Teorico 4
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Teorico 4
Orçamento Público
Material Teórico
Despesa Pública
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Despesa Pública
• Despesa Pública
• Classificação
• Estágios da Despesa Pública
• Despesa Pública e a LRF
• Despesas de Exercícios Anteriores (DEA)
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Adquirir conhecimentos sobre a despesa pública, sobre os dispêndios
extraorçamentários e sobre as despesas processadas fora do período
de competência.
ORIENTAÇÕES
Olá, aluno(a)!
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo
possível, na pasta de atividades, você também encontrará as atividades de
avaliação, uma atividade reflexiva e a videoaula. Cada material disponibilizado
é mais um elemento para seu aprendizado. Estude todos com atenção!
Bons estudos!
UNIDADE Despesa Pública
Contextualização
O gasto do setor público é um montante impressionante. Segundo o Tesouro
Nacional, as despesas de 2014 do governo central somaram R$ 1,03 trilhão! Isso
representou 21,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Para que não ocorra perdas ou má aplicação dos recursos é fundamental que
se tenha um adequado planejamento. Para tanto, a Contabilidade surge como
um excelente instrumento de trabalho, pois além do registro dos atos e fatos que
envolvem a administração pública, fornece informações úteis através de seus
relatórios para a tomada de decisão do gestor público.
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Despesa Pública
Conceito
Segundo o MCASP (2015), a despesa pública (sob a perspectiva orçamentária) é
toda transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de
dotação orçamentária (crédito orçamentário ou autorização de um gasto específico),
para ser efetivada.
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UNIDADE Despesa Pública
Explor
O filme “Ford: o homem e a máquina” de Allan Easteman baseado no livro de Robert
Lancey, mostra uma biografia do famoso inventor e empreendedor Henry Ford, que, no
início do século 20, revolucionou a produção de automóveis criando as chamadas “linhas
de montagem”, além de contribuir para diversas teorias administrativas e econômicas
para a época.
Classificação
Segundo o MCASP (2015), o detalhamento das classificações orçamentárias da
despesa, no âmbito da União, é normatizado por meio de Portarias da Secretaria
de Orçamento Federal (SOF), Órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão (MPOG).
As despesas orçamentárias são classificadas em:
1. Institucional
2. Funcional
3. Estrutura programática
4. Natureza de despesa
Classificação Institucional
Na classificação Institucional, é apresentado cada órgão público e suas respectivas
Unidades Orçamentárias (UO). Por exemplo, como órgão, temos o Ministério
da Justiça, que tem como Unidades Orçamentárias a Polícia Federal e a Polícia
Rodoviária Federal.
Para melhor compreensão, algumas definições são necessárias:
• Órgão: pode ser um Ministério, uma Secretaria ou ainda uma Entidade
desse mesmo grau, aos quais estão vinculadas as suas respectivas Unidades
Orçamentárias.
• Unidade Orçamentária (UO): segmento da administração a que o orçamento
consigna dotações específicas para a realização de seus programas de trabalho
e sobre os quais exerce o poder de disposição.
• Unidade Administrativa (UA): segmento da administração ao qual a lei
orçamentária anual não consigna recursos e que depende de destaques ou
provisões para executar seus programas de trabalho.
• Unidade Gestora (UG): UO ou UA investida do poder de gerir recursos
orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização.
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Classificação funcional
Para melhor identificar o gasto público, existe uma codificação chamada de
funcional, mas, para compreendê-la, algumas definições da Portaria MPOG Nº
42/1999 são necessárias:
• Função: representa o maior nível de agregação das diversas áreas da despesa
que competem ao setor público. Entre elas, existe a função “Encargos
Especiais”, que engloba despesas não associadas a um bem ou serviço gerado
no processo produtivo, como: dívida, ressarcimento, indenização, entre outros.
Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão.
• Subfunção: representa uma partição da função, agregando um determinado
subconjunto de despesas do setor público. As subfunções poderão ser
combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas.
Site da Escola Virtual SOF. Criada no ano de 2008 pelo Ministério do Planejamento,
Explor
Funções Subfunções
01 031 - Ação Legislativa
Legislativa 032 - Controle Externo
02 061 - Ação Judiciária
Judiciária 062 - Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário
03 091 - Defesa da Ordem Jurídica
Essencial à Justiça 092 - Representação Judicial e Extrajudicial
121 - Planejamento e Orçamento
122 - Administração Geral
123 - Administração Financeira
124 - Controle Externo
125 - Normatização e Fiscalização
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126 - Tecnologia da Informatização
Administração
127 - Ordenamento Territorial
128 - Formação de Recursos Humanos
129 - Administração de Receitas
130 - Administração de Concessões
131 - Comunicação Social
151 - Defesa Área
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152 - Defesa Naval
Defesa Nacional
153 - Defesa Terrestre
181 - Policiamento
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182 - Defesa Civil
Segurança Pública
183 - Informação e Inteligência
07 211 - Relações Diplomáticas
Relações Exteriores 212 - Cooperação Internacional
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UNIDADE Despesa Pública
Funções Subfunções
241 - Assistência ao Idoso
08 242 - Assistência ao Portador de Deficiência
Assistência Social 243 - Assistência à Criança e ao Adolescente
244 - Assistência Comunitária
271 - Previdência Básica
09 272 - Previdência do Regime Estatutário
Previdência Social 273 - Previdência Complementar
274 - Previdência Especial
301 - Atenção Básica
302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial
10 303 - Suporte Profilático e Terapêutico
Saúde 304 - Vigilância Sanitária
305 - Vigilância Epidemiológica
306 - Alimentação e Nutrição
331 - Proteção e Benefícios ao Trabalhador
11 332 - Relação de Trabalho
Trabalho 333 - Empregabilidade
334 - Fomento ao Trabalho
361 - Ensino Fundamental
362 - Ensino Médio
363 - Ensino Profissional
12 364 - Ensino Superior
Educação 365 - Educação Infantil
366 - Educação de Jovens e Adultos
367 - Educação Especial
368 - Educação Básica (Acrescentado(a) pelo(a) Portaria 54/2011/SOF/MP)
13 391 - Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico
Cultura 392 - Difusão Cultural
421 - Custódia e Reintegração Social
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422 - Direitos Individuais, Coletivos e Difusos
Direitos da Cidadania
423 - Assistência aos Povos Indígenas
451 - Infraestrutura Urbana
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452 - Serviços Urbanos
Urbanismo
453 - Transportes Coletivos Urbanos
16 481 - Habitação Rural
Habitação 482 - Habitação Urbana
17 511 - Saneamento Básico Rural
Saneamento 512 - Saneamento Básico Urbano
541 - Preservação e Conservação Ambiental
542 - Controle Ambiental
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543 - Recuperação de Áreas Degradadas
Gestão Ambiental
544 - Recursos Hídricos
545 – Meteorologia
571 - Desenvolvimento Científico
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572 - Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia
Ciência e Tecnologia
573 - Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico
601 - Promoção da Produção Vegetal (Excluída pela Portaria 67/2012/SOF/MP)
602 - Promoção da Produção Animal (Excluída pela Portaria 67/2012/SOF/MP)
603 - Defesa Sanitária Vegetal (Excluída pela Portaria 67/2012/SOF/MP)
604 - Defesa Sanitária Animal (Excluída pela Portaria 67/2012/SOF/MP)
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605 - Abastecimento
Agricultura
606 - Extensão Rural
607 - Irrigação
608 - Promoção da Produção Agropecuária (Acrescentado pela Portaria 67/2012/SOF/MP)
609 - Defesa Agropecuária (Acrescentado pela Portaria 67/2012/SOF/MP)
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Funções Subfunções
21 631 - Reforma Agrária
Organização Agrária 632 – Colonização
661 - Promoção Industrial
662 - Produção Industrial
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663 - Mineração
Indústria
664 - Propriedade Industrial
665 - Normalização e Qualidade
691 - Promoção Comercial
692 - Comercialização
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693 - Comércio Exterior
Comércio e Serviços
694 - Serviços Financeiros
695 – Turismo
24 721 - Comunicações Postais
Comunicações 722 – Telecomunicações
751 - Conservação de Energia
25 752 - Energia Elétrica
Energia 753 - Combustíveis Minerais (Alterado(a) pelo(a) Portaria nº 41/2008/SOF/MP)
754 - Biocombustíveis (Alterado(a) pelo(a) Portaria nº 41/2008/SOF/MP)
781 - Transporte Aéreo
782 - Transporte Rodoviário
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783 - Transporte Ferroviário
Transporte
784 - Transporte Hidroviário
785 - Transportes Especiais
811 - Desporto de Rendimento
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812 - Desporto Comunitário
Desporto e Lazer
813 – Lazer
841 - Refinanciamento da Dívida Interna
842 - Refinanciamento da Dívida Externa
28 843 - Serviço da Dívida Interna
Encargos Especiais 844 - Serviço da Dívida Externa
845 - Outras Transferências (Alterado(a) pelo(a) Portaria 37/2007/SOF/MP)
846 - Outros Encargos Especiais
Fonte: Secretaria do Orçamento Federal
Estrutura programática
Para melhora das ações governamentais, algumas definições da Portaria MPOG
Nº 42/1999 são necessárias:
• Ações: são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que
contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no
conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros Entes
da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções,
auxílios, contribuições, entre outros, e os financiamentos.
• Programas: representam um conjunto de ações que concorrem para
um objetivo preestabelecido. Os programas são definidos de acordo com
a estrutura de cada nível de governo, de maneira a adequar a solução de
problemas identificados. O programa é entendido como módulo integrador
entre planejamento e orçamento, solucionando, assim, a difícil compatibilização
dessas duas estruturas.
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UNIDADE Despesa Pública
Importante! Importante!
Natureza da despesa
O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária
forma um código estruturado em 4 ou 5 níveis, dependendo do Ente Federativo, que
agregam: a categoria econômica, o grupo da natureza de despesa, a modalidade
de aplicação, o elemento e o subelemento, sendo este último nível facultativo para
fins orçamentários.
Segundo o MTO (2015), as Despesas Correntes são aquelas que não contribuem,
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Por exemplo, o
gasto realizado com salários e encargos sociais, juros e encargos da dívida, compra
de materiais, contratação de serviços etc.
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M Modalidade de Aplicação 90 Aplicação direta
Modalidade de Aplicação
20 - Transferências à União
22 - Execução Orçamentária Delegada à União
30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal
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UNIDADE Despesa Pública
Modalidade de Aplicação
31 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal - Fundo a Fundo
32 - Execução Orçamentária Delegada a Estados e ao Distrito Federal
35 - Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24
da Lei Complementar nº 141, de 2012
36 - Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei
Complementar nº 141, de 2012
40 - Transferências a Municípios
41 - Transferências a Municípios - Fundo a Fundo
42 - Execução Orçamentária Delegada a Municípios
45 - Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei
Complementar nº 141, de 2012
46 - Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012
50 - Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos
60 - Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos
67 - Execução de Contrato de Parceria Público-Privada – PPP
70 - Transferências a Instituições Multigovernamentais
71 - Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio
72 - Execução Orçamentária Delegada a Consórcios Públicos
73 - Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24
da Lei Complementar nº 141, de 2012
74 - Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei
Complementar nº 141, de 2012
75 - Transferências a Instituições Multigovernamentais à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei
Complementar nº 141, de 2012
76 - Transferências a Instituições Multigovernamentais à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº
141, de 2012
80 - Transferências ao Exterior
90 - Aplicações Diretas
91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social
93 - Aplicação Direta Decorrente de Operação de Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social com Consórcio Público do qual o Ente Participe
94 - Aplicação Direta Decorrente de Operação de Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social com Consórcio Público do qual o Ente Não Participe
95 - Aplicação Direta à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012
96 - Aplicação Direta à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012
99 - A Definir
Fonte: Secretaria do Orçamento Federal
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Quadro 3 - Relação de Elementos de Despesa
Elementos de Despesa
01 - Aposentadorias do RPPS, Reserva Remunerada e Reformas dos Militares
03 - Pensões do RPPS e do Militar
04 - Contratação por Tempo Determinado
05 - Outros Benefícios Previdenciários do Servidor ou do Militar
06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso
07 - Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência
08 - Outros Benefícios Assistenciais do Servidor ou do Militar
10 - Seguro Desemprego e Abono Salarial
11 - Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil
12 - Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Militar
13 - Obrigações Patronais
14 - Diárias – Civil
15 - Diárias – Militar
16 - Outras Despesas Variáveis – Pessoal Civil
17 - Outras Despesas Variáveis – Pessoal Militar
18 - Auxílio Financeiro a Estudantes
19 - Auxílio-Fardamento
20 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores
21 - Juros sobre a Dívida por Contrato
22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato
23 - Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária
24 - Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária
25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita
26 - Obrigações decorrentes de Política Monetária
27 - Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares
28 - Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos
29 - Distribuição de Resultado de Empresas Estatais Dependentes
30 - Material de Consumo
32 - Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita
33 - Passagens e Despesas com Locomoção
34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização
35 - Serviços de Consultoria
36 - Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física
37 - Locação de Mão de Obra
38 - Arrendamento Mercantil
39 - Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica
41 - Contribuições
42 - Auxílios
43 - Subvenções Sociais
45 - Subvenções Econômicas
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UNIDADE Despesa Pública
Elementos de Despesa
46 - Auxílio-Alimentação
47 - Obrigações Tributárias e Contributivas
48 - Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas
49 - Auxílio-Transporte
51 - Obras e Instalações
52 - Equipamentos e Material Permanente
53 - Aposentadorias do RGPS – Área Rural
54 - Aposentadorias do RGPS – Área Urbana
55 - Pensões do RGPS – Área Rural
56 - Pensões do RGPS – Área Urbana
57 - Outros Benefícios do RGPS – Área Rural
58 - Outros Benefícios do RGPS – Área Urbana
59 - Pensões Especiais
61 - Aquisição de Imóveis
62 - Aquisição de Produtos para Revenda
63 - Aquisição de Títulos de Crédito
64 - Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado
65 - Constituição ou Aumento de Capital de Empresas
66 - Concessão de Empréstimos e Financiamentos
67 - Depósitos Compulsórios
70 - Rateio pela participação em Consórcio Público
71 - Principal da Dívida Contratual Resgatado
72 - Principal da Dívida Mobiliária Resgatado
73 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada
74 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada
75 - Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por Antecipação de Receita
76 - Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado
77 - Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado
81 - Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas
82 - Aporte de Recursos pelo Parceiro Público em Favor do Parceiro Privado Decorrente de Contrato de Parceria Público-Privada - PPP
83 - Despesas Decorrentes de Contrato de Parceria Público-Privada - PPP, exceto Subvenções Econômicas, Aporte e Fundo
Garantidor
84 - Despesas Decorrentes da Participação em Fundos, Organismos, ou Entidades Assemelhadas, Nacionais e Internacionais
91 - Sentenças Judiciais
92 - Despesas de Exercícios Anteriores
93 - Indenizações e Restituições
94 - Indenizações e Restituições Trabalhistas
95 - Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo
96 - Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado
97 - Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS
98 - Compensações ao RGPS
Fonte: Secretaria do Orçamento Federal
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Estágios da Despesa Pública
O planejamento da despesa orçamentária se dá em quatro estágios, conforme
o MCASP (2015): fixação da despesa, descentralização de créditos orçamentários,
programação orçamentária e financeira e, processo de licitação e contratação.
1. Fixação da despesa: refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis
orçamentárias com base nas receitas previstas, a serem efetuados pelas
entidades públicas. A fixação da despesa orçamentária insere-se no processo
de planejamento e compreende a adoção de medidas em direção a uma
situação idealizada, tendo em vista os recursos disponíveis e observando as
diretrizes e prioridades traçadas pelo governo.
Fixação da Despesa
Natureza da informação: orçamentária
• D – 5.2.2.1.1.xx.xx Dotação Inicial
• C – 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito Disponível
2. Descentralização de créditos orçamentários: ocorre quando for
efetuada movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações
institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unidades
administrativas possam executar a despesa orçamentária.
3. Programação orçamentária e financeira: consiste na compatibilização do
fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando ao ajuste da
despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação.
4. Licitação e contratação: compreende um conjunto de procedimentos
administrativos que objetivam adquirir materiais, contratar obras e serviços,
alienar ou ceder bens a terceiros, bem como fazer concessões de serviços
públicos com as melhores condições para o Estado, observando a lei de
licitações (Lei nº 8.666/1993), a lei do pregão (Lei nº 10.520/2002), na qual
se encontram os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade,
da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e de outros que lhe são
correlatos. São modalidades de licitação: concorrência, tomada de preços,
convite, concurso, leilão e pregão.
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UNIDADE Despesa Pública
Empenho da Despesa
Natureza da informação: orçamentária
• D – 6.2.2.1.1.00 Crédito Disponível
• C – 6.2.2.1.3.01 Crédito Empenhado a Liquidar
Liquidação da Despesa
Natureza da informação: patrimonial
• D – 3.3.2. Serviços
• C – 2.1.3. Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo
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3. Pagamento: segundo o art. 64 da Lei nº 4.320/1964, define ordem de
pagamento como sendo o despacho exarado por autoridade competente,
determinando que a despesa liquidada seja paga. Portanto, o pagamento
consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo,
ordens de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a
regular liquidação da despesa.
Pagamento da Despesa
Natureza da informação: patrimonial
• D – 2.1.3. Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo
• C – 1.1.1. Caixa e Equivalente de Caixa
As despesas do ano que forem empenhadas, mas não pagas serão inscritas em
Restos a Pagar no dia 31/12. Os Restos a Pagar podem ser “Processados” ou
“Não Processados”, dois conceitos orçamentários apenas, conforme o art. 36 da
Lei nº 4.320/1964.
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UNIDADE Despesa Pública
restos a pagar não processados e despesas de exercícios anteriores dos municípios brasileiros”,
retrata a realidade dos municípios brasileiros que gastam sem ter a disponibilidade de
crédito orçamentário.
COSTA, José Isidio de Freitas et al. Regime de competência aplicado ao setor público:
análise no reconhecimento dos restos a pagar não processados e despesas de exercícios
anteriores dos municípios brasileiros. Revista Base (Administração e Contabilidade) da
UNISINOS, v. 10, n. 3, p. 240-253, 2013.
Disponível em: http://goo.gl/YkSPtz
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• Estados: 12% da arrecadação de impostos (ICMS, IPVA e ITCMD) e das
transferências constitucionais recebidas.
• Municípios: 15% da arrecadação de impostos (ISS, IPTU e ITBI) e das
transferências constitucionais recebidas.
A LRF ainda determinou certos limites como, por exemplo, Despesas com Pessoal,
Dívida Consolidada Líquida, Concessão de Garantias, Contratação de Operações
de Crédito, inclusive para Antecipação de Receitas Orçamentárias (ARO), que são
calculados e evidenciados em anexos do Relatório de Gestão Fiscal (RGF). Todos
esses limites são definidos em percentuais da Receita Corrente Líquida (RCL), que
é apurada em demonstrativo próprio (Anexo III Demonstrativo da Receita Corrente
Líquida do Relatório Resumido de Execução Orçamentária – RREO).
A LRF define os limites de gastos com pessoal, como percentual da RCL, para os
Poderes da União 50%, dos Estados 60% e dos Municípios 60%, da seguinte forma:
Ressalta-se que, sobre a recondução da dívida aos “limites”, o art. 31 define que se
a dívida consolidada de um Ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final
de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
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UNIDADE Despesa Pública
Outros limites ainda são definidos nessa Resolução, como, por exemplo,
as operações de crédito (contrair dívida com empréstimo ou financiamento)
realizadas em um exercício não podem, no total, ser superiores a 16% da RCL.
O comprometimento anual com amortizações, juros e demais encargos não pode
ser maior do que 11,5% da RCL. O saldo devedor das operações de crédito por
Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) não poderá exceder, no exercício em
que estiver sendo apurado, a 7% (sete por cento) da RCL.
Você sabia que o período de discussões para a aprovação do Orçamento Público, que
vai de 31/08 até 22/12, que a população pode participar do processo de sugestões e
mudanças na futura lei do orçamento? É isso mesmo! Enquanto a proposta de Lei
Orçamentária tramita no Congresso, a população pode participar dando opiniões, tanto
individualmente quanto por meio de organizações populares nas audiências públicas.
Nesse período de discussão do Projeto de Lei Orçamentária no Congresso, existe um
sistema informatizado na página da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização, onde qualquer cidadão pode fazer sugestões de emendas. Basta preencher
um formulário com os dados pessoais e indicar quais são as reivindicações.
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No ano de 2009, foi criada a Lei Complementar nº 131, que alterou a Lei
da Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000), determinando a
disponibilização em tempo real das informações pormenorizadas das despesas e
receitas da União, Estados e Municípios, em meios de acesso público, popularmente
conhecidos como “Portal da Transparência”.
Termo Descrição
Gasto É um dispêndio de um ativo ou criação de um passivo para obtenção de um produto ou serviço.
É um gasto ativado em função de sua vida útil. São todos os bens baixados em função de
Investimento
venda, amortização, consumo, perecimento ou desaparecimento.
Custos São gastos com bens ou serviços utilizados para a produção de outros bens ou serviços.
Desembolso É o pagamento resultante da compra de um bem ou serviço.
Custo direto Todo o custo que é identificado naturalmente ao objeto do custeio.
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UNIDADE Despesa Pública
Termo Descrição
Não oferece identificação direta a um objeto de custeio, necessita de esquemas especiais para a
Custo indireto
alocação, com bases de rateio ou direcionadores.
É o que não leva em consideração as oscilações de produção, tendo, portanto, o seu valor
Custo fixo
constante no intervalo relevante de atividade.
Tem seu valor determinado e diretamente relacionado com a oscilação na produção e execução
Custo variável
dos serviços.
Os custos da prestação de serviços são compostos de materiais diretos, da mão de obra direta
Custo da prestação de e dos custos indiretos, ligados à prestação daquele serviço. São custos incorridos no processo
serviços de obtenção de bens e serviços, e somente eles. Não se incluem neste grupo as despesas
operacionais (financeiras, administrativas, comerciais).
Qualquer entidade geradora de custo, como produtos, departamentos, divisões, processos,
Objeto de custo
grupo de produtos ou atividades, para a qual os custos são medidos ou atribuídos.
Fase da despesa pública, um ato que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou
Empenho da despesa
não implemento de condição.
Fase da despesa pública em que se atesta a efetiva entrega da mercadoria ou prestação do
Liquidação da despesa
serviço contratado pelo ente público e gera a obrigação de pagamento para o Estado.
Fase da despesa pública onde ocorre o efetivo desembolso de um valor pelo órgão público para
Pagamento da despesa o pagamento de uma despesa já liquidada.
Fonte: Adaptado de Mauss & Souza (2008).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Compras públicas: estratégia e instrumento para a gestão do desenvolvimento local
CALDAS, Eduardo de Lima; NONATO, Raquel Sobral. Revista Interações, Campo
Grande, v. 15, n. 1, p. 161-172, 2014.
Disponível em: http://goo.gl/Oanf7i.
Título da Página
Descrição da página.
https://www.link-do-site.com
Leitura
Manual técnico de orçamento MTO
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento
Federal. Edição 2016. Brasília: SOF, 2015. Capítulo 5 – Despesa.
Disponível em: http://goo.gl/T8jCX7.
Manual de contabilidade aplicada ao setor público
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. 6. ed. Brasília:
STN, Subsecretaria de Contabilidade Pública, Coordenação-Geral de Normas de
Contabilidade Aplicadas à Federação, 2015. Parte II – Procedimentos Contábeis
Patrimoniais – Capítulo 3 Variações Patrimoniais.
Disponível em: http://goo.gl/qfqjrl.
O impacto das reformas da administração pública brasileira na regulação contabilística do setor
MONTEIRO, Renato Pereira; PEREIRA, Cleber Augusto; PEREIRA, Neimar Sousa
Pinto. Revista UNEMAT de Contabilidade, v. 3, n. 6, p. 37-61, 2014.
Disponível em: http://goo.gl/frc2Vp.
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UNIDADE Despesa Pública
Referências
BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de
Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União,
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, 23 mar. 1964.
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________. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de
Orçamento Federal. Manual técnico de orçamento MTO. Edição 2016. Brasília:
SOF, 2015.
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