Dermatite Atópica Felina
Dermatite Atópica Felina
Dermatite Atópica Felina
Porto Alegre, RS
2021/2
Renata Mendes Perufo Pasqualoto
Porto Alegre, RS
2021/2
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Renata Mendes Perufo Pasqualoto
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(Orientador)
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(Banca)
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(Banca)
Porto Alegre, RS
2021
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RESUMO
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ABSTRACT
Allergic skin diseases in feline present a challenge for veterinarians due to numerous
clinical patterns and none specific. There is no cure for feline cutaneous atopic syndrome
and the goal of treatment is to reduce the severity and frequency of itchy attacks.
Treatment is aimed at fighting secondary infections, controlling itching and
inflammation, and preventing relapses. The drugs most frequently used and with the best
results are glucocorticoids, cyclosporine and oclacitinib. Recently, the use of maropitant
citrate was started. Allergen-specific immunotherapy is a long-term alternative to reduce
the number of attacks and the use of antipruritic drugs.
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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
VO Via Oral
SC Via Subcutânea
ALA Alfa-linolênico
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................08
2. DESENVOLVIMENTO ...................................................................................09
2.1 OPÇÕES TERAPÊUTICAS DA SÍNDROME ATÓPICA CUTÂNEA
FELINA .......................................................................................................09
2.1.1 Anti-inflamatórios esteroidais ..........................................................09
2.1.2 Anti-histamínicos ..............................................................................11
2.1.3 Inibidores da calcineurina .................................................................12
2.1.4 Inibidores da janus quinase ...............................................................14
2.1.5 Ácidos graxos essenciais ..................................................................16
2.1.6 Imunoterapia alérgeno-específica .....................................................17
2.1.7 Outros ...............................................................................................18
2.1.8 Fármacos utilizados no controle de infecções secundárias ..............19
3. CONCLUSÃO ...................................................................................................22
4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................23
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1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, diferentes tratamentos foram relatados para SACF. Não há
cura e o manejo envolve reduzir a gravidade e frequência das crises pruriginosas,
juntamente com outras manifestações cutâneas e complicações não cutâneas, como com
envolvimento no trato respiratório e/ou gastrointestinal.
Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica das principais
opções de tratamento mais comumente relatadas para a SACF.
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2. DESENVOLVIMENTO
Glicocorticoides sistêmicos
No geral os gatos acometidos pelas lesões cutâneas possuem boa resposta aos
glicocorticoides sistêmicos. A Prednisolona quando administrada por via oral na dose de
1-2mg/kg SID é descrita como efetiva, porém em alguns casos, doses de 4mg/kg SID
acabam sendo necessárias. Outros esteroides que podem ser utilizados são a triancinolona
(0,1-0,2 mg/kg/SID) ou dexametasona (0,1-0,2mg/kg/SID), em casos em que os pacientes
não respondem à terapia com prednisolona, ou tornaram-se resistentes ao medicamento
(CERDEIRO et al, 2015; FAVROT et al, 2013; MUELLER et al, 2021).
Em um estudo realizado por Ganz et.al. (2013) e citado por Favrot (2013) foi
concluído que a remissão inicial dos sinais clínicos foi obtida dentro de 1 a 2 semanas
com uma dosagem média de 1,4 mg/kg uma vez ao dia de metilprednisolona ou 0,18
mg/kg uma vez ao dia de triancinolona. Posteriormente, os gatos foram mantidos na
frequência de tratamento a cada 48 horas com 0,5 mg/kg de metilprednisolona ou 0,08
mg/kg de triancinolona. Então, confirma-se que a dosagem de glicocorticoides deve ser
reduzida o mais rápido possível para dias alternados na mais baixa dose que controla o
9
prurido. Os riscos a longo prazo do tratamento com glicocorticoides sistêmicos incluem
ganho de peso, diabetes mellitus e infecções urinárias secundárias. Gatos em tratamento
prolongado com glicocorticoides devem ser acompanhados regularmente e
semestralmente com exame de urina e bioquímica do sangue (FAVROT, 2013).
Glicocorticoides tópicos
10
e Gravidade da Dermatite Felina (FeDESI) e uma redução de 76% em prurido após 56
dias de estudo. Mais de 50% das melhorias foram vistas a partir do dia 14. Quanto a
facilidade de administração, tolerância e eficácia, as avaliações foram de boas a
excelentes nos 7 gatos que concluíram o estudo, onde 6 dos 7 gatos puderam ser mantidos
em dias alternados de tratamento ao invés da terapia diária necessária (SCHMIDT et al.,
2012)
2.1.2 Anti-histamínicos
No estudo realizado com 164 gatos, sendo que 37 tratados com Maleato de
Clorfeniramina, 10 com Fumarato de Clemastina, 20 com Cloridrato de Ciproheptadina,
51 com Cetirizina e 46 com Loratidina; concluiu-se que que os gatos que responderam ao
tratamento o fizeram dentro de três a dez dias após o início do tratamento e recidivaram
dentro de dois a três dias após a interrupção. Dentre eles, o que obteve resposta 70% do
que se considerou satisfatório foi a Clorfeniramina na dose de 2mg/gato BID por 14 dias.
Já a Loratadina e Cetirizina foram consideradas com eficácia abaixo de 4%;
Ciproheptadina e a Clemastina tiveram resultados medianos sendo consideradas 45% e
50% satisfatórios, respectivamente (WISSELINK e WILLEMSE, 2009)
11
parcial em 20 gatos (59%) e resposta insatisfatória em 11 gatos (34%). Neste experimento
feito por Ravens, Xu e Vogelnest foram utilizados os anti-histamínicos mais comumente
usados, sendo a loratadina (0,5mg por gato VO) e cetirizina (5mg por gato VO), sendo
possível avaliar que a loratadina foi relatada com mais frequência resultando uma boa
resposta a parcial.
Favrot (2013), em seu trabalho sobre Síndrome Atópica Cutânea Felina, diz que
os anti-histamínicos são geralmente considerados mais eficazes em gatos do que em cães
para o tratamento de hipersensibilidades, sendo a clorfeniramina (2–4mg/kg BID) o anti-
histamínico de eleição para gatos.
Ciclosporina
12
de Extensão e Gravidade da Dermatite Atópica Canina (CADESI 02). Foram realizados
exames histológicos e testes intradérmicos no dia 0 e amostras de sangue para
hematologia e bioquímica sérica foram coletadas nos dias 0 e 28. Durante o julgamento
os tutores dos gatos foram solicitados a avaliar a intensidade do prurido uma vez por
semana em uma escala analógica linear e registrar os efeitos colaterais. Com base no
CADESI, não houve diferença significativa entre os dois grupos na quantidade de
remissão ou no número de gatos que melhoraram em mais de 25%. O efeito da
ciclosporina e da prednisolona no prurido, conforme avaliado pelos tutores, não foi
significativamente diferente entre os dois grupos. Não foram observados efeitos colaterais
graves. A conclusão foi que ciclosporina é uma alternativa eficaz à terapia com
prednisolona em gatos com suspeita clínica de SCAF (WISSENLINK; WILLEMSE,
2009).
No artigo escrito por Roberts et al. (2016) foi desenhado um estudo para avaliar a
eficácia e segurança da redução da dosagem de ciclosporina, frequência de diariamente a
dia sim/dia não ou duas vezes por semana de acordo com a resposta clínica em gatos com
SACF e tratada com ciclosporina. Cento e noventa e um gatos com SACF receberam 7
mg/kg de ciclosporina diariamente por pelo menos 4 semanas. Dependendo da resposta
clínica, a frequência de dosagem foi reduzida de diária para dia sim/dia não ao longo das
próximas 4 semanas e posteriormente reduzida a duas vezes por semana por mais 4
semanas. A segurança foi avaliada por meio de exames físicos, patologia clínica e
monitoramento de efeitos adversos. Parte dos gatos conseguiram ter sua dose reduzida
para dia sim/dia não (15,5%) ou duas vezes por semana (62,9%) de acordo com a resposta
clínica. Os efeitos adversos observados mais frequentemente foram vômitos leves e auto
limitantes, e diarreia. Uma maior porcentagem de efeitos adversos ocorreu com a
administração diária (73%) em comparação com outros regimes de dosagem (27%).
Concluíram então, que após 4 semanas de dosagem diária de 7 mg/kg, a ciclosporina pode
ser reduzida para dia sim/dia não ou duas vezes por semana enquanto manter a resposta
terapêutica desejada em gatos com SACF. Além disso, a ciclosporina parece ser bem
tolerada com menos efeitos adversos nas dosagens reduzidas citadas acima. Estabelecer
a frequência de dosagem eficaz mais baixa de ciclosporina melhora o desempenho do
medicamento e seu perfil de segurança.
O estudo feito por Lopes et al. (2019) corroborou em mostrar que ciclosporina é
eficaz em gatos, mas a melhora inicial pode ocorrer após a segunda semana de tratamento,
13
e pode levar 8 semanas para alcançar uma resposta clínica satisfatória. Efeitos colaterais,
como vômito, diarreia, fezes amolecidas e hipersalivação relacionados à administração
oral de ciclosporina foram relatados. A administração subcutânea de ciclosporina em
gatos alérgicos foi eficaz e pode ser considerado como uma alternativa à administração
oral, mas o desenvolvimento de lesões associadas aos locais de injeção fora observado
como efeitos adversos. O uso deste fármaco pode estar associado ao desenvolvimento de
infecção fatal por Toxoplasma gondii em gatos que se infectam pela primeira vez durante
a terapia (LOPES et al., 2019).
Oclacitinib
Mueller et al. (2021) usou para a sua análise estudos que avaliaram a eficácia de
oclacitinib, sendo o primeiro um relato de caso realizado por Fernandes et al. (2019), dois
estudos abertos sendo um de Pandolfi et al. (2016) e o segundo de Ortalda et al. (2015),
e um terceiro estudo realizado por Noli et al. (2019) realizando o controle com
metilprednisolona.
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Um estudo farmacocinético feito com o oclacitinib em seis gatos descritos por
Ferrer et al. (2019) concluiu que de acordo com os resultados não há impedimentos
farmacocinéticos para o uso do oclacitinib nos gatos. Os investigadores usaram uma dose
de 1mg/kg BID e relataram um ligeiro aumento nos testes de função renal após um mês
de tratamento e nesses casos não foram constatadas quaisquer alterações clínicas.
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boa/excelente em 10 dos 12 casos. Efeitos adversos como perda de peso em mais de 10%
do peso inicial, foram observados em alguns animais. Então, concluiu-se que oclacitinib
na dose de 0,4-0,6 mg/kg VO pode ser um medicamento eficaz e seguro para alguns gatos
com SACF, apesar de poucos efeitos adversos terem sido relatados.
Mueller et al. (2021) relata que com base nos dados disponíveis, há evidências
limitadas que apontam eficácia moderada da suplementação de EFA (Ácidos Graxos) em
gatos com dermatite miliar. Ele cita que apenas o estudo de Park et al. (2011) realizado
em gatos saudáveis, mostrou a diminuição da reatividade à histamina com supressão
variável à moderada de células B e T funcionais.
Magalhães et al. (2021) em seu recente estudo explica que os ácidos graxos
ômega-3 são os mais frequentemente usados na medicina de pequenos animais, e que são
prescritos na forma de ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahecaenoico (DHA),
que são dois tipos de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 derivados da alfa-linolênico
16
(ALA). A bioconversão desses ácidos é muito limitada em cães e gatos, precisando serem
oferecidos por meio de sua dieta.
O trabalho realizado por Foj et al. (2021) teve como objetivo avaliar a eficácia
clínica da imunoterapia alérgeno específico sublingual (SLIT) em gatos atópicos
avaliando alterações imunológicas associadas ao tratamento com SLIT. Foi realizado
ensaio clínico prospectivo, multicêntrico e aberto que consistiu na administração da SLIT
por via oral durante 12 meses Todos os gatos foram submetidos a exames clínicos para
registrar o escore alérgico a dermatite felina através do SCORFAD e pVAS, e também
dosagem sérica de IgE e IgG específicas para os alérgenos a cada três meses durante 12
meses. Os valores de SCORFAD e pVAS diminuíram significativamente desde a linha
de base (dia 0) ao terceiro mês de tratamento. Os valores de IgE específica do alérgeno
diminuíram significativamente a partir do nono mês de tratamento. Não foi detectado
diferenças significativas em valores de IgG específico para alérgenos ao longo do estudo
e nenhum afeito adverso relacionado ao uso de SLIT foi reportado. Concluiu-se então que
a SLIT deve ser considerada um método rápido, eficaz e seguro e o tratamento é bem
tolerado em gatos com SACF.
2.1.7 Outros
Citrato de Maropitant
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O citrato de maropitant é um antagonista do receptor da neuroquinina-1 e é usado
em casos de êmese. A substância P, que é ligada à neuroquinina-1 e tem ação anti-
inflamatória, pode ser inibida pelo citrato de maropitant (MUELLER et. al., 2021)
Mueller et al. (2021) aponta o estudo de Maina et al. (2019), onde foi avaliada a
administração de maropitant na dose de 2 mg/kg por via oral SID durante quatro semanas
como tratamento para gatos com SACF. Mueller et al. (2021) também cita dois estudos,
realizados por Grobman et al. (2016), randomizados e em gatos sensibilizados
experimentalmente que foram controlados com placebo, onde analisaram os efeitos do
maropitant em casos agudos e crônicos de SACF.
Quanto ao estudo de Maina et al. (2019), Mueller et al. (2021) observa que o
maropitant diminuiu o SCORFAD de 7,8 para 2,2 e em relação ao prurido pontua de 7,1
a 2,3, respectivamente, em 12 gatos com SACF, onde dez desses gatos melhoraram em >
50% as lesões, e 11 de 12 em > 50% no prurido.
Já nos estudos de Grobman et al. (2016), Mueller et al. (2021) observa que não
houve melhora quando administrado maropitant por via subcutânea (SC) na dose de
2mg/kg imediatamente após o desafio de alérgeno, ou a cada 48 horas por quatro semanas.
No que se refere a efeitos adversos, Mueller et al. (2021) aponta que no estudo de
Maina et al. (2019) foi constatado aumento da salivação imediatamente após a
administração de maropitant, que ocorreu em dois dos 12 gatos estudados. Conclui-se que
existem evidências limitadas de boa eficácia para o maropitant em gatos com SACF
(MUELLER et al., 2021).
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e a tolerabilidade do tratamento foram avaliadas como excelentes ou boas por 83,3% dos
tutores. O tratamento não causou quaisquer efeitos colaterais além de, em alguns casos,
sialorreia auto limitante de curta duração. Concluiu-se assim que o maropitant parece ser
uma opção terapêutica eficaz e bem tolerada para controlar o prurido em gatos.
Antimicrobianos sistêmicos
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Feio et al (2012), relataram efeitos satisfatórios da cefalexina na dose de 75mg BID por
10 dias, porém associada a outras terapias com glicocorticoides.
Antimicrobianos tópicos
Em um relato de dois casos realizados por Vasconcelos et al. (2019) foi utilizado
solução de clorexidina a 0,2% tópica nos ferimentos de placa eosinofílica, sendo o único
20
antimicrobiano associado as demais terapias, sendo que, ao final do tratamento, os
animais se recuperaram totalmente.
21
3. CONCLUSÃO
22
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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