O Olhar Da Neurociência Sobre o Despertar Espiritual
O Olhar Da Neurociência Sobre o Despertar Espiritual
O Olhar Da Neurociência Sobre o Despertar Espiritual
S632o
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-5529-748-5
21-75245
CDD: 612.8
CDU: 612.8:2
www.scortecci.com.br
Livraria Asabeça
www.asabeca.com.br
Epígrafe
O propósito maior tanto para a ciência quanto para a espiritualidade é a
busca da verdade e a compreensão da natureza essencial da realidade. O
objetivo da ciência é uma compreensão completa dos princípios fundamentais
subjacentes ao universo físico em todas as suas diversas formas. A
espiritualidade é o despertar da sabedoria sobre como nos relacionamos
afetivamente uns com os outros e com o mundo. A ciência busca iluminar
nossas mentes, enquanto a espiritualidade busca despertar nossos corações.
Cada um é necessário para a plena fruição do outro.
Embora alguns possam considerar a ciência antagônica ou contraditória à
religião e espiritualidade, a verdade é que o apego compulsivo a doutrinas e
dogmas particulares são inimigos tanto da ciência quanto de uma compreensão
mais profunda da espiritualidade. Historicamente, a ciência muitas vezes
parece estar em desacordo com a religião. No entanto, existe uma forma de
espiritualidade com a qual a ciência não discorda. Curiosamente, os místicos de
todas as tradições religiosas parecem estar substancialmente de acordo. O
místico cristão, o místico sufi e o mestre zen parecem estar em perfeito
acordo, mesmo quando muitos religiosos (que ainda não tiveram o despertar
espiritual) estão brigando uns com os outros por pequenas diferenças
doutrinárias. O filósofo do século XX Aldous Huxley se referiu a essa
invariante mística entre culturas e épocas como filosofia perene. Nesse nível de
religião/espiritualidade não há conflito algum com a ciência.
Estes laços entre a ciência e espiritualidade estão sendo cada dia mais
estreitados e nessa obra pretendo mostrar os passos da neurociência e
neuroteologia rumo a compreensão do fenômeno do despertar espiritual
também conhecido como despertar da consciência.
Autor
Sumário
Epígrafe
1 – Espiritualidade e mística
2 – Uma nova cosmovisão e a transcendência
3 – O que é neuroteologia?
4 – Neuroteologia e a experiência mística (fundamento do despertar espiritual
ou da consciência)
5 – O que são experiências místicas que levam ao despertar?
6 – Uma abordagem neurocientífica associada à teologia das experiências
místicas do despertar espiritual ou da consciência
Conclusão
Referências
Sobre a obra
Sobre o autor
Introdução
Vivemos em tempos verdadeiramente emocionantes, tempos em que uma
transformação espiritual radical está ocorrendo no nível mais profundo de
consciência. Estamos perante um novo desafio de substituir a velha forma de
vida que não é funcional por uma nova forma de existência. No velho mundo,
gostávamos de fatores externos e acreditávamos que o mundo material é nossa
única realidade. Tudo isso nos fez sentir vazios e solitários por dentro,
sentindo-nos insatisfeitos, privados da alegria, do amor e da harmonia que
sempre buscamos. O novo mundo é uma nova dimensão da existência, aqui e
agora. Baseia-se no entendimento consciente de que existe alguma inteligência
superior no Universo, uma força criativa que é a fonte e a base de toda a
existência.
Para entrarmos nessa nova dimensão da consciência é preciso passarmos
pelo processo de despertar.
Despertar significa que não vivemos mais em um mundo de sonhos.
Porque o mundo “normal” é como um sonho! Pensamos no futuro e no
passado, tudo é filtrado pelo ego e passamos nossa vida inconscientemente.
Mas, quando estamos acordados e vivemos conscientemente, o ego perde o
controle sobre nós e se desintegra. Nossa consciência se eleva acima do ego.
Quanto mais despertos estamos, mais harmonia com nós mesmos existe.
Quanto mais forte o ego, mais nos separamos uns dos outros. O ego turva e
perturba tudo. Quando não há ego, não há identificação com formas, e nos
tornamos pessoas mansas e gentis, sem o desejo de provar a nós mesmos e
alimentar o ego. Tornamo-nos um canal puro para o Universo. Muitos passam
suas vidas em três estados de consciência: vigília, sono e sonho. E eles
simplesmente morrem no final.
Quando começamos a acordar, alcançamos a passagem para um estado
superior, que é o quarto estado de consciência, denominado consciência
espiritual.
Cada transformação tem que começar conosco, em um nível individual, e
depois se refletir em todo o mundo. Cada um de nós cria separadamente sua
própria realidade, e nosso despertar e presença consciente são o início da
libertação da armadilha da mente e de seus paradigmas. Nosso despertar é
uma mudança na consciência. Um novo estado em que, em vez de nos
perdermos na mente e em seus pensamentos, estamos despertos e presentes, e
nos reconhecemos como uma consciência que está por trás desse despertar. O
processo de despertar inclui a cognição de si mesmo e das outras dimensões
da existência. Envolve conhecer nosso lado espiritual, que conhecemos apenas
inadequadamente. É o reconhecimento do eu invisível, do eu superior. É um
processo de conectar o divino e o material do nosso corpo e do nosso espírito.
É um reconhecimento da presença. É um corpo não mental que não se
identifica com o ego, pensamentos e emoções.
• Um senso de intensidade.
• Um senso de clareza.
• Um senso de unidade.
• Um senso de entrega.
• Um efeito transformacional.