimento tecnolgico. Alm de promover a reciclagem ou completar a formao de educadores do ensino fundamental e mdio e tambm servir como centro de referncia e apoio didtico desde o ensino fundamental at ensino superior. Os museus do IM proporcionam aos alunos a realidade com a prtica, explorando no s a teoria como tambm a vivncia com o contedo. O Ncleo do Engordador, implantado no Parque da Serra da Cantareira, para visitao pblica, onde se tem a oportunidade de conhecer uma parte da mata atlntica, como a sua vegetao densa, rvores de grande porte, samambaias, orqudeas, bromlias e rico em recursos hdricos. O Parque tambm conta com uma infinita diversidade de vida animal, onde podemos destacar o famoso Macaco Bugio, que podem ser avistados em bandos. Tambm conheceremos aqui parte da rica histria da nossa Cidade. O Ncleo possui portaria, bilheteria, sanitrios, rea de piquenique, rea de estacionamento, centro de visitantes, audiovisual e, claro, as maravilhosas trilhas de interpretao da natureza. Localizado na Serra da Cantareira fica situada na Zona Norte da Capital Paulista. Abrange ainda parte dos municpios de Caieiras, Mairipor e Guarulhos. O centro de Mairipor repleto de lojas, bares e restaurantes proporcionando opes de lazer e compra. Na rea central podemos destacar o Dique artificial que

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separa o centro do leito do Rio Juquer e passa pelo Espao Virio Mario Covas (rea usada para estacionamento, recreao, feiras e eventos) e o Bosque da Amizade onde populao pratica recreao, pesca amadora, caminhadas e torneio de pipas.

2.2.1. Turismo Hoteleiro - Mairipor possui grande quantidade de hotis e pousadas, inclusive hotis de luxo:

Pousada Chals Aldeia Desde 1990 a 16 km do centro da cidade, situada Estrada Palhinha n. 290 Parque Petrpolis (Acesso pelo Condomnio Suissa da Cantareira, na estrada Parque da Roseira, pela Estrada do Apolinrio ou pra quem vem de so Paulo pela Av. Sezefredo Fagundes).

Hotel Pousada Baro Desde 2001 a 3 km do centro da cidade, situada Alameda Estados Unidos da Amrica, 910 - Bairro Ecolgico Sierra Madre. Hotel Pousada para poucas pessoas, decorao de bom gosto, localizado em uma reserva florestal, acesso pavimentado, a 1200 de altitude, prximo ao Pico do Olho Dgua, so somente cinco sutes, ideal para descanso e lazer, piscina e churrasqueira. O Hotel gerido pelos proprietrios que residem no Hotel, os Hospedes so tratados com se estivessem em sua casa, GLS so bem vindos - Os hospedes tornam-se sempre amigos.

Hotel Picollo Mondo Desde 1980 a 15 km do centro da cidade, situada Estrada Lamara no Bairro Jundiazinho Mairipor antes do SPA Unique Garden. Hotel Fazenda, a 40 min. de SP com completa estrutura de hospedagem, lazer completo e alimentao. Piscina fria com super tobogua, piscina aquecida e coberta, quadra de tnis, quadras poliesportivas, lago para pesca, playground, lanchonete e videok. Dirias completas e preos tentadores.

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Sitio Pousada Waltinho Desde 2000 a 7 km do centro da cidade, situado Estrada Olho Dgua no Bairro Pico do Olho Dgua. Um lugar ideal para curtir a natureza, descansar e repor suas energias positivas. Com 100 mil metros de muito verde. Possui chals com dois quartos, banheiro, sala, cozinha, varanda, churrasqueira, TV, geladeira, utenslios de cozinha, duas piscinas com quiosques, churrasqueiras, e campinho de futebol, dois lagos para pesca esportiva, trilhas na mata, gua de mina e vista panormica.

Stio E Buffet Green Ville Desde 2000 a 2 km do centro da cidade, situado a Estrada do Pico do Olho Dgua. Realiza eventos, localizado em lugar maravilhoso com vista cinematogrfica e natureza intensamente presente.

Hotel Refgio Cheiro De Mato Situado a Estrada da Caceia, 8000 a aproximadamente 15 km do centro da cidade. Localizado a apenas 30 minutos de So Paulo, atrs da Serra da Cantareira, s margens da Represa Paiva Castro, na cidade de Mairipor, o Refgio Cheiro de Mato um novo conceito em Resort com infraestrutura completa para o entretenimento de sua famlia. Inaugurado em agosto de 2003, o hotel tambm oferece sales totalmente equipados para o sucesso de convenes e eventos.

Unique Garden Spa & Resort Desde 2007 a aproximadamente 15 km do centro da cidade, situado Estrada Lamara, 3500 Corumb Terra Preta. No corao do Parque Estadual da Cantareira, numa rea de 330 mil m2 rodeados pela maior reserva florestal em rea urbana do mundo, e fcil acesso pela rodovia Ferno Dias (km 54) e principais aeroportos de So Paulo: 48 km do Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU) 65 km do Aeroporto de Congonhas (CGH) 67 km do Aeroporto Internacional de Viracopos. Oferecem 26 Chals, 110/220 v, A/C frio e quente, TV a cabo com DVD acoplado, telefonia mvel e fixa, internet wireless, cofre eletrnico e mini bar,

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divididos em: Vila Mediterrnea (14 chals) com cama king size ou duas camas de solteiro (mediante solicitao), varanda com espreguiadeira e vista para o jardim, prximos s reas sociais do hotel; Vila Contempornea (10 chals), sala com lareira e TV de plasma, cama king size, duplos toaletes, ofur e terrao (quatro chals em mrmore, cinco em madeira e um temtico oriental), todos no alto da colina; Chal VIP (Flores e Presidencial): sala de estar com lareira, sala de jantar, jacuzzi e ofur, cercados por jardins privativos.

Sitio e Pousada Florentino Localizado a aproximadamente 7 km do centro da cidade na Estrada do Pico do Olho Dgua. O sitio florentino esta localizado em Mairipor e destinado a um pblico de bom gosto que busca tranqilidade e relaxamento sem abrir mo do conforto, proporcionado por timas acomodaes e perfeito contato com a natureza, num clima aconchegante e receptivo. Locam-se chals tipo flats para temporadas, fins de semanas, eventos e confraternizaes para aqueles que a procura de momentos de lazer e paz. Duas piscinas sendo adulto e criana com cascata; Churrasqueira na beira da piscina com espao para 300 pessoas ao ar livre; Banheiros na beira da piscina para deficientes fsicos; Salo de festa totalmente novo para 400 pessoas; Salo de festa para at 100 pessoas Campo de futebol; Quiosque; Estacionamento; Realizam casamento ao ar livre.

Hotel Clube Mairipor Desde 1960 localizado a 1 km do centro da cidade, situado Alameda Dona Sinhazinha, S/N. Requinte e sofisticao dentro do Clube de Campo Mairipor.

2.2.2. Turismo Religioso: Mairipor oferece a prtica do turismo religioso: - Visitao da Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida; - Arautos do Evangelho; - Igreja Central e Matriz Nossa Senhora do Desterro; - Festa de So Cristovo; - Romarias; - Cavalgadas;

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- Templo Testemunha de Jeov. Entre outras manifestaes religiosas.

2.2.3. Eventos Culturais e Locais - Podemos destacar no Calendrio Turstico de Mairipor diversos eventos e congressos que so realizados ao longo do ano: - Festas Juninas; - Festa da Primavera; - Aniversrio da Cidade; - FICA Festival de Inverno Cantareira; - Eco Fest Adventure; Alguns eventos incluem tambm etapas de competies como as do Navega So Paulo e de campeonatos como Campeonato Paulista de Triathlon, entre outros. 2.2.4. Turismo Gastronmico Mairipor em sua gastronomia conhecida por boa parte da populao metropolitana de So Paulo pelos seus Bares e Restaurantes. Entre eles esto o Bar do Pedro, O Velho, Clube de Campo, Ora Pois, Lanchonete do Godoi, Bartheu e Recanto Mineiro, o forte nos restaurantes sem dvida a comida mineira, especialmente influenciada pela proximidade com o Sul de Minas Gerais. Outra comida tpica o Buraco Quente, po francs, que no pode ser cortado, apenas furado de um dos lados. Retira-se o miolo na maioria das vezes e a receita mais tradicional feita com carne, legumes e o corao da banana (considerado o principal ingrediente). O buraco quente de Mairipor s encontrado para vender em festas da cidade, porm sua receita fcil e conhecida dos moradores. O Buraco Quente esteve representado pela Terezinha Wisnievski, na 15 edio do Revelando So Paulo Festival da Cultura Paulista Tradicional, no dia 18/09/2011. Mas em Mairipor ao longo do ano podemos encontrar algumas curiosidades gastronmicas, como o I (Tanajura) frita com farofa, arroz ou salada, que tradicional nos meses de outubro e novembro.

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2.3 Mitos e Lendas

Reportagens e pessoas antigas da cidade contam fatos ocorridos na cidade, nas dcadas de 70 e 80. Houve rumores no ano de 1979 que Mairipor se tornava uma Nova Sucupira, por abordar na poca o baixo nvel de mortalidade infantil e mesmo assim, atribuda a fome. E que funerrias situadas na regio poderiam fechar por no haver defuntos. O extermnio do Rato no incio do ano de 1978 foi um fato estarrecedor, um rato de banhado, do tamanho de um cachorro de mdio porte, constitua espcie extino, foi atropelado pelo Japons Tida na estrada durante a noite. O animal no era originrio da regio, mas foi trazido de Gois j fazia trs anos, por uma moradora do Bairro Cinco Lagos, vivia numa lagoa da propriedade de onde desapareceu. Lenda ou no, a histria da praga do Padre ainda incomoda muita gente. Mairipor que carrega uma maldio desde o incio de 1900. Contam os antigos que existiu um padre que defendia a populao dos maus-tratos e da explorao dos coronis. Em seus sermes atacava ferozmente os poderosos da cidade, atribuindo a eles os problemas sociais e injustias, alm de acudir os humildes. Quanto mais o padre lutava, mais ardorosos eram seus fs e mais rancorosos seus inimigos. Um dia, estes coronis contrataram capangas e ordenaram o seqestro e o espancamento do vigrio, com o intuito de "apenas" humilhar e dar uma lio a ele, pois a crendice popular dizia que matar um padre traria muito azar. Mas os capangas tinham seus prprios motivos e decidiram mat-lo. Primeiro seqestraram e espancaram o homem. Quando este desmaiou, puseram-no dentro de um saco amarrado e levaram-no para o alto da Serra da Cantareira, para que l morresse de frio e fome. Inesperadamente, a vtima conseguiu sair do saco e, mesmo ferido, embrenhouse pela mata, rumo cidade. Quando chegou escadaria principal, rogou uma praga: Este lugar nunca vai sair do limbo enquanto no nascer um padre filho de Mairipor. At hoje a cidade tem muitos problemas, o progresso chega aos arredores, mas ainda passa longe de l. As pessoas alegam que nada d certo por causa da

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maldio do vigrio. Tambm ainda no nasceu um filho de Mairipor que tenha se tornado padre. O sacerdcio ainda oriundo de outras vizinhanas. Muitos alegam tambm j ter visto na cidade, mula sem cabea, saci perer e curupira.

2.4. Turismo desportivo

Caractersticas das trilhas Trilhas leves, corredeiras/cachoeiras, represa, com percurso total de 6 km que seguem na margem de riachos, na maioria terrenos planos e sem obstculos.

2.4.1. Trilhas: A Serra da Cantareira, o Morro e Vale do Juquer so conhecidos pela freqncia com que recebem trilheiros da Grande So Paulo, notadamente da Capital. De jipe, moto, bicicleta, cavalo ou a p, este pblico demanda as vrias trilhas e estradas de terra disponveis na regio. As trilhas mais utilizadas em Mairipor so:

Pinheirinho Situada na Serra da Cantareira, sua entrada fica prxima ao Bar do Pedro. Combina obstculos naturais com pontos de alta velocidade, eroses e jumps fantsticos. Exige tcnica, percia e preparo fsico, principalmente aps uma noite de chuva.

Pedra Rachada Localizada na Serra da Cantareira, procurada pelos praticantes de downhill, devido forte e difcil descida nas duas costas do morro, com piso de areia e pontos de alta velocidade. No final, um tobog leva ao Bar Trilha das Torres.

Aranha Tambm situada na Serra da Cantareira, o paraso dos jipeiros, cujo maior desafio subir um barranco no menor tempo possvel. Atoleiros, rvores cadas,

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leitos de pequenos riachos criam mais dificuldades, exigindo dos pilotos tcnica e conhecimentos em mecnica e eltrica.

Saracura Acesso pela Estrada da Buclica ou pela estrada do Pico do Olho Dgua. Trilha tcnica e veloz, com obstculos difceis e cercados de mata preservada. J sediou uma etapa do campeonato Paulista de Downhill e foi considerado um dos melhores circuitos do pas na temporada 97/98.

Urubu Situada tambm no Pico do Olho Dgua, essa trilha desce pelo morro criando dificuldades para o biker e seu equipamento, devido ao piso rochoso em alguns pontos com trechos rpidos e, vrias alternativas de salto.

2.5. Turismo de Contemplao e Preservao

A Serra da Cantareira abriga cerca de 200 espcies de aves, dentre elas: o tucano-de-bico-verde e o macuco, vistos no Parque Estadual da Cantareira, alm de diversas espcies de rvores, como o jacarand-paulista, cedro-rosa, ip e at araucrias. Possui cobertura vegetal de mata atlntica alm de diversidade de fauna e flora, sendo tema de pesquisas e trabalhos acadmicos. Muitos animais selvagens, caractersticos da mata so vistos nas proximidades das luxuosas residncias, como: macacos, bichos-preguias, cobras, veados, quatis, jacus, alguns so raros e ameaados de extino, como: a ona parda, o gato do mato pequeno, o sagi da serra escuro e a jaguatirica. Segundo Marcio Port Carvalho, pesquisador cientfico do Instituto Florestal, na Cantareira esto 45% das espcies de mdios e grandes mamferos de todo o estado de So Paulo e 14% do Brasil. Em Mairipor contemplar a natureza faz parte do dia a dia. Portanto com toda essa bagagem histrica, beleza ambiental e o seu povo acolhedor, a nossa Cidade

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Bonita considerada por todos que a conhecem como O Paraso Incrustado ao P da Serra.

Voc conhece a histria de Mairipor?

SIM

44% 56%
NO

Grfico 1: Pesquisa realizada com 100 pessoas da comunidade local para investigao de conhecimento histrico da cidade.

2.6. Incompatibilidade social e turstica em Mairipor

Temos um quadro preocupante que exclui uma grande parcela da sociedade menos favorecida dos seus direitos bsicos como cidados, fazendo com que deixem de lado a importncia nesse desenvolvimento. O turismo inovador traz benefcios para a cidade, porm, deve haver planejamento, para que Mairipor no sofra com os impactos que a tecnologia pode causar. Seria possvel pensar num turismo social que estivesse compatvel com os diversos padres existentes em nossa cidade? A globalizao de um modo geral tem produzido acentuadas desigualdades sociais e, conseqentemente o nvel da qualidade de vida da populao tem se reduzido de maneira bastante significativa, em paralelo crescente degradao dos recursos naturais.

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Na onda da globalizao excludente, o turismo tem transformado pessoas e lugares em meras mercadorias. Entretanto, diante da importncia do turismo no

cenrio mundial, deveria se desenvolver de maneira positiva, com a participao da comunidade, valorizando a autoestima da populao contribuindo desta forma para o desenvolvimento econmico e social e transformando a representatividade destes locais que ainda so pequenas. pensando no futuro, e de que forma encarar a dignidade da vida e o bem estar da comunidade com tantas desigualdades sociais, que objetivamos reverter ou minimizar este quadro. Em decorrncia do crescimento do turismo algumas medidas poderiam ser seguidas a fim de tornar mnima a degradao social e ambiental, fortalecendo o desenvolvimento em bases sustentveis, justas e um planejamento estratgico coerente a essas caractersticas.

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3. DESENVOLVIMENTO TURSTICO

O Turismo considerado uma das atividades econmicas de maior potencial nas oportunidades de emprego e renda. Com base referencial segundo o PRODETUR, que visa promover de forma sistmica o desenvolvimento turstico de maneira consciente e cuidadosa usando os recursos de recuperao e preservao do patrimnio histrico ambiental, com o objetivo de melhorar a qualidade do produto turstico oferecido.
no cenrio nacional, surgiu recentemente um avano no sistema de parceria em virtude da falncia do Estado na soluo dos problemas sociais com responsabilidade e justia. O prprio governo federal vem conferindo nfase formao de organizaes sociais. (BENI 2001)

Acreditamos ser de extrema importncia enfocar os segmentos da rea empresarial e acadmica como foras capazes de se unirem no intuito de exercerem seus papis de agentes tursticos, atuando pelo bem estar coletivo. Existem muitas empresas que adotam em suas estratgias de desempenho empresarial aes relacionadas vida social e preservao do meio ambiente. No turismo imprescindvel que este enfoque seja tambm valorizado, aprofundando estudos que contribuam de maneira consistente no desenvolvimento do turismo eficaz, evitando com estas aes o desenvolvimento desenfreado e sem planejamento da explorao do turismo, visando de forma errnea apenas o lucro e satisfao do turista, sem medir as conseqncias. Diante desse contexto e da relevncia que o tema abrange, o principal objetivo analisar e investigar de que forma o desenvolvimento do turismo atinge a comunidade, os problemas que podem surgir e enfocar a questo da

conscientizao nas aes das empresas, do governo e da sociedade como um todo.

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3.1. Pesquisas

Desenvolveu-se uma pesquisa preliminar da rea com identificao e caracterizao dos atrativos presentes na oferta turstica e, assim, aplicou-se uma pesquisa de entrevista pessoal com residentes para verificar o conhecimento destes sobre os atrativos locais e suas festas populares; as possveis melhorias para o atendimento aos turistas; a suficincia das estratgias de propaganda; bem como a opinio sobre a contribuio do poder pblico para o desenvolvimento da atividade turstica; a percepo da comunidade sobre os benefcios do turismo para a cidade; e a freqncia e utilizao destes espaos pela comunidade. Realizamos tabulao simples a partir de dados estatsticos, apresentando freqncia relativa e absoluta, aos atrativos que possibilitam motivar as pessoas a se deslocarem de um determinado local para outra regio de acordo com determinado elemento a ser escolhido pelo turista, como: natural, artificial ou cultural. Outro determinante para o turista a imagem do destino turstico que no corresponde ao almejado devido falsa imagem veiculada ou desconhecimento da comunidade local sobre o atrativo, com a ausncia de ordenao de elementos de interesse turstico. Desta forma, a existncia de elementos naturais e culturais no garante ao local um fluxo turstico, pois estes elementos devem atender comunidade local de forma preliminar, a fim de verificar aceitao e, assim, as expectativas dos potencias turistas a imagem transmitida.

3.2. Avaliao Regional

Estaro envolvidas tambm em nosso objetivo aes voltadas para a melhoria da infraestrutura e outras melhorias para o melhor aproveitamento de todo o potencial turstico regional. Com essas aplicaes poderemos enfocar trs aes principais: - fortalecimento da capacidade municipal para a gesto do turismo; - infraestrutura e capacitao para o desenvolvimento sustentvel;

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- promoo de investimentos privados nos Plos de Turismo. Devemos nos preocupar em desenvolver e planejar com perspiccia, devido ao crescimento do turismo em larga escala, principalmente aps a implantao do PRODETUR. Pode-se observar que surgiu uma grande preocupao dos pesquisadores que atuam na atividade turstica com os impactos produzidos nas pessoas e nos ambientes onde se desenvolveram essas atividades, devido aos impactos scio-culturais, e a desestruturao que causou em vrias sociedades. Para que o turismo seja um meio efetivo para o desenvolvimento local necessrio que essa atividade respeite e beneficie tanto o turista, que deve ter suas expectativas satisfeitas, quanto s comunidades e o meio ambiente das localidades receptoras. Pode-se afirmar que quando o turismo bom para a populao local, ser bom para os visitantes, desde que ambos tenham os seus direitos respeitados. As destinaes tursticas, bem como sua oferta, evoluem com o tempo, seja em termos de suas instalaes e servios, seja em matria-prima turstica, trabalhando para que um recurso turstico passe a ser um atrativo turstico. Na verdade, este no um processo simples, e diversos fatores podem concorrer para que isso acontea.

Principais caractersticas de Mairipor como destino turstico?


60%
50% 40% 30%

20%
10% 0%

Grfico 2: Pesquisa realizada para a obteno da taxa da oferta turstica

Como referncia, a cidade possui as praas arborizadas, fauna e flora, atrativos

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esportivos, e de lazer, que revela uma Mairipor zelosa para com os seus recursos naturais. Alm das Pedras no Pico do Olho Dgua, intrigantes formaes rochosas todos abertos visitao, enfocando para o Turismo religioso como o Cruzeiro, Igreja Central Catlica Nossa Senhora do Desterro, Templo Testemunha de Jeov e demais na linha para o turismo religioso. Destacando-se a diversidade natural e o turismo religioso como atrativo para o desenvolvimento da atividade turstica, o presente estudo trata da identificao e do conhecimento da populao local sobre os atrativos locais de Mairipor. Pressupomos que o municpio tenha potencial significativo para se transformar em um grande receptor turstico devido a sua diversidade natural e cultural, porm as faltas de empregabilidade referente aos nveis de atendimento s necessidades padres impedem este crescimento. de extrema importncia modificar este

quadro, para tanto preciso que os rgos competentes do setor turstico, rgos governamentais, empresas privadas e a comunidade local tenham conscincia da importncia do compromisso com a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Agindo com responsabilidade social para construir uma nao digna onde todos possam exercer com plenitude sua cidadania. O interesse turstico pela cidade de Mairipor vem d ocorrncia de diversas problemticas encontradas. Aps o levantamento dos pontos tursticos e do municpio, foi detectado carncia de sinalizao e recepo ao visitante. Quando o turista chega a Mairipor, o prprio muncipe no sabe orientlo quanto cidade (muitos dos moradores quase sua totalidade no conhece a histria de Mairipor e a prpria cidade em si). Nesse ambiente de mudanas contnuas visando encontrar solues para os crescentes problemas tursticos a sua visualizao, aumentam as expectativas de contribuio das organizaes como parceiras qualificadas. Para resolver essa problemtica seria necessrio que fosse implantado um projeto ou algo semelhante ao projeto de facilitadores, exemplo: pessoa representante de bairro/comunidade que auxiliasse o municpio nessa parte de eventos/palestras para conscientizao. O projeto de conscientizao deve ser contnuo, um evento por semana, quinzenal ou mensal em cada um dos bairros piloto e posteriormente abranger o municpio como um todo. Nesse projeto devem-se abranger as trs esferas da sociedade: Poder Pblico, Empresrios e Sociedade.

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possvel, por exemplo, organizar um debate que rena turistas e profissionais locais do turismo, bem como uma amostra representativa da populao. No primeiro encontro, pede-se aos participantes a elaborao de uma lista dos pontos que lhes paream mais pertinentes em termos de tendncias na sociedade (novos modos de vida, comportamentos mais individualistas, gosto por uma alimentao mais s); em matria de turismo (frias natureza, frias ativas); e mudanas perceptveis na regio (aumento do consumo de produtos locais, frequentao mais importante deste ou daquele stio, etc.). Para ser mais eficaz, o debate pode assumir a forma de discusso de grupo (uma dezena de participantes, no mximo). Trata-se, em seguida, de reunir e estruturar as observaes recolhidas durante a operao e de confront-las com as outras fontes disponveis (estudos de mercados externos, etc.). Desta forma, vital que alm de conscientizarmos os empresrios, o departamento turstico atue de maneira crtica, contribuindo para que a atividade turstica seja realizada com base no cumprimento das responsabilidades sociais e do meio ambiente, e no apenas para atender meramente um contrato comercial. No so necessrios grandes investimentos para poder realizar melhorias na comunidade local, o maior investimento conscientizar todos os envolvidos neste projeto de desenvolvimento e planejamento turstico. Partindo desse ponto o plano estratgico se torna mais do que um exerccio de cidadania, mas uma obrigao como cidado e parte integrante da comunidade onde est instalada. Tambm vlido ressaltar que existem leis de incentivos fiscais que possibilitam as empresas privadas de exercerem parcialmente essa atividade, oportunizando projetos mais abrangentes e em maior escala. possvel utilizar essas leis e esses incentivos cultura em prol de projetos sociais, envolvendo alm dos funcionrios, outras parcerias como organizaes, entidades j existentes, beneficiando vrias pessoas, fazendo com que o turismo no seja apenas responsabilidade do governo, ou do setor privado, mas de todos. Neste sentido o setor turstico pode contribuir com a comunidade e fazer com que o turismo se desenvolva em benefcios de todos. O desenvolvimento local permite dinamizar as atividades econmicas tradicionais e valorizar as especificidades culturais locais, proporcionando oportunidades de emprego. No entanto, o turismo no o remdio para resolver os problemas de desenvolvimento, s uma avaliao permitir concluir se um territrio ou no possui

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um

verdadeiro

potencial

do

desenvolvimento

turstico

capaz

de

justificar

reconhecimento. Turismo significa muitas vezes realizar sonhos, onde o descobrimento e a troca de conhecimentos so partes integrantes desta experincia. exatamente o relacionamento entre turistas e os destinos tursticos que traz a este segmento a convenincia e a necessidade da aplicao dos conceitos de sustentabilidade. Uma regio pode estar bem aparelhada de atrativos tursticos e contar com uma tima infraestrutura turstica, no entanto, esta regio no ter assegurada a demanda, caso outros requisitos no sejam atendidos. Um deles a questo da facilidade de acesso e outro o conhecimento do produto turstico por parte da populao e do consumidor. Para que o turismo funcione de fato, ele depende da atuao conjunta de quatro grupos principais: o estado, o setor privado, os profissionais e/ou prestadores de servios e a comunidade. Desta forma, quanto mais integrados estiverem estes grupos, melhor ser o atendimento s expectativas dos visitantes e maior ser o aproveitamento das potencialidades do municpio, regio ou pas.
A preocupao das instituies governamentais tem ampliado os estudos voltados para um desenvolvimento conservacionista e sustentvel, que possa congregar os interesses do setor turstico e das populaes inseridas nas localidades de desenvolvimento turstico. (Silva 2001).

Para isso, no entanto, preciso que a oferta esteja estruturada para um receptivo sustentvel e a demanda conscientizada para exercer o turismo responsvel. No existem muitos outros pases que possuam a diversidade cultural, tnica, ambiental e geogrfica, numa configurao to harmoniosa como no Brasil, assim como se encontram muitos outros povos genuinamente hospitaleiros como os brasileiros. Mas pela carncia de infraestrutura e recursos humanos que se perde a possibilidade de figurar entre os principais destinos tursticos do mundo. Ao mesmo tempo em que alguns fatores positivos tornam o pas nico, so os negativos que prevalecem na avaliao e escolha final. Para alm das pistas que fornece no nvel das oportunidades tursticas do territrio, esta avaliao permite igualmente ultrapassar obstculos importantes e evitar certo nmero de erros. Por exemplo:

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uma

viso

errada

do

potencial

turstico

local

pode

provocar

um

subdimensionamento dos projetos, com efeitos negativos para o ambiente (poluio, degradao dos stios naturais), a cultura (perda da identidade local) e a atividade econmica do territrio (dependncia, aumento do custo de vida), etc.; - a m percepo das caractersticas e das especificidades do territrio dificulta a elaborao de uma oferta turstica local original que permita diferenciar-se de regies comparveis concorrentes; - o desconhecimento das caractersticas da clientela e das tendncias do mercado prejudica a elaborao de produtos tursticos que respondam procura. Mesmo se no puder responder com certeza absoluta s perspectivas reais de desenvolvimento do setor, a avaliao precisa do potencial turstico do territrio constitui uma excelente base de deciso para os organismos de desenvolvimento, permitindo-lhes minimizar os riscos de fazer maus investimentos.

3.3. Diagnstico local

Antes de qualquer coisa, a anlise da oferta turstica local dever possibilitar o levantamento dos elementos seguintes:

3.3.1. Fatores naturais: quanto situao geogrfica e extenso do territrio, condies climticas, planos de gua (rios e lagos) e paisagens, fauna e flora;

3.3.2. Fatores socioeconmicos: a estrutura econmica (importncia dos diversos setores de atividade, etc.); a estrutura poltico-administrativa, infraestrutura e servios disponveis para a comunidade; os equipamentos como (gua, eletricidade e tratamento de resduos), transportes (rede rodoviria e transportes coletivos) que so de direito de todos; e os servios em benefcio de todos (comrcios e servios de sade).

3.3.3. Fatores culturais: a histria existente; suas tradies/produtos artesanais locais; a configurao dos locais e curiosidades para visitas com guia; distraes, acontecimentos culturais, etc.;

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3.3.4. Ofertas: Esportes e tempos livres - o incentivo aos esportes nuticos com profissionais capacitados e natao; a equitao nos campos e stios; passeios pedestres e ciclo turismo; esportes de Inverno evitando o sedentarismo; golfe, paintball; no esquecendo as atividades de esporte e lazer, como a sade; Cuidados de sade, condio fsica; desenvolvimento pessoal; terapias diversas; sempre pensando no bem estar da sade fsica e mental. Hospedagem analisar a capacidade oferecida; repartio local dos

estabelecimentos de alojamento; qualidade e tarifas para pblicos diversos; possibilidades de frias; pacotes e ofertas de hospedagem; Restaurao - repartio local dos restaurantes; possibilidades de organizao de conferncias e seminrios, centro(s) de congressos e de exposies; e os hotis com salas para seminrios e os respectivos equipamentos tcnicos. Mas na perspectiva de um desenvolvimento local apoiado no turismo, a anlise da oferta deve ir alm destes elementos. Aumentar a conscincia da populao no que se refere qualidade do ambiente e sua conservao pode ser um fator relevante dos programas de divulgao turstica, devido importncia da conservao para o desenvolvimento do turismo em muitos locais. Perceber as constantes mudanas da sociedade e do mercado, adequando-as s novas tendncias, dever de todos aqueles que produzem bens ou prestam servios. Alm da publicidade, necessrio oferecer infraestrutura nos locais tursticos. E a entra a questo do desenvolvimento local. Com a globalizao, cada vez mais se pensa no local e nos diferenciais de cada lugar. O que vai ao encontro do setor produtivo da atividade turstica compilando esforos financeiros, humanos e fsicos, identificando suas necessidades atuais e potenciais em segmentos especficos de mercados tursticos emissores, como forma de gerar produtos que possam atender a essas necessidades e, ao mesmo tempo, proporcionar um benefcio econmico aos investidores. A avaliao do potencial turstico de um territrio deve ter em conta a evoluo das condies exteriores gerais, nomeadamente as tendncias que afetam o comportamento dos consumidores: trata-se, com efeito, de antecipar as oportunidades e os riscos inerentes s novas aspiraes das diversas clientelas, a fim de elaborar novos produtos tursticos adaptados a estas evolues.

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Para cada nova tendncia identificada, importante levar em considerao a tendncia que envolve a regio e a maneira de como isso afeta os concorrentes, a procura evolui no sentido dos pontos fortes da oferta turstica local, e devemos estar preparados em como tirar partido desta evoluo. Desnecessrio ser dizer que muito difcil prever as tendncias futuras exatas, sobretudo num contexto de interpenetrao crescente das culturas e da mundializao dos mercados. Pode-se, apesar de tudo, mencionar algumas tendncias gerais que, se forem tidas em conta, podero facilitar a tomada de deciso. Em matria de turismo, devem-se registrar tendncias que lhe so prprias. possvel identific-las consultando os diferentes estudos de mercado realizados. Do mesmo modo, os intervenientes locais do setor devero elaborar produtos tursticos que conjuguem as vantagens comparativas do seu territrio com as tendncias presentes ou previsveis da procura: - aumenta sensivelmente o mercado dos turistas idosos; - o interesse pelas questes ligadas ao ambiente e sade no pra de crescer; - observa-se uma tendncia dos consumidores a abandonar o turismo de massa e preferir produtos mais diferenciados. Vrios aspectos devem ser observados quando se trata da forma de gerir os atrativos, como por exemplo: a preservao das casas rsticas e monumentos histricos e dos recursos naturais (impedir que empreendimentos sejam construdos em reas de preservao a menos que respeitem os elementos naturais ali existentes e que se comprometam a contribuir para a sua preservao); a infraestrutura adequada como hospedagem, alimentao e servios; preparao de mo de obra especializada para atendimento aos visitantes; a oferta de incentivos fiscais e creditcios para quem deseja investir na localidade; os cuidados com a segurana pblica, assim como o estabelecimento de normas de ocupao do solo. Os que souberam detectar os novos segmentos de mercado e reagir rapidamente j registram os primeiros sucessos: - j no existe consumidor mdio, definido segundo caractersticas sciodemogrfica bem precisa; - o novo consumidor exprime aspiraes e escolhas de frmulas de viagem aparentemente contraditrias (a restaurao rpida e as partidas de ltima hora esto na mesma linha que a gastronomia). Isso particularmente verdadeiro entre pessoas solteiras e jovens adultos;

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- a clientela urbana tende h partir menos tempo e mais vezes; da a vantagem de destinos com trajetos no muito longos ou de acesso fcil; - o aumento do tempo livre e da mobilidade, da decorrente, no deixar de provocar o aumento do trfego rodovirio, o que contraria as aspiraes do turista; - aumento do nmero de turistas procura de frias calmas, num ambiente bem preservado. Recomenda-se, por razes de custos, recorrer essencialmente a estudos j realizados: com efeito, pouco provvel haver localmente recursos financeiros e humanos para efetuar um estudo apurado das tendncias. A maior parte dos grupos de ao local pode, no entanto, realizar eles mesmos as suas prprias anlises, menos ambiciosas, mas extremamente teis. As tendncias so, ento, classificadas e avaliadas em funo do seu impacto geral e da sua importncia especfica para o meio local. O diagnstico, ponto final do processo de avaliao do potencial, consiste antes de tudo em confrontar as anlises da oferta, da procura, da concorrncia e das tendncias, com o objetivo de conhecer as foras e as fraquezas do territrio e as oportunidades e os riscos que o seu mercado envolve. A ltima confrontao destes dois elementos (foras e fraquezas / oportunidades e riscos) permitir, ento, determinar uma posio estratgica de sucesso para o territrio.

3.4. Diagnstico dos pontos fortes e fracos

Trata-se, acima de tudo, de realizar, com rigor e objetividade, um perfil das foras e das fraquezas do setor turstico local. As informaes provenientes da anlise da oferta so avaliadas por comparao com a anlise da concorrncia. As foras e as fraquezas so analisadas e classificadas segundo a sua importncia. Neste contexto, no convir iludir a questo das fraquezas da oferta turstica local, to importante para o desenvolvimento como o conhecimento dos pontos fortes. Este diagnstico das foras e das fraquezas pode ser realizado de diferentes maneiras e segundo diferentes ngulos:

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3.4.1. Viso do cliente: essencial saber como os clientes acolhem a oferta turstica local. Para isso, resulta, por exemplo, a um inqurito representativo, dando aos visitantes a possibilidade de se exprimirem livremente. A instalao de caixas de idias nos diferentes locais de alojamento, postos de turismo ou qualquer outro local turstico pode tambm fornecer uma ajuda preciosa: o anonimato que esta frmula proporciona permite aos clientes exprimirem francamente e por escrito as suas crticas e sugestes. Os dilogos informais com os clientes, animadas por uma pessoa experiente, constituem outro meio de confrontar o acolhimento reservado oferta, procura, concorrncia e s tendncias.

3.4.2. Principais dificuldades: Surgem de forma amena como, a ausncia de coordenao entre o setor pblico e o setor privado; algum desinteresse por parte das empresas tursticas privadas; conflitos com outros setores da economia local (pescadores, por exemplo, por causa da proibio da pesca).

3.5. Anlise de desenvolvimento

O plano de desenvolvimento do turismo condiciona a seleo dos projetos suscetveis de beneficiar de apoio financeiro. O trabalho de anlise e de avaliao colidiu com algumas dificuldades, infraestrutura; informaes inexistentes ou incompletas; estruturas poltico-

administrativas complexas; divergncias de opinio; problemas de representatividade; baixa percentagem de respostas aos questionrios; e definio da concorrncia e sua anlise. Efetuada simultaneamente de forma externa (realizao inicial por um gabinete de estudos) e interna (acompanhamento e avaliao anual com os agentes locais), a avaliao do potencial turstico permitiu identificar certo nmero de grupos-alvo bem como, visitantes que optam por estadias curtas, porm mais freqentes; pessoas

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relativamente idosas, mas ativas e preocupadas em manterem-se jovens; turistas exigentes em matria de proteo do ambiente; turistas procura da natureza e do sossego; famlias com crianas, nos permitindo a elaborao de estratgias para um atendimento eficaz. O conjunto da iniciativa conduziu a um plano de desenvolvimento turstico comportando diversas medidas a executar para atingir muitos objetivos: a valorizar a denominao Reserva Ambiental; melhorar a freqentao anualmente; promover a cozinha regional e integrar os pratos regionais no seu cardpio, criando o incentivo compra de pelo menos 25% dos seus produtos alimentares; incentivar a cooperao entre os operadores tursticos e encorajar os restauradores e os artesos locais; instalar um percurso de autocarro turstico, restaurar e perpetuar uma linha de caminhos de terra local ligada rede urbana (facilitando a visitao e a motivao dos atrativos tursticos); a importncia de um equipamento promocional mvel (stand, etc.) fundamental para que se permita a participao coletiva de associaes tursticas locais em feiras e sales organizando campanhas publicitrias agrupadas. O objetivo principal permitir a expanso da atividade turstica de forma planejada e sistmica, a partir da definio de macro estratgias de atuao previamente definidas, com o claro sentido de integrar a mo-de-obra local nesse processo de desenvolvimento. Aumentando, por fim, a participao do turismo na economia, tendo como especialidade a tentativa de ampliar o fluxo turstico, a taxa de permanncia dos turistas e os seus gastos na cidade. O enquadramento dessas categorias ir depender de vrios fatores, como o porte da organizao, o perfil dos turistas e suas necessidades, a localizao do estabelecimento, o relacionamento do empresrio ou profissional, com as organizaes tursticas, regularidade e eventualidade desse desenvolvimento. A prtica de uma poltica de desenvolvimento da atividade turstica envolve a maioria dos segmentos da sociedade, como populao, iniciativa privada e poder pblico, alm disso, do envolvimento desses segmentos que resulta a qualidade do produto turstico. Para que este objetivo seja alcanado, a discusso do turismo inclui reconhecer a importncia de planejamento em longo prazo e de utilizar indicadores de desempenho para monitorar a valorizao econmica, ambiental e scio-cultural. Constatou-se que o desenvolvimento da atividade turstica ainda incipiente apesar de seu potencial turstico natural, religioso e receptivo. As pesquisas

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apontam na direo de divulgao da oferta turstica e o desenvolvimento de diversos segmentos do turismo.

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4. PLANEJAMENTO E PENSAMENTO ESTRATGICO

O planejamento turstico se configura como ferramenta importante para o desenvolvimento da atividade, pois este ordena as aes do homem sobre o espao trabalhado. E a partir destes atos criam-se facilidades para tornar o espao mais acessvel para os turistas, no que diz respeito ao acesso do plo comunicador at o que recebe as informaes, os equipamentos e servios tursticos de forma geral. O Trabalho foi desenvolvido a partir das necessidades encontradas na cidade de Mairipor, seus problemas em relao ao turismo e a economia do municpio. E para trabalharmos o planejamento preciso avaliar os atrativos e coloc-los em uma ordem de importncia, divididos em hierarquias, para que se priorizem os que possuem maior potencial de desenvolvimento, no momento de determinar os investimentos e as aes, que refletiro no futuro do resultado turstico da localidade. A partir dos pontos apresentados, e das anlises que foram feitas nota-se como importante avaliar os atrativos e hierarquiz-los, tanto no que diz respeito ao planejamento, como ao prprio atrativo e tambm a comunidade receptora. Posto que muitas vezes pela falta de viso dos que planejam a atividade, diversos atrativos de alta hierarquia ficam a merc dos impactos e das atividades desorganizadas. Portanto a avaliao se torna uma ferramenta indispensvel j que com os documentos gerados iro aumentar as estratgias do planejamento e a visualizao do destino. A avaliao tem como assunto varivel para o planejamento turstico, quando por meio do inventrio turstico lana um olhar criterioso ao atrativo e/ou recurso, olhar esse que permite refletir sobre a qualificao dos mesmos, possibilitando a orientao do planejamento turstico na inteno de aperfeioar seu uso. J a hierarquizao do inventrio turstico, nos destina uma viso mais ponderada em seus atrativos, dessa forma faz-se necessrio a concentrao de esforos de planejamento sobre os mesmos, priorizando ainda a franquia da localidade receptora, analisar com mais critrios seu lugar no mercado. Ambos os recursos, avaliao e hierarquizao, possibilitam um diagnstico mais preciso e robusto para o planejamento.

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Esse estudo preocupou-se em refletir sobre a importncia para o planejamento turstico e as possibilidades de avaliao e nveis de atrativos, e para tal buscou mtodos passveis de serem aplicadas na localidade, tanto no meio rural como urbano. Os mtodos apresentados determinam vrios pontos importantes em relao visitao do atrativo, no caso a preservao e o uso que este oferece; qual a faixa etria dos turistas que geralmente visitam, e at mesmo uma maior exatido quanto aplicao de medidas para fornecer segurana e entretenimento ao turista. O uso da avaliao, a diviso dos atrativos, o trabalho de todos os fatores do planejamento para o turismo, so extremamente necessrios. No entanto aes deste tipo fazem falta no Brasil, algo que deve ser mudado, para o bem das destinaes e sua proteo, e para o melhor s comunidades que recebem turistas. O profissional tem que pensar no objetivo, detectar as necessidades, expectativas, desejo do mercado, analisar isso para atender as expectativas da melhor forma de buscar lucro, ganhar alguma coisa fazendo isso.

4.1. Situao Atual

Mairipor tem uma rica natureza, uma excelente fauna e flora, paisagens essas que nos beneficiam todos os dias. Carregam uma bagagem histrica que de suma importncia para o turismo cultural as quais muitas pessoas buscam em seu lazer. Citamos o turismo para a terceira idade, porque so pessoas exigentes que buscam no s contemplar a beleza do local mais tambm conhecer a sua histria, no querem apenas visitar, querem aproveitar o mximo de suas viagens. Por isso o melhor planejamento manter o pensamento sempre estratgico e no apenas isso, a abordagem de mercado, detectando sempre as oportunidades, lembrando sempre destas palavras: buscar, analisar e atender. H alguns anos aqueles que estavam atentos s mudanas, e as tecnologias, foram os primeiros a embarcar no turismo de mercado que se mostrou lucrativos e cheio de oportunidades. Temos como base a crise mundial que comeou em setembro de 2008, qualquer planejamento levando em conta, ndice e dados anteriores como, cotao do dlar, euro, disponibilidade de crdito, mercados

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preferenciais, e volumes de vendas, precisaro fazer correes radicais j que o sistema ficou de pernas para o ar. As empresas de viso sistmica so capazes de mudar radicalmente em tempo recorde os seus produtos, mercados e at as pessoas, com o turismo no diferente afinal, no turismo queremos vender vrios seguimentos de produtos e servios e essa sim quem sobrevive por conquistar uma fatia maior de mercado. A melhor forma de alcanar metas e objetivos significa estar flexvel, estar atento a mudanas, pessoas que trazem um planejamento rgido so aquelas com maior dificuldade em abandonar o planejamento criado, para se aventurar em algo novo, surgindo necessidade de manter o pensamento estratgico. fcil perceber a diferena quando se tem um planejamento elaborado em consideraes, dados e informaes coletadas no passado ou no mximo num presente imediato, mas nunca no futuro. Baseado em pesquisas a curto, mdio o longo prazo, identificamos alguns tpicos que possivelmente podero ser de fundamental importncia ao planejamento turstico: - Levantamento das situaes existentes, no que se refere identificao de atrativos e servios tursticos na estrutura urbana e rural; - Encaminhamentos e estruturas de deslocamento, vias e meios de circulao, unidades urbanas diferenciadas, bairros, setores funcionais, distritos; limites, sob o ponto de vista fsico, visual, legal e administrativo; marcos identificadores da cidade, de seu stio territorial e de suas caractersticas culturais e econmico-sociais; importantes questes de concentrao de funes e atividades e de atratividade para a populao. Devemos estar preparados para as mudanas, s necessidades de

aprimoramento constantes devem estar em mente, o medo de aprender gera os problemas e o fato de estarmos preparados, nos fortalece frente a essas questes. Planejar perceber a realidade, avaliar os caminhos construir um referencial futuro, analisar as necessidades imediatas, executando projees a mdias e longo prazo, desenvolver idias que possam contribuir para um futuro melhor. Segundo dados da UNESCO Mairipor em 1992 foi dada como patrimnio da humanidade por ser a segunda maior floresta urbanstica do mundo e o melhor lugar para se viver rica em belezas naturais como a fauna e a flora e rica em histrias e lendas.

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Bulln (1990, p.33) uma rea natural o requisito bsico que o ecoturismo necessita para se desenvolver. As intervenes dos empresrios do ramo turstico devem ser planejadas estrategicamente para que os recursos naturais no corram o risco de degradao e contaminao pelos visitantes, se mantendo ou melhorando a qualidade ambiental e o interesse turstico.

4.2. Anlise Estrutural

A rea visitada deve satisfizer as seguintes condies: - Presena de uma rea natural protegida; - Oferecer um vasto conhecimento e experincia satisfatria aos visitantes; - Possuir um sistema administrativo eficiente e cumprir com o sistema de sustentabilidade do local; - Instalaes fsicas e infraestruturas adequadas nas reas visitadas. Em suas reas adjacentes so fundamentais para o desenvolvimento eficaz e sustentvel do ecoturismo, o planejamento, plano, programas e projetos que so critrios de construes adequadas que devem ser utilizados minimizando, assim a ocorrncia de impactos negativos sobre o meio ambiente. Isso fornece certo grau de autossuficincia funcional alm de contribuir para a manuteno e melhoria da qualidade da experincia do visitante. O ecoturismo requer uma busca de compreenso da complexidade, segundo Lindeberg e Hawkins, um planejamento cuidadoso tanto fsico como gerencial com diretrizes e regulamentos rgidos, que possam garantir um funcionamento estvel eficaz e sustentvel somente por meio de um sistema intersetorial, envolvendo a comunidade local, podendo alcanar seus objetivos. Segundo a Organizao Mundial do Turismo, enquanto o turismo cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce 20%. Diante de todas as pesquisas realizadas e de grandes investigaes, imensa a quantidade de propostas para desenvolver Mairipor, a cada ponto turstico pesquisado vimos o quanto o espao necessita de estrutura. O correto seria desenvolver atividades com profissionais treinados a todos os municpios que queiram participar desse planejamento, sem exceo de idade ou

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nvel social, unir os poderes, Pblico, Privado e a Sociedade. Segundo Beni, a maneira mais ampla de se ter coerncia ao planejar algo, para que nenhum setor se sobrecarregue de responsabilidades. possvel notar a diferena entre o turismo comum e o ecoturismo. O turismo comum (clssico) aquele que as pessoas contemplam apenas o que elas conseguem ver sem muita participao ativa. J no ecoturismo (turismo ecolgico) existe movimento, ao e pessoas na busca de experincias nicas e exclusivas. Caminham carregando mochilas, soam, tomam chuva e sol, simplesmente para se permanecer em contato com a natureza. O ecoturismo ainda se diferencia do turismo, transmitindo informaes e curiosidades relacionadas com a natureza, os costumes e a histria local o que possibilita uma integrao mais educativa e envolvente com a regio planejando-se com estratgia e conscincia.
O processo de urbanizao crescente, o sistema industrial e ps-industrial da sociedade contempornea implicou no aparecimento e no

desenvolvimento do lazer como necessidade a ser satisfeita. No momento atual com a globalizao, essa busca desenfreada pelo preenchimento do tempo livre com o lazer mais visvel (SANTOS,1999).

O lazer, como necessidade numa sociedade que precisa estar em equilbrio e gerar novas fontes econmicas ganham um ritmo acelerado. O turismo uma das formas de lazer, procurando organizar e planejar o tempo livre da sociedade atual. O turismo passa a exigir novos modelos de espaos que correspondem aos novos tipos de relaes no nvel humano, alm de contribuir para a circulao de capital, melhoria econmica de uma regio e o consumo dos lugares e do meio ambiente. O turismo simplificado em nossa viso atravs de pesquisas, como o conjunto de recursos capazes de satisfazer as aspiraes mais diversas, que incitam o indivduo a deslocar-se do seu universo cotidiano, e assim caracteriza-se por ser uma atividade essencialmente ligada utilizao do tempo livre. A atividade turstica surge como resposta a uma necessidade de

descompresso, resultante da prpria dinmica do sistema da sociedade industrial. O processo de urbanizao ao mesmo tempo em que cria a necessidade do lazer, no consegue atender populao. A necessidade da atividade turstica aumenta com as sociedades ps-industriais ou ps-modernas.

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A ampliao do tempo livre de que passaram a dispor as pessoas uma das causas do crescente desenvolvimento do turismo. O tempo livre tende a aumentar com o passar dos anos, isso significa que as atividades ligadas utilizao desse tempo livre aumentam substancialmente. Dentre tais atividades destaca-se o turismo. O presente trabalho tenta retomar a discusso da conscientizao e da prtica do turismo, porm em tempos contemporneos. Procura tambm ressaltar a importncia do estudo dos processos mentais relativos percepo ambiental, como sendo fundamental para compreendermos melhor as inter-relaes entre homem e meio ambiente, seja ele natural ou construdo. Essas inter-relaes so visveis no ambiente, gerando conseqncias que afetaro a atividade do Turismo. Notamos que as manifestaes mais constantes de insatisfao da populao revelam-se, por meio de condutas agressivas em relao a elementos fsicos e/ou arquitetnicos, principalmente as reconhecidas como pblicos ou localizados junto a lugares pblicos. Outra conduta o desconforto psicolgico de cada indivduo. Essas condutas so resultados expressos das percepes, dos processos cognitivos, julgamentos e expectativas de cada indivduo frente ao lugar e ao meio ambiente. Devemos lidar com o conceito de percepo no sentido mais amplo possvel, a exemplo do que vem sendo adotado pela maioria dos pesquisadores ambientais, a partir do interesse e da necessidade, estruturamos e organizamos nosso contato com a realidade e o mundo, selecionando as informaes, armazenado-as e conferindo seu significado. Seguindo este ponto de vista que pretendemos trabalhar com a conscientizao, tendo como meta no apenas a percepo do meio ambiente para e pelo turismo, e sim o reconhecimento do mesmo frente ao ambiente, sendo este processo muito importante para as atividades do turismo. A relao de sua estrutura frente s modernas cidades e as cidades tursticas demonstra uma relao de conflitos espaciais. Essa relao extravasa a simples percepo e acrescenta conflitos no turismo frente ao ambiente. As idias de conscientizao e prtica desencadeiam conflitos no espao utilizado e apropriado pela atividade turstica. Um ambiente construdo, repleto de tcnica, cincia e informao. E na medida em que aumenta o aparecimento desses elementos no espao urbano, a cidade torna-se cada vez mais um meio diferenciado

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pela carga maior ou menor de cincia, tecnologia e informao, segundo regies e lugares: o artifcio tende a se sobrepor e substituir a natureza. A velocidade do processo de urbanizao transforma o espao continuamente, numa relao dialtica pouco entendida ainda hoje. Nessa discusso a palavra chave a velocidade: velocidade da circulao, da informao, das pessoas, dos objetos, enfim de tudo que compe o ambiente e em especial o ambiente urbano. Quando a atividade turstica adentra o urbano, ela reafirma a velocidade e o ambiente deixa de ser amigo e passa a ser hostil. Dessa hostilidade frente ao ambiente que temos grande parte da nossa atividade turstica sendo implantada e desenvolvida. Mas como podemos melhorar essa relao interna do ambiente construdo pela atividade turstica? O planejamento ainda um bom caminho? Acreditando nessa alternativa que tecemos a seguir algumas questes pertinentes ao planejamento do ambiente turstico. Uma questo importante e quem sabe de maior valia para o planejamento turstico relacionada ao entendimento da noo de mtodos, sendo necessria a anlise segundo aquilo que compete a cada aplicao. O entendimento dos diferentes mtodos nos possibilitar um melhor redimensionamento de nossas atividades de planejamento voltado para intervenes no campo do turismo. Outro ponto importante a destacar refere-se queles que ainda no esto inseridos no mercado de trabalho, mas que podem buscar uma profissionalizao a partir dos conhecimentos adquiridos nesse planejamento e, serem beneficiados em atividades diretamente ligadas ao turismo como cozinheiros, garons,

recepcionistas, ou ligadas indiretamente como, marceneiro, eletricista, serralheiro, pedreiro, etc. A anlise metodolgica geral deve se ocupar daquilo que homogeneza os pases, a economia, estabelecendo uma relao de dependncia entre os mesmos. Esse artifcio muitas vezes regulado e influenciado pelas resolues da Organizao Mundial do Turismo. de se preocupar com as novas conjunturas apresentadas pela economia interna do pas e sua repercusso para a sociedade e para o espao. Nessa prtica de planejamento, vemos o papel crucial da EMBRATUR (Empresa brasileira de desenvolvimento do turismo), responsvel por grande parte de nossa poltica

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nacional de turismo. Os profissionais na rea de turismo devem acompanhar e tambm propor idias desse mtodo de planejamento.
Muitos empresrios do setor turstico, infelizmente, ainda entendem que sua responsabilidade social exclusivamente para com o turista, restrita unicamente ao cumprimento da obrigao legal de oferecer-lhe o que prometido nas divulgaes para venda de pacotes e ofertas tursticas. (KLOTER 1996).

Estas tcnicas esto mais voltadas a encontrar contradies internas a um territrio ou lugar, provenientes do nvel de desenvolvimento econmico para um

Quais produtos tursticos devem ser aplicados em Mairipor para promoo e divulgao do turismo na cidade?
100% 80% 60% 40% 20% 0%

Grfico 3: Sugestes de melhorias e aplicaes tursticas na cidade

todo de cada regio e interesses direcionados. justamente nessas escalas onde o papel do planejador turstico fundamental. Nesse momento o planejamento um instrumento inigualvel para efetivar polticas e economias direcionadas ao turismo para o desenvolvimento regional e local.

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4.3. Anlise da coleta de informaes

No estudo que realizamos no municpio, lidamos com as tecnologias regionais e locais, procuramos encontrar algumas contradies desse lugar, provenientes do nvel de desenvolvimento econmico da regio e interesses direcionados. Mairipor localiza-se em uma das regies mais prximas do estado de So Paulo. Entretanto seu desenvolvimento em termos de servios extremamente precrio, sua renda per capta isolada baixa. Diante de fatos divergentes quanto perfeita exatido de registros histricos disponveis, com o processo de explorao contnua dos trabalhos existentes nas regies, analisando a realidade, as necessidades e prioridades da pesquisa turstica, consideramos a partir de estudos a deixar a fase de aplicao e utilizao de pesquisas com base terica. H a necessidade de divulgar a aplicabilidade e a pertinncia dos resultados de pesquisa, mostrando os benefcios desta e da parceria pesquisador/empresrio para o desenvolvimento e planejamento estratgico do turismo em Mairipor.

4.4. Estratgias estruturais

Com base em nossos estudos enumeramos e apresentamos a seguir algumas aes estratgicas para a contemplao turstica de Mairipor: - Obrigatoriedade de um plano de desenvolvimento turstico regional; - Desenvolvimento de estudos visando o aprimoramento turstico regional; - Plano diretor municipal preso na discusso do Estatuto da cidade; - Preservar a identidade histrica, artstica e cultural do municpio; - Formao de mo de obra local em nvel superior e tcnico para a rea de turismo; - Promover programas de conscientizao turstica ambiental; - Incentivar o desenvolvimento de uma poltica ambiental e de turismo; - Elaborao de um plano de desenvolvimento turstico que leve em considerao o espao natural.

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O desenvolvimento do turismo s poder ocorrer com a conscientizao da responsabilidade de todos em promover aes sociais e englobar a comunidade para que possa desfrutar dos benefcios do turismo de forma mais igualitria, no comprometendo a destinao turstica com a falta de movimento econmico e social. Conforme apresentado neste artigo, ressaltamos a importncia da

conscientizao dos empresrios do turismo em contribuir com melhorias na comunidade receptora e destacamos o grande papel que as escolas e as empresas podem desempenhar desenvolvendo trabalhos sociais em parcerias com outras instituies. Somente a participao e o interesse da comunidade como um todo podem adquirir conhecimentos bsicos sobre o turismo, isso far com que aumente a autoestima dos habitantes regionais. Para melhor compreenso utilizaremos plos de desenvolvimento caracterstico dessa fase histrica. Essa nova lgica do desenvolvimento e planejamento do ambiente turstico tambm impe uma nova forma de entendimento das diferenciaes regionais, em que a partir disso a regio torna-se novamente objeto de estudo das desigualdades sociais, provocadas por essa diferenciao de desenvolvimento tecnolgico. Na fundamentao terica so aplicados vrios conceitos do turismo, marketing, marketing turstico e comunicao, para melhor esclarecer o que est sendo abordado. Para isso se fez pesquisas bibliogrficas com diversos autores, o que fundamental para a elaborao de um trabalho de carter cientfico, e por fim, as consideraes finais.

4.5. Projeo sugestiva de melhoria turstica para Mairipor

Com base nas pesquisas realizadas junto ao MTUR na Feira do Turismo realizada no dia 17 de Julho de 2011, foi estudado por alguns integrantes do grupo uma proposta de ao turstica a cidade, consideramos a seguir nossas sugestes estratgicas Mairipor. Em uma rota turstica importante avaliar todos os recursos que o espao oferece apresentar aos visitantes de forma clara e deslumbrante, sua histria, a

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cultura, existente e suas finalidades. At mesmo em benefcio comunidade necessria essa ao, de maneira a conscientizar uma viso melhor e mais aconchegante do lugar onde mora. O valor de Mairipor est na vista e ao alcance de todos, porm preciso um trabalho coerente e eficaz para desencadear o convvio com as histrias passadas, o conhecimento histrico e resgatando culturas, despertando o desejo ao conhecimento, interao e o lazer que o meio ambiente local nos proporciona. Para se fazer turismo no precisa muito, basta sair da rotina do dia-a-dia, conhecer outras pessoas e hbitos diferentes, pois o turismo se alimenta das diferenas locais, visando a permanncia do turista na cidade. A atividade turstica desperta e amadurece as tendncias culturais e socioeconmicas, partindo-se ao ponto da elaborao de roteiros tursticos logo aps a definio das principais carncias e do estudo do potencial turstico reconhecido e a ser desenvolvido no municpio. Embora sejam necessrios profissionais especializados da rea do turismo, acreditamos em um desenvolvimento turstico, futuro e prospero. Objetivos pretendidos: Adquirir com a conscientizao comunitria a valorizao e o favorecimento para o trabalho com marketing visual e informal, com o intuito de atrair o turista, e que ele seja recepcionado e direcionado ao seu destino com facilidade; Dispor de um calendrio turstico festivo sempre atualizado e de fcil acesso a todos, com a colaborao dos empresrios e comerciantes locais; Criao de um Comit Turstico responsvel por criar uma srie de encontros entre comerciantes, empresrios, profissionais da rea turstica e representantes (facilitadores) de bairros. Com o objetivo de realizar debates, reunies, discusses, troca de ideias entre participantes em prol do desenvolvimento turstico, da conscientizao e divulgao do turismo da cidade. Esses encontros devem ser constantes no decorrer do ano. O Comit turstico a cabea pensante que faz parceria e colhe todos os dados e informaes para a realizao dos projetos de conscientizao futura, promovendo a interao e integrao continua da comunidade e empresrios locais. O crescimento e o desenvolvimento surgem a partir das trocas de informaes e produtos de outras localidades, tal ao s ser possvel com o auxilio de nossos rgos competentes, nos apoiando para implantao de nossos ideais.

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5. Projeto - Comunicao e incluso a base do sucesso

Fundamentados em nossas pesquisas, notamos que Mairipor no uma cidade conhecida turisticamente. Nem ao menos se conhece sua histria, suas origens, as opes de lazer que nela existem, o seu potencial para o turismo e a localizao de seus pontos tursticos. Se por um lado a sociedade reclama do desenvolvimento, emprego e renda, do outro lado tambm no se podem desconsiderar as necessrias protees ao meio ambiente, s pesquisas realizadas pelo grupo apontam a falta de uma conscincia comunitria como um fator negativo, independentemente da falta de estrutura e planejamento. Segundo Beni (2006, p.59), a apatia e a falta de conscincia sobre os problemas socioculturais, econmicas e polticos entre as bases resultado de anos, muitas vezes de sculos de excluso acerca dos assuntos que afetam sua dignidade. Surge-se preocupao em preparar os muncipes para receber, s assim poderemos ter certeza que o turismo municipal ter sucesso, as comunidades diretamente envolvidas no atendimento do turista e o prprio turista devero ser instrudos sobre a importncia da conservao dos espaos naturais para o sucesso do turismo. Despertar a sensibilidade dos moradores locais para que entendam que apenas possuir atrativos ou potenciais tursticos, no suficiente para que o turismo cresa e se desenvolva gerando oportunidades de negcios, emprego e renda. O setor turstico s poder produzir benefcios sociais, culturais econmicos e ambientais, se for planejado dentro da realidade local, estadual, regional, nacional e at internacional se for acompanhado pela comunidade local.
Segundo Mrio Carlos Beni (2011), importante incentivar e desenvolver a identidade cultural de uma localidade. Uma vez que muitos turistas procuram determinados destinos para vivenciar a tradio e interagir com a cultura local, no ficando o visitante apenas como observador passivo, envolvendo-se de tal forma com o meio, tornando-se parte integrante, levando consigo uma experincia na bagagem e enriquecendo sua cultura.

Como o turismo uma atividade que se desenvolve graas aos atrativos que o municpio possui, utilizando servios e gerando impostos locais, devemos

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envolver ao mximo a comunidade nos projetos que qualifiquem o nosso cidado. Qualquer ao dever ser trabalhada entre as autoridades e a comunidade. Sendo assim, com a populao local envolvida e participando das atividades em cursos de qualificao, ela estar mais disposta a colaborar para que os resultados sejam mais eficientes e a nossa regio cresa.
O art. 225, da CF/88 dispe que: todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e de preserv-lo para os presentes e futuras geraes.

Exemplo apresentado no artigo acima, ressaltamos a importncia da conscientizao dos empresrios do turismo em contribuir com melhorias na comunidade receptora e destacamos o grande papel das escolas em desenvolver atividades de forma slica e das empresas desempenhar, desenvolvendo trabalhos sociais em parcerias com instituies. No podemos esquecer que o Brasil ter dois eventos de grande importncia que a Copa de 2014 e as Olimpadas de 2016, surgindo importncia de se ter um municpio consciente e capacitado, uma sociedade preparada para que no haja necessidade de se buscar em outras cidades e municpios pessoas capacitadas para trabalhar, interessante que tenhamos a conscincia que a economia gerada em um municpio possa beneficiar a comunidade como um todo.

5.1. Estruturao territorial

Para que os visitantes levem sempre boas lembranas de suas viagens, cabe a quem vai recepcion-lo estar atento para que suas necessidades sejam atendidas com cortesia, rapidez e eficincia dentro das possibilidades a qual a regio oferece, ao receber o visitante, h alguns passos simples que no devem ser esquecidos. - Perguntar como foi viagem e o conduzir at o local da recepo; - Fazer uma apresentao inicial;

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- Durante a apresentao inicial devem ser dadas explicaes sobre o passeio ou roteiro que ser seguido. E se no temos uma comunidade preparada que acredite e conheam o municpio, sua historia, origem, gesto simples como o apresentado ser difcil de acontecer. Por isso, procuramos apresentar o turismo dentro da cidade de forma simples e objetiva onde todos possam enxergar com o olhar mais instigante. Sendo assim, conscientizar, sensibilizar, estimular e capacitar comunidade, o que devemos propor e apoiar as entidades que j esto atuando nesse sentido. Segundo COBRA (2007) no existe propaganda melhor do que a boca a boca e, quando temos uma populao conscientizada elas mesmas falaro com muito orgulho de maneira a qual nem perceba o marketing que fazem, passaro a conhecer e dar mais valor. A gerao presente e futura poder gozar desta riqueza, a populao conscientizada tambm ajudar o setor pblico a fiscalizar melhor e no faro vista grossa aos empresrios que descartam seus resduos na represa, e elas tambm no iro descartar seus lixos de forma irregular. Sabemos que atos irresponsveis podero poluir a bacia, o mesmo no interessante para o municpio e nem para o mundo. Segundo notcia da Folha (2011) a gua poder ser a causa da guerra daqui alguns anos, levando-nos a acreditar que teremos que cuidar muito bem de nossas riquezas, da nossa bacia hidrogrfica e tambm cuidar das reas de mananciais.
(Segundo Petrocchi 2004, p.24), define como produto turstico, algo que satisfaa a necessidade ou desejo existente no mercado.

O lazer se destaca por ser o principal motivo para as viagens, agregando aos atrativos tursticos que, representam valores para as pessoas e assim, devidamente estruturados como produtos e servios, esses so promovidos para ser ofertada aos visitantes, a localidade em uma regio que possui atrativos diferenciados. Sero inseridos na rota daqueles que buscam a satisfao atravs da realizao de visitas em determinadas localidades, gerando movimentao por parte de todos os envolvidos no sistema turstico, proporcionando no apenas o aumento na renda, como tambm, a sustentabilidade. Vale ressaltar que Mairipor rica em sua histria, e apesar de suas adversidades pouco explorada.

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Os atrativos tursticos bem divulgados induziro os muncipes a conhecer melhor e visitar os pontos tursticos, tambm induzir ao aumento do fluxo de pessoas visitantes, sendo assim, valorizar os recursos tursticos do nosso municpio. Mairipor merece ter uma identidade visual que represente sua beleza, com este pensamento chegamos concluso que precisvamos criar um projeto que represente um conceito visual onde resuma esta diversidade da paisagem. A diversidade, a concentrao dos atrativos que marcam a paisagem da regio de Mairipor encontram-se distantes uns dos outros, isto implica em posturas diferentes na estratgia da sinalizao de orientao turstica. Outra caracterstica importante a busca de cones localizados para atividades de interesse turstico, onde segmentos regionais como natureza e arquitetura, representem simbolicamente as referncias para a criao da imagem.

5.2. Solues estratgicas

O propsito utilizar o turismo como um mecanismo de incluso social e fazer com que os benefcios do setor atinjam todos os segmentos da sociedade desde os investidores, os proprietrios, os guias, os artesos, os comercirios, entre outros. A criao de um signo de comando parte da ideia de apresentar a identidade dos polos tursticos, globalizando o que est sendo objeto de sinalizao, as manifestaes visuais com a elaborao de pictogramas, smbolos grficos e de cdigos. Sabemos que os brasileiros no tm o hbito da leitura, portanto acreditamos na importncia de se distribuir em alguns pontos da cidade painis com fotos dos pontos tursticos contendo a histria do local que est sendo visualizado ou frase a qual se instigue. Um Sistema de aplicao ambiental, definio dos suportes estruturais das mensagens visuais, mensagens que demonstre que o turista tem por obrigao zelar pelo local para que cause menos impacto ao meio ambiente. Placas direcionais indicando roteiros, percursos de visitao, unidades de atividades, equipamentos, etc. Painis de informaes tursticas dos principais atrativos em referncia.

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Placas de orientao para o turista ou visitante, ou seja, um painel com o mapa do municpio direcionando tanto para os pontos tursticos como pousadas, hotis, bares e restaurantes, preservao do patrimnio histrico e natural. O tnel da mata fria passar por uma transformao onde ganhar novo visual, para representar uma estrofe do hino da cidade o paraso ao p da serra. Seria interessante tambm, a insero de uma grande placa de captao de energia solar para ser usada na iluminao do mesmo; um grande painel de ao galvanizado sobre a boca dos trs tneis que seria fixado e chumbado em concreto; a insero tambm de um adesivo sobre o painel ao invs de pintarmos, assim poderemos trocar este adesivo de quatro em quatro anos ou ento quando acharmos necessrios. Para dar ao tnel uma nova paisagem, optaramos por utilizar uma forma no destrutiva evitando o impacto ao meio ambiente e as rvores que se encontram no local serviriam para complementar a beleza da cidade.
Figura 12: Modelos das placas de sinalizao

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Figura 13: Sugesto de melhoria visual Tnel Mata Fria

Este trabalho baseou-se em pesquisas constatando que Mairipor precisa de um grande esforo de comunicao, atravs de aes de incentivo para o aumento de interesse dos muncipes, onde os mesmos sintam orgulho para que possam falar bem do ambiente que os acolhem. A cidade possui vrios atrativos, possibilitando que uma atividade turstica possa promover um desenvolvimento socioeconmico e uma valorizao do ambiente natural e cultural. reas essas que devem ser bastante exploradas, pois seus conhecimentos auxiliam na formao de uma sociedade digna e tambm em uma

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formao acadmica, onde ir ajudar nos grandes problemas existentes para o desenvolvimento do turismo. O trabalho apresentado possibilitou verificar que as ferramentas do marketing turstico podem ser utilizadas por uma administrao que queira investir no potencial de uma cidade. A aplicao do composto de marketing, em especial a grande utilizao de promoo, possibilita que o destino atraa a ateno da comunidade e dos turistas. Verificou-se que para o turismo se tornar uma atividade econmica e que tenha uma participao significativa na economia local, deve-se trabalhar com os principais agentes de desenvolvimento da atividade; com aqueles que podem se tornar beneficirios do desenvolvimento dele, dentro da cidade como os moradores artesos, proprietrios de estabelecimentos comerciais, principalmente dos setores de hospedagem e alimentao. Viu-se que a Administrao Pblica, a sociedade e o setor privado, tem que se preocupar com o planejamento para impulsionar cada vez mais o desenvolvimento do turismo. Por fim, este projeto mostrou a importncia de um plano de marketing de comunicao local, como forma de obter os melhores resultados com a atividade turstica e a sensibilizao do pblico alvo que so os muncipes.

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CONCLUSO

O desenvolvimento do turismo s poder ocorrer com a conscientizao da responsabilidade de todos em promover aes sociais e englobar a comunidade para que possa desfrutar dos benefcios do turismo de forma mais igualitria, no comprometendo a destinao turstica com a falta de movimento econmico e social. Conforme apresentado neste trabalho, ressaltamos a importncia da

conscientizao dos empresrios do turismo em contribuir com melhorias na comunidade receptora e destacamos o grande papel que as escolas e as empresas podem desempenhar desenvolvendo trabalhos sociais em parcerias com outras instituies. Somente a participao e o interesse da comunidade como um todo podem adquirir conhecimentos bsicos sobre o turismo, isso far com que aumente a autoestima dos habitantes regionais. Isso seria muito gratificante visto que todo esse projeto pode ser o primeiro passo para, que muitos pensem em melhorar suas vidas dando continuidade aos estudos e se profissionalizando. A finalidade tambm divulgar a cidade para todos que passem ou at mesmo quem venham visitar, os atrativos tursticos bem divulgados, induziro ao aumento do fluxo de pessoas visitantes, sendo assim valorizar os recursos tursticos do nosso municpio. As melhorias sugeridas alm de informar possui ainda um sentido emocional, visto que atravs dele a comunidade sente-se integrada ao meio onde vive, estabelece relaes de reconhecimento e de troca. Revestidos de simbologias e significados, os lugares de memria tornam-se locais de sociabilidade e reciprocidade cultural. Acreditamos que essas aes nos possibilitaro contribuir e cumprir com o nosso papel de atuar com responsabilidade social e administrar com excelncia.

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GLOSSRIO

Guabirotuva lugar de grandes arbustos Guarulhos barrigudinhos Paintball jogo de bolas de tinta Pirucaia peixe grande queimado Word of mouth boca a boca

ANEXOS

Constituio Federal Meio Ambiente

Lei de Incentivo Municipal ao Turismo

Documentos referenciais de pesquisa

Constituio Federal. Captulo VI Artigo 255 Do Meio Ambiente

Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes.

1. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder pblico:

I - preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico das espcies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimnio gentico do Pas e fiscalizar as entidades dedicadas pesquisa e manipulao de material gentico;

III - definir, em todas as unidades da Federao, espaos territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alterao e a supresso permitidas somente atravs de lei, vedada qualquer utilizao que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteo;

IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidade;

V - controlar a produo, a comercializao e o emprego de tcnicas, mtodos e substncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblica para a preservao do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica, provoquem a extino de espcies ou submetam os animais a crueldade.

2. Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com soluo tcnica exigida pelo rgo pblico competente,na forma da lei.

3. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos causados.

4. A Floresta Amaznica brasileira, a Mata Atlntica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira so patrimnio nacional, e sua utilizao far-se, na forma da lei, Senado Federal - Constituio Federal de 1988 dentro de condies que assegurem a preservao do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

5. So indisponveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por aes discriminatrias, necessrias proteo dos ecossistemas naturais.

6. As usinas que operem com reator nuclear devero ter sua localizao definida em lei federal, sem o que no podero ser instaladas.

Prefeitura Municipal de Mairipor Estado de So Paulo

LEI N 1970 DE 18 DE AGOSTO DE 1999 Dispe sobre a concesso de Incentivos Fiscais ao Desenvolvimento Turstico do Municpio de Mairipor.

(Projeto de lei n 263/99 de auditoria do Vereador Nicola Perez Neto)

O PREFEITO MUNICIPAL DE MAIRIPOR, Senhor ARLINDO CARPI, faz saber que a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei.

Artigo 1 - Ficam criados incentivos fiscais ao desenvolvimento Turstico no Municpio de Mairipor, nos termos desta Lei. Artigo 2 - Os empreendimentos voltados para a explorao turstica, a partir da publicao desta Lei, a ttulo de incentivos, gozaro dos seguintes benefcios: I- iseno de todos os tributos municipais, por dez anos, da propriedade e dos servios; II- iseno das taxas e preos pblicos incidentes sobre a construo de prdios e da empresa. Pargrafo nico As isenes previstas neste artigo aplicam se a partir da constituio da empresa, entrada do projeto no setor de obras da municipalidade, assinatura da escritura de aquisio da rea ou contrato de locao, ou o que ocorrer primeiro. Artigo 3 - Entende-se como empreendimento turstico a explorao de atividades que atraiam pessoas de outras localidades para nossa cidade, tais como: I- explorao hoteleira e congneres, (exceto motel, boate, casas noturnas, restaurantes e congneres de forma isolada); II- festivais de msica, artes, danas e congneres; III- competies esportivas, nutica, areas e congneres.

Prefeitura Municipal de Mairipor Estado de So Paulo

Artigo 4 - Gozaro dos mesmos benefcios de tratam o artigo 2 desta lei, os empreendimentos que estejam paralisados ou em fase de implantao em imvel prprio ou locado. Artigo 5 - Os empreendimentos tursticos j implantados e que provem ser as atividades do artigo 3, gozaro de cinco anos de iseno, a partir da solicitao, exceto Imposto Predial e Territorial Urbano. Artigo 6 - A obteno dos benefcios de que tratam esta lei, dever ser requerida pelos interessados e ser formalizada atravs de contrato com a Municipalidade. Artigo 7 - Perdero os incentivos previstos nesta Lei, as empresas que: I paralisarem, por mais de seis meses suas atividades no Municpio; II gozarem da iseno e no implantarem o projeto. Artigo 8 - Considera-se implantado o projeto a partir da emisso da primeira nota fiscal de servios do empreendimento, ao turista. Artigo 9 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio. Prefeitura Municipal de Mairipor, em 18 de agosto de 1999.
ARLINDO CARPI Prefeito Municipal

ANTONIO JAIR DE OLIVEIRA NASCIMENTO Secretrio da Administrao

Publicada e Registrada na Diviso de Secretaria desta Prefeitura Municipal, em 18 de agosto de 1999.

MARIA ANGELICA PEREIRA Diretora Administrativa

APNDICES

Entrevistas Questionrios Projeto

CENTRO PAULA SOUZA ETEC PROF HORCIO AUGUSTO DA SILVEIRA EXTENSO MUFARREGE SALOMO CHAMMA ADMINISTRAO

O presente questionrio pretende recolher informaes para a realizao de uma pesquisa de campo e embasamento terico ao Trabalho de Concluso de Curso, estudo que est a ser promovido pelo Curso de Administrao da ETEC Prof. Horcio Augusto da Silveira Extenso Mairipor, que tem como objectivo identificar a necessidade de competncias e qualificaes atuais e futuras das empresas, comunidade e interessados da regio dedicadas ao Turismo de Desenvolvimento. Os dados obtidos junto desta amostra sero tratados conjuntamente, o que significa que, no s asseguramos total confidencialidade quanto s informaes aqui obtidas, como ainda garantimos que elas no sero tratadas isoladamente. Neste contexto, pedimos-lhe o mximo rigor e objetividade, para que possamos obter um Estudo com a validade e foco desejvel. O que considera serem as principais caractersticas do Municpio de Mairipor como destino turstico: X Clima X Gastronomia X Lazer

X Tranquilidade X Outro: Esportes,Convenes Obs:longo prazo Quais os produtos tursticos que, na sua opinio, deve-se apostar na cidade de Mairipor, no que se diz respeito a aes de promoo e divulgao: X Turismo de Natureza X Turismo Desportivo (desportos radicais; naticos; estgios...) X Turismo de Negcios e Incentivos X Turismo de Sade X Eventos e Festividades X Gastronomia

Em relao aos anos anteriores, este ano os fluxos da procura na sua empresa foram: (se empresrio) X

Muito Superiores Superiores Iguais Inferiores Muito Inferiores Indique quais so, normalmente, os meses com maior afluncia na sua empresa: (se empresrio) X Janeiro a Maro X Julho a Setembro X Abril a Junho X Outubro a Dezembro Que aes gostaria de ver realizadas para garantir a sustentabilidade e o desenvolvimeno econmico do turismo em Mairipor a curto prazo? E a mdio/longo prazo? 1. Retirar empresas que poluem a represa e o fim da vista grossa do poder pblico a respeito. 2. Colocar lixeiras na cidade com coleta seletiva, 3. Criar um centro de convenes e eventos para que a cidade possa receber o turismo em alto padro(sem quebra galhos) 4. Ao semanal de esportes nuticos utilizando a represa com a devida fiscalizao e uma campanha efetiva de concientizao pelos cuidados com o Meio Ambiente, 5. Incentivo finaceiro ao esporte e eventos Municipais e Estaduais, 6. Maior acesso a cultura atravs de eventos interativos e etc. A ordem de prazos e prioridades ficam a critrio das verbas disponibilizadas e o bom senso das autoridades. Voc colaboraria com o crescimento da sua cidade? Qual o grau de importncia que isso lhe traz. Sim, Pra mim que deixei Braslia para viver em Mairipor, tenho total interesse que a cidade prospere.Tenho sido colaboradora no meu seguimento de eventos.Tenho algumas conquistas em Mairipor que as realizei com muita luta e praticamente sem o apoio devido do poder pblico. Como coordenadora credenciada pelo estado para realizar concursos Municipais e Estaduais, elegi com o apoio da Secretaria de Turismo e Prefeitura em 2009 a Miss Turismo 2010 Rosana Gonzales, que representou Mairipor no concurso Estadual, mas infelizmente no teve uma boa classificao e no recebemos este ano nenhum incentivo e por isso no realizaremos o evento em 2011. O que no aconteceu com a Miss Mairipor 2011 Nathlia Bernardes que ficou classificada entre as trs mulheres mais belas do Estado num concurso Estadual, o Miss So Paulo 2011, que foi transmitido ao vivo pela TV Band para todo pas. O nome de Mairipor foi divulgado a nvel nacional e isso nos redeu uma linda homenagem feita pela Cmara Municipal, atravs da iniciativa e reconhecimento da Cmara. Pensando alm do crescimento da cidade e dos meus negcios trouxe pra Mairipor uma revista, a Revista Bem Viver www.revistabemviver.art.br, mas um veculo de mdia e qualidade para nossa cidade.O nosso nico incentivo at aqui partiu tambm

da Cmara que j reservou uma pgina na revista para divulgao institucional da mesma na prxima edio. O que voc espera da Cidade de Mairipor com relao ao planejamento e desenvolvimento turstico. Como j mencionei, no s espero o melhor mas quero fazer a minha parte.Acredito que por estarmos ao lado da capital temos total chances de nos projetarmos na Regio em crescimento com planejamento e desenvolvimento.O caminho mesmo o Turismo e melhores Hotis e um Centros de Convenes. Sucesso no trabalho, que Deus mande pra vocs muitos frutos, ab Att: -Lilian Chamma [email protected] www.lilianchamma.blogspot.com www.revistabemviver.art.br Nextel: 11-7832-3981 ID 85*16009 Obrigada pela Sua Colaborao

CRDITOS

O presente trabalho foi apresentado a pblico e aprovado por uma banca examinadora a finalidade acadmica de concluso do curso de administrao, no podendo o mesmo ser comercializado, apenas ser disponibilizado e demonstrado quando necessrio em palestras e reunies acadmicas, e a terceiros como referencial terico e contedo de pesquisa. Relaciona-se abaixo a participao da escrita e desenvolvimento de cada integrante: TURISMO escrito, desenvolvido e apresentado por Bianca; MAIRIPOR, HISTRIA E TURISMO escrito, desenvolvido e apresentado por Patrcia; DESENVOLVIMENTO escrito e desenvolvido por Bianca e Patrcia e apresentado por Mariana. PLANEJAMENTO escrito e desenvolvido por Bianca, Patrcia e Vagner e apresentado por Vagner. PROJETO escrito, desenvolvido e apresentado por Ione. OBS: O Centro de Informao ao Turista aplicado a apresentao da integrante Ione, foi de sua nica e exclusiva responsabilidade no tendo o respaldo dos demais integrantes, portanto o mesmo foi anexo apenas ao contedo encadernado entregue a instituio de ensino. A excluso do mesmo nesse contedo virtual, no abala a estrutura do trabalho escrito, pois ele aparece descrito apenas no desenvolvimento escrito do projeto da integrante, no fazendo parte dos demais ttulos sendo meramente ilustrativo em sua apresentao. Pois conforme nossas pesquisas o mesmo no vivel no local indicado, pois existem leis que probem a construo de um centro fixo no espao, na atual gesto. Por fim, agradecemos a todos aos 3.500 acessos anteriores e o contedo volta a pblico para apreciao e conhecimento.

A competncia e a capacidade adquirida no se compra, se conquista, pois, ningum tira o brilho de quem j nasce com luz prpria.

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