Penitenciarismo
Penitenciarismo
Penitenciarismo
PENITENCIARISMO
PENITENCIARISMO
Pesquisa apresentada como requisito parcial disciplina de Criminologia, do Curso de Direito da Faculdade de Telmaco Borba. Profa. Mayara Moura.
PENITENCIARISMO
um ramo da cincia que estuda o sistema de punio criminal e a recuperao dos criminosos, bem como os procedimentos legais e mtodos para prevenir o crime. Esta examina a reao social contra pessoas ou comportamentos julgados pela comunidade ou parte dela como socialmente nocivas ou perigosas. Direito Penitenciario: um conjunto de normas que rege a execuo das penas e medidas de segurana impostas pela autoridade competente do Estado. o direito de execuo criminal e contm as regras jurdicas que regem a execuo das penas e medidas de segurana com um sentimento predominante de garantir os direitos dos presos. Projeo do Direito Penitencirio: Possui um carter reeducador, o qual deve ser desenvolvido ao longo do tempo na priso, toda sentena penal deve ser seguida de reabilitao, a qual alcanada atravs da educao e do trabalho. Objetivo do Direito Penitencirio: a preservao e proteo dos interesses jurdicos envolvendo os mais altos valores humanos, para permitir uma convivncia social harmonica e pacfica , tambm o fim da lei a execuo das penas de priso e tudo o que diz a lei. A cincia penitenciria uma classe da penalogia, que lida com o estudo da priso, de sua organizao e implementao, a fim de reintegrar profissionalmente e socialmente o condenado ps-priso. Sistemas penitencirios: Baseiam-se em um conjunto de princpios organizacionais dos problemas que levaram reforma do sistema prisional, buscando ento um fim como por exemplo da superlotao, a promiscuidade, a falta de higiene, nutrio, educao, emprego e reabilitao dos reclusos. Tipos de Sistemas Prisionais Celular - Para seu sistema de extrema religiosidade de isolamento implantado na clula onde o autor foi obrigado a ler as escrituras e livros religiosos, assim entendido que houve uma reconciliao com Deus e da sociedade, as sanes paralisantes so substitudas por sentenas de liberdade e trabalho forado. Sistema Auburniano Trabalho durante o dia e isolamento a noite. Tambm chamado de regime do silncio, o ensino era muito bsico. Sistema Progressivo a obteno de reinsero social por etapas ou graus estritamente cientfica, baseada no estudo do tema e seu tratamento progressivo, com uma base tcnica. Esquema de Ar livre - rompe com o esquema clssico da priso fechada, baseia-se principalmente sobre o trabalho agrcola em obras e servios pblicos tem vantagens econmicas e de sade dos prisioneiros fornecer as tarefas de trabalho ao ar livre sempre que no qualificados. Priso em Aberto - o sistema mais inovador, com excelentes resultados, que uma das criaes mais ousadas de penologia, o indivduo retido mais nos fatores psicolgicos que o abuso fsico, a chave deste sistema a reabilitao
social, auto- abordagem do governo para o ambiente social e seu baixo custo, uma vez que geralmente auto-suficiente e permite que a sociedade recupere a confiana na pessoa que cometeu o crime. A Priso - o local destinado ao cumprimento de uma pena, conferido por uma sentena proferida pelo tribunal em causa, tambm conhecido como centros de reabilitao social que, alm de buscar o arrependimento dos indivduos, busca reintegrar na sociedade os reclusos aps o cumprimento da pena. Ento qual o conceito de penitenciarismo? O penitenciarismo se encarrega do regimento interno, ou seja que se d dentro do regime penitencirio. E de acordo com o nvel de periculosidade de cada sujeito, busca melhorias, correes e recuperao dos criminosos e suas aes para obter uma melhor qualidade de vida e de valores e preparao para a nova vida.
O art. 24 da Constituio Federal Brasileira optou pela denominao de "Direito Penitencirio" eliminando outras denominaes como "Direito da Execuo Penal" ou "Direito Penal Executivo". O Direito Penitencirio o conjunto de normas jurdicas que disciplinam o tratamento dos sentenciados, disciplina normativa. A construo sistemtica do Direito Penitencirio deriva da unificao de normas do Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito Administrativo, Direito do Trabalho e da contribuio das Cincias Criminolgicas, sob os princpios de proteo do direito do preso, humanidade, legalidade, jurisdicionalidade da execuo penal. J a Cincia Criminolgica ou Penologia, o estudo do fenmeno social, cuida do tratamento dos delinqentes, e o estudo da personalidade dos mesmos, sendo uma cincia causal-explicativa inserindo-se entre as cincias humanas. O objeto da Cincia Criminolgica antigamente, limitava-se ao estudo cientfico das penas privativas de liberdade e de sua execuo, atualmente compreende ainda o estudo das medidas alternativas priso, medidas de segurana, o tratamento reeducativo e a organizao penitenciria. Direitos do Preso - Art. 38. O preso conserva todos os direitos no atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito sua integridade fsica e moral. A Realidade - Um em cada trs presos est em situao irregular, ou seja, deveriam estar em presdios, mas encontram-se confinados em delegacias ou em cadeias pblicas. o De 10% a 20% dos presos brasileiros podem estar contaminados com o vrus da AIDS.
oito anos de recluso, por crimes como: roubos, furtos, trfico de drogas etc. construir 145 novos estabelecimentos, a um custo de 1.7 bilhes de Reais. no Sul e Sudeste do Brasil so roubo e furto, enquanto que no Amazonas e no Acre o crime mais comum o trfico de drogas. Alagoas o estado onde h mais presos por homicdio. Chegam ao nmero expressivo de 56,8% da massa carcerria. entro-Oeste, a maioria das prises ocorre por assassinato. tambm a pior situao carcerria: 174 presos para cada grupo de 100.000 habitantes. 17 presos para cada 100.000 habitantes, os dados no so animadores, apenas refletem a impunidade que prevalece no estado. Mais da metade dos presos alagoanos so homicidas. carcerrias. No h preso em situao irregular. que 90% possuem pena de no mnimo 08 anos. A populao carcerria aumentou 7% desde 1988. US$ 61.000 dlares/ano por preso. US$ 25.000 a 30.000 dlares/ano para a manuteno da priso e salrio para o prisioneiro. Sendo que a priso de Massachusetts, oeste da Virgnia, recebe algo prximo aUS$ 140.000. US$ 4.300,00 dlares/ano a cada preso. Cerca de 06 vezes menos que o americano. R$ 0.14 mensais, para manuteno, alimentao, limpeza, e "salrio" para o prisioneiro! Mesmo com este absurdo, os presos no se queixam da alimentao, e ainda ressaltam: "comemos melhor do que muita gente l fora. Aqui tem carne todos os dias". -se em pssimas condies de administrao, contando apenas com 01 funcionrio pblico, o carcereiro. O restante dos ajudantes no crcere, num total de 08 so presos considerados de "confiana". da reincidncia, somente o fracasso da priso. Temos que levar em considerao a contribuio de outros fatores pessoais, polticos e sociais. humana, o direito intimidade so os direitos mais agredidos na maior parte das prises do mundo. Desde a admisso, comea o despojamento da personalidade do preso, algemas nos pulsos, revista no corpo nu, vista de todos, a troca de traje pessoal e uso de chuveiros na presena de guardas, etc. Direitos do Homem e do Cidado, de vital importncia para a ressocializao do detento, pois tanto humaniza o regime penitencirio, como concorre para o aprimoramento cultural do recluso. O direito comunicao com o mundo exterior abre a priso ao mundo livre e visa desinstitucionalizao da priso. O condenado no pode perder o contato com a sociedade, para qual se prepara gradativamente.
Como j dito, as prises so cenrio de constantes violaes dos direitos humanos. Os principais problemas enfrentados so: a superlotao; a deteriorao da infra-estrutura carcerria; a corrupo dos prprios policiais; a absteno sexual e a homossexualidade; o suicdio; a presena de txico; a falta de apoio de autoridades governamentais; as rebelies; a m administrao carcerria; a falta de apoio de uma legislao digna dos direitos do preso-cidado; a falta de segurana e pessoal capacitado para realiz-la, e a reincidncia que de vital importncia para s vistas da sociedade; demonstram que o Brasil est torturando presos em penitencirias, aniquilando qualquer possibilidade que venham a se recuperar, ao mesmo tempo que gasta dinheiro toa. preciso, urgentemente, mudar esse sistema cruel que forja mais criminosos. colaborao da sociedade na reinsero social do preso, traumatizante e fator de delinqncia. entrevistados, presos ou no-presos. Reconhecem que a sorte do processo depende, em grande parte, da atuao dos causdicos. Depositam grande esperana nas mos do advogado e do juiz. Departamento Penitencirio Brasileiro vem realizando um programa nacional de formao e aperfeioamento do servidor, mediante convnios com os Estados, cursos de formao do pessoal penitencirio e de extenso universitria para diretores e pessoal de nvel superior, juntamente com cursos de especializao e ps-graduao do pessoal do sistema penal em todo o territrio nacional. Ministrio da Justia, desde a sua primeira programao penitenciria, vem construindo estabelecimentos penitencirios em todas as unidades da Federao, de acordo com o Programa de Reformulao e Sistematizao Penitenciria, que determina perspectivas inditas arquitetura carcerria nacional. O moderno estabelecimento deve permanecer ao nvel da dimenso humana.
PASTORE, Alfonso Pe. O Inquo Sistema Carcerrio, So Paulo, 1991, Edies Loiola. REVISTA VEJA, 23 de Outubro de 1996, Paulo Tonet Camargo