Câncer Do Colo Do Útero

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UNIPLAN- Centro Universitário

Bacharelado em Enfermagem
Políticas de Atenção à Saúde da Mulher

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO


Prof. ª Ana Paula Farias

Cruzeiro do Sul - 2024


CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
ANATOMIA
ANATOMIA
CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
Replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão,
comprometendo o tecido subjacente (estroma), que pode invadir estruturas e
órgãos contíguos ou à distância;
Problema de saúde pública;

530 mil casos novos por ano 3º o tipo de câncer + comum


CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

528 mil casos em 2012

85% ocorreram em regiões menos desenvolvidas.

266 mil mulheres morreram no mundo

9 em cada 10 mulheres morrem 1 de cada 10 morreu


CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
Na região Norte do Brasil é o mais incidente (24/100.000);
As taxas de mortalidade do país também são maiores no Norte (10,1/100.000);
Uma das mais importantes descobertas na investigação etiológica do câncer
cervical dos últimos 30 anos foi a demonstração da relação entre o
papilomavírus humano (HPV) e esse tipo de câncer;
O HPV é causa necessária para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.
FATORES DE RISCO
Infecção pelo HPV;
Idade;
Tabagismo;
Multiplicidade de parceiros sexuais;
HPV
Início precoce da atividade sexual;
Baixa condição socioeconômica;
Imunossupressão.
INFECÇÃO PELO HPV
A infecção genital pelo HPV é muito frequente;
Acredita-se que em torno de 80% das mulheres sexualmente ativas irão
adquirir o vírus ao longo de suas vidas. No entanto, na maioria das vezes, a
presença do HPV no corpo humano não desencadeia a doença, apenas alguns
casos evoluem para o câncer;
A causa primária das lesões precursoras e do câncer cervical é a infecção
assintomática, persistente ou crônica por um ou mais dos tipos de HPV de alto
risco.
INFECÇÃO PELO HPV
Cerca de 100 tipos de HPV já foram identificados e tiveram seu genoma
mapeado. Destes, 40 tipos podem infectar o trato genital inferior e entre 12 e 18
são considerados oncogênicos ou carcinogênicos;

TIPOS DE HPV 16. TIPOS DE HPV 18.


INFECÇÃO PELO HPV
Outros quatro tipos de HPV de alto risco : 31, 33, 45 e 58, estão associados
com menor frequência desse tipo de câncer;
Dois tipos de HPV de baixo risco são: 6 e 11, estes não causam o câncer, mas
são responsáveis pela maioria das verrugas genitais (condilomas), sendo
associados a até 90% das lesões ano genitais;
INFECÇÃO PELO HPV
TRANSMISSÃO:
Contato direto com a pele ou a mucosa infectada, que
inclui o contato pele a pele das regiões oral-genital,
genital-genital e anal-genital;
Transmitido mesmo sem que haja a penetração.
INFECÇÃO PELO HPV
Assim como nas mulheres, as infecções pelo HPV em
homens também costumam ser assintomáticas e a maioria
tem curta duração;
Eles podem desenvolver câncer no ânus, mais comum nos
homens que fazem sexo com homens;
Na maioria das vezes, esse tipo de câncer também está
associado ao HPV 16.
INFECÇÃO PELO HPV
Não é correto afirmar que essas infecções sempre
causarão câncer;
Na verdade, a maioria das mulheres infectadas pelo HPV
de alto risco não desenvolve câncer, pois grande parte
das infecções pelo vírus, independentemente do tipo,
tem curta duração, e o organismo humano os elimina
espontaneamente em menos de dois anos.
INFECÇÃO PELO HPV
As condições que podem evoluir para a cronicidade da infecção por HPV e para
o câncer ainda são desconhecidas. Acredita-se que haja influência de diferentes
fatores de risco:
 o tipo de HPV;
 o estado do sistema imunológico;
 a presença de coinfecção por outros agentes sexualmente transmitidos;
 a paridade e idade prematura por ocasião do primeiro parto;
 o tabagismo;
 o uso de contraceptivos orais por mais de cinco anos, hipótese ainda controversa;
 Idade.
INFECÇÃO PELO HPV
Manifestações clínicas:
Lesões precursoras:
 Assintomáticas, detectáveis pelo PCCU;
Câncer do colo do útero:
 Sangramento vaginal;
 Leucorréia;
 Dor pélvica;
 Queixas urinárias e/ou intestinais.
INFECÇÃO PELO HPV
Além da promoção da qualidade de vida, as ações de promoção à saúde
considerando os aspectos relacionados ao controle do câncer do colo do útero
envolvem a melhoria do acesso das mulheres aos serviços de saúde e à
informação;
O controle do tabagismo também é uma medida importante que pode ajudar a
minimizar o risco do câncer cervical.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Prevenção primária:
Diminuição do risco do contágio por HPV;
 Uso de preservativo;
 Imunização;
Prevenção secundária - detecção precoce:
 Diagnóstico precoce;
 Rastreamento.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
IMUNIZAÇÃO:
Em 2014, por meio do Programa Nacional de Imunizações
(PNI), o Ministério da Saúde inseriu no Sistema Único de
Saúde (SUS) a administração da vacina contra HPV no
calendário nacional de imunização do adolescente;
Vacina quadrivalente, que protege contra os tipos não
oncogênicos 6 e 11 e os tipos oncogênicos 16 e 18;
Para o MS, o objetivo da vacinação também para o sexo
masculino é prevenir os cânceres de pênis e verrugas
genitais.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA:
Detecção precoce do câncer (abordagem de indivíduos com sinais e/ou
sintomas da doença);
Rastreamento: realização de um exame em uma população assintomática,
aparentemente saudável, com o objetivo de identificar lesões precursoras ou
sugestivas de câncer e encaminha-las para investigação e tratamento.
PROMOÇÃO DA SAÚDE

Atingir alta cobertura da população definida como alvo é o componente


mais importante no âmbito da atenção primária em saúde, para que se
obtenha significativa redução da incidência e da mortalidade por câncer
do colo do útero.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
O Brasil adotou a recomendação da OMS estabelecendo que o exame
citopatológico do colo do útero deve ser realizado em mulheres entre 25 e 64
anos de idade.
 uma vez por ano;
 após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos;
 não há indicação para o rastreamento do câncer de colo do útero e seus
precursores em mulheres sem história de atividade sexual.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
GESTANTES:
Deve-se seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as
demais mulheres, entretanto, existem recomendações conflitantes quanto à
coleta de material endocervical.
Apesar de não haver evidências de que a coleta de material da endocérvice
aumente o risco sobre a gestação quando utilizada uma técnica adequada,
outras fontes recomendam evita-la devido ao risco em potencial;
Nesses casos, recomenda-se a análise caso a caso, pesando riscos e benefícios
da ação;
SITUAÇÕES ESPECIAIS
GESTANTES:
Gestantes aderentes ao programa de rastreamento com
últimos exames normais podem ser acompanhadas de
forma segura sem a coleta endocervical durante a gravidez;
Não aderentes ao programa de rastreamento, o momento
da gestação se mostra como valiosa oportunidade para a
coleta do exame.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Mulheres no climatério: rastreamento deve seguir igual às demais mulheres;
Em mulheres parcialmente histerectomizadas (com permanência do colo do
útero) deve-se seguir a rotina de rastreamento. Mulheres submetidas a
histerectomia por condições benignas: excluídas do rastreamento desde que
apresentem exames anteriores normais;
 Entretanto, nos casos de histerectomia total por lesão precursora ou câncer
do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão
tratada.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Imunossuprimidas: o exame deve ser realizado com
intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais,
manter seguimento anual;
Mulheres HIV positivas com contagem de linfócitos CD4+
abaixo de 200 células/mm3 rastreamento a cada 6 meses.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Realização;
A estratégia de mutirão em horários alternativos;
Usuárias que não comparecem espontaneamente
podem ser convocadas para a realização do exame;
 Após a realização- encaminhar o material para
análise e aguardar o recebimento dos laudos.
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
Coleta de citopatológico para o rastreio de lesões precursoras e de câncer
cervical;
Na consulta de enfermagem para a coleta de colpocitologia oncótica, o
enfermeiro deve obter informações para a identificação do histórico da usuária;
Idade;
Data de realização do último exame e ocorrência de exames citopatológicos
anormais;
Antecedentes pessoais obstétricos, cirurgias pélvicas e antecedentes
patológicos, em especial as infecções sexualmente transmissíveis (IST) e, elas, a
infecção pelo HPV;
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
Na consulta de enfermagem para a coleta de colpocitologia oncótica, o
enfermeiro deve obter informações para a identificação do histórico da usuária;
Data da última menstruação (DUM);
Presença de queixas relacionadas a corrimentos vaginais; relato de dispareunia
e de sangramentos vaginais pós-coito ou anormais.
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
Ao proceder ao exame físico específico de ginecologia, o enfermeiro deve
realizar a inspeção dos órgãos genitais externos, atentando para a integridade
do clitóris, do meato uretral e dos grandes e pequenos lábios vaginais e para a
presença de lesões ano genitais;
Durante o exame especular, deve-se observar o aspecto do colo do útero, a
presença de secreção anormal ou friabilidade cervical e a presença de lesões
vegetantes ou ulceradas;
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
Antes de realizar o exame especular, o profissional deve orientar a usuária
sobre o procedimento, buscando esclarecer suas dúvidas e reduzir a ansiedade e
o medo e preencher a requisição de exame citopatológico do colo do útero;
A realização de coleta de material citológico deve seguir as normas técnicas de
coleta, conforme padronizado pelo Inca e disposto no Caderno de Atenção
Básica do Ministério da Saúde.
ORIENTAÇÕES
Antes de realizar o exame especular, o profissional deve orientar a usuária
Não utilizar lubrificantes, espermicidas ou medicamentos vaginais durante 48
horas antes da coleta;
Não realizar exames intravaginais como a USG por 48 horas antes da coleta;
A recomendação de abstinência sexual prévia ao exame só é justificada quando
são utilizados preservativos com lubrificante ou espermicidas, pois a presença
de espermatozoides não compromete a avaliação microscópica;
Não deve ser feito no período menstrual (5º dia após o período).
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
FASES QUE ANTECEDEM O EXAME:
Organização do material, ambiente e capacitação da equipe:
Equipe capacitada para acolhimento e preenchimento das informações;
Consultório equipado:
Mesa ginecológica;
Escada de dois degraus;
Mesa auxiliar;
Foco de luz com cabo flexível;
Biombo ou local reservado para troca de roupa;
Cesto de lixo.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A COLETA:
Espéculo de tamanhos variados;
Lâminas de vidro com extremidade fosca;
Espátula de Ayre;
Escova endocervical;
Par de luvas para procedimento;
Solução fixadora;
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A COLETA:
Gaze;
Recipiente para acondicionamento das lâminas;
Formulários de requisição do exame citopatológico;
Lápis;
Avental;
Lençol (descartável)
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
ETAPAS DO PREENCHIMENTO PRÉVIAS À COLETA:
Identificação: checar nome, data de nascimento, endereço;
Informação: explicar o propósito do exame e as etapas;
História clínica;
Preenchimento dos dados no formulário;
Preparação da lâmina (verificar se a lâmina está limpa, identificar a lâmina com
as iniciais do nome da mulher e o seu número de registro na unidade, com lápis
preto nº 2 ou grafite, na extremidade fosca);
Solicitar que a mulher esvazie a bexiga e troque de roupa.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
A coleta do material para o exame citopatológico do colo do útero deve ser
realizada na ectocérvice e na endocérvice, em lâmina única;
A amostra de fundo de saco vaginal não é recomendada, pois o material
coletado é de baixa qualidade para o diagnóstico oncótico.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
O procedimento de coleta de colpocitologia oncótica envolve as seguintes
etapas:
Lavar as mãos com água e sabão e seca-las com papel-toalha, antes e após o
atendimento;
Colocar a mulher na posição ginecológica adequada, o mais confortável
possível, e cobri-la com um lençol;
Posicionar adequadamente o foco de luz;
Colocar as luvas descartáveis.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
O procedimento de coleta de colpocitologia oncótica envolve as seguintes
etapas:
Observar atentamente os órgãos genitais externos, prestando atenção à
distribuição dos pelos, à integralidade do clitóris, do meato uretral e dos grandes
e pequenos lábios e também à presença de secreções vaginais, de sinais de
inflamação e de veias varicosas e outras lesões, como úlceras, fissuras, verrugas
e tumorações.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
Colocar o espéculo, que deve ter o tamanho escolhido de acordo com as
características perineais e vaginais da mulher a ser examinada:
Não deve ser usado lubrificante, mas em casos selecionados, principalmente
em mulheres idosas com vaginas extremamente atróficas, recomenda-se molhar
o espéculo com soro fisiológico;
O espéculo deve ser introduzido suavemente, em posição vertical e
ligeiramente inclinado, de maneira que o colo do útero fique exposto
completamente, o que é imprescindível para a realização de uma boa coleta;
Iniciada a introdução, fazer uma rotação deixando o espéculo em posição
transversa, de modo que a fenda da sua abertura fique na posição horizontal.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
Abrir o espéculo lentamente e com delicadeza, após sua total introdução na
vagina;
Se houver dificuldade de visualização do colo do útero, sugira que a mulher
tussa; não surtindo efeito, solicite ajuda de outro profissional mais experiente;
Observar as características do conteúdo e das paredes vaginais, bem como as
do colo do útero.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
Coletar material da ectocérvice.
Utilizar a espátula de Ayre, do lado que apresenta reentrância.
Encaixar a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo, apoiando-a
firmemente, fazendo uma raspagem em movimento rotativo de 360° em torno
de todo o orifício cervical, para que toda a superfície do colo seja raspada e
representada na lâmina, procurando exercer uma pressão firme, mas delicada,
sem agredir o colo, para não prejudicar a qualidade da amostra.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
Coletar material da ectocérvice.
Utilizar a escova endocervical;
Recolher o material introduzindo a escova endocervical no orifício externo do
colo do útero e fazer um movimento giratório de 360°, percorrendo todo o
contorno do orifício cervical.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
Colocar o material sobre a lâmina de maneira delicada para a obtenção de um
esfregaço uniformemente distribuído, fino e sem destruição celular;
A amostra ectocervical deve ser disposta no sentido transversal, na metade
superior da lâmina, próximo da região fosca;
O material retirado da endocérvice deve ser colocado na metade inferior da
lâmina, no sentido longitudinal.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
Fixar, imediatamente, o esfregaço obtido na lâmina para evitar o
dessecamento do material. Essa conduta dependerá da apresentação do fixador,
a saber:
Fixação com álcool a 96% (considerada mundialmente como a melhor para os
esfregaços citológicos): colocar a lâmina dentro do frasco com álcool em
quantidade suficiente para que todo o esfregaço seja coberto, fechar o
recipiente cuidadosamente e envolve-lo com a requisição.
Fixação com spray de polietilenoglicol: borrifar a lâmina, que deve estar em
posição horizontal, imediatamente após a coleta, com o spray fixador, a uma
distância de 20 centímetros.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
Acondicionar cuidadosamente a lâmina em uma caixa de lâminas revestida
com espuma de náilon e papel, a fim de evitar a quebra, para o transporte ao
laboratório, lacrando-se a tampa da caixa com fita gomada.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
Fechar o espéculo não totalmente, evitando beliscar a mulher;
Retirar o espéculo delicadamente, inclinando levemente para cima, observando as
paredes vaginais;
Retirar as luvas;
Auxiliar a mulher a descer da mesa;
Solicitar que a usuária troque de roupa;
Informar sobre a possibilidade de um pequeno sangramento que poderá ocorrer depois
da coleta, tranquilizando-a que cessará sozinho;
Enfatizar a importância do retorno para o resultado e se possível agendar conforme
rotina da unidade básica de saúde.
EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
As lâminas devem ser enviadas para o laboratório o mais breve possível, para
que o tempo entre a coleta e o resultado não seja prolongado
desnecessariamente;
Devem estar devidamente acondicionadas e acompanhadas dos formulários de
requisição;
O formulário deve estar preenchido adequadamente e a identificação dever
estar coincidente com a do frasco ou da caixa de porta lamina e as iniciais da
lâmina.
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
Amostra insatisfatória para avaliação:
Material acelular ou hipocelular;
Leitura prejudicada por presença de sangue, piócitos, artefatos de
dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular (>75%
do esfregaço;
Recomendações: Repetir o exame dentro de 6 a 12 semanas tomando cuidado
para não repetir o erro.
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
Amostra satisfatória para avaliação:
Designa amostra que apresente células em quantidade representativa, bem
distribuídas, fixadas e coradas, de tal modo que sua observação permita uma
conclusão diagnóstica.
Interpretação do resultado do exame
A conduta a ser adotada pelo profissional de saúde dependerá do resultado do
exame de citologia oncótica cervical;
Caso o resultado indique o encaminhamento a outro serviço, é fundamental
realizar uma solicitação de encaminhamento qualificada, com os dados
relevantes sobre a usuária, sobre o quadro clínico e sobre o resultado do exame;
Além disso, é necessário que a equipe acompanhe essa mulher durante todo o
tratamento, avaliando a necessidade de intervenções durante esse processo.
Interpretação do resultado do exame
Resultado normal, alterações benignas e queixas ginecológicas:
Dentro dos limites da normalidade no material examinado: Seguir a rotina de
rastreamento citológico;
Inflamação sem identificação do agente: Queixa clínica de secreção anormal,
tratamento do corrimento e Seguir rotina de rastreamento citológico.
Interpretação do resultado do exame
Resultado normal, alterações benignas e queixas ginecológicas:
Metaplasia escamosa imatura: Seguir rotina de rastreamento citológico.
Reparação: Seguir rotina de rastreamento citológico.
Atrofia com inflamação: Seguir rotina de rastreamento citológico.
Radiação: Posterior a tratamentos radioterápicos - Seguir rotina de
rastreamento citológico.
Interpretação do resultado do exame
Se o seu exame acusou:
negativo para câncer: se esse for o seu 1º resultado negativo, você deverá fazer
novo exame preventivo daqui a um ano. Se você já tem um resultado negativo no
ano anterior, deverá fazer o próximo exame preventivo daqui a 3 anos;
infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau: você deverá repetir o exame daqui a
seis meses;
lesão de alto grau : o médico decidirá a melhor conduta. Você vai precisar fazer
outros exames, como a colposcopia;
amostra insatisfatória: a quantidade de material não deu para fazer o exame.
Você deve repetir o exame logo que for possível.
“A Atenção Básica em Saúde (ABS), em especial a Estratégia Saúde da Família
(ESF), tem importante papel na ampliação do rastreamento e monitoramento da
população adscrita. É atribuição da ABS a prestação de cuidado integral e a
condução de ações de promoção à saúde, de rastreamento e detecção precoce,
bem como o acompanhamento do seguimento terapêutico das mulheres nos
demais níveis de atenção, quando diante de resultado de citopatológico de colo
do útero alterado”
INTERATIVIDADE
1. Quais são os Fatores de risco para o desenvolvimento do Câncer de colo de
útero?
2. Quais são as manifestações clínicas do Câncer do colo do útero?
3. Qual a vacina disponível para a prevenção, e quais tipos de HPV inclui?
4. O exame citopatológico do colo do útero deve ser realizado em mulheres de
que idade, e em qual periodicidade?
5. Quais orientações o profissional de enfermagem deve de realizar antes do
exame especular a paciente?

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